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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP – MS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

CRISTIELY GOMEZ FLORES

INFLUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA


ADMINISTRAÇÃO

CAMPO GRANDE – MS
2023
CRISTIELY GOMEZ FLORES
CPF:89433141 / RA 2496270

INFLUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA


ADMINISTRAÇÃO

Trabalho do curso de administração tem como objetivo


compor B1. Demostrando qual a influência da revolução
industrial na administração.

Orientador(a): Fabiana Annibal Faria de Oliveira


Biazennetto

CAMPO GRANDE – MS
2023
SUMÁRIO

INTRUDUÇÃO 4
DESENVOLVIMENTO 5
FREDERICK W. TAYLOR 6
HENRI FAYOL 7
CONCLUSÃO 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
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1 INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, transformou a


sociedade mundial ao tornar o capitalismo uma realidade global. Antes da Revolução
Industrial em 1776, não havia corporações formais no mundo, apenas pequenos produtores
familiares que fabricavam tecidos e utensílios domésticos para si e suas famílias. Essa
revolução reside principalmente no desenvolvimento de novas tecnologias de produção de
mercadorias, novas tecnologias e novas formas de divisão social do trabalho. Deu origem à
corporação e à gestão moderna, que ocorreu no final do século XVIII e se estendeu por todo o
século XIX e início do século XX. Este fenômeno trouxe rápidas e profundas mudanças
econômicas, sociais e políticas.
O capitalismo continua se desenvolvendo até os dias atuais, como consequência da
primeira Revolução Industrial. Uma Terceira Revolução Industrial é apontada com o
aprimoramento da tecnologia informacional, principalmente depois da década de 1970. E a
moderna administração surgiu em resposta as duas consequências provocadas pela Revolução
Industrial: que seria o crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a
exigir uma administração cientifica capaz de substituir o empirismo e a improvisação; e a
necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa
concorrência e competição no mercado.
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2 DESENVOLVIMENTO

A Revolução Industrial foi um processo histórico iniciado na Inglaterra no século


XVIII, principalmente, sendo comumente associado ao início do modo de produção
capitalista. Essa revolução consistiu primordialmente no desenvolvimento de novas técnicas
de produção de mercadorias, com uma nova tecnologia, e em uma nova forma de divisão
social do trabalho. Ela provocou o aparecimento de empresas e da moderna administração que
ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar
do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais
e políticas. Ela teve início, com a invenção da máquina a vapor por James Watt, em 1776. A
aplicação da máquina a vapor no processo de produção provocou um enorme surto de
industrialização, que se estendeu rapidamente a toda Europa e Estados Unidos.

Na primeira Revolução Industrial (1780/1840) aconteceu uma profunda transformação


econômica e social. O homem do campo e o antigo artesão devidamente sem a cultura do
conhecimento industrial, tendo apenas a força de seu trabalho, passaram a vendê-la ao novo
capitalista industrial. Os meios de produção e o próprio resultado não mais pertenciam ao
trabalhador autônomo e pequeno proprietário.

Já durante a segunda revolução industrial o processo de industrialização se alastrou da


Grã-Bretanha para vários países, devido ao aprimoramento dos meios de transporte, e assim a
produção não se apoiava mais no pioneirismo do setor têxtil e sim, na difusão das novas
tecnologias e formas de organização, estimulada pela industrialização do setor de bens de
capital. Paralelamente, a implantação do sistema parlamentarista legitimou a profusão da
burguesia política. Era o poder do novo capital sobrepujando a tradição hierárquica secular.
As organizações emergentes passaram a dar todas as atenções para a mecanização do
trabalho. Maiores quantidades e menores custos na produção eram resultados de
aprimoramentos tecnológicos e mecânicos, possibilitando aumentar o mercado potencial da
organização e reduzir os preços praticados. A perspectiva empresarial passa, então a ser
abrangente, sistemática e de mais longo prazo.

Ela também impulsionou e transformou grande parte das empresas mundiais da


atualidade. Máquinas foram desenvolvidas e, a divisão do trabalho preconizada, reduzindo os
custos da produção, estreitando as comunicações, ampliando as redes de transportes,
transformando, não só o mundo das organizações, bem como toda a sociedade. A Revolução
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Industrial foi a responsável pela profunda transformação não só do mundo das organizações,
como também de toda a sociedade. A economia, anteriormente, de base manufatureira e
artesanal passa a se firmar como produção industrial e mecanizada. Assim, com o surgimento
das fábricas, criou-se um primeiro modelo de administração, defendendo a racionalização da
produção, divisão de tarefas em múltiplas etapas, acompanhamento direto supervisionado e
obediência hierárquica.

A administração moderna veio em resposta as consequências da revolução industrial,


que seria o crescimento vertiginoso e desordenado das empresas que passam a exigir uma
gestão científica que substitua o empirismo e a improvisação, e as empresas que precisam
aumentar a eficiência e a produtividade para lidar com a concorrência e a concorrência
acirrada do mercado.

2.1 FREDERICK W. TAYLOR

Considerado por muitos como o pai da administração e precursor da teoria científica


da administração, Frederick W. Taylor defendeu a prática da divisão do trabalho,
enfatizando o tempo e o método para garantir seu objetivo de "máxima produção a um custo
mínimo", conforme descrito em Scientific Seleção, tempo padrão, colaboração, supervisão e
princípios de eficiência.

Nas considerações da Administração Científica de Taylor, a organização é comparada


a uma máquina, que segue um projeto pré-definido, o salário é importante, porém não é
fundamental para a satisfação dos funcionários, a organização é vista de forma fechada,
separada de seu mercado, a qualificação do funcionário faz-se supérflua em consequência da
divisão de tarefas executadas de maneira repetitiva e monótona e pôr fim a administração
científica, usa a exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares das empresas,
talvez com impactos negativos para a massa trabalhadora mas um avanço admirável no
processo de produção em massa.

