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3° Bimestre

Disciplina: Trabalho e Constituição da Sociabilidade


Prof: Leonardo Carvalho
Acadêmicas: Amanda Gonçalves, Isabella Zoca

1. O que é o fordismo? Qual é seu contexto de criação e quais são suas


implicações para o trabalho e para economia?
Trata-se do sistema de produção em massa que ganhou ampla
aplicação nos Estados Unidos, notadamente devido à sua abordagem
inovadora na fabricação de automóveis. Seu objetivo primordial era reduzir
tanto o tempo quanto os custos de produção, permitindo à empresa oferecer
produtos mais acessíveis à população por meio da diminuição dos custos. O
termo "fordismo" deriva de seu criador, Henry Ford, fundador da Ford Motor
Company, que implementou esse modelo em 1914, marcando um ponto
significativo na segunda revolução industrial ao contribuir para o
desenvolvimento de maquinários e instalações industriais inusitado.
A linha de montagem, central no fordismo, foi concebida para agilizar a
produção e acelerar a entrega de produtos aos consumidores finais. Este
processo incorporou esteiras rolantes e a especialização da mão de obra,
visando reduzir o tempo de fabricação. A padronização da produção também
desempenhou um papel crucial ao torná-la mais econômica e rápida. Os três
pilares fundamentais desse modelo eram automatização, economia e
produtividade. Para atingir a automatização, a linha de montagem foi
automatizada, organizando assim o processo. Isso levou os trabalhadores a se
especializarem em tarefas específicas, aumentando o ritmo de trabalho. A
economia era buscada pela redução de estoques, evitando perdas financeiras.
Quanto à produtividade, a repetição de tarefas levava os colaboradores a se
tornarem especialistas em suas áreas.
Apesar de sua prevalência até os dias atuais em diversos setores, não
se mostrou sustentável a longo prazo devido a desvantagens como a baixa
qualificação dos trabalhadores, que executavam tarefas repetitivas e
desgastantes, recebendo salários reduzidos para manter os custos dos
produtos em níveis acessíveis. Isso levou à formação de sindicatos em defesa
dos direitos dos trabalhadores. O modelo tornou-se excessivamente rígido,
culminando em uma crise na década de 1970 devido à superprodução,
resultando em estoques excedentes e pressões sindicais por melhores
condições de trabalho.
2. O que é taylorismo? Qual é seu contexto de criação e quais são suas
implicações para o trabalho e para economia?
O Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, é um
sistema de organização do trabalho desenvolvido pelo engenheiro norte-
americano Frederick W. Taylor no final do século XIX e início do século XX. Ele
é chamado assim devido ao sobrenome de seu criador. Era caracterizado pela
racionalização do trabalho, ou seja, a especialização dos trabalhadores era
vista como ponto alto do Taylorismo, padronizando e automatizando ao máximo
a produção.
O Taylorismo surgiu em um contexto de industrialização acelerada, onde
as fábricas estavam buscando maneiras de aumentar a eficiência e a
produtividade. Taylor desenvolveu suas ideias durante a Segunda Revolução
Industrial nos Estados Unidos, no final do século XIX, quando as fábricas
estavam se expandindo e a produção em larga escala estava se tornando
predominante.
Os princípios do Taylorismo é a divisão do trabalho, vista como uma
fragmentação das tarefas para que cada trabalhador realizasse uma parte
específica do processo produtivo, a especialização e treinamento,
padronização de métodos de trabalho, supervisão científica e incentivos
financeiros.
As implicações para o trabalho e a economia eram o aumento da
eficiência, entretanto, o principal objetivo do Taylorismo era aumentar a
eficiência da produção, o que resultou em uma produção mais rápida e com
menor desperdício de recursos, buscou-se otimizar a produção industrial, mas
suas práticas também levantaram questões sobre as condições de trabalho e a
humanização do processo produtivo. Suas ideias foram uma influência
significativa no desenvolvimento da gestão industrial e tiveram impacto
duradouro na organização do trabalho e na economia.
A divisão do trabalho e especialização, com a fragmentação das tarefas
levou a uma maior especialização dos trabalhadores, tornando o processo de
produção mais eficiente, mas também menos variado para os trabalhadores. O
aumento da produção em massa foi adotado por indústrias em larga escala,
como a automobilística, contribuindo para o desenvolvimento da produção em
massa.
A desumanização do trabalho, os trabalhadores eram tratados mais
como peças de uma máquina do que como indivíduos. Isso levou a críticas
sobre as condições de trabalho e o bem-estar dos trabalhadores. Os impactos
nas relações de trabalho, a ênfase na supervisão científica e na padronização
também influenciou as relações entre empregadores e empregados, muitas
vezes criando um ambiente de controle rígido.
3. O que Toyotismo? Qual é seu contexto de criação e quais são suas
implicações para o trabalho e para economia?
O toyotismo, enquanto abordagem japonesa para expansão e consolidação,
representa uma forma de organização do trabalho que surgiu na Toyota, no
Japão pós-Segunda Guerra Mundial, e se disseminou rapidamente para outras
grandes empresas japonesas. Conforme descrito por Druck (1999), as
características distintivas do toyotismo podem ser divididas em quatro
dimensões:

I) Sistema de emprego adotado pelas grandes empresas, composto por: a)


emprego vitalício, apesar da ausência de contratos formais; b) promoção
baseada no tempo de serviço; c) admissão do trabalhador para a empresa
como um todo, em vez de um posto de trabalho específico, com um salário
correspondente.

II) Sistema de organização e gestão do trabalho, incluindo: Just-in-time –


produção no momento certo e na quantidade exata; Kanban – sistema de
controle de estoque com placas ou senhas de comando; qualidade total –
envolvimento dos trabalhadores na melhoria contínua da produção; trabalho
em equipe – baseado em grupos de trabalhadores polivalentes que
desempenham diversas funções.

III) Sistema de representação sindical, no qual os sindicatos por empresa estão


integrados à política de gestão do trabalho, e os cargos na empresa se
misturam com os cargos no sindicato.

IV) Sistema de relações interempresas, caracterizado por hierarquias entre


grandes, médias e pequenas empresas, com subcontratação de pequenas e
microempresas precárias e instáveis. Essa rede de subcontratação é essencial
para o modelo japonês de produção, com as pequenas empresas
frequentemente em posição de subordinação.

Essas são as principais características do modelo japonês de produção. Muitas


delas foram absorvidas pelas indústrias ocidentais, principalmente americanas,
juntamente com características do fordismo, dando origem a um novo tipo de
acumulação e produção no sistema capitalista conhecido como acumulação
flexível. Diante da crise do fordismo, as empresas capitalistas buscaram
incorporar algumas características do modelo japonês como soluções para a
queda na produtividade e acumulação, o que resultou em um profundo
processo de flexibilização do mercado de trabalho.

4. O que é reestruturação produtiva?


Reestruturação produtiva que se destaca pela mudança de perspectiva, pelos
desafios enfrentados pelo movimento operário, pela quebra do compromisso
social do período pós-guerra, pela fragmentação do proletariado e pela adoção
de medidas de flexibilização e precarização tanto do trabalho quanto da
organização labora

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