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Aula 5

Revolução
industrial na
administração
Influências
Históricos da Administração

Influência Influência da
Influência Influência Influência da
Revolução
dos Filósofos Igreja Católica Militar das Ciências Industrial

Sócrates, Platão, Igreja católica Sun Tzu, Napoleão


Bonaparte, conceito
Francis Bacon, 1ª revolução
industrial, 2ª
Aristóteles, Thomas René Descartes,
Hobbes, Jean como modelo de hierarquia, Revolução industrial,
Galileu Galilei, Sir
Jacques Rousseau, de principio da unidade
Isaac Newtom
3ª Revolução
Industrial, 4ª
de comando
Karl Marx organização revolução industrial
• A revolução Industrial teve início na
Inglaterra, com a invenção da maquina a
vapor por James Watt, em 1776. A aplicação
INFLUÊNCI da maquina a vapor no processo de produção
A DA provocou um enorme surto de
industrialização, que se estendeu
REVOLUÇ rapidamente a toda Europa.
ÃO • A nova concepção de trabalho modificou
completamente a estrutura social e comercial
INDUSTRIA da época, provocando profundas e rápidas
L mudanças de ordem econômica, política e
social.
1780 a 1860 Primeira Revolução industrial ou revolução do carvão e do ferro

1860 a 1914 Segunda Revolução industrial ou revolução do aço e da eletricidade

1950 a 2010 Terceira Revolução industrial ou revolução técnico-científica

2010 aos dias atuais Quarta revolução industrial ou Industria 4.0


• A revolução industrial surgiu como
uma bola de neve em aceleração
crescente e alcançou toda sua
força a partir do século XIX.
• A primeira Revolução Industrial
passou por quatro fases.
1ª Fase

• Mecanização da
indústria e da
agricultura, no final do
século XVIII, com a
máquina de fiar
inventada pelo inglês
Hargreaves em 1767,
tear hidráulico de
Arkwright em 1769, o
tear mecânico de
Cartwright em 1785 e
o descaroçador de
algodão de Whitney
em 1792.
2ª Fase

• Aplicação da força motriz à


indústria. A força do vapor
descoberta por Denis Papin no
século XVII ficou sem aplicação
até 1776, quando Watt inventou
a máquina a vapor.
• Desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e sua pequena oficina
patronal desapareceram para ceder lugar ao operário e às fabricas e
3ª Fase usinas baseadas na divisão do trabalho. Surgem novas industrias por
causa dos danos causados na atividade rural. A migração das áreas
agrícolas para as proximidades das fábricas provocou a urbanização.
4ª fase
• Crescimento dos transportes e
das comunicações. A
navegação a vapor surgiu com
Robert Fulton 1807 e logo
depois as rodas propulsoras
foram substituídas por hélices.
• A Locomotiva a vapor foi
aperfeiçoada por Stepherson,
surgindo a primeira estrada de
ferro na Inglaterra em 1825 e
logo depois nos EUA em 1829 e
no Japão em 1832.
• Comunicações: Morse inventou
o telégrafo elétrico em 1835,
Graham Bell inventou o
telefone em 1876
2ª Revolução Industrial

• A partir de 1860, a Revolução


Industrial entrou na sua segunda fase
provocada por três fatos importantes:
• O aparecimento do processo de
fabricação do aço 1856
• O aperfeiçoamento do dínamo em
1873
• Invenção do motor de combustão
interna em 1873 por Daimler
Efeitos

Substituição do vapor pela


Substituição do ferro pelo
eletricidade e derivados
aço como material
do petróleo como fontes
industrial básico.
de energia.

