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APRESENTAÇÃO

Professora Mestre Lilian Gonçalves

● Mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações pela Unicesumar


(2018).
● Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá (1998).
● Curso Superior de Tecnologia em Logística pela Unicesumar (2017).
● Licenciatura em Formação de Docente para a Educação Básica – Matemática
(2019).
● Pós Graduação em Consultoria Organizacional (2005).
● Pós Graduação em Educação à Distância e Tecnologias Educacionais ( 2014).
● Projeto de Pesquisa voltado à Iniciação Científica (PIBIC) - “Reflexão sobre a
Gestão Estratégica do Conhecimento, o Programa Institucional de Bolsa para
Iniciação à Docência (PIBID) e a Gestão Escolar Pública (2017).
● Apresentação no X EPCC - Encontro Internacional de Produção Científica com o
trabalho intitulado “Reflexão sobre a Gestão Estratégica do Conhecimento, o
Programa Institucional de Bolsa para Iniciação à Docência (PIBID) e a Gestão
Escolar Pública (2017).
● Publicação de artigo científico no livro Empreendedorismo, Inovação & Start up,
intitulado “A Gestão do Conhecimento como Facilitadora de Aprendizagem e
Inovação em Sala de Aula” (2018).
● Atuante em organizações industriais no cargo de Gerente Industrial e Logística, e
em Instituições de Ensino Superior como docente, orientadora e membro de
comissão avaliadora de Trabalho de Conclusão de Curso desde 2011.

Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/0235956165366786

APRESENTAÇÃO DA APOSTILA
Olá, Caro estudante!

Seja bem vindo, a apostila da disciplina de Tópicos Especiais em Gestão da Qualidade.


Você irá conhecer os principais conceitos e definições sob o olhar de conceituados
autores e estudiosos da área.
Na Unidade I começaremos nossa caminhada como tema: Gerenciamento da Cadeia
Produtiva com abordagem sobre os tópicos dos fatores que influenciam na localização,
bem com critérios e métodos para escolha a melhor localização geográfica para a
empresa.
Depois na Unidade II vamos tratar sobre o Sistema ERP - Enterprise Resource Planning
ou simplesmente Planejamento de Recursos da Corporação. Destacando seu conceito,
definição, tipos de sistemas e aplicações nas empresas.
A Unidade III é dedicada às Tecnologias Aplicadas à Produção com ênfase aos tipos de
automação e sistemas de montagem.
Iremos abordar o tema Novos Modelos de Arranjos Produtivos na Unidade IV, com foco
no conceito, benefícios e desvantagens, estudo de caso dos arranjos produtivos:
Clusters, Condomínio Industrial, Consórcio Modular e Contract Manufacturing.
Reforço a você o convite, para juntos percorrer esta caminhada na construção do
conhecimento.

Muito obrigada e bom estudo!


UNIDADE I
LOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS
Professora Mestre Lilian Gonçalves

Plano de Estudo:
● Fatores que influenciam na localização de empresas
● Critérios para decisão de localização
● Método de Pontuação Ponderada
● Método do Centro de Gravidade
● Método do Ponto de Equilíbrio

Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar os fatores e critérios que influenciam na tomada de
decisão na escolha da localização de empresas.
• Conhecer os tipos de métodos de avaliação na localização de empresas
• Estudar os métodos de Pontuação Ponderada, Centro de Gravidade e Ponto de
Equilíbrio para a o estudo de viabilidade econômica e logística na implantação de
empresa.
INTRODUÇÃO

Olá Caro Estudante!

Você já parou para pensar de que maneira a localização de uma organização


pode vir a influenciar seu sucesso? A escolha da localização impacta na relação com
fornecedores e principalmente os clientes? E a escolha para instalação de centro de
distribuição e fábricas? Como é feita a escolha do local? Quais fatores deve ser
analizados?
Segundo Kon (1994), a escolha da localização observa critérios que levam à
maior redução do investimento inicial requerido para a entrada em operação das
unidades de produção, porém esta economia inicial é confrontada com a eficiência
operacional da empresa ao longo de sua vida útil.
Abordaremos os fatores econômicos e técnicos que devem ser considerados
pelas indústrias no momento de se definir a melhor localização.
Sabia que há Métodos para escolha da localização? Nesta unidade iremos
estudar três, sendo:
- Método do Centro de Gravidade que segundo Corrêa C. e Corrêa H.
(2006), usado para definir a localização de uma unidade operacional,
levando em conta suas principais fontes de insumos e clientes, além dos
volumes a serem transportados entres os locais.
- Método de Pontuação Ponderada que para Corrêa C. e Corrêa H.
(2006),consiste na comparação entre possíveis pontos de instalação de
fábrica, considerando todos os fatores que o tomador de decisão julgar
pertinente.
- Método do Ponto de Equilíbrio que Heizer, J.; Render, B. (2001) define o
método do ponto de equilíbrio como sendo a utilização da análise de
volume-custo para se fazer a comparação econômica das alternativas de
localização.
Com apresentação de amplo estudo bibliográfico sobre o tema e exemplo prático
de como aplicar cada Método. Assim demonstraremos de que maneira a localização de
empresas contribui para o gerenciamento da cadeia produtiva.
Bons estudos!

