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Escola Senai Francisco Matarazzo

Técnico do Vestuário

Conceitos de Administração
Taylorismo
Fordismo
Fayolismo
Sistema Toyota

Jessika Melo Batista


Michele Batista
TV2T

SÃO PAULO
2022
INTRODUÇÃO

A principal ideia do taylorismo era a racionalização do trabalho. Ao perceber


que os trabalhadores perdiam muito tempo durante a produção por não
dominar a sua função, Taylor observou que era necessário aperfeiçoar as
funções de cada um para evitar lentidão na produção e esforço físico
desnecessário. Para isso, era necessário que os funcionários recebessem
instruções quanto à função exercida para que pudessem aperfeiçoar sua
capacidade produtiva e permitir o máximo aproveitamento de suas habilidades.
Assim, os trabalhadores passaram a ser selecionados segundo as suas
aptidões e a receber treinamentos pautados em métodos científicos com
atividades planejadas, otimizando o trabalho e o tempo. Cada funcionário
exerceria uma função específica, ficando então alheio ao resultado final.
Taylorismo e sua concepção

O Taylorismo também é conhecido como Administração Científica e surgiu


graças ao estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), que deu
nome à teoria. Seu desenvolvimento se deu em meio a um intenso processo de
transformação provocado pela segunda Revolução Industrial, ocorrida entre os
anos de 1850 e 1870 e o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Nessa época, a industrialização se expandiu pela Europa, novas máquinas
foram criadas e novos meios de produção se estabeleceram. Para se ter uma
ideia, nesse período, o aço substituiu o ferro, e o vapor e o carvão deram lugar
à energia elétrica e ao petróleo. O avanço tecnológico dessa etapa permitiu a
produção em massa e a automatização do trabalho, além do aparecimento das
indústrias química e elétrica.
Engenheiro mecânico, Taylor trabalhou em várias empresas relevantes do
período, onde reuniu diversas vivências e experiências para, posteriormente,
desenvolver sua tese que visava melhorar a produção industrial. Ele escreveu
cinco livros que contribuíram fortemente com o pensamento administrativo e o
fizeram ser conhecido como o pai da Administração Científica. Entre as suas
obras, destacam-se: Princípios da Administração Científica e Gerência de
Fábricas.
A criação do Taylorismo se deve a Frederick Taylor, que trabalhava de
operador de máquina, só que observava os colegas. Ele começou a pesquisar
como seria possível melhor gerir a empresa para assim conseguir aumentar a
produção. Notou então nos métodos de trabalho dos operários e percebeu que,
num ritmo laborativo controlado, a produtividade crescia. Ele então conseguiu
se formar engenheiro mecânico em 1885, só que duas décadas depois chegou
ao cargo de presidente. Pôde assim colocar em prática o que observou,
sugerindo uma gestão do trabalho fundado em diferentes técnicas que
otimizassem a mão de obra.
TAYLORISMO: UM MODELO DE GESTÃO DA
PRODUÇÃO

Segundo Chiavenato, importante autor brasileiro no ramo da administração, o


Taylorismo, ou administração científica, foi um modelo produtivo que surgiu
para solucionar alguns problemas que a sociedade industrial enfrentava –
como os conflitos cada vez maiores entre empregados e empregadores, a
baixa produtividade e o ócio sistêmico.
Nesse contexto, essa teoria propôs substituir os métodos empíricos pelos
métodos científicos dentro da estrutura organizacional e redesenhou os
processos produtivos, propondo uma nova forma de enxergar a dinâmica
institucional. Dessa forma, o Taylorismo compreende uma série de princípios e
mecanismos que resultam na otimização da produção e, consequentemente,
em uma maior efetividade do processo produtivo.
Como exemplo prático, Taylor estudou profundamente os movimentos
realizados pelos trabalhadores da empresa Midvale Steel Company. Ele
percebeu que, quando os operários tinham um tempo de descanso entre a
produção de uma peça e outra, o rendimento total aumentava. Isto é, no final
do dia eles produziam mais peças do que no modelo de trabalho anterior, no
qual não havia tempo de descanso.

