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Geografia
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Escola FUTURO Formação Profissional / Geografia / 1ª Fase Ensino Médio
Unidade I
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As Revoluções Industriais
Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por
profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial,
diferenciandoa das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito além das
transformações industriais.
Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre
ciência e produção, também chamada de revolução técnica científica.
Revoluções do passado
A Revolução Industrial foi o processo caracterizado pela mudança de uma economia agrária,
baseada no trabalho manual, para uma economia dominada pela indústria mecanizada. Teve
início na Inglaterra, país que, por volta de 1760, adiantou sua industrialização em 50 anos,
em relação ao continente europeu, e assumiu uma posição de vanguarda na expansão
colonial.
Essa Revolução caracteriza-se pelo uso de novas fontes de energia, pela invenção de
máquinas que aumentam a produção, pela divisão, especialização do trabalho, pelo
desenvolvimento do transporte da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria.
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Primeira Revolução Industrial (1760-1860) - A energia movida a vapor foi usada na extração
de minério, na indústria têxtil e na fabricação de uma grande variedade de bens que, antes,
eram feitos à mão. O navio a vapor substituiu a escuna e a locomotiva a vapor substituiu os
vagões puxados a cavalo. O trabalho físico começou a ser transformado em força mecânica.
Teve início o funcionamento do primeiro instrumento universal de comunicação quase
instantânea, o telégrafo.
As duas primeiras revoluções industriais tinham por objetivo usar a tecnologia para produzir
produtos baratos e em grandes quantidades. A substituição do trabalho braçal, na primeira,
e o desenvolvimento de sofisticadas estratégias gerenciais, na segunda, não visavam
substituir trabalhadores por máquinas, uma vez que os trabalhadores desempenhavam
papel central e indispensável no processo produtivo.
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Essa nova etapa de produção está vinculada à inserção de uma enorme quantidade de
tecnologia e informação, essa revolução está ligada diretamente à informática, robótica,
telecomunicação, química, uso de novos materiais, biotecnologia, engenharia genética
entre muitos outros, que recentemente fazem parte de praticamente todos os
seguimentos produtivos que marcam essa etapa, assim como outros fatos marcaram as
revoluções industriais do passado.
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Indústrias com máquinas e equipamentos de última geração que utiliza de uma restrita
mão de obra, uma vez que o processo produtivo é executado pela robótica, além de todos
os setores econômico-financeiros que ingressaram em um profundo processo de
modernização em suas funções e procedimentos, a fim de atender as exigências e também
competir em um mercado que cada vez é mais forte.
Novas Tecnologias
O impacto das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial não se restringe apenas às
indústrias, mas afeta as empresas comerciais, as prestadoras de serviços e, até mesmo, o
cotidiano das pessoas comuns. Ou seja, trata-se de uma revolução muito mais abrangente.
Em termos de magnitude e abrangência, a Terceira Revolução Industrial não se restringe a
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alguns países europeus, aos EUA e ao Japão, mas se espalha pelo mundo todo. É causa e, ao
mesmo tempo, consequência da globalização.
Na atual fase da revolução, o modo de produção difere tanto da produção artesanal - em que
os trabalhadores, com o uso de ferramentas manuais, fabricam cada produto, um de cada
vez, de acordo com as especificações do comprador - quanto da produção industrial ou em
massa - na qual os trabalhadores operam equipamentos que produzem produtos
padronizados e em grandes quantidades.
Com a aplicação das novas descobertas científicas no processo produtivo, ocorre a ascensão
de atividades que empregam alta tecnologia. Como exemplos, temos a informática, que
produz computadores e softwares; a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e
produtos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que
viabilizam as transmissões de rádio e televisão, a telefonia fixa e móvel e a Internet; a
indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, que produz
medicamentos, plantas e animais manipulados geneticamente.
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Vale lembrar que, atualmente, o mundo caminha na direção da Quarta Revolução Industrial.
Estamos ingressando numa revolução que mobiliza as ciências da vida, sob a forma da
biotecnologia, assim como várias áreas das ciências exatas e de outras áreas do
conhecimento, e que responde pelo nome de nanociência ou nanotecnologia.
A mão de obra "migrou" para serviços terceirizados, que requer mais estudos e
conhecimento! Sendo assim, invista em conhecimento, pois é isso que a atual
sociedade do trabalho requer de você!!
