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TDE 1 – Grupo: Pedro Schmidt Maass

Pois, bem! As indústrias estão sob constantes e importantes mudanças.


Novas tecnologias são criadas a todo instante sendo assim, novos
desafios são trazidos também. Para que seja possível acompanhar essas
mudanças, demandas, desafios, métodos, processos e cadeias
produtivas são criados para suprir essa constante demanda. Sendo
assim não é à toa que tenhamos sistemas de produção que foram e são
influentes até os dias de hoje como o Fordismo, Toyotismo
e Volvismo no qual todos têm os mesmos objetivos: produtividade e
lucro.
Cada um desses sistemas produtivos conta com suas características,
peculiaridades e jeito próprio de funcionar.
O fordismo, como o próprio nome sugere, foi desenvolvido por Henry
Ford o qual foi o fundador e tornou o que o grupo Ford é hoje. O sistema
de Henry prioriza a produção em massa na qual se é necessária uma
maior capacidade de produção aliada a um menor custo dado pelo
enxugamento de mão de obra, utilização de maquinário e pela
implementação de uma linha de produção.

O Fordismo funciona a partir de três princípios básicos: intensificação,


economia e produtividade. A intensificação consiste na redução do
tempo de produção e, consequentemente, do tempo de espera até que o
produto chegue ao consumidor. A economia tem como objetivo a
redução das peças em estoque a um mínimo necessário, diminuindo os
desperdícios e os custos da produção. Por fim, a produtividade, como
capacidade de aproveitar a mão de obra de cada trabalhador ao
máximo. Para isso, os trabalhadores desenvolviam funções repetitivas, e
tinham somente uma função dentro do processo de produção, algo que é
o foco do filme Tempos Modernos estrelado e dirigido por
Charlie Chaplin.

O filme retrata a labuta diária dos trabalhadores que realizam a mesma


função de forma ininterrupta, péssima qualidade de trabalho e o
sucateamento da mão de obra qualificada algo que sempre foi
extremamente presente na sociedade.

A obra cinematográfica teve e tem um papel fundamental dentro do


cinema e da sociedade, trazendo consigo críticas e a retratação da
revolução industrial. É relatado dentro da obra o que acontecia em
fábricas, indústrias e manufaturas nessa época. O modelo fordista não é
nada além do que é retratado e vivido por Chaplin o qual era submetido
a atividades repetitivas, exigências da chefia e uma cobrança por
produtividade que anteriormente a esse movimento não era tão comum.

Em contra partida, o Volvismo trouxe consigo a qualificação da mão de


obra e a autonomia do trabalhador não deixando de lado a cadeia de
produção e um processo eficiente.
Criado na Suécia na década de 1960, recebeu esse nome por ter sido
desenvolvido por um engenheiro da montadora. O modelo no começo foi
implantado em 3 unidades da montadora entre 1970 e 1980 e a partir
daí foi se provando eficiente.

O volvismo caracteriza-se pela conciliação entre os processos


automatizados e manuais. Os trabalhadores são organizados em
pequenos grupos nos quais possuem autonomia para delegar e distribuir
as funções de acordo com a competência e capacidade de cada
integrante. Dentro desse sistema é valorizada a qualificação da mão de
obra e o treinamento profissional.

Flexível, associado à demanda e com o trabalhador no centro da


operação o Volvismo é o processo mais democrático e inclusivo dentre
os 3 citados nessa dissertação. Todas as decisões relativas ao processo
de montagem são realizadas de forma coletiva, uma vez que o trabalho
é efetuado em pequenos grupos de 6 a 8 pessoas no qual atuam de
forma paralela e independente dos demais grupos, vale ressaltar que
dentro de cada grupo não existe a hierarquização, as funções são
divididas de forma lógica e racional dadas as competências de cada
integrante.

Porém como o fordismo, Toyotismo e qualquer outra coisa que temos,


o volvismo traz consigo algumas desvantagens. O mesmo foi pensado
para um contexto socioeconômico específico, o da Suécia na década de
1970 em que a elevada qualificação dos trabalhadores já era uma
realidade à qual ele se adaptou e incorporou, algo facilitou a sua
implantação em caráter experimental no país. Como toda boa inovação
o volvismo é um modelo com alto custo de implementação, porque é
necessário gastar muito para se ter a qualificação da mão de obra
necessária para que a engrenagem funcione.

O Toyotismo é um sistema japonês de produção de mercadorias o qual


foi implementado nos anos 1970 para substituir o maçante e obsoleto
modelo fordista.

O sistema foi desenvolvido pelos engenheiros


japoneses Taiichi Ohno, Shingeo Shingo e Eiji Toyoda. O modelo foi
elaborado para recuperar as indústrias japonesas no período pós-guerra,
pois com o país destruído, com um mercado pequeno e dificuldade de
importar dada a sua geolocalização, o Japão precisava fabricar com o
menor custo possível.
O sistema nipônico se baseia muito no conceito de estoque e demanda,
no qual eles armazenavam, compravam e rotacionavam as peças
baseadas na quantidade de carros produzidos, o que diminuía o tempo
de espera, a superprodução e os gargalos no transporte.
Dentre suas inovações a que mais se destaca foi a automatização das
etapas de produção. Fazendo a utilização de máquinas cada vez mais
modernas que reduzia-se significativamente os gastos com mão de
obra. No que lhe concerne, esta é extremamente qualificada e opera em
equipes de trabalho lideradas pelo profissional mais capacitado, conceito
que é comum com o modelo volvista.

Por fim, vale salientar os princípios do Toyotismo, quanto ao


gerenciamento:

“Kaizen”: aprimorar as operações de negócios de forma ininterrupta;

“GenchiGenbutsu” (Vá e veja): consiste na análise das fontes dos


processos produtivos e dos problemas de produção.

De Detroit a Estocolmo até Tóquio todos os processos visavam em suas


respectivas épocas e contextos socioeconômicos fazer com que se gaste
menos, produza mais e por fim lucre mais.

Na minha visão não existe conceito ou modelo certo e errado, todos


foram e são necessários até hoje para que tenhamos a indústria que
alimenta as economias e que empregam a massa trabalhadora.

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