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Física
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UNIDAE I
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INTRODUÇÃO
O ensino da física faz parte da educação básica na formação do cidadão e deve atender tanto
aquelas pessoas que darão continuidade aos seus estudos, quanto àquelas que depois do
ensino médio não terão mais contato escolar com essa disciplina. Segundo o PCN+ Ensino
Médio:
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INTRODUÇÃO
Antes de iniciar o estudo de alguma teoria Física, é importante entender alguns conceitos
básicos e fundamentais. Neste primeiro texto vamos estudar as unidades e a importância do
Sistema Internacional de Unidades (SI).
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MEDIDAS DE COMPRIMENTO
Metro
A palavra metro vem do grego métron e significa "o que mede". Foi estabelecido
inicialmente que a medida do metro seria a décima milionésima parte da distância do
Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris. No Brasil o metro foi
adotado oficialmente em 1928.
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MEDIDA DE CAPACIDADE
Litro
4. MEDIDA DE MASSA
Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o
centro da terra. Varia de acordo com o local em que o corpo se encontra. Por
exemplo:
A massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O peso, no entanto, é seis vezes
maior na terra do que na lua.
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Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6 vezes superior à gravidade
lunar.
Quilograma
Observe que cada unidade de volume é dez vezes maior que a unidade imediatamente
inferior.
MEDIDA DE TEMPO
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Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida
de tempo.
Décimo de segundo
Centésimo de segundo
<!--[endif]-->Milésimo de segundo
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Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2 h 40 min. Pois o sistema de
medidas de tempo não é decimal.
Medidas de Comprimento
A leitura das medidas de comprimentos pode ser efetuada com o auxílio do quadro de
unidades. Exemplos: Leia a seguinte medida: 15,048 m.
Seqüência prática
1º) Escrever o quadro de unidades:
km hm dam m dm cm mm
km hm dam m dm cm mm
1 5, 0 4 8
3º) Ler a parte inteira acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a
parte decimal acompanhada da unidade de medida do último algarismo da mesma.
15 metros e 48 milímetros
Outros exemplos:
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Transformação de Unidades
km hm dam m dm cm mm
Para transformar hm em m (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10
x 10).
16,584hm = 1.658,4m
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UNIDADE II
Vetores
Grandezas Escalares
Grandezas físicas como tempo, por exemplo, 5 segundos, ficam perfeitamente definidas
quando são especificados o seu módulo (5) e sua unidade de medida (segundo). Estas
grandezas físicas que são completamente definidas quando são especificados o seu módulo e
a sua unidade de medida são denominadas grandezas escalares. A temperatura, área,
volume, são também grandezas escalares.
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Grandezas Vetoriais
Quando você está se deslocando de uma posição para outra, basta você dizer que percorreu
uma distância igual a 5 m?
Você precisa especificar, além da distância (módulo), a direção e o sentido em que ocorre
este deslocamento.
(fig. 1).
Observe que o deslocamento não fica perfeitamente definido se for dada apenas a distância
percorrida (por exemplo, 5,0 cm); há necessidade de especificar a direção e o sentido do
deslocamento. Estas grandezas que são completamente definidas quando são especificados o
seu módulo, direção e sentido, são denominadas grandezas vetoriais.
Vetores
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Direção do vetor - é dada pela reta suporte do segmento (30o com a horizontal).
Notação:
ou d: vetor deslocamento a:
vetor aceleração
V: vetor velocidade
Exemplo de vetores: a fig. 2 representa um cruzamento de ruas, tal que você, situado em O,
pode realizar os deslocamentos indicados pelos vetores d1, d2, d3, e d4. Diferenciando estes
vetores segundo suas características, tem-se que:
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O deslocamento resultante não é simplesmente uma soma algébrica (3 + 4), porque os dois
vetores d1 e d2 têm direções e sentidos diferentes.
Há dois métodos, geométricos, para realizar a adição dos dois vetores, dr = d1 + d2, que são:
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: consiste em colocar as
origens dos dois vetores coincidentes e construir um
paralelogramo; o vetor soma (ou vetor resultante) será
dado pela diagonal do paralelogramo cuja origem
Figura 4 - Adição de dois vetores: coincide com a dos dois vetores (Fig. 4). A outra diagonal
Aplicação numérica
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Observação: O vetor diferença é obtido de modo análogo ao vetor soma; basta fazer a soma
do primeiro vetor com o oposto do segundo vetor.
d = d1 + ( -d2)
Componentes de um vetor
Considere o vetor deslocamento d como sendo o da fig. 6a. Para determinar as componentes
do vetor, adota-se um sistema de eixos cartesianos. As componentes do vetor d, segundo as
direções x e y, são as projeções ortogonais do vetor nas duas direções.
