1. O que é o fordismo? Qual é seu contexto de criação e quais são suas
implicações para o trabalho e para economia? Trata-se do sistema de produção em massa que ganhou ampla aplicação nos Estados Unidos, notadamente devido à sua abordagem inovadora na fabricação de automóveis. Seu objetivo primordial era reduzir tanto o tempo quanto os custos de produção, permitindo à empresa oferecer produtos mais acessíveis à população por meio da diminuição dos custos. O termo "fordismo" deriva de seu criador, Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, que implementou esse modelo em 1914, marcando um ponto significativo na segunda revolução industrial ao contribuir para o desenvolvimento de maquinários e instalações industriais inusitado. A linha de montagem, central no fordismo, foi concebida para agilizar a produção e acelerar a entrega de produtos aos consumidores finais. Este processo incorporou esteiras rolantes e a especialização da mão de obra, visando reduzir o tempo de fabricação. A padronização da produção também desempenhou um papel crucial ao torná-la mais econômica e rápida. Os três pilares fundamentais desse modelo eram automatização, economia e produtividade. Para atingir a automatização, a linha de montagem foi automatizada, organizando assim o processo. Isso levou os trabalhadores a se especializarem em tarefas específicas, aumentando o ritmo de trabalho. A economia era buscada pela redução de estoques, evitando perdas financeiras. Quanto à produtividade, a repetição de tarefas levava os colaboradores a se tornarem especialistas em suas áreas. Apesar de sua prevalência até os dias atuais em diversos setores, não se mostrou sustentável a longo prazo devido a desvantagens como a baixa qualificação dos trabalhadores, que executavam tarefas repetitivas e desgastantes, recebendo salários reduzidos para manter os custos dos produtos em níveis acessíveis. Isso levou à formação de sindicatos em defesa dos direitos dos trabalhadores. O modelo tornou-se excessivamente rígido, culminando em uma crise na década de 1970 devido à superprodução, resultando em estoques excedentes e pressões sindicais por melhores condições de trabalho. 2. O que é taylorismo? Qual é seu contexto de criação e quais são suas implicações para o trabalho e para economia? O Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, é um sistema de organização do trabalho desenvolvido pelo engenheiro norte- americano Frederick W. Taylor no final do século XIX e início do século XX. Ele é chamado assim devido ao sobrenome de seu criador. Era caracterizado pela racionalização do trabalho, ou seja, a especialização dos trabalhadores era vista como ponto alto do Taylorismo, padronizando e automatizando ao máximo a produção. O Taylorismo surgiu em um contexto de industrialização acelerada, onde as fábricas estavam buscando maneiras de aumentar a eficiência e a produtividade. Taylor desenvolveu suas ideias durante a Segunda Revolução Industrial nos Estados Unidos, no final do século XIX, quando as fábricas estavam se expandindo e a produção em larga escala estava se tornando predominante. Os princípios do Taylorismo é a divisão do trabalho, vista como uma fragmentação das tarefas para que cada trabalhador realizasse uma parte específica do processo produtivo, a especialização e treinamento, padronização de métodos de trabalho, supervisão científica e incentivos financeiros. As implicações para o trabalho e a economia eram o aumento da eficiência, entretanto, o principal objetivo do Taylorismo era aumentar a eficiência da produção, o que resultou em uma produção mais rápida e com menor desperdício de recursos, buscou-se otimizar a produção industrial, mas suas práticas também levantaram questões sobre as condições de trabalho e a humanização do processo produtivo. Suas ideias foram uma influência significativa no desenvolvimento da gestão industrial e tiveram impacto duradouro na organização do trabalho e na economia. A divisão do trabalho e especialização, com a fragmentação das tarefas levou a uma maior especialização dos trabalhadores, tornando o processo de produção mais eficiente, mas também menos variado para os trabalhadores. O aumento da produção em massa foi adotado por indústrias em larga escala, como a automobilística, contribuindo para o desenvolvimento da produção em massa. A desumanização do trabalho, os trabalhadores eram tratados mais como peças de uma máquina do que como indivíduos. Isso levou a críticas sobre as condições de trabalho e o bem-estar dos trabalhadores. Os impactos nas relações de trabalho, a ênfase na supervisão científica e na padronização também influenciou as relações entre empregadores e empregados, muitas vezes criando um ambiente de controle rígido. 3. O que Toyotismo? Qual é seu contexto de criação e quais são suas implicações para o trabalho e para economia? O toyotismo, enquanto abordagem japonesa para expansão e consolidação, representa uma forma de organização do trabalho que surgiu na Toyota, no Japão pós-Segunda Guerra Mundial, e se disseminou rapidamente para outras grandes empresas japonesas. Conforme descrito por Druck (1999), as características distintivas do toyotismo podem ser divididas em quatro dimensões:
I) Sistema de emprego adotado pelas grandes empresas, composto por: a)
emprego vitalício, apesar da ausência de contratos formais; b) promoção baseada no tempo de serviço; c) admissão do trabalhador para a empresa como um todo, em vez de um posto de trabalho específico, com um salário correspondente.
II) Sistema de organização e gestão do trabalho, incluindo: Just-in-time –
produção no momento certo e na quantidade exata; Kanban – sistema de controle de estoque com placas ou senhas de comando; qualidade total – envolvimento dos trabalhadores na melhoria contínua da produção; trabalho em equipe – baseado em grupos de trabalhadores polivalentes que desempenham diversas funções.
III) Sistema de representação sindical, no qual os sindicatos por empresa estão
integrados à política de gestão do trabalho, e os cargos na empresa se misturam com os cargos no sindicato.
IV) Sistema de relações interempresas, caracterizado por hierarquias entre
grandes, médias e pequenas empresas, com subcontratação de pequenas e microempresas precárias e instáveis. Essa rede de subcontratação é essencial para o modelo japonês de produção, com as pequenas empresas frequentemente em posição de subordinação.
Essas são as principais características do modelo japonês de produção. Muitas
delas foram absorvidas pelas indústrias ocidentais, principalmente americanas, juntamente com características do fordismo, dando origem a um novo tipo de acumulação e produção no sistema capitalista conhecido como acumulação flexível. Diante da crise do fordismo, as empresas capitalistas buscaram incorporar algumas características do modelo japonês como soluções para a queda na produtividade e acumulação, o que resultou em um profundo processo de flexibilização do mercado de trabalho.
4. O que é reestruturação produtiva?
Reestruturação produtiva que se destaca pela mudança de perspectiva, pelos desafios enfrentados pelo movimento operário, pela quebra do compromisso social do período pós-guerra, pela fragmentação do proletariado e pela adoção de medidas de flexibilização e precarização tanto do trabalho quanto da organização labora