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ENSINO MÉDIO – 1ª FASE

Geografia

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Unidade I

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As Revoluções Industriais

Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por
profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial,
diferenciandoa das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito além das
transformações industriais.

Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre
ciência e produção, também chamada de revolução técnica científica.

Os avanços da robótica e da engenharia genética são incorporados ao processo produtivo,


que depende cada vez menos da mão de obra e cada vez mais de alta tecnologia, pautada
por um princípio básico: a produção deve combinar novas técnicas com máquinas cada vez
mais sofisticadas, a fim de produzir mais com menos recursos e menos mão de obra.

Revoluções do passado
A Revolução Industrial foi o processo caracterizado pela mudança de uma economia agrária,
baseada no trabalho manual, para uma economia dominada pela indústria mecanizada. Teve
início na Inglaterra, país que, por volta de 1760, adiantou sua industrialização em 50 anos,
em relação ao continente europeu, e assumiu uma posição de vanguarda na expansão
colonial.

Essa Revolução caracteriza-se pelo uso de novas fontes de energia, pela invenção de
máquinas que aumentam a produção, pela divisão, especialização do trabalho, pelo
desenvolvimento do transporte da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria.

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Em pouco tempo, os novos modos de produção, marcados pela passagem da manufatura à


indústria mecânica, se espalharam pelo mundo. Recordando a história desses novos meios
de produção, podemos dividir a Revolução Industrial em três períodos:

Primeira Revolução Industrial (1760-1860) - A energia movida a vapor foi usada na extração
de minério, na indústria têxtil e na fabricação de uma grande variedade de bens que, antes,
eram feitos à mão. O navio a vapor substituiu a escuna e a locomotiva a vapor substituiu os
vagões puxados a cavalo. O trabalho físico começou a ser transformado em força mecânica.
Teve início o funcionamento do primeiro instrumento universal de comunicação quase
instantânea, o telégrafo.

Segunda Revolução Industrial (1860-1900) - É caracterizada pela difusão dos princípios de


industrialização em diversos países: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Estados Unidos e
Japão. O destaque ficou com a eletricidade e a química, resultando em novos tipos de
motores (elétricos e à explosão), no aparecimento de novos produtos químicos e na
substituição do ferro pelo aço. Houve o surgimento das grandes empresas - que, por vezes,
se organizavam em cartéis (grupos de empresas que, mediante acordo, buscam determinar
os preços e limitar a concorrência) ,do telégrafo sem fio e do rádio.

As duas primeiras revoluções industriais tinham por objetivo usar a tecnologia para produzir
produtos baratos e em grandes quantidades. A substituição do trabalho braçal, na primeira,
e o desenvolvimento de sofisticadas estratégias gerenciais, na segunda, não visavam
substituir trabalhadores por máquinas, uma vez que os trabalhadores desempenhavam
papel central e indispensável no processo produtivo.

Revolução Técnico-científico-informacionalA Revolução Técnico-científico-informacional


ou Terceira Revolução Industrial entrou em vigor na segunda metade do século XX,

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principalmente a partir da década de 1970, quando houve uma série de descobertas e


evoluções no campo tecnológico.

Essa nova etapa de produção está vinculada à inserção de uma enorme quantidade de
tecnologia e informação, essa revolução está ligada diretamente à informática, robótica,
telecomunicação, química, uso de novos materiais, biotecnologia, engenharia genética
entre muitos outros, que recentemente fazem parte de praticamente todos os
seguimentos produtivos que marcam essa etapa, assim como outros fatos marcaram as
revoluções industriais do passado.

Essa revolução é um dos principais combustíveis para o desenvolvimento do capitalismo


moderno e especialmente o processo de globalização que visa uma flexibilidade de
informações, além de um acelerado dinamismo no fluxo de capitais e mercadorias, diante
dessa afirmativa veja a seguir alguns itens indispensáveis na economia contemporânea.

Tecnologias ligadas às telecomunicações: antenas via satélite, torres de telefonia móvel,


cabos de fibra óptica, redes de computadores, satélites, satélites de TV e rádio e tudo que
possibilita a velocidade das informações e automaticamente dos capitais e bens. A partir
desses elementos um investidor pode facilmente diagnosticar os riscos que um
determinado país pode oferecer, então certamente não será o foco de tal investimento.
Nesse mesmo sentido é possível realizar transações econômicas em vários níveis sem
mesmo sair do lugar, isso através do teclado ou de um mouse de computador, mesmo que
o mesmo esteja a milhares de quilômetros de distância.

Infraestrutura em transportes: mesmo com o incremento das telecomunicações, o


transporte é de suma importância nessa etapa industrial, atualmente não há tempo a
esperar, pois o mercado é extremamente dinâmico e requer velocidade, uma vez que esse
está cada vez mais exigente. Desse modo, para cumprir compromissos de entrega de

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matéria-prima ou mesmo de mercadorias é preciso ter um aparato logístico que garanta os


fluxos oriundos das indústrias. Diante disso, o que facilita o dinamismo nesse sentido é a
infraestrutura como aeroportos, portos, rodovias entre outros.

Produção agropecuária ligada ao desenvolvimento de práticas vinculadas à pecuária e


agricultura de precisão que tem sua base na biotecnologia, gerando uma produtividade
elevada e baixos custos ao produtor.

Indústrias com máquinas e equipamentos de última geração que utiliza de uma restrita
mão de obra, uma vez que o processo produtivo é executado pela robótica, além de todos
os setores econômico-financeiros que ingressaram em um profundo processo de
modernização em suas funções e procedimentos, a fim de atender as exigências e também
competir em um mercado que cada vez é mais forte.

A Terceira Revolução ou Revolução Técnico-científico-informacional tem como base


primordial a informação, essa está ligada ao conhecimento de inúmeras ciências que, com
o objetivo de atender os interesses econômicos, estão à disposição dos donos dos meios
de produção. Um exemplo disso são os microchips que, apesar de terem na
composiçãopouquíssimo material, possui um grande valor agregado, uma vez que para
serem concebidos foram necessários anos de estudos e pesquisas, e são justamente as
informações inseridas no produto que conduz à essa importante etapa pela qual a
sociedade atravessa.

