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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP

DEIVID GUARDIANO

INFLUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA


ADMINISTRAÇÃO

Campo Grande – MS
2023
DEIVID GUARDIANO

INFLUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA


ADMINISTRAÇÃO

Trabalho realizado para obtenção de pontos na


disciplina de Teorias da Administração, ministrada
pela profª Fabiana Biazetto do curso de
Administração da Uniderp.

Campo Grande – MS
2023
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo estudar, descrever e apresentar algumas
das importantes influências da Revolução Industrial para a Administração de empresas e
para as pessoas nos dias de hoje.

Vale lembrar que a Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento


tecnológico que teve início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e
que se espalhou pelo mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o
surgimento da indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo.
Atualmente, vemos um fortalecimento no cenário das empresas pós Revolução Industrial,
onde os gestores buscam aperfeiçoar suas técnicas na produção e no convívio com os
colaboradores, visando a obtenção de renda para suas organizações. Veja a seguir como
esse período contribuiu para as empresas e para nós administradores, com sua forte
influência mundo a fora.
A EVOLUÇÃO ADMINISTRATIVA E A REVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA

De início pode-se notar que a revolução industrial ocorreu em duas fases diversas:
Primeiramente de 1780 a 1860 – Quando ocorreu a revolução do carvão sendo principal
fonte de energia, e do ferro, como principal matéria-prima. A segunda fase de 1860 a
1914 – Como novas fontes de energia surgiram a eletricidade e derivados do petróleo, e
como nova matéria-prima o aço. Ao termino do período em questão o Mundo havia
mudado drasticamente e até a classe trabalhadora começou a juntar-se.

Tido por muitos como pai da administração e o precursor da teoria da administração


cientifica, Frederick W. Taylor defendia a prática da divisão do trabalho, enfatizando
tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos “de máxima produção a mínimo
custo”, seguindo os princípios da seleção científica do trabalhador, tempo padrão,
trabalho em conjunto, supervisão e da ênfase na eficiência.

Nas considerações da Administração Científica de Taylor, a organização é comparada a


uma máquina, que segue um projeto pré-definido, o salário é importante, porém não é
fundamental para a satisfação dos funcionários, a organização é vista de forma fechada,
separada de seu mercado, a qualificação do funcionário faz-se supérflua em consequência
da divisão de tarefas executadas de maneira repetitiva e monótona e por fim a
administração científica, usa a exploração dos funcionários em prol dos interesses
particulares das empresas, talvez com impactos negativos para a massa trabalhadora mas
um avanço admirável no processo de produção em massa.

A Revolução Industrial causou profundas transformações no mundo, e uma dessas


transformações deu-se no processo produtivo e no estilo de vida dos trabalhadores.
Antes da Revolução Industrial, o processo de produção era manufatureiro, ou seja, a
produção acontecia em uma manufatura, na qual a produção era manual e o trabalhador
realizava seu trabalho por meio de sua capacidade artesanal. Com o desenvolvimento das
máquinas, a produção passou a ser parte da maquinofatura, isto é, a máquina era a grande
responsável pela produção.

Assim, se, antes da máquina, a produção necessitava da habilidade artesanal do


trabalhador, agora, isso não era mais necessário porque qualquer trabalhador poderia
manejar a máquina e realizar todo o processo sozinho. Na prática, isso significa que não
era mais necessário um trabalhador com habilidades manuais, e o resultado disso foi que
seu salário diminuiu.

Além do salário extremamente baixo, os trabalhadores eram obrigados a aceitar


uma carga de trabalho excessivamente elevada que, em alguns casos, chegava a 16
horas diárias de trabalho, das quais o trabalhador só tinha 30 minutos para almoçar. Essa
jornada era particularmente cruel porque todos aqueles que não a aguentassem eram
prontamente substituídos por outros trabalhadores.

O trabalho, além de cansativo, era perigoso, pois não havia nada que protegesse os
trabalhadores, e eram comuns os acidentes que os faziam perder os dedos ou mesmo a
mão em casos mais graves. Os afastados por problema de saúde não recebiam, pois o
salário só era pago para aqueles que trabalhavam. Os que ficavam fisicamente
incapacitados de exercer o serviço eram demitidos e outros trabalhadores contratados.
Na questão salarial, mulheres e crianças também trabalhavam e seus salários eram, pelo
menos, 50% menores do que os dos homens adultos. Muitos patrões preferiam contratar
somente mulheres e crianças porque o salário era menor (e, por conseguinte, seu lucro
maior) e essas eram mais sujeitas a obedecerem às ordens, sem se rebelarem.

Esse quadro de extrema exploração dos trabalhadores fez com que esses se mobilizassem
em prol de melhorias de sua situação. Assim, foram criadas as organizações de
trabalhadores, conhecidas no Brasil como sindicatos e na Inglaterra como trade union.
As maiores reivindicações dos trabalhadores eram melhorias no salário e redução da carga
de trabalho.

A mobilização dos trabalhadores deu surgimento a dois grandes movimentos, na primeira


metade do século XIX, na Inglaterra, que são o ludismo e o cartismo.

 O primeiro atuou no período entre os anos de 1811 e 1816 e ficou marcado pela
mobilização de trabalhadores para invadir as fábricas e destruir as máquinas. Os
adeptos do ludismo acreditavam que as máquinas estavam roubando os empregos dos
homens e, assim, era necessário destruí-las. A repressão das autoridades inglesas
sobre o ludismo foi duríssima, e o movimento teve atuação muito curta.

 O segundo surgiu na década de 1830 e mobilizou trabalhadores para lutar por


direitos trabalhistas e também por direitos políticos. Os cartistas tinham como uma
de suas principais exigências o sufrágio universal masculino, isto é, exigiam que todos
os homens tivessem direito ao voto. Além disso, reivindicavam que a classe
trabalhadora tivesse representação no Parlamento.

