Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GESTÃO AMBIENTAL E
RESPONSABILIDADE SOCIAL
MISSÃO
VISÃO
EDITORIAL
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Objetivos da disciplina
LISTA DE FIGURAS
>>FIGURA 2 - Mexilhões-dourados incrustados em uma pedra 18
>>FIGURA 3 - A irrigação pode transformar terras produtivas em desertos 23
>>FIGURA 4 - Florescimento de alga de um lago 24
>>FIGURA 5 - Gestão ambiental empresarial – influências 33
>>FIGURA 6 - Metodologia PDCA 35
>>FIGURA 7 - Ciclo de vida de um produto 39
>>FIGURA 9 - Biocombustíveis, combustíveis produzidos a partir de material
vegetal 42
>>FIGURA 10 - Processo de internalização da dimensão ambiental nas orga-
nizações 43
>>FIGURA 11 - Bacia Hidrográfica 52
>>FIGURA 12 - O EIA e o ciclo do projeto – Momentos da sua elaboração 54
>>FIGURA 14 - Vetores da responsabilidade social 75
>>FIGURA 15 - Henry David Thoreau 85
>>FIGURA 16 - Bombardeio atômico em Nagasaki 89
LISTA DE TABELAS
>>QUADRO 1 - Principais normas da Série ISO 14000 37
>>QUADRO 2 - Licenças ambientais – Prazos de validade 47
>>QUADRO 3 - Princípios do EIA 54
>>QUADRO 4 - Tipos de Contabilidade Ambiental 64
>>QUADRO 5 - Demonstração dos custos e receitas ambientais 68
>>QUADRO 6 - Custos ambientais totais da empresa 69
>>QUADRO 7 - Resumo do conteúdo da ISO 26000 77
>>QUADRO 8 - Principais stakeholders e seus interesses básicos na e 79
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 29
CONCLUSÃO 44
CONCLUSÃO 59
CONCLUSÃO 71
5
5 RESPONSABILIDADE SOCIAL 73
UNIDADE
5.1 AS DIMENSÕES INTERNA E EXTERNA DA RSE 74
5.2 AS NORMAS QUE ENVOLVEM A RSE 76
5.3 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS E STAKEHOLDERS 78
5.4 BALANÇO SOCIAL 80
CONCLUSÃO 82
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 84
UNIDADE 6 6.1 MOVIMENTO AMBIENTALISTA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNDO 85
6.2 MOVIMENTO AMBIENTALISTA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL 90
6.3 A AGENDA 21 COMO INSTRUMENTO PARA A GESTÃO AMBIENTAL 92
6.4 ASPECTOS LEGAIS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL 94
CONCLUSÃO 96
GLOSSÁRIO 97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 98
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
1 DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Ao longo desta unidade, o foco do nosso estudo será o desenvolvimento sustentável,
que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual sem com-
prometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. As dimen-
sões e desafios do desenvolvimento sustentável, assim como a crise ambiental, são
tratados em nível global. Por fim, a gestão ambiental é abordada como pressuposto
da sustentabilidade.
Segundo Braga et al. (2005), o relatório produzido pela Comissão Mundial para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD) em 1987, denominado Nosso Futuro Co-
mum, apresentou pela primeira vez uma definição do conceito de Desenvolvimento
Sustentável (DS): “Atender as necessidades da geração presente sem comprometer a
habilidade das gerações futuras de atenderem suas próprias necessidades”. A comis-
são foi formada em 1984 pela Organização das Nações Unidas, com a participação
de membros de 22 países e, por três anos consecutivos, a comissão e seus assessores
estudaram conflitos entre os crescentes problemas ambientais e as necessidades das
nações em desenvolvimento (BRAGA et al., 2005). O relatório foi generalizado e prevê
que diversas interpretações podem ocorrer quanto ao conceito de DS, mas é inegável
que foram abertas as portas para o debate da equidade social e que o meio ambien-
De acordo com Dias (2015), na sua formulação original, elaborada pela CMMAD, bus-
cava-se integrar três elementos: (1) atender as necessidades básicas da geração atual;
do mesmo modo, (2) atender as necessidades das gerações futuras; e (3) promover a
manutenção da capacidade natural para que fossem alcançado esses objetivos.
Ainda segundo Dias (2015), nessa concepção de DS estão presentes algumas premis-
sas, que são:
A espécie humana tem um imenso impacto para o planeta, pois suas atividades de-
terioram os sistemas ecológicos e causam a extinção de espécies. Segundo Ricklefs
(2001), a crise ambiental não pode ser totalmente resolvida até que o crescimento
populacional humano seja interrompido, o consumo de energia decline, e o desen-
volvimento econômico leve os valores ecológicos em consideração.
A população global atual utiliza-se da inesgotável energia solar e processa, por meio
de sua tecnologia e de seu metabolismo, os recursos naturais finitos, gerando impla-
cavelmente algum tipo de poluição (BRAGA et al., 2005).
Assim, podemos concluir que todas as atividades humanas têm consequências para
o ambiente. Conheça a seguir as principais ameaças aos processos ecológicos e à
diversidade biológica.
O recurso pode ser extraído de modo tão extensivo que ele se torna raro e até extinto.
O mercado então busca outra espécie ou região para explorar. A pesca comercial se
enquadra nesse padrão (Figura 1) (PRIMACK; RODRIGUES, 2005).
Embora a grande maioria das espécies exóticas não se estabeleça nos lugares nos
quais foram introduzidas, porque o novo ambiente geralmente não é adequado às
suas necessidades, certa porcentagem de espécies consegue se instalar em seu novo
lar, e muitas delas crescem em abundância às custas das espécies nativas (PRIMACK;
RODRIGUES, 2002). Essas “espécies exóticas invasoras”, como são conhecidas, repro-
duzem-se, dispersam-se e causam sérios danos ao ambiente, à economia e à saúde
humana.
De acordo com Zalba (2001) citado por Matthews e Brand (2001), é importante notar
que, embora nem todas as espécies exóticas se tornam invasoras e que os impactos
variam de acordo com as espécies e os ambientes, algumas dessas espécies causam
impactos sérios e de amplas consequências, principalmente se não controladas.
As espécies exóticas podem competir por alimento e espaço com as espécies nativas,
alimentar-se destas e, desta forma, levá-las à extinção.
Vários outros tipos de ambiente estão sendo degradados. Os manguezais, por exem-
plo, são derrubados para criações de camarão e assentamentos humanos. Rios, aos
serem represados, trazem benefícios, como o controle de inundações, água para ir-
rigação e geração de energia, mas também aumentam o transporte de areia fina,
impedem as migrações de peixes, alteram as condições da água à jusante e podem
mudar o clima local (RICKLEFTS, 2001).