Novas Tecnologias
O impacto das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial não se restringe apenas às
indústrias, mas afeta as empresas comerciais, as prestadoras de serviços e, até mesmo, o
cotidiano das pessoas comuns. Ou seja, trata-se de uma revolução muito mais abrangente.
Em termos de magnitude e abrangência, a Terceira Revolução Industrial não se restringe a

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alguns países europeus, aos EUA e ao Japão, mas se espalha pelo mundo todo. É causa e, ao
mesmo tempo, consequência da globalização.

Na atual fase da revolução, o modo de produção difere tanto da produção artesanal - em que
os trabalhadores, com o uso de ferramentas manuais, fabricam cada produto, um de cada
vez, de acordo com as especificações do comprador - quanto da produção industrial ou em
massa - na qual os trabalhadores operam equipamentos que produzem produtos
padronizados e em grandes quantidades.

Na fase contemporânea da Revolução Industrial, busca-se combinar as vantagens das


produções artesanal e industrial, evitando o alto custo da primeira e a inflexibilidade da
última. A produção usa metade do esforço humano na fábrica, metade do espaço físico e há
investimentos maciços em equipamentos.

Com a aplicação das novas descobertas científicas no processo produtivo, ocorre a ascensão
de atividades que empregam alta tecnologia. Como exemplos, temos a informática, que
produz computadores e softwares; a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e
produtos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que
viabilizam as transmissões de rádio e televisão, a telefonia fixa e móvel e a Internet; a
indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, que produz
medicamentos, plantas e animais manipulados geneticamente.

Rumo à Quarta Revolução


As novas máquinas são capazes de realizar funções que vão desde a extração de
matériaprima até a distribuição do produto final e a realização de serviços. Os computadores
e robôs não são usados para criar novos produtos, como os teares a vapor ou os tornos
movidos a motor elétrico, mas, sim, para desempenhar atividades antes executadas por
pessoas.

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As empresas multinacionais e de informatização, ao substituírem a mão de obra humana,


contribuem para a eliminação de postos de trabalho, o que amplia o desemprego. Em muitos
ramos, quase desapareceram os operários tradicionais. Em outras palavras, as novas
tecnologias de produção, somadas a diversas razões de ordem econômica e social, podem
levar ao fim de uma sociedade organizada com base no trabalho humano.

Vale lembrar que, atualmente, o mundo caminha na direção da Quarta Revolução Industrial.
Estamos ingressando numa revolução que mobiliza as ciências da vida, sob a forma da
biotecnologia, assim como várias áreas das ciências exatas e de outras áreas do
conhecimento, e que responde pelo nome de nanociência ou nanotecnologia.

É bom saber que:

A 3ª Revolução Industrial, que ocorreu na segunda metade do séc. XX, quando a


tecnologia de ponta e a robótica, aumenta o processo de produção nas
indústrias provocando um enorme desemprego (substituição da mão de obra) e
aumentando o lucro dos donos dos meios de produção e das grandes empresas!

A DIT (divisão internacional do trabalho) é modificada e o perfil de uma empresa


moderna é alterado! Por exemplo, a Nike não possui uma grande indústria nos
EUA o que a Empresa Nike possui, são várias pessoas no mundo inteiro,
trabalhando para a mesma (isto é globalização), na China, na Índia, etc.Um
automóvel na década de 60 era produzido por vários funcionários, mas uma
fábrica moderna (revolução técnico-científica) robotizou e hoje em dia, apenas 2
ou 3 funcionários fiscalizam o que o robô monta!

A mão de obra "migrou" para serviços terceirizados, que requer mais estudos e
conhecimento! Sendo assim, invista em conhecimento, pois é isso que a atual
sociedade do trabalho requer de você!!

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Capitalismo e Socialismo da Guerra Fria a Nova Ordem

A velha ordem mundial

As constantes alterações que têm ocorrido no mapa da Europa nos últimos anos são o sinal
de que vivemos um período de transição. É a estruturação da chamada nova ordem mundial,
que vem substituir a velha ordem, marcada pela oposição entre Estados Unidos e União
Soviética, em um período conhecido como Guerra Fria.

A guerra fria começou a se desenhar após a Segunda Guerra Mundial. Mais precisamente
durante a Conferência de Potsdam, realizada em julho de 1945, quando em quatro zonas de
ocupação, controladas, de leste a oeste, respectivamente, por União Soviética, Inglaterra,
Estados Unidos e França. A capital alemã, Berlim, também foi ocupada, ficando dividida
entre os russos a leste, e franceses, ingleses e americanos a oeste.

A partir de então, a bipolaridade que marcou o cenário geopolítico internacional no


pósguerra já estava configurada. Isto porque as duas grandes potências vencedoras - a
capitalista, representada pelos Estados Unidos, e a socialista, representada pela União
Soviética - tinham projetosantagônicos, não só a Alemanha como também para toda a
Europa.

O antagonismo ficou claramente expresso a partir de 1947, quando o presidente americano


Harry Turman declarou a expansionistas soviéticos no território europeu e, posteriormente,
no território asiático.

Devido ao importante papel da União Soviética na derrota do exército nazistas pelo front
oriental, desde fevereiro de 1945 os soviéticos transformaram todo o leste europeu em uma
grande área ocupada, alegando a necessidade de manter a segurança junto as suas

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fronteiras. Desde esse momento já estava estabelecida a chamada "cortina de ferro", com a
divisão da Europa em duas regiões geopolíticas: a Europa Ocidental, sob a influência dos
Estados Unidos, e a Europa Oriental, sob a influência da União Soviética.
Para dar conta do Projeto de contenção da influência Soviética, os Estados Unidos
financiaram a reconstrução e o fortalecimento econômico da Europa, através do Plano
Marshal e dos países do Leste e Sudeste asiáticos, através do Plano Colombo. Instalaram um
arsenal nuclear nos países da Europa Ocidental e envolveram-se em guerras localizadas,
onde existia a oposição Capitalismo - Socialismo, como as guerras da Coréia (1950-1953) e
do Vietnã (1930-1973)

Por seu lado, já em 1948 a União Soviética transformou as áreas de ocupação do Leste em
governos pró soviéticos, controlando-os de forma absolutamente autoritária, e também
criou mecanismos de auxílio e cooperação econômica no interior do bloco socialista, através
do Comecon.

