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Introdução
No início do século XX, havia uma procura por resolver os problemas causados pela
Revolução Industrial, sendo que elevar o nível de produtividade, diminuir o tempo e
reduzir os custos era o mais procurado na época. Para atender esta demanda de
soluções, alguns pensadores deram início a Escola Clássica da Administração,
marcada por alguns pesquisadores que influenciaram e marcaram com suas ideias e
estudos o desenvolvimento nas empresas até os dias de hoje. São eles:
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Teoria da Administração Científica
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de maneira repetitiva e monótona e finalmente, a administração científica, faz uso da
exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares das empresas.
Frederick W. Taylor (1856-1915) foi o primeiro a pesquisar o trabalho de forma
sistemática e com isso, deu inicio a teoria da Administração Científica.
Taylor verificou que um operário médio produzia menos do que era potencialmente
capaz com o equipamento disponível. Conclui-se que o operário não produzia mais,
pois seu colega também não produzia. Daí surgiu a necessidade de criar condições
de pagar mais ao operário que produz mais.
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Com esses dados, a necessidade vista por Taylor era de padronizar os trabalhos,
supervisionar operários e treiná-los para que executassem o trabalho. O objetivo da
Administração Científica era, portanto, o de atingir uma melhor maneira de realizar o
trabalho.
De acordo com Maximiano (2004), em sua 1ª Fase Taylor escreve um livro intitulado
de Shop Management, cuja essência é:
Para que esse processo fosse colocado em prática, Taylor precisava ter controle
sobre os padrões dos processos e procedimentos, para isso ele criou uma técnica
que cronometra os movimentos dos trabalhadores por tarefas. De acordo com
Chiavenato (2003), essa fase foi marcada pelo uso do EMT – Estudo de Tempos e
Movimentos.
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EMT – Estudo de tempos e movimentos
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3. Não uniformidade das técnicas e métodos de trabalho dos empregados, que
realizavam as tarefas cada um com o seu método.
Para sanar esses três problemas, Taylor idealizou o seu famoso sistema de
Administração que denominou Scientific Management (Gerência Científica,
Organização Cientifica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho). Este
trabalho é composto por 75% de análise e 25% de bom senso (MAXIMIANO, 2010).
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Tempo-padrão: O trabalhador deve atingir no mínimo a produção estabelecida pela
gerência. É muito importante contar com parâmetros de controle da produtividade,
porque o ser humano é naturalmente preguiçoso. Se o seu salário estiver garantido,
ele certamente produzirá o menos possível. A produção individual até o nível de
100% de eficiência é remunerada pelo número de peças produzidas. Acima de
100% de eficiência, o salário por peça é acrescido de um prêmio de produção ou
incentivo salarial adicional que aumenta na medida em que se eleva a eficiência do
operário.
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executada por uma pessoa no seu trabalho dentro da organização, ela constitui a
menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em uma organização. Cargo é
o conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva. Desenhar um
cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as
relações com os demais cargos existentes.
Ênfase na Eficiência: Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa (the
best way). Para descobri-la, a administração deve empreender um estudo de tempos
e métodos, decompondo os movimentos das tarefas executadas pelos
trabalhadores. A organização racional do trabalho busca a melhor maneira, isto é, os
métodos de trabalho para estabelecer os padrões de desempenho das tarefas. Uma
vez estabelecidas os padrões de desempenhos e a eficiência do operário passou a
ser a relação entre o desempenho real e o desempenho previamente estabelecido
como eficiência igual a 100% (tempo padrão).
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Homo economicus: Nome utilizado para marcar o conceito onde todas as suas
decisões e atitudes em uma organização são motivadas financeiramente. Para
Taylor, o incentivo financeiro era o ponto fundamental para motivar que os operários
executassem o trabalho dentro do especificado e em menor tempo. Com isso,
apesar de grande resistência, conseguiu aumentar a produção e o salário dos
operários. Em outros termos, o homem procura trabalho não porque goste dele, mas
como um meio de ganhar a vida através do salário que o trabalho proporciona. O
homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro
para viver. Assim as recompensas salariais e os prêmios de produção (o salário
baseado na produção) influenciam os esforços individuais do trabalho, fazendo com
que o trabalhador desenvolva o máximo de produção de que é fisicamente capaz
para obter um ganho maior. Uma vez selecionado cientificamente, o trabalhador era
adaptado ao método de trabalho e condicionado sua remuneração à eficiência, ele
passaria a produzir o máximo dentro de sua capacidade física.