1 FATORES QUE INFLUENCIAM NA LOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS

Caro estudante! Você deve conhecer ou já ouviu falar de empresa que ao mudar
de endereço duplicaram o faturamento ou simplesmente faliram, correto? Então veremos
a seguir como a localização da empresa é primordial para seu sucesso ou fracasso.
Temas relacionados a escolha de localização industrial tem crescido bastante,
principalmente a partir dos anos 70 com o avanço da globalização, pois em um mundo
globalizado o principal foco é a competitividade que se estende territorialmente para
novas áreas geográficas. (ARNOLD,D.JÚNIOR, 2002). A maioria das teorias iniciais
sobre localização foram postuladas por economistas e geógrafos. A grande maioria deles
abordavam a questão do custo de transporte na determinação da localização. (PUU,
1997).
Tal forma que a localização se estabelece como o melhor local geográfico para as
instalações de uma empresa. As decisões de localização são importantes pois requerem
um compromisso maior a longo prazo referentes a prédios e instalações, como também
altos investimentos financeiros que impactam nos custos e receitas operacionais. Uma
vez que, uma má localização pode trazer algumas consequências como: elevados custos
de transporte, suprimentos inapropriados de matéria-prima e mão de obra, prejuízos
financeiros e até perda de vantagem competitiva. (REID; SANDERS, 2005).
Como decidir a melhor localização? Corrêa C. e Corrêa H. (2006) afirma que
decidir a melhor localização para uma instalação se torna uma decisão de caráter muito
mais financeiro do que pode parecer. Vale ressaltar que, embora seja difícil reverter uma
decisão de localização, às vezes é necessário, mesmo que os custos envolvidos para
desativar uma operação e reinstalar em outro local possam ser elevados. Assim, as
decisões sobre localização devem ocorrer de forma constante nas organizações,
analisando as vantagens e desvantagens de se ter um negócio situado em determinado
lugar. (MACHADO, 2002).
Quando deve-se mudar a localização de uma empresa? De acordo com visão de
Moreira (1996) quando há esgotamento de insumos produtivos próximos ao
empreendimento; ou quando a produção não atende à demanda e há necessidade de
expansão.

Figura 1: Ilustração de localização de empresas

O autor Kon (1994), relata que a localização industrial observa critérios que levam
à maior redução do investimento inicial requerido para a entrada em operação das
unidades de produção, porém esta economia inicial é confrontada com a eficiência
operacional da empresa ao longo de sua vida útil. A rentabilidade nas atividades
econômicas da empresa será analisada sob os aspectos de custos e benefícios para a
determinação da macrolocalização. Na maior parte das vezes é possível criar boas
condições de localização ao se construir meios de acesso, ou superar problemas
climáticos pela tecnologia. Sob o mesmo ponto de vista Passos et. al. (2007), destaca
que a questão da localização industrial sempre foi muito complexa, e, portanto, criar
uma teoria geral que explique os fatores determinantes de tal decisão é muito difícil de
ser desenvolvida.
Por consequência para Sfredo (2006), os elementos que influenciam na escolha
da localização de uma indústria são eleitos dependendo do ramo que a empresa atua.
2 CRITÉRIOS PARA DECISÃO DE LOCALIZAÇÃO

As atividades industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local


onde estão os recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra. As atividades
de serviços, sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como
proximidade do mercado (clientes), tráfego (facilidades de acesso), e localização
dos competidores. PASSOS et. al. (2007)

Figura 2 - Fatores determinantes na localização

Fonte: Adaptado de Murray; Dowel e Mayes (1999).