Desenvolvimento da
maquinaria automática e Crescente domínio da
da especialização do indústria pela ciência.
trabalhador.
• Vias férreas ampliadas
• Daimler e Benz em 1880 construíram automóveis na
Alemanha
• Dunlop aperfeiçoou o pneumático em 1888.
• Henry Ford iniciou a produção do seu modelo T em 1908
• Santos Dumont fez a primeira experiência com avião
Desenvolvimento de novas formas de organizações capitalistas

Firmas de sócios solidários – formas típicas de organização comercial


cujo capital provinha dos lucros ganhos (capitalismo industrial)
• Capitalismo financeiro tem quatro
características principais:
• Dominação da indústria pelas
inversões bancárias e instituições
financeiras e de crédito, como a
formação da United States Steel
Corporation, em 1901, pela J.P
Morgan &Co.
• Formação de imensas trustes e
fusões de empresas.
• Separação entre a propriedade
particular e a direção da empresas
• Aparecimento das holding
companies para coordenar e
integrar negócios.
O que é HOLDING COMPANIES?

Uma holding atua como sócia principal e Com intenção de unir as decisões do


é responsável pela tomada de decisões e grupo empresarial e ter uma gestão mais
gerenciamento centralizada e estável, a principal função
das empresas subordinadas. da holding é regular as
demais empresas que fazem parte da
sociedade.
• O operário foi substituído pela máquina nas tarefas em que se podia
automatizar e acelerar pela repetição.
• O aumento dos mercados, devida a redução de preço e popularização
dos produtos, as fábricas passaram a exigir grandes contingentes
humanos.
• Operários trabalhando juntos durante jornadas diárias de 12 ou 13
horas, em condições perigosas e insalubres, provocando acidentes em
larga escala.
Dica do “Fessor”
• A administração e a gerência das
empresas industriais agora passam
a ser a preocupação maior dos
proprietários. A prática foi
lentamente ajudando a selecionar
ideias e métodos em experiência. O
Desafio era dirigir batalhões de
operários da nova classe proletária.
• A partir de 1950 iniciou-se a terceira revolução
industrial após o fim da Segunda Guerra
Mundial.
• A principal mudança representada por essa fase
está associada ao desenvolvimento tecnológico
atribuído não só ao processo produtivo mas
3ª Revolução também ao campo científico. A industrialização,
nesse momento, espalhou-se pelo mundo.
Industrial • Um novo patamar foi alcançado pelos avanços
tecno científicos que são até hoje vivenciados
pela sociedade.
• Inovações nas áreas de robótica, genética,
telecomunicações, eletrônicas, transportes e
infraestrutura.
E a Administração?
• Os estudos da administração comeram em 1903 com
Frederick W. Taylor com a Teoria da Administração
Científica que descobriu que a produção e o pagamento
eram ruins, que a ineficiência e as perdas eram prevalentes
e que a maioria das empresas possuía um grande potencial
não utilizado, uma falha da administração sistemática.
• Ele concluiu que as decisões administrativas eram
assistemáticas e que não existia pesquisa para se
determinarem os melhores meios de produção. Essa teoria
provocou uma verdadeira revolução no pensamento
administrativo
• Para o aumento da produtividade propôs
métodos e sistemas de racionalização do
trabalho e disciplina do conhecimento operário
colocando–o sob comando da gerência; a seleção
rigorosa dos mais aptos para realizar as tarefas; a
fragmentação e hierarquização do trabalho.
• Investiu nos estudos de tempos e movimentos
para melhorar a eficiência do trabalhador e
propôs que as atividades complexas fossem
divididas em partes mais simples facilitando a
racionalização e padronização.
• Propõe incentivos salariais e prêmios
pressupondo que as pessoas são motivadas
exclusivamente por interesses salariais e
materiais de onde surge o termo “homo
economicus”.
• Em 1909 o sociólogo alemão Max
Weber apresenta a Teoria da
Burocracia onde ele identifica
certas características da
organização formal voltada
exclusivamente para a
racionalidade e para a eficiência.
• A divisão do trabalho baseada na
especialização funcional.
• Hierarquia e autoridade
definidas.
• Sistema de regras e regulamentos
que descrevem direitos e deveres
dos ocupantes dos cargos.
• Sistema de procedimentos e
rotinas
• Impessoalidade nas relações
interpessoais, promoção e
seleção baseadas na competência
técnica
• Segundo suas teorias, toda organização é composta de seis funções básicas:
• Financeira, técnica, comercial, contábil, administrativa e de segurança.