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As constantes alterações que têm ocorrido no mapa da Europa nos últimos anos são o sinal
de que vivemos um período de transição. É a estruturação da chamada nova ordem mundial,
que vem substituir a velha ordem, marcada pela oposição entre Estados Unidos e União
Soviética, em um período conhecido como Guerra Fria.
A guerra fria começou a se desenhar após a Segunda Guerra Mundial. Mais precisamente
durante a Conferência de Potsdam, realizada em julho de 1945, quando em quatro zonas de
ocupação, controladas, de leste a oeste, respectivamente, por União Soviética, Inglaterra,
Estados Unidos e França. A capital alemã, Berlim, também foi ocupada, ficando dividida
entre os russos a leste, e franceses, ingleses e americanos a oeste.
Devido ao importante papel da União Soviética na derrota do exército nazistas pelo front
oriental, desde fevereiro de 1945 os soviéticos transformaram todo o leste europeu em uma
grande área ocupada, alegando a necessidade de manter a segurança junto as suas
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fronteiras. Desde esse momento já estava estabelecida a chamada "cortina de ferro", com a
divisão da Europa em duas regiões geopolíticas: a Europa Ocidental, sob a influência dos
Estados Unidos, e a Europa Oriental, sob a influência da União Soviética.
Para dar conta do Projeto de contenção da influência Soviética, os Estados Unidos
financiaram a reconstrução e o fortalecimento econômico da Europa, através do Plano
Marshal e dos países do Leste e Sudeste asiáticos, através do Plano Colombo. Instalaram um
arsenal nuclear nos países da Europa Ocidental e envolveram-se em guerras localizadas,
onde existia a oposição Capitalismo - Socialismo, como as guerras da Coréia (1950-1953) e
do Vietnã (1930-1973)
Por seu lado, já em 1948 a União Soviética transformou as áreas de ocupação do Leste em
governos pró soviéticos, controlando-os de forma absolutamente autoritária, e também
criou mecanismos de auxílio e cooperação econômica no interior do bloco socialista, através
do Comecon.
Do ponto de vista do equilíbrio do poder, a guerra fria também se consolidou com a criação
de duas grandes Organizações militares: a Otan, em 1949, e o Pacto de Varsóvia, em 1955,
que tinham como principal objetivo impedir a expansão dos sistemas socialistas e
capitalistas, respectivamente.
Essas organizações, bem como as guerras localizadas entre as duas superpotências, foram
expressão clara de como o controle mundial efetivou-se através do chamado "equilíbrio do
terror". A corrida tecnológica que colocou os dois países em posição militar de destruir o
mundo todo, principalmente através das armas nucleares, serviu como eficaz mecanismo de
controle mundial.
Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, essa velha ordem mundial começava a ruir.
Construído em 1961, para consolidar a divisão da capital, evitando a fuga de alemães
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oriental para o lado capitalista, o muro foi o grande símbolo da bipolaridade, da disputa
ideológica e militar entre os dois grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial.
No entanto, a nova ordem que começou a ser construída desde então não representa uma
completa ruptura com o passado. Pelo contrário, só pode ser compreendida a partir dos
elementos da velha ordem, que continuam presentes.
COMECON (Council for Mutual Economic Assistance, Conselho para Assistência Econômica
Mútua) foi fundado em 1949, e visava a integração econômica das nações do Leste Europeu.
Mais tarde outros países juntaram-se ao COMECON: Mongólia (1962), Cuba (1972) e Vietnã
(1978). O aparecimento do COMECON surgiu no contexto europeu após o final da Segunda
Guerra Mundial, do qual resultou a destruição de parte do continente Europeu e surgindo
como a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que
visava apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental.
Seu objetivo era fornecer ajuda mútua para o desenvolvimento dos países membros.
Esta organização extinguiu-se em 1991.O COMECON pode ser considerado uma resposta
soviética ao Plano Marshal Americano. Afinal, durante a Guerra Fria os dois blocos
mantiveram-se sempre em equilíbrio. Por exemplo, foram criados também durante esse
período a OTAN (EUA) e o Pacto de Varsóvia (URSS), dois pactos militares que tinham como
objetivo proteger e unir os países membros.A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico
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Norte) foi criada em 1949, em pleno contexto da Guerra Fria, onde o mundo vivia a
bipolaridade bélica e ideológica entre EUA e URSS. Os EUA, já esperando uma futura guerra,
literalmente falando, contra a URSS, idealizaram a OTAN, contando com o Canadá e os países
da Europa Ocidental, para assim garantir a ajuda de seus importantes e fortes aliados.