Do ponto de vista do equilíbrio do poder, a guerra fria também se consolidou com a criação
de duas grandes Organizações militares: a Otan, em 1949, e o Pacto de Varsóvia, em 1955,
que tinham como principal objetivo impedir a expansão dos sistemas socialistas e
capitalistas, respectivamente.

Essas organizações, bem como as guerras localizadas entre as duas superpotências, foram
expressão clara de como o controle mundial efetivou-se através do chamado "equilíbrio do
terror". A corrida tecnológica que colocou os dois países em posição militar de destruir o
mundo todo, principalmente através das armas nucleares, serviu como eficaz mecanismo de
controle mundial.

Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, essa velha ordem mundial começava a ruir.
Construído em 1961, para consolidar a divisão da capital, evitando a fuga de alemães

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oriental para o lado capitalista, o muro foi o grande símbolo da bipolaridade, da disputa
ideológica e militar entre os dois grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial.

No entanto, a nova ordem que começou a ser construída desde então não representa uma
completa ruptura com o passado. Pelo contrário, só pode ser compreendida a partir dos
elementos da velha ordem, que continuam presentes.

Para saber mais sobre a Guerra fria confira a apostila de História

COMECON (Council for Mutual Economic Assistance, Conselho para Assistência Econômica
Mútua) foi fundado em 1949, e visava a integração econômica das nações do Leste Europeu.

Os países que integraram a organização internacional foram a União Soviética, Alemanha


Oriental (1950-1990), Tchecoslováquia, Polônia, Bulgária, Hungria e Romênia.

Mais tarde outros países juntaram-se ao COMECON: Mongólia (1962), Cuba (1972) e Vietnã
(1978). O aparecimento do COMECON surgiu no contexto europeu após o final da Segunda
Guerra Mundial, do qual resultou a destruição de parte do continente Europeu e surgindo
como a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que
visava apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental.

Seu objetivo era fornecer ajuda mútua para o desenvolvimento dos países membros.

Esta organização extinguiu-se em 1991.O COMECON pode ser considerado uma resposta
soviética ao Plano Marshal Americano. Afinal, durante a Guerra Fria os dois blocos
mantiveram-se sempre em equilíbrio. Por exemplo, foram criados também durante esse
período a OTAN (EUA) e o Pacto de Varsóvia (URSS), dois pactos militares que tinham como
objetivo proteger e unir os países membros.A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico

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Norte) foi criada em 1949, em pleno contexto da Guerra Fria, onde o mundo vivia a
bipolaridade bélica e ideológica entre EUA e URSS. Os EUA, já esperando uma futura guerra,
literalmente falando, contra a URSS, idealizaram a OTAN, contando com o Canadá e os países
da Europa Ocidental, para assim garantir a ajuda de seus importantes e fortes aliados.

A aliança foi criada em 1949, em virtude do Tratado do Atlântico Norte, também


denominado de Tratado de Washington. O acordo estabelecia que os Estados-membros da
OTAN se comprometiam em assegurar a sua defesa e que uma agressão a um ou mais
aliados seria considerada uma agressão a todos. Assim, a OTAN fez grande esforço para a
manutenção de uma defesa coletiva e, até então, ideológica, pois nunca houve um conflito
armado contra o lado soviético.
Com o fim da URSS e de suas ameaças à soberania americana e capitalista no mundo, surgiu
a necessidade de redefinir o papel da OTAN na nova ordem internacional, já que o principal
motivo de sua criação foi extinto. Assim, foi criado um novo papel para a OTAN: ser a base
da política de segurança de toda a Europa, (inclusive de seus ex-rivais do leste europeu) e da
América do Norte.

Os países que integram a OTAN atualmente são: Alemanha Ocidental, Bélgica, Canadá,
Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Países Baixos, Islândia, Itália,
Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polônia, República Checa,
Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovênia.

Pacto de Varsóvia

O Pacto de Varsóvia ou Tratado de Varsóvia foi uma aliança militar formada em 14 de Maio
de 1955 pelos países socialistas do Leste Europeu e pela União Soviética, países estes que

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também ficaram conhecidos como bloco socialista. O tratado correspondente foi firmado na
capital da Polônia, Varsóvia, e estabeleceu o alinhamento dos países membros com Moscou,
estabelecendo um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares.[1]

O organismo militar foi instituído em contraponto à OTAN (Organização do Tratado do


Atlântico Norte), organização internacional que uniu as nações capitalistas da Europa
Ocidental e os Estados Unidos para a prevenção e defesa dos países membros contra
eventuais ataques vindos do Leste Europeu.

Os países que fizeram parte do Pacto de Varsóvia eram alguns nos quais foram instituídos
governos socialistas pela URSS, após a Segunda Guerra Mundial. União Soviética, Alemanha
Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Checoslováquia, Romênia e Albânia foram os países
membros, sendo que a estrutura militar seguia as diretrizes soviéticas. A Iugoslávia, por
oposição do Marechal Tito, se recusou a ingressar no bloco.
Porém, as principais ações do Pacto foram dentro dos países-membros para a repressão de
revoltas internas. Em 1956, tropas reprimiram manifestações populares na Hungria e
Polônia, e em 1968, na Tchecoslováquia, na chamada Primavera de Praga.

As mudanças no cenário geopolítico da Europa Oriental no final da década de 1980, com a


queda dos governos socialistas, o fim do Muro de Berlim, o fim da Guerra Fria e a crise na
URSS levaram a extinção do Pacto em 31 de Março de 1991. O fim do Pacto de Varsóvia
representou, também, o fim da Guerra Fria.

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Unidade II

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As transnacionais

As transnacionais correspondem
às corporações industriais, comerciais e
de prestação de serviços que atuam em
distintos territórios dispersos no mundo, nesse caso ultrapassam os limites territoriais dos
países de origem das empresas.

Grande parte das empresas transnacionais é oriunda de países industrializados e


desenvolvidos que detém um grande capital acumulado, oexcedente, nesse caso, é
direcionado para países em todos os continentes.

Valor Excedente é denominado por Karl Marx como mais-valia, a qual consiste no valor que
excede o salário do trabalhador, sendo, portanto, lucro para o capitalista.