Porém, é a função administrativa que coordena e integra as demais funções.


• Em 1916 Henry Fayol, engenheiro
de minas e executivo francês
trouxe a Teoria Clássica (Ênfase na
Estrutura)
• Ele propôs a racionalização da
estrutura administrativa e a
empresa passa a ser
percebida como uma síntese
dos diversos órgãos que
compõe a sua estrutura.
• A preocupação maior de Fayol é para com a direção
da empresa dando ênfase às funções e operações
no interior da mesma.
• Estabeleceu os princípios da boa administração,
sendo dele a clássica visão das funções do
administrador.
• Também definiu catorze princípios básicos:
• Divisão do trabalho
• Autoridade
• Disciplina
• Unidade de comando
• Unidade de direção
• Subordinação do interesse individual ao interesse
geral
• Remuneração
• Centralização
• Hierarquia
• Ordem
• Equidade
• Estabilidade e manutenção do pessoal
• Iniciativa e espírito de equipe.
• Em 1932 George Elton Mayo, cientista social australiano,
chefiou uma experiência em uma fábrica da Western
Eletric Company, situada em Chicago, no bairro de
Hawthorne.
• Esta experiência caracterizou-se como um
movimento de resposta contrária à Abordagem
Clássica da Administração, considerada pelos
trabalhadores e sindicatos como uma forma
elegante de explorar o trabalho dos operários para
benefício do patronato.
• Na época, a alta necessidade de se humanizar e
democratizar a Administração nas frentes de
trabalho das indústrias, aliado ao desenvolvimento
das ciências humanas e as conclusões da
Experiência de Hawthorne fez brotar a Teoria das
Relações Humanas.
• Combate o formalismo na administração e desloca o
foco da administração para os grupos informais e
suas interrelações, oferecendo incentivos
psicossociais, por entender que o ser humano não
pode ser reduzido a esquemas simples e
mecanicistas.

• A Escola das Relações Humanas depositou na


motivação a expectativa de levar o indivíduo a
trabalhar para atingir os objetivos da organização.

• Defende a participação do trabalhador nas decisões


que envolvessem a tarefa, porém essa participação
sofre restrições e deve estar de acordo com o
padrão de liderança adotado.
• A partir de 1950 se desenvolveu a Teoria Estruturalista
preocupada em integrar todas as teorias das
diferentes escolas.  

• A Escola Estruturalista teve início com a teoria da


burocracia com Max Weber.

• Parte da análise e limitações do modelo burocrático


e declínio da teoria das relações humanas, de quem
na verdade aproxima–se conceitualmente.

• Inaugura um sistema aberto das organizações.


