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Escola de Comunicação – UFRJ

Língua Portuguesa I 2017.1


(Adaptado do material produzido pela professora Mônica Orsini)

A ARTE DE "LER" 0 QUE NÃO FOI DITO

Será que todos os textos podem ser lidos da mesma maneira? Achou estranha a
pergunta? É claro que, em um sentido muito básico, só existe uma maneira de ler um
texto: decifrar os sinais (letras, imagens...) que o constituem.
Estar preparado para enfrentar qualquer tipo de texto significa, como leitor,
adaptar-se às condições criadas pelo autor do texto, de tal modo que se tenha condições,
ao final, de formar um juízo sobre o que se leu.
Acontece, porém, que será frequente, na vida de um leitor, encontrar textos em
que nem tudo o que importa para a compreensão esteja nele registrado. Em outras
palavras, há textos em que o que não foi escrito também deve ser levado em
consideração para que ele possa ser verdadeiramente compreendido.

Observe bem a manchete da capa de revista reproduzida acima: "O Brasil de FHC
quebra. De novo". Se formos identificar as informações presentes nessa manchete,
seremos obrigados a reconhecer que ela afirma duas coisas diferentes:

1. O Brasil governado por Fernando Henrique Cardoso está quebrado


no momento em que a revista foi publicada (agosto de 2002).
2. O Brasil, durante o governo de FHC, quebrou outras vezes.
De onde vem a certeza de que a manchete faz referências a momentos anteriores
de dificuldade econômica para o país? A presença da expressão "de novo", no fim do
texto, pois para uma coisa acontecer "de novo", é necessário que ela tenha acontecido
antes.
Essa interpretação que somos obrigados a fazer (o país já quebrou antes, durante o
governo FHC) ocorre porque o autor do texto dessa manchete parte do pressuposto de
que, como brasileiros, sabemos que o país enfrentou graves crises econômicas antes de
agosto de 2002. Se consultássemos um dicionário, uma das definições apresentadas para
pressuposto seria:

Pressuposto: circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro.

O que significa considerar algo como "antecedente" necessário de alguma outra


coisa dita? No caso do nosso exemplo, o antecedente necessário do texto é o
reconhecimento de que houve outros momentos de instabilidade econômica no Brasil
para que se possa compreender a razão de a expressão "de novo" estar presente na
manchete da revista.
Muitas vezes, explicitar os pressupostos significaria informar o óbvio, o esperado
em um dado contexto. O interessante é perceber que, em algumas situações, o
pressuposto não é tão óbvio e conhecê-lo nos auxilia a ter uma melhor compreensão do
que está sendo realmente dito. Veja o exemplo:

A tira acima só pode ser entendida se adotarmos como pressuposto o fato de a


personagem Quindim (o homem com a garrafa na mão) ser um mulherengo.
Todos conhecemos a lenda dos "gênios" que, saídos das garrafas onde vivem,
concedem três desejos a quem os encontra. No caso, o "gênio" já pressupõe que o
Quindim pedirá para conquistar a bela mulher que vem andando pela praia. Por esse
motivo, diz: "Você tem direito a três desejos. Quais vão ser os outros dois?" Se ele quer
saber apenas quais serão os dois próximos desejos de Quindim, é porque pressupõe que
o seu primeiro desejo será, necessariamente, conquistar a mulher para quem está
olhando naquele exato momento.

ATIVIDADES

1- A tirinha abaixo apresenta uma curiosa conversa entre o casal Zé do Boné e Flô.

a) Que história é considerada por Flô “irreal” e “ridícula”? Procure identificar o


contexto a que a personagem se refere.

b) A segunda fala de Flô revela dois pressupostos que ela faz sobre os maridos em geral.
Que pressupostos são esses?
c) Considerando os pressupostos adotados por Flô, o que nós podemos deduzir sobre
seu marido, Zé do Boné?