Segundo Primack e Rodrigues (2005), a poluição constitui a maneira mais sutil de de-
gradação ambiental, sendo as causas mais comuns dessa degradação os pesticidas,
os produtos químicos e o esgoto liberado por indústrias e comunidades, emissões de
fábricas e automóveis, e a erosão de encostas.
Dessa forma, o evento ocorrido em Mariana pode ser considerado um dos mais gra-
ves desastres ambientais do mundo, com proporções e consequências ainda des-
conhecidas. É fato que a maior carga dos danos ambientais foi destinada para as
populações mais socialmente vulneráveis, como pescadores artesanais, pequenos
agricultores e populações indígenas. O equilíbrio ecológico desses ecossistemas pre-
cisa ser restabelecido, e a justiça ambiental, concretizada.
O Brasil está entre os países mais emissores de gases de efeito estufa, principalmente
devido às queimadas e derrubada de florestas. Chama-se a atenção, também, pela
produção de gases de efeito estufa (GEE) em hidroelétricas no país. Gases como me-
tano (CH4) são formados quando a matéria orgânica se decompõe sem a presença
de oxigênio, por exemplo, no fundo de um reservatório (FEARNSIDE; MILLIKAN, 2012).
1.2.4 IRRIGAÇÃO
A irrigação é uma prática agrícola que, devido à grande demanda de alimentos no
mundo, foi empregada em grandes escalas, sem manejo adequado e com sistemas
de irrigação muitas vezes inapropriados.
Dias (2015) levanta uma questão pertinente à perda de água da irrigação por meio
da evaporação, infiltração e escoamento, já que apenas cerca de 60% da água para
irrigação do mundo chega aos cultivos. O motivo é que os principais sistemas de irri-
gação não são adequados. Nesses sistemas, por exemplo, é bombeada água subter-
rânea ou de superfície por meio de valas sem revestimento, que flui pela gravidade
aos cultivos que serão irrigados.
• Acumulação de sal em solos irrigados em zonas áridas, que podem se tornar de-
sertificados (Figura 2).
1.2.5 EUTROFIZAÇÃO
As organizações, tanto do ponto de vista social como econômico, estão passando por
questionamentos que se iniciaram com os movimentos estudantis e culturais das
décadas de 1960 e 1970 (FENKER et al., 2015).
As leis relacionadas à proteção ambiental passam, a partir daí, a ser mais severas e,
caso as empresas não cumpram essas leis, elas podem sofrer penalidades de ordem
administrativa, civil e criminal extensiva aos administradores.
concorda? Até porque ela pode ter perdas financeiras, perda da reputação, reações
negativas por parte de seus consumidores e da sociedade em geral, fora as possíveis
ações judiciais, que podem ser movidas.
Assim, as empresas passam a adotar uma série de mecanismos para reduzir o con-
sumo e uso de bens naturais e evitar os riscos da atividade decorrentes da poluição
e degradação ambiental, preservando a saúde e qualidade de vida da população e a
sustentabilidade do planeta, tais como: Sistema de Gestão Ambiental (SGA); Norma
de Qualidade Ambiental (ISO 14001); selos verdes e outras ferramentas de gestão
ambiental, com repercussão nas atividades e custos (FENKER et al., 2015).
CONCLUSÃO
A crise ambiental está cada vez mais no centro das discussões, e o homem está to-
mando consciência de que, da sua forma de se relacionar com o ambiente, depende o
futuro do planeta. Passa a ser urgente a necessidade de mudar o atual modelo socioe-
conômico de relação sociedade-natureza. O conceito do desenvolvimento sustentável
ou sustentabilidade surge como um modelo múltiplo para a sociedade enfrentar a
crise ambiental, de forma a considerar todas as dimensões (social, econômica, política,
ecológica, etc.). A gestão ambiental, dentro desse contexto, constitui uma ferramenta
do desenvolvimento sustentável, já que é constituída por um conjunto de ações que
visam reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o
meio ambiente. Observa-se, também, que, na gestão ambiental, aliados às ações de
responsabilidade social estão os princípios do desenvolvimento sustentável, pois as
empresas em busca de credibilidade incorporam, tanto nas suas atividades quanto na
tomada de decisão, as variáveis ambiental e social.
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Identificar as
aplicações das
principais normas
da série ISO 14000,
especialmente a ISO
14001:2015.
2 SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL
Nesta unidade, você terá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre o Sis-
tema de Gestão Ambiental (SGA) e as normas da ISO 14000. O processo de implan-
tação do SGA será apresentado, assim como as principais normas da série ISO 14000.
A cultura ambiental nas organizações será discutida como instrumento de mudança
em prol do meio ambiente.
Segundo Dias (2017), as empresas constituem, hoje, um dos principais agentes res-
ponsáveis pela obtenção de um desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade
passa a constituir uma função administrativa. A adoção de Sistemas de Gestão Am-
biental (SGA) integrados, que envolva a mudança da cultura organizacional da em-
presa e introduza o componente ambiental entre as preocupações desta, é impor-
tante e se faz necessária diante das novas exigências.
Saiba mais
Empresas
Sociedade Mercado
Os políticos estão cada vez mais pressionados pela sociedade, o que levou a aprova-
ção de leis em prol de questões ambientais a se tornar uma constante.
Por fim, outra fonte de pressão sobre as empresas advém do aumento da consciência
da população em geral. Os consumidores estão mais exigentes, por isso procuram
produtos e serviços mais sustentáveis.
Assim, não faltam pressões para que as empresas adotem medidas de proteção ao
meio ambiente, bem como para que imponham as práticas ambientais que julgam
mais apropriadas, como indicam as setas mais finas da Figura 1.
para evitar o seu surgimento. Essa melhoria da qualidade necessita de uma atuação
da organização em face das pressões dessas forças de mercado, representadas pelas
variáveis ambientais: legais (normas da série ISO 14000, por exemplo), econômicas,
tecnológicas, sociais, demográficas e físicas.
A metodologia Plan, Do, Check e Act (PDCA) é uma forma indicada de implantação
de um SGA (Figura 2). Segundo Barbieri (2016), como indicado pelas setas (Figura 2),
assim que uma melhoria é alcançada, o ciclo se repete, inicialmente para sustentá-la,
depois, para superá-la.
Política ambiental
Planejamento (Plan)
Objetivos e metas; programas de gerenciamento
ambiental.
Implantação (Do)
Responsabilidades; treinamento; comunicação;
documentação do SGA; controle de documentos;
procedimentos de emergência.
Ações
es corretivas (Check) Medidas preventivas e
corretivas; auditoria de SGA.