Os investimentos dessas empresas são altíssimos, uma vez que a matriz emite os recursos
para as filiais localizadas em muitos países pobres. Nesses países as transnacionais exercem
funções importantes como acelerar o desenvolvimento industrial, além de gerar postos de
trabalho.

No entanto, essas empresas não têm objetivo social no momento em que se instalam em um
determinado país, pelo contrário, para sua instalação acontecer o governo oferece uma série
de benefícios e incentivos, tais como: isenção parcial ou total de tributos, até mesmo dos

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lucros, esses países se submetem a essas exigências a fim de atrair novos investimentos
estrangeiros e também garantir a permanência das empresas.

As transnacionais estão ligadas à globalização da produção, na qual um único produto pode


ter várias origens, isso por que os seus componentes têm origens distintas e são montados
em uma determinada localidade do mundo. Esse fluxo produtivo visa unicamente verticalizar
os lucros, diminuindo os custos, consolidando-se no mercado como empresas competitivas
que buscam alcançar grandes parcelas do mercado internacional. Há pouco tempo essas
empresas eram denominadas de multinacionais, porém, gradativamente esse termo não
mais está sendo usado, uma vez que a expressão emite uma ideia de uma empresa que
possui diversas nacionalidades. Dessa forma, empresas com essas características recebem o
nome de transnacionais, possuem sede em um país e desempenham atividades em diversos
outros.

Atualmente, existem em funcionamento cerca de 40 mil empresas transnacionais, muitas


originadas de países desenvolvidos, porém, existem ainda corporações oriundas da Coréia,
Índia, México e Brasil.

As transnacionais exercem influência que transcende a economia, pois interfere em


governos e nas relações entre países.

Essas empresas surgiram efetivamente a partir da Segunda Guerra Mundial, quando

empresas de países ricos migraram suas atividades para lugares espalhados pelo mundo. As

transnacionais na América Latina

As transnacionais tiveram um papel essencial


na industrialização dos países latinos.

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Até o fim da Primeira Guerra Mundial, praticamente não existiam


empresas transnacionais (empresas de um determinado país que atuam em outro), com
exceção de

algumas corporações norte-americanas. Após o conflito, por volta de 1950, muitas empresas
expandiram suas áreas de atuação, instalando-se em diferentes países do globo. Com a
dispersão das grandes empresas pelo mundo, a América Latina foi alvo de muitas
corporações empresariais, passando a ser influenciada economicamente por estas empresas
de forma significativa.

As transnacionais que se instalaram nos países da América Latina são de origem


NorteAmérica, japonesa e europeia, principalmente. Essas empresas queriam usufruir das
condições favoráveis que os países latinos ofereciam, tais como:

• Abundância de mão de obra com baixos custos, em comparação aos salários pagos
em países desenvolvidos.
• Riqueza em matéria-prima (água, minérios, energia, agricultura, dentre outros). •
Mercado consumidor com potencialidade, ou seja, populações que poderiam
consumir os produtos das empresas.

• Infraestrutura promovida pelo governo do país onde a empresa se instala.


• Leis ambientais brandas.

• Incentivos tributários, como isenção parcial ou total de impostos.

• Permissão para enviar os lucros ao seu país de origem.

Esses e outros benefícios facilitaram a dispersão das transnacionais por todas as partes do
mundo. Hoje, grande parte dessas empresas domina os seguimentos automobilístico,
alimentício, siderúrgico, metalúrgico, eletroeletrônico, farmacêutico, químico e
agroindustrial.

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Desse modo, podemos dizer que essas empresas tiveram um papel essencial na
industrialização dos países latinos. No entanto, a predominância de transnacionais foi
negativa pelo fato de ter coibido o surgimento de empresas nacionais.

As Transnacionais Brasileiras

A expansão das empresas brasileiras

Empresas transnacionais são caracterizadas por possuírem matriz em um país de origem e


atuarem em outras nações por meio da instalação de filiais. Essas empresas surgiram no final
do século XIX, entretanto, só obtiveram destaque no cenário mundial após a Segunda Guerra
Mundial (1945).

A maioria dessas empresas tem origem (matriz) nos países da União Europeia, Estados
Unidos, Canadá e Japão. No entanto, nas últimas décadas os países emergentes têm
expandido de forma expressiva suas empresas por vários países do planeta. No Brasil esse
processo tem se intensificado de forma significativa, sendo impulsionado pelo atual cenário
econômico nacional e global, além do fortalecimento do Real.

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As empresas brasileiras têm realizado altos investimentos externos e estão atuando, através
de instalações de filiais, em diversos países. Num período de 30 anos (1970 a 2000) o
número de empresas transnacionais brasileiras atuando no exterior passou de 70 para 350.

Várias transnacionais possuem filiais no Brasil (Coca-Cola, McDonald’s, Nokia, Unilever, entre
tantas outras). Porém, durante a década de 1970, as primeiras empresas brasileiras
passaram a atuar em outros países. E, em 2006, pela primeira vez na história, os
investimentos brasileiros no exterior foram superiores aos investimentos estrangeiros no
país. Conforme dados divulgados em 2007 pelo Banco Central, o Brasil ocupa o 12° lugar no
ranking dos maiores investidores do mundo, superando países como China, Rússia e

Austrália.

A necessidade de expandir o mercado consumidor impulsiona as empresas brasileiras, que


atuam nos segmentos de construção civil, alimentício, mineração, aviação, logística,
tecnologia da informação, cosméticos, peças de automóveis, etc. Ao todo são mais de 300
grupos brasileiros com filiais em outros países, faturando cerca de 1 bilhão de dólares por
ano.Entre as principais representantes do Brasil no mercado internacional estão: Vale

(mineração), Petrobras (petróleo e gás), Gerdau (aço), Embraer (aviação), Votorantim

(diversificada), Camargo Corrêa (diversificada), Odebrecht (construção e petroquímica),


Aracruz (celulose e papel), Tigre (construção), ALL (logística), Perdigão (alimentícia), Natura
(cosméticos), Sadia (alimentícia), Itautec (tecnologia da informação), Sabó (peças de
automóveis), WEG (máquinas e equipamentos) entre outras.
As empresas transnacionais e o papel do Estado-nação no atual contexto do comércio global

Atualmente, a tecnologia é determinante para o crescimento econômico e para a competitividade dos países, assim
como a existência de um monopólio desse bem, haja vista o padrão do comércio internacional e a estrutura da economia
mundial serem dependentes da capacidade tecnológica dos Estados. Nesse contexto, cumpre ressaltar que as firmas e o
governo podem comportar-se estrategicamente em mercados globais imperfeitos com vistas a melhorar a balança
comercial e o bem-estar social, uma vez que o comércio internacional é formando também por economias de escala,
concorrência imperfeita, mercados oligopolistas e pela importância da inovação tecnológica, dominada pelas grandes
firmas.

