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O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão

de uma empresa ou organização de forma que as atividades sejam


administradas com planejamento, organização, direção e controle.

A administração tem uma série de características entre elas:


um circuito de atividades interligadas, buscar de obtenção de resultados,
proporcionar a utilização dos recursos físicos e materiais disponíveis
envolver atividades de planejamento, organização, direção e controle.

Verifica-se que a administrar nos dias atuais é uma das mais complexas
e completa ação do ser humano, pois contempla não somente a gestão
de processos, ferramentas e organizações, mas principalmente por
envolver o gerenciamento de pessoas e o alcance de resultados por
meio de pessoas.

A Administração como ciência conforme Oliveira 2009, p.4, é o


conjunto organizado de conhecimentos administrativos obtidos pela
leitura, pela observação, pelas metodologias e técnicas administrativas
desenvolvidas, bem como pela prática nas empresas.

A Filosofia sugeriu muitos dos conceitos da Administração por meio de


nomes como Sócrates, Platão, Karl Marx, dentre outros. Da Igreja
Católica, por ser um importante, complexa e grande entidade,
organizada de forma hierárquica e da organização militar que trouxe o
conceito de estratégia (hoje muito utilizado e difundido no mundo dos
negócios). Foi a Revolução Industrial que se tornou um divisor de águas
para o conceito e relevância da Administração.

Com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua


posterior
aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que
modificou completamente a estrutura social e comercial da época,
provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica,
política e social que, no lapso de um século, foram maiores do que todas
as mudanças ocorridas no milênio anterior.
UNIDADE 2 – TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

