Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Administração científica
Versão Condensada
Sumário
Teorias administrativas - Administração científica������������������������������������������������������ 3
2
A L F A C O N
Teorias administrativas - Administração
científica
Vimos anteriormente que as teorias administrativas foram a base para a administração como conhecemos hoje. Cada
teoria administrativa contribui para um ou mais aspectos com sua metodologia, abordagem, ênfase etc. Vamos estudar
agora sobre a primeira delas, a administração científica.
1. Contexto histórico
Para entendermos a abordagem científica da administração, temos que conhecer um pouco de como era antes dela e
o contexto histórico.
Bem antes de Frederick Taylor criar a abordagem científica, não existiam trabalhos formais, apenas trabalhos artesanais
de pequenos produtores que vendiam seus produtos como garantia de sustento familiar.
Com a Revolução Industrial, a primeira de 1776, começou a surgir as indústrias e por volta de 1850 ocoreu aumento de
demanda de produtos, e consequentemente, a necessidade do aumento da produção por parte das indústrias. Com
a pressão do mercado as indústrias aumentaram a produção, de forma intuitiva, sem metodologia e com uso de força
física (uso de capatazes), exaustão física e condições de trabalho insalubres.
2. Administração científica
Com o contexto histórico acima, havia empresas de vários tamanhos, baixo rendimento, concorrência intensa, alto
volume de perdas, insatisfação dos trabalhadores, falhas de decisões etc. A necessidade de expansão e a substituição
do improviso e do empirismo abriu caminho para a busca de desenvolvimento de novos conceitos e novos métodos e
para suportar o aumento da eficiência da indústria. Aqui surge Frederick Winston Taylor.
Taylor foi o pioneiro ao utilizar de metodologia científica, ou seja, uso da observação e mensuração, para estabelecer a
organização racional do trabalho, que veremos mais à frente.
Taylor começou observando o trabalho de um grupo de operários, analisando as tarefas e os movimentos e processos
que executavam. Esta primeira observação recebeu o nome de Estudo dos Tempos e Movimentos e concluiu que o
operário que era produtivo, ao perceber que recebia o mesmo valor (moeda) que outro que executava menos, se aco-
modava e perdia o interesse ou não produzia conforme sua capacidade. A conclusão de Taylor foi que era necessário
melhorar o salário para reduzir os custos unitários de produção.
Além dessa conclusão inicial, Taylor demonstrou que era necessária a aplicação de métodos científicos de pesquisa
e experimentos para criar princípios e processos padronizados que garantissem o controle das operações na fábrica.
Essa primeira observação foi aprimorada e levou ao segundo período de Taylor: o da Organização Racional do Trabalho.
A L F A C O N
2.2 Organização racional do trabalho (ORT)
Taylor, ainda observando, percebeu que os operários aprendiam a execução de tarefas observando os colegas ao lado.
Isso fazia que tivessem métodos, instrumentos e ferramentas diferentes para se executar a mesma tarefa. Segundo
Taylor, a busca contínua na melhoria dos métodos, instrumentos e ferramentas podia ser aperfeiçoada com a aplicação
do método científico. Esta segunda conclusão recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).
Supervisão funcional.
homo economicus
O conceito de homo economicus é que toda pessoa é influenciada exclusivamente por recompensas salariais,
econômicas e materiais. Ou seja, o homem busca o trabalho como meio de ganhar a vida pelo salário que o
trabalho promove, não porque gosta dele. Aqui, a motivação é trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade
de dinheiro para viver.
A ORT e a base da ciência administrativa desenvolvida por Taylor orientaram e influenciou todos os demais estudos da
administração. Tanto para seguir a abordagem, quanto para refutá-la.
o que é um princípio?
Um princípio é uma afirmação válida para determinada situação; é uma previsão antecipada do que deverá ser
feito quando ocorrer aquela situação.
A L F A C O N
Entre os princípios defendidos pelos autores da Administração Científica, e para Taylor, a gerência deve seguir:
• Princípio de planejamento: substituição do critério individual do operário, improvisação e empirismo por métodos
baseados em procedimentos científicos. Substituição da improvisação pela ciência através do planejamento e
método de trabalho.
• Princípio de preparo: seleção científica dos trabalhadores conforme suas aptidões, prepará-los e treiná-los para
produzirem mais e melhor, conforme o método planejado. Preparar máquinas e equipamentos em um arranjo físico
e disposição racional.
• Princípio do controle: controle do trabalho para assegurar que está sendo executado de acordo com os métodos
estabelecidos e seguindo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução
seja a melhor possível.
• Princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada.
4. A contribuição de Ford
Henry Ford foi o maior precursor da administração clássica. Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do
século XX: a produção em massa.
Mesmo sem ter inventado o automóvel, sem linha de montagem, ele inovou na organização do trabalho: a produção de
maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível.
A inovação da produção em massa de Ford não foi sua única contribuição. Ford dividia o trabalho, tornando-o repetitivo
e contínuo, de acordo com os princípios da produtividade, da intensificação e da economicidade, segundo Silva (2008):
• Princípio da intensificação: é o aumento da velocidade do capital giro, buscando pouca imobilização dele e veloz
recuperação (o capital de giro é obtido dos próprios consumidores).
5. Pontos principais
A L F A C O N
ͫ Melhoria nos métodos buscando a eficiência.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da
moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual.- Rio de Janeiro, SP: Elsevier, 2003. SILVA, Reinaldo O. da.
Teorias da Administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
A L F A C O N