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A existência do comércio intra-firmas ou intra-indústrias contribui para a observância de um comércio norte-norte


concentrado em produtos manufaturados, impulsionado pelo crescimento das empresas transnacionais. Dessa forma, o
alto índice de países exportando bens intensivos em capital para Estados com abundância desse fator de produção
mostra que a teoria neoclássica ignora a divisão internacional do trabalho contemporânea e a mudança da distribuição
espacial da atividade econômica ao longo do tempo.

As corporações transnacionais, ao contrário do que muitos pensam, não representam fenômenos novos na economia
mundial, pois suas origens remontam às companhias de navegação holandesas e inglesas dos séculos XVI e XVII. Com
efeito, tanto naquela época quanto no momento atual, as empresas transnacionais sempre estiveram ligadas a um
governo de origem ao qual recorrem em momentos difíceis. Dessa forma, se, a princípio, as companhias de navegação
tinham suas estratégias de atuação baseadas na bandeira de um país imperialista que bancava as incursões no “novo
mundo” com armas, homens e dinheiro, atualmente pouco mudou, à exceção do ponto bélico da questão.As empresas
transnacionais têm importância crescente na economia mundial, pois atuam na determinação dos fluxos de comércio
internacional, bem como na localização industrial da regionalização da produção e da concentração de mão de obra e
tecnologia avançada.

Nesse contexto, o Estado é a potência econômica que garante a expansão da empresa pelo mundo, permanecendo,
destarte, o principal ator na economia internacional. Além disso, embora as transnacionais possam ser encontradas por
todo o planeta, grande parte das atividades de pesquisa e desenvolvimento ainda é feita em seus países de origem.

Ou seja, os governos promovem os interesses de suas empresas, uma vez que o principal mercado das transnacionais
continua a ser o interno, onde se localiza a matriz de cada firma, o que significa que as vantagens competitivas das
transnacionais são criadas e mantidas na economia nacional a que pertencem. Entretanto, as empresas transnacionais
também constituem atores importantes no comércio mundial e nos fluxos financeiros internacionais, haja vista a
dimensão de suas atividades e o volume dos fluxos financeiros diários relativos ao pagamento de royalties e envio de
lucros ao exterior.Por fim, é importante ter em mente que a economia globalizada atual apresenta novos e maiores
desafios aos atores internacionais.

Por um lado, há uma tendência de fusão de empresas transnacionais com vistas a fazer frente à acirrada competição
internacional da nova economia global. Por outro, os últimos movimentos do governo estadunidense visando a assegurar
a livre concorrência no mercado nacional – leia-se o desmantelamento de grandes conglomerados empresariais, a
exemplo de como ocorreu com a AT&T e a “sete irmãs do petróleo”, sem contar o caso levado ao tribunal contra a
Microsoft – demonstram que é necessário impor limite à atuação e fusão de grandes empresas que tendem a tornar-se
oligopólios transnacionais. O Estado permanece o principal ator internacional, mas está longe de dominar sozinho o
mundo, pois há que se levar em consideração também o papel das empresas transnacionais, sem falar no papel das
organizações internacionais, como, por exemplo, a OMC.

Natura (cosméticos), Sadia (alimentícia), Itautec (tecnologia da informação), Sabó (peças de


automóveis), WEG (máquinas e equipamentos) entre outras.

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Desequilíbrios e Perspectivas da Globalização


O processo produtivo mundial é formado por um conjunto de umas 400-450 grandes
corporações (a maioria delas produtora deautomóveis e ligada ao petróleo e às
comunicações) que têm seus investimentos espalhados pelos cinco continentes. A
nacionalidade delas é principalmente americana, japonesa, alemã, inglesa, francesa, suíça,
italiana e holandesa. Portanto, pode-se afirmar que os países que assumiram o controle da
1ª fase da globalização (1450-1850), apesar da descolonização e dos desgastes das duas
guerras mundiais, ainda continuam obtendo os frutos do que conquistaram no passado. A
razão disso é que detém o monopólio da tecnologia e seus orçamentos, estatais e privados.

A ONU que deveria ser o embrião de um governo mundial foi paralisada pelos interesses e
proibições das superpotências durante a guerra fria. Em consequência dessa debilidade,
formou-se uma espécie de estado-maior informal, cujos encontros frequentes têm mais
efeitos sobre a política e economia do mundo em geral do que as assembleias da ONU.

Enquanto que no passado os instrumentos da integração foram à caravela, o barco à vela e a


vapor, e o trem, seguidos do telégrafo e do telefone, a globalização recente se faz pelos
satélites e pelos computadores ligados na Internet. Se antes ela martirizou africanose
indígenas e explorou a classe operária fabril, hoje se utiliza do satélite, do robô e da
informática, abandonando a antiga dependência do braço em favor do cérebro, elevando o
padrão de vida para patamares de saúde, educação e cultura até então desconhecidos pela
humanidade.

Ninguém tem a resposta nem a solução para atenuar o abismo entre os ricos do Norte e os
pobres do Sul que só se ampliou. No entanto, é bom reconhecer que tais diferenças não
resultam de um novo processo de espoliação como os praticados anteriormente pelo
colonialismo e pelo imperialismo, pois não implicaram numa dominação política, havendo,
bem ao contrário, uma aproximação e busca de intercâmbio e cooperação.

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Imagina-se que a Globalização, seguindo o seu curso natural, irá enfraquecer cada vez mais
os estados nacionais surgidos há cinco séculos, ou dar-lhes novas formas e funções, fazendo
com que novas instituições supranacionais gradativamente os substituam. Com a formação
dos mercados regionais ou intercontinentais (Nafta, Unidade Europeia, Comunidade
Econômica Independente [a ex-URSS], o MERCOSUL e o Japão com os tigres asiáticos), e com
a consequente interdependência entre eles, assentam-se às bases para os futuros governos
transnacionais que, provavelmente, servirão como unidades federativas de uma
administração mundial a ser constituída. É bem provável que no final do século 21, talvez até
antes, a humanidade conhecerá por fim um governo universal

A Globalização

A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em
uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.

