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FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

2. Perspectiva Clássica:
Administração Científica

Professora: Estefany Carvalho da Silva


Nesta aula, vamos viajar no tempo,
voltaremos ao início do século XX, ou seja,
há mais de cem anos, para conhecer os
primeiros estudos sobre a administração.
Para entendermos como a administração se
transformou em ciência, devemos conhecer os
estudos de um famoso engenheiro que
revolucionou a gestão das empresas.
Sabe quem é ele?
2.1 Frederick Winslow Taylor
Este homem, muito importante para a área de
Administração, nasceu na Filadélfia, Estados
Unidos, oriundo de uma família com valores
muitíssimo rígidos, e teve como base educacional a
disciplina, o trabalho e a poupança.
Começou trabalhando como operário, em 1878,
chegando finalmente ao cargo de engenheiro, em
1885. Sua maior preocupação era eliminar o
desperdício das indústrias, acreditando assim
contribuir para o aumento de seus níveis de
produtividade.
Desde o princípio, sua preocupação residia nas
tarefas, por isso focava tanto a busca de aplicação
de métodos científicos a problemas da
administração. Queria observá-los e medi-los.
Tenho certeza de que você, no seu dia-a-dia,
enfrenta diversos problemas, não e mesmo?
Já parou para estudá-los, medindo-os,
quantificando-os, detalhando-os? Reside aí a
fundamental importância dos estudos de Taylor, e
por isso ele é considerado o pai da Administração
Científica.
Taylor tornou-se engenheiro-chefe da Midvale Steel
Company e lá entrou em contato, pela primeira vez,
com os problemas da administração. Ele percebeu que
os responsáveis pela administração posicionavam-se
como seres superiores, arrogantes e prepotentes.
Percebeu também que, na verdade, eram os
trabalhadores que moviam as fábricas, fazendo com
que as organizações alcançassem seus objetivos.
Seus estudos iniciaram-se efetivamente em 1895, sendo
publicados neste período e republicados em 1911
(Princípios da Administração Científica). Esta obra é até
hoje considerada uma obra-prima da Administração, até
mesmo por seu pioneirismo. Ele queria, prioritariamente,
tratar a questão do tempo. Queria melhorar o manuseio da
matéria-prima e o tempo-base de cada operação, e para
isso precisava identificar as características físicas para o
que podemos chamar de “operário padrão”.
Em outra empresa onde atuou como consultor – a
Bethlehem Steel Company – Taylor pôde desenvolver
melhor os seus estudos, que foram importantes e se
refletem até hoje em muitos aspectos da gestão de nossas
organizações.
Para ele, são considerados fundamentais para a
administração:
• o conceito de especialização;
• a eliminação de elementos e movimentos desnecessários.
Os dois aspectos mencionados anteriormente poderiam
levar a um aumento da produtividade, segundo ele, e são
fatores preponderantes para o aumento da eficiência da