2- O humor da tira abaixo foi construído a partir de dois pressupostos: um sobre o


casamento e outro sobre as mulheres.

a) Explicite os pressupostos de que partiu o autor da tira.

b) A análise desses pressupostos nos permitiria concluir que o autor da tira é homem. Se
uma mulher fosse fazer uma tira semelhante (identificando os problemas do casamento),
o que ela provavelmente adotaria como pressuposto sobre os homens?

OS IMPLÍCITOS

Quando lidamos com uma informação que não foi dita, mas tudo nos leva a
identificá-la, estamos diante de algo subentendido.

Subentendido: algo que está envolvido naquele contexto, mas não é revelado, é apenas
sugerido.

A compreensão de implícitos é essencial para se garantir um bom nível de leitura.


Em várias ocasiões, aquilo que não é dito, mas apenas sugerido, importa muito mais que
aquilo que é dito abertamente. A incapacidade de compreensão de implícitos faz com
que o leitor fique preso ao nível literal do enunciado, aquele em que as palavras valem
apenas pelo que são, não pelo que sugerem ou podem dar a entender.
Pressupostos e subentendidos são recursos frequentes utilizados por autores no
momento de elaboração de seus textos. Para garantir uma boa leitura, é preciso estar
atento a situações em que apenas a apreensão do sentido literal não é o bastante para a
compreensão do texto.
ATIVIDADES

Leia a propaganda abaixo, anunciando um carro europeu. Com base nessa peça
publicitária, responda às questões 3 e 4.

3- É possível identificar, a partir do texto da propaganda, um pressuposto sobre o


motorista europeu. Qual é?

4- A enumeração de atitudes que não devem ser tomadas pelo motorista, porque está
"num carro europeu", permite-nos perceber também um subentendido sobre os
motoristas brasileiros. Que subentendido é esse?
5- Leia com atenção os quadrinhos.

a) A fala de Helga no segundo quadrinho indica um pressuposto sobre os homens.


Explicite-o.

b) Que opinião sobre o casamento fica subentendida a partir da identificação desse


pressuposto?

6- Observe a tira a seguir:

A leitura atenta da tira permite identificar uma opinião implícita de seu autor sobre os
jovens.
a) Que opinião é essa?
b) Ela é positiva ou negativa? Por quê?

AMBIGUIDADE
Se consultarmos um dicionário para procurar o sentido da palavra ambíguo, da
qual deriva ambiguidade, descobriremos que ela é usada para indicar algo que pode ter
diferentes sentidos, que desperta dúvida, ou que permite duas ou mais interpretações
diferentes. Portanto, um texto ambíguo é aquele que pode apresentar mais de um
sentido. Observe o exemplo abaixo.

Na tira, a última fala exemplifica a confusão provocada por uma referência


ambígua. Quando a personagem pergunta: "Quem, a supernova ou a Duília?", revela
que não conseguiu decidir a qual das duas o pronome "ela" ("Ela ainda chega lá") faz
referência.

A ambiguidade problemática

A ambiguidade será problemática todas as vezes em que prejudicar a compreensão


de um texto. Para ilustrar o que seria um exemplo de ambiguidade problemática,
reproduzimos uma chamada de notícia feita em um site da internet:

"Russel Crowe vai se casar com namorada de 12 anos."


(UoI News, 15 dez. 2002)

Inicialmente, podemos partir aqui de um pressuposto óbvio: o texto das notícias


de jornal, visto que pretendem informar os leitores sobre determinados acontecimentos,
deve ser claro e, portanto, não ambíguo. Se prestarmos atenção no texto da notícia aci-
ma, veremos que o que está literalmente afirmado é que o ator australiano Russel Crowe
vai se casar com uma menina de 12 anos.
Essa é uma notícia que certamente causaria espanto. Afinal, não se espera, em
nossa sociedade, que homens de quase 40 anos (o ator tinha 38 anos em 2002) se casem
com crianças de 12.
O que se pretendeu noticiar, porém, foi algo bem diferente. O ator Russel Crowe
marcou seu casamento com uma moça que namorava há 12 anos. A referência temporal,
portanto, dizia respeito à duração do namoro, não à idade da moça.
Ambiguidades como essas podem e devem ser evitadas, pois não se devem criar,
mesmo que involuntariamente, tais problemas de interpretação para os leitores dos
textos. No caso que analisamos, uma organização sintática inadequada criou um sentido
logicamente possível, mas diferente daquele pretendido pelo autor.
A melhor maneira de controlarmos essas ocorrências, nos textos que escrevemos,
é criando o hábito de rever os nossos próprios textos, procurando sempre assumir a
perspectiva do leitor, de forma a evitar dificuldades desnecessárias de interpretação.
ATIVIDADES

a) Há uma fala que, se tomada ao pé da letra, faz referência a uma impossibilidade. Qual
é essa fala?