A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e


nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias. No passado,
para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro
semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao
conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada em tempo real. O
processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo e, principalmente, os países
desenvolvidos; de modo que pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o
consumo interno encontrava-se saturado.

A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o


sistema capitalista tornou-se predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou
a era da globalização, principalmente, econômica e comercial.

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A integração mundial decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois


fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial. As inovações
tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática, promoveram o
processo de globalização. A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel,
internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre
as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo. O incremento no
fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos transportes,
especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais
(importação e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga,
que permite também a mundialização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é
encontrado em diferentes pontos do planeta.

O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas.


As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de
globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes
territórios.

Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer


no mercado que está cada vez mais competitivos.

Globalização Recente

No decorrer do século 20 três grandes projetos de liderança da globalização conflitaram-se


entre si: o comunista; o da contra-revolução nazi-fascista e o projeto liberal-capitalista. Num
primeiro momento ocorreu a aliança entre o liberalismo e o comunismo (em 1941-45) para a
autodefesa depois, a destruição do nazi-fascismo. Num segundo momento os EUA e a URSS,
se desentenderam gerando a guerra fria, onde o liberalismo norte-americano rivalizou-se
com o comunismo soviético numa guerra ideológica mundial e numa competição
armamentista e tecnológica que quase levou a humanidade a uma catástrofe.

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Com a política da glasnost, a guerra fria encerrou-se e os Estados Unidos proclamaram-se


vencedores. O momento símbolo disto foi à derrubada do Muro de Berlim ocorrida em
novembro de 1989, acompanhada da retirada das tropas soviéticas da Alemanha reunificada
e seguida da dissolução da URSS em 1991. A China comunista, por sua vez, que desde os
anos 70 adotara as reformas visando sua modernização, abriu-se em várias zonas especiais
para a implantação de indústrias multinacionais. Desde então só restou hegemonia no
moderno sistema mundial a economia-mundo capitalista, não havendo nenhuma outra
barreira a antepor-se à globalização.

Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma só superpotência mundial:
os Estados Unidos. É a única que tem condições operacionais de realizar intervenções
militares em qualquer canto do planeta (Kuwait-91, Haiti-94, Somália-96, Bósnia-97, etc.).
Enquanto na segunda fase da globalização vivia-se na esfera da libra esterlina, agora é a era
do dólar, enquanto que o idioma inglês tornou-se a língua universal por excelência. Pode-se
até afirmar que a globalização recente nada mais é do que a americanização do mundo.

A Nova Ordem Mundial


Como vimos anteriormente, a velha ordem mundial se consolida após o fim da Segunda
Guerra Mundial, em que saíram vencedores de um lado EUA (capitalismo) e do outro a URSS
- Rússia (socialista).

A velha ordem foi o mundo dividido em dois blocos representados pelos sistemas
socioeconômicos, de um lado o capitalismo e do outro o socialismo.

A Nova Ordem surge a partir da extinção da URSS (União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas), passando os EUA a ser uma potência hegemônica, exigindo das nações rearranjo
para ajustar e se opor ao poder americano, esse rearranjo são as mudanças geopolíticas,

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nessa fase o poder bélico (das armas) é substituído pelo poder econômico e tecnológico,
parainserir na nova geopolítica mundial as nações se agrupam em blocos econômicos, com o
surgimento de vários blocos faz surgir uma nova configuração de forças e nova ordem passa
a ser a de um mundo multipolar, entre os grandes blocos econômicos dessa nova ordem há o
NAFTA, e a UE - União Europeia que surgiu para fazer frente ao poder econômico americano
na nova ordem.
Resumindo:
A velha ordem: Mundo bipolar - capitalismo versus socialismo.
A Nova Ordem: Mundo multipolarizado pelo poder econômico , representado nos blocos
econômicos.

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Unidade III

Os Blocos Econômicos

Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos


econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países

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membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam


soluções em comum para problemas comerciais.

Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera


crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países
vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência
mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas
afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.

Veja abaixo a lista dos principais blocos econômicos:

Bloco Norte-americano

Ao longo do século XX, os Estados Unidos, com sua moeda, sua música, suas universidades,
seus costumes e valores, alcançaram um poder e um prestígio de dimensões planetárias.
Para ter uma ideia do que isso significa, em 1.950, o país respondia por cerca de 50% de toda
a produção econômica mundial. Porém, nesse final de século, nota-se o declínio da
hegemonia norte-americana, fato que tem abalado o país tanto no plano interno quanto no
externo.

A liderança mundial norte-americana vem sendo ameaçada pela concorrência econômica


cada vez mais aguerrida do Japão e da Europa. Como forma de fazer frente a essas
economias, e mesmo para se adequar à nova ordem mundial, em 1.992 os Estados Unidos
concluíram com o Canadá e o México um acordo de livre comércio, denominada Nafta
(North American Free Trade Agreement). Esse acordo prevê a criação de uma zona de livre
comércio, que abrange desde o norte do Canadá até o sul do México. Certamente, isso irá
beneficiar as economias envolvidas, uma vez que os países participantes do Nafta dispõe de
um mercado consumidor da ordem de 400 milhões de pessoas e produzem riquezas

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equivalentes a vários trilhões de dólares por ano. Além dos problemas internacionais, os
Estados Unidos vêm enfrentando sérios problemas raciais, como, por exemplo, o aumento
do racismo. Em 14 de novembro de 1996, a cidade de St. Petersburg, na costa leste dos EUA,
foi palco de sérios tumultos raciais, pelo fato de a Justiça ter absolvido um policial branco
que matou um motorista negro. A questão racial torna-se ainda mais dramática devido ao
aumento da desigualdade social, verificado no país dos últimos anos: hoje, de cada três
negros norte-americanos residentes em cidades, um é paupérrimo.