produção.
Segundo Betram M. Gross, citado por Silva (2001), o
sistema criado por Taylor se caracterizava por cinco
aspectos:
a) analise do trabalho – buscar a melhor maneira de
execução o trabalho no menor tempo possível;
b) padronização das ferramentas – harmonizar os
métodos de execução, uniformizar as ações;
c) selecionar e treinar os trabalhadores – com base nas
aptidões e na ideia de que cada pessoa deve executar
tarefas para as quais revele maior pendor ou inclinação;
d) supervisão e planejamento – distinguir planejamento
de execução;
e) pagamento por produção – recompensar os operários
que tivessem uma produção além do estabelecido.
Os cinco aspectos propostos, se executados corretamente,
levariam a organização a uma maior eficiência em seus
processos produtivos, e isso representaria maiores ganhos
para a empresa. Você concorda? Tenho certeza de que
sim, principalmente porque, na maioria das empresas,
esses conceitos são empregados até hoje. Vamos em
frente!
2.2.1 Primeiro Período
Os estudos de Taylor começaram no “chão da fábrica”,
onde o pessoal põe a mão na massa literalmente. Em seu
primeiro livro, Administração de Oficinas (1903), ele
demonstra a sua principal preocupação: a que envolve as
técnicas de racionalização do trabalho dos operários, pelo
estudo dos tempos e dos movimentos.
O trabalho dos operários era analisado pacientemente, e
suas tarefas eram decompostas, detalhadas. Desta forma,
acreditava-se que os processos poderiam ser
aperfeiçoados e executados de forma mais racional, e que
a produtividade poderia, assim, aumentar.
Outra análise importante deste primeiro período baseou-se
na produtividade individual dos operários. Taylor verificou
que, se um operário com boa disposição para o trabalho
percebesse que receberia o mesmo montante de dinheiro
que os outros, mesmo que produzisse mais, esse fato faria
com que ele se acomodasse, gerando desmotivação e,
sobretudo, queda na produtividade. Percebeu, assim, de
que os operários que produzissem mais mereceriam
receber um adicional de remuneração.
2.2.2 Segundo Período
O marco do segundo período é o livro Princípios de
Administração Científica, de 1911, no qual Taylor defende e
conclui que a racionalização do trabalho dos operários
deveria ser seguida de uma estruturação geral da empresa,
pois dessa forma todos os seus princípios poderiam ser
aplicados.
Taylor identificou três fatores que considerou como os grandes
responsáveis pelos problemas das indústrias. Vamos ver quais foram
eles?
• A vadiagem dos operários que, para evitar redução em seus
salários, reduziam a produção.
• Desconhecimento da gerência, que não sabia quais as rotinas de
trabalho, além de ignorar o tempo necessário para a realização dos
mesmos.
• Falta de uniformidade das técnicas, que dificultava a padronização
dos processos e uma melhoria nos controles.
 