Notação:
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Qual o significado das componentes do vetor? Significa que os dois vetores componentes
atuando nas direções x e y podem substituir o vetor d, produzindo o mesmo efeito.
Para o triângulo OAB da fig. 6b, que é o da mesmo da fig. 6a, valem as relações:
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Aplicação numérica
Substituindo em (2b):
dx = 1,5
m
Substituindo em (2a):
o
dy = d sen = 3,0 sen 60 = 3,0 * 0,87
dy 2,6 m
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Movendo vetores
Quando vamos fazer a adição ou a diferença de dois vetores graficamente, precisamos mover
o vetor tal que ele tenha sua origem coincidente com um novo ponto.
Figura 1
Para mover um vetor (S1) para uma nova posição temos que, primeiro, desenhar uma reta
paralela com o auxílio de uma régua e um transferidor como mostra a fig. 1B, transportando o
vetor paralelamente para a nova posição.
Para colocar o comprimento do vetor na nova posição, pode-se usar um pedaço de papel ou
um compasso para medir o comprimento na posição inicial e transportar esta medida para a
nova posição. O erro é menor medindo-se desta forma do que com régua.
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Figura 2
As fig. 2A e 2B mostram como se faz a adição e a diferença entre dois vetores S1 e S2 (fig. 1A),
usando o método da triangulação.
A adição de dois vetores (fig. 2A) foi realizada movendo-se o vetor S2 tal que a origem dele
coincidisse com a extremidadede S1.
O vetor soma S1 + S2 é o vetor que fecha o triângulo, cuja origem coincide com a origem do
primeiro vetor e a extremidade coincide com a extremidade do segundo vetor.
A diferença entre os dois vetores (S2 e S1) foi realizada movendo-se o vetor S1 (fig. 2B),
considerando o vetor oposto (- S1).
O vetor diferença S2 - S1 é o vetor que fecha o triângulo, cuja origem coincide com a origem
do vetor S2 e a extremidade coincide com a extremidade do vetor - S1.
Se quisermos a diferença S1 - S2, devemos mover o vetor S2, considerando o oposto dele (-
S2).
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Vetor velocidade
Vetor aceleração
A=V/t (2)
A = ( S / t) / t
2
A= S / t (3)
S.
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Vamos aplicar este processo, considerando que a trajetória do movimento do PUCK seja o da
fig.3. (Huggins, 1979)
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O modelo de Bernoulli
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Usando a lei de Newton na forma força = taxa de variação do momento, vemos que o
momento de uma partícula muda de 2mv a cada vez que ela atinge o pistão. O tempo entre
impactos é 2L/v, de modo que a freqência entre impactos é v/2L por segundo. Isto significa
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que se não houvesse uma força de equilíbrio, por conservação de momento a partícula iria
causar uma mudança no momento da pistão de 2mv.v/2L unidades por segundo. Isto é a taxa
de variação do momento, e logo deve ser igual à força de equilíbrio, que é portanto
F = mv2/L [7.1]
A pressão é a força por unidade de área, P = F/A. É claro que não sabemos qual são as
velocidades verdadeiras das moléculas em um gás, mas vamos ver que não precisamos destes
detalhes. Se somarmos N contribuições, uma para cada partícula da caixa, cada contribuição
sendo proporcional a vx2 para cada partícula, a soma resulta em N vezes o valor médio de vx2.
Isto é,
[7.2]
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[7.3]
PV = nRT [7.4]
para n moles de gás, isto é, n = N/NA, com NA igual ao número de Avogadro e R a constante
do gás.
[7.5]
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Mas, não existe nada especial com relação a direção x -- para moléculas em um recepiente
fechado, pelo menos longe das paredes, todas as direções são iguais, de modo que a mesma
função f dará a distribuição de probabilidade para as outras direções. A probabilidade para a
velocidade ficar entre vx e vx + dvx, vy e vy + dvy, e vz e vz + dvzserá:
Note que esta função distribuição, quando integrada sobre todas as possíveis três
componentes das velocidades dá o número total de partículas N, como deveria ser. Agora
vem a parte inteligente - como toda a direção é tão boa quanto qualquer outra, a função deve
depender apenas da velocidade total da partícula, e não em cada componente da velocidade
separadamente. Logo, Maxwell argumentou que,
onde F é uma outra função desconhecida. No entanto, é aparente que o produto das funções
na esquerda está refletido na soma das velocidades na direita. Isto somente aconteceria se as
variáveis aparecessem em um expoente nas funções à esquerda. De fato, é fácil verificar que
esta equação é resolvida por uma função da forma:
[7.8]
onde A e B são constantes arbitrárias. De acordo com Maxwell, devemos por um sinal menos
no expoente porque deve existir menos partículas à medida que vamos para velocidades
mais altas -- certamente não um número divergente que resultaria se o sinal fosse o contrário.