Teoria Cientifica
A Administração surge como uma ciência no início do século XX,
mudando a maneira de gerenciar e supervisionar uma empresa. Por
conseguinte, nasce a Escola de Administração Científica.
Segundo Chiavenato (2014), seu fundador, o engenheiro americano
Frederick Wilson Taylor leva para o “chão da fábrica” suas ideias,
valores e crenças desejando melhorar e aumentar a eficiência industrial.
De acordo com Chiavenato (2014), Taylor acreditava que a observação
e a mensuração dos tempos e movimentos seriam as principais
ferramentas para elevar a produtividade por meio das técnicas de
engenharia industrial. Ele relatava que sempre é possível desenvolver
maneiras mais práticas e eficazes de executar quaisquer tarefas.
Taylor constatou que os operários observavam seus colegas e assim
aprendiam a execução das tarefas, confirmando a teoria de que com a
observação e análise de dados a produção poderia ser ampliada
beneficiando patrão e empregado.
Conforme Chiavenato (2011), essa é uma era que ficou conhecida
como Organização Racional do Trabalho.
Ela substituiria as técnicas empíricas de trabalho por científicas.
Análise do trabalho e estudo dos tempos movimentos
É feita uma análise para divisão das atividades, verificando a melhor
forma de serem executadas, bem como o tempo médio para que o
operário a desenvolva, levando em consideração fatores específicos
como necessidades do funcionário, espera de matéria-prima, entre
outras situações. Desta forma, será possível determinar o tempo padrão
de execução das tarefas. O “Método Padrão”.
 Estudo da fadiga humana : Baseia-se na anatomia e fisiologia
humanas tendo como função racionalizar os movimentos, reduzir a
fadiga e evitar rotatividade de colaboradores, aumentando sua
eficiência.
 Divisão do trabalho especialização do operário: Cada colaborador é
especialista em determinada tarefa, evitando movimentos
desnecessários e aumentando assim a produtividade.
 Desenho de cargos e tarefas: Determina as tarefas, métodos e
ferramentas, relacionando cada uma delas aos cargos existentes na
organização. Apresenta vantagens como redução de custos de
produção, de treinamentos, retrabalhos, entre outros benefícios.
 Incentivos salariais e prêmios de produção: Elaborados a fim de
alcançar maior colaboração dos operários diante da organização,
estimula a produzir mais ao oferecer ganhos extras por seus
serviços.
 Conceito de homo economicus :Fundamenta-se na ótica de que as
pessoas são motivadas a trabalhar apenas pelo seu salário e não
por gostar do que fazem.
 Condições ambientais de trabalho : Entende-se que a eficiência no
trabalho está ligada a algo mais do que a metodologia e o salário,
como às condições de trabalho e ao ambiente em que o colaborador
está inserido. Esses fatores são fundamentais para a produtividade
na empresa.
 Padronização : Utilização de ferramentas, equipamentos e modo de
trabalhar com o objetivo de diminuir a variabilidade no processo
produtivo e eliminar desperdício e retrabalho.
De acordo com Chiavenato (2011), o método padrão de produção
trouxe algumas vantagens. São elas:
A. Elimina o desperdício de esforço humano e movimentos inúteis.
B. Racionaliza a seleção dos operários e melhora a eficiência e
rendimento da produção pela especialização da atividade.
C. Facilita o treinamento dos operários e melhora a eficiência e
rendimento da produção pela especialização das atividades.
D. Distribui uniformemente o trabalho e evita períodos de falta ou
excesso de trabalho.
E. Define métodos e estabelece normas para a execução do trabalho
F. Estabelece uma base uniforme para salários equitativos e prêmios de
produção.
A organização racional do trabalho não surgiu apenas como mais uma
teoria, mas como uma forma de executar melhor as tarefas do trabalho,
tendo como referência a observação no chão de fábrica.
Taylor procurava uma forma de elevar o nível de produtividade,
conseguindo que o trabalhador produzisse mais em menos tempo sem
elevar os custos de produção. E foi então que, de acordo com
Chiavenato (2011), surge os quatro princípios básicos, segundo Taylor:
1. Princípio de planejamento – Substituir no trabalho a improvisação dos
operários por métodos cientificamente comprovados, onde a
improvisação dava lugar ao planejamento dos métodos de trabalho.
2. Princípio de preparo – Esse princípio tinha como finalidade selecionar
cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e treiná-
los para produzir mais e melhor.
3. Princípio do controle – Controlar o trabalho para certificar de que está
sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos.
4. Princípio da execução – Distribuir atribuições e responsabilidades
para que a execução do trabalho seja disciplinada.
A organização racional do trabalho não surgiu apenas como mais uma
teoria, mas como uma forma de executar melhor as tarefas do trabalho,
tendo como referência a observação no chão de fábrica.
Entende-se, então que esses princípios tornaram a empresa mais
eficiente e também produtiva, algo que para a época era totalmente
impensável.
Ford adotou três princípios básicos para acelerar a produção. São eles:
1. Princípio de intensificação que se baseava na diminuição do tempo de
duração com a utilização imediata dos equipamentos e a colocação dos
produtos no mercado.
2. Princípio de economicidade que era reduzir ao mínimo o volume de
estoque da matéria prima em transformação, onde a velocidade de
produção deve ser rápida e eficiente.
3. Princípio de produtividade que tinha como função, aumentar a
produção do homem no mesmo período por meio da especialização da
linha de montagem. Nesse caso o empregado ganha mais e o
empresário tem uma maior produção.

A Administração Científica baseou-se no conceito de homo economicus,


isto é, do homem econômico. Segundo esse conceito, toda pessoa é
concebida com influenciada exclusivamente por recompensas salariais,
econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura o trabalho
não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio
do salário que o trabalho proporciona. (CHIAVENATO 2011, p. 61)
O conceito de homem econômico não se limitava somente ao conceito
de recompensas e a forma como o mesmo é influenciado. Esse conceito
abrange também a ideia de que todo o trabalhador é preguiçoso e não
se preocupa com a organização ou mesmo com a busca pela eficiência.
Para Taylor o homem era uma extensão da máquina e a sua
participação na empresa era limitada ao operacional.

Administração Científica que surge nos Estados Unidos, a partir dos


trabalhos de Taylor, cuja preocupação era aumentar eficiência no nível
dos operários. A ênfase é dada na análise e na divisão do trabalho do
operário, vez que as tarefas do cargo e o titular constituem a unidade
fundamental da organização. Assim, a abordagem da Administração
Científica é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o
gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo
(organização da fábrica).

