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FIRJAN SENAI SÃO GONÇALO

Fundamentos da Logística

Turma: EA0036

Professor: Paulo Rogério

Aluna: Ana Carolline Donato


O conceito de logística engloba toda a operação de entrada de materiais até a expedição de
produtos. Por ser um objeto de estudo muito abrangente, a logística é dividida em relação aos
seus processos, tais como: armazenagem, distribuição e transporte. Além disso, o conceito
abrange os processos reversos, internacionais e de suprimentos.

A logística assumiu um papel estratégico dentro das empresas, sendo visto como um elemento
chave para alcançar ótimos resultados. Hoje a logística incorpora conhecimentos de áreas
como: engenharia, economia, marketing, estatística, tecnologia e recursos humanos.
Logística na antiguidade
Na época da pedra, nossos ancestrais passavam a conhecer a agricultura. dessa maneira, os
povos antigos migravam para as regiões com as condições e recursos mais favoráveis. Através
da agricultura os povos passaram a guardar os alimentos além da sua capacidade de consumo
imediata, criando os estoques. A administração dos alimentes estocados permitiu a sobrevivência
da nossa espécie em épocas de escassez.

Com o desenvolvimento dos veículos (embarcações e carruagens), e o surgimento das rotas


comerciais a logística começava a ganhar cada vez mais espaço. As viagens eram longas, de
modo que os comerciantes já praticavam técnicas de estocagem de produtos nos veículos com o
objetivo de aumentar a capacidade de estoque e evitar as perdas. De forma arcaica, já iniciava
estudos sobre a demanda por determinados produtos, assim como a cartografia se desenvolvia
tornando os caminhos mais rápidos e eficientes.

A revolução industrial também teve papel importante para a história da logística. A máquina a
vapor permitiu a produção em massa de itens artesanais. Dessa maneira, o problema da alta
oferta de produtos foi resolvido com outra solução logística: a distribuição em massa. Em razão
dessa demanda, foram criados meios de transporte e comunicação, como trens, navios e o
telégrafo
Logística militar
Apesar do surgimento nos tempos mais remotos foi no contexto militar que a logística
ganhou papel de protagonista. Isso porque, o transporte das tropas, armamentos, carros de
guerra, suprimentos até os locais de combate era algo que exigia um exímio planejamento,
organização e execução das tarefas.
Sistema Toyota de Produção

O Sistema Toyota de Produção (TPS) é uma metodologia desenvolvida pela empresa Toyota e se baseia,
inicialmente, em dois pilares: Jidoka e Just in time. Os principais objetivos desse mecanismo são a redução dos
desperdícios e o aumento da produtividade na linha de produção. Dessa forma, é possível reduzir os custos da
empresa e, consequentemente, aumentar a lucratividade.
O Taiichi Ohno foi uma das pessoas mais importantes no processo de desenvolvimento do Sistema Toyota de
Produção. Ele atuava como engenheiro na Toyota e tinha a missão de aliar os conceitos Jidoka e Just in Time,
para aumentar a produtividade da empresa.
Contudo, ele não parou nessas duas ferramentas. Em uma de suas viagens aos Estados Unidos, Taiichi Ohno
percebeu um comportamento curioso nos clientes de um supermercado. As pessoas entravam no
estabelecimento, pegavam apenas os produtos necessários, na quantidade necessária e no momento em que
eles eram necessários.
A partir dessa observação que o engenheiro da Toyota desenvolveu o Kanban, uma ferramenta que utilizava
cartões de informações para limitar o volume da produção de acordo com a demanda do mercado.
Os 5 pilares do Sistema Toyota de Produção
1. Jidoka
Automação com influência humana.
2. Just in Time
Produzir no tempo certo e na hora certa para gerar o mínimo de estoque possível, ou zero
estoque.
3. Heijunka
É a ferramenta responsável por nivelar a variedade e quantidade dos itens que são produzidos em
uma linha de produção, possibilitando tornar o processo produtivo mais previsível. Dessa forma, é
possível identificar a quantidade exata dos recursos que serão necessários manter em estoque.
4. Padronização do trabalho
A padronização é responsável por manter o processo produtivo estável. Sendo assim, é possível
sempre realizar as mesmas atividades seguindo um único padrão. Além disso, a padronização
permite o desenvolvimento de novos processos ainda mais eficientes, de forma a reduzir o tempo
necessário para executar uma determinada atividade.
5. Kaizen
É a filosofia que traz o conceito da melhoria contínua. Esse termo sugere que devemos estar
na constante busca pelo aperfeiçoamento, seja na vida profissional ou na vida pessoal.
Lean Manufacturing
Lean Manufacturing é uma metodologia desenvolvida por Taiichi Ohno (engenheiro da Toyota, na época) que tem
como principal objetivo o aumento da qualidade e da eficiência nos processos produtivos de uma empresa por meio
da eliminação/redução de erros e desperdícios.
O Lean Manufacturing teve origem no Japão, durante a 2ª Guerra Mundial. Neste período, as cidades de Hiroshima e
Nagasaki foram as que sofreram as maiores consequências. Só que todo o país ficou socialmente, politicamente e
economicamente devastado.
No pós-guerra, houve uma demanda enorme por diversos produtos para a reconstrução do país, como alimentos
básicos, materiais para construção de casas, peças de roupas, entre outros.
As empresas que forneciam esses produtos apostavam na produção em massa. Dessa forma, produziam em grande
quantidade, porém, com baixa variedade de produtos.
Além dos materiais básicos necessários para a reconstrução do país, também existia a necessidade da fabricação de
meios de transporte. Foi nesse momento que a Toyota entrou em ação.
Eles desenvolveram um processo produtivo que não necessitava de grandes estoques, que mantinha um fluxo de
caixa muito mais rápido e que conseguia atender as demandas do mercado, produzindo produtos personalizados de
forma eficiente.
Em poucos anos, não só a Toyota, mas também outras empresas japonesas, que aderiram ao modelo de produção
enxuta, já exportavam produtos competitivos no mercado internacional.
Lean Manufacturing se baseia em 5 princípios: valor, fluxo de valor, fluxo contínuo, produção puxada e perfeição.