Com suas publicações Taylor chamou atenção de muitos da indústria um deles foi
Henry Ford, instigado pela nova ciência que reduzia os custos de produção aprimorou e usou
de base a administração cientifica para criar o que depois foi visto como fordismo tornando
assim realidade seu sonho de criar um automóvel barato e que todos poderiam ter, através da
criação de linhas de montagens onde eram executadas tarefas simples, tal como exemplificado
de forma engraçada e irônica no filme Tempos Modernos, obra de Charlie Chaplin, onde um
trabalhador apertava dois parafusos, outro martelava e um último verificava o trabalho assim
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os três participavam da montagem de uma única peça. Foi com essa metodologia que surgiu o
modelo T, primeiro veículo produzido em linha de produção.

Propostas de Taylor, para a gerência administrativa:

1- Planejar: Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como estes vão ser
alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações para
atingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à
operacionalização das outras funções.
2- Comandar: Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe-se
que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como
administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de
participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos.
3- Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos,
financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento
estabelecido.
4- Controlar: Estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que as
atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle das
atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme
as regras estabelecidas e ditadas.
5- Coordenar: A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação
das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas.

2.2 HENRI FAYOL

Paralelo aos estudos de Taylor, Henri Fayol que era francês, defendia princípios
semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto altos
executivos europeus estudavam os métodos de Taylor, os seguidores da evolução da
administrativa cientifica, só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando ela foi publicada nos
USA.
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O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do
pensamento administrativo desconhecessem seus princípios. Fayol relacionou 14 princípios
básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor, que são eles:

1- Divisão do trabalho – Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os


operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a
produtividade.
2- Autoridade e responsabilidade – Autoridade é o direito de os superiores darem ordens
que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade social é a contrapartida da
autoridade.
3- Unidade de comando – Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe,
evitando contraordens.
4- Unidade de direção – O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para
grupo de atividades com os mesmos objetivos.
5- Disciplina – Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas para
todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.
6- Prevalência dos interesses gerais – Os interesses gerais da organização devem
prevalecer sobre os interesses individuais.
7- Remuneração – Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da
própria organização.
8- Centralização – As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser
centralizadas.
9- Hierarquia – Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha
de autoridade fixa.
10- Ordem – Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para cada coisa e
cada coisa em seu lugar.
11- Equidade – A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a
devoção de cada funcionário à empresa.
12- Estabilidade dos funcionários – Uma rotatividade alta tem consequências negativas
sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
13- Iniciativa – Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
14- Espírito de corpo – O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da
equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que
defendam seus propósitos.
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Dessa forma traçando um paralelo entre a administração cientifica, de Taylor e a


administração clássica de Fayol, pode-se concluir que enquanto Taylor estudava a empresa
privilegiando e as tarefas de produção, Fayol estudava a empresa privilegiando e as tarefas da
organização.

A ênfase dada por Taylor era sobre a adoção de métodos racionais e padronizados e
máxima divisão de tarefas, enquanto Fayol enfatizava a estrutura formal da empresa e a
adoção de princípios administrativos pelos altos escalões.
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3 CONCLUSÃO

Diante das pesquisas apresentadas, pode de constatar que o capitalismo continua se


desenvolvendo até os dias atuais, como consequência da primeira Revolução Industrial. Foi
um marco na história da humanidade, pois transformou as relações sociais, as relações de
trabalho, o sistema produtivo além de que estabeleceu novos padrões de consumo e uso dos
recursos naturais. As consequências foram muitas e estão relacionadas à cada fase vivida no
processo evolutivo das tecnologias que proporcionou a industrialização dos países.

A Revolução Industrial impulsionou e transformou a maioria das empresas no


mundo de hoje. O desenvolvimento das máquinas e a promoção da divisão do trabalho
baixaram o custo de produção, reduziram o alcance das comunicações e expandiram as
redes de transporte, mudando não apenas o mundo da organização, mas a sociedade como
um todo. A Revolução Industrial trouxe mudanças profundas não apenas para o mundo
organizado, mas para a sociedade como um todo. Uma economia antes baseada na
manufatura e no artesanato está agora estabelecendo uma produção industrial e mecanizada.
Assim, com o advento da fábrica, foram criados os primeiros modelos de gestão que
defendiam a racionalização da produção, a divisão de tarefas em múltiplas etapas, a
supervisão direta supervisionada e a obediência hierárquica.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RABELO, Jean. A evolução administrativa na Revolução Industrial.administradores.com.


Disponível em: <https://administradores.com.br/artigos/a-evolucao-administrativa-na-
revolucao-industrial>. Acesso em: 12 de mar. de 2023.

PINTO, Tales dos Santos. Revolução Industrial e início do capitalismo. Mundo educação.
Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-industrial.htm>.
Acesso em: 12 de mar. de 2023.

GARCIA, Alessandro. História e evolução da administração. Rhportal. Disponível


em:<https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/histria-e-evoluo-da-administrao/
http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/t205319.pdf>. Acesso em: 15 de mar.
de 2023.

SANTOS, Júlio Cesar de Souza. Administração científica – um breve histórico. meuartigo.


Disponível em: <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/administracao-
cientifica-um-breve-historico.htm>. Acesso em: 19 de mar. de 2023.

TORTOSA, Leandro. Fundamentos da Administração - Revolução Industrial.UCDB Virtual.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=DM8jsAne4Uc&ab_channel=UCDBVirtual>. Acesso em 19 de mar. de 2023.

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