Enquanto que na Teoria Clássica, a visão era do todo organizacional e


da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas,
fossem elas seções, departamentos ou outros órgãos ou os executores
de tarefas.

Fayol expôs sua Teoria de


Administração no livro Administration lndustrielle et Générale, publicado
em 1916,que o elevou à condição de um dos maiores colaboradores da
teoria administrativa. Fayol salienta que toda empresa apresenta seis
funções, a saber:
a. Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de
serviços da empresa.
b. Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e
permutação.
c. Funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de
capitais.
d. Funções de segurança: relacionadas com a proteção e preservação
dos bens e das pessoas.
e. Funções contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços,
custos e estatísticas.
f. Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das
outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e
sincronizam as demais unções da empresa, pairando sempre acima
delas.

De acordo com Fayol as funções administrativas envolvem os cinco


elementos da Administração:
a. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
b. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
c. Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
d. Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços
coletivos.
e. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras
estabelecidas e as ordens dadas.

2.3 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

surgiu nos Estados Unidos como consequência imediata das conclusões


obtidas na Experiência de Hawthorne, desenvolvida pelo Australiano
George Elton Mayo, diplomado em Lógica, Filosofia e Medicina. Foi
basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica
da Administração.

As principais origens da Teoria das Relações Humanas são as


seguintes:

a. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração,


libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e
adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse
sentido revelou-se um movimento tipicamente americano e voltado para
uma democratização dos conceitos administrativos.
b. O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente
a psicologia e a sociologia, bem como a sua crescente influência
intelectual e suas primeiras tentativas de aplicação à organização
industrial. As ciências humanas, gradativamente, passaram a
demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria
Clássica.
c. As conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida entre 1927
e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, pondo em xeque os
principais postulados da Teoria Clássica da Administração
As conclusões da Experiência desenvolvida entre 1927 e 1932 coloca
em xeque as principais premissas da Teoria Clássica da
Administração.

Primeira Fase

Dois grupos de operários fazendo o mesmo trabalho, em condições


idênticas, porém um grupo de observação trabalhou sob intensidade de
luz variável, enquanto o grupo de controle trabalhou sob intensidade
constante. Pretendia-se conhecer o efeito da iluminação sobre o
rendimento dos operários. No entanto, os observadores não
encontraram uma relação direta entre ambas as variáveis.
Comprovaram que não havia uma relação entre as duas variáveis, mas
sim a existência de outras variáveis, como o fator psicológico.

Segunda Fase

Foram selecionadas seis operárias de nível médio para compor o grupo


experimental. Cinco moças montavam os relés, enquanto a sexta
fornecia as peças necessárias para manter o trabalho contínuo. Todas
estavam cientes quanto aos objetivos da experiência para determinar o
efeito de certas mudanças nas condições de trabalho. Obtiveram
intervalos de descanso, lanches, mudança de local de trabalho, redução
no horário, entre outros benefícios.

Compreenda a terceira fase da experiência de Hawthorne.