Segundo Lins (2015), deve-se atentar para a avaliação, sugestões de medidas corretivas
e comunicação. A alta administração deve acompanhar e avaliar periodicamente os
resultados e o cronograma de cada fase. A avaliação do desempenho ambiental cor-
responde ao C (de checar, verificar) do ciclo PDCA. Desempenho ambiental refere-se
aos resultados mensuráveis relacionados à gestão de aspectos ambientais. O monito-
ramento faz parte da avaliação do desempenho ambiental. Por exemplo, acompanhar
diariamente o consumo de água para verificar se o objetivo de redução de consumo
está sendo alcançado conforme determinado. Caso haja a necessidade de correções
para a melhoria contínua, o monitoramento será a ferramenta indicativa para tal.
Medidas corretivas devem ser empregadas para eliminar a causa de uma não con-
formidade e prevenir a sua ocorrência. A empresa, nesse caso, deve executar ações
para controlar e corrigir a não conformidade, mitigando impactos adversos. Após a
implantação de todos os procedimentos operacionais do SGA, é importante asse-
gurar que as informações serão geradas em momento oportuno e para as pessoas
devidamente autorizadas e interessadas. Todos os documentos e registros do SGA
devem ser mantidos em local seguro e prontos para uso do pessoal interno ou para
as auditorias (LINS, 2015).
De acordo com Dias (2015), as normas ISO são normas ou padrões desenvolvidos
pela International Organization for Standardization, com sede em Genebra, na Suíça.
Alguns países são representados por entidades governamentais ou não diretamente
vinculadas ao governo, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que
representa o Brasil.
Barbieri (2016) aponta três tipos de normas sobre sistemas de gestão: (1) normas
que especificam requisitos para criar, manter e aperfeiçoar o sistema de gestão; (2)
normas guias ou de diretrizes para orientar o atendimento de requisitos; e (3) normas
sobre temas específicos auxiliares. São exemplos de normas do primeiro tipo a ISO
14001, que especifica requisitos de um SGA, e a ISO 9001, de um sistema de gestão
da qualidade. A ISO 14004 e a ISO 9004 são normas do segundo tipo, que fornecem
diretrizes gerais sobre os sistemas de gestão ambiental e de qualidade, respectiva-
mente. As normas ISO 19011 sobre auditoria e a ISO 14031 sobre avaliação do de-
sempenho ambiental são exemplos de normas do terceiro tipo (BARBIERI, 2016).
O uso da norma ISO 14031 não é obrigatório, nem mesmo para a organização que
possui um SGA conforme os requisitos da ISO 14001. Porém, a norma ISO 14031
apresenta diretrizes e recomendações que facilitam a determinação de indicadores
para fins do SGA.
As normas ISO 14000 são uma família de normas que buscam estabelecer ferramen-
tas e sistemas para a administração ambiental de uma organização. As normas, de
acordo com a série, estabelecem as diretrizes para auditorias ambientais, avaliação
de desempenho ambiental, rotulagem ambiental e análise do ciclo de vida dos pro-
dutos (Quadro 1).
NORMA/ANO DESCRIÇÃO
ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental. Especificações de uso.
Sistema de Gestão Ambiental. Diretrizes gerais, princípios, sistema e téc-
ISO 14004
nicas de apoio.
Sistema de Gestão Ambiental. Aplicável principalmente em pequenas e
ISO 14005
médias empresas.
ISO 14010 Diretrizes para auditoria ambiental. Princípios gerais.
Diretrizes para auditoria ambiental. Procedimentos de auditoria. Audito-
ISO 14011
ria de SGA.
Diretrizes para auditoria ambiental. Qualificação de auditores ambien-
ISO 14012
tais.
ISO 14020 Rótulos de declarações ambientais. Princípios gerais.
ISO 14021 Rótulos de declarações ambientais. Autodeclaração ambiental.
Gerenciamento ambiental. Avaliação de desempenho ambiental. Dire-
ISO 14031
trizes.
Gerenciamento ambiental. Avaliação de desempenho ambiental. Estudo
ISO 14032
de casos.
ISO 14040 Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Princípios e estrutura.
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Definição dos objeti-
ISO 14041
vos, escopo e análise de inventário.
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Avaliação do impac-
ISO 14042
to do ciclo de vida.
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Interpretação do ci-
ISO 14043
clo de vida.
NORMA/ANO DESCRIÇÃO
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Documentação de
ISO 14048
dados do ciclo de vida.
Gerenciamento ambiental. Análise do ciclo de vida. Exemplos para a ISO
ISO 14049
14041.
ISO 14050 Gerenciamento ambiental. Vocabulário.
ISO 14063 Gerenciamento ambiental. Comunicação ambiental.
ISSO 14064 Gerenciamento ambiental. Redução de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Gerenciamento ambiental. Complemento, validação de organismos e va-
ISO 14065
lidação das declarações sobre GEE.
Fonte: LINS, 2015, p. 24.
Conforme Dias (2017), a norma ISO 14001 é a ferramenta de gestão mais difundida
no mundo, com mais de 250.000 organizações que a aplica em 167 países. Após 11
anos decorridos da última revisão foi lançada a última versão, a ISO 14001:2015, que
estabelece normas para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). A
certificação dessa norma ajuda a prevenir os impactos ambientais utilizando méto-
dos adequados para evitá-los, reduzi-los ou controlá-los. Entre suas vantagens estão
a de transmitir o compromisso assumido pela organização de forma direta e crível,
viabilizar benefícios econômicos por meio da otimização do consumo de energia, de
matérias-primas e de água e pela melhoria dos processos, também reduz os riscos
legais de recebimento de multas (DIAS, 2017).
CICLO DA ECONOMIA
RECURSOS
RESÍDUOS
gências legais e de suas políticas para o meio ambiente em seus potenciais im-
pactos significativos.
ECONOMIA
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
MEIO
SOCIAL
AMBIENTE
• Reconhecer que a gestão ambiental está entre as mais altas prioridades da cor-
poração.
Dentro desse contexto, o Brasil, de acordo com Dias (2017), é um dos países mais pro-
missores no que diz respeito ao aproveitamento da energia a partir de matéria orgâni-
ca, que origina a bioenergia. O país tem enorme potencial nas diversas formas da bioe-
nergia, quer no estado líquido, quer no sólido ou gasoso. Em termos de combustíveis
líquidos, tem o etanol e o biodiesel (Figura 5). A biomassa sólida é abundante e pouco
utilizada, como restos de matéria orgânica e bagaço de cana, por exemplo. O biogás
biocombustível
Dicas
Para Dias (2017), a adoção de Sistemas de Gestão Ambiental nas empresas deve vir
acompanhada de uma mudança cultural, em que as pessoas têm de estar mais en-
volvidas com a nova perspectiva. Nesse sentido, alguns hábitos e costumes arraigados
que são consolidados no ambiente externo das empresas devem ser combatidos, e
outros positivos devem ser assimilados pelo conjunto da organização.
