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CÁLCULO I
MISSÃO
VISÃO
EDITORIAL
Seja bem-vindo!
LISTA DE FIGURAS
x ² + 5x + 6
>>FIGURA 78 - Comportamento da função y= para valores
x +2
de x se aproximando de –2 150
>>FIGURA 79 - Função descontínua para alguns valores do domínio 153
x² + 2x
>>FIGURA 80 - Gráfico da função f ( x ) = 154
x +2 1
>>FIGURA 81 - Comportamento da função f ( x ) = para valores
x −3
de x se aproximando de 3 156
1
>>FIGURA 82 - Comportamento da função f ( x ) = para valores
x −3
de x crescendo ilimitadamente 157
1
>>FIGURA 83 - Comportamento da função f ( x ) = para valores
x −3
de x decrescendo ilimitadamente 158
>>FIGURA 84 - Taxas de variações da função C(x)=20 +4x 159
>>FIGURA 85 - Taxas de variações da função P=t² 160
>>FIGURA 86 - Interpretação geométrica da derivada 161
>>FIGURA 88 - Reta tangente à curva no ponto onde t = 1 168
>>FIGURA 89 - Pontos onde a função não é derivável 169
>>FIGURA 90 - f(x) = 3x2 + x e a reta tangente no ponto de abscissa 2 173
>>FIGURA 91 - Comportamento da função f e as retas tangentes
ao gráfico f 189
>>FIGURA 92 - Função f(x)=2x-6 190
>>FIGURA 93 - Função f(x) = x² – 6x + 7 190
>>FIGURA 94 - Função f`(x) = –3x² + 6x 191
>>FIGURA 95 - função f(x) = –x³ + 3x² 191
>>FIGURA 96 - Pontos críticos 192
>>FIGURA 97 - função g(x) = x4 – x³ 194
>>FIGURA 98 - Máximos e Mínimos relativos e absolutos 194
>>FIGURA 99 - Pontos Máximos e Mínimos locais 195
>>FIGURA 100 - Ponto de inflexão 196
>>FIGURA 101 - Gráfico da função f(x) = x3 – 3x2 199
>>FIGURA 102 - Áreas sob a curvas das funções y = 3 e y = x. 204
>>FIGURA 103 - Área sob o gráfico da função y=x 205
>>FIGURA 104 - Aproximação da área sob a curva com a utilização
de retângulos com larguras iguais 205
LISTA DE QUADROS
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
SUMÁRIO
1
1 NÚMEROS REAIS E FUNÇÕES POLINOMIAIS 17
UNIDADE
1.1 NÚMEROS REAIS E FUNÇÕES POLINOMIAIS 17
1.1.1 NÚMEROS REAIS 17
1.1.1.1 REPRESENTAÇÃO DO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS R
NA RETA NUMÉRICA 22
1.1.1.2 INTERVALOS REAIS 23
1.2 FUNÇÕES 26
1.2.1 CONCEITO DE FUNÇÕES 26
1.2.2 DETERMINAÇÃO DO DOMÍNIO 30
1.2.3 NOÇÕES BÁSICAS DE PLANO CARTESIANO 30
1.2.4 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS 33
1.3 FUNÇÃO AFIM 35
1.3.1 VALOR DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU 37
1.3.2 RAIZ DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU E EQUAÇÃO
DO 1º GRAU 38
1.3.3 GRÁFICO DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU 40
1.3.4 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU CRESCENTE E DECRESCENTE 44
1.3.5 ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU 47
1.3.6 LEI DE FORMAÇÃO DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU 50
1.4 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU 53
1.4.1 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU 54
1.4.2 RAÍZES DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU 57
1.4.3 VÉRTICE DA PARÁBOLA, IMAGEM E VALOR MÁXIMO E MÍNIMO
DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU 60
1.4.4 CONSTRUÇÃO DO ESBOÇO DO GRÁFICO DA FUNÇÃO
POLINOMIAL DO 2º GRAU 63
1.4.5 ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU 65
1.4.6 LEI DE FORMAÇÃO DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU 66
1.5 ESTUDO DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º E 2º GRAU POR
MEIO DE SOFTWARES EDUCACIONAIS 69
CONCLUSÃO 73
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 109
CONCLUSÃO 139
CONCLUSÃO 162
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 185
CONCLUSÃO 208
REFERÊNCIAS 210
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Bem-vindo à disciplina de Cálculo I!
Nesta disciplina, você será apresentado a conceitos, como funções, limites, derivada e
integral, que são os principais tópicos de Cálculo Diferencial e Integral. O seu material
é composto por aulas interativas que apresentam os principais temas que deverão
ser estudados. Além destes, conte também com fóruns de discussão e atividades ela-
boradas para que você consiga uma melhor compreensão dos conceitos trabalhados.
Participe ativamente das atividades!
A estrutura desse material contempla 6 (seis) unidades de ensino. Nas três primeiras,
são abordados conceitos, propriedades em relação às operações, interpretação de
gráficos e aplicações de algumas funções, sendo divididas da seguinte forma: nú-
meros reais e funções polinomiais: apresenta os conjuntos numéricos com ênfase no
conjunto dos números reais, inicia o estudo sobre as funções e nas funções denomi-
nadas polinomiais do 1º e 2º graus, Funções Trigonométricas, Funções Exponenciais
e as Logarítmicas. Nas demais unidades, iniciaremos os estudos sobre: Limites e de-
rivada; conceito e aplicação de limites, assim como o conceito de derivada e algu-
mas regras de derivação. Regras de derivação: produto, quociente, regra da cadeia,
derivada exponencial, logarítmica e trigonométrica. Aplicação de derivada: derivada
implícita, taxa relacionada, máximo/mínimo e otimização e a introdução ao conceito
de integral.
No final de cada uma das três primeiras unidades, será abordada a utilização de soft-
wares educacionais para o estudo de funções e seus gráficos. As discussões relativas ao
processo de ensino-aprendizagem da matemática, ao se trabalhar os conteúdos abor-
dados, serão realizadas ao longo da disciplina através de exemplos e demais atividades.
Objetivos da disciplina
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Identificar e
representar as
funções de várias
formas (tabelas,
gráficos, fórmulas e
descrição verbal).
> Estabelecer
discussões
relativas ao ensino-
aprendizagem da
Matemática.
1 NÚMEROS REAIS E
FUNÇÕES POLINOMIAIS
No estudo desta unidade, vamos começar a explorar o conceito de função, um dos
mais importantes da matemática. Esse conceito é intuitivo e presente em nosso coti-
diano, mas não temos ciência disso. Tomemos como exemplo o código de barras tão
utilizado no comércio para o registro de produtos e identificação de contas, por meio
de uma representação gráfica padronizada de dados numéricos e alfanuméricos as-
socia-se um objeto a uma determinada informação. Essa informação é facilmente
capturada por um instrumento de leitura, otimizando processos em diversas áreas.
E é essa a ideia básica quando se trabalha com funções: encontrar uma relação entre
grandezas e, dessa forma, possa expressá-la através de uma fórmula matemática.
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ..., 20, 21, 23, ..., 100, 101, ..., 500, ...}
ℤ = {..., - 10, -9, ..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ..., 9, 10, ...}
Observe que esse conjunto é composto por todos os elementos de N e seus opostos
(ou simétricos).
O conjunto dos números racionais Q é o conjunto das frações p/q, com p e q inteiros
e q ≠ 0.
ℚ = {0, ± 1,±1/2,±1/3,…,±2,±2/3,±2/5,…,±3,±3/2,±3/4,…}
Assim, temos que os números inteiros também são racionais pois: 2 é racional, pois
pode ser escrito como 2/1 e , assim também com os demais números inteiros.
Ao dividirmos uma fração, podemos nos deparar com números decimais que pode
ser:
Forma fracionária
15 3
1, 5 = −
10 2
A parte decimal do
número é finita.
6 2
0, 6666... = −
9 3
ircunferência
C
D
iâ
m
et
ro
Circunferência
Diâmetro
� = 3,1415926....
cunferência
Cir
O conjunto dos números Reais ℝ reúne todos os elementos dos outros conjuntos, os
números Naturais, Inteiros, Racionais e Irracionais.
15 0,92 -3 3
-6 -5 -4 -3 -2 -1 -0 1 2 3 4 5 6
2.01 2.02 2.03 2.04 2.05 2.06 2.07 2.08 2.09 2.1
É interessante observarmos que entre dois pontos quaisquer da reta existem infinitos
números, como, por exemplo, entre os números 2 e 3 existem uma infinidade de va-
lores como 2,1; 2,01; 2,001, 2,00001 e etc.
Ao nos referimos a quaisquer dois ou mais valores no conjunto dos números Reais,
não podemos deixar de trabalhar o infinito, conforme citado anteriormente. Portan-
to, utilizamos subconjuntos denominados intervalos, ou seja, conjuntos com todos
os valores delimitados por dois números, os quais são determinados por meio de
desigualdades.
Leia-se: x pertence ao conjunto dos números reais, tal que x é maior que 3 e menor
do que 7}.
2 3 4 5 6 7 8 9
Observe que o círculo que está sobre o 3 está preenchido, identificando que o 3 é
um valor que pertence ao conjunto (maiores e iguais a 3), mas o círculo do 7 não está
preenchido, pois o 7 é um valor que não pertence ao intervalo. Ele apenas indica a
extremidade do conjunto.
Diz-se então que o intervalo é fechado à esquerda e aberto à direita, pode se repre-
sentar esse conjunto simbolicamente da seguinte forma: [3,7[
{x ∈ ℝ/4 ≤ x ≤ 7}
[4,8]
3 4 5 6 7 8 9
{x ∈ ℝ/x ≤ 6}
]-∞,6]
2 3 4 5 6 7 8 9
SÍMBOLO SIGNIFICADO
{ } ou Ø Conjunto vazio: significa que o conjunto não tem elementos, é um conjunto vazio.
“tal que”.
/
Ex.: Considere o conjunto A = {x ∈ ℝ x � 5}. Significa que esse conjunto A contém
números reais, tais que (satisfaçam à condição) de serem maiores ou iguais a 5.
“pertence”.
∈
Ex.: 6 ∈. ℤ indica que o 6 pertence aos números inteiros.
SÍMBOLO SIGNIFICADO
Não pertence.
∉
Ex.: -1 ∉ ℕ. Significa que o número -1 não pertence aos números naturais.
1.2 FUNÇÕES
Perceba que há duas grandezas envolvidas nesse problema: uma é o valor que a
diarista receberá, e a outra, o tempo, ou seja, os dias trabalhados. Para o cálculo do
valor do pagamento, é necessário saber quantos dias a diarista trabalhou. Nesse caso,
dizemos que o valor pago depende dos dias trabalhados e, assim, será denominado
variável dependente, e os dias trabalhados, variável independente.
Vamos então, construir uma tabela explicitando como calcular os valores do paga-
mento para que possamos observar a relação existente entre as duas grandezas e
verificar a lei que as relaciona:
1 P=120.1=120
2 P=120.2=240
3 P=120.3=360
4 P=120.4=480
5 P=120.5=600
6 P=120.6=720
7 P=120.7=840
8 P=120.8=960
9 P=120.9=1080
10 P=120.10=1200
. .
. .
. .
d P=120.d
Fonte: Elaborada pela autora.
Você consegue descrever alguma relação entre grandezas em seu dia a dia?
Para que uma relação seja considerada uma função, ela precisa atender ao seguinte
critério:
Uma função f:A → B é uma lei ou regra que associa a cada elemento de A um
único elemento de B.
x → f (x)
x→y
0
0
1
120
2
240
3
360
4
480
5
600
6
720
7
840
8
960
9
1080
10
1200
P
D
g: A → B
A B
1 2
2 3
Valores de y
3 4
4 5
Valores de x Contradomínio,
(Domínio) formado por todos
os elementos de B.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Nesse caso, observe que a lei de correspondência que associa cada número real x ao
número real y, é y → x + 1.
Observe que essa relação representa uma função, pois todos os elementos de A (Do-
mínio) encontram um valor no contradomínio. Mesmo que o elemento 6, pertencen-
te ao conjunto B, contradomínio, não corresponda a nenhum valor, temos a função g
que associa os valores de A em B.
Muitas vezes, faz-se referência a uma função f dizendo apenas qual é a lei de cor-
respondência que a define. Quando não é dado explicitamente o domínio D de f,
deve-se subentender que D é formado por todos os números reais que podem ser
colocados no lugar de x na lei de correspondência y = f(x), de modo que, efetuados os
cálculos, resulte um y real.
Muitas vezes, faz-se referência a uma função f dizendo apenas qual é a lei de cor-
respondência que a define. Quando não é dado explicitamente o domínio D de f,
deve-se subentender que D é formado por todos os números reais que podem ser
colocados no lugar de x na lei de correspondência y = f(x), de modo que, efetuados os
cálculos, resulte um y real.
O domínio da função definida pela lei y = 3x – 1 é ℝ, pois qualquer que seja o valor real
atribuído a x, o número 3x – 1 também é real.
x+2
O domínio da função dada por y = é ℝ*, pois, para todo x real diferente de 0, o
x+2 x
número é real.
x
O domínio da função dada por y = x +1 é D = {x ∈ ℝ|x ≥ –1}, pois x +1 só é real se
x + 1 ≥ 0.
x+2
A função dada por y = + x +1 só é definida para x ≠ 0 e x ≥ –1. Então, seu do-
x
mínio é D = {x ∈ ℝ|x≥-1 e x ≠ 0}.
O plano cartesiano é composto por dois eixos: um eixo horizontal, pode ser chamado
de eixo Ox, ou também de eixo das abscissas, e um eixo vertical pode ser chamado
de eixo Oy e também de eixo das ordenadas. O ponto O (interseção de Ox com Oy) é
Cada eixo representa o conjunto dos números reais, e o conjunto infinito de pares
ordenados existentes formam um plano. Os eixos Ox e Oy dividem esse plano em
quatro partes denominadas de quadrantes. A numeração dos quadrantes é feita no
sentido anti-horário.
y
2º Quadrante 1º Quadrante
Sendo an-horário
x
3º Quadrante 4º Quadrante
2) m
arcamos no eixo horizontal o ponto A, que representa o valor de x;
3) m
arcamos no eixo vertical o ponto B, que representa o valor de y;
P(x,y)
B
• Note que os pares (3, 5) e (5, 3) diferem entre si pela ordem de seus elementos.
