A Revolução Industrial iniciou na Inglaterra a partir da segunda metade do
século XVIII e se espalhou pelo mundo causando grandes transformações. O desenvolvimento da indústria ocasionou inúmeras mudanças na economia mundial, assim como no estilo de vida da humanidade, já que acelerou o ritmo da produção de mercadorias e a exploração dos recursos da natureza. Desse modo, a sociedade se tornou cada vez mais consumista, fazendo surgir a necessidade de buscar maneiras de aumentar a produtividade e eficiência para atender a demanda do mercado com custos mínimos. Segundo Chiavenato “Para produzir com eficiência e eficácia torna-se necessário escolher e definir um sistema de produção que seja o mais adequado ao produto/serviço que se pretende produzir” . De maneira análoga a essa teoria, ao decorrer do tempo foram surgindo alguns modelos para tentar atender as necessidades do mercado entre eles o Fordismo e o Toyotismo. O fordismo é um modelo de produção desenvolvido por Henry Ford em sua própria indústria que surgiu na primeira metade do século XX e revolucionou o modo de se produzir, aumentando a produtividade . Esse sistema tem aspectos em comum com o taylorismo como por exemplo a produção em massa. Além disso, para aumentar mais ainda a eficiência na produção Ford introduziu a linha de montagem na qual , o produto em processo desloca-se ao longo de um percurso em uma esteira, enquanto os operadores ficam parados realizando suas funções. O fordismo tentava promover a padronização da produção, a especialização do funcionário por meio de tarefas simples e repetitivas e tinha como foco a máxima excelência. Contudo, esse modelo foi enfraquecendo com o tempo por ser muito rígido, não proporcionar o conhecimento de todo processo produtivo aos operários deixando os alienados em relação ao próprio trabalho e por não inovar tanto em tecnologia. O Toyotismo é um modelo de organização do trabalho desenvolvido pelo japonês Taiichi Ohno, em 1962 na montadora japonesa Toyota. Ele surgiu após a Segunda Guerra Mundial em um contexto no qual a economia japonesa estava devastada e portanto, um sistema de produção e consumo em massa não seria o mais adequado diante da necessidade da redução de gastos desnecessários. Assim, o Toyotismo surgiu como uma maneira de modificar o modelo ocidental de produção vigente na época. Tendo como característica reduzir os estoques para evitar excedentes, produzir com máxima qualidade, ter a mão de obra qualificada para conhecer todos os processos produtivos e ser capaz de realizar tarefas diversificadas. Além disso, o Toyotismo aplicava o just-in-time (momento certo), ou seja, a produção era orientada a partir da demanda do mercado. Diante do apresentado, é evidente as divergências entre os dois sistemas de produção. Enquanto o Fordismo produzia em massa produtos padronizados, fazendo os estoques ficarem cheios, o Toyotismo era mais flexível e produzia pequenos lotes de produtos, com estoque mínimo, de acordo com a demanda. Assim, apesar de terem objetivos semelhantes, fabricar ao menor custo, eles têm diferenças quanto ao processo produtivo, ritmo de trabalho, papel do funcionário, entre outros.