b) O que há de estranho nela?


c) Reescreva o trecho de modo a evitar que se possa fazer a estranha interpretação
identificada em a.

→ O texto seguinte refere-se às questões 7 e 8.

Lula gasta com pessoal o que poupa com juros

A economia de R$40 bi feita desde 2006 equivale ao aumento da folha.


(FOLHA, 20.04.09)

7- A manchete publicada pelo jornal Folha de S. Paulo apresenta a possibilidade de


uma interpretação dúbia.
a) Que interpretação é essa?

b) Qual é a expressão que dá margem a essa leitura?

8- Qual é a interpretação adequada da manchete transcrita?

9 (Enem – 2010)

Texto I
Época. 12 out. 2009 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)

Texto II
CONEXÃO SEM FIO NO BRASIL
Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar publicações para o Kindle

Época. 12 out. 2009. (Foto: Reprodução/Enem)

A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um anúncio sobre o lançamento


do livro digital no Brasil. Já o texto II traz informações referentes à abrangência de
acessibilidade das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes regiões do
país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se que o advento do livro digital no Brasil

a) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às informações antes restritas,


uma vez que eliminará as distâncias, por meio da distribuição virtual.
b) criará a expectativa de viabilizar a democratização da leitura, porém esbarra na
insuficiência do acesso à internet por telefonia celular, ainda deficiente no país.
c) fará com que os livros impressos se tornem obsoletos, em razão da diminuição dos
gastos com os produtos digitais gratuitamente distribuídos pela internet.
d) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no país, levando em consideração
as características de cada região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à
informação.
e) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos brasileiros, uma vez que as
características do produto permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades
geopolíticas.

10 (UEL – 2013)
Hora do mergulho
Feche a porta, esqueça o barulho
feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho
eu sou moço, seu moço, e o poço não é tão fundo
super-homem não supera a superfície
nós mortais viemos do fundo
eu sou velho, meu velho, tão velho quanto o mundo
eu quero paz:
uma trégua do lilás-neon-Las Vegas
profundidade: 20.000 léguas
"se queres paz, te prepara para a guerra"
"se não queres nada, descansa em paz"
"luz" – pediu o poeta
(últimas palavras, lucidez completa)
depois: silêncio
esqueça a luz... respire o fundo
eu sou um déspota esclarecido
nessa escura e profunda mediocracia.
(Engenheiros do Hawaii, composição de Humberto Gessinger)

Na letra da canção, Humberto Gessinger faz referência a um famoso provérbio latino: si


uis pacem, para bellum, cuja tradução é Se queres paz, te prepara para a guerra. Nesse
tipo de citação, encontramos o seguinte recurso:
a) intertextualidade explícita.
b) intertextualidade implícita.
c) intertextualidade implícita e explícita.
d) tradução.
e) referência e alusão.

11. (UEL – 2015)


Disponível em Super Interessante. Acesso em 10 out. 2014
O gordo é o novo fumante
Nunca houve tanta gente acima do peso – nem tanto preconceito contra gordos.
De um lado, o que há por trás é uma positiva discussão sobre saúde. Por outro, algo de
podre: o nascimento de uma nova eugenia.
(Adaptado de: Super Interessante. Editora Abril. 306.ed. jul. 2012. p.21.)
Em relação ao texto, considere as afirmativas a seguir:
I. O código não verbal, principalmente no que se refere ao segundo desenho, revela o
discurso preconceituoso e, consequentemente, um aspecto ideológico.
II. O sentido de proibição é captado por meio da intertextualidade estabelecida entre os
códigos não verbais a qual, por sua vez, revela aspectos ligados ao gênero do humor.
III. O conteúdo expresso na placa revela que, futuramente, indivíduos obesos sofrerão
ainda mais discriminação social.
IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não verbal serve para reforçar o caráter
polissêmico da placa.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