Valor: Tudo aquilo que o cliente considera importante em um produto.

Fluxo de valor: todas as etapas que um produto passa, desde sua criação até chegar ao cliente final.

Fluxo contínuo: O princípio do fluxo contínuo determina que não pode haver tempo de espera entre as etapas de
produção de um produto.

Produção puxada: O princípio da produção puxada afirma que as demandas dos clientes definirão o volume de
produtos a serem produzidos.

Perfeição: O princípio da perfeição determina que sempre devemos buscar melhorar os nossos processos.
Fordismo
Fordismo é um termo que se refere ao modelo de produção em massa de um produto, ou seja, ao sistema das linhas de
produção. O Fordismo foi criado pelo norte-americano Henry Ford, em 1914, revolucionando o mercado automobilístico e
industrial da época.
O objetivo era criar um método que reduzisse ao máximo os custos de produção da sua fábrica de automóveis,
consequentemente barateando os veículos para a venda, atingindo um maior número de consumidores.
O período que se segue ao segundo pós-guerra é considerado o auge do fordismo na história do capitalismo. Porém,
devido à falta de personalização dos produtos e rigidez do sistema, o fordismo encontrou o seu declínio no começo dos
anos 1970, sendo gradativamente substituído por um modelo mais "enxuto".

Características do Fordismo
 Redução de custos na linha de produção;
 Aperfeiçoamento da linha de montagem do produto;
 Pouca qualificação dos operários;
 Divisão das funções de trabalho;
 Repetitividade do trabalho;
 Trabalho em cadeia;
 Trabalho contínuo
 Especialização técnica de cada operário de acordo com sua função;
 Produção de produtos em massa;
 Grande investimento em máquinas e instalações nas fábricas;
 Uso de máquinas operadas pelo homem no processo de produção;
Diferença entre o Fordismo e o Taylorismo
O taylorismo, sistema criado pelo engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor, determinava que cada operário deveria
ficar responsável por uma função específica dentro do processo de produção, não sendo necessário o seu conhecimento
global sobre as outras etapas da confecção do produto, ou seja, sem saber como seria concluído. Os funcionários eram
supervisionados por um gerente, que garantia o cumprimento de cada fase do processo produção.
Outra característica inovadora do taylorismo foi o sistema de bonificação. Quando um funcionário produzia mais em menos
tempo de trabalho, era gratificado com prêmios que incentivavam a constante melhoria no trabalho.