A (3,5)
5
B (5,3)
3
x
0 1 2 3 4 5 6
Seja f uma função. O gráfico de f é o conjunto de todos os pontos (x, f(x)) de um plano
coordenado, onde x pertence ao domínio de f.
Para determinar o gráfico de uma função, assinalamos uma série de pontos, fazendo
uma tabela que nos dá as coordenadas, calculadas por meio da lei y = f(x). Represen-
tamos cada par ordenado (x, y) da tabela por um ponto no plano cartesiano. O con-
junto dos pontos obtidos constitui o gráfico da função.
Lembramos que podemos escolher números reais para atribuirmos para x (variável
independente) e a partir desses valores escolhidos, substituímos na função dada y =
3x, gerando os valores de y. A união desse valor para x e seu correspondente para y
será as coordenadas do ponto (x, y) que iremos ‘marcar’ no gráfico. Para isso, devemos
atribuir alguns valores para x, gerando os pontos calculados, e ligar esses pontos vi-
sualizando o gráfico da função dada.
x y = 3x (x, y)
–2 Y = 3 . (–2) = –6 B (- 2, –6)
0 Y = 3 . (0) = 0 D (0, 0)
1 Y = 3 . (1) = 3 E (1, 3)
2 Y = 3 . (2) = 6 N (2, 6)
3 Y = 3 . (3) = 9 O (3, 9)
A B
y O 10 y
0
8
8
N
6
6 N
4 4
E
E
2 2
D x D x
-4 -2 0 2 4 -6 -4 -2 0 2 4 6
-2 -2
C C
-4
-4
B
B -6
-6
-8
-8 A
A
-10
Legenda:
a) Pontos de coordenadas (x,y) localizados no plano cartesiano
b) gráfico formado por esses pontos.
A função afim é um tipo específico de função descrita por um polinômio e, por esse
motivo, é também denominada função polinomial de grau 1.
Observe que as grandezas envolvidas são o valor a ser pago (P) e a quantidade de
unidades (Q). A primeira depende diretamente da segunda, assim podemos escrever
a relação entre elas como:
P = 2,50. Q
f(x) = ax + b ou y = ax + b
temos que:
x - variável independente.
f(x) = 3x – 4, em que a = 3 e b = –4
f(x) = –2x + 6, em que a = - 2 e b = 6
g(x) = –x – 6, em que a = –1 e b = –6
2 1 2 1
y = x + , em que a = eb=
5 3 5 3
y = 10x, em que a = 10 e b = 0.
a) f(2)
o exercício pede o valor da função quando o valor de x é 2. Assim, temos:
f(x) = 3x + 2
f(2) = 3 . (2) + 2
f(2) = 8 , logo o valor da função quando x é igual a 2 é 8.
b) f(–3)
f(x) = 3x+2
f(–3) = 3 . (–3) + 2
f(–3) = –9 + 2
f(–3) = 7
c) f(x) = 2
O domínio da função polinomial do 1º grau serão os valores de x que podem ser atri-
buídos na função f(x) = ax + b. Como não temos nenhuma restrição para essa igualda-
de, teremos D(f) = ℝ.
f( –1) = – 2. (–1) + 3 = 2 + 3 = 5
f(0) = – 2. 0 + 3 = 0 + 3 = 3
f(4) = – 2. 4 + 3 = = 8 + 3 = – 5
Assim, a imagem de funções do 1º grau, cujo domínio é real, será também real, es-
crevemos Im(f) = ℝ.
Chamamos de raiz ou zero de uma função polinomial do 1º grau, dada por f(x) = ax
+ b, a ≠ 0, o número real x, tal que f(x) = 0, ou seja, o valor de x que atribuído à função
encontra o valor de y = 0.
f(x)=0
2x – 6 = 0;
Equação do 1º grau 2x = 6;
x = 6/2 ;
logo x = 3.
g(x) = 0
– 2x + 5 = 0
Equação do 1º grau
–2x = –5
2x = 5
x = 5/2.
3.Cálculo da abscissa do ponto em que a função h(x) = –x –4 será igual a zero, teremos:
h(x) = 0
–x – 4 = 0
Equação do 1º grau –x = 4
x = –4
A raiz da função linear é dada por x=(-b)/a, pois, fazendo ax + b = 0, temos que ax = –b.
Logo:
−b
x=
a
Vimos que, para determinar o gráfico de uma função, assinalamos uma série de pon-
tos fazendo uma tabela que nos dá as coordenadas. Esses pontos são calculados por
meio da lei y = f(x). Representamos cada par ordenado (x, y) da tabela por um ponto
no plano cartesiano. O conjunto dos pontos obtidos constitui o gráfico da função.
O gráfico de uma função linear é uma reta não paralela aos eixos coordenados.
Assim sendo, necessitamos somente de dois pontos quaisquer para que o gráfico
possa ser construído. Porém, utilizamos os pontos onde a reta irá cortar os eixos x e y,
assim temos os pontos (x, 0) e (0, y).
Note que o ponto (x, 0) é a raiz da função e, como na interseção com o eixo y, o valor
de x é zero. Y vai ser igual ao valor do coeficiente linear, ou seja, b.
3
G(3,0) – ponto onde a reta corta o
eixo x. Podemos obter as coorde-
2 nadas do ponto da forma G( -b ,0).
a
Assim, utilizando essas informações, podemos fazer o gráfico de qualquer função po-
linomial do 1º grau.
−b −6
x= = = −2
a 3
f(x) = 3x + 6
f(0) = 3 . (0) + 6
f(0) = 6
Portanto, as coordenadas do ponto de interseção com o eixo das ordenadas é (0, 6),
ou seja, o valor do coeficiente linear.
Vamos esboçar o gráfico com os pontos encontrados, ou seja, A(–2, 0) e B(0, 6), locali-
zando-os no plano cartesiano:
A B
8 y
8 y
7
7
6 B
6 B
5
5
4
4
3 3
2 2
1 1
A x A x
-4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4
-1 -1
Legenda:
a) Pontos de coordenadas A(-2,0) e B(0,6) localizados no plano cartesiano.
b) gráfico formado por esses pontos.
Fonte: Elaborada pelo autor.
−b −6
x= = = −2
a 3
Portanto, as coordenadas do ponto de interseção com o eixo das abscissas é (1, 0):
Portanto, as coordenadas do ponto de interseção com o eixo das ordenadas é (0, 2),
ou seja, o valor do coeficiente linear.
Vamos esboçar o gráfico com os pontos encontrados, ou seja, A(1, 0) e B(0, 2), locali-
zando-os no plano cartesiano:
y y
Após localizar os
4 pontos no plano 4
cartesiano, ligamos
3 os dois, formando 3
uma reta.
2 B 2 B
1 1
A x A x
-1 0 1 2 3 4 -1 0 1 2 3 4
-1
x Y=3 (x, y)
0 3 A (0, 3)
1 3 B (1, 3)
y Após localizar os y
pontos no plano
4 4
cartesiano, ligamos
os dois, formando A B
A B
3 uma reta. 3
2 2
1 1
x x
-1 0 1 2 3 4 -1 0 1 2 3 4
-1 -1
Nos exemplos acima, podemos definir o domínio e a imagem das funções. Teremos
para tais D = ℝ e Im = ℝ. Para analisar isso, basta olhar os valores de x que são utiliza-
dos (eixo horizontal) na função e os valores de y que são utilizados (eixo vertical) na
função. Como a reta é uma figura geométrica infinita em ambas as direções, teremos
todos os valores dos eixos horizontal e vertical do plano cartesiano sendo utilizados.
Assim sendo, tanto domínio quanto a imagem da função serão reais.
x y
–3 –7
Se os valores de x –2 –5 Os valores de y
crescem –1 –3 também crescem
+ 0 –1 +
1 1
2 3
3 5
y
8 Observe nessa função o
valor de a = 2. Portanto,
6 a > 0.
G
4
F
2
E
x
-4 -2 0 2 4 6 8
D
-2
C
Os valores de x -4 Os valores de y
(domínio) crescem. (imagem) crescem
B
-6
A
Fonte: Elaborada pelo autor
-8
8 y
6
G
4
F
2
E
x
-4 -2 0 2 4 6 8
D
-2
C
-4
B
-6
A
-8
x y
–3 5
Se os valores de –2 3 Os valores de y
x crescem –1 1 decrescem
+ 0 –1 +
1 –3
2 –5
3 –7
y Os valores de y
8 (imagem) decrescem.
6
A Observe nessa
4 função o valor
de a=2. Portanto,
B
a<0.
2
C
x
-4 -2 0 2 4 6
D
-2
Os valores de x E
(domínio) crescem.
-4
F
-6
G
-8
FIGURA 17 - REPRESENTAÇÃO
Assim, podemos observar que, de maneira geral, GRÁFICA DA FUNÇÃO F(X) = –2X –1
6
se a > 0 a função é dita crescente. A
4
se a < 0 a função é dita decrescente. B
2
C
Portanto, se o coeficiente angular a é positivo, x
-4 -2 0 2 4 6
a reta do gráfico dessa função será ascendente D
-2
(função crescente). E, se o coeficiente angular a E
-4
é negativo, a reta do gráfico dessa função será F
-6
descendente (função decrescente). G
-8
Fazer o estudo do sinal de uma função f(x) qualquer é determinar os valores de x para
que y, a função, seja positiva, negativa ou nula.
1 +
x
-3 -2 -1 0 1 2
-1
-
Os valores de x < -1
possuem imagem
negativa, ou seja,
f(x) < 0 para x < -1.
Observe que a função é nula no valor de x em que temos y = 0, ou seja, na raiz da fun-
ção. A função muda de sinal nesse ponto, que é o ponto onde o gráfico intercepta o
eixo x. Por isso, dizemos anteriormente que esse ponto é um ponto importante para
ser representado no gráfico da função, pois ele servirá como base para nossa análise.
3 y
2 Os valores de x < -1
possuem imagem
1 + positiva, ou seja,
f(x) > 0 para x < -1.
x
-3 -2 -1 0 1 2
- função e, nesse
ponto (-1,0), o valor
possuem imagem
negativa, ou seja,
f(x) < 0 para x > -1.
-2 de y=0, ou seja, a
função é nula.
Observe que o valor do coeficiente angular da função é menor que zero, a<0, e a fun-
ção é decrescente. Nesse caso, o estudo do sinal da função será:
f(x) = 0, para x = –1;
f(x) > 0, para x < –1;
f(x) < 0, para x > –1
1º Quando a>0
a>0
- a
-b ;
f(x) > 0, para x > -
a
-b
a -b 1
f(x) < 0, para x <
a
2º Quando a < 0
a<0
+
Para a função f(x) = ax + b e
o a<o, estudo do sinal da
função será:
-b
f(x) = 0, para x = ;
- a
-b
f(x) > 0, para x < - ;
-b a
a -b
f(x) < 0, para x >
a
Para f(1) = 1, temos que x=1 e y=1. Portanto, vamos substituir esses valores na lei de for-
mação da função, ou seja, vamos substituir o s valores de x e y na expressão f(x)=ax+b
e encontrar o valor de a e b:
f(x) = ax + b
1 = a . 1 + b ou
a+b=1
Para f(3) = 5, temos que x = 3 e y = 5. Portanto, vamos substituir esses valores na lei
de formação da função, ou seja, vamos substituir o s valores de x e y na expressão
f(x) = ax + b e encontrar o valor de a e b:
f(x) = ax + b
5 = a . 3 + b ou
3a + b = 5
a + b = 1
3a + b = 5
Como b = –1, podemos substituir esse valor em qualquer uma das duas equações.
Utilizando-se a primeira equação, temos:
a+b=1
a –1 = 1
a=2
Logo, a função polinomial f(x) = ax + b em que f(1) = 1 e f(3) = 5 é dada por f(x) = 2x –1.
12 y
10
L
6
2
M x
-4 -2 0 2 4 6 8
-2
-4
Para escrever a função, temos que encontrar dois pontos pertencentes ao gráfico, no
caso, L(0,6) e M(2, 0).
Logo, a função polinomial f(x) = ax + b dados L(0,6) e M(2, 0) pertencentes ao seu grá-
fico é dada por f(x) = –3x + 6.
Essa expressão nos permite o cálculo da receita em função do número de peça ven-
didas. Assim, se quisermos calcular a receita arrecadada na venda de 60 unidades
desse produto, teremos:
R(x)= –x² + 1000.x
R(60) = – (60)2 +1000.(60)
R(60) = –3600 + 60000
R(60) = R$ 56.400
Nos dois primeiros exemplos, a função do 2º grau é dita completa, pois contém os va-
lores de a, b e c. Nos exemplos seguintes, as funções são chamadas de função incom-
pleta do 2º grau, pois possuem o valor de a e de b, ou de a e de c ou ainda, somente
o valor de a.
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau é o conjunto de todos os pontos (x, f(x))
de um plano coordenado, onde x pertence ao domínio de f. O gráfico de uma função
polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é uma curva chamada parábola
x Y = x² – 2 (x, y)
–3 (–3)2 –2 = 9 –2 = 7 (–3, 7)
–2 (–2)2 –2 = 4 – 2 =2 (–2, 2)
2 (2)2 – 1 = 4 –2 = 2 (2, 2)
3 (3)² –2 =7 (3,7)
Após encontrar os valores das coordenadas de cada ponto, vamos localizá-los no pla-
no cartesiano e ligá-los para obtermos o gráfico da função.
a) b)
y y
10 10
8 8
(3, 7) (3, 7) (3, 7) (3, 7)
6 6
4 4
(-2, 2) (2, 2) (-2, 2) (2, 2)
2 2
Legenda:
Pontos localizados no plano cartesiano.
Gráfico da função y=x²-2 formada pelos pontos.
x Y= –x² + 1 (x,y)
–3 – (–3)2 + 1 = –9 + 1 = – 8 (–3, – 8)
–1 – (–1)2 + 1 =– 1 + 1 = 0 (–1, 0)
0 –(0)2 +1 = 1 (0, 1)
1 – (1)2 +1 = –1 + 1 =0 (1, 0)
Após encontrar os valores das coordenadas de cada ponto, vamos localizá-los no pla-
no cartesiano e ligá-los para obtermos o gráfico da função.
a) a)
4 y 4 y
2 2
(0, 1) (0, 1)
(-1, 0) (1, 0) (-1, 0) (1, 0)
-3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3
-2 -2
(-2, -3) (2, 3) (-2, -3) (2, 3)
-4 -4
-6 -6
-10 -10
Legenda:
Pontos localizados no plano cartesiano.