Os países que integram a OTAN atualmente são: Alemanha Ocidental, Bélgica, Canadá,
Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Países Baixos, Islândia, Itália,
Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polônia, República Checa,
Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovênia.
Pacto de Varsóvia
O Pacto de Varsóvia ou Tratado de Varsóvia foi uma aliança militar formada em 14 de Maio
de 1955 pelos países socialistas do Leste Europeu e pela União Soviética, países estes que
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também ficaram conhecidos como bloco socialista. O tratado correspondente foi firmado na
capital da Polônia, Varsóvia, e estabeleceu o alinhamento dos países membros com Moscou,
estabelecendo um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares.[1]
Os países que fizeram parte do Pacto de Varsóvia eram alguns nos quais foram instituídos
governos socialistas pela URSS, após a Segunda Guerra Mundial. União Soviética, Alemanha
Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Checoslováquia, Romênia e Albânia foram os países
membros, sendo que a estrutura militar seguia as diretrizes soviéticas. A Iugoslávia, por
oposição do Marechal Tito, se recusou a ingressar no bloco.
Porém, as principais ações do Pacto foram dentro dos países-membros para a repressão de
revoltas internas. Em 1956, tropas reprimiram manifestações populares na Hungria e
Polônia, e em 1968, na Tchecoslováquia, na chamada Primavera de Praga.
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Unidade II
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As transnacionais
As transnacionais correspondem
às corporações industriais, comerciais e
de prestação de serviços que atuam em
distintos territórios dispersos no mundo, nesse caso ultrapassam os limites territoriais dos
países de origem das empresas.
Valor Excedente é denominado por Karl Marx como mais-valia, a qual consiste no valor que
excede o salário do trabalhador, sendo, portanto, lucro para o capitalista.
Os investimentos dessas empresas são altíssimos, uma vez que a matriz emite os recursos
para as filiais localizadas em muitos países pobres. Nesses países as transnacionais exercem
funções importantes como acelerar o desenvolvimento industrial, além de gerar postos de
trabalho.
No entanto, essas empresas não têm objetivo social no momento em que se instalam em um
determinado país, pelo contrário, para sua instalação acontecer o governo oferece uma série
de benefícios e incentivos, tais como: isenção parcial ou total de tributos, até mesmo dos
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lucros, esses países se submetem a essas exigências a fim de atrair novos investimentos
estrangeiros e também garantir a permanência das empresas.
empresas de países ricos migraram suas atividades para lugares espalhados pelo mundo. As
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algumas corporações norte-americanas. Após o conflito, por volta de 1950, muitas empresas
expandiram suas áreas de atuação, instalando-se em diferentes países do globo. Com a
dispersão das grandes empresas pelo mundo, a América Latina foi alvo de muitas
corporações empresariais, passando a ser influenciada economicamente por estas empresas
de forma significativa.
• Abundância de mão de obra com baixos custos, em comparação aos salários pagos
em países desenvolvidos.
• Riqueza em matéria-prima (água, minérios, energia, agricultura, dentre outros). •
Mercado consumidor com potencialidade, ou seja, populações que poderiam
consumir os produtos das empresas.
Esses e outros benefícios facilitaram a dispersão das transnacionais por todas as partes do
mundo. Hoje, grande parte dessas empresas domina os seguimentos automobilístico,
alimentício, siderúrgico, metalúrgico, eletroeletrônico, farmacêutico, químico e
agroindustrial.
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Desse modo, podemos dizer que essas empresas tiveram um papel essencial na
industrialização dos países latinos. No entanto, a predominância de transnacionais foi
negativa pelo fato de ter coibido o surgimento de empresas nacionais.
As Transnacionais Brasileiras
A maioria dessas empresas tem origem (matriz) nos países da União Europeia, Estados
Unidos, Canadá e Japão. No entanto, nas últimas décadas os países emergentes têm
expandido de forma expressiva suas empresas por vários países do planeta. No Brasil esse
processo tem se intensificado de forma significativa, sendo impulsionado pelo atual cenário
econômico nacional e global, além do fortalecimento do Real.
