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Palavras-chave: Revolução Industrial. Indústria 4.0. Tecnologia. BIG DATA. Nuvem. IOT.
ABSTRACT: Industrial revolutions have always been the initiators of great changes
in society, in the way of life and production, and it was no different in the Fourth Revolution.
This revolution has the potential to be the biggest change in human-machine relationships that
has ever existed.
Many of the tools used in this revolution were created in Terceira, the big difference is
that Industry 4.0 has its fundamentals in the integration of these tools, creating cyber-physical
spaces. In these spaces through the Internet of Things (IOT) and cloud computing it is
possible to connect people to machines remotely and store data, facilitating the ways and
means of production. Simulation software and additive manufactures will perform tests on
products and equipment before they go to the production line, reducing the consumption of
raw materials and rework, increasing productivity.
For the Fourth Revolution to occur, a large investment in the area of technological
development is necessary, especially in emerging countries, such as Brazil. This revolution is
necessary for these countries to become more competitive in the global economic market.
Therefore, a massive investment must be made in technological infrastructure, in development
research and in the training and qualification of labor.
1. INTRODUÇÃO
Toda nova tecnologia criada surge da necessidade de um grupo, e é partindo desse
princípio que o Homem desde a Pré-História começou a criar ferramentas, e estas por sua vez
mudaram o comportamento e seu estilo de vida, a ponto de criar revoluções, encerrar e iniciar
novos períodos.
O mundo no séc. XVIII havia passado por grandes transformações devido as
navegações e a descoberta de novos continentes, mudando drasticamente as relações
comerciais. Se no início a criação de ferramentas de trabalho era definida pela necessidade de
alimentação e proteção do grupo, neste momento o objetivo passou a abarcar também as
necessidades e demandas de outros grupos sociais a qual o produtor não pertencia. O aumento
dessa demanda trouxe a necessidade de aprimoramento do processo produtivo.
E é nesse contexto que iniciou na Inglaterra a Primeira Revolução Industrial. Datada
entre 1760 a 1840, essa revolução basicamente substituiu o modo de produção artesanal para
o modo fabril. A principal avanço tecnológico neste período foi a criação da máquina a vapor
como fonte de energia, tornando-se então, o símbolo da Primeira Revolução Industrial. A
sua utilização aumentou a produtividade e consequentemente a lucratividade das fábricas.
Além disso, a máquina a vapor começou a ser utilizada nos meios de transporte através da
criação das primeiras estradas de ferro e navios a vapor, diminuindo o tempo e facilitando o
escoamento de produtos. Este ciclo se retroalimentava, pois quanto mais rápido o produto era
escoado mais era necessário produzir. (PELLEGRINI, 2016)
Apesar do desenvolvimento tecnológico, os trabalhadores fabris viviam em condições
precárias, altas jornadas de trabalho e baixos salários, crianças e mulheres trabalhavam por
um salário ainda menor. Esse processo aumentou a concentração de riquezas e
consequentemente a desigualdade econômica.
Durante o período de 1850 a 1950, desenvolveu-se novas tecnologias em países como
Inglaterra, França, Estados Unidos, Japão, Itália, Alemanha e Bélgica, surgindo assim a
Segunda Revolução Industrial. Estas tecnologias buscavam aumentar a produtividade,
lucratividade e proporcionar maior conforto ao ser humano, e para isso utilizava-se novas
fontes de energia, como petróleo, urânio e usinas hidroelétricas.
A principal característica deste período foi a produção em série, utilizadas
principalmente na indústria automobilística, que criaram termos como Fordismo e
Taylorismo. Esse tipo de produção utilizava de maquinários como esteiras e linhas de
montagem. Ainda que de uso restrito, outra criação tecnológica muito importante para a época
foi a lâmpada incandescente.
O período que compreende a Segunda Revolução é considerado aquele em que houve
os maiores avanços tecnológicos, tanto na parte Industrial quanto na área da medicina, porém
houve um aumento considerável de doenças e acidentes devido as péssimas condições e altas
jornadas de trabalho, surgindo a necessidade de criação das primeiras leis trabalhistas, que
garantissem mínimas condições ao trabalhador.
O uso em larga escala de energias não renováveis e o desconhecimento dos impactos
ambientais que estas ocasionam, fez com que neste período houvesse uma crescente
degradação ambiental.
A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como a Revolução Informacional
se deu após a Segunda Guerra (1939 d.C.-1945 d.C.), sendo o desenvolvimento da eletrônica,
robótica e da internet os principais protagonistas dessa evolução. Os países que se destacam
neste período são Estados Unidos, Japão, Alemanha e mais recentemente a China.