Gráfico da função y = x² + 1 formada pelos pontos.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Observe que a < 0, o gráfico da função resultou em uma parábola com a concavidade
voltada para baixo.
Perceba que as raízes da função são os pontos em que a parábola corta o eixo x
da função, ou seja, temos y = 0. Quando consideramos x = 0, queremos encontrar
o valor em que a curva cortará o eixo y. Teremos, então, o ponto (0, c), pois como
y = ax2 + bx + c, temos y = a . 02 + b . 0 + c, e assim y = c. Observe esses pontos e outros
no gráfico a seguir:
Eixo de Simetria
Interseção com
o eixo x (zeros
da função).
x1 x2
x
Interseção da
parábola com o Vértice da parábola.
eixo y. Ponto com Ponto com coordenadas
coordenadas (0,c).
. Se a<0, esse
Então, as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são soluções da equação do 2º grau ax2 +
bx + c = 0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bháskara:
−b ± ∆
x= com ∆ = b2 − 4ac
2a
(∆ = lê-se delta)
1º Exemplo:
∆ = b2 – 4ac
∆ = (-5)2 –4 . 1 . 6
∆ = 25 – 24 = 1
b± ∆
x=
2.a
5± 1 5 ± 1
x = =
2.1 2
5 +1
x1 = =3
2
5 −1
x2 = =2
2
x
0 1 2 3 4 5
x1 x2
2º Exemplo:
∆ = b2 – 4ac
∆ = (–4)2 – 4 . 4 . 1 = 16 – 16 = 0
b± ∆
x=
2.a
4 ± 0 4 ± 0
x= =
2.4 8
4 1
x=
1 x=
2 =
8 2
x
-0.5 0 0.5 1 1.5
x1 = x2
3º Exemplo:
∆ = b2 – 4ac
∆ = (3)2 – 4 . 2 . 4 = 9 – 32 = –23
6 y
5
4
1
x
-2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1
• Quando ∆ = 0, ou seja, nulo, há só uma raiz real (ou uma raiz dupla).
Nos gráficos anteriores, o ponto mais baixo ou mais alto das parábolas é chamado de
vértice V da parábola. Como vimos quando a > 0, a parábola tem a concavidade para
cima e o vértice será o ponto mínimo dessa parábola. Quando a < 0, a parábola tem a
concavidade para baixo e o vértice será o ponto máximo dessa parábola.
a>0 a<0
vértice
vértice
Legenda:
a > 0, concavidade para baixo, o vértice da parábola é o ponto mínimo.
a < 0, concavidade da cima, o vértice da parábola é o ponto máximo.
Fonte: Elaborada pelo autor.
b ∆
V = − ,−
2a 4a
−( −10) 10
xv = = =5
2.1 2
Temos ∆ = (–10)2 – 4.1.9 = 100 – 36 = 64.
Então
∆
yv = −
4a
−64
yv = = −16
4.1
Logo: V (5, – 16)
a) a<0
y
∆
a< 0 →Im = y ∈ / y ≤ −
4 a
b) a>0
∆
a>
0 →Im = y ∈ / y ≥ −
4 a
x
Legenda:
∆
a) a > 0 o conjunto imagem será Im = y ∈ / y ≤ −
4a
2. As raízes (ou zeros) definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo Ox.
b ∆
3. O vértice V = − , − indica o ponto mínimo (se a > 0) ou máximo (se a < 0).
2a 4a
4. A reta que passa pelo ponto V (vértice da parábola), e é paralela ao eixo Oy (eixo
vertical), é o eixo de simetria da parábola.
5. Para x = 0, temos y = c, então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo Oy.
2±4
∆ = 4 − 4. − 1.3 = 16 →x = →x1 = −3e x2 = 1
−2
b ∆
3. Vértice: V = − , − = ( −1, 4 )
2a 4a
4. Interseção com eixo y: (0, c) = (0, 3).
(-1, 4)
Vértice 4 y
3 Interseção com
o eixo y
Concavidade 1
x1 voltada para baixo
x2
x
-3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1
5
Concavidade voltada
4 para cima
1
x
-1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
-1
Estudar sinal de uma função f(x) qualquer é determinar os valores de x para os quais
y, ou seja, a função, é positivo, negativo ou nulo. Observe que a função é nula (ponto
onde o gráfico intercepta o eixo x) no valor de x em que temos y = 0, ou seja, nas raí-
zes da função. Lembre-se de que, nas funções quadráticas, podemos ter duas raízes
distintas, uma raiz dupla ou nenhuma raiz real.
Para realizar o estudo do sinal da função, é necessário que se faça um esboço do grá-
fico como abordado na seção 1.4.4.
É necessário fazer o esboço do gráfico para estudar o sinal da função. Para isso, temos
que seguir os passos abordado na seção 1.4.4 e, assim, teremos o seguinte gráfico:
y
12
10
Raízes da função
8 +
6
2
x
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
-2
- -
Fonte: Elaborada pelo autor.
Para realizar o estudo do sinal da função, tome como ponto de partida a raiz da fun-
ção. Sabendo-se onde a função é zero, verifique para quais intervalos de valores de x,
a função, ou seja, os valores de y, serão positivos e negativos.
1º Exemplo:
Isolando a na 2ª equação
a = –2 –b
2º Exemplo:
O gráfico a seguir descreve uma parábola, encontre a função correspondente a ele.
x
0 1 2 3 4 5
Observe que o gráfico nos dá informação das coordenadas dos pontos onde a pará-
bola intercepta o eixo x, ou seja, (2, 0) e (3, 0), e o ponto onde ela corta o eixo y, (0, 6).
Assim, para encontrar a função, podemos utilizar o que chamamos de forma fatorada:
y = a . (x – x1).(x – x2)
Temos que encontrar o valor do a. Para isso, utilizaremos o ponto (0, 6) e substituire-
mos na equação acima:
6 = a . (02 – 5 . 0 + 6)
a=1
Portanto, a função é y = x2 – 5x + 6.
Os exemplos serão realizados no Excel, mas poderão ser realizados em qualquer ou-
tra planilha eletrônica.
1 - Montar a tabela de valores que serão utilizados como os valores de x (variável de-
pendente). Utilizaremos valores inteiros de –3 a 3.
2 - Na célula do lado, entraremos com uma fórmula que permitirá realizar o cálculo
da imagem de cada valor do domínio. Para isso, tomando como base a figura acima,
vamos clicar na célula do lado e ditar “= B3 + 1”. A célula B3 é a utilizada, no exemplo,
mas poderia ser qualquer outra.
Mundo
Grandeza
forma decimal
em quantas partes uma grandeza
comparar duas grandezas
pode ser dividida
pode ser escrito
fração Razão
para o cálculo
inverte a razão
áreas, pois podemos ter polinômios com apenas um termo na expressão algébrica,
como, por exemplo: 2x, y, 4z, 2, 5, etc. Quando temos somente um termo na expres-
são algébrica, chamamo-lo de monômio. Entretanto, podemos possuir polinômios
com uma infinidade de termos, ou seja, uma soma ou subtração de vários monômios.
Por exemplo: x7 – 5x3 + 4x – 8; z20 – z5 + 3z2; 2t + 8, entre outros.
Como podemos notar, polinômios são compostos pelas várias expressões algébricas,
desde aquelas que envolvem apenas números, até as que apresentam diversas letras,
potências, coeficientes, entre outros elementos dos polinômios. Os polinômios são
definidos, conforme o seu grau. Para identificá-lo, basta observar o grau do maior
monômio e será o grau do polinômio.
O polinômio – 5x4 + 14x5 – 7x3 é do grau 5, pois o seu termo de maior grau é o segundo
termo, que é do grau 5.
O polinômio 5a4 + 4a2 é do grau 4, pois o seu termo de maior grau é o primeiro termo,
que é do grau 4.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, começamos a aprofundar o nosso estudo de função. Iniciamos es-
tudando o conjunto dos números reais e demais conjuntos e, em seguida, a concei-
tuação de função e as funções descritas por polinômio. E, finalmente, a utilização de
planilhas eletrônicas para como softwares educativos.
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
2 FUNÇÃO TRIGONOMÉTRICA
O objeto de estudo desta unidade será um dos conhecimentos mais antigos da hu-
manidade: a trigonometria e as funções trigonométricas. Foi pela necessidade do
homem de resolver problemas práticos referentes a construções e medições, ou seja,
situações que possuíam natureza geométrica e envolvia ângulos e distância, que foi
impulsionado o desenvolvimento da trigonometria. Já as funções trigonométricas
descrevem modelos de fenômenos de natureza periódica, oscilatória, vibratória, ou
seja, aqueles que se repetem após um determinado intervalo. Deparamo-nos com
esses tipos de fenômenos quando nos referimos aos meses, horas, fases da Lua, o
movimento dos planetas, os meses, altura das marés, a corrente alternada, a rotação
de um motor, os batimentos cardíacos, da radiação eletromagnética, a música, dos
pêndulos, molas, entre tantas outras situações. Assim, encontramos aplicações da
trigonometria e das funções trigonométricas em vários campos da matemática, ele-
tricidade, mecânica, engenharias, topografia, conhecimentos que ajudaram no de-
senvolvimento tecnológico que dispomos hoje.
A+B+C=180°
Podemos também utilizar letras gregas para identificar os ângulos, com α e β de-
monstrado na figura anterior.
GF = 12
ED = 9
B
CB = 3
A
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
C E G
Perceba que o ângulo  é comum aos triângulos ABC, ADE e AFG e esses triângulos
são semelhantes entre si. Como consequência disso, podemos verificar que as razões
entre os lados semelhantes são iguais:
CB ED GF 3 9 12
= = , ou seja, = =
AC AE AG 4 12 16
Para saber mais sobre semelhan-
ças de triângulos, pesquise na
AB AD AF 5 15 20 internet sobre critérios de seme-
= = , ou seja, = =
AC AE AG 4 12 16 lhanças de triângulos.
Portanto, todos os triângulos que tiverem esses mesmos ângulos terão as razões en-
tre os lados iguais, ou seja, quando estamos nos referindo a um triângulo retângulo,
independentemente do tamanho dos lados do triângulo, para um mesmo ângulo, as
razões sempre serão as mesmas. Assim, chegamos às relações que denominamos de
trigonométricas (Seno, Cosseno, Tangente):
β
C
a
α
A C
b
� � �esseângulo
catetoopostoa �
Seno de um Ângulo =
Hipotenusa
catetoopostoaoângulo α
Sen α =
hipotenusa
a
Sen β=
c
� � �
catetoopostoaoângulo β��
Sen β=
hipotenusa
b
Sen β=
c
� � �esseângulo
catetoadjacentea �
cosseno de um ângulo =
Hipotenusa
cos α =
b
cos α =
c
cos β =
a
cos β =
c
a a
Sen α = é igual ao cos β =
c c
b b
Sen β = é igual a cos α =
c c
b
tg α =
a
a b 1
A tg α = é igual ao inverso da tg β = ou tg β =
b a tgα
1
tg 40º =
tg50ϒ
A Tangente também pode ser escrita com a seguinte relação:
senodesseângulo senα
Tangente de um ângulo= , ou seja, tgα= ou tg
senβ cossenodesseângulo cos α
tgβ=
cos β
sen2β + cos2 β = 1
Teorema de Pitágoras
Os ângulos notáveis 30º, 45º e 60º são utilizados com mais frequência em exercícios
e problemas. Portanto, são valores interessantes de serem memorizados e utilizados
conforme a tabela seguinte:
1 2 3
Seno
2 2 2
3 2 1
Cosseno
2 2 2
3
Tangente 3 1
3
β
C
4
30°
A C
b
4 1
sen 30° = , o valor do sen 30° =
c 2
1 4
=
2 c
C=2×4=8
b 2
cos 30° = − ,o valor do cos cos 30° = −
8 2
2 b
=
2 8
2b = 8 2
8 2
=b = 4 2
2
Logo o lado c = 8 e b = 4 2
2º Exemplo: Uma pessoa que mede 1,70 de altura se encontra a 50m de distância
de um determinado prédio e avista, a um ângulo de 30º, uma pessoa na janela desse
prédio. Qual a altura do prédio?
60º
30m
1,7
Veja que, em relação ao ângulo dado, temos o valor do cateto adjacente e queremos
saber o valor do cateto oposto. A razão que associa esses dois é a Tangente, portanto:
x
tg60° =
30
3 x
=
3 30
3x = 50 3
30 3 O símbolo ≅ significa aproxi-
x= madamente.
3
x = 10 3
x ≅ 17,32
β
5
4
α
A C
3
Para encontrar o valor do ângulo α e β, podemos utilizar qualquer uma das três rela-
ções:
3
cosα =
5
3
Assim, qual é o ângulo cujo cosseno é .
5
Podemos consultar uma tabela como os valores das razões trigonométricas ou uti-
lizar a calculadora. Para isso, vamos acionar a função cos-1 (arccos). Geralmente, é a
segunda função da tecla que aciona a função cos, temos que:
3
cos −1 ≅ 53,13°, portanto α≅ 53,13°
5
Em relação ao ângulo β, teremos:
3
tg ² =
4
3
tg −1 ≅ 36, 87 , portanto α≅ 36,87
4
Temos também como razões trigonométricas os inversos das proporções Seno, Cos-
seno e Tangente, que são denominados Cossecante, Secante e Cotangente, respec-
tivamente:
1 1 1
cossec α = secα= cotgα=
sin α cos α tgα
Arcos de uma circunferência são cada uma das partes em que uma circunferência
fica dividida por dois pontos.
FIGURA 46 - ARCOS
DC CD
a)
D C
b)
Legenda:
Não confunda medida do arco com comprimento do arco. Veja que o arco BF , CG e
possuem a mesma medida, mas comprimentos diferentes.
DE
G
3
F 2
1
B C D
Pode ser que você já tenha ouvido a expressão “vou dar uma virada na minha
vida de 360°”, significando que ocorrerá uma transformação total na vida da
pessoa, mas, matematicamente, se dermos um giro de 360°, vamos voltar para
o mesmo lugar.
Já o radiano (rad), obtemos quando dividimos o comprimento do arco pelo raio. Te-
mos 1 radiano quando o comprimento do arco for igual ao do raio. Assim, 1 rad vale
aproximadamente 57,30°. Veja as divisões da circunferência em arcos de 1 rad na
seguinte figura:
a) b) c)
r r r
r r 1 rad
d) e) f)
2 rad 3 rad
Legenda:
d) 2 radianos
e) 3 radianos
Observe na última figura que 180º é igual a π rad e, proporcionalmente 360º cor-
responde a 2π rad. Sabendo desses valores, podemos encontrar o valor de qualquer
ângulo em radiano e vice-versa.