Gerencia Cientifica: 75% analise e 25% bom senso.
2.3 A Ciência da Administração
Taylor acreditava que as organizações e a administração
deveriam ser tratadas de forma científica. Até então, havia
muita improvisação nas organizações, e isso acarretava
sérios problemas às empresas, além de muitos prejuízos
aos empresários. Para ele, as ações deveriam ser
planejadas e o empirismo deveria dar lugar ao cientificismo.
 Quais aspectos dos estudos de Taylor têm ligação
com essa perspectiva científica?

Vamos entender melhor?


Segundo Chiavenato (2000), os principais méritos de Taylor
estão ligados à metodologia empregada, tais como:
• análise dos tempos e movimentos;
• estabelecimento de padrões precisos de execução;
• treinamento do operário;
• especialização do pessoal, inclusive a direção;
• criação do planejamento.
Ainda segundo Chiavenato (2000), para entendermos a
Administração como ciência, podemos relacionar os
seguintes aspectos:
• ciência em lugar de empirismo;
• harmonia em lugar de discórdia;
• cooperação e não individualismo;
• rendimento máximo, em vez de produção resumida;
• desenvolvimento de cada homem.
Podemos citar como fator importante para esta análise a identidade
de interesses, quanto maior a prosperidade do patrão, maior deverá
ser a prosperidade dos empregados, e isso deveria ficar claro para
todos, pois assim haveria evolução.
2.4 Organizações Racional do Trabalho (ORT)
Taylor, conforme aborda Chiavenato (2003, p. 56) verificou
que os operários aprendiam a maneira de executar as
tarefas do trabalho por meio da observação dos
companheiros que estavam envolvidos na produção. Notou
que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma
tarefa e uma grande variedade de instrumentos e
ferramentas diferentes em cada fase da operação ou
atividade.
Como há sempre um método mais rápido e um
instrumento mais adequado que outro esses métodos e
instrumentos melhores podem ser encontrados e
aperfeiçoados por meio de uma análise científica e um
acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a
critério pessoal de cada operário. Com base nisso,
poderíamos repensar como as tarefas e as atividades são
desenvolvidas na empresa. Pense nisso!
Essa tentativa de substituir métodos empíricos e
rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de
Organização Racional do Trabalho (ORT).
Segundo Chiavenato (2003, p. 57), a Organização Racional
do Trabalho se fundamenta nos seguintes aspectos:
1. análise do trabalho e do estudo dos tempos e
movimentos;
2. estudo da fadiga humana;
3. divisão do trabalho e especialização do operário;
4. desenho de cargos e de tarefas;
5. incentivos salariais e prêmios de produção;
6. conceito de homo economicus;
7. condições ambientais de trabalho, como iluminação,
conforto etc;
8. padronização de métodos e de máquinas;
9. supervisão funcional.
2.4.1 Estudo dos tempos e movimentos e análise do trabalho
A base para a racionalização do trabalho dos operários era o
estudo de tempos e movimentos (motion-time study). O trabalho é
executado de forma mais objetiva e mais econômica por meio da
análise do trabalho, isto é, da divisão e detalhamento de todos os
movimentos necessários a cada operação executada pelos
trabalhadores. Observando repetida e atenciosamente a execução
de cada tarefa dos operários, Taylor viu a possibilidade de
desmembrar cada tarefa e cada operação em uma série ordenada
de movimentos simples, simplificados.
Os movimentos desnecessários eram eliminados, enquanto os
movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou
conectados a outros movimentos para proporcionar economia de
tempo e de esforço aos operários. A essa análise do trabalho
seguia-se o estudo dos tempos e movimentos, ou seja, a
determinação do tempo médio que um operário comum levaria
para a execução da tarefa, por meio da utilização do cronômetro.
A esse tempo médio eram adicionados os tempos elementares e
mortos (esperas, tempos de saída do operário da linha para suas
necessidades pessoais, etc.) para resultar o chamado tempo-
padrão, o tempo ideal. Com isso, padronizava-se o método de
trabalho e o tempo destinado a sua execução. Método e a maneira
de se fazer algo para obter um determinado resultado. O estudo
dos tempos e movimentos permite a racionalização do método de
trabalho do operário e a fixação dos tempos-padrão para execução
das tarefas.
Segundo Chiavenato (2003, p. 57), a ORT traz outras vantagens
adicionais:
1. eliminação do desperdício de esforço humano e dos
movimentos inúteis;
2. racionalização da seleção e adaptação dos operários à tarefa;
3. facilidade no treinamento dos operários e melhoria da eficiência
e rendimento da produção pela especialização das atividades;
4. distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos de
