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FILME: Leões e Cordeiros - JORNALISMO 22.

1 – Bárbara Aleixo Ottoni Costa

- O que você entende por jornalismo a partir do filme a que você assistiu? O filme mudou o
modo como você pensava?

Ao assistir o filme “Leões e Cordeiros”, um drama de 2007 que traz como contexto a
Guerra do Afeganistão, presenciamos diversos cenários e personagens que estão envoltos em
aspectos distintos, porém paralelos, do conflito: uma entrevista entre uma jornalista e um
político, uma conversa entre um professor e seu aluno e os desafios de dois rapazes que estão
em combate. Durante a longa, é possível ter um contato muito interessante com o mundo
jornalístico que rodeia o espectro político das televisivas estadunidenses, e de certa forma um
pouco de outras espalhadas pelo mundo, como por exemplo as brasileiras, podendo assim
trazê-las para a nossa realidade.

Após assisti-lo, pude compreender um pouco e traçar uma interpretação sobre o que
significa jornalismo. A todo momento, é perceptível uma troca de palavras, trocadilhos e
fortes oratórias entre os dois personagens em cena durante a entrevista. Nota-se que, é
fascinante como tudo funciona como uma dança conversativa entre uma pessoa que, de certa
forma, busca esconder, ludibriar ou até mesmo apresentar suas convicções e outra que a todo
momento apresenta clareza de ideias e uma curiosidade informativa. Nessa linha, entendo
como jornalismo a arte de buscar informações sempre com uma visão ampla e bastante
apurada, com a consciência da verdade. Um jornalista precisa ter a visão crítica sempre
indagando, tentando entender o motim da fala e buscando mais revelações. Um claro
exemplo que percebi dentro do filme foi quando o Senador Jasper Irving exclamou que
buscava a erradicação do inimigo e rapidamente a jornalista Janine Roth devolveu: “Matar o
povo para ajudar o povo.” expressando uma interpretação muito sensata da fala anterior e
deixando Irving encurralado em sua própria fala. É simplesmente muito interessante a forma
como a retórica foi usada, e demonstrou para mim muita preparação da jornalista em entender
e apurar o tema da conversa.

Outro ponto forte, foi a percepção do quão bem estava tudo detalhado para Janine que
entrou em cena com os pontos estabelecidos dentro da conversa, voltando e retornando em
questões sociais e até mesmo técnicas. Por exemplo, em como os soldados voltariam para
casa e porquê o governo dos Estados Unidos mandariam cerca de 150 mil soldados a um país
que não os atacou e praticamente um terço para outro que fez isso. É provocante a insistência
acima das perguntas. É claro que se trata de uma ficção, porém, é de se crer que exemplos
semelhantes aconteçam na realidade, e até mesmo que podemos encaixar dentro da realidade
diária de um jornalista, em que se é preciso entrar em um debate com consciência do tema e
tendo em mente as perguntas certas a se fazer, além da coragem em seguir a dúvida.

Acredito que já tinha um pouco de tais ideias antes de assistir o filme, porém vê-lo
com essa lente e buscando interpretá-lo não somente como um filme emocionante de um
conflito tão atual fez, com toda certeza, que eu desenvolvesse uma maior interpretação sobre
a forma de se fazer jornalismo e a importância do mesmo para a realidade política, e claro,
sobre as outras facetas sociais. Desse modo, afirmo que sim, o filme de Robert Redford
mudou e fomentou bastante as minhas concepções sobre o mundo que estou prestes a me
ingressar.

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