Vamos expressar:
a) 330ºem radiano
180º π rad
270º x
180°.x=270°π rad
270°π
x=
180°
3π
x = rad
2
≠
b) em graus
3
180º π rad
≠
x
3
À
x. À rad=180° ⋅ rad
3
x=60°
180º π rad
x 0,5 rad
π rad.x=180°.0,5 rad
π rad
90° y 2
1
Sentido positivo
II I
180° 0°
x
180°
-1 0 1
360°
r=1 2π
π rad
III IV
Sentido negativo
-1
270° 3π rad
2
2
) e o de 420º oucos
4≠
Temos nas figuras abaixo o arco de 60º ( cos rad. Perceba
3 3
que os dois arcos são congruentes, ou seja, a diferença entre eles é de uma volta. E o
que nos interessa é o que chamamos de 1º determinação, o valor equivalente desse
ângulo na primeira volta. Portanto, para o ângulo de 420º, a primeira determinação
positiva é 60º.
1 y 1 y
0,5 0,5
f x f x
-1 1 -1 -0,5 0,5 1
-0,5 0,5
-0,5 -0,5
1 1
1110º 360º
-1090 3 Número de voltas completas na circunferência
30
Número de voltas completas na circunferência
y
1
P (x,y)
0,8
y 0,4
2º 0,2 1º
xx
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Eixo dos cossenos
-0,2 4º (Eixo das abscissas)
3º
x
-0,4
-0,6
Cateto adjacente
-0,8
-1
Os arcos que serão representados em radianos são o conjunto dos números reais, e
as coordenadas das extremidades dos arcos, os valores do Cosseno e do Seno corres-
pondente a esse arco.
Assim, vejamos alguns valores para o Seno e Cosseno dos principais arcos (30º, 45º e
60º) e seus correspondentes nos outros nos outros quadrantes, detalhado na seguin-
te figura:
Observe que o valor do Cosseno de 30º é equivalente ao Cosseno dos ângulos de 150º
(valor negativo), 210º (valor negativo) e a 330º. Portanto, só precisamos saber o valor
do Cosseno de 30º e o quadrante, onde se encontram os outros ângulos e, assim, des-
cubriremos o valor do Seno deles. Isso se chama redução ao 1º quadrante.
4π
sen1470° − cos
Calcule o valor da expressão F= 3
16π
cos
3
Para calcular o valor dessa expressão, vamos usar de base a figura do círculo trigono-
métrico e os valores dos Seno e Cossenos dos arcos.
1
Vamos calcular então, o sen30º= .
2
cos =240º, esse ângulo se encontra no 3º quadrante, onde o Cosseno é
3
negativo e, reduzindo ao 1º quadrante, ele é equivalente a 60º, assim podemos calcu-
lar dessa forma:
4π π 1
cos = − cos = −
3 3 2
16≠
cos Podemos escrever da seguinte forma:
3
16π 6π 6π 4π 2π
= + + = 2π + 2π + ou seja, 2 voltas mais
3 3 3 3 3
4π π 1
mas cos = − cos = −
3 3 2
Assim,
4π
sen1470° − cos
f= 3
16π
cos
3
1 1
− −
2 2 1
f= = = −2
1 1
− −
2 2
Vamos analisar a função Seno no intervalo de [0,2π] e, para isso, vamos construir uma
tabela com os principais valores:
X Y=SEN(X) (X,Y)
0 Y=sen(0)=0 (0,0)
Π Π 1 Π 1
(30° ) Y=sen 6 =2 6 ,2
6
Π Π 2 Π 2
( 45° ) Y=sen 4 = 2 ,
4 4 2
Π Π 3 Π 3
(60° ) Y=sen 3 = 2 ,
3 3 2
X Y=SEN(X) (X,Y)
Π Π Π
( 90° ) Y=sen 2 =1 2 ,1
2
2Π 2Π 3 2Π 3
3 ,120° Y=sen 3 = 2 ,
3 2
3Π 3Π 2 3Π 2
(135° ) Y=sen 4 = 2 ,
4 4 2
5Π 5Π 1 5Π 1
(150° ) Y=sen 6 =2 6 ,2
6
5Π Π 2 5Π 2
(225° ) Y=sen 4 =− 2 ,−
2
4 4
4Π Π 3 4Π 3
(240° ) Y=sen
3 = 2 ,−
2
3 3
3Π Π 3Π
(270° ) Y=sen 2 = −1 2 ,−1
2
5Π 2Π 3 5Π 3
(300° ) Y=sen 3 2= ,−
3 3 2
7Π 7Π 2 7Π 2
(315° ) Y=sen 4 = 2
,−
2
4 4
imagem
imagem
0 π 2π
-1
• A função tem período igual a 2π. Pode-se perceber isso devido à curva da fun-
ção que irá se repetir de 2π em 2π
Agora vamos observar o gráfico da função Cosseno no intervalo de [0,2] e, para isso,
vamos construir uma tabela com os principais valores:
X Y=COS(X) (X,Y)
Π Π 3 Π 3
(30° ) Y=cos 6 = 2 ,
6 6 2
Π Π 2 Π 2
( 45° ) Y=cos 4 = 2 ,
4 4 2
Π Π 1 Π 1
(60° ) Y=cos 3 =2 3 ,2
3
Π Π Π
( 90° ) Y=cos 2 =0 2 ,0
2
2Π 2Π 1 2Π 1
(120° ) Y=cos 3 = −2 3 ,− 2
3
X Y=COS(X) (X,Y)
3Π 3Π 2Π 2
(135° ) Y=cos 4 =− 2
2
,−
2
4 3
3Π 3Π 3 3Π 3
(150° ) Y=cos 4 = 2 ,−
2
4 4
5Π Π 2 5Π 2
(225° ) Y=cos =
4 2 ,−
4 4 2
4Π Π 1 5Π 2
(240° ) Y=cos 3 = − ,−
3 2 4 2
3Π Π 3Π
(270° ) Y=cos cos = −0
2 2 ,0
2
5Π 2Π 1 5Π 1
(300° ) Y=cos cos =
3 2
3 ,2
3
7Π 7Π 2 7Π 2
(315° ) Y=cos 4 = 2 ,−
4 4 2
imagem
Amplitude
0 π 2π
-1
O eixo das Tangentes é paralelo ao eixo das ordenadas, orientado em sentido positivo
para cima e negativo para baixo. Os valores da função Tangente são definidos pela
altura onde ocorre o cruzamento entre o prolongamento do raio do arco com a reta
que tangencia a circunferência. Veja a figura abaixo:
x
0 π 2π
-1
-2
Período π, P = π
• O domínio da função é D= .
• O período da função é π.
Observe que não existe valor para Tangente quando o arco vale e seus arcos côn-
gruos.
O interessante desse software, além de ser livre, é a sua facilidade de uso e também
as possibilidades de recursos que permitem a dinamização gráfica.
Na internet, você pode encontrar vários arquivos desses já prontos que podem ser
utilizados na sala de aula ou, dependendo das suas necessidades, criar o seu arquivo.
1º- O parâmetro a traslada o gráfico da função em |a| unidades para cima, quando
a>0 ou para baixo a<o, modificando sua imagem e o valor onde a função x=0, ou seja,
onde o gráfico irá cortar o eixo y.
2º- O parâmetro b amplia verticalmente o gráfico se |b|>1, e comprime se |b| for me-
nor que 1 e maior que 0. Caso b<0, além de provocar ampliar ou comprimir, ocorre
uma inversão no gráfico.
3º- O parâmetro c amplia o período se |c|<1, e comprime se |c|>1. O valor do novo pe-
d
4º- O parâmetro d translada o gráfico da função em unidades para a esquerda se
c
d d
>0, ou para a direita se <0
c c
Enfim, o estudo das funções fica mais atrativo com a exploração delas através do
geogebra, que possui muitos outros recursos a serem explorados. Ele pode ser usado
também no estudo da geometria, estatística entre outros.
CONCLUSÃO
Nesta unidade, foi abordado sobre as funções trigonométricas, especificamente as
funções Seno, Cosseno e Tangente. Para isso, começamos nossos estudos retomando
os conceitos básicos e necessários de trigonometria no triângulo retângulo, medidas
de arcos e, em seguida, a respeito da circunferência trigonométrica e das funções
trigonométricas Seno, Cosseno e Tangente. Por fim, exploramos um pouco das mo-
dificações que alguns parâmetros provocam na função Seno, utilizando o software
geogebra.
Vale mais uma vez ressaltar que as funções trigonométricas são exploradas na mode-
lagem de fenômenos periódicos, cíclicos, como as ondas, rotações de motores, etc.
A utilização de modelos matemáticos permite análises que levam a otimizações de
processos, melhorias na qualidade e previsão de possíveis cenários que possibilitam
uma melhor tomada de decisões que reduzem custo. Por exemplo, na manutenção
de alguns equipamentos, por ser realizada uma análise vibracional, pode-se detectar,
por comparação de medidas previamente parametrizadas, se existe algum problema
que precisa ser corrigido. Assim, permitindo um aumento na vida útil do equipamen-
to, redução de custo com manutenções sem necessidade, entre outros. A vibração é
uma onda mecânica e, portanto, pode ser modelada por uma função trigonométrica
e, em muitas situações, por uma composição de funções.
Assim, vimos algumas das funções trigonométricas, mas existem as funções Cosse-
cante, Secante e Cotangente, ou seja, a família é extensa. Essas funções são as inversas
das funções Seno, Cosseno e Tangente; portanto, o estudo delas e seus parâmetros já
nos permite compreender as outras de uma forma mais tranquila.
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
3 FUNÇÃO EXPONENCIAL E
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Para iniciarmos nossos estudos sobre as funções exponenciais e logarítmicas, vamos
contextualizá-las com a seguinte situação: suponha que, em certa região litorânea, a
população de determinada alga cresce de modo que a área coberta pelas algas au-
menta 45%, a cada ano, em relação à área da superfície coberta no ano anterior. Os
biólogos estimam que, atualmente, a área coberta é de 5 mil m2. Se o crescimento
manter esse ritmo, qual será a área da superfície coberta pelas algas daqui a 3 anos?
Analisando essa situação temos que, daqui a um ano, a área coberta será:
área atual + aumento de área anual = 5.000 + 0,45 x 5.000 = 1,45 x 5.000 = 7.250 m2
Podemos generalizar esses cálculos observando que o valor da área coberta será
sempre o valor anterior multiplicado pelo percentual de aumento anual de 45%.
No exemplo dado, usamos o percentual quatro vezes, um referente a cada ano dado.
Temos então: 5.000 x 1,45 x 1,45 x 1,45 x 1,45 = 6.000 x (1,45)4 = 15243,125 m2
Se quisermos saber daqui a quanto tempo essas algas ocuparão uma área de 32000
m2, vamos precisar dos conceitos sobre logaritmos. Esses conceitos serão tratados
nesta unidade.
Assim, para começar, vamos rever algumas propriedades importantes sobre a poten-
ciação e radiciação no conjunto dos números reais.
PROPRIEDADE PROCEDIMENTO
ax x −y x −y ax
= a ou a = y Conserva-se a base e subtrai-se os expoentes.
ay a
PROPRIEDADE PROCEDIMENTO
x x
ax a a ax Aplica-se a propriedade distributiva da potenciação
= ou = x em relação à divisão.
bx b b b
( ) ( )
y y
a xy = a x ou a x = a xy Conserva-se as bases e multiplica-se os expoentes.
1 1
a−x = x
ou x = a − x , onde a ≠ 0 Inverte-se a base e eleva-se ao oposto do expoente.
a a
a0 = 1, onde a ≠ 0 Iguala-se a 1.
a) 63 ⋅ 64 = 63+ 4 = 67
56
b) 2
= 56−2 = 54
5
( )
5
c) 3525 = 3.2
5
35 3
d) =
25 2
( )
5
e) 315 = 33
1
f) 7−2 =
72
−5 5
3 2
g) =
2 3
( ) =1
0
h) 2
1
3 3
i) =
8 8
(6243 )5
610415
P= = 6 7 = 610−6 415−7 = 64 48
( )
3
62 47 6 4
2
2 −2
Exemplo 3: Determine o valor de
+4
−1
3
2
3 2 1 9 1 2 10 2 5 2 25
+ = + = = =
2 4 4 4 4 2 4
300000000 m/s
Para escrevê-lo em notação científica, devemos perceber que o número pode ser es-
crito como múltiplo de 10, realizando o produto de n fatores:
0,00000005 mm
Para escrevê-lo em notação científica, devemos perceber que o número pode ser es-
crito como uma divisão por n fatores de 10:
5 5 5
0,00000005 = 8
00000000 10.10.10.10.10.10.10.10 10
8 fatores
−8
que pode ser escrito como 5x10
n
a = b , onde bn = a, onde a e b ∊ R, n ∊ N.
n
No radical a , o número a é o radicando, e o número n é o índice da raiz.
PROPRIEDADE PROCEDIMENTO
Aplica-se a propriedade distributiva da radiciação em relação à
1) n
a n b = n a⋅b multiplicação.
n
a a Aplica-se a propriedade distributiva da radiciação em relação à
2) =n com b ≠ 0
n b divisão.
b
( a) =
x
n
3)
n
ax A potência da raiz é a raiz da potência.
4) n k
a = nk a Multiplica-se os índices.
a) 3
4=
3
5 3
=
4.5 3
20
3
4 4
b) =3
3
5 5
( )=
5
3 3
c) 4 45
d) 2 3
=
5 =
2.3
5 6
5
( )
m m
, se existe
n
a n = n am = n
a a
Exemplo 1:
2
a) =
43 3
=
42 3
16
1
b) 16=
0 ,5
=
16 2 2
16 = 4
2 3
Exemplo2: Calcule o valor de v = 27 − 16
3 4
3
272 − 4 163 = 3 729 − 4 4096 = 9 − 8 = 1
(7 )
1
x +1
2
=7 3
Iguale as bases. Para isso, utilize as propriedades de po-
1 tenciação
72 x+2
=7 3
1
2x + 2 =
3
1
2x = − 2
( )
1
x +1
3 Logo, para que a equação 72 = 73 seja verdadeira,
5 5
2x = − o valor de x tem que − .
