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Diretoria dos Cursos de Informática

CST EM GESTAO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇAO


BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMACAO

Conceitos básicos sobre Administração


III
Prof. Me. Valdemar Módolo Junior
Prof. Me. Valdemar Módolo Junior
valdemar.junior@fmu.br
Abordagem Clássica da Administração
O conhecimento empírico e ancestral das civilizações tiveram grande
influências sobre o pensamento administrativo.

WREN,1979
Abordagem Clássica da Administração
O conhecimento empírico e ancestral das civilizações tiveram grande influências
sobre o pensamento administrativo.

WREN,1979
Abordagem Clássica da Administração

A influencia da Igreja católica, militares e protestantes

WREN,1979
Administração é simultaneamente ciência, tecnologia e arte

Como ciência: a
administração repousa em
fundamentos científicos e em
metodologias e teorias sobre
fatos e evidências que são
analisados, experimentados e
testados na prática cotidiana.
Como ciência, ela define o
que causa o que, por que
causa e quando causa, isto é,
as relações de causa e
efeito.(CHIAVENATO, 18)
Administração é simultaneamente ciência, tecnologia e arte

Como tecnologia: a
administração utiliza técnicas,
modelos, práticas e
ferramentas conceituais
baseadas em teorias
científicas que facilitam a vida
do administrador e tornam
seu trabalho mais eficaz. E
como se mede isso? Por meio
de resultados. (CHIAVENATO, 18)
Administração é simultaneamente ciência, tecnologia e arte

Como arte: a administração


requer do administrador a
leitura de cada situação em
uma visão abrangente, com
intuição e abordagem criativa
e inovadora não somente
para resolver problemas,
mas, principalmente, para
criar, mudar, inovar e
transformar as organizações.
(CHIAVENATO, 18)
A Influência da Revolução Industrial