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é um sistema de informação que apresenta seus dados somente quando os
resultados efetivamente verificados na prática divergem ou se distanciam dos
resultados previstos em algum programa. Este princípio é baseado em relatórios
condensados e resumidos que mostram apenas os desvios ou afastamentos,
omitindo as ocorrências normais, tornando-os comparativos e de fácil utilização e
visualização. Essa foi a forma que Taylor concebeu a delegação, que se tornaria
depois, um principio de organização amplamente aceita.
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Vejamos abaixo os princípios da Administração Científica de Taylor, e de acordo
com a visão de Wagner III e HollenbecK (2006), pode-se considerar que é:
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Nesta divisão de tarefas o gerente é quem planeja e controla sua execução, fazendo
com que os subordinados façam o que deve ser feito para se atingir às metas
traçadas. Essa pessoa denominada gerente ainda não está dotada de preocupações
voltadas ao comportamento dos funcionários e sim em sua eficiência produtiva, com
base nas exigências organizacionais.
A busca por produzir cada vez mais, provocou uma maior individualidade e a
alienação das equipes de trabalho, nas quais o trabalho em equipe e a solidariedade
grupal, não eram incentivados.
Para Chiavenato (2000), algumas críticas precisam ser ditas no que se refere à
administração científica de Taylor como o fato de que o homem era tratado como
uma máquina, sem iniciativas, onde o seu trabalho era passivo e desmotivador.
Além disso, o trabalho era estudado e avaliado, porém o lado social e humano foi
esquecido por Taylor, levando em conta apenas o desempenho profissional do
operário.
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trabalhadores. Taylor considerava apenas o lado formal da organização. Levados a
produzir sempre mais, os operários não perceberam os aspectos que podiam
impactar nas organizações. Era necessário que algumas alterações ou
complementações fossem realizadas para acompanhar e sanar os problemas que
ocorreram com a proposta mecanicista de Taylor. É interessante ressaltar que esse
comportamento permanece até os dias atuais em muitas organizações.
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Princípio da intensificação: diminuir o tempo de duração com a utilização imediata
dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado;
Foi Henry Ford que elevou o mais alto grau os dois princípios da produção em
massa, que é a fabricação de produtos não diferenciados em grande quantidade:
peças padronizadas e trabalhador especializado (MAXIMIANO, 2004).
Chiavenato (2003), afirma que o sistema produtivo de Ford priorizava três aspectos
bem simples no âmbito do chão-de-fábrica: primeiro aspecto é que a progressão do
produto através do processo produtivo deve ser planejada, ordenada e contínua; o
segundo é voltado ao trabalho que é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo
com a iniciativa de ir buscá-lo, fugindo totalmente da vadiagem sistêmica identificada
por Taylor; e por último enfoque, as operações que são analisadas em seus
elementos constituintes.
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Ford trouxe, em escala nunca antes tentada para o ambiente industrial, os princípios
da administração científica como a divisão do trabalho, a escolha do trabalhador
certo para o trabalho, juntando-os com o princípio da intercambialidade de peças
produzidas padronizada em enormes quantidades. Ele também acrescentou a ideia
de padronização dos produtos e de fazer produtos moverem-se enquanto estações
de trabalho ficavam estáticas, conhecidas como linha de montagem móvel.