3 6
5
x=−
6
5x −2 = 1
5x −2 = 50
x-2=0
x=2
( 2 ) = 128
d) x Logo, para que a equação 7 ⋅ 5x −2 = 7 , seja verdadeira, o
valor de x tem que ser 2.
x
12
2 = 2
7
x
=7
2
x=14
Não é possível escrever a primeira parte da equação como uma única potência de 3.
Podemos fazer:
3x
3x ⋅ 31 − 3x − = 45
3
1
3x ⋅ 3 − 1 − = 45
3
5
3x ⋅ = 45
3
3
3x = 45 ⋅
5
3x = 27
3x = 33 3x
Logo, para que a equação 3x ⋅ 31 − 3x − = 45 seja verdadeira, o
3
x=3 valor de x tem que ser 3.
Quando não conseguimos encontrar nenhum método que torne as bases iguais, dos
dois lados da equação, precisamos utilizar o conceito de logaritmo.
Finalizada essa revisão, vamos iniciar nossos estudos sobre as funções exponenciais.
Assim, seja a ∊ ℝ, tal que a > 0 e a ≠ 1. A função f(x) = ax é chamada de função expo-
nencial de base a.
Observe que, na definição acima, temos restrições em relação à base a e como con-
sequência:
1.f(x)=6x
x
2. y = 1
3
3.f(x) = (0,4)x
X Y (X,Y)
1 1
-3 y = 2−3 = A −3,
8 8
X Y (X,Y)
1 1
-2 y = 2−2 = B −2,
4 4
1 1
-1 y = 2−1 = C −1,
2 2
0 y=20 = 1 D(0,1)
1 y=21 = 2 E(1,2)
2 y=22 = 4 F(2,4)
3 y=2 = 8
3
G(3,8)
Após encontrar os valores das coordenadas de cada ponto, vamos localizá-los no pla-
no cartesiano e ligá-los para obtermos o gráfico da função.
a) b)
y y
5 5
F
4 4 F
3 3
E E
2 2
D
D
1 1
C C
B B
A A
x x
-3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3
Legenda:
Observe que, como a base da função exponencial y = 2x vale 2, temos 2 > 1. Então,
essa função é crescente. À medida que escolhemos valores de x cada vez maiores, a
função y também admite valores cada vez maiores.
x
1
2- Construir o gráfico da função y = com x ∊ ℝ.
2
QUADRO 16 - TABELA COM OS VALORES X E Y DO GRÁFICO DA FUNÇÃO Y = (1/2)X
X Y (X,Y)
−3
1
-3 y = =8 A(-3,8)
2
−2
1
-2 y = =4 B(-2,4)
2
−1
1
-1 y = =2 C(-1,2)
2
0
1
0 y = =1 D(0,1)
2
1
1
1 1
1 y = = E = 1,
2 2 2
1
2
1 1
2 y = = F = 2,
2 4 4
1
3
1 1
3 y = = G = 3,
2 8 8
a) b)
9 y 9 y
A A
8 8
7 7
6 6
5 5
B B
4 4
3 3
C C
2 2
D D
1 1
E E
F G F
x G x
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
Legenda:
x
1
a)Localização dos pontos pertencentes a função y =
2
b) gráfico da função obtido ligando-se os pontos encontrados.
x
1 1
Observe que, como a base da função exponencial y = vale , temos a base
1 2 2
0 < < 1. Então essa função é decrescente.
2
À medida que escolhemos valores de x cada vez maiores, a função y admite valores
cada vez menores.
Analisando-se os gráficos construídos, nos dois exemplos anteriores, temos D=ℝ. En-
quanto a imagem das duas funções exponenciais for sempre positiva e diferente de
0, Im = {y ∊ ℝ/y > 0}, ou seja, para todo valor de x real, temos a função y > 0, a função
estará sempre acima do eixo Ox.
Perceba também que o par ordenado (0,1) pertence às duas funções dadas.
9 y
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
Qual número devemos elevar o 2 para que o resultado seja 3? Para responder a essa
pergunta, vamos estudar os conceitos sobre logaritmos:
[Equação 01]
Equação exponencial
a é a base do logaritmo.
b é o logaritmando.
x é o logaritmo.
1.
log 2 16 = x
2x = 16 equação exponencial
2x = 24
x=4
4.
log5 25 = x
5x = 25 equação exponencial
5 =5
x 2
x =2
5. 1
log 2 =x
4
equação exponencial
1
2 =
x
2x = 5−2
x = −2
8. 3log3 9
log3 9 = x
9 = 3x
32 = 3x ⇒ x = 2
Se o expoente de uma base é um logaritmo e se essa base for igual à base do loga-
ritmo, temos que o resultado será o logaritmando.
log a b
a =b
9. log 1 8 = x
2
x
1
=8
2
(2 )
x
−1
= 23
x = −3
1) Logaritmo do produto
2) Logaritmo do quociente
x
log a = log a x − log a y
y
3) Logaritmo da potência
log a ( x r ) = r log a x
( )
1. log3 243 = log3 27.9 = log3 27 + log3 9 = 3 + 2 = 5
7
2. log3 = log3 7 − log3 2
2
=
3. log 5
=
27 log 5
3
3 3.log5 3
log b c
log a c =
log b a
base e., também chamado de logaritmo natural. Observe que essas teclas tam-
bém acionam suas operações inversas.
Teremos
Considere um número real a (com a >0 e a ≠1). A função dada pela lei f(x) = logax é
chamada função logarítmica de base a.
Temos como domínio dessa função os números reais e positivos e a imagem real.
Essa função associa cada número real positivo ao seu logaritmo em base a.
f(x)=log5x
g(x)= log 1 x
3
y=logx
x y = log 2 x (x,y)
1 1 1 1
y = log 2 ⇒ 2x = ⇒ 2x = 2−3 ⇒ x = −3 A ,−3
8 8 8 8
1 1 1 1
y = log 2 ⇒ 2x = ⇒ 2x = 2−2 ⇒ x = −2 B ,−3
4 4 4 4
1 1 1 1
y = log 2 ⇒ 2x = ⇒ 2x = 2−1 ⇒ x = −1 c ,−1
2 2 2 2
1 y = log 2 1 ⇒ 2x = 1 ⇒ 2x = 20 ⇒ x = 0 D(1,0)
2 y = log 2 2 ⇒ 2x = 2 ⇒ 2x = 21 ⇒ x = 1 E(2,1)
4 y = log 2 4 ⇒ 2x = 2 ⇒ 2x = 22 ⇒ x = 2 F(4,2)
8 y = log 2 8 ⇒ 2x = 8 ⇒ 2x = 23 ⇒ x = 3 G(8,3)
Após encontrar os valores das coordenadas de cada ponto, vamos localizá-los no pla-
no cartesiano e ligá-los para obtermos o gráfico da função y = log2x.
3 3
F 2
2
F
E 1
1
E
D x D x
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
C -1 C
-1
B
-2 -2 B
A -3 A
-3
Legenda:
1
Vamos construir o gráfico da função y = log 1 x (base ).
2 2
QUADRO 21 - CONSTRUÇÃO DO GRÁFICO DA FUNÇÃO Y = LOG(1/2)X
y = log 1 x
x (x,y)
2
1
x x 3
1 1 1 1 1 1
y = log 1 ⇒ = ⇒ = ⇒ x = 3 ,3
8 2
8 2 8 2 3 8
1
x x 2
1 1 1 1 1 1
y = log 1 ⇒ = ⇒ = ⇒x =2 ,2
4 2
4 2 4 2 2 4
1
x x 1
1 1 1 1 1 1
y = log 1 ⇒ = ⇒ = ⇒ x = 1 ,1
2 2
2 2 2 2 2 2
x x 0
1 1 1
1 y = log 1 1 ⇒ = 1 ⇒ = ⇒ x = 0 (1,0)
2
2 2 2
x
1
2 y = log 1 2 ⇒ = 2 ⇒ 2− x = 2 ⇒ x = −1 (2,-1)
2
2
x
1
4 y = log 1 4 ⇒ = 22 ⇒ 2− x = 22 ⇒ x = −2 (4,-2)
2
2
x
1
8 y = log 1 8 ⇒ = 23 ⇒ 2− x = 23 ⇒ x = −3 − 3 (8,-3)
2
2
y
y
4
4
A A
B B
2 2
C C
D x D x
2 6 0 2 4 6 8 10 12
0 4 8 10 E
E
F
F -2
-2
G
G
Legenda:
Está todo à direita do eixo dos y, pois a função só é definida para x >0.
Quando 0 <a <1, a função logarítmica dada por f(x) = logax é decrescente.
O estudo das funções por meio de um software educacional contribui para que haja
uma capacidade maior de observação, possibilitando associação de ideias. Através
das manipulações e diversas formas de visualização, a utilização de softwares possi-
bilita diminuir o grau de abstração do conceito de função e o estudo da sua forma
gráfica e comportamento. Dessa forma, torna-se mais um facilitador no processo de
ensino-aprendizagem mais interessante e significativo. Assim sendo, agora veremos
outro software matemático denominado Winplot. Esse software é livre e gratuito. Ele
permite que se traça gráficos em 2D e 3D (duas e três dimensões) a partir de funções
ou equações matemáticas.
No menu janela, ao escolher 2-Dim, que significa 2 dimensões, e abrirá uma janela
como na figura abaixo:
No menu da janela 2-Dim aberta, temos que clicar em Equação e, depois de explíci-
tas, aparecerá a seguinte janela:
Nessa janela no campo f(x), vamos digitar a função desejada. Será y=2x, que no caso
iremos digitar 2^x.
Para entrar com outras funções, o procedimento é o mesmo para cada uma. Assim,
vamos digitar 3^x para a função y=3x e 4^x para y=4x.
Assim, há outras análises que podem ser realizadas com a utilização de softwares da
natureza do Winplot, como a influência de outros parâmetros na função e como foi
feito com as funções trigonométricas.
CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou conceitos sobre o estudo de funções exponenciais e a fun-
ções logarítmicas. Começamos nossos estudos revisando conceitos básicos e funda-
mentais de sobre potenciação e radiciação que, ao trabalharmos com as potências
de base dez, podemos escrever números em notação científica. Uma forma muito
utilizada para escrever números muito grandes ou muito pequenos, de maneira a fa-
cilitar sua compreensão, comparação e cálculos com outros números de magnitudes
Enfim, como software educacional foi apresentado o Winplot que pode ser utilizado
como mais uma ferramenta pedagógica no processo de ensino-aprendizagem das
funções. Dessa forma, por permitirem manipulações e diversas formas de visualiza-
ção, a utilização de softwares dessa natureza diminui o grau de abstração do conceito
de função e o estudo da sua forma gráfica. Há outros softwares específicos para tra-
balhar com construções de funções, assim como softwares e aplicativos que também
podem ser utilizados com a finalidade educacional.
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Interpretar os
conceitos de limite e
derivadas.
> Calcular
limites laterais,
indeterminados,
infinitos e no infinito.
4 LIMITES E DERIVADA
As funções descrevem fenômenos que podem ser mensuráveis através de relações
que expressam dependência entre as grandezas envolvidas. Essas expressões mate-
máticas permitem que possamos analisar tendências e, com isso, possibilitam toma-
das de decisões. Para tanto, o desenvolvimento de conceitos como limite e derivadas
surgiram como ferramentas sofisticadas que nos permitem realizar um estudo deta-
lhado das funções. Vejamos um exemplo:
Uma empreiteira que trabalha com asfaltamento de vias, após realizar análises sobre
os custos de uma obra para uma determinada região, verificou que, dada uma por-
centagem de execução da obra, o custo poderia ser expresso em milhares de reais
pela expressão:
3x ³ − 249x − 510x
C (x ) =
x ² − 83x − 170
Ao participar de uma licitação nessa região, a empreiteira deseja saber qual é o custo
para a execução de 85% dessa obra. Portanto, qual custo a empreiteira deve esperar
quando concluir essa porcentagem do serviço?
Pelo que vimos de função até aqui, esta pergunta parece fácil, pois iríamos simples-
mente substituir x=85 na expressão que representa o custo. Se fizermos isso, veja o
que acontece:
Obtemos uma divisão por zero, ou seja, não conseguimos definir este valor por não
pertencer ao domínio da função C(x). Neste caso, temos algo que não conseguimos
determinar e utilizamos o conceito de limites para entender o comportamento da
função e de derivada para descrever suas variações.
4.1.1 LIMITES
De maneira mais simples, calcular um limite é investigar de que forma uma função
f(x) se comporta quando a variável independente x se aproxima de certo valor, que
não pertence necessariamente ao domínio da função f.
Vamos ilustrar esse conceito utilizando a faixa de Moebius. Essa faixa consiste em um
tira torcida, ou seja, ao pegarmos uma tira de papel e em uma de suas pontas darmos
uma torcida de 180º e unirmos com a outra ponta, teremos a faixa de Moebius.
Se cortarmos essa faixa da figura acima ao meio, teremos como resultado outra fai-
xa mais estreita e com o dobro do comprimento. Se repetirmos esse procedimento
várias vezes, a faixa irá se estreitando, mas o resultado continuará se repetindo inde-
finidamente. Podemos perceber que, se dispormos de ferramentas precisas, nunca
conseguiremos chegar a um fim, e o que acontecerá é um estreitamento cada vez
menor na largura da faixa. Esse procedimento nos remete a uma ideia de algo infi-
nitamente pequeno, ou seja, o infinito dentro do finito. Já nos deparamos com esse
conceito quando abordamos a representação do conjunto dos números reais na reta
numérica, sendo que entre quaisquer dois valores há uma infinidade de submúlti-
plos. Essa divisibilidade infinita nos aproxima do zero, mas não o alcança, e é nessa
ideia de aproximação infinita que se baseia o conceito de limite.
Assim, vamos voltar ao exemplo dado na introdução. Não podemos calcular direta-
3x³ − 249x − 510x
mente substituindo x=85 na função C( x ) = . Então, investigaremos o
x² − 83x − 170
que acontece com a função com os valores próximos a x=85 e, assim, analisar o pode
ocorrer neste ponto. Utilizaremos os valores próximos pela esquerda e pela direita do
ponto, em que x=85, e observaremos o que acontece com f(x), ou seja, os valores de y.
