Você está na página 1de 3

Aluno: ____________________________________________________________________________

Professor: _________________________________________________________________________
Data: _____/_____/2019 I TRIMESTRE
COMPONTENTE CURRICULAR VALOR VALOR
ATRIBUIDO ADQUIRIDO
FILOSOFIA

Fordismo e Taylorismo: uma nova forma de divisão do trabalho

Em fins do século XIX, o modo de produção capitalista e industrial demandou a configuração de novos
modelos de divisão social do trabalho. Frente à corrida imperialista e à internacionalização dos mercados, a
produção industrial precisava ganhar escala e, com isso, garantir o consumo em massa. Quanto às relações de
mercado, era necessário tornar mais científico o processo de produção industrial. Para Tanto, era importante
controlar o tempo gasto pelos operários na execução de suas ações e, ao mesmo instante, controlar os custos da
produção.
Em 1911, o engenheiro mecânico estadunidense Taylor teve publicada a sua obra Princípios da
Administração Científica. Preocupado com o ritmo gasto e o tempo nas relações de produção fabril, Taylor
desenvolveu um conjunto de estudos sobre a organização do processo de trabalho contemporâneo e formulou
pressupostos que impactaram a rotina do operário dentro e fora da fábrica, fundando, assim, a “organização
científica do trabalho”.
Ao longo de suas experiências nas fábricas estadunidenses, quando pôde observar o cotidiano dos
operários e a lógica da divisão do trabalho, Taylor verificou o desperdício do tempo de produção e a recorrência
de ações de indisciplina promovida por trabalhadores. Constatou assim a necessidade de formar o operário para a
produção em tempo hábil, bem como verificou a necessidade de implementação de novos métodos. Objetivou,
com isso, o aumento da produtividade e, por vezes, a acumulação do capital de forma cada vez mais acelerada.
Taylor acreditava que o operário produzia bem menos do que poderia, e, nessa medida, gerava menos
riqueza do que deveria. Entendia, ainda, que a padronização salarial e os espaços permissivos para a atuação de
sindicatos e organizações partidárias no interior das fábricas influenciavam os trabalhadores rumo à vida política,
o que era considerado por Taylor um perigo, dada as possibilidades reais de greves e de outras ações organizadas.
Em busca do “homem eficiente”, Taylor pressupunha a formação de homens dóceis, desprovidos de
relações políticas e fisicamente capazes para o desenvolvimento do trabalho no interior das fábricas. Acreditava,
ainda, que a nova organização do trabalho suprimia as lutas operárias, sobretudo as greves, criando laços de
solidariedade entre os trabalhadores e entre estes e seus superiores.
Entre os princípios fundamentais da teoria formulada por Taylor, destacam-se:

a) Aperfeiçoamento e padronização de todas as ferramentas e condições de trabalho


b) Seleção cuidadosa, e subsequente treinamento e aperfeiçoamento para o trabalho
c) Vigilância e pagamento de bonificações.

A organização científica do trabalho nos moldes estabelecidos por Taylor – definidos como Taylorismo
encontrou no fordismo nova base de aperfeiçoamento ou seu exemplo mais prático.

O sistema de produção em massa proposto por Henry Ford encaminhou a divisão do trabalho a patamares
mais complexos. Para ele, era preciso organizar e padronizar a produção para manufaturar em larga escala, reduzir
os custos e maximizar os lucros. A produção em massa somente se realizaria com a divisão técnica das funções e
ferramentas de trabalho, com a definição de estágios específicos para elaboração do produto e, por vezes, com a
execução de ações uniformes.

A inovação do fordismo adveio com a disposição da linha de produção em série e com a colocação do
objeto em processo de produção que o fizesse percorrer uma esteira na qual, em cada estágio, o operário
executasse apenas uma operação. A cronometragem, elemento estruturante da organização científica do trabalho
proposta por Taylor, foi determinante nesse sistema de produção seriada.

Toyotismo ou pós – fordismo


Toyotismo ( sistema Toyota de Produção ou acumulação flexível ) é o modelo japonês de produção
industrial idealizado por Taiichi Ohno ( 1912- 1990) e Eiji Toyoda ( 1913- 2013)e implantado nas fábricas de
automóveis Toyota após o fim da segunda Guerra Mundial.

Tendo como característica principal a flexibilização da produção em oposição à máxima acumulação de


estoques do fordismo, o toyotismo pregou a produção somente do necessário, produzindo em pequenos lotes,
com a máxima qualidade e trocando a padronização pela diversificação e produtividade. Uma das bases do
Toyotismo é a rapidez no deslocamento e no fluxo de mercadorias, algo impensável no fordismo. Surgiu assim o
just in time ( que pode ser traduzido como na “hora certa”), combinando o fornecimento de matérias-primas, a
produção e a venda, tudo isso realizado em um prazo já estabelecido e, geralmente, muito curto.

Você também pode gostar