Meredith (1994), citado por Andrade (1997), sugere uma tipologia de possíveis estra-
tégias ambientais empresariais desenvolvidas durante o processo de internalização
da dimensão ambiental nas organizações (Figura 6). As empresas podem ser classifi-
cadas em reativas, ofensivas e inovativas.
Já as ofensivas querem obter vantagem competitiva, onde for possível, e sem mui-
to investimento. As empresas ofensivas percebem a variável ambiental como uma
oportunidade, porém o controle da poluição ainda é uma função eminentemente da
produção (ANDRADE, 1997). A preocupação revelada por muitas empresas pode ter
várias origens, e não necessariamente retrata uma maior consciência ambiental ou
um maior comprometimento com a sustentabilidade.
Por fim, segundo Andrade (1997), as empresas inovativas se antecipam aos proble-
mas ambientais futuros por meio da sua resolução, simultaneamente com o fortale-
cimento de suas posições no mercado. Nesse terceiro estágio, a questão ambiental
passa a ser incorporada nas estratégias empresariais mais gerais como um elemento
importante de construção de vantagens competitivas duradouras.
CONCLUSÃO
A adoção de SGA integrados, que envolva a mudança da cultura organizacional da
empresa em prol da conservação ambiental, é importante e pertinente diante da
atual conjuntura de crise socioambiental. As normas orientam os sistemas de ges-
tão, as ISO 14000, por exemplo, se referem a um processo pelo qual as organizações
deverão estabelecer políticas e objetivos que cumpram as leis e regulamentações
ambientais e que evitem a poluição. Trata-se de um sistema de normalização abran-
gente, que visa ao cumprimento das leis e considera os princípios da conservação
ambiental, além de universalizar conceitos e procedimentos. Uma organização que
tenha o seu SGA certificado pela ISO 14000, por exemplo, terá controle sobre os seus
resíduos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas. No entanto, isso não é uma ga-
rantia de que tal organização não esteja causando impactos ao meio ambiente.
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Identificar os
princípios do
licenciamento
ambiental.
3 RELATÓRIOS AMBIENTAIS:
EIA/RIMA
A unidade trata dos aspectos mais importantes do Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), tais como conceitos, requisitos e con-
teúdo. Esses dois documentos subsidiam a gestão pública na tomada de decisão
quanto à viabilidade ambiental ou não, de determinado empreendimento. O licen-
ciamento ambiental, um procedimento administrativo para o controle ambiental,
também, é apresentado.
Todas as licenças ambientais são válidas por tempo determinado e, para cada tipo de
licença, há um prazo de validade mínimo e um máximo (QUADRO 1).
PRAZOS
TIPO DE LICENÇA
MÁXIMO MÍNIMO
Licença Prévia 5 anos Prazo estabelecido pelo cronograma dos planos,
programas e projetos relativos à atividade ou ao
empreendimento. Esse prazo poderá ser prorro-
6 anos gado desde que não ultrapasse o prazo máximo
Licença de Instalação da respectiva licença.
Mínimo de quatro anos ou o prazo considerado
nos planos de controle ambiental. Prazos especí-
Licença de Operação 10 anos ficos para empreendimentos ou atividades sujei-
tos a encerramentos ou modificações em prazos
inferiores.
Fonte: Quadro 1 - Brasil, 1997, art. 18.
O EIA e o RIMA podem ser exigidos em qualquer uma das etapas do licenciamento
ambiental. A Resolução Conama 237/97 estabelece, em seu art. 7º, que os empreen-
dimentos e atividades serão licenciados em um único nível de competência, ou seja,
federal, estadual ou municipal. Essa regra contraria a anteriormente estabelecida,
através da Resolução Conama 01/86, que atribuía aos órgãos estaduais e, supletiva-
mente, ao Ibama esta competência, deixando abertura para que os órgãos munici-
pais de controle ambiental fizessem também essa exigência caso fosse necessário
(CARVALHO, 2007).
O impacto ambiental corresponde às alterações nos meios físico, biótico e social pro-
duzidas pelas atividades antrópicas em andamento ou que estão por vir, ou seja, o
impacto pode ser real ou potencial. Nesse último caso, se a atividade vier a ser imple-
mentada no futuro. Os impactos podem gerar efeitos positivos e negativos.
3. A biota.
3.1.2.3 EIA
A Resolução Conama 01/86, art. 2º, lista alguns casos de atividades ou empreendi-
mentos sujeitos ao EIA e ao RIMA. Entretanto, cabe ao órgão ambiental competente
identificar as atividades e os empreendimentos para os quais há a necessidade da
elaboração deste estudo e a emissão do EIA/RIMA. O EIA também deve atender às
seguintes exigências contidas na lei de Política Nacional do Meio Ambiente:
• Definir os limites da área geográfica a ser afetada pelos impactos (área de influên-
cia do projeto), considerando principalmente a “bacia hidrográfica” (FIG.1) na qual
se localiza.
Saiba mais
O art. 6º da Resolução Conama 237/97 determina que o EIA deve ser composto obri-
gatoriamente por quatro seções, que irão embasar a avaliação dos impactos ambien-
tais:
II. Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de iden-
tificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis
impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos
e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e
permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinér-
gicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
III. Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipa-
mentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência
de cada uma delas.
da elaboração do projeto. Nesse caso, este poderá ser realizado somente após a im-
plementação do projeto e as medidas decorrentes desse estudo ficam limitadas às
decisões já tomadas e executadas. Além disso, as ações para minimizar ou eliminar
os impactos indesejáveis podem levar tempo e consumir muitos recursos, pois as op-
ções possíveis se restringem àquelas que podem ser aplicadas. Na FIG. 2 (b), o EIA foi
realizado após a elaboração do projeto detalhado do empreendimento ou atividade,
mas antes da sua implementação. Assim sendo, pode ser necessário rever o projeto
para incluir as contribuições desse estudo, no entanto o esforço para incluir melhores
soluções do ponto de vista ambiental é muito menor do que no primeiro caso.
a)
Concepção Desenvolvimento Implementação Operação
b)
Concepção Desenvolvimento EIA Alteração Implementação Operação
PRINCÍPIO COMENTÁRIOS
Não tentar cobrir demasiados tópicos com detalhes excessivos.
Focalizar as questões principais Em qualquer fase do projeto, o escopo do EIA deve se limitar aos
mais prováveis e mais sérios impactos ambientais.