falta ou excesso de trabalho;
5. definição de métodos e estabelecimento de normas para a
execução do trabalho;
6. estabelecimento de uma base uniforme para salários equitativos
e prêmios de produção.
2.4.2 Estudo da fadiga humana
O estudo dos movimentos humanos tem três objetivos:
1. evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa;
2. execução econômica dos movimentos úteis do ponto de vista
fisiológico;
3. seriação apropriada aos movimentos (princípios de economia de
movimentos).
O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e na fisiologia
humana. Gilbreth (outro importante colaborador de Taylor) efetuou
estudos estatísticos e não fisiológicos (pois era engenheiro) sobre os
efeitos da fadiga na produtividade do operário. Verificou que a fadiga
predispõe o trabalhador para a diminuição da produtividade e
qualidade do trabalho; perda de tempo; aumento da rotatividade de
pessoal; doenças e acidentes e diminuição da capacidade de
esforços. Em suma, a fadiga e um redutor de eficiência.
2.4.3 Homo Economicus
Você verá que, em todas as Teorias que estudaremos, teremos
uma concepção de Homem, que retrata algumas de suas
características e, sobretudo, a forma como era vista pela
Administração. Vamos em frente!
Na Administração Científica, a sua concepção é Homo
Economicus. Significa dizer que as pessoas são influenciadas
apenas por recompensas salariais e materiais. Os operários não
trabalham porque gostam, mas para poder satisfazer suas
necessidades. Esse era o entendimento da época.
Segundo Motta e Vasconcelos (2002), podemos caracterizar o
Homo Economicus da seguinte forma:
• ser humano considerado previsível e controlável, egoísta e
utilitarista em seus propósitos;
• ser humano visto como otimizando suas ações após pesar todas
as alternativas possíveis;
• racionalidade absoluta;
• incentivos monetários.
2.4.4 Condições de trabalho
Em seus estudos, Taylor concluiu também que os métodos e os
incentivos salariais são importantes, mas não o único caminho para se
alcançar a eficiência. Verificou que um conjunto de condições
possibilitaria ganhos de produtividade. Vamos ver alguns exemplos:
• os instrumentos e ferramentas de trabalho devem ser adequados ao
uso;
• o posicionamento das máquinas e equipamentos deve estar em
conformidade;
• o ambiente físico deve ser adequado (ventilação, iluminação, ruídos).
2.4.5 Padronização
Dentro dos estudos da Organização Racional do Trabalho, além de
estabelecer a necessidade da divisão do trabalho, da padronização
de métodos e processos e de ter operários especializados para cada
função, Taylor enfatizou a importância da padronização das
máquinas, dos equipamentos, instrumentos e ferramentas para que
houvesse diminuição da variação dos produtos fabricados. Dessa
forma, também seriam eliminados os desperdícios. Imagine se hoje
em dia as indústrias não fabricassem uniformemente os seus
produtos. Já pensou?
2.4.6 Supervisão funcional
Para Taylor, não bastava apenas especializar o operário. Se não
houvesse também supervisores especializados, com autoridade para
comandar os operários, não haveria boa produtividade.
Segundo Chiavenato (2003, p. 62), supervisão funcional nada mais é
do que a existência de diversos supervisores, cada qual
especializado em determinada área e que tem autoridade funcional
(relativa somente a sua especialidade) sobre os mesmos
subordinados.
2.5 Princípios da Administração Científica
Segundo Taylor, a gerência das organizações deveria atuar sob
nova realidade. Novas atribuições e responsabilidades se faziam
necessárias dentro da nova perspectiva da Administração. Em
linhas gerais, podemos descrevê-las em quatro princípios
fundamentais:
a) princípio do planejamento: o empirismo deveria dar lugar à
aplicação de métodos científicos;
b) princípio do preparo: os trabalhadores deveriam ser
selecionados com base em suas aptidões e adequados às
atividades por meio de preparação e treinamento;
c) princípio de controle: o trabalho deveria ser analisado,
verificando-se o cumprimento das tarefas de acordo com as
normas e planos previstos;
d) princípio da execução: as atribuições e atividades deveriam
ser distribuídas de forma a proporcionar que o trabalho fosse
executado de forma disciplinada.
Os estudos de Taylor influenciaram muita gente. Devemos destacar
um empreendedor que, ao apropriar-se de alguns estudos de Taylor,
conseguiu desenvolver sua indústria, incorporando novas e eficazes
práticas de produção. Sabe quem é ele? Seus carros circulam até
hoje pelas ruas em todo o mundo? Vamos ver.
Obrigada!
Professora: Estefany Carvalho
E-mail: estefany.silva@ifap.edu.br
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2. Perspectiva Clássica:
Administração Científica