12 (ENEM – 2013)
Informações ao paciente — Nimesulida

Ação esperada do medicamento: Nimesulida possui propriedades anti–inflamatórias,


analgésicas e antipiréticas.
Cuidados de armazenamento: Nimesulida gotas deve ser conservado em temperatura
ambiente (entre 15 e 30 ºC), protegido da luz.
Gravidez e lactação: Informe a seu médico a ocorrência de gravidez durante o
tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando. O uso de
Nimesulida não é recomendado para gestantes e mulheres em fase de amamentação.
Cuidados de administração: Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Caso os sintomas não melhorem em 5
dias, entre em contato com o seu médico.
Recomenda–se utilizar Nimesulida depois das refeições. Agite antes de usar.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS
CRIANÇAS.

Disponível em: www.bulas.med.br. Acesso em: 3 ago. 2012 (fragmento).

O fragmento de bula apresenta informações ao paciente sobre as propriedades do


medicamento e sobre o modo adequado de administrá–lo. Pela leitura desse texto, o
paciente obtém a informação de que o medicamento deve ser
a) mantido dentro da geladeira, preferencialmente.
b) ingerido num intervalo de seis em seis horas.
c) administrado em horários específicos.
d) tomado por pelo menos uma semana.
e) utilizado somente por adultos.

13. (ENEM – 2011)

Veja. 05 set. 1999 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem)


O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de estratégias persuasivas para
influenciar o comportamento de seu leitor. Entre os recursos argumentativos
mobilizados pelo autor para obter a adesão do público à campanha, destaca-se
nesse texto
A. a oposição entre individual e coletivo, trazendo um ideário populista para o anúncio.
B. a utilização de tratamento informal com o leitor, o que suaviza a seriedade do
problema.
C. o emprego de linguagem figurada, o que desvia a atenção da população do apelo
financeiro.
D. o uso dos numerais “milhares” e “milhões”, responsável pela supervalorização das
condições dos necessitados.
E. o jogo de palavras entre “acordar” e “dormir”, o que relativiza o problema do leitor
em relação ao dos necessitados.
14 (ENEM – 2013)

O texto apresentado emprega uma estratégia de argumentação baseada em recursos


verbais e não verbais, com a intenção de
a. desaconselhar a ingestão de biscoitos, taxados de “vilões”, inimigos de uma alimentação
saudável.
b. associar a imagem da guloseima a um traço negativo, que se concretiza na utilização do
termo “desafio”.
c. alertar para um problema mundial, como se prevê em “globesidade”, relacionando o
açúcar, representado pelo doce, a um vilão.
d. ironizar a importância do problema, por meio do tom dramático da linguagem empregada,
como se vê no uso de “culpado” e “vilão”.
e. atestar a redução do consumo de alimentos calóricos, como o biscoito, desencadeada pelas
recentes divulgações de pesquisas comprobatórias do malefício que eles fazem à saúde.

15 (ENEM – 2014)

E se a água potável acabar? O que aconteceria se a água potável do mundo acabasse?

As teorias mais pessimistas dizem que a água potável deve acabar logo, em 2050. Nesse
ano, ninguém mais tomará banho todo dia. Chuveiro com água só duas vezes por
semana. Se alguém exceder 55 litros de consumo (metade do que a ONU recomenda),
seu abastecimento será interrompido. Nos mercados, não haveria carne, pois, se não há
água para você, imagine para o gado. Gastam-se 43 mil litros de água para produzir 1 kg
de carne. Mas, não é só ela que faltará. A Região Centro-Oeste do Brasil, maior
produtor de grãos da América Latina em 2012, não conseguiria manter a produção.
Afinal, no país a agricultura e a agropecuária são, hoje, as maiores consumidoras de
água, com mais de 70% do uso. Faltariam arroz, feijão, soja, milho e outros grãos.
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012

A língua portuguesa dispõe de vários recursos para indicar a atitude do falante em


relação ao conteúdo de seu enunciado.