• No decorrer do século XVIII, a Europa


Ocidental passou por uma grande
transformação no setor da produção, em
decorrência dos avanços das técnicas de
cultivo e da mecanização das fábricas, à qual
se deu o nome de Revolução Industrial. (Andrade e
Amboni, 2011)
A Influência da Revolução Industrial
Alguns estudiosos dividem esse período em três grandes
fases e assumem que a terceira fase ainda está em progresso.
EbooK – TGA1 editado.
• 1°- mecanização da indústria e da
A Primeira Revolução agricultura – a máquina substitui o
Industrial - 4 divisões trabalho do homem e a força motriz
muscular do homem.
Em síntese, pode-se dizer que a • 2°- aplicação da força motriz à indústria
primeira fase da revolução industrial – transformação das oficinas em
passou por quatro subfases, ou fábricas.
divisões.
• 3°- desenvolvimento do sistema fabril –
o artesão desaparece para dar lugar ao
operário de fábricas baseadas na
divisão do trabalho.
• 4°- aceleramento dos transportes e das
comunicações – invenção do telégrafo
elétrico, selo postal. (Andrade e Amboni, 2011)
• As duas revoluções industriais proporcionaram
A Segunda Revolução – transferência da habilidade do artesão para a
máquina;
Industrial – substituição da força do animal ou do músculo
pela maior potência da máquina;
A segunda revolução industrial foi – fusões de pequenas oficinas em fábricas;
marcada pela substituição do ferro pelo desaparecimento das unidades domésticas de
aço e do vapor pela eletricidade; pelo produção;
aumento da especialização do trabalho; – solidificação do capitalismo com o crescente
e pelo desenvolvimento de novas volume de uma nova classe social: o
formas de organização capitalista. proletariado; o capitalismo começou a se
distanciar dos seus operários e a considerá-los
uma enorme massa anônima;
– fixação na melhoria dos aspectos mecânicos e
tecnológicos de produção e na regulamentação
administrativa do operário como principal
preocupação dos empresários. (Andrade e
Amboni, 2011)
• A explosão tecnológica atingiu um ritmo ainda mais
A Segunda Revolução frenético com a energia elétrica e os motores a
combustão interna - iluminar ruas e residências,
Industrial impulsionar bondes.
• Os meios de transporte se sofisticam com navios
O século XX inicia-se com a visão de mais velozes. Hidrelétricas aumentavam;
universo totalmente transformada • O telefone dava novos contornos à comunicação
pelas possibilidades que se (Bell, 1876); o rádio (Curie e Sklodowska, 1898) o
apresentavam pelo avanço tecnológico. telégrafo sem fio (Marconi, 1895) e o primeiro
cinematógrafo (irmãos Lumière, 1894),
• A invenção do automóvel movido a gasolina
(Daimler e Benz, 1885), que geraria tantas
mudanças no modo de vida das grandes cidades.
• A indústria química também se tornou um
importante setor de ponta no campo fabril, com a
obtenção de matérias-primas sintéticas a partir dos
subprodutos do carvão – nitrogênio e fosfatos,
corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos etc.
A Terceira Revolução Industrial também conhecida
A Terceira Revolução como Revolução Tecnocientífica, iniciou-se na
Industrial metade do século XX, após a Segunda Guerra
Mundial. Essa fase representa uma revolução não
só no setor industrial, visto que passou a
relacionar não só o desenvolvimento tecnológico
voltado ao processo produtivo, mas também ao
avanço científico, deixando de limitar-se a apenas
alguns países e espalhando-se por todo o mundo.
Todo esse desenvolvimento proporcionado pelos
avanços obtidas nas diversas áreas científicas
relacionam-se ao que chamamos de globalização:
tudo converge para a diminuição do tempo e das
distâncias, ligando pessoas, lugares, transmitindo
informações instantaneamente, superando, então,
os desafios e obstáculos que permeiam a
localização geográfica, as diferenças culturais,
físicas e sociais. https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-
industrial.htm
• Com a Revolução Industrial, consolidou-se
o sistema capitalista, baseado no capital e
no trabalho assalariado.
• O capital apresenta-se sob a forma de
terras, dinheiro, lojas, máquinas ou
crédito.
• O agricultor, o comerciante, o industrial e
o banqueiro, donos do capital, controlam
o processo de produção, contratam ou
demitem os trabalhadores conforme sua
conveniência.
• Estes, que não possuem capital, vendem
sua força de trabalho por um salário.
(Andrade e Amboni, 2011)
Pioneiros do século XX
• Essa escala de operações exigiu o desenvolvimento
de métodos novos de Administração. Várias
pessoas contribuíram nessa direção, com destaque
para os engenheiros Frederick Winslow Taylor e
Henry Fayol, que desenvolveram trabalhos
pioneiros acerca da administração no início do
século XX.
Abordagem Clássica da Administração

O americano Frederick Winslow


Taylor deu início à Escola de
Administração Científica, cuja
base era o aumento da eficiência
na indústria a partir da
racionalização do trabalho.

O europeu Henry Fayol


estruturou a chamada Escola
Clássica com foco no aumento da
eficiência da indústria a partir da
sua organização e da aplicação de
princípios gerais de
administração.
CHIAVENATO, 2014
Administração Científica

Taylor foi um dos primeiros a oferecer o


serviço de prestação de consultoria
para empresas.
Trabalhou para uma empresa
fabricante de bombas hidráulicas,
sendo depois admitido na Midvale
Steel, uma siderúrgica. Trabalhou
também em uma companhia de papel e
em outra siderúrgica, a Bethlehem
Steel (MAXIMIANO, 2006). Em 1911,
ele lançou a obra Princípios de
Administração Científica.