84 86
85
Aproximação pela
Aproximação pela
esquerda
direita
VALORES VALORES
DE X<85 DE X<85
84,8 254,4 85,1 255,3
84,9 254,7 85,01 255,0
84,99 255,0 85,001 255,0
84,999 255,0 85,0001 255,0
84,9999 255,0 85,00001 255,0
84,99999 255,0 85,000001 255,0
84,999999 255,0 85,000001 255,0
Fonte: Elaborada pelo autor.
Milhares
de reais
200
100
100
50
0 x
0 50 100 150 200
85 Porcentagem da obra concluída
f
É importante enfatizar que, para investigar o valor do limite no ponto em que x = 85,
nossas análises foram direcionadas para as proximidades deste ponto. No caso, não
sabíamos o que iria acontecer especificamente neste ponto, mas, por aproximação,
observamos que o limite da função c(x) quando x tende para 85 é 255. Portanto, para
a execução de 85% da obra, o custo será de R$ 255.000,00.
Mas será que sempre que tivermos uma situação parecida encontraremos o valor
para onde a função tende dessa forma?
Vamos analisar outra situação: considere dois automóveis que percorrem uma mes-
ma estrada, com velocidades diferentes e em sentidos opostos. Existe um posto de
gasolina C onde ambos se ultrapassarão. Entretanto, bem próximo ao local o pneu
do carro de um furou e não havia estepe, impossibilitando a chegada até o posto de
gasolina. Podemos ilustrar graficamente esta situação dessa forma:
0 C distância
Local da ultrapassagem
Assim observa-se que lim f ( x ) ≠ lim f ( x ) , ou seja, os limites laterais são diferentes,
x →c − x →c +
logo não existe o limite de f(x) quando x tende a c.
lim f ( x ) = lim f ( x )
x →c − x →c +
.
Assim, temos que seja f uma função definida em R, se f(x) tende a L quando x tende
a b pela direita e pela esquerda, L é o limite de f(x) quando x tende a b. Em notação
matemática, expressamos da seguinte forma:
Limites laterais sendo iguais significa que existe o limite no ponto b e este limite é L.
Nesse caso, dizemos que a função f tem limite L no ponto b e escrevemos:
lim f ( x ) = L
x →b
y
12
10
x
-2 0 2 4 6
Aproximação pela esquerda valores de x<2 Aproximação pela direita valores de x>2
Valores de x 1 1,1 1,4 1,6 1,8 1,9 1,99 2 2,0001 2,001 2,01 2,1 2,2 2,4
F(x) 9 9,1 9,4 9,6 9,8 9,9 9,99 10 10,0001 10,001 10,01 10,1 10,1 10,4
Podemos perceber que, como x=2 pertence ao domínio da função f(x)= x+8, o limite
dessa função quando x tende a 2 pode ser encontrado substituindo o valor de x dire-
to na função, ou seja,
x² + 5x + 6
Exemplo 2: Dada a função f: IR → IR, definida por f ( x ) = , estude o comporta-
x +2
mento nos seguintes casos:
a) x se aproxima de -2.
b) x se aproxima de 3.
Resolução
x² + 5x + 6
lim
x →−2 x +2
Antes de realizarmos qualquer operação, devemos observar que essa função apre-
senta uma divisão de polinômios e, nesta situação, temos que ter atenção aos valores
x ² + 5x + 6
que tornam o denominador igual a zero. Assim, na função f ( x ) = , x = –2 não
x +2
pertence ao domínio dessa função. Como sabemos disso? Se substituirmos x = –2 na
função teremos:
( −2)² + 5( −2) + 6 20
f( −2) = = , ou seja, x = –2, torna o denominador igual a zero, e não existe
( −2) + 2 0
divisão por zero.
Neste caso, não podemos calcular o limite x tendendo a –2, simplesmente substi-
tuindo seu valor na função f(x). Temos que utilizar métodos de fatoração ou utilizar a
tabela com os valores próximos à esquerda e à direita. Vamos calcular utilizando as
duas formas:
1ª) Cálculo do limite por análise da tabela com os valores aproximados de x desejado.
x ² + 5x + 6
FIGURA 79 - COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO y = PARA VALORES DE X
x +2
SE APROXIMANDO DE –2
x
-3 -2 -1 0 1
Valores de x -2,1 -2,01 -2,001 -2,0001 -2 -1,999 -1,99 -1,9 -1,8 -1,7
F(x) 0,9 0,99 0,999 0,9999 1,001 1,01 1,1 1,2 1,3
Verifique a função pela qual queremos calcular o limite quando x tende a 2 é descrito
por um polinômio, assim podemos fatorá-lo:
x ² + 5x + 6
lim
x →−2 x +2
Igualando a equação x²+5x+6 a zero, temos uma equação do 2º grau com as raízes -2
e -3, e pode ser escrita como (x+2).(x+3). Assim:
lim ( x + 3) = 1
x →−2
x² + 5x + 6
lim
x →3 x +2
x² + 5x + 6
Como x = 3 pertence ao domínio da função f ( x ) = , então, para calcular o limi-
x +2
te dessa função quando x tende a 3, basta substituir x=3 na função e o valor do limite
será o valor de f(x) encontrado:
x² + 5x + 6 (3)² + 5.3 + 6 30 x² + 5x + 6
lim = = = 6 ou lim =6
x →3 x +2 3+2 5 x →3 x +2
PROPRIEDADE EXEMPLO
1) Limite de uma constante lim 3 = 3
lim K = K , em que K ∈ ℝ x →1
x →a
2) Limite da soma
lim 5x 3 + 4x = lim 5x 3 + lim 4x
lim [ f ( x ) + g( x )] = lim f(x) + lim g(x) = L1 + L2 x →2 x →2 x →2
x →a x →a x →a
lim 5x 3 + 4x == 5 ( 2) ³ + 4 ( 2) = 48
x →2
3) Limite da diferença lim 3x ² − 2 = lim 3x ² − lim 2 = 3 (1) ² − 2 = 1
x →1 x →1 x →1
lim f ( x ) − g ( x ) = lim f ( x ) − lim g ( x )
x →a x →a x →a
lim f ( x ) − g ( x ) = L1 − L2
x →a
∈ N* ou seL1 ≤ 0 e n é ímpar
3
(5)2 + 2 = 3 27 = 3
8) Limite do Logaritmo lim log 4 ( x³ + 4x ) = log 4 lim ( x ³ + 4x ) =
x →2 x →2
lim logb f ( x ) = logb lim f ( x ),
x →a x →a log 4 lim ( 2³ + 4.2) = log 4 lim ( 8 + 8 ) =
x →2 x →2
com 0 < b ≠ 1 e lim f ( x ) > 0
x →a log 4 lim ( 8 + 8 )
x →2
Em geral, as regras para os cálculos são simples, e a maioria dos limites dos quais
precisamos podem ser obtidos por análise gráfica, aproximação numérica, utilizando
algum método algébrico (substituição, fatoração, multiplicação pelo conjugado) ou
pela combinação desses.
f(x)
3.5
3
-3 -2 3 x
x² + 2x
FIGURA 81 - GRÁFICO DA FUNÇÃO f ( x ) =
x +2
y
8
x² + 2 x
7 f ( x) =
x+2
6 x² + 2 x
A função f ( x) = é do tipo racional.
5 x+2
Observe que há uma restrição no domínio
4
dessa função quando x=-2. Este valor
3 torna o denominador do polinômio que
representa a função igual a zero.
2
1 Note que, para um valor diferente de x = 2,
0 x a função apresenta continuidade, isto é,
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 x = 3 pertence ao domínio da função e, se
-1 substituirmos esse valor na função,
-2 encontramos f(3) = 3.
-3
-4
Observe que as funções definidas acima são caracterizadas como funções definidas
por partes, ou seja, a função é composta por diversas funções definidas por intervalos
do domínio. A primeira, f(x), apresenta descontinuidade quando x = 2, mesmo que
ele esteja definido no domínio. A segunda, g(x), mesmo sendo definida por duas leis
diferentes, não apresenta descontinuidade.
Assim define-se uma função f como contínua em x=b se as seguintes condições esti-
verem satisfeitas:
A função f ( x ) = x + 1 não está definida para valores que tornam x + 1< 0 , pois no con-
junto dos números reais não existe raiz quadrada de número negativo.
A terceira condição resulta das outras duas e esclarece que o cálculo do limite de
uma função em um determinado pode ser realizado por substituição direta na fun-
ção se neste ponto a função for contínua.
1
Vamos calcular lim
x →3 x − 3
1 1
lim =
x →3 x − 3 0
Como não podemos realizar uma divisão por zero, o limite incorre em uma indeter-
minação, logo não conseguiremos calculá-lo dessa maneira. Vamos, portanto, utilizar
a tabela com os valores x se aproximando de 3.
1
FIGURA 82 - COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO f ( x ) = PARA VALORES DE X
x −3
SE APROXIMANDO DE 3
x
2 1 0 1 2 3 4 5 6 7
-1
-2
Assíntota vertical
-3
1
1º - Vamos calcular lim
x →+∞ x − 3
1
FIGURA 83 - COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO f (x ) = PARA VALORES DE X
x −3
y CRESCENDO ILIMITADAMENTE
x
Assíntota Horizontal
2 1 0 1 2 3 4 5 6 7
-1
-2
-3
1
1º - Vamos calcular lim
x →−∞ x − 3
Vamos verificar o que acontece com os valores da função quando os valores de x de-
crescem:
1
FIGURA 84 - COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO f ( x ) = PARA VALORES DE X
x −3
DECRESCENDO ILIMITADAMENTE
x
Assíntota Horizontal
2 1 0 1 2 3 4 5 6 7
-1
-2
-3
O comportamento de uma função pode ser variável em todo o seu domínio. Neste
sentido, ao realizar o estudo de uma situação representada por uma função em um
determinado intervalo, estamos analisando o valor da variação (taxa de variação) das
grandezas. Mas, afinal, o que queremos dizer quando nos referimos a uma taxa de
variação? A taxa de variação é a razão que uma grandeza varia em relação a outra.
C(x)
90
80
70 ΔC (Variação em C) = 20
ΔC=80-60
60
50 Δx (Variação em x) = 5
Δx=15-10=5
40
30
20
10
x
-5 0 5 10 15 20 25
Neste intervalo, o custo para 10 sapatos tem um valor de R$ 60,00, e o custo para 15
sapatos tem um valor de R$ 80, portanto houve variação R$ 20,00 (utilizamos o sím-
bolo ∆ para indicar variação) quando variou a produção em 5 sapatos.
∆C 20
A taxa de variação média, então, será a razão entre as variações, ou seja,= =4.
∆x 5
Assim, temos um custo médio de R$ 4,00 por sapato fabricado no referido intervalo.
Podemos observar que a função c(x) é uma função polinomial do 1º grau e apresen-
tará em qualquer intervalo considerado a mesma taxa de variação média. Mas, com
outros tipos de funções nem sempre se observará uma situação parecida. Vamos
analisar uma função polinomial do 2º grau:
38 P(m)
36
34
32
30
28
Δ(Variação em P) = 20
26 ΔC=36-16=20
24
22
20
18
16
14
12
10 ΔP (Variação em P) = 12
8 ΔC=16-4=12
6
4
2
t(s)
-2 -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
-2
Δt = 2 Δt = 2
Fonte: Elaborada pelo autor.
Quando calculamos a taxa de variação média, utilizamos dois pontos do gráfico, por
onde passa uma reta secante a curva, conforme a figura abaixo:
f (x) B
f (x0)
A
β α x
x0 x
Mas, se calcularmos a taxa de variação com um ponto B cada vez mais próximo de
A, de forma que a distância entre x0 e x se aproxime de zero, teremos a variação no
ponto A. Perceba que estamos falando do conceito de limite, ou seja:
f ( x ) − f ( x 0)
lim
x →x 0 x −x0
CONCLUSÃO
Uma função pode ser variável em todo o seu domínio e apresentar pontos em que
não pode ser definida. Assim, para o estudo do comportamento de funções, vimos
nesta unidade dois conceitos que nos servem como ferramentas sofisticadas que nos
permitem realizar um estudo detalhado das funções, limite e derivada.
Vimos que nem sempre conseguimos definir o valor do limite em casos de descon-
tinuidades da função. Assim, para situações em que o ponto observado pertence ao
domínio da função, existe o limite, que é finito e para o qual podemos utilizar as pro-
priedades de limites. Conhecer as propriedades e realizar o cálculo do limite algebri-
camente se faz necessário, pois nem sempre é possível definir o limite de uma função
utilizando as informações por amostragem como foi feito com os exemplos que usa-
ram as tabelas e por análise gráfica. Esse fato pode ocorrer já que a escolha das amos-
tras pode não ser representativa e visualmente, dependendo da capacidade gráfica
do software, não conseguimos realmente perceber qual será o verdadeiro comporta-
mento da função, e assim realizamos uma interpretação errônea. Para realizar o cálcu-
lo do limite, podemos precisar utilizar algum método algébrico como a substituição,
fatoração, multiplicação pelo conjugado ou fazer uso de combinações desses.
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
5 DERIVADA E REGRAS DE
DERIVAÇÃO
Vivemos em um mundo complexo e cheio de mudanças. Essa complexidade pode
ser percebida pela quantidade de variáveis que envolvem a descrição de um proble-
ma, e muitas vezes não conseguimos mensurar nem explicitar todas as dimensões
que o envolvem. A representação desses fenômenos em matemática é feita pelas
funções, que são modelos aproximados do real, mas não o real. As funções, por sua
vez, são descritas por gráficos, tabelas e expressões que nos dão a impressão de se-
rem estanques, ou seja, nos dão uma ideia de previsibilidade, mas podem descrever
o mundo real e tão dinâmico. Contrapondo essa forma estática, surgem os conceitos
de taxa de variação média e taxa de variação instantânea. Mas, o que queremos dizer
quando nos referimos a uma taxa de variação? A taxa de variação é a razão que uma
grandeza varia em relação à outra.