No início do texto, o verbo “dever” contribui para expressar

a. uma constatação sobre como as pessoas administram os recursos hídricos.


b. a habilidade das comunidades em lidar com problemas ambientais contemporâneos.
c. a capacidade humana de substituir recursos naturais renováveis.
d. uma previsão trágica a respeito das fontes de água potável.
e. uma situação ficcional com base na realidade ambiental brasileira.

16 (ENEM – 2015)

Campanhas educativas têm o propósito de provocar uma reflexão em torno de questões


sociais de grande relevância, tais como as relacionadas à cidadania e também à saúde.
Com a imagem de um relógio despertador e o slogan “Sempre é hora de combater a
dengue”, a Campanha Nacional de Combate à Dengue objetiva convencer a população
de que é preciso

a. eliminar potenciais criadouros, quando aparecer a doença.


b. posicionar-se criticamente sobre as ações de combate ao mosquito.
c. prevenir-se permanentemente contra a doença.
d. repensar as ações de prevenção da doença.
e. preparar os agentes de combate ao mosquito.

17 (PUC Rio)
O enunciado a seguir é ambíguo por apresentar mais de uma possibilidade de leitura:

A indicação do neurocientista trouxe benefícios para a pesquisa.

a) Explique quais são as leituras possíveis.


b) Desfaça a ambiguidade, deixando objetiva uma dessas leituras
GABARITO

1. a) personagem faz referência ao contexto apresentado na narrativa televisiva. “É


irreal” o fato de o homem levar a esposa para jantar e, também, conversar com ela. A
relação entre homem e mulher apresentada no contexto audiovisual é ridícula, porque
inexiste no cotidiano da personagem do quadrinho.
b) 1. Eles não levam as esposas para jantar (ou não são românticos) / 2. Eles não
conversam com as esposas.
c) Ele é completamente o oposto daquilo que a narrativa televisa, no contexto do
quadrinho, idealiza.

2. a) As mulheres falam muito / As mulheres sempre são capazes e mais atentas a


identificar os muitos problemas da relação.
b) Espera-se que o aluno destaque pontos típicos do universo médio masculino
brasileiro, como cerveja, futebol... Qualquer coisa muito distante disso invalida a
resposta da questão.

3. É educado no trânsito.

4. Os motoristas brasileiros tendem a ser menos educados no trânsito.

5. a) Pressuposto generalizante a respeito de a socialização masculina igualar todos os


homens.
b) O casamento não é uma boa opção para a mulher.

6. a) Os jovens são facilmente influenciáveis.


b) Negativa, uma vez que expõe a falta de criticidade presente na juventude.

Sem número: a) “NÃO EXISTE PASTA PRA HOMEM ROSA!”


b) A inexistência de um homem na cor rosa.
c) Não existe pasta rosa para homem.

7. a) A possibilidade de existir “juros” no movimento de poupar.


b) “... poupa com juros”

8. O que ele deixa de gastar com os juros das dívidas quitadas deveria ser poupado, mas
é gasto com pessoal.

9. B

10. B

11. D

12. C

13. E

14. C
15. D

16. C

17. a) A 1ª possibilidade de leitura seria considerar o termo do neurocientista como


paciente da ação, ou seja, nesse caso, o neurocientista foi indicado (indicaram o
neurocientista; alguém indicou o neurocientista), e esse fato trouxe benefícios para a
pesquisa. A outra possibilidade seria reconhecer o termo do neurocientista como agente
da ação, isto é, o neurocientista fez a indicação (indicou algo/alguém) e essa indicação
feita por ele trouxe benefícios para a pesquisa.
b) A indicação que o neurocientista fez trouxe benefícios para a pesquisa. / O fato de
terem indicado o neurocientista trouxe benefícios para a pesquisa. / A indicação feita
pelo neurocientista trouxe benefícios para a pesquisa.

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