PRINCÍPIO COMENTÁRIOS
Geralmente, são necessários três tipos de participantes:
Segundo Barbieri (2016) não há menção à independência da equipe, apenas exige-
-se que seja capacitada e afirma-se que seus integrantes serão responsáveis pelas
informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais. É
3.1.2.4 RIMA
Segundo Carvalho (2007), o RIMA refletirá as conclusões do EIA, devendo ser apre-
sentado de forma objetiva e compreensível, com ilustrações que possam contribuir
para facilitar a comunicação e interpretação, a fim de que se torne compreensível às
vantagens e desvantagens da instalação do projeto, bem como suas consequências
ambientais, tendo como característica principal facilitar a comunicação com a socie-
dade.
O local da audiência pública deve ser acessível às partes interessadas. Mais de uma
audiência pública pode ocorrer se o RIMA não apresentar linguagem clara e ade-
quada ou se os procedimentos para a efetuação da audiência, como a ocorrência de
erros no editas de convocação, forem identificados.
Leitura Complementar
CONCLUSÃO
O EIA e o RIMA representam a materialização das declarações dos empreendedores
referentes aos impactos e às mitigações que os mesmos realizarão em decorrência de
suas atividades. Estes têm como objetivo principal fornecer subsídios para os gestores
públicos quanto à viabilidade ambiental ou não de um empreendimento. As ações
públicas constituem, no entanto, um aspecto frágil no sentido de fazer cumprir os
fundamentos legais. O poder público deve investir nos recursos técnicos para o acom-
panhamento das ações ambientais dos empreendimentos e exigir os EIAs e RIMAs
de todas as atividades que causem danos ao meio ambiente e não somente esperar
que os empreendedores tomem essa iniciativa. Estes dois instrumentos de Política
Ambiental devem ser mais utilizados e divulgados, a fim de minimizar os impactos
produzidos pelas organizações. E, para tal, é cada vez mais necessária uma conscien-
tização ambiental por parte da população e do poder público, de modo a se dar o de-
vido valor à conservação ambiental e consequente manutenção dos recursos naturais.
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Identificar e
diferenciar ativos,
passivos, receitas e
custos (despesas)
ambientais.
4 CONTABILIDADE
AMBIENTAL
A contabilidade como ciência que controla o patrimônio das entidades tem a respon-
sabilidade de informar a movimentação financeira patrimonial das entidades. Assim,
dentre suas atribuições, está à utilização do patrimônio natural como origem das ri-
quezas de muitos empreendimentos.
É inquestionável que a riqueza patrimonial das entidades tenha relação com a explo-
ração nada sustentável dos recursos naturais e consequente degradação ambiental.
Mas de acordo com Carvalho (2007) essa relação não consta nos registros e ou de-
monstrações contábeis da grande maioria das empresas, sendo, recente esta discus-
são e a menção da Contabilidade Ambiental. Um dos motivos da omissão de informa-
ções ambientais em registros e demonstrativos contábeis é o provável impacto destas
no fluxo de caixa das empresas e na obtenção de lucro.
4.1 HISTÓRICO
A contabilidade ambiental não é uma nova ciência, mas sim, uma segmentação da
tradicional já, amplamente, conhecida. São objetivos da contabilidade ambiental, se-
gundo Ribeiro (2010): identificar, mensurar e esclarecer os eventos e transações eco-
nômico-financeiros que estejam relacionados com a proteção, preservação e recupe-
ração ambiental, ocorridos em um determinado período, visando a evidenciação da
situação patrimonial de uma entidade.
O apego aos aspectos estritamente econômicos foi um obstáculo para dar início à ex-
posição das informações acerca das relações entre a contabilidade e o meio ambien-
te. Outras causas podem ser apontadas para a omissão de informações ambientais
nos demonstrativos contábeis (CARVALHO, 2007):
Por outro lado, porque evidenciar as informações ambientais? Esta decisão de registrar
os fatos contábeis relacionados ao meio ambiente não tem sido tomada unicamente
pela entidade. Forças externas tem influenciado nesta mudança de postura (FIG.1).
As informações prestadas pelas concorrentes, por exemplo, têm levado as demais a
também realizar e evidenciar ações na área ambiental. E por sua vez a sociedade tem
reclamado uma postura ambientalmente correta de alguns segmentos corporativos,
associando isto a seus produtos. São os clientes mais conscientes influenciados pela
maior divulgação do assunto na mídia e também pelos resultados da educação am-
biental.
Segundo Carvalho (2007) essa evidenciação tem ocorrido de forma mais efetiva em
alguns setores da atividade econômica, em decorrência de fatores como:
MERCADOS SOCIEDADE
GOVERNO CLIENTES
CONTABILIDADE
AMBIENTAL
CONCORRÊNCIA FORNECEDORES
E quais são os tipos de Contabilidade Ambiental? Esta pode ser classificada em na-
cional, gerencial ou financeira (QUADRO1). A Environmental Protection Agency (EPA)
diz que a Contabilidade Ambiental Nacional tem um enfoque macroeconômico e é
voltada para as contas nacionais de um país; que a Contabilidade Ambiental Finan-
ceira apresenta um enfoque no usuário externo a empresa; e que a Contabilidade
Ambiental Gerencial ou de Custos enfoca o usuário interno da empresa. Esta última
subsidia o processo de tomada de decisões empresariais.
Macroeconômico, Economia
Contabilidade Nacional Externo
Nacional
A empresa pode utilizar recursos naturais, degradar o meio ambiente e depois cus-
tear custos relativos a multas a serem pagas aos órgãos públicos, indenizações devi-
das aos órgãos públicos ou a pessoas em particular, como também compensações a
serem pagas aos órgãos ambientais ou à sociedade. Em termos contábeis isto corres-
ponde a passivos ambientais.
Por outro lado na atualidade, a empresa é levada a assumir uma posição de susten-
tabilidade. Isto em termos contábeis está relacionado com custos ou despesas am-
bientais internalizados pela empresa.
Segundo Carvalho (2007) ativos ambientais são considerados todos os bens e direitos
da entidade, relacionados com a proteção, preservação e recuperação ambiental, e
que sejam aptos a gerar benefícios econômicos futuros para entidade. Estes ativos
podem ser circulantes ou permanentes. São exemplos de ativos ambientais circulan-
tes (CARVALHO, 2007):
• Nos ativos realizáveis a curto e longo prazo podem ser lançados os direitos ori-
ginários de uma receita ambiental e os estoques, quando relacionados com
insumos do sistema de gerenciamento ambiental ou com produtos reaprovei-
tados do processo operacional.