(PELLEGRINI, 2016)
A Terceira Revolução Industrial com o advento da internet trouxe, além do
desenvolvimento Industrial, um grande impacto na vida humana, mudando principalmente os
meios de comunicação e o acesso as informações.
Foi nesse período que o desenvolvimento da engenharia espacial possibilitou a
chegada do Homem à lua, e o estudo da biotecnologia trouxe a possibilidade de tratamentos e
possíveis curas de várias doenças. Além de diagnósticos precoces que são capazes de tornar
estes tratamentos eficazes.
A percepção do impacto ambiental gerado pelo uso de combustíveis fosseis e as
mudanças do clima global ocasionou a busca por fontes de energia mais limpas, entrando no
cenário várias formas de geração, principalmente a eólica e o hidrogênio. Quanto as condições
de trabalho, em alguns países houve uma ampliação dos direitos trabalhistas, bem como a
preocupação de possíveis doenças ocupacionais.
Em 2011 foi citado em uma feira anual em Hannover, na Alemanha, o termo Indústria
4.0, que se trata da Quarta Revolução Industrial. Esse projeto foi uma estratégia do governo
Alemão para intensificar o desenvolvimento tecnológico do seu país.
No ano seguinte o Dr. Siegfried Dais e o Prof. Dr. Henning Kagermann presidiram um
grupo de estudo para desenvolvimento das estratégias de implementação do conceito, e
finalmente em 2013 apresentaram para o governo Alemão e publicaram nesta mesma feira um
relatório com as recomendações para implantação da indústria 4.0. (HENNING, 2013)
Em síntese, a Quarta Revolução busca a integração dos espaços físicos e virtuais,
tornando possível a simulação de projetos ainda não executados e com isso demostrar todas as
inconformidades que poderão surgir no processo. Somente este fato traz um impacto enorme
na cadeia produtiva, pois reduz o tempo de produção, necessidade de retrabalhos, e em alguns
casos mitiga o impacto ambiental causado pela utilização de matérias-primas.
Apesar de recente, sabe-se que o domínio dessa tecnologia e suas ferramentas ditarão
o sucesso produtivo e econômico dos países e suas industrias num futuro próximo, e que
países desenvolvidos já partem de uma posição privilegiada nessa empreitada, sendo assim, é
necessária uma ampla divulgação destes conceitos em países em desenvolvimento, como por
exemplo o Brasil, para que os atuais e principalmente futuros profissionais tenham
familiaridade com essas tecnologias.
Neste artigo será abordado o conceito da Indústria 4.0, suas tecnologias habilitadoras
e quais as principais barreiras que deverão ser transpostas para implantação deste modelo
industrial no Brasil atual.
Como mencionado a robótica surgiu ainda na 3º Revolução Industrial e seu uso está
relacionado ao emprego de robôs para execução de atividades em locais de risco e insalubre,
retirando a interação humana nessas funções, além de agregar maior precisão e flexibilidade ao
processo.
Diferente da forma utilizada na revolução anterior, os robôs na Indústria 4.0, hamados de
robôs colaborativos, são a materialização do que é um espaço cyber-físico e biológico. Eles
trabalham de forma mais integrada, não sendo apenas executores, mas fornecendo informações
para outros equipamentos e para o operador. Esses robôs através de toda a estrutura da Indústria
4.0 podem ser operados via internet.
Processo que cria objetos através da sobreposição de material, sendo mais conhecido
como impressão 3D, é utilizado em diversos setores tecnológicos, principalmente após o avanço
das tecnologias dos materiais. Seu emprego também é justificado quando a peça a ser construída
possui um nível complexo de detalhes em sua estrutura.
Para a realização da impressão 3D é necessário seguir 4 etapas:
Utilizar software de modelagem 3D (AutoCad, Catia, Inventor, Solidwork, etc.) para
desenhar a peça;
Converter o arquivo para o formato utilizado pela impressora (extensão STL ou IGS). Este
arquivo por sua vez, será armazenado em um local na nuvem podendo ser acessado remotamente;
Realizar a impressão;
Dar o acabamento na peça;
Dentre os benefícios obtidos com a manufatura aditiva as principais são:
Agilidade na customização em massa, tecnologia onde é possível realizar mudanças no
produto a cada peça produzida;
Baixo custo de armazenamento das matrizes;
Velocidade de produção;
Facilidade na produção de geometrias complexas.
Esse conceito utiliza softwares de modelagem para realizar simulações que permitem
analisar situações e processos na criação de um produto. Sucintamente a manufatura digital
planeja, simula e valida uma cadeia produtiva, desta forma, reduzindo custos de material para
desenvolvimento de protótipos, tempo de entrada em produção, e ainda com a validação é
possível realizar melhorias antes do início da produção.