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As empresas brasileiras têm realizado altos investimentos externos e estão atuando, através
de instalações de filiais, em diversos países. Num período de 30 anos (1970 a 2000) o
número de empresas transnacionais brasileiras atuando no exterior passou de 70 para 350.
Várias transnacionais possuem filiais no Brasil (Coca-Cola, McDonald’s, Nokia, Unilever, entre
tantas outras). Porém, durante a década de 1970, as primeiras empresas brasileiras
passaram a atuar em outros países. E, em 2006, pela primeira vez na história, os
investimentos brasileiros no exterior foram superiores aos investimentos estrangeiros no
país. Conforme dados divulgados em 2007 pelo Banco Central, o Brasil ocupa o 12° lugar no
ranking dos maiores investidores do mundo, superando países como China, Rússia e
Austrália.
Atualmente, a tecnologia é determinante para o crescimento econômico e para a competitividade dos países, assim
como a existência de um monopólio desse bem, haja vista o padrão do comércio internacional e a estrutura da economia
mundial serem dependentes da capacidade tecnológica dos Estados. Nesse contexto, cumpre ressaltar que as firmas e o
governo podem comportar-se estrategicamente em mercados globais imperfeitos com vistas a melhorar a balança
comercial e o bem-estar social, uma vez que o comércio internacional é formando também por economias de escala,
concorrência imperfeita, mercados oligopolistas e pela importância da inovação tecnológica, dominada pelas grandes
firmas.
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As corporações transnacionais, ao contrário do que muitos pensam, não representam fenômenos novos na economia
mundial, pois suas origens remontam às companhias de navegação holandesas e inglesas dos séculos XVI e XVII. Com
efeito, tanto naquela época quanto no momento atual, as empresas transnacionais sempre estiveram ligadas a um
governo de origem ao qual recorrem em momentos difíceis. Dessa forma, se, a princípio, as companhias de navegação
tinham suas estratégias de atuação baseadas na bandeira de um país imperialista que bancava as incursões no “novo
mundo” com armas, homens e dinheiro, atualmente pouco mudou, à exceção do ponto bélico da questão.As empresas
transnacionais têm importância crescente na economia mundial, pois atuam na determinação dos fluxos de comércio
internacional, bem como na localização industrial da regionalização da produção e da concentração de mão de obra e
tecnologia avançada.
Nesse contexto, o Estado é a potência econômica que garante a expansão da empresa pelo mundo, permanecendo,
destarte, o principal ator na economia internacional. Além disso, embora as transnacionais possam ser encontradas por
todo o planeta, grande parte das atividades de pesquisa e desenvolvimento ainda é feita em seus países de origem.
Ou seja, os governos promovem os interesses de suas empresas, uma vez que o principal mercado das transnacionais
continua a ser o interno, onde se localiza a matriz de cada firma, o que significa que as vantagens competitivas das
transnacionais são criadas e mantidas na economia nacional a que pertencem. Entretanto, as empresas transnacionais
também constituem atores importantes no comércio mundial e nos fluxos financeiros internacionais, haja vista a
dimensão de suas atividades e o volume dos fluxos financeiros diários relativos ao pagamento de royalties e envio de
lucros ao exterior.Por fim, é importante ter em mente que a economia globalizada atual apresenta novos e maiores
desafios aos atores internacionais.
Por um lado, há uma tendência de fusão de empresas transnacionais com vistas a fazer frente à acirrada competição
internacional da nova economia global. Por outro, os últimos movimentos do governo estadunidense visando a assegurar
a livre concorrência no mercado nacional – leia-se o desmantelamento de grandes conglomerados empresariais, a
exemplo de como ocorreu com a AT&T e a “sete irmãs do petróleo”, sem contar o caso levado ao tribunal contra a
Microsoft – demonstram que é necessário impor limite à atuação e fusão de grandes empresas que tendem a tornar-se
oligopólios transnacionais. O Estado permanece o principal ator internacional, mas está longe de dominar sozinho o
mundo, pois há que se levar em consideração também o papel das empresas transnacionais, sem falar no papel das
organizações internacionais, como, por exemplo, a OMC.
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A ONU que deveria ser o embrião de um governo mundial foi paralisada pelos interesses e
proibições das superpotências durante a guerra fria. Em consequência dessa debilidade,
formou-se uma espécie de estado-maior informal, cujos encontros frequentes têm mais
efeitos sobre a política e economia do mundo em geral do que as assembleias da ONU.
