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O SISTEMA PRODUTIVO
CONTEMPORÂNEO
Capitulo 5 ___________________________
EMERGÊNCIA DE UM NOVO
SISTEMA PRODUTIVO
As teorias da regulação
modo de estrutura
regulaçüo hegemSnica
são fatores que contribuem para esse resultado, pois as novas condições de
crédito, nos países ocidentais, permitem aos trabalhadores adquirir bens
duráveis. A passagem dos mecanismos monopolistas (qualificados como
rigidez nas décadas de 70 e 80) para os mecanismos concorrenciais, contri
buiu na manutenção do crescimento e foi uma das principais razões que
permitiram evitar uma estagnação como a que conhecemos nos anos 30.
Quando o crescimento da produção atinge níveis elevados, a dilatação dos
mercados corresponde ao aumento das capacidades de produção assim que
o consumo e o investimento ex ante estejam de acordo com a produção da
economia em seu conjunto e em seus principais setores.
A crise do fordismo
anos 80 um ponto cie vista diferente prevaleceu na maioria dos países de
senvolvidos: uma saída da crise exigia, afirmou-se, que se atacassem as
austeridades, requeria a desregulação, maior flexibilidade e mais confiança
no mercado. Noutros termos, o objetivo era o desmantelamento das institui
ções e do modo de regulação que constituíam o fundamento do boom do
pós-guerra. Na mesma época, vários autores críticos afirmaram que a maior
flexibilidade era trnço fundamental da era pós-fordista e a identificaram
com um regime de acumulação flexível.
A avaliação dessas opiniões requer, antes de mais nada, que se identifi
que, que se denuncie e se explique o impacto da destruição das austeridades
e da procura de maior flexibilidade na organização econômica, social e es
pacial. Notou-se uma tendência a mais flexibilidade nos domínios dos mé
todos de produção, dos contratos de trabalho, da fixação dos salários, das
relações interempresas etc. Depois, estudaram-se essas evoluções para ver
se tinham caráter do tipo conjuntural ou secular. Algumas delas constituíam
reações de defesa ante as dificuldades de acumulação e de crescimento dos
anos 70 e 80? Estratégias descentralizadas e a busca de objetivos a curto
prazo podem conduzir a um novo modo de regulação? Há razões para pen
sar que processos de inovação e de concorrência que levam, numa primeira
etapa, a uma descentralização inevitável, podem conduzir, com o tempo, a
uma concentração e centralização mais intensas do capital? A inovação e a
aceleração nó estabelecimento e na utilização de novas tecnologias corro
boram uma reinstitucionalização das relações econômicas e sociais? Al
guns pontos são tratados de maneira pormenorizada nos capítulos seguintes.
Na sequência deste trabalho, buscaremos distinguir os diferentes sentidos
que revestem o termo flexibilidade.
a) As form as de flexibilidade
1. Trabalhadores independentes
2. Grupo periférico 1
mercados secundários de trabalho CZ3
flexibilidade pelo ajustamento quantitativo
3. Ntlcleo central
mercados primários de trabalho
flexibilidade no trabalho
4. Trabalho interino
5. Subcontratação
6. Grupo periférico 2
7. Contratos a curto prazo
8. Aprendizagem financiada pelo Estado
9. Recrutamento adiado
10. D ivisão do trabalho
11. Tempo parcial
12. Trabalho exteriorizado
a) 6. Os modos de consumo
a) As teorias da localização
dos lugares, dos meios i novadores (Perrin, 1989), assim como as caracterís
ticas dos complexos territoriais de inovação (Stõhr, 1986), considerados
combinações complexas e interdependentes de variáveis (recursos locais,
know-how, qualificação etc.) e os fatores em virtude dos quais certos luga
res são mais inovadores que outros.
Como no caso do enfoque dos fatores de localização, não se deu sufi
ciente atenção à evolução do sistema produtivo propriamente dito. O de
senvolvimento da noção de industrialização geográfica constitui uma
tentativa de paliar essa lacuna (ver Storper & Walker, 1989). De um lado, os
complexos territoriais de produção são considerados formas de organiza
ção industriai que contribuem de maneira ativa e eficaz para a dinâmica da
industrialização: De outro, a estrutura e a organização industrial são vistas
como a materialização efêmera e em constante mutação de um processo
dinâmicode divisão e integração do trabalho, de criação e desaparecimento
de estabelecimentos, empresas e indústrias.
Figura S. Sistema de relações entre as características das indústrias de alta tecnologia e sua
organização espacial
Emergência de um novo sistema produtivo 129