Para empregar a manufatura dentro da indústria 4.0 é necessário construir três tipos de
modelos virtuais; o tridimensional do produto, do equipamento e da célula (planta).
A manufatura digital possui algumas ferramentas onde é possível simular situações de
forma bem realistas.
a. Realidade aumentada: Software que através de dispositivos eletrônicos como
smartphones e/ou óculos, possibilitam obter informações de um processo ou produto.
b. Realidade virtual: Com a recriação virtual de espaços físicos é possível imergir o
indivíduo em experiências muito próximas a realidade. Na indústria impacta positivamente
quanto a preservação de máquinas e equipamentos, além da realização de treinamentos.
c. Gêmeo digital: É o desenvolvimento de toda cadeia produtiva de forma digital. Esse
sistema é alimentado com as mesmas informações do banco de dados que alimenta os
processos reais.
Esse conceito é utilizado para iniciação das mudanças necessárias para implantação da
indústria 4.0. Divide-se em duas formas; a verticalização e a horizontalização, que apesar de
distintas possuem como objetivo transformar em informações de valor os dados gerados pela
fabricação e comercialização do produto. As vantagens da aplicação destes conceitos é a
flexibilidade da produção e agilidade na tomada de decisões.
a. Verticalização: É a integração dos sistemas produtivos de uma empresa que permite a
visualização de cada etapa que engloba o processo, desde a gestão e planejamento até a
finalização de um produto. Para que a verticalização ocorra é necessário que todo processo
produtivo converse entre si e para isso usa-se um padrão de linguagem, que na indústria 4.0 é
o RAMI 4.0 (Reference Architectural Model for industrie 4.0).
b. Horizontalização: Trata-se de todo sistema afetado pela cadeia produtiva
externamente. Desde o fornecimento de matéria prima até a logística reversa do produto.
Figura 2- Verticalização e Horizontalização
O ponto que pode ser considerado o mais sensível dentro da indústria 4.0 é a segurança
digital visto que todas as informações da planta, setores e sistemas estão conectadas a uma rede e
disponível em uma nuvem de armazenamento. E caso algum Hacker consiga ter acesso a essas
informações, além do vazamento de dados, ele poderá controlar todo um sistema produtivo, bem
como ter acesso ao funcionamento de máquinas e quebrar barreiras de segurança. Alguns pontos
valiosos para a proteção do sistema são:
a. Autenticidade: Ter a certeza que todos que estão envolvidos nos processos de troca de
informação são quem dizem ser;
b. Não repudio: É a segurança da autoria de documentos, ou seja, temos a garantia de que
as informações transmitidas são reais;
c. Legalidade: Que está de acordo com a legislação vigente;
d. Privacidade: Tem como princípio a não associação da informação com o usuário
criador da informação;
e. Auditoria: É o princípio de investigar todos as etapas do processo, conseguindo
identificar horários, datas, locais e até os participantes.
Algumas ações podem ser tomadas para diminuir o risco de perda de dados e acessos de
pessoas não autorizadas são eles, backups, redundância de sistemas, eficácia no controle de
acesso, contratos de confidencialidade, política de segurança da informação e atualização
tecnológica.
Em junho de 2017, foi criado no Brasil Grupo de Trabalho para Indústrias 4.0 (GTI 4.0),
Esse grupo foi constituído da associação do governo, indústria e mais de cinquenta entidades
administrativas e tem por missão elaborar uma proposta de agenda nacional para o tema.
Para oferecer condições para os empresários que almejem alcançar esta transformação
digital, se estabeleceu quatro premissas (ABDI, 2018):
Fomentar iniciativas que facilitem e habilitem o investimento privado, haja vista a nova
realidade fiscal do país.
Propor agenda centrada no industrial/empresário, conectando instrumentos de apoio
existentes, permitindo uma maior racionalização e uso efetivo, facilitando o acesso dos
demandantes, levando o maior volume possível de recursos para a “ponta”.
Testar, avaliar, debater e construir consensos por meio da validação de projetos-piloto,
medidas experimentais, operando com neutralidade tecnológica.
Equilibrar medidas de apoio para pequenas e médias empresas com grandes companhias.
Os principais fatores que contribuem para esta estatística são o elevado custo para
investimento, a falta de mão de obra qualificada, a falta de incentivo por parte do governo e a
dificuldade na interação entre o campo de desenvolvimento e pesquisa tecnológica
(universidades) e a indústria.
4. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DESAFIOS PARA A
IMPLANTAÇÃO DA INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL
Para que o Brasil possa romper a quarta barreira da evolução Industrial, devemos conhecer
quais são as nossas limitações, a fim de trabalhá-las. Abaixo trataremos as principais dificuldades
encontradas neste cenário.
a. Falta de conhecimento sobre novas tecnologias
Segundo um estudo Internet das Coisas na Indústria: Estudo dos Resultados Obtidos e
Dificuldades Enfrentadas pelas Empresas na Adoção desta Tecnologia, apenas 2% da indústria no
Brasil emprega tecnologias relativas a Industria 4.0 em sua produção, enquanto países como a
Alemanha, em 2016, apenas cincos anos após o surgimento do conceito 40% da indústria já
estava familiarizada com essas tecnologias.
As barreiras que impactam nesta porcentagem são as dificuldades para comprovar o retorno
financeiro e a mentalidade conservadora na gestão das empresas.
b. Qualificação de recursos humanos
Um dos desafios para implantar a indústria 4.0 é a falta de mão de obra qualificada. É
necessário que o profissional tenha conhecimentos em robótica, análise de dados e programação.
Deve-se difundir as práticas e atividades de uma forma global entre os trabalhadores, para que
estes possam contribuir multidisciplinarmente para maximizar o potencial da empresa.
c. Custos da implantação
Tido como o principal obstáculo para a indústria 4.0. Como dito anteriormente, as empresas
na sua grande maioria ainda não conseguem enxergar o retorno sobre o investimento financeiro
requerido. A atual situação econômica do país e lenta recuperação das Indústrias também
contribuem para esta falta de confiança.
d. Ausência de infraestrutura e incentivos
Devido à falta de incentivo públicos e privados, a estrutura necessária para a indústria 4.0
encontra-se defasada com relação a países com economias próximas a do Brasil. Em um
panorama mundial o Brasil ocupa a 85º posição de velocidade média de internet, com apenas 6,4
Mbps (AKAMAI, 2017).
A base para a revolução Industrial requer uma ampla e boa cobertura de banda larga, e para
isso é preciso investir em tecnologias como por exemplo, a fibra ótica.
e. Regulação da proteção de dados e da segurança da informação
Por ser uma tecnologia de uso recente no Brasil, ainda é um fator preocupante a ética e
segurança de dados e informações, principalmente aquelas armazenadas em nuvens e BIG
DATA. Entrou em vigor em setembro de 2020 a Lei Geral de Proteção de Dados, segundo Lei N°
13.709, sancionada em agosto de 2018, que tem por objetivo estabelecer normas para assegurar a
segurança dos dados gerados de um modo geral, refletindo também nas informações disponíveis
em sistemas de BIG DATA, ferramenta imprescindível desta revolução tecnológica.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Quarta Revolução tratada neste artigo é uma realidade que a cada dia se aproxima, sendo
de fundamental importância para preparar essas mudanças, não apenas nos modos de produção,
mas na forma de viver.
Algumas tecnologias como simulações de ambientes virtuais já podem ser observadas no
dia a dia em treinamentos corporativos e até em jogos online. O armazenamento em nuvem
também já é uma realidade e num futuro próximo, será capaz até mesmo de criar órgãos e partes
do corpo humano, mudando de forma drástica a forma de tratamento e cura de doenças.
A inteligência artificial e robôs realizarão atividades em que há riscos para atuação humana
ou que requer grande precisão e a segurança da informação nunca foi tão discutida anteriormente.
Fica claro que o Brasil necessita de um massivo investimento em tecnologia,
desenvolvimento industrial e especialização de mão de obra para alcançar patamares de países
que estão no mesmo estágio de desenvolvimento e assim manter a competitividade econômica.
Em 2020 estes desafios tornaram-se ainda maior devido a crise econômica e queda no setor
produtivo em decorrência da COVID-19, porem como profissionais temos que estar preparados
para a retomada destes investimentos.
6. REFERÊNCIAS
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Outubro de 2019, disponível em AGENCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO
INDÚSTRIA: http://www.Indústria40.gov.br/
AKAMAI. (2017). FirtsQuarter State of The Internet. Akamai Technologies, Inc. Fonte:
www.akamai.com/stateoftheinternet
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Novembro de 2019, disponível em CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA:
https://bucket-gw-cni-static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/d6/cb/d6cbfbba-4d7e-
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Hermann, M., Pentek, T., & Otto, B. (2015). Design Principles for Industrie 4.0
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https://www.pwc.com.br/pt/estudos/strategyand/2018/global-innovation-index-2018.html
Santos, B. P., Silva, L. A., Celes, C. S., Borges, J. B., Peres, B. S., Vieira, M. A., . . .
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EDIPRO.