De certa forma, podemos dizer que as taxas de variação são as mudanças ocorridas
em frações diminutas de uma grandeza em relação a outra. Por exemplo, o processo
de colocar uma panela com água no fogão para aquecer envolve algumas grandezas,
como a massa da quantidade de água e a quantidade de energia transferida pela
chama do fogão em forma de calor. Cada pequena quantidade de energia transferi-
da provoca uma variação na quantidade de energia da massa de água, provocando
um aumento em sua temperatura. Portanto, ao interpretar e realizar os cálculos des-
sas pequenas mudanças, estamos trabalhando com o conceito de derivada. Vamos,
então, compreendê-la e defini-la, além de estudar as regras de derivação que nos
auxiliam no cálculo do seu valor.
f ( x ) − f ( x 0)
f ´( x 0 ) = lim
x →x 0 x −x0
f ´( x 0 ) = tg
df dy df ( x )
f ' ( x ) ou y ', , , , Df ( x ) , Dx f ( x )
dx dx dx
FIGURA 88 -
h
30 ∆h1 = -2 m Intervalos Velocidade média (vm)
25 ∆h2=-6 m [0;0,5]
20
[0,5;1]
∆h3=-10 m
15
10 [1;1,5]
∆h4=-12 m
5
[1,5,2]
t
0 0.5 1 1.5 2 2.5
∆t1 ∆t3
∆t2 ∆t4
f ( x ) − f ( x 0)
f ´( x 0 ) = lim ,
x →x 0 x −x0
Substituindo os valores:
f (t ) − f (t 0)
f ´(t 0 ) = lim
t →t 0 t −t 0
−8t 2 + 30 − 22
f ´(1) = lim
t →1 t −1
Portanto, se dividirmos os polinômios –8t² + 8 por t–1, teremos (–8t –8) . (t–1) no nume-
rador:
30
25
20
15
10
t
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Mas nem sempre podemos encontrar a taxa de variação instantânea, ou seja, a de-
rivada. Temos que uma função tem derivada para os valores de x0 em que se pode
traçar uma reta tangente. Entretanto, nem toda curva admite retas tangentes em
todos os pontos. Não existe derivada nos pontos de descontinuidades (“saltos”), nem
mudança brusca de direção quando o gráfico apresenta um “bico”.
y
8
x
-2 0 2 4 6 8
Assim, podemos observar na figura acima que f não e derivável para x=0, pois há um
bico, nem em x = 3, pois há uma descontinuidade neste ponto. Além dessas situa-
ções, pode ocorrer que, ao aproximar de um ponto x0, o limite tenda a +∞ ou a -∞,
ou não haja limite algum, então dizemos que a função não é derivável neste ponto.
A função derivada
∆y f ( x 0 + x ) − f ( x 0)
f ´( x ) = lim = lim
x →0 ∆x x →0 x
Em que:
∆y = f(x + ∆x)-f(x)
f ( x + h ) − f (x )
f ´( x ) = lim
h →0 h
f ( x + h ) − f (x )
f ´( x ) = lim
h →0 h
Exemplo 1: vamos utilizar a função do exemplo anterior f(x) = –8x = + 30 para calcular
a sua função derivada.
f(x) = –8x = + 30
f(x + h) = –8(x + h)2 + 30, substituímos x+h no lugar de x na função f(x) e vamos desen-
volver (x + h)2 = x2 + 2xh + h2
f ( x + h ) − f (x )
f ´( x ) = lim
h →0 h
−8x 2 − 16xh + h 2 + 30 − f ( x )
f ´( x ) = lim , lembrando que f(x) = –8x2 + 30, temos:
h →0 h
−16xh + h 2 , ainda não podemos calcular o limite por que há uma indeter-
f ´( x ) = lim
h →0 h
minação e temos que eliminá-la antes. Para isso, vamos colocar h em evidência no
numerador.
f´(x) = –16x
Essa é a função que nos dará a derivada de qualquer ponto da função f(x) = –8x2 + 30.
Portanto, se quisermos saber o valor da derivada da função quando x = 1,5, é só subs-
tituir esse valor na função derivada encontrada:
f´(x) = –16x
Para determinar a reta tangente, temos que encontrar o coeficiente angular desta
reta, ou seja, f´(x) em x = 2. Assim, vamos encontrar primeiro a função derivada:
f(x)= 3x2 +x
6xh + 3h2 + h
f ´( x ) = lim
h →0 h
h.(6x + 3h + 1)
f ´( x ) = lim resolvendo o limite teremos:
h →0 h
f´(x) = 6x + 1
f´(x) = 6x + 1
f´(2) = 6 . 2 + 1
f´(2) = 13
Agora já temos o coeficiente angular da reta tangente e vamos encontrar a sua equa-
ção, mas antes temos que encontrar a imagem no ponto onde x0 = 2, ou seja,
f(x) = 3x2 + x:
f(2) = 3 . (4) + 2 = 14
y – 14 = 13. (x –2)
y – 14 = 13x –26
y = 13x – 12
y
60
50
40
30
20
10
x
0 1 2 3 4 5 6
Algumas regras nos permitem facilitar o cálculo da derivada de uma função f(x).
Vejamos algumas derivadas fundamentais:
1 – f(x) = 6 → f´(x) = 0
2 – f(x) = –3 → f´(x) = 0
3 − f ( x ) = 2 → f ´( x ) = 0
2 2 5
− 2 − −1 2 −
2 − f(x) = x 3 → f '( x ) = − .x 3 = − .x 3
3 3
1
1 −1 1
3 − f ( x ) = x → f ´( x ) = .x 3 =
3
3 3
3 x2
Se h(x) = k.f(x), sendo k uma constante e f(x) é derivável, então h´(x) = k.f´(x).
5 5
2 − g ( x ) = x → f ´( x ) =
3 3
3 3
2 − f ( x ) = senx → f ´( x ) = − .cosx
2 2
4 4
2 − f ( x ) = − cosx → f ´( x ) = ) = senx
3 3
f`(x) = 6x + 2 + 0
f`(x) = 6x + 2
f´(–1) = 6 . –1 + 2 = –4
2
2 − f ( x ) = −2.senx + cosx
3
2
f ´( x ) = ( −2.senx )´ +( cosx )`
3
2
f `( x ) = −2.cosx − senx
3
As regras de derivação abaixo nos permitem calcular com relativa facilidade as deri-
vadas de polinômios, funções racionais, funções exponenciais e funções logarítmicas.
Usamos essas regras para resolver problemas envolvendo taxas de variação e aproxi-
mação de funções:
Derivada do produto
Derive:
b) f(x) = 4x.(3x–1)(2x+3)
f´(x)=(24x-4).(2x+3) +(12x²-4x).(2)
g (x )
f (x ) = ; se existirem as derivadas de g`(x) e h`(x), então:
h( x )
g ´( x ) .h ( x ) − g ( x ) .h ´( x )
f ´( x ) = , para h ( x ) ≠ 0
(h ( x ))²
2x − 6
1 - Dada a função f ( x ) = , determinar f´(2):
x 2 −1
h(x) = x2 –1 → h`(x) = 2x
Logo:
g ´( x ) .h ( x ) − g ( x ) .h ´( x )
f ´( x ) = , temos:
(h ( x ))²
f ´( x ) =
( )
2. x 2 − 1 − ( 2x − 6 ) .(2x )
( x 2 − 1)²
−2x 2 − 26x
f ´( x ) =
x 4 − 2x ² + 1
senx
Relembrando que f ( x ) = tgx =
cosx
g ´( x ) .h ( x ) − g ( x ) .h ´( x )
f ´( x ) =
(h ( x ))²
Temos:
cos ²x + sen ²x
f ´( x ) =
(cosx )²
1
f ´( x ) = = sec ²x
(cosx )²
As regras de derivação discutidas até agora não são suficientes para calcular todas as
derivadas que surgem na prática. A regra da cadeia é aplicada em funções que são
escritas por uma composição de mais funções.
Por exemplo, dada a função f(x) = 3x +1 e g(x) = x², podemos ter uma função composta
destas duas funções descrita da seguinte forma:
h(x) = g(f(x)), veja que x na função g(x) é substituído pela função f(x) então h(x) será:
Para derivar essas funções, utilizamos a regra da cadeia. Sendo h(x) = f(g(x)), sendo f(x)
e g(x) funções deriváveis, calculamos a derivada de h(x) da seguinte maneira:
Função de dentro
h'(x) = f'(g(x))g'(x)
Função de fora
dy dy dz
= .
dx dz dx
Temos que f(x)=g(h(x)), onde h(x) = x² + 4 e g(x) = x10 , utilizando a regra da cadeia para
calcular a derivada de f(x), temos:
f'(x) = g'(h(x))h'(x) ,
onde g`(x)=10.x9 , como o valor de x na função g(x) é h(x) temos g`(x) = 10 . (x² + 4) 9
h´(x)=2x
Assim,
f´(x)= 10 . (x² + 4) 9 . 2x
f´(x) = 20x ( x² + 4) 9
Temos que f(x) = g(h(x)), onde h(x) = x² e g(x) = senx, utilizando a regra da cadeia para
calcular a derivada de f(x), temos:
f´(x) = g´(h(x))h´(x) ,
onde g`(x)=cosx ,
h`(x)=2x
Assim,
1 - f(x) = ex → f´(x) = ex
2
+1) 2
+1)
2 - f(x) = e f ´( x ) = e( x
(x
.2x (foi utilizada a regra da cadeia)
1
f ( x ) = lnx → f ´( x ) =
x
1
Se f(x) = logb x , então f ´( x ) = para x ϵ R*,e a ϵ R, b>0 e b ≠ 1
x ln b
1
1 − f ( x ) = log3 → f ´( x ) =
3 ln 10
1
2 − f ( x ) = ln4 → f ´( x ) =
4
Derivada trigonométrica
cosx 1 1
=
cotgx = ; secx ; cossecx =
senx cosx senx
Derivadas sucessivas
Ao derivarmos uma função f(x), encontramos outra função f`(x). Se essa função for
derivável, podemos encontrar a derivada dela f´´(x), que chamaremos de derivada
segunda de f(x). Podemos continuar o processo de derivação sucessiva enquanto as
funções forem diferenciáveis. Assim, temos como exemplo:
dy
f'( x ) = 20x3 + 6x2 ou (derivada primeira)
dx
dy
f ´`( x ) = 60x2 + 12x ou (derivada segunda)
dx
d ²y
f ´``( x ) = 120x + 12 ou (derivada terceira)
dx ²
d 4y
f ( 4)
( x ) = 120 (derivada quarta)
dx 4
d 5y
f ( 5) ( x ) = 0 (derivada quinta)
dx 5
dny
f n ( x ) ou (derivada enésima)
dx n
CONCLUSÃO
Nesta unidade desenvolvemos o estudo sobre derivada e suas regras operacionais.
Vimos que a derivada é considerada a taxa de variação instantânea das grandezas
relacionadas por uma função para um dado valor do seu domínio, ou seja, para uma
dada variação no domínio da função, esta provoca uma variação na sua imagem. Ao
trabalharmos com dois pontos do domínio e calcularmos essa variação entre eles,
teremos a taxa de média de variação e, ao aproximarmos esses dois pontos do domí-
nio de forma que a distância entre eles tenderem a zero, temos a variação instantâ-
nea. Dessa forma, o cálculo da derivada envolve uma aproximação infinitesimal, um
limite. Geometricamente, temos as taxas de variação média representadas por retas
secantes ao gráfico analisado. Ao calcularmos as inclinações das retas secantes em
intervalos cada vez menores, de forma a se aproximarem da reta tangente ao ponto
de referência, teremos a derivada. Esse, portanto, é um refinamento do conceito de
coeficiente angular da reta, mas que também é aplicado às curvas.
Para medir mudanças, variações. Assim, a derivada nos permite responder questio-
namentos como:
Qual será a mudança provocada na corrente elétrica se for provocada uma pequena
variação na tensão elétrica? Qual era a velocidade de um automóvel antes do mo-
mento de colisão? Observamos, nesta situação, que a velocidade é uma grandeza
que encontramos a partir da variação do deslocamento em um intervalo de tempo
considerado e, neste caso, esse intervalo tem que tender a zero. Podemos, ainda, cal-
cular a aceleração, ou seja, a variação da velocidade – perceba que estamos falando
da variação da variação da função posição, ou seja, a derivada segunda.
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
> Analisar o
comportamento de uma
função descrevendo
o seu crescimento
e decrescimento, os
valores máximos e
mínimos e esboço do
gráfico.
6 APLICAÇÕES DA DERIVADA
As pessoas e o mercado, de maneira geral, sempre buscam modos de otimizar as
coisas, ou seja, como encontrar a melhor maneira de realizar algo, a melhor rota com
menor custo, obter a máxima qualidade com a menor quantidade. Esses problemas
podem ser solucionados utilizando uma das aplicações do conceito de derivada. Para
exemplificar, vejamos uma situação:
Suponha que um fazendeiro possui 6.000 m de arrame e precisa cercar uma parte de
seu terreno em um formato retangular. Quais são as dimensões do terreno que tem
maior área possível?
Assim, vamos estudar os conceitos que nos permitem a compreensão desse compor-
tamento, utilizando as informações que podemos obter pelo estudo das derivadas.
Aplicações de Derivadas
Dada a função f definida e contínua em um intervalo [0, b] e sejam x1, x2, x3 e x4 ponto
do intervalo e as retas r, s e t retas tangentes à curva do gráfico de f, podemos observar:
s
r
f(x2)
f(x1)
crescente decrescente
b x
0 x1 x2 x3 constante x4
f(x3) = f(x4)
t
• A função é crescente no intervalo entre 0 < x < x2, e perceba que x1 e x2 perten-
centes a esse intervalo temos que f(x1) < f(x2) se x1 < x2. A reta r tangente a um
ponto desse intervalo tem inclinação positiva.
• A função é decrescente no intervalo entre x2 < x < x3, e perceba que f(x2) < f(x3) se
x2 < x3. A reta s tangente a um ponto desse intervalo tem inclinação negativa.
• A função é constante no intervalo entre x3 < x < x4, e perceba que f(x3) = f(x4) se
x3 ≠ x4. A reta t é paralela ao eixo 0x e a inclinação da reta é nula.
(I) Se f’(x) > 0 para todo valor de x em (a,b), então f é crescente em [a,b].
(II) Se f’(x) < 0 para todo valor de x em (a,b), então f é decrescente em [a,b].
Exemplo 1: Encontre os intervalos nos quais f(x) = x² –6x + 7 onde a função é crescente
e os intervalos nos quais onde ela é decrescente.