Ninguém tem a resposta nem a solução para atenuar o abismo entre os ricos do Norte e os
pobres do Sul que só se ampliou. No entanto, é bom reconhecer que tais diferenças não
resultam de um novo processo de espoliação como os praticados anteriormente pelo
colonialismo e pelo imperialismo, pois não implicaram numa dominação política, havendo,
bem ao contrário, uma aproximação e busca de intercâmbio e cooperação.
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Imagina-se que a Globalização, seguindo o seu curso natural, irá enfraquecer cada vez mais
os estados nacionais surgidos há cinco séculos, ou dar-lhes novas formas e funções, fazendo
com que novas instituições supranacionais gradativamente os substituam. Com a formação
dos mercados regionais ou intercontinentais (Nafta, Unidade Europeia, Comunidade
Econômica Independente [a ex-URSS], o MERCOSUL e o Japão com os tigres asiáticos), e com
a consequente interdependência entre eles, assentam-se às bases para os futuros governos
transnacionais que, provavelmente, servirão como unidades federativas de uma
administração mundial a ser constituída. É bem provável que no final do século 21, talvez até
antes, a humanidade conhecerá por fim um governo universal
A Globalização
A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em
uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.
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Globalização Recente
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Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma só superpotência mundial:
os Estados Unidos. É a única que tem condições operacionais de realizar intervenções
militares em qualquer canto do planeta (Kuwait-91, Haiti-94, Somália-96, Bósnia-97, etc.).
Enquanto na segunda fase da globalização vivia-se na esfera da libra esterlina, agora é a era
do dólar, enquanto que o idioma inglês tornou-se a língua universal por excelência. Pode-se
até afirmar que a globalização recente nada mais é do que a americanização do mundo.
A velha ordem foi o mundo dividido em dois blocos representados pelos sistemas
socioeconômicos, de um lado o capitalismo e do outro o socialismo.
A Nova Ordem surge a partir da extinção da URSS (União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas), passando os EUA a ser uma potência hegemônica, exigindo das nações rearranjo
para ajustar e se opor ao poder americano, esse rearranjo são as mudanças geopolíticas,
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nessa fase o poder bélico (das armas) é substituído pelo poder econômico e tecnológico,
parainserir na nova geopolítica mundial as nações se agrupam em blocos econômicos, com o
surgimento de vários blocos faz surgir uma nova configuração de forças e nova ordem passa
a ser a de um mundo multipolar, entre os grandes blocos econômicos dessa nova ordem há o
NAFTA, e a UE - União Europeia que surgiu para fazer frente ao poder econômico americano
na nova ordem.
Resumindo:
A velha ordem: Mundo bipolar - capitalismo versus socialismo.
A Nova Ordem: Mundo multipolarizado pelo poder econômico , representado nos blocos
econômicos.
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Unidade III
Os Blocos Econômicos
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Bloco Norte-americano
Ao longo do século XX, os Estados Unidos, com sua moeda, sua música, suas universidades,
seus costumes e valores, alcançaram um poder e um prestígio de dimensões planetárias.
Para ter uma ideia do que isso significa, em 1.950, o país respondia por cerca de 50% de toda
a produção econômica mundial. Porém, nesse final de século, nota-se o declínio da
hegemonia norte-americana, fato que tem abalado o país tanto no plano interno quanto no
externo.
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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia
equivalentes a vários trilhões de dólares por ano. Além dos problemas internacionais, os
Estados Unidos vêm enfrentando sérios problemas raciais, como, por exemplo, o aumento
do racismo. Em 14 de novembro de 1996, a cidade de St. Petersburg, na costa leste dos EUA,
foi palco de sérios tumultos raciais, pelo fato de a Justiça ter absolvido um policial branco
que matou um motorista negro. A questão racial torna-se ainda mais dramática devido ao
aumento da desigualdade social, verificado no país dos últimos anos: hoje, de cada três
negros norte-americanos residentes em cidades, um é paupérrimo.
Bloco Asiático
Os Novos Tigres
Na região asiática, vemos que o crescimento de alguns países aconteceu por meio da
emissão de investimentos realizada pela economia norte-americana. Tal ação de natureza
econômica tinha por objetivo expandir as zonas de influência dos Estados Unidos, ao mesmo
tempo em que determinava a limitação das zonas de influência controladas pelo socialismo.