Avança em relação às demais teorias ao reconhecer
a existência do conflito nas organizações,
assumindo que este é inerente aos grupos e às
relações de produção.
• Em 1950 surgiram os trabalhos do biólogo
austríaco Ludwig Von Bertalanffy, a teoria
geral de sistemas (também conhecida
pela sigla, T.G.S.) publicados entre 1950
e 1968.
• Desenvolvida a partir de 1970. Passou a
abordar a empresa como um sistema
aberto em contínua interação com o meio
ambiente que o envolve.
• TGS é significativa tendo em vista a necessidade de se
avaliar a organização como um todo e não somente
em departamentos ou setores.
• Existe uma nítida tendência para a integração nas
várias ciências naturais e sociais.
• A importância de se identificar do maior número de
variáveis possíveis, externas e internas que, de
alguma forma, influenciam em todo o processo
existente na Organização.
• Importância do feed-back que deve ser realizado ao
planejamento de todo o processo.
• Teoria dos sistemas começou a ser aplicada a
administração principalmente em função da
necessidade de uma síntese e uma maior integração
das teorias anteriores (Científicas, Relações Humanas,
Estruturalista e Comportamental) e da intensificação
do uso da cibernética e da tecnologia da informação
nas empresas.
• A teoria neoclássica da administração é o nome dado a um
conjunto de teorias que surgiram na década de 50 e que
propõem uma retomada das abordagens clássica e
científica da administração.
• A teoria têm como principal referência Peter Drucker, mas
também inclui um grupo amplo de autores como Willian
Newman, Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e George
Terry.
• Ênfase na prática da administração
• Reafirmação relativa das proposições clássicas;
• Ênfase nos princípios gerais de gestão;
• Ênfase nos objetivos e resultados.
• A Teoria Comportamentalista
tem sua ênfase mais
significativa nas ciências do
comportamento e na busca
de soluções democráticas e
flexíveis para os problemas
organizacionais
preocupando–se mais com
os processos e com a
dinâmica organizacional do
que com a estrutura.
• Amplia a discussão sobre a
motivação humana com base
nas teorias da motivação de
Maslow e a teoria sobre os
fatores que orientam o
comportamento das pessoas
de Herzberg.
• O estilo japonês de administração, que se preconizou chamado
de Teoria Z da administração.
• A teoria Z fundamenta–se nos princípios de:
• emprego estável;
• baixa especialização;
• avaliação permanente do desempenho e promoção lenta;
• democracia e participação nas decisões;
• valorização das pessoas.
• Esta abordagem ganha impulso no início da década de 80
quando começam a aparecer um conjunto de ideias,
experiências e princípios provenientes
• A teoria comportamental da administração trouxe uma nova
concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa:
a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das
posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a
adoção de posições explicativas e descritivas.
• A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto
organizacional mais amplo.
• A Teoria do Desenvolvimento Organizacional surgiu em 1962 para facilitar o
desenvolvimento e o crescimento das organizações.
• Sua definição é de comportamentalismo característico que se refere à organização como um
conjunto de atividades diferentes realizadas por pessoas diferentes que trabalham em prol
da mesma.
• Função do desenvolvimento organizacional é converter as organizações que adotam
sistemas mecanizados em sistemas orgânicos que enfatizam a união dos funcionários que
se relacionam, a confiança entre patrão e funcionário, responsabilidade compartilhada,
participação de todos os grupos que compõem a organização, descentralização do controle
organizacional e solução de conflitos através de soluções e negociações.
• O desenvolvimento organizacional visa métodos para encarar
ameaças e solucionar difíceis situações, compartilhar a
administração da empresa com os funcionários através do
relacionamento entre indivíduos com cargos de chefia e os
demais, a responsabilidade das equipes em desempenhar suas
funções e gerenciá-las, transformar gerentes e supervisores em
orientadores e estimuladores, utilizar pesquisas internas para
conhecer as dificuldades e necessidades enfrentadas pelos
trabalhadores e por meio destas melhorar a organização.
• A Teoria da contingência ou Teoria contingencial em 1972, enfatiza que não há nada de
absoluto nas organizações ou na teoria administrativa.
• Tudo é relativo. Tudo depende.
• A abordagem contingencial explica que existe uma relação funcional entre as condições do
ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da
organização.
• As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas
são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional.
• Com a Teoria da Contingência que acontece o deslocamento da visão de
dentro para fora da organização: a ênfase dada para o ambiente e as
demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional.
• Para a abordagem contingencial são as características ambientais que
condicionam as características organizacionais.
• Tudo depende das características ambientais importantes para a
organização.
• Essa visão relativista da teoria da contingência mostra que as
características da organização não dependem dela própria, mas das
circunstâncias ambientais e da tecnologia que ela utiliza.
• Os contingencialistas tiraram muito a responsabilidade de
evolução e desenvolvimento da empresa colocando uma maior
responsabilidade nas características ambientais, dizendo que
elas condicionam as características organizacionais, quando na
realidade, mesmo com situações adversas e ambientes não tão
agradáveis para se trabalhar, é possível realizar um bom
trabalho.
• Não pode-se ficar condicionado apenas ao fator ambiente, é
preciso olhar para o potencial evolutivo do funcionário e sua
capacidade de adaptação e flexibilidade.

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