De acordo com a IBRACON (1996) o passivo ambiental pode ser conceituado como
toda agressão que se praticou/pratica contra o meio ambiente e consiste no valor de
investimentos necessários para reabilitá-lo, bem como multas e indenizações em po-
tencial. São exemplos de passivos ambientais: a necessidade da empresa em adquirir
empréstimos de instituições financeiras para investimento na gestão ambiental; o
aumento de gastos da empresa com a remuneração de mão de obra especializada
em gestão ambiental e; a realização de pagamento de multas decorrentes de infra-
ções ambientais.
produtivo podem ser vendidas, assim como os reciclados, como matéria-prima para
outras empresas ou reutilizados pela própria empresa em seu processo produtivo. A
escória de alto-fornos de siderúrgicas, resíduos de metais, por exemplo, pode ser reci-
clada e vendida para fábricas de cimento e cerâmica.
De acordo com Faroni et al. (2010) é mais interessante para uma empresa investir em
prevenção ambiental, já que o custo do impacto ambiental causado por degradação
do meio ambiente pode ser maior que o custo do impacto quando a empresa ado-
ta medidas preventivas. Na ilustração, a empresa quando investe em prevenção do
meio ambiente reduzirá o seu custo em 60%, gastando para isso R$100.000,00. As-
sim, a empresa terá um ganho de R$ 200.000,00, isto é, R$300.000,00, de economia
nos custos, menos R$100.000,00 investidos para obter esse resultado (FARONI et al,
2010).
R$ 150.000,00 R$ 200.000,00
Indenização Custo do Impacto (B)
R$ 50.000,00
Multa
Para o cálculo dos custos ambientais totais da empresa soma-se o custo dos mate-
riais desperdiçados, despesas de manutenção e de depreciação e do trabalho com os
custos de tratamento e prevenção ambiental, como ilustrado no QUADRO 2.
Segundo Faroni et al. (2010) os custos ambientais estão relacionados a multas, in-
denizações a prejuízos causados a terceiros, recuperação de áreas degradadas pela
empresa e impostos sobre produtos poluidores, bem como gastos com tratamento
de saúde de funcionários.
De acordo com Tinoco e Kraemer (2011) os custos ambientais são classificados em:
• Custos externos: são custos que podem incorrer como resultado da produção
ou existência da empresa. São difíceis de medir em termos monetários e ge-
ralmente estão fora dos limites da empresa. São exemplos: danos na proprie-
dade de outros, danos econômicos a outros e danos aos recursos naturais;
• Custos internos: são os custos que estão relacionados diretamente com a linha
de frente da empresa, e incluem os custos de prevenção ou manutenção, sen-
do mais fáceis de serem identificados;
• Custos indiretos: são os que não têm vínculo causal direto com o processo e a
gestão ambiental, tais como treinamento ambiental, manutenção de registros
CONCLUSÃO
Diante do aumento da preocupação com a problemática ambiental, as empresas se
vêm cada vez mais exigidas a adotar novas posturas em relação às questões ambien-
tais. Diante da nova conjuntura empresarial, não existe outro caminho, que não seja
uma postura comprometida com o meio ambiente. Desta forma, a contabilidade
ambiental constitui uma aplicação da ciência contábil que auxilia os gestores de em-
presas no controle de custos ambientais.
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Identificar os
stakeholders e
sua relação com
as orientações
estratégicas
empresariais.
5 RESPONSABILIDADE
SOCIAL
A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) ou Responsabilidade Social Corporativa
(RSC) vem integrar práticas sociais e ambientais nas empresas, que não são oriundas
de obrigações legais, mas que atendem às expectativas da sociedade. Não se trata de
filantropia, segundo a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvol-
vimento a Responsabilidade Social. A RSE compreende medidas constitutivas pelas
quais as empresas integram preocupações da sociedade em suas políticas e ope-
rações comerciais, em particular, preocupações ambientais, econômicas e sociais.
Ashley et al. (2003) cita várias interpretações para RSE:
• É uma legitimidade.
O consenso geral em uma visão ampla conceitua RSE, como toda e qualquer ação
que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
O Pacto Global constitui uma referência para uma atuação socialmente mais respon-
sável nas empresas e sua abrangência trouxe discussões bastante importantes para a
atuação destas, como o combate à corrupção.
Segundo Dias (2017) a RSE apresenta duas dimensões quando considerada a em-
presa, a interna e a externa. A dimensão interna contempla as práticas responsáveis
socialmente, que dizem respeito aos trabalhadores e se referem a questões como os
investimentos realizados em recursos humanos, a saúde e a segurança do trabalho,
e a gestão das mudanças provocadas pelo processo de reestruturação produtiva, e a
gestão dos recursos naturais utilizados na produção. Todas as ações políticas e pro-
gramas dirigidos aos fornecedores, distribuidores e a todos os integrantes da cadeia
produtiva, também, fazem parte da RSE interna (DIAS, 2017).
Para Ashley et al. (2003) a RSE engloba o público interno e externo, além do inves-
timento na preservação ambiental, mas não necessariamente privilegiando uma
categoria em particular. Segundo este autor, temos pelo menos sete vetores, que
direcionam o processo de gestão empresarial para o fortalecimento das empresas
na responsabilidade social (FIG.1). A responsabilidade social empresarial externa e
interna devem sempre estar conectadas e possuem a mesma importância.
V7
Satisfação
de clientes e
consumidores V1
V6 Apoio ao
Vetores da
responsabilidade
V5 V2
social
Retorno aos Preservação do
acionistas meio ambiente
V3
Investimento no
V4 bem estar dos
Comunicações funcionários e
dependentes e
transparentes em um ambiente
de trabalho
agradável
A norma Responsabilidade Social 8000 (SA 8000) elaborada pela SAI (Social Accoun-
tability International) trata das condições de trabalho e prevê um controle indepen-
dente para verificação de seu cumprimento nas empresas. Essa norma e seu sistema
de controle se baseiam em estratégias comprovadas de garantia de qualidade (como
a ISO 9000) e contempla aspectos trabalhistas importantes, como o trabalho infantil,
a liberdade de organização e o tempo de duração do trabalho. A essência da norma
SA 8000 é a garantia dos direitos humanos básicos e o preparo da gerência empresa-
rial para o cumprimento desta responsabilidade.
O Sistema da norma SA 8000 foi desenvolvido segundo o modelo das normas já es-
tabelecidas, a ISO 9001 e ISO 14001 que correspondem à gestão de qualidade e à
gestão ambiental, respectivamente. Segundo Dias (2017) a certificação pela norma
SA 8000 tem a função de validar as declarações da empresa a respeito de seu com-
promisso com a responsabilidade social, tornando pública sua credibilidade, aumen-
tando assim a reputação da empresa e o nível de confiança da comunidade.
a. Responsabilidade social
c. Governança organizacional
Sistema pelo qual uma organização toma decisões e as executa na busca de seus
objetivos.