Podemos observar nas palavras de Henry Ford abaixo sua busca constante pela
manufatura barata e possibilidade de oportunizar que cada pessoa pudesse adquirir
um veículo automotor:
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Especialização do trabalhador: priorizar que cada trabalhador fosse especialista
em sua tarefa, elevando um maior grau de eficiência individual que contribui para o
sistema como um todo; e
A produção em massa ou linha de produção pode ser entendida como uma forma de
produção em série, onde vários operários, com ajuda de máquinas, especializados
em diversas funções específicas e repetitivas, trabalhando de forma sequencial,
chega-se a um produto semi-acabado ou acabado; ocorre quando um
estabelecimento industrial com o auxílio de máquinas transformam as matérias-
primas e produtos semi-acabados em produtos acabados destinados ao consumo.
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cor, desde que seja preto”. Esta frase representou a essência do industrialismo no
século XX. Ford também estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia, para
seus empregados e a jornada de 8 horas de trabalho, quando, na Europa, a jornada
ainda variava de 10 a 12 horas.
Ele também implementou a política de metas, mesmo não tendo esse o nome, ele
dizia que X carros deveriam ser produzidos em Y dias. Além disso, ele revolucionou
o tratamento aos trabalhadores, pois melhorou o salário deles, segundo Ford ao
mesmo tempo em que, pelo pagamento de um salário substancial para aqueles que
trabalhavam com a produção e a distribuição, o poder de compra aumentaria. Por
esses motivos pode-se dizer que Henry Ford tornou-se um grande marco, sendo
hoje muito estudado nas áreas de administração (CHIAVENATO, 2003).
A linha de montagem móvel foi projetada em 1910, onde Ford estabeleceu uma
planta dedicada exclusivamente à montagem final de peças fabricadas em plantas
distintas, que eram parte de um processo produtivo comum. A partir do momento em
que foi adotada a linha de montagem móvel e mecanizada para a montagem de
chassis, o tempo de fabricação era de 1 hora e 33 minutos de trabalho em contraste
com as 12 horas e 28 minutos quando a montagem ainda era artesanal
(MAXIMIANO, 2010).
Com tantas mudanças, o tempo médio de ciclo foi reduzido para 1hora e 19 minutos,
por causa da imobilidade do trabalhador. A nova tecnologia também reduzia a
necessidade de investimentos de capital. A velocidade maior da produção reduzia
também os custos de estoques de peças à espera da montagem, dessa forma,
quanto mais carros eram fabricados, mais baratos eles ficavam e tudo isso
incendiou a imaginação dos concorrentes.
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De acordo com Chiavenato (2009), em 1913, Ford já fabricava oitocentos carros por
dia. Em 1914, repartiu com seus empregados uma parte do controle acionário da
empresa. Em 1926, já tinha 88 fábricas e empregava 150 mil pessoas, fabricando
dois milhões de carros por ano. Utilizou um sistema de concentração vertical,
produzindo desde a matéria-prima incial como aço, borracha e madeira, até o
produto final acabado, ao mesmo tempo em que adotava uma concentração
horizontal por meio de uma cadeia de distribuição comercial por agências próprias
dotadas de oficinas mecânicas de manutenção.
As idéias de Henry Ford modificaram todo o pensamento da época, foi através delas
que se desenvolveu a mecanização do trabalho, produção em massa, padronização
do maquinário e do equipamento, e por conseqüência dos produtos, forte
segregação do trabalho manual em relação ao trabalho braçal, o operário não
precisava pensar apenas fazer seu trabalho com o mínimo de movimentação
possível. Mas tanta inovação estava sendo aplicada no chão-de-fábrica, com uma
mentalidade de organização fechada, esquecendo das outras funções da empresa.
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Declínio do fordismo
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• Visão microscópica do homem: O homem é visto como um complemento
das máquinas industriais.
• Ausência de comprovação científica: Os engenheiros utilizaram
pouquíssima pesquisa e experimentação científica para comprovar suas
teses.
• Abordagem incompleta da organização: Limita-se apenas aos aspectos
formais da organização, omitindo a organização informal e os aspectos
humanos.
• Limitação do campo de aplicação: A administração científica ficou restrita
aos problemas de produção na fábrica, não considerando os demais aspectos
da vida da organização, como financeiro, comercial, logístico, etc.