As principais características do Taylorismo são:

 Substituição do método empírico pelo o método científico na


administração;
 Divisão e hierarquização das tarefas;
 Aumento de salários e diminuição de horas de trabalho;
 Dinâmica de promoção e gratificação do trabalhador;
 Criação dos postos de gerência;
 Controle rígido do tempo;
 Padronização de métodos;
 Treinamento e aperfeiçoamento do trabalhador;
 Divisão de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerência;
 Seleção de pessoal;
 Descanso semanal remunerado;
Agora que já conhecemos as principais características do Taylorismo, podemos
perceber que esse autor propõe mudanças radicais no modelo de
administração vigente na época. Afinal, no final do século XVIII, os
trabalhadores assalariados trabalhavam mais de 12 horas por dia, em
condições de higiene precárias e, olhando sob a perspectiva dos patrões, não
havia nenhuma técnica bem fundamentada sobre como a indústria deveria
funcionar para alcançar o máximo de lucro possível.
Dessa maneira, o Taylorismo é a primeira tentativa de padronizar o
funcionamento de uma organização industrial. Não à toa, suas ideias se
perpetuaram ao longo do século XX, sendo de extrema importância para
entender a estrutura organizacional de qualquer instituição.

A seguir confira mais alguns aspectos do Taylorismo:


CONSEQUÊNCIAS E CRÍTICAS AO TAYLORISMO

O Taylorismo promoveu aumento na produtividade, de modo que eram


necessários menos trabalhadores e menos horas de trabalho para produzir a
mesma quantidade de produtos. Apesar do resultado parecer positivo, ele
acaba levando a disputas entre os operários e os donos dos meios de
produção. Pode haver o desligamento dos funcionários considerados menos
produtivos de acordo com os novos parâmetros. E não há garantia de que
esses trabalhadores vão encontrar emprego em outro lugar, já que, para isso,
pode ser preciso obter educação formal ou qualificação profissional.
Além disso, o aumento na produtividade também leva a aumento nos lucros
das empresas. Então, levanta-se a questão: esses lucros serão embolsados
pelo dono da fábrica ou distribuídos entre os operários?
Por esses motivos, os movimentos sindicais organizados a partir da década de
1910 apresentaram forte oposição ao Taylorismo.
Eles também criticavam a suposta transformação do homem em uma máquina
que executava apenas uma função, sem explorar todas as suas habilidades
como acontece quando uma única pessoa realiza a produção do começo ao
fim. Por sua vez, Taylor tinha uma visão bastante negativa dos sindicatos,
acreditando que eles incentivavam a baixa produtividade.

A maior crítica negativa ao Taylorismo é aquele que afirma que o homem foi
transformado em uma máquina. Ele não poderia mudar da função a que teria
demonstrado aptidão, tornando-se assim uma engrenagem da produção. Além
disso, o gerente ficava numa posição hierárquica superior, consequentemente
sem dar ouvidos aos trabalhadores.
Apesar disso, Henry Ford empregou as ideias do Taylorismo na linha de
montagem de suas indústrias, criando assim o Fordismo. Mas os trabalhadores
da Volvo, por sua parte, se recusaram a fazer parte de tal processo de
produção, surgindo assim o Volvismo. No filme Tempos Modernos, Charlie
Chaplin critica negativamente o Taylorismo, embora o faça com magistral bom
humor.
Tal argumento é conhecido como automatismo do operário, ou seja, o
trabalhador é fixado em apenas uma função e não é estimulado a inovar e nem
é incentivado a crescer dentro da empresa. Além disso, segundo Chiavenato, o
Taylorismo gera uma superespecialização do trabalhador, ou seja, o operário
se especializa apenas na sua função e isso o impede de ver o processo
produtivo por completo.
Bom, e se você já viu o filme “Tempos Modernos“, estrelado por Charles
Chaplin, pode notar alguns aspectos citados acima. O longa, que critica o
modelo Taylorismo, mostra a alienação do trabalhador e sua redução da
condição de ser humano para apenas mais uma máquina na engrenagem do
processo produtivo. Contudo, apesar das críticas, não se pode negar que o
modelo é, ainda hoje, amplamente estudado. Além disso, a influência do
modelo tanto no campo da administração quanto no campo econômico são de