Ao mesmo tempo, a grande oferta de mão de obra e a presença de governos estáveis
fomentaram o investimento capitalista em tais regiões.
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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia
Com o passar do tempo, o caso bem sucedido observado em tais países fomentou a
modernização de outras economias asiáticas. É daí que, a partir da década de 1990,
observamos o surgimento dos chamados “Novos Tigres”, bloco esse, formado por Tailândia,
Malásia, Filipinas, Indonésia e Vietnã. Diferente dos “tigres veteranos”, os “Novos Tigres”
experimentaram uma onda de crescimento sustentada pelo investimento de poderosos
grupos transnacionais em suas economias.
Os incentivos fiscais dados pelos governos desses países, o baixo custo da mão de obra e as
facilidades de exportação foram os fatores centrais que explicaram a chegada dos grandes
conglomerados às economias dessas nações. Em curto prazo, os Novos Tigres preservaram
um PNB acima de 5% ao ano, combateram o analfabetismo em ritmo acelerado e a
população experimentou quedas significativas em suas taxas de crescimento vegetativo.
De fato, o surgimento dos novos tigres determinou uma das mais modernas experiências
desenvolvidas no sistema capitalista contemporâneo. Observando as transformações
ocorridas nos Novos Tigres percebemos que a expansão das fronteiras capitalistas vem se
mostrando benéficas para a recuperação de regiões que conviveram com décadas marcadas
pela miséria e o atraso. Entretanto, a forte dependência sobre as exportações revela o risco
contido nessas economias crescentes.
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Bloco Europeu
Além da ajuda norte-americana, outro fator que muito contribuiu para o reerguimento da
Europa Ocidental foi o processo de integração entre os seus países, iniciado já nos anos
1950.
Esse processo teve início com o CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço),
organismo criado em 1951pela Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Holanda e
Luxemburgo, com o objetivo de ajudar a reconstrução da indústria continental arruinada
pela Segunda Guerra. Em 1957, esses seis países criaram o MCE (Mercado Comum Europeu),
ou CEE (Comunidade Econômica Europeia), visando superar as rivalidades entre eles e
promover a integração econômica.
Os blocos econômicos, são separados também a partir de sua natureza, veja abaixo:
Nafta
Apec
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Visando a organização institucional do Mercosul, foram criados órgãos para abordar temas
específicos de interesse de todos os países integrantes. Entre os principais estão o Conselho
do Mercado Comum (CMC), Grupo Mercado Comum (GMC), Comissão de Comércio do
Mercosul (CCM), Parlamento do Mercosul (PM), Comissão de Representantes Permanentes
do Mercosul (CRPM), etc.
A formação desse bloco proporcionou a livre circulação de bens, serviços e produtos entre
os Estados membros, através da redução e/ou eliminação das taxas de exportação e
importação. O Mercosul se enquadra na condição de União Aduaneira, pois, além de reduzir
ou eliminar as tarifas alfandegárias entre os integrantes, também regulamenta o comércio
com as nações que não pertencem ao bloco, sendo estabelecidas normas através da TEC
(Tarifa Externa Comum).
No entanto, um dos objetivos propostos pelo Tratado de Assunção é que o bloco se torne
um Mercado Comum, proporcionando, além dos aspectos já citados, a livre circulação de
capitais, serviços e pessoas, assim como ocorre na União Europeia (UE), que é considerado o
grupo mais dinâmico do planeta.
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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia
No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros. A
partir deste ano, cerca de 90% das mercadorias produzidas nos países membros
podem ser comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos não entraram
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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia
neste acordo e possuem tarifação especial por serem considerados estratégicos ou por
aguardarem legislação comercial específica.
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os argentinos alegam que
o governo brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto
chegaria ao mercado argentino a um preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o
comércio argentino.
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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia
C
aricom
U
nião Europeia
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1ª Fase do Ensino Médio – Geografia
países.Os países que fazem parte da Zona do Euro são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre,
Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, República da Irlanda,
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União Europeia um bloco mais avançado possui uma maior integração entre os países
membros, há uma livre zona de comércio e uma moeda única (euro) entre os países
participantes.
Você Sabia?
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REFERENCIAS
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http://www.brasilescola.com/historiag/blocos-economicos.htm
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