Paupérrimo = extremamente pobre; pobríssimo

Bloco Asiático

Os Novos Tigres

Na história recente do capitalismo, percebemos que a ascensão econômica de determinadas


nações estiveram sustentadas pela formação de mecanismos fomentadores da integração
entre países de uma mesma região. É nesse contexto que percebemos a força dos chamados
blocos econômicos, que determinaram ações de cooperação e quebra de barreiras
alfandegárias capazes de incrementar a competitividade de tais nações no mercado
internacional.

Na região asiática, vemos que o crescimento de alguns países aconteceu por meio da
emissão de investimentos realizada pela economia norte-americana. Tal ação de natureza
econômica tinha por objetivo expandir as zonas de influência dos Estados Unidos, ao mesmo
tempo em que determinava a limitação das zonas de influência controladas pelo socialismo.
Ao mesmo tempo, a grande oferta de mão de obra e a presença de governos estáveis
fomentaram o investimento capitalista em tais regiões.

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

A partir da década de 1980, o desenvolvimento das economias asiáticas determinou o


surgimento de um bloco econômico que levava o nome de “Tigres Asiáticos”. Sem formar
acordos de cooperação formais, esse bloco foi inicialmente formado por Hong Kong, Coreia
do Sul, Cingapura e Taiwan. Seguindo o modelo capitalista, essas nações obtiveram rápidos
índices de recuperação econômica que ampliaram significativamente seu papel de atuação
na economia mundial.

Com o passar do tempo, o caso bem sucedido observado em tais países fomentou a
modernização de outras economias asiáticas. É daí que, a partir da década de 1990,
observamos o surgimento dos chamados “Novos Tigres”, bloco esse, formado por Tailândia,
Malásia, Filipinas, Indonésia e Vietnã. Diferente dos “tigres veteranos”, os “Novos Tigres”
experimentaram uma onda de crescimento sustentada pelo investimento de poderosos
grupos transnacionais em suas economias.

Os incentivos fiscais dados pelos governos desses países, o baixo custo da mão de obra e as
facilidades de exportação foram os fatores centrais que explicaram a chegada dos grandes
conglomerados às economias dessas nações. Em curto prazo, os Novos Tigres preservaram
um PNB acima de 5% ao ano, combateram o analfabetismo em ritmo acelerado e a
população experimentou quedas significativas em suas taxas de crescimento vegetativo.

De fato, o surgimento dos novos tigres determinou uma das mais modernas experiências
desenvolvidas no sistema capitalista contemporâneo. Observando as transformações
ocorridas nos Novos Tigres percebemos que a expansão das fronteiras capitalistas vem se
mostrando benéficas para a recuperação de regiões que conviveram com décadas marcadas
pela miséria e o atraso. Entretanto, a forte dependência sobre as exportações revela o risco
contido nessas economias crescentes.

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

Bloco Europeu

Um fator decisivo na reconstrução da Europa Ocidental no pós-guerra foi o Plano Marshall.


Este consistia na cessão por parte dos norte-americanos de empréstimos vultuosos, a juros
reduzidos e prazos dilatados. Entre 1948 e 1952, Inglaterra, França, Itália e Alemanha foram
alguns países que mais se beneficiaram com esses empréstimos.

Além da ajuda norte-americana, outro fator que muito contribuiu para o reerguimento da
Europa Ocidental foi o processo de integração entre os seus países, iniciado já nos anos
1950.
Esse processo teve início com o CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço),
organismo criado em 1951pela Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Holanda e
Luxemburgo, com o objetivo de ajudar a reconstrução da indústria continental arruinada
pela Segunda Guerra. Em 1957, esses seis países criaram o MCE (Mercado Comum Europeu),
ou CEE (Comunidade Econômica Europeia), visando superar as rivalidades entre eles e
promover a integração econômica.

O sucesso desse organismo estimulou o posterior ingresso da Grã-Bretanha, Irlanda,


Dinamarca, Grécia, Portugal e Espanha. Formou-se assim a "Europa dos doze"que, em 1993,
passou a se chamar União Europeia (UE). Nesse mesmo ano foram eliminadas todas as
barreiras à livre circulação de pessoas, capitais e bens entre os países que a constituiam. A
partir de 1995, com o ingresso da Suécia, Áustria e Finlândia, a UE passou a ser integrada por
15 países.

Os blocos econômicos, são separados também a partir de sua natureza, veja abaixo:

 Nafta

 Apec

 Mercado Comum Centro-Americano

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

 Pacto Andino  Mercosul

Estabelecido em 26 de março de 1991, através da assinatura do Tratado de Assunção, o


Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um bloco econômico formado pela Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai. A Venezuela está em processo de adesão para se tornar Estado
membro; Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru são países associados ao bloco, podendo
participar das reuniões, no entanto, não possuem direito de voto. O principal critério para
uma nação se associar ao Mercosul é ser integrante da Associação Latino Americana de
Integração (ALADI).

Visando a organização institucional do Mercosul, foram criados órgãos para abordar temas
específicos de interesse de todos os países integrantes. Entre os principais estão o Conselho
do Mercado Comum (CMC), Grupo Mercado Comum (GMC), Comissão de Comércio do
Mercosul (CCM), Parlamento do Mercosul (PM), Comissão de Representantes Permanentes
do Mercosul (CRPM), etc.

A formação desse bloco proporcionou a livre circulação de bens, serviços e produtos entre
os Estados membros, através da redução e/ou eliminação das taxas de exportação e
importação. O Mercosul se enquadra na condição de União Aduaneira, pois, além de reduzir
ou eliminar as tarifas alfandegárias entre os integrantes, também regulamenta o comércio
com as nações que não pertencem ao bloco, sendo estabelecidas normas através da TEC
(Tarifa Externa Comum).

No entanto, um dos objetivos propostos pelo Tratado de Assunção é que o bloco se torne
um Mercado Comum, proporcionando, além dos aspectos já citados, a livre circulação de
capitais, serviços e pessoas, assim como ocorre na União Europeia (UE), que é considerado o
grupo mais dinâmico do planeta.