Multiplicando as dsitribuições de velocidades para as três direções temos a distribuição em
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[7.9]
Como uma partícula movendo-se com velocidade v possui energia cinética ½mv2, podemos
usar a distribuição de probabilidade para encontrar a energia cinética média por partícula:
[7.10]
O numerador é a energia total, o denominador é o número total de partículas. Note que uma
constante desconhecida A cancela entre o denominador e o numerador. Substituindo o valor
de f(v) nas integrais, achamos
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[7.11]
[7.12]
[7.13]
[7.14]
Note que esta função aumenta parabolicamente de zero para pequenas velocidades, chega a
um máximo, e a partir daí diminui exponencialmente. À medida que a temperatura aumenta,
a posição do máximo se desloca para a direita. A área total sob essa curva é sempre unitária
(isto é, igual a um), por definição.
A distribuição de Boltzmann
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Existem duas características importantes na distribuição de Maxwell para um gás ideal que
devemos enfatizar:
Entendemos por "grau de liberdade" um modo pelo qual a molécula pode se mover
livremente, e portanto possuir energia - neste caso, as direções x, y, e z, resultando na energia
cinética total 3.½kT.
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Boltzmann provou que a entropia termodinâmica S de um sistema (a uma dada energia E) era
relacionada ao número W de estados microscópicos possíveis por meio de S = k logW, onde k
é a constante de Boltzmann. A seguir, ele foi capaz de estabelecer que para qualquer sistema
grande ou pequeno em equilíbrio térmico a temperatura T, a probabilidade de se encontrar
um estado a uma energia particular E é proporcional a e-E/kT. Ela é chamada de distribuição
de Boltzmann.
Retornando à análise de Maxwell para o gás em uma caixa, dissemos que a energia cinética
média total por molécula é 1,5kT. Da primeira lei da termodinâmica temos que a quantidade
de calor que podemos colocar em n moles de um gás a volume constante é dado por
já que o volume é constante, e nenhum trabalho é realizado. int é a energia interna do gás,
em forma de energia cinética das moléculas. Usando [7.5] temos que para um gás com
CV = 1,5R [7.16]
De fato, isto é confirmado experimentalmente para gases monoatômicos. No entanto,
encontramos que gases com moléculas diatômicas possuem calores específicos de 2,5R e
mesmo 3,5R. Isto não é difícil de entender - estas moléculas possuem mais graus de liberdade.
Uma molécula em forma de alteres pode girar em torno de duas direções perpendiculares ao
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seu eixo. Uma molécula diatômica também pode vibrar. Tal simples movimenta de oscilador
harmônico possui tanto energia cinética quanto potencial, e tem energia total kT em
equilíbrio térmico. Assim, explicação razoável para os calores específicos de vários gases pode
ser obtida supondo uma contribuição ½k para cada grau de liberdade. Mas, existem
problemas. Porque um alteres não pode girar em torno de seu eixo de simetria? Porque
átomos monoatômicos não giram? E mais estranho ainda: porque o calor específico do
hidrogênio, 2,5R a temperatura ambiente, cai para 1,5R a baixas temperaturas. Estes
problemas não foram resolvidos até o aparecimento da mecânica quântica.
Para obtermos o calor específico a pressão constante, notamos que nesse caso a
Como já discutimos antes, a energia interna de um gás somente depende de sua temperatura,
onde na última passagem usamos a equação dos gases ideais para calcular . Usando
[7.15] e dividindo ambos os lados por temos que
CV = CP - R , ou CP - CV = R [7.17]
Movimento Browniano
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Uma das demonstrações mais convincentes de que gases são realmente feitos de moléculas
rápidas é o movimento Browniano, o movimento frenético de pequenas partículas, tais como
fragmentos de cinzas na fumaça. Este movimento foi notado pela primeira vez por um
botânico escocês, que inicialmente supôs que estava observando criaturas vivas, mas então
observou que o mesmo movimento em partículas inorgânicas. Einstein mostrou como usar o
movimento Browniano para determinar o tamanho de átomos.
TERMODINAMICA
A termodinâmica trata do estudo da relação entre o calor e o trabalho, ou, de uma maneira
mais prática, o estudo de métodos para a transformação e energia térmica em energia de
movimento.
Essa ciência teve impulso especialmente durante a revolução industrial, quando o trabalho
que era realizado por homens ou animais começou a ser substituído por máquinas. Os
trabalhos dos cientistas da época levaram-nos a duas leis de caráter muito amplo e aplicável a
qualquer sistema na natureza.
A segunda lei da termodinâmica, que nos mostra as limitações impostas pela natureza quando
se transforma calor em trabalho.
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O TRABALHO
Imagine que você tem alguns livros que precisam ser guardados em uma estante. Para tal
tarefa, você precisa aplicar uma força nos livros. Será necessário deslocá-los e guardá-los na
estante. Na física, quando temos força e um conseqüente deslocamento, dizemos que houve
a realização de trabalho.
Na termodinâmica, o trabalho tem um papel fundamental, pois ele pode ser considerado
como o objetivo final da construção de uma máquina térmica. Nas antigas maquinas a vapor,
por exemplo, gerava-se calor com a queima de combustível, como o carvão. O resultado final
era o movimento, ou seja, a realização de trabalho.
Para que o trabalho de um sistema seja diferente de zero, é obrigatória uma variação de
volume do sistema. Em transformações isométricas, ou seja, com volume constante, o
trabalho vale zero. Da relação de trabalho e variação de volume temos:
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ENERGIA INTERNA
Na física é muito comum usarmos o termo sistema, por isso é importante entendermos o que
isso significa. Na termodinâmica podemos considerar um sistema como um conjunto de
muitas partículas, como por exemplo, um gás.
Onde:
Essa relação matemática mostra que a energia interna e a temperatura estão relacionadas de
maneira direta: para que ocorra uma variação de energia interna é necessário que ocorra uma
variação de temperatura do sistema. Resumindo:
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Pode-se concluir que o calor fornecido ao sistema foi transformado na variação de energia
interna e na realização de trabalho. Desta conclusão, chega-se à primeira lei da
termodinâmica, que é definida da seguinte forma.
TRANSFORMAÇÕES CÍCLICAS
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Uma transformação cíclica ocorre quando o estado inicial do sistema coincide com o estado
final. Em um diagrama de pressão por volume a curva que representa essa transformação é
fechada, como representado na figura abaixo.
O cálculo da área dentro da curva dará o valor numérico do trabalho realizado no ciclo. Esses
ciclos podem ser apresentados nos sentidos horário ou
anti-horário.
Ciclo refrigerador
O processo inverso, ou seja, transformar o calor em trabalho não é tão simples e está sujeito a
certas restrições. Dessas restrições veio a segunda lei da termodinâmica que pode ser
enunciada da seguinte forma:
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Não é possível construir uma máquina térmica que transforme integralmente o calor em
trabalho.
Em outras palavras, é impossível construir uma máquina térmica com 100% de eficiência.
MÁQUINAS TÉRMICAS
Uma máquina térmica é um equipamento que pode transformar calor em trabalho. Esses
aparelhos funcionam entre duas fontes, uma quente e uma fria, e do fluxo de calor da fonte
quente para a fonte fria, parte é transformada em trabalho, como esquematizado na figura
abaixo.
É importante saber calcular o rendimento destas máquinas. Para uma máquina térmica, o
rendimento é determinado pela seguinte relação:
Uma imposição da segunda lei da termodinâmica é que nenhuma máquina térmica tem
rendimento de 100%, por isso vale a seguinte condição:
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Observe que para termos um bom rendimento, é necessário que a máquina opere entre uma
temperatura muito alta e uma muito baixa.
MOTORES A COMBUSTÃO
Historicamente, o primeiro motor desse tipo foi construído em 1867, pelo engenheiro alemão
Nikolaus Otto e foi baseado nas antigas máquinas a vapor. Esse tipo de motor é constituído de
duas partes principais, o carburador e o cilindro.
Nos automóveis atuais, o carburador foi substituído pela injeção eletrônica, que é responsável
por uma mistura mais eficiente de oxigênio e gasolina. O funcionamento desses
equipamentos pode ser resumido em quatro etapas e por isso eles são chamados de motores
de quatro tempos. Observe a figura abaixo.
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