Toyotismo
O chamado Toyotismo foi o modelo de configuração da produção industrial que predominou sobre o fordismo e o
taylorismo a partir das décadas de 1970 e 1980, quando surgiu uma crescente demanda de produtos mais personalizados,
tecnológicos, com melhor qualidade e performance no mercado de consumo.
A principal característica do Sistema Toyota de Produção, criado e desenvolvido pela empresa japonesa produtora de
automóveis Toyota Motor, foi a eliminação do desperdício, criando uma produção mais "enxuta", no lugar da desenfreada
massificação do produto feito no fordismo.
Outro ponto importante e diferencial do toyotismo é a especialização dos profissionais da empresa, pois devido à
segmentação diversificada do mercado, os funcionários não podiam ter funções únicas e restritas, como acontecia
no fordismo. O toyotismo investiu na qualificação do mercado, investindo na educação de seu povo.
Os produtos no Sistema Toyota de Produção eram criados de acordo com a demanda que surgia ("just in time"),
minimizando os estoques desnecessários e evitando desperdícios.
A partir de 2007, a Toyota Motor é declarada a maior montadora de automóveis do mundo, devido à eficiência do
toyotismo.
Evolução da logística
Com a ascensão do capitalismo e o comércio mundial, os grandes empresários identificaram que as práticas de
logística anteriormente usadas no contexto militar poderiam ser inseridas no meio coorporativo. Dessa maneira, a
logística passou a fazer parte da rotina das empresas, surgindo o que hoje conhecemos como a logística
empresarial.
A logística empresarial engloba os processos necessários para colocar os produtos no lugar certo, no momento
certo, e nas condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possível para a empresa. O
conceito se desenvolveu ao longo dos anos, sendo o caracterizado por quatro diferentes fases, vistas a seguir:
1° Fase: Especialização
Primeiramente, aliada aos conceitos de qualidade, até 1960 a logística tinha pouca ou nenhuma integração aos demais
processos da empresa. Nesta época o grande objetivo era o estabelecimento de um canal de distribuição eficaz, capaz de
entregar os pedidos dentro dos prazos estabelecidos com os clientes. Nesta primeira fase da evolução da logística a fase
ótica era operacional. Ela preocupava-se apenas em transportar os produtos acabados ao menor tempo possível aos clientes.
2° Fase: Eficiência
Na década de 70 as empresas perceberam que era necessário integrar os processos com o objetivo de otimizar a produção,
reduzir os custos e aumentar a qualidade de produtos e serviços. Nesta fase o foco era a operação da empresa. A produção
deveria estar ligada a capacidade de estoques e escoamento dos produtos. A variabilidade de produtos exigia uma
administração eficiente dos itens estocados. Diferente da primeira fase, a segunda fase da evolução da logística, agora
preocupava-se com o nível dos estoques e a capacidade produtiva da empresa. Desse modo, a produção estava
condicionada a capacidade de estoque ou distribuição.
3° Fase: Eficácia
O foco da terceira fase da evolução da logística agora era o atendimento as necessidades dos clientes, alinhado a máxima
capacidade produtiva.
4° Fase: Integração
A última fase do desenvolvimento da logística é caracterizada pelo nosso atual contexto. Hoje, as empresas de sucesso
integraram toda sua cadeia de suprimentos (supply chain management). Isso quer dizer que, desde fornecedores aos
clientes, todo o processo da compra de insumos, até a entrega do produto ao destino existe uma ligação. Todos os processos
de uma empresa estão intimamente relacionados a sua demanda e ao atendimento das necessidades dos clientes.
Atualmente, a função logística interage basicamente com quatro setores das empresas: marketing, finanças, controle da
produção e gestão de recursos humanos. Dessa forma, para as empresas se manterem competitivas no mercado, é
necessário utilizar a logística para organizar e melhorar a gestão. Hoje o ponto chave é proporcionar não somente o
melhor produto, e sim a melhor experiência. Transportes mais ágeis e seguros, estoques configurados conforme a
demanda dos clientes, elevado nível de desempenho operacional, redução de desperdícios são alguns dos caminhos
logísticos no sentido ao sucesso empresarial. E como vimos, são os caminhos logísticos que permitem a constante
evolução da humanidade.
Logística e supply chain
A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mercadorias
desde o estágio da matéria prima até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação.
A logística faz parte do supply chain exercendo papel fundamental para êxito do processo.
Abaixo todas as atividades que compõe o supply chain e como a logística está diretamente relacionada com o
processo:
Tipos de logística
Logística Reversa
A logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-
primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de
consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte
adequado. Uma empresa quando recebe um produto caracterizado por um processo de devolução,
seja qual for o motivo, já está aplicando o conceito de logística reversa. Do mesmo modo, uma
empresa que compra materiais reciclados, ou mesmo recuperados, incluindo estes em seu
processo produtivo também está aplicando o conceito.
Logística Empresarial
É a responsável colocar os produtos ou serviços certos no lugar certo, no momento certo, e nas
condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possível para a empresa.
Logística Interna
A logística interna, ou intralogística, é uma subárea da logística que compreende os fluxos de
informação e de materiais realizados dentro do ambiente interno da empresa. Por exemplo: os
movimentos de mercadoria no armazém, o controle de estoque, etc.
Logística de suprimentos
A logística de suprimentos é parte da logística empresarial que trata do planejamento, implantação
e controle do fluxo de movimentação e armazenagem das matéria-prima e insumos
Referências:

https://saclogistica.com.br/logistica/
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/lean-manufacturing?
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https://www.voitto.com.br/blog/artigo/o-sistema-toyota-de-producao
https://www.significados.com.br/fordismo/

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