MacCormack (1994) dividiu essas variáveis em fatores qualitativos e


quantitativos. Para o autor, os fatores qualitativos envolvidos seriam a infra-estrutura
local, a educação e qualificação dos trabalhadores, às exigências de conteúdo do
produto e a estabilidade política/econômica. A partir disso Kon (1994) aponta alguns
fatores econômicos e técnicos que devem ser considerados pelas indústrias no
momento de se definir a melhor localização:
a) Custo e eficiência dos transportes - o custo de transporte de matéria-prima e
dos produtos acabados deve ser levado em conta. Neste caso, a distância é um
fator determinante em relação à localização, em termos de custos e de tempo
gastos. Para Graeml (2002, p. 7) “o conceito de acessibilidade é uma evolução do
conceito de localização física, em que mais importante que as distâncias envolvidas
é a infra-estrutura existente para agilizar os processos produtivo e logístico”.
b) Proximidade ao mercado consumidor: o cliente é a figura mais importante na
vida das empresas. Conforme Moreira (1996), as atividades de serviços se
localizam próximas aos mercados a que servem, tanto quanto possível, onde
existam facilidades de acesso e estacionamento, buscando, ao mesmo tempo,
atingir uma grande parcela da população visada. De acordo com Mattar (1997), a
escolha do local definitivo para situar a empresa deve basear se em pesquisas
sobre os consumidores potenciais do local e da renda da população. Além disso, é
importante analisar do perfil dos consumidores locais, dando atenção a fatores
como hábitos e comportamento de compra da população, fidelidade dos clientes e
freqüência que os clientes vão às compras, influenciarão significativamente no
sucesso do negócio.
c) Disponibilidade e custos da mão-de-obra - a existência da mão-de-obra
também é um fator importante na escolha locacional. No que se refere aos custos,
a localização próxima a grandes centros urbanos determina salários mais elevados
relativamente a áreas mais afastadas. Deve-se verificar também a existência de
mão-de-obra qualificada, dada as especificidades de cada negócio. Normalmente
regiões com abundância de mão-de-obra permitem a organização contratar este
fator a salários relativamente menores do que regiões com escassez de mão-de-
obra. Ou seja, a mão-de-obra também tem que ser avaliada em termos de
quantidade e qualidade.
d) Custo da terra - no caso das plantas industriais, que necessitam de grandes
áreas para sua implantação, o custo da terra pode consistir em um fator decisivo
nos cálculos de localização. As áreas situadas mais próximas dos grandes centros
urbanos apresentam um custo da terra proporcionalmente mais elevados, que se
relaciona diretamente à disponibilidades de infra-estrutura e serviços.
e) Disponibilidade de energia e água - a existência destes itens em suas diversas
formas ou mesmo a potencialidade de recursos naturais a serem explorados, bem
como seu custo unitário devem ser levados em consideração também.
f) Suprimento de matérias-primas - as condições de utilização em grande escala
ou o caráter perecível ou de fragilidade de certas matérias-primas constituem
fatores que não podem ser esquecidos na decisão locacional.
g) Eliminação de resíduos - deve-se ficar atento para questões de legislação
ambiental, principalmente no caso daqueles negócios que necessitam realizar a
eliminação de resíduos sólidos, gasosos ou ainda líquidos no meio ambiente.
h) Dispositivos fiscais e financeiros – deve-se ficar atento também para os
possíveis incentivos fiscais (isenção de impostos e taxas). Este é um fator que
estimula muito as empresas, pois implica justamente em uma redução considerável
de tributos, o que implica inclusive na possibilidade de praticar preços mais baixos,
e, portanto, na própria
competitividade da empresa no mercado. Salienta-se que os incentivos do governo
estadual e municipal podem ser fatores importantíssimos na decisão dos gestores
quanto a localização das organizações, pois podem representar relevantes
reduções nos custos de instalação. (GRAEML, 2002).
i) Elementos intangíveis - estes elementos intangíveis são aqueles de caráter
subjetivo, que influenciam os processos produtivos ou de distribuição do produto,
como, por exemplo, os hábitos tradicionais de uma determinada região, mas cuja
mensuração é mais difícil de ser realizada.
Lembre-se caro estudante:
Passos et. al. (2007) destaca que o problema locacional para as
organizações têm natureza dinâmica, ou seja, a decisão locacional deve ser
constantemente revisada e alterada caso necessário, pois ao longo do tempo pode
ocorrer a necessidade de expandir ou subcontratar.
Somente com a realização de estudo de análise contínua irá possibilitar uma
avaliação dos benefícios oferecidos por uma determinada localização. Assim, a
partir do momento que as vantagens de uma nova localização se tornam superiores
aos custos envolvidos em mudança, a relocalização é uma boa opção. Porém, esta
relocalização deve ser analisada de forma abrangente, considerando todos os
custos tangíveis e intangíveis, como todos os benefícios a nova instalação.
(GRAEML Alexandre, 2002; GRAEML Karin, 2002). Conforme Siqueira e Calegario
(2012), toda decisão de localização deve ser amparada por estudos de viabilidade
que proporcionem um maior retorno para