No Brasil temos a norma NBR 16001 criada em 2004 pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), que estabelece requisitos mínimos relativos a um sistema
de gestão de responsabilidade social. A norma não é obrigatória e serve de referência
para organizações que queiram implementar técnicas de gestão de responsabilida-
de social (DIAS, 2017).
As estratégias das empresas quanto à responsabilidade social nos negócios está vin-
culada à relação da empresa com cada grupo de seus stakeholders. As empresas
devem identificar seus stakeholders se desejam integrar em sua gestão a responsa-
bilidade social, pois sua estratégia envolve a definição de quais stakeholders serão
priorizados. A seguir temos os principais stakeholders e seus interesses básicos na
empresa.
Concluímos, desta forma, que o conhecimento das expectativas mútuas entre em-
presas e stakeholders é condição essencial para a sustentação de uma orientação
estratégica para a responsabilidade social.
Este mecanismo de prestação de contas tem como finalidade dar maior transparên-
cia e visibilidade às informações aos stakeholders, funcionando como instrumento de
comunicação para contribuir no reforço da imagem institucional.
O Balanço Social evidencia as ações sociais das empresas tais como relações de tra-
balho dentro da empresa (empregados: quantidade, sexo, escolaridade, encargos so-
ciais, gastos com alimentação, educação e saúde do trabalhador, previdência privada);
tributos pagos; investimentos para a comunidade (em cultura, esportes, habitação,
saúde pública, saneamento, assistência social...) e investimentos no meio ambiente.
De acordo Ribeiro (2010) a questão mais discutida do Balanço Social é a sua obri-
gatoriedade, alguns entendem que é necessário impor sua publicação, outros acre-
ditam que ela deveria ser deixada à escolha das empresas. Para os defensores des-
sa segunda linha de pensamento, as empresas, o mercado e a comunidade devem
definir a evolução e o amadurecimento do Balanço Social, sem imposições legais e
sem engessá-lo com um padrão que não, necessariamente, é o mais adequado para
todas. Já, quem defende a obrigatoriedade entende que, se não houver uma padro-
nização, será difícil avaliar a função social das empresas, tendo em vista a tendência
de informarem apenas o que lhes é conveniente (RIBEIRO, 2010).
O Balanço Social, no sentido geral, deve refletir a RSE, contendo informações sobre:
Leitura Complementar
Muitas empresas têm utilizado seus sites para divulgar seu Ba-
lanço Social ao público e assim evidenciar sua contribuição
para o desenvolvimento sustentável. São exemplos de empresas que rea-
lizam esta divulgação: FIAT, Banco do Brasil e Natura. Vale a pena conferir!
CONCLUSÃO
A responsabilidade ambiental deve ser entendida como o conjunto de ações rea-
lizadas além das exigências legais, ou daquelas que estão inseridas num contexto
de eficiência profissional ou de área de atuação. O emprego de ações socialmente
responsáveis possibilita um modelo de negócios em que a ética e a transparência
precedem a implementação de processos, produtos e serviços. E a divulgação destas
ações, através, da publicação de balanços sociais por parte das empresas, asseguram
sua transparência e possibilitam a obtenção de certificados de padrão de qualidade
e de adequação ambiental. Por fim é pertinente que a gestão da responsabilidade
social deve ser contemplada por todas as empresas, independente de seu porte e
atividade empregada, pois é preciso agir efetivamente diante de tantos problemas
sociais, econômicos e ambientais.
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental é a mudança de comportamento (MINC, 1997) que possibi-
lita aos indivíduos a aquisição de valores sociais, vínculos afetivos fortes para com o
ambiente e motivação para participarem ativamente na sua proteção e melhoria.
Assim a Educação Ambiental busca questionar e resgatar a percepção e a concepção
do contato do indivíduo com o meio ambiente, favorecendo ações que melhorem a
qualidade de vida. De acordo com Ibrahin (2014) a Educação Ambiental é um pode-
roso instrumento capaz de acabar com a ignorância ambiental e proporcionar meios
e ideias para a superação dos problemas existentes entre proteção do meio ambien-
te, o progresso e o desenvolvimento de um país.
De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA (Lei 9795/99) são
objetivos fundamentais da educação ambiental:
A PNEA apresenta duas esferas de ação em educação ambiental, a formal e não for-
mal. No que tange a educação não formal a Lei entende como tal as ações e práticas
educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais
e a sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Já a
educação ambiental formal seria um processo institucionalizado que ocorre nas uni-
dades de ensino.
No início do século XX, nos EUA haviam dois grupos politicamente rivais, os preser-
vacionistas e os conservacionistas. Os preservacionistas defendiam a necessidade de
proteção de áreas naturais contra os avanços do progresso e da degradação, por meio
da instituição de áreas protegidas, daí o estímulo à constituição de parques nacio-
nais. Já os conservacionistas, apontavam para uma perspectiva diferente, ao propor
o manejo criterioso dos recursos naturais, em proveito da sociedade como um todo
(PHILIPPI JR e PELICIONI, 2014).
Preservação e Conservação são duas palavras que muitas vezes são utilizadas
como sinônimos, na verdade são diferentes. Conservação significa proteção
dos recursos naturais com utilização racional, garantindo a sustentabilidade
dos mesmos e preservação significa proteção integral, sem interferência do
homem.
Segundo Ibrahin (2014) os anos que separam o final da Primeira Guerra Mundial, em
1918, do término da Segunda, em 1945, foram de profunda transformação para a
humanidade e para o meio ambiente. Terminada a Segunda Guerra Mundial, a Liga
Suíça para a Proteção da Natureza realizou, em 1946, na Basileia, uma nova Confe-
rência para a Proteção Internacional da Natureza e, finalmente, em 1948, criou-se a
União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN),
cujo objetivo era assegurar a manutenção dos recursos naturais (PHILIPPI JR e PELI-
CIONI, 2014).
As décadas de 1950 e 1960 foram marcadas por um intenso ativismo público que
acabou influenciando o ambientalismo. Nos EUA, por exemplo, as primeiras de tais
questões diziam respeito à pobreza, ao racismo e às desigualdades de direitos civis.
Os protestos de massas, as estratégias empregadas por Martin Luther King e por ou-
tros líderes para levar a cabo uma confrontação pacífica com as autoridades, a exem-
plo de Gandhi, educaram uma nova geração quanto à potencialidade e necessidade
de tais manifestações públicas (PHILIPPI JR e PELICIONI, 2014). No entanto, nesse
momento, ainda não havia laços formais entre os movimentos por direitos civis e o
ambiental.
Leitura Complementar
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Eco-
92, no Rio de Janeiro, com a participação de representantes de 108 países do mun-
do, reunidos para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação
ambiental e garantir a existência de outras gerações (IBRAHIN, 2014).