Professora: Estefany Carvalho da Silva


Administração Científica

2.6 Henry Ford (1863-1947)

Ford iniciou sua vida como um mecânico. Projetou um


novo modelo de carro e, em 1899, fundou sua primeira
fábrica de automóveis.
Em 1903, fundou a Ford Motor Company.
Qual era a sua ideia?
Popularizar um produto antes confeccionado artesanalmente e
destinado a milionários, ou seja, vender carros a preços populares,
com assistência técnica garantida, revolucionando a estratégia
comercial da época. Entre 1905 e 1910, promoveu a grande
inovação do século XX: a produção em massa (até hoje as
indústrias utilizam o mesmo conceito).
Para Silva (2002, p. 129), embora não tenha inventado o
automóvel nem mesmo a linha de montagem, inovou na forma de
organizar o trabalho: sua meta era a elaboração do maior número
de produtos acabados, com maior garantia de qualidade e pelo
menor custo possível. Esta inovação teve maior impacto sobre a
maneira de viver do homem do que muitas das maiores invenções
do passado da humanidade.
• Em 1913, conforme destaca Chiavenato (2003, p. 65) já
fabricava 800 carros por dia.
• Em 1914, repartiu com seus empregados uma parte do controle
acionário da empresa, coisa impensada até então.
• Estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e jornada
diária de oito horas. Na época, a jornada variava entre dez e
doze horas.
• Em 1926, já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas,
fabricando 2.000.000 carros por ano.
• Utilizou um sistema de concentração horizontal por meio de
uma cadeia de distribuição comercial própria. Fez uma das
maiores fortunas do mundo pelo constante aperfeiçoamento de
seus métodos e processos.
A racionalização da produção proporcionou a linha de montagem,
que permite a produção em série. Na produção em série ou em
massa, o produto é padronizado, bem como o maquinário,
material, mão-de-obra e o desenho também, o que proporciona
um custo mínimo.
Segundo Chiavenato (2004, p. 65), a condição-chave da produção
em massa é a simplicidade.
Três aspectos suportam o sistema:
 
a) a progressão do produto por meio do processo produtivo é
planejada, ordenada e contínua;
 
b) o trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a
iniciativa de ir buscá-lo;
 
c) as operações são analisadas em seus elementos constituintes.
2.7 Princípios básicos de Ford

Ford adotou três princípios básicos, que segundo Chiavenato


(2003) são:

1. Princípio da intensificação: diminui o tempo de duração com


o empregado imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a
rápida colocação do produto no mercado;
2. Princípio de economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o
volume do estoque da matéria-prima em transformação, fazendo
com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o
prazo de pagamento da matéria-prima adquirida e dos salários. A
velocidade da produção deve ser rápida;

3. Princípio da produtividade: aumentar a capacidade de


produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio
da especialização e linha de montagem. Operário ganha mais, o
empresário maior produção.
Para concluir, Chiavenato (2004, p. 66) faz uma referência a
Henry Ford muito interessante, baseando-se na publicação de
Stuart Crainer de 1998, intitulada Key Management Ideas:
Thinkers that Changed the Management World, de 1998, onde o
tratava como um gênio do Marketing:
“Ford teve uma incrível intuição de marketing: concluiu que o
mundo estava preparado para um carro financeiramente
acessível. Em seguida, buscou as técnicas de produção em
massa como a única forma de viabilizá-lo.
Então definiu o preço de venda e desafiou a organização a fazer
com que os custos fossem suficientemente baixos para garantir
aquele preço. Assim, deu ao mercado o que ele queria: modelos
simples e acessíveis. O problema pipocou três décadas depois,
quando os outros fabricantes – incluindo a GM – começaram a
acrescentar opcionais aos carros, enquanto Ford continuava
fabricando os mesmos modelos simples, básicos e de uma só cor:
preta. O gênio de marketing perdeu a percepção e a noção
daquilo que os clientes passaram a aspirar.”
Na citação observe que a genialidade de um momento pode ser
suplantada pelo comodismo ou pela falta de foco. Quando os
concorrentes perceberam que Ford havia satisfeito apenas uma
das necessidades dos clientes, eles criaram novas necessidades
e novos meios de satisfação.
Para concluir, chamamos a atenção para o estudo da perspectiva
clássica da Administração. Essa perspectiva, que tem um foco
eminentemente científico, organiza-se em torno dos trabalhos de
Taylor e Ford.
Obrigada!
Professora: Estefany Carvalho
E-mail: estefany.silva@ifap.edu.br

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