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execução), ou seja, de toda organização para as partes menores conhecidas como
departamentos ou unidades de trabalho. Predomina-se a ênfase na estrutura
organizacional, aplicando os elementos e os princípios gerais da Administração. Isso
possibilitou uma melhor maneira de subdividir a empresa sob a centralização de um
supervisor principal.
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processos gerenciais para melhor organização e execução das ações de nossas
vidas.
Função Técnica: Nem sempre é a mais importante de todas, outras funções podem
ter influência muito maior no desenvolvimento da empresa do que a função técnica.
As seis funções vivem em estreita interdependência. A função técnica, por exemplo,
não pode subsistir sem matérias-primas e mercados para seus produtos, sem
capitais, sem garantias e sem previsões.
Função Financeira: Está envolvida em todas as ações da empresa, uma vez que
gerencia o capital necessário para pagamento de salários, aquisição de
equipamentos e matérias-primas, pagamento de dividendos, realização de melhorias
nos edifícios e constituição de reservas.
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Função de Segurança: Sua missão é proteger os bens e as pessoas contra roubo,
incêndio e inundação, e evitar greves e atentados e, em geral, todos os obstáculos
de ordem social que possam comprometer o progresso e mesmo a própria
existência da empresa.
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Conceito de Administração
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Prever
Organizar
Comandar Organização
Coordenar
Controlar
• Prever
Neste contexto prever significa calcular e delinear ações futuras com vista ao bom
desempenho da empresa. Efetuar um programa de ação com base:
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primas, capitais, pessoal, capacidade instalada de produção e mercados;
Em todas as possibilidades futuras da empresa.
• Organização
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Materiais
Recursos Organização
Humanos
• Comando
COMANDAR Recursos
Organização
Humanos
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• Coordenação
Pessoas
Coordenar Ação
Departamentos
• Controle
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Planos
Padrões
Procedimentos
Controle
Resultados
O maior impacto dessa idéia está na identificação do trabalho dos gerentes como
distintos das operações técnicas da empresa. Os gerentes que não conseguem
perceber essa distinção envolvem-se com os detalhes técnicos da produção e
prestação de serviços, esquecendo-se das funções de administrar toda a empresa.
Papel do Dirigente:
O trabalho do dirigente consiste em tomar decisões, estabelecer metas,
definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes da organização,
de modo que as atividades de planejar, organizar, comandar, coordenar e
controlar estejam numa sequência lógica (CHIAVENATO, 2003).
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Princípios de Administração
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promover seu desenvolvimento;
13. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e a atividade os agentes;
14. Espírito de equipe. A harmonia e a união entre pessoas são grandes
forças para a organização.
DIRIGENTES FAYOL
Organização da empresa
e o papel do dirigente
FORD TAYLOR
Organização do processo Eficiência do Trabalho
produtivo operacional
OPERÁRIOS
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Críticas da Teoria Clássica
Considerações Finais
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e métodos continuam circulando, fazendo anotações em pranchetas, desenhando
fluxogramas, cronometrando e filmando as operações, para, em seguida, torná-las
mais eficientes. Novas estruturas são organizadas priorizando o cliente, o produto,
os processos entre outras necessidades.
Referências Bibliográficas
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CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e de Operações.
Manufatura e Serviços: uma abordagem estratégica (edição compacta) São Paulo:
Atlas, 2009.
LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo:
Saraiva, 2003.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2004
MONTANA, P. J.; CHARNOV, B. H. Administração. 2ª ed. São Paulo: Saraiva,
2005
OLIVEIRA, D. de P. R. de. Teoria Geral da Administração: uma abordagem
prática. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, A. de L. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva. 2006.
WAGNER III, J. A; HOLLENBECK, J. R. Comportamento Organizacional: criando
vantagem competitiva. 1°ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
TAYLOR, F. W. Princípios de Administração Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas,
1970.
INDICAÇÕES DE OUTRAS BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES:
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Teorias e Processos. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
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LACOMBE, F. J. M. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva,
2003.
MORAES, A. M. P. Introdução à administração. São Paulo: Prentice Hall, 2004
ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,
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SILVA, R. O da. Teorias da Administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
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