extrema importância para compreender a dinâmica organizacional e os


processos de produção industrial.
A ATUALIDADE DO TAYLORISMO

Atualmente, a pressão dos competidores no mercado exige a eficiência na


produção, tal qual Taylor havia pensado. Ainda não houve teoria tão eficiente,
mesmo com outras teorias afirmando a importância da valorização dos
trabalhadores e da socialização dos mesmos. Os conceitos de Taylor
encontram-se em qualquer ramo de trabalho, principalmente em indústrias (que
foi a ênfase empregada em nosso vídeo). E, inclusive, com a Revolução
Tecnológica, como exemplo a automação (tecnologia que substitui a mão de
obra e aumenta ainda mais a produção), as empresas não podem renunciar a
alguns princípios de Taylor. Contudo, muitas características do taylorismo
foram aperfeiçoadas ao longo dos anos para que as empresas pudessem
permanecer no mercado. Taylor restringia a capacidade de raciocinar, de criar,
de pensar dos trabalhadores, o que é necessário para execução de muitas
tarefas na empresa. Hoje as empresas buscam profissionais qualificados, não
necessitam mais funcionários que apenas executem tarefas e não pensam. O
trabalhador é necessário para a execução de várias tarefas diferenciadas.
Altera-se as características do trabalhador e este deve ter mais autonomia,
mais conhecimento e habilidade para desenvolver outras ideias para
aperfeiçoamento do seu próprio trabalho, capacidade de comunicação, etc.

Cada vez mais torna-se necessário elaborar estratégias eficientes para


melhorar o desempenho da empresa no mercado, consequentemente aumenta
a pressão para atender demandas de trabalho com prazos cada vez menores,
há cobrança por capacidade criadora e, principalmente, pela qualidade,
buscando atender a competitividade acirrada dos dias atuais.

Atualmente, as empresas flexibilizam o trabalho, proporcionando mais opções


para os trabalhadores, como uma jornada de trabalho diferenciada, o que
beneficia aqueles trabalhadores que procuram especialização, tendo assim,
mais chances de emprego e, inclusive, de ascensão profissional. Muitas
mudanças ocorreram, mas também muita coisa permanece a mesma. Em uma
visão geral, vemos nas indústrias muitos trabalhadores produzindo
individualmente, a gerência tomando decisões, controlando, poucos direitos
aos trabalhadores, a rotina de trabalho sempre a mesma, porém, com mais
tarefas. Apesar de participar de uma pequena parte da tomada de decisão, os
trabalhadores são levados a se contentar com o pequeno salário e acabam
trabalhando mais. Poucos conseguem ascender profissionalmente devido à
grande concorrência e a grande exigência das empresas, tanto para
qualificação do profissional quanto para disposição para execução de muitas
tarefas.
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO: A
OBRA DE FAYOL

A Teoria Clássica da Administração‘ foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-


se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e
pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas como a manipulação dos
trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva
unidade de comando e responsabilidade. Paralelamente aos estudos de
Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na
Europa, baseado em sua experiência na alta administração.
Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os
seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol
quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão
generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes contribuintes do
pensamento administrativo desconhecessem seus princípios Princípios Básicos
Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma
complementar aos de Taylor:
 1- Divisão do trabalho – Especialização dos funcionários desde o topo
da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a
eficiência da produção aumentando a produtividade.
 2- Autoridade e responsabilidade – Autoridade é o direito dos superiores
darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é
a contrapartida da autoridade.
 3- Unidade de comando – Um funcionário deve receber ordens de
apenas um chefe, evitando contra-ordens.
 4- Unidade de direção – O controle único é possibilitado com a aplicação
de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.
 5-Disciplina – Necessidade de estabelecer regras de conduta e de
trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera
o caos na organização.
 6-Prevalência dos interesses gerais – Os interesses gerais da
organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.
 7-Remuneração – Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos
funcionários e da própria organização.
 8-Centralização – As atividades vitais da organização e sua autoridade
devem ser centralizadas.
 9-Hierarquia – Defesa incondicional da estrutura hierárquica,
respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
 10-Ordem – Deve ser mantida em toda organização, preservando um
lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.
 11-Eqüidade – A justiça deve prevalecer em toda organização,
justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.
 12-Estabilidade dos funcionários – Uma rotatividade alta tem
conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos
funcionários.
 13-Iniciativa – Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer
um plano e cumpri-lo.
 14-Espírito de equipe – O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo
precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos.
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO:
FUNÇÕES E CONCEITOS

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