Há muito a se fazer, mas esta mais do que comprovado que a comunidade interna-
cional está preocupada com as questões ambientais, tanto a nível local, quanto a
nível global.
ção do país com o fim do regime militar, em 1984. Em 1988, é promulgada uma nova
Constituição e, em 1989, houve eleições presidenciais diretas. A Constituição Federal
de 1988 dedica um capítulo especial ao meio ambiente (capítulo IV) (IBRAHIN, 2014).
A Educação Ambiental passa por um período de reestruturação, redefinição, expan-
são e consolidação (SATO, 2002). Associações ambientalistas e de outras formas de
organizações civis se proliferam buscando a ampliação da Educação Ambiental nos
tipos formal e não formal.
Destaca-se o movimento pelas reservas extrativistas, liderado por Chico Mendes, que
é considerado um grande marco ambiental no Brasil. Chico Mendes foi seringueiro,
líder sindical dos trabalhadores Rurais do Acre e grande responsável pela criação de
Reservas Extrativistas. Morto em 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes deixou um
legado de intensa disputa política e é fonte de inspiração para movimentos socioam-
bientais em todo o mundo.
Nos anos 1990, o ambientalismo é fortalecido no país, que sedia no Rio de Janeiro,
em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimen-
to, conhecida como Eco-92, com a participação de representantes de 108 países do
mundo.
Em 2012 ocorre o retorno da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento no Brasil, a Rio + 20. Na ocasião a discussão ambiental ganha mais
urgência, diante do aumento da temperatura global e da perda de recursos naturais
do planeta, mas, no entanto, o evento foi desprestigiado com as ausências de muitos
líderes mundiais e apresentou poucos avanços nas pautas ambientais levantadas.
O país tentou se projetar como líder ambiental global, mas muitas ações anticonser-
vacionistas foram questionadas, dentre elas a redução de IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), para montadoras, que incentivou o uso de automóveis. As mudan-
ças no Código Florestal pelo Congresso Nacional, em substituição a legislação ante-
rior de 1965, também, reforçaram a imagem negativa do país, quanto às questões
ambientais.
A Agenda 21, documento concebido e aprovado pelos governos durante a Rio 92, é
um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações
do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em
que a ação humana impacta o meio ambiente.
• Meios de implementação.
O setor empresarial constitui uma das parcerias importantes para os governos (fe-
deral, estaduais e municipais) na elaboração da Agenda 21, que possui uma gestão
compartilhada entre os diferentes agentes envolvidos e articulados em seus diferen-
tes papéis, de forma muito semelhante à gestão ambiental. É importante frisar, que
a Agenda 21 é apartidária, o que assegura sua continuidade.
Em 1999, foi aprovada a Lei n° 9.795, que dispõe sobre a Política Nacional de Edu-
cação Ambiental (PNEA). Em 2002 esta lei foi regulamentada pelo Decreto n° 4.281,
que define, entre outras coisas, a composição e as competências do Órgão Gestor da
PNEA lançando, assim, as bases para a sua execução. Este foi um passo decisivo para
a realização das ações em Educação Ambiental no governo federal.
CONCLUSÃO
A Educação Ambiental constitui um instrumento para a resolução dos problemas
ambientais, através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e res-
ponsável, de cada indivíduo e da coletividade. O desafio é de se colocar em prática
uma educação ambiental que seja crítica e inovadora tanto no âmbito formal, quan-
to no não formal. No contexto não formal a Educação Ambiental para as organiza-
ções empresariais significa uma oportunidade de estas assumirem sua co-respon-
sabilidade no controle dos agentes responsáveis pela degradação socioambiental e;
de tomarem posturas que favoreçam e nos conduzam a justiça social e qualidade
ambiental.
GLOSSÁRIO
Logística reversa
Política ambiental
Não conformidade
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, José, C. S. Desenvolvimento e Competitividade - Tipos de Estratégias Am-
bientais Empresariais. TECBAHIA R. Revista Baiana de Tecnologia, Camaçari, v.12, n.2, p.
71-86, mai./ago.1997.
ASHLEY, Patricia Almeida et al. Ética e responsabilidade social nos negócios. 2.ed. São
Paulo : Saraiva, 2003. 205p.
BRAGA, Benedito et al. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005. 318 p.
BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental, Lei 9795. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 abr. 1999. Disponível em: Acesso em: 26 jun. 2018.
CÂMARA, I. G. Plano de ação para a Mata Atlântica. Roteiro para a conservação de sua
biodiversidade. Série Cadernos da Reserva da Biosfera, Caderno n. 4, 34 p. 1996.
CARVALHO, Gardênia Maria Braga. Contabilidade Ambiental: teoria e prática. 2. ed. Curi-
tiba: Juruá, 2012. 216 p.
FENKER, Eloy Antonio et al. Gestão Ambiental: Incentivos, Riscos e Custos. São Paulo:
Atlas. 2015. 213p.
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Lau-
do Técnico Preliminar - Impactos ambientais decorrentes do desastre envolvendo o
rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. 2015. Disponível em:
<http://www.ibama.gov.br/phocadownload/noticias_ambientais/laudo_tecnico_preli-
minar.pdf> Acesso em: 04, dez., 2015.
IBRAHIN, Francini Imene Dias. Educação ambiental: estudo dos problemas, ações e ins-
trumentos para o desenvolvimento da sociedade. São Paulo: Érica, 2014.127 p.
LEITE, Marcelo Meira. Análise comparativa dos sistemas de avaliação de impacto am-
biental. In: LIRA, WS., and CÂNDIDO, GA., orgs. Gestão sustentável dos recursos naturais:
uma abordagem participativa, 2013. Disponível em: http://books.scielo.org/id/bxj5n/pdf/
lira-9788578792824-12.pdf Acesso em: 02 jun. 2018.
LINS, Luiz dos Santos. Introdução à gestão ambiental empresarial: abordando econo-
mia, direito, contabilidade e auditoria. São Paulo: Atlas, 2015. 166p.
MATTHEWS, Sue., BRAND, Kobie. (eds.) 2001. South America invaded: the growing dan-
ger of invasive alien species. IUCN on behalf of the Global Invasive Species Programme
(GISP), Gland, Switzerland and Cambridge, UK. 80 p.
MILLER, G. Tyler; SPOOLMAN, Scott E. Ciência Ambiental. 14. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2015.125p.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. (Ed.). Educação Ambiental e
sustentabilidade. 2. ed. São Paulo: Manole, 2014. p.1004.
RIBEIRO, Maísa de Souza. Contabilidade ambiental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 220p.
SENADO FEDERAL. Agenda 21 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento. 3.ed. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições, 2001. 598 p.
EAD.MU LTIVIX.EDU.BR