Para encontrar esses intervalos, vamos analisar o sinal da função derivada de f(x), ou
seja, f´(x).
f´(x) = 2x –6
A função derivada é uma função polinomial do 1º grau. Vamos estudar o seu sinal:
y f
3
2
+ Para encontrar a raiz da
função, igualamos a zero:
1 2x-6=0
2x=6
6
x X= =3
2
0 1 2 3 4 5 6 7
-1
-
Fonte: Elaborada pelo autor.
y
7
x
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-1
-2
f´(x) = 0
Exemplo 2: Dada a função f(x) = –x³ + 3x², determine os intervalos onde a função é
crescente ou decrescente.
f(x) será crescente nos intervalos onde f´(x) > 0 e f(x) será decrescente nos intervalos
onde f`(x) < 0. Assim, vamos fazer o estudo do sinal da função f`(x).
f´(x) = –3x² + 6x
-1
-2
x
1 2 3 4 5
Observe que a função muda de sinal somente nos pontos onde f´(x) = 0 ou em valores
de x nos quais f´(x) não é definido, e esses pontos são chamados de pontos críticos.
Lembrando da continuidade de uma função, não existe a derivada de uma função
nos pontos onde não existe uma tangente.
y
y
x x
g`(x) = 4x3–3x²
4x3 – 3x² = 0
X² (4x – 3) = 0
3
X=0ex=
4
Muitas funções são descritas por polinômios. Portanto, para sua resolução,
é necessário o domínio desse conteúdo. Assim, pesquise na internet sobre
fatoração de polinômios.
3
Os pontos críticos são quando x = 0 e x= . Esses valores servem de base para definir-
4
mos os intervalos que servirão de teste. Os intervalos tentam cobrir todo o domínio,
3 3
ou seja, antes (-∞,0), entre (0, ) e após esses valores ( ,+∞) e, escolheremos um valor
4 4
dentro desse intervalo para substituir na função derivada e verificarmos o sinal de
g`(x), para dessa forma identificar se a função é crescente ou decrescente neste inter-
valo. Assim, lembrando que g`(x) = 4x3 – 3x², temos:
Os pontos onde o valor da tangente é zero, ou seja, a reta é paralela ao eixo x, de-
nominamos de máximo ou mínimo local. Mas nem sempre que f´(x)=0 é um ponto
máximo ou mínimo. Veja o gráfico da função g(x) = x4 – x³.
f y
f´(x) = 0
x
f´(x) < 0
f´(x) = 0
f(x2)
f(x4)
x
x1 x2 x3 x4 x5 x6
f(x1)
Se f(x0) é o valor máximo que a função f(x) alcança em todo o seu domínio, então f(x0)
será o máximo absoluto da função. Da mesma forma, se f(x0) for o valor mínimo que
a função f(x) alcança em todo o seu domínio, f(x0) será o mínimo absoluto da função.
Quando uma função f tiver um máximo ou um mínimo relativo em x0, diz-se que
f tem um extremo relativo em x0. Esses extremos relativos, se houver, ocorrem em
pontos críticos. Relembrando que os pontos críticos são aqueles em que f’(x) = 0 ou f
é não diferenciável.
y y
a. x0 é abscissa de ponto de máximo local pois, f´(x) = 0 e para um x > x0 f´(x) > 0,
para um x < x0 f´(x) > 0, ou seja f`(x) troca de sinal positivo para negativo.
b. x0 é abscissa de ponto de mínimo local pois, f´(x) = 0 e para um x > x0 f´(x) < 0, para
um x < x0 f´(x) > 0, ou seja f`(x) troca de sinal negativo para positivo.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Assim, seja f uma função contínua em um intervalo [a,b], no qual x0 é o único núme-
ro crítico, temos:
(I) No intervalo [a,b], se f’(x) > 0 à esquerda de x0 e f’(x) < 0 à direita de x0, então f (x)
tem um máximo relativo em x0.
(II) No intervalo [a,b], se f’(x) < 0 à esquerda de x0 e f’(x) >0 à direita de x0, então f (x)
tem um mínimo relativo em x0.
(III) Se f’(x) tiver o mesmo sinal, positivo ou negativo, antes e depois de x0, então f não
tem extremo relativo em x0.
Os pontos de inflexão são aqueles em que o gráfico muda de côncavo para cima para
côncavo para baixo, ou vice-versa.
Concavidade
para cima
f´(x)=0
Ponto de inflexão
Concavidade
para baixo
Fonte: Elaborada pelo autor.
(iii) Se f’(x0) = 0 e f”(x0) = 0, então o teste é inconclusivo, isto é, f pode ter um máximo
ou mínimo relativo ou nenhum dos dois em x0.
Exemplo: Seja a função dada por f(x) = x3 – 3x2. Vamos analisar essa função e construir
o seu gráfico a partir da análise das derivadas primeira e segunda.
f'(x) = 3x2 – 6x
f''(x) = 6x – 6
x
-1 0 1 2 3
f’(x) é positiva se x < 0 ou x > 2. Logo, nesses intervalos essa função é crescente.
f’(x) é negativa se 0 < x < 2, o que mostra que nesse intervalo essa função é decrescente.
f’’(2) = 6. ,em x = 2, f’’ é positiva, a concavidade é voltada para cima e há um mínimo local.
f”(x) = 0 se x = 1
Logo, no ponto x = 1, a função f’’(x) muda de sinal, e a função f(x) sofre uma mudança
de concavidade voltada para baixo para concavidade voltada para cima. Esse ponto,
x = 1 é um ponto de inflexão.
x
-1 0 1 2 3 4
f`(x) < 0
-2 decrescente
f`(x) > 0 crescente
-4
6.4 OTIMIZAÇÃO
Uma das mais importantes aplicações do conceito de derivada está nos problemas
que envolvem máximos (Maximização) e Mínimos (Minimização).
1. Escrever precisamente qual função deverá ser analisada. Essa função pode ser
escrita em função de uma ou mais variáveis.
3. Com a função bem definida, identificar seus extremos relativos, ou seja, seu pon-
to crítico (possível ponto de máximo ou mínimo), e definir o resultado.
Exemplo 1: Deseja-se construir um galpão, mas para isso é necessário cercar uma
área de 196 m² em formato retangular. Quais devem ser suas dimensões para que o
perímetro seja mínimo?
A B
C D
y
196
y=
x
392
P = 2x + 2.
x
392
P = 2x + função que exprime o perímetro em relação a x.
x
Para determinar o valor mínimo, devemos derivar a função P e igualar a zero (definin-
do o ponto crítico da função)
P = 2x + 392.x–1
392
P ' = 2 − 392.x( −2) = 2 −
x²
392
2− =0
x²
X2 = 196
X = ± 196 ± 14 portanto, x = 14 ou x = –14 (não serve pois x > 0)
Para saber se ele é um ponto de máximo ou mínimo, vamos utilizar o teste da segun-
da derivada, ou seja, se f”(x0) > 0, então f tem em x0 um mínimo relativo. Assim, vamos
calcular a segunda derivada e substituir o ponto crítico encontrado x = 14 e fazer a
verificação.
P´ = 2 – 392. x–2
784
P´´(14 ) = = 0, 2857 > 0
2744
Como P´´>o esse ponto é mínimo. Assim, o valor de x=14 e y=196/x=14, encontrare-
mos o perímetro:
P = 2x + 2y
x
y
O volume do viveiro será dado pelo produto das três dimensões, ou pela área da base
multiplicada pela altura. Seja x o lado do quadrado e y a distância entre os quadra-
dos, sendo assim, V = x.x.y = x2.y, ou seja, x2.y = 48.
Queremos saber a quantidade mínima de tela para construir esse viveiro. A função
que expressa a área será: A = 2x2 + 3xy (duas áreas quadradas, três retângulos de di-
mensões x, y, sendo que a área do chão é excluída).
Queremos saber a quantidade mínima de tela. Logo, vamos minimizar a função área.
48
Então, isolamos y ⇒ y = . Substituindo em A:
x2
48 144
A = 2x2 + 3.x. 2
⇒ A = 2x 2 + ⇒ A = 2x 2 + 144x −1
x x
Para determinar o valor mínimo, devemos derivar a função A e igualar a zero (definin-
do o ponto crítico da função):
144
A' = 0 ⇒ A' = 4x − 144x −2 ⇒ 4x − 2
= 0 ⇒ 4x 3 − 144 = 0 ⇒ 4x 3 = 144 ⇒ x 3 = 36 ⇒ x = 3,3
302
x
48 48
Substituindo y = 2
⇒ = 4, 404
x 10, 9
Para determinar o lucro máximo, devemos derivar a função L e igualar a zero (definin-
do o ponto crítico da função):
3x 2
L (x ) = − + 300x − 15
4
6x
L `( x ) = − + 300
4
6x
− + 300 = 0
4
6x
− = −30
4
6x
− = −300
4
x = 200
Portanto, a produção diária dever ser de 200 produtos para que o lucro seja máximo.
A integração é processo para o cálculo da integral que tem com ideia central o cálcu-
lo de áreas. Esse conceito foi desenvolvido antes de limite e derivadas.
Neste sentido, vamos calcular a área sob a curva das funções abaixo delimitadas pe-
los intervalos destacados:
y y
4 4
n3 3
2 2
A1
1 1 A2
x x
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
Observe que a área sob o gráfico da função y=3 tem o formato de um retângulo.
Para calcular a sua área, temos:
bxh
A1 =
2
4x 4
A1 =
2
As figuras que apareceram abaixo dos gráficos das funções acima são conhecidas e
fáceis de calcular. Entretanto, na natureza encontramos poucas ocorrências de situa-
ções em que as figuras encontradas são regulares (retângulos, triângulos, círculos,
etc.). E, assim, surgiu a necessidade de se criar um método que permitisse o cálculo
de áreas das mais diversas figuras.
Pensando nisso, como podemos calcular uma área abaixo da curva da função y = x²?
0 1 2 3
Podemos calcular a área utilizando a soma da área de figuras conhecidas, por exem-
plo, vários retângulos de largura(n) iguais, e assim teremos uma aproximação da área
abaixo da curva, conforme demonstrado nas figuras abaixo:
y y y
8 Y = x² 8 Y = x² 8 Y = x²
6 6 6
4 4 4
f(1,5) Altura
2 2 2
f(xi)
x x x
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Base (b-a)
Ponto Ponto
inferior (a) Superior (b)
A altura do retângulo é dada por f(xi), ou seja, pela função, que neste caso é dada
pelo valor do ponto inferior (a) que define o retângulo f(a), que também pode ser
definida pelo valor do ponto superior (b). A base do retângulo é dada por b-a, mas se
considerarmos a extremidade superior da base (b) sendo 2 e a inferior(a) 0, podemos
encontrar a base calculando b − a , onde n é a quantidade de retângulos.
n
A ideia consiste em dividir e depois somar tudo, ou seja, dividimos a área abaixo da
curva por retângulos com larguras iguais. No caso da figura a, perceba que a base de
cada retângulo é 2/n, onde n é a quantidade de retângulos em que a curva foi divi-
dida, e em seguida soma-se a área de todos os retângulos. Com isso, teremos uma
aproximação da área, que se torna mais precisa a medida em que a dividimos em
mais retângulos, caso a ser observado nas figuras b e c .
Soma das
áreas do retângulo Área
de 1 até n retângulos do retângulo
Limite de n
tendendo altura
ao infinito
base do
retângulo
O processo de integração também pode ser resolvido de maneira analítica. Para isso,
utiliza-se a antiderivação, ou seja, a operação inversa da derivada. Portanto, para se
encontrar a antiderivada de uma função, é necessário pensar qual é a função que,
derivada, resultará em f(x).
Assim, por definição, sempre que f(x) for integrável em um intervalo [a,b] e existir uma
antiderivada, temos:
b
Área = ∫f ( x ) .dx = F (b ) − F (a )
a
2
Área = ∫x ².dx = F ( 2) − F (0)
0
x3
F é a antiderivada da função f(x) = x², ou seja, F( x ) = a função que, ao derivarmos,
3
encontramos f(x) = x². Assim, resolvendo temos:
2
23 03 8
Área = ∫x ².dx = − =
0
3 3 3
Por fim, integrar é realizar uma operação matemática que nos fornece como resul-
tado a área entre o gráfico da função f(x) e o eixo 0x. Esse conceito foi formalizado a
partir do método das somas de Riemann.
CONCLUSÃO
O universo é formado de energia que está presente desde a sua criação. O interes-
sante é que não se perde energia nem se cria, o que ocorre é uma transformação.
A energia é vibração, e as diferenças entre elas fazem mudar a propriedades das coi-
sas. Em busca de um equilíbrio, um corpo nunca acumula, mas sempre aquele que
tem muita energia perde para aquele que tem menos. Aparentemente, parece que
estamos nos referindo a algo totalmente desconexo com o que foi estudado nesta
unidade, mas, na verdade, estamos nos referindo a pontos críticos, otimizações.
Assim, vimos nesta unidade que a derivada nos diz onde uma função é crescente ou
decrescente, provocando os pontos de máximos e mínimos que nem sempre ocor-
rem em pontos estacionários (pontos críticos). A denominação de estacionários faz
sentido ao pensarmos no movimento de algum objeto que, ao ser arremessado, fará
uma trajetória de uma parábola; e, em algum momento, ele terá de mudar de senti-
do, de ascendente para descendente. Portanto, ele permanecerá em repouso (nem
subindo, nem descendo) em algum momento, ou seja, estacionado. Além disso, o
intervalo em que estamos trabalhando apresenta relevância aos candidatos a pontos
estacionários, consequentemente, ao máximos e mínimos relativos e globais.
Vimos, também, que o problema do cálculo de área para figuras irregulares motivou
o desenvolvimento do conceito de integral, isto é, aproximação do cálculo de uma
área real pela soma de outras infinitas áreas. Assim, sempre que precisarmos fazer
somas de quantidades, o conceito de integral está envolvido. O processo de calcular
a integral é a integração que consiste na operação inversa da derivação, ou seja, a
antiderivação, também conhecida como integrais primitivas. Enfim, esses conceitos
constituem os dois pilares que alicerçam o cálculo.
REFERÊNCIAS
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, Amauri; SPIM, Jaime Alvares; SANTOS, Carlos Alexandre dos. Ensaios dos materiais. 2. ed.
Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2012.
, Paulo Blauth; TOSCANI, Laira Vieira: LÓPEZ, Javier Garcia. Aprendendo matemática
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, Kenneth H. Matemática discreta e suas aplicações. 6. ed. Porto Alegre: Grupo A, 2011.
, Murray R.; LIPSCHUTZ, Seymour; LIU, John. Manual de Fórmulas e Tabelas Matemáticas.
3. Ed. Coleção Schaum. Porto Alegre: Grupo A, 2011.
SOBRINHO, José Dutra. Matemática financeira. 3. ed. Edição Compacta. São Paulo: Grupo
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EAD. MU LTIVIX.EDU.BR