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

Os projetos do Mercosul não se limitam somente aos fatores econômicos, englobando


temas políticos, sociais e culturais. Exemplo disso foi a assinatura, no dia 06 de dezembro de
2002, do Acordo sobre Residência para os Estados do Mercosul, Bolívia e Chile, que concede
o direito à “residência temporária” de até dois anos em todos os países do bloco, podendo
ser solicitado o direito de residência permanente. No entanto, o cidadão deve atender a
critérios, como, por exemplo, ter certidão negativa de antecedentes criminais.

Portanto, o Mercosul é um bloco muito importante para o desenvolvimento econômico e


social do continente, sendo necessária a sua abordagem. Nessa seção, você poderá se
inteirar sobre vários aspectos do maior bloco econômico da América do Sul.

Etapas e avanços do MERCOSUL

No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros. A
partir deste ano, cerca de 90% das mercadorias produzidas nos países membros
podem ser comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos não entraram

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

neste acordo e possuem tarifação especial por serem considerados estratégicos ou por
aguardarem legislação comercial específica.

Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integração econômica


entre os países membros. Estabelece-se um plano de uniformização de taxas de
juros, índice de déficit e taxas de inflação. Futuramente, há planos para a adoção de
uma moeda única, a exemplo do fez o Mercado Comum Europeu.

Atualmente, os países do Mercosul juntos concentram uma população estimada em


311 milhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 2
trilhões de dólares.

Os conflitos comerciais entre Brasil e Argentina

As duas maiores economias do Mercosul enfrentam algumas dificuldades nas relações


comerciais. A Argentina está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e da linha
branca ( geladeiras, micro-ondas, fogões ), pois a livre entrada dos produtos brasileiros está
dificultando o crescimento destes setores na Argentina.

Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os argentinos alegam que
o governo brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto
chegaria ao mercado argentino a um preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o
comércio argentino.

Em 1999, o Brasil recorreu à OMC( Organização Mundial do Comércio ), pois a Argentina


estabeleceu barreiras aos tecidos de algodão e lã produzidos no Brasil. No mesmo ano, a
Argentina começa a exigir selo de qualidade nos calçados vindos do Brasil. Esta medida
visava prejudicar a entrada de calçados brasileiros no mercado argentino. Estas dificuldades

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

estão sendo discutidas e os governos estão caminhando e negociando no sentido de superar


barreiras e fazer com que o bloco econômico funcione plenamente.

Espera-se que o Mercosul supere suas dificuldades e comece a funcionar plenamente e


possibilite a entrada de novos parceiros da América do Sul. Esta integração econômica, bem
sucedida, aumentaria o desenvolvimento econômico nos países membros, além de facilitar
as relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos econômicos, como o NAFTA e a
União Europeia. Economistas renomados afirmam que, muito em breve, dentro desta
economia globalizada as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim
entre blocos econômicos. Participar de um bloco econômico forte será de extrema
importância para o Brasil.

 C
aricom

 U
nião Europeia

O que é a União Europeia?

A UE (União Europeia) é um bloco econômico, político e social de 27 países europeus que


participam de um projeto de integração política e econômica.Os países integrantes são:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária. Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha,
Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo,
Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República, Romênia e Suécia.
Macedônia, Cróacia e Turquia encontram-se em fase de negociação. Estes países são
politicamente democráticos, com um Estado de direito em vigor.

Os tratados que definem a União Europeia são: o Tratado da Comunidade Europeia do


Carvão e do Aço (CECA), o Tratado da Comunidade Econômica Europeia (CEE), o Tratado da

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

Comunidade Europeia da Energia Atômica (EURATOM) e o Tratado da União Europeia (UE), o


Tratado de Maastricht, que estabelece fundamentos da futura integração política. Neste
último tratado, se destaca acordos de segurança e política exterior, assim como a
confirmação de uma Constituição Política para a União Europeia e a integração monetária,
através do euro.
Para o funcionamento de suas funções, a União Europeia conta com instituições básicas
como o Parlamento, a Comissão, o Conselho e o Tribunal de Justiça. Todos estes órgãos
possuem representantes de todos os países membros.

Os países membros da União Europeia e os 19 países de maiores economias do mundo


fazem parte do G20. Os países da União Europeia também são representados nas reuniões
anuais do G-8 (Grupo dos Oito).

A Moeda Única: o euro

Com o propósito de unificação


monetária e facilitação do comércio
entre os países membros, a União
Europeia adotou uma única moeda. A
partir de janeiro de 2002, os países
membros (exceção da Grã-Bretanha)
adotaram o euro para livre circulação na chamada Zona do Euro, que envolve 17

países.Os países que fazem parte da Zona do Euro são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre,
Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, República da Irlanda,

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

Itália, Luxemburgo. Malta

Países Baixos e Portugal.

Objetivos da União Europeia

• Promover a unidade política e econômica da Europa;


• Melhorar as condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus;
• Melhorar as condições de livre comércio entre os países membros;
• Reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões;
• Fomentar o desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento;
Proporcionar um ambiente de paz, harmonia e equilíbrio na Europa.

O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) tem a finalidade de integração entre os países


membros, entretanto não há uma zona de livre comércio e sim uma baixa tarifação entre os
países membros (ou isenção para certos produtos), diferente da:

União Europeia um bloco mais avançado possui uma maior integração entre os países
membros, há uma livre zona de comércio e uma moeda única (euro) entre os países
participantes.

Você Sabia?

O presidente da União Europeia é eleito pelos membros do Conselho Europeu e


tem mandato de dois anos e meio, podendo ser renovado uma única vez.

A partir do ano de 2014, as leis da União Europeia só serão aprovadas se tiverem


o voto favorável de 55% dos Estados, desde que represente também 65% da
população da União Européia.

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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia

REFERENCIAS

http://educacao.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial-tecnologia.jhtm
http://www.brasilescola.com/historiag/blocos-economicos.htm

http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/revolucao-tecnicocientificoinformacional.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_excedente

http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/transnacionais.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/as-transnacionais-na-america-latina.htm
http://www.brasilescola.com/brasil/as-transnacionais-brasileiras.htm
http://www.relnet.com.br/blog/?p=100

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http://www.brasilescola.com/geografia/globalizacao.htm
http://www.brasilescola.com/historiag/norte-americano.htm
http://www.brasilescola.com/historiag/asiatico.htm
http://www.brasilescola.com/historiag/europeu.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/mercosul.htm
http://www.suapesquisa.com/blocoseconomicos/

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