CHIAVENATO, 2014
Administração Científica
• Racionalização do trabalho: dispender menos energia para obter o mesmo resultado
do trabalho, tornando-o mais eficiente.
• Divisão do trabalho: divisão de etapas e tarefas específicas da produção, contribuindo
para a racionalização do trabalho e o aumento da produtividade. A especialização do
trabalho permitiu que diferentes indivíduos se dedicassem a cada uma dessas
atividades, considerando suas habilidades, aptidões e treinamento na função,
resultando em eficiência da produção.
• Tempos e movimentos: Investigou as atividades dos operários, eliminando os
movimentos inúteis e tornando mais simples e rápidas suas funções, definindo um
tempo médio para a realização de cada tarefa com qualidade. Diminuiu o tempo de
produção, alcançando um resultado eficiente de maneira eficaz.
• Enfoque mecanicista do ser humano: ao serem fragmentadas as tarefas
desempenhadas pelos indivíduos, o homem pode ser visto como parte integrante de
uma engrenagem, não sendo considerada a sua condição humana.
Administração Científica
• Homo economicus: esse conceito tem origem no fato de Taylor julgar que
as recompensas e sanções financeiras eram as mais significativas para o
trabalhador.
• Abordagem fechada: a Administração Científica não faz referência ao
ambiente da empresa. Em outras palavras, a organização é vista de forma
fechada, desvinculada de seu mercado.
• Superespecialização do empregado: o operário executa tarefas
repetitivas e monótonas, conduzindo-o à alienação.
• Exploração dos empregados: a falta de consideração do aspecto humano
dos operários, reforçada pela ausência, na época, de legislação trabalhista
digna, legitima a exploração da mão de obra em prol de interesses
patronais.
A Teoria Clássica
• Henri Fayol, engenheiro francês, lançou a obra Administration
Industrielle et Générale, em 1916, que serviu de base ao que se
intitulou Teoria Clássica da Administração. Ele estava alinhado com
o pensamento de Taylor, porém com foco na gestão, sobretudo a
alta administração. (EbooK – TGA1, 20)
• Com a globalização, as informações percorrem longas distâncias
em segundos, e um fato isolado imediatamente se torna de
domínio mundial. Naquela época, porém, essa troca de
informações não ocorria com facilidade. Ainda assim, os europeus
tiveram acesso aos princípios de Administração Científica. Já os
americanos conheceram a obra de Fayol apenas em 1949. (EbooK –
TGA1, 20)
14 princípios de Fayol
• Divisão do trabalho – especialização das funções
ao longo de toda a estrutura organizacional, desde
a alta hierarquia até os operários, favorecendo a
eficiência e aumentando a produtividade.
• Autoridade e responsabilidade – autoridade é o
direito de um superior de dar ordens e,
conceitualmente, ser obedecido.
Responsabilidade, por sua vez, é a contrapartida da
autoridade.
14 princípios de Fayol
• Unidade de comando – um empregado deve receber ordens de apenas um
superior.
• Unidade de direção – definição de um plano único para um grupo de
atividades com objetivos comuns.
• Disciplina – normas de conduta e trabalho válidas para todos,
indistintamente.
• Prevalência dos interesses gerais – em detrimento dos interesses
individuais.
• Remuneração – suficiente para garantir a satisfação dos funcionários.
• Centralização – atividades essenciais na organização devem ser
centralizadas.
• Hierarquia – seguindo a cadeia de comando e respeitando a estrutura
hierárquica estabelecida, em função do princípio de comando.
14 princípios de Fayol
• Ordem – uma posição para cada indivíduo e cada indivíduo em sua
posição.
• Equidade – a justiça deve prevalecer na organização, garantindo direitos
iguais.
• Princípio da estabilidade dos funcionários – a rotatividade deve ser
evitada, uma vez que tem consequências negativas sobre o moral dos
trabalhadores.
• Princípio da iniciativa – capacidade de conceber um plano ou ideia e
cumpri-la efetivamente.
• Princípio do espírito de equipe – capacidade de trabalho conjunto,
consciência de equipe e de classe.
Referências Bibliográficas
• CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: edição compacta. 7a. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2004.
• ANDRADE, Rui Otávio de; AMBONI, Nério. Teoria geral da administração, 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
• MORGAN, Gareth. Imagens das organizações. São Paulo: Atlas, 1996.
• AMBONI, Nério. O caso CECRISA S/A: um aprendizado que deu certo. Florianópolis, 1997. 315p. Tese (Doutorado em
Engenharia de Produção) Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC.
• HALL, R. H. Organizações: estrutura e processos. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 1984.
• KATZ, Daniel; KAHN, Robert L. Psicologia social das organizações. São Paulo: Atlas, 1987.
• VASCONCELLOS FILHO, Paulo de; PAGNONCELLI, Dernizo. Construindo estratégias para vencer: um método prático,
objetivo e testado para o sucesso da sua empresa. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
• VASCONCELLOS FILHO, P.; MACHADO, A. M. V. Planejamento estratégico: formulação, implantação e controle. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1982.
• WREN, D.A. The evolution of management thought. Canadá: Wiley & Sons, 1979.
• MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 6a. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
• Muito Obrigado

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