Você está na página 1de 12

Revolução Industrial e

organização do trabalho
Taylorismo, Fordismo, Toyotismo e Volvismo

GEOGRAFIA 2º ANO EM
O que foi?
Em meio à Revolução Industrial — período caracterizado pelo significativo
desenvolvimento tecnológico vivido na Europa que possibilitou a consolidação da
indústria e do capitalismo a partir do século XVIII —, surgiram algumas formas
de organização e sistematização desse tipo de produção.
Taylorismo
● Desenvolvida por Frederick Winslow Taylor, ao final do século XIX;
● Maximização da produção atrelada ao máximo aproveitamento da mão de obra e
com o surgimento da gerência científica;
● Associado à segmentação, ou seja, cada operário realizava apenas uma atividade e
evitaria a lentidão da produção, o que, consequentemente, traria melhor
custo-benefício.
● Promoveu uma padronização do trabalho e maior controle da linha de produção;
● A produtividade também está relacionada com o rendimento máximo do
trabalhador. Sendo assim, para que esse seja estimulado a produzir, são
necessárias algumas motivações, como a melhoria dos salários; a redução da
jornada de trabalho; os descansos semanais remunerados; e as bonificações
conforme a produção;
Taylorismo
Resolvida a questão de quem executa o trabalho, ou seja, a força manual, surge então a necessidade
de alguém que o planeje e gerencie, a força intelectual. É aí que surge o conceito de gerência
científica;
Críticas

● Além da redução da jornada de trabalho e aumento dos salários, que foi um fator positivo;
● Aumento da produtividade em detrimento do trabalhador.
● Mesmo com todos os benefícios, muitos críticos à teoria acreditam que o operário, a partir
dessa nova forma de organização, é explorado, sendo comparado a uma máquina.
● A mecanização do trabalhador congelou-o em uma só função, expropriando o seu saber e
impedindo que ele possa crescer dentro da empresa.
● As atividades simples e repetitivas deram um aspecto robotizado ao trabalho operário, que
passou a ser questionado, gerando conflitos com os empregadores, muitas vezes acusados de
reprimir as opiniões dos operários.
Fordismo
O Fordismo consiste numa metodologia científica, idealizada pelo empresário Henry Ford.

revolucionou a indústria automobilística em 1914, quando foi criada a primeira linha de


montagem automatizada.

O início deste modelo, também remonta ao momento em que Henry Ford reduziu a jornada de
trabalho em sua empresa para oito horas diárias, remuneradas por cinco dólares. Nesse
momento, a fábrica da Ford seria palco de algo extremamente incomum: os funcionários
trabalhariam menos, mas sem redução salarial; pelo contrário, teriam um aumento e passariam a
ganhar mais.

Desde a criação de sua fábrica de carros, Ford já utilizava os princípios criados anteriormente por
Taylor. Ou seja, seus trabalhadores já eram separados e instruídos a realizar uma única tarefa;
atividade repetitiva por parte dos trabalhadores; além disso, a produção de mercadorias já era
feita em série.
Fordismo
Indiscutivelmente, o objetivo principal do Fordismo era garantir a máxima produtividade, uma
vez que a preocupação era a de garantir um estoque de mercadorias suficiente para ser
consumido pelo máximo de pessoas possíveis. Tal condição também estaria relacionada à
construção de um modelo de produção em massa.

O modelo de Ford acumulava grandes estoques, em razão da produção barata e em massa. Esse
quesito trouxe um acúmulo de mercadorias, e houve uma crise da superprodução em 1929.

Foi em 1970 que a metodologia entra em declínio por causa da General Motors, que flexibiliza sua
produção e seu modelo de gestão, lança diversos modelos de veículos e adota um modelo de
gestão profissionalizado e ultrapassa Ford (a maior montadora de veículos do mundo).
Toyotismo
O Toyotismo é um sistema de produção baseado na fabricação sob demanda. Ele foi criado no Japão
por Taiichi Ohno, um funcionário da Toyota, com o objetivo de eliminar o desperdício durante o
processo e, principalmente, evitar a acumulação de mercadorias no estoque.

O método ficou conhecido e passou a ser usado em diversos países a partir das décadas de 1960 e
1970, com o aumento do consumo, somado ao surgimento do neoliberalismo e as influências da
globalização.

Antes de fazer qualquer produto, são feitas pesquisas de mercado e é preciso ter a demanda
declarada. É por isso que o conceito é chamado “Just in Time”. A produção começa a partir do
momento que o pedido for feito.
Toyotismo
lém disso, podemos pontuar outras características, como:

● A mão-de-obra é qualificada, treinada e tem consciência das diversas etapas de


produção, mesmo se concentrando em apenas uma;
● Como os funcionários estão por dentro do processo de produção, pode acontecer de
serem realocados para desempenhar outra atividade;
● Foco na qualidade total do produto e sua diferenciação no mercado;
● Eliminação de desperdícios;
● Trabalho em equipe;
● Zero defeito na fabricação dos carros da Toyota.
Taylorismo/Fordismo/Toyotismo
Volvismo
foi criado na fábrica da montadora de veículos Volvo, na cidade sueca de Kalmar na
metade do séc xx

Este modelo de produção foi idealizado na década de 1960 pelo engenheiro indiano
Emti Chavanmco e revolucionou o sistema econômico. Sua proposta era inovadora,
pois tinha uma organização flexível e criativa.

No Volvismo o funcionário apresenta um papel diferenciado e relevante, a partir de


autonomia e representatividade no processo de produção, agregando valor ao
produto final. Na indústria sueca, a mão de obra qualificada é vista como uma
oportunidade de obter um envolvimento mais avançado do funcionário.
Volvismo

Você também pode gostar