Preocupados com os resultados da fase anterior, os pesquisadores
foram mudando o foco inicial ao longo do processo e passaram a
conduzir os estudos em direção às relações humanas no trabalho,
dando início a um programa de entrevistas.
As entrevistas visavam obter maiores conhecimentos sobre os
empregados, suas opiniões sobre seu trabalho e como eram tratados,
pensamentos, sugestões a serem aproveitadas. O programa revelou
uma organização informal formada pelos operários, a fim de se
protegerem contra aquilo que consideravam ameaças da administração
contra seu bem-estar.
Nesta fase, dos 40.000 empregados da fábrica, entre 1928 e 1930 foram
entrevistados cerca de 21.000.O sistema de entrevista sofreu alteração,
adotando a técnica da entrevista não diretiva, assim o operário podia se
expressar livremente sem interferência do entrevistador ou de um roteiro
predeterminado. Foi nesse estágio que os entrevistados revelaram a
existência da organização informal criada pelos próprios operários.
Compreenda a quarta fase da experiência de Hawthorne : Um grupo
experimental foi selecionado para montagem de terminais que
trabalharia em uma sala especial com condições idênticas as que
sempre trabalharam.
O pagamento era determinado de acordo com a produção do grupo,
havia um salário/hora baseado em inúmeros fatores e um salário
mínimo/horário, no caso de interrupções na produção. Só haveria
elevação dos salários se a produção total aumentasse.
Ao se familiarizar com o grupo, o observador notou que os operários,
após atingirem uma produção que julgavam ser a ideal, reduziam o ritmo
de trabalho.
Comunicavam a sua produção de forma a deixar o excesso de um dia
para compensar a falta em outro e também solicitavam pagamento em
caso de excesso de tarefas.
Conclusões da Experiência de Hawthorne: Dentre as principais
conclusões temos as seguintes:
a. Nível de produção é resultante da integração social – verificou-se que
o nível de produção não é determinado pela capacidade física ou
fisiológica do empregado, mas por normas sociais e expectativas que o
envolvem.
b. Comportamento social dos empregados – permitiu verificar que o
comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo.
c. As recompensas e sanções sociais: o Homem Social – constatou-se
que os operários que produziam muito acima ou muito abaixo da norma
socialmente determinada perderam a afeição e o respeito dos colegas.
O comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas e
padrões sociais.
d. Grupos informais – a empresa passou a ser visualizada como uma
organização social composta de diversos grupos sociais informais, cuja
estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa.
e. As relações humanas – cada indivíduo é uma personalidade
altamente diferenciada que influi no comportamento e atitudes dos
outros com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente
influenciado pelos outros.
f. A importância do conteúdo do cargo – a maior especialização (e,
portanto a maior fragmentação) do trabalho não é uma forma mais
eficiente de divisão do trabalho.
A organização técnica e a organização humana, a organização formal e
a organização informal são subsistemas interligados e interdependentes.
Qualquer modificação em algum deles provoca modificações nos
demais. Esses subsistemas são concebidos como permanecendo num
estado de equilíbrio, no qual uma modificação em alguma parte provoca
reação das demais a fim de restabelecer uma condição de equilíbrio
preexistente, anterior aquela modificação.
2.4 TEORIA NEOCLÁSSICA
A Teoria Neoclássica, considerada uma somatória de teorias, surge em
1950. Tem como principal referência Peter Drucker, Willian Newman,
Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e George Terry.
Características:
 ÊNFASE NA PRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO: busca desenvolver
os conceitos de praticidade e utilidade, objetivando à ação
administrativa. Visa resultados concretos e satisfatórios.
 REAFIRMAÇÃO DOS POSTULADOS CLÁSSICOS: realinha a
maior parte do material formulado pela Teoria Clássica, dando
uma nova dimensão e estrutura de acordo com as configurações
mais amplas e flexíveis da abordagem neoclássica.
 ÊNFASE NOS PRINCÍPIOS GERAIS DE
ADMINISTRAÇÃO: estabelece normas de comportamento
administrativo. Retoma os princípios gerais de planejar, organizar,
dirigir e controlar como critérios mais ou menos elásticos para a
busca de soluções administrativas práticas.
 ÊNFASE NOS OBJETIVOS E NOS RESULTADOS : todas as
atividades da organização devem servir para alcançar objetivos e
produzir resultados. É em função disso que ela deverá ser
estruturada e orientada.
 ECLETISMO DA TEORIA NEOCLÁSSICA: apesar de se basear
na Teoria Clássica, absorve conteúdo de grande parte das outras
teorias administrativas.

que os autores neoclássicos reestruturam o conceito de organização


formal constituindo a organização como um conjunto de procedimentos
hierárquicos, porém práticos, com a finalidade de produzir bens e
serviços.
Por enfatizar a função do administrador, a Teoria Neoclássica também
foi chamada de escola operacional. Ela idealiza uma administração
dimensionada para alcançar seus objetivos.
Todos os seus autores defendem que cada uma das funções deve
atender a seus princípios de aplicação e utilização específicos.

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