Os protestos de trabalhadores na Inglaterra resultaram em algumas melhorias para essa


classe, e essas melhorias foram obtidas, principalmente, por meio da greve. Um dos
grandes ganhos dos movimentos de trabalhadores na Inglaterra foi conquistar a redução
da jornada de trabalho para 10 horas por dia.

CONSEQUENCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial representou um marco na história da humanidade —


transformando as relações sociais, as relações de trabalho, o sistema produtivo — e
estabeleceu novos padrões de consumo e uso dos recursos naturais. As consequências
foram muitas e estão relacionadas à cada fase vivida no processo evolutivo das
tecnologias que proporcionou a industrialização dos países.

Durante a Primeira Revolução Industrial, o modo capitalista de produção reorganizou-se.


As principais consequências desse período foram:

 Substituição do trabalho humano por máquinas, o que ampliou o êxodo rural e


intensificou o crescimento urbano;

 Crescimento desenfreado das cidades, acarretando favelização, marginalização de


pessoas, aumento da miséria, fome e violência;

 Aumento significativo de indústrias e, consequentemente, da produção;

 Organização da sociedade em dois grupos: a burguesia versus o proletariado.


Os avanços tecnológicos obtidos na Segunda Revolução Industrial fizeram com que a
industrialização alcançasse outros países, especialmente os mais ricos. Esses, a fim de
ampliarem seu mercado, deram início a uma expansão territorial também em busca de
matéria-prima, o que ficou conhecido como imperialismo. As principais consequências
desse período foram:

 Aumento da produção em massa e em curto espaço de tempo, aumentando também o


comércio;

 Avanços nos setores de transporte e telecomunicações que ampliaram o mercado


consumidor, bem como o escoamento dos bens produzidos;

 Surgimento das grandes cidades e, com elas, dos problemas de ordem social, como a
superpopulação;

 Aumento de doenças;

 Desemprego e maior disponibilidade de mão de obra barata;

 Avanços no setor da saúde que possibilitaram melhorias na qualidade de vida da


população.

A terceira fase da Revolução Industrial — que integrou a ciência, a tecnologia e a


produção — transformou ainda mais a relação do homem com o meio. A apropriação dos
recursos naturais era cada vez mais intensa, visto que, a cada dia, tornou-se mais
necessário viabilizar as produções em massa.

As principais consequências da Terceira Revolução Industrial foram:

 Muitos avanços no campo da medicina;

 Criação de robôs capazes de fazer trabalhos minuciosos e mais precisos;

 Técnicas na área da genética que melhoraram a qualidade de vida da população;

 Consolidou-se o capitalismo financeiro;

 Aumento do número de empresas multinacionais;

 Maior difusão de informações e notícias, integrando o mundo todo instantaneamente;

 Aumento dos impactos ambientais negativos e esgotamento de recursos naturais;

 Preocupação com o desenvolvimento econômico que explora os recursos naturais sem


se preocupar com as gerações futuras, gerando a necessidade de buscar um modelo
de desenvolvimento sustentável.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NOS DIAS DE HOJE

Com esses fatos históricos, podemos ver a importância que a revolução industrial se
refletiu até os dias atuais onde podemos ver inúmeros exemplos de grandes empresas que
evoluíram com o passar dos anos.
Hoje a maioria das empresas conseguem enxergar que um dos pontos principais para ter
um crescimento constante é a valorização nos direitos e deveres dos funcionários com
uma administração inteligente.

Enfim, podemos afirmar que a Revolução Industrial teve um enorme avanço não só nas
linhas de produção como também em questões sociais e tecnológicas, mas temos que
reconhecer que devemos viver em constante evolução e isso quer dizer estar em busca de
melhorias que sejam sempre em comum com os interesses da classe proprietária e também
da classe operária.

CONDIDERAÇÕES FINAIS

Ante o exposto, vimos a evolução da Administração e do modo trabalho pós Revolução


Industrial, pois com ela temos nos dias de hoje tamanhas referencias daquela época.
Afinal, seus benefícios conferem melhores resultados, bom aproveitamento dos
colaboradores nas organizações, melhora na produção e alta significativa no rendimento
e condições de trabalho, sendo esse último mais zeloso e a favor do colaborador. Portanto,
é importante nós quanto gestores fazer uso de técnicas e métodos desenvolvidos naquele
período, sendo esses: salário digno, boas condições de trabalho (a exemplo: local arejado,
livre de maus odores, horário flexível para almoço, folga entre turnos, férias, etc), dar ao
colaborador o norte para a boa execução de seus serviços, ser claro e transparente quanto
a missão, visão e valores da organização e ser ético quanto a questões políticas e sociais
de respeito e igualdade dentre da empresa. Por fim, observamos importantes colaborações
da Revolução Industrial para os dias de hoje, tempo esse da reverente “Quarta Revolução
Industrial”, onde muito temos a aprender, desenvolver e aproveitar desta feita.

AGRADECIMENTO
Este aluno agradece pelo aprendizado obtido neste trabalho, com a certeza de bons
resultados em sua vida acadêmica e profissional.
REFERÊNCIAS

Por Luciana Alves Ballesteros, disponível em: https://administradores.com.br/artigos/a-


revolucao-industrial-ate-os-dias-de-hoje , publicado em 05/04/2016

Por Jean Rabelo, disponível em: https://administradores.com.br/artigos/a-evolucao-


administrativa-na-revolucao-industrial , publicado em 05/04/2016

Por Daniel Neves Graduado em História e Rafaela Sousa Graduada em Geografia,


disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-industrial-
2.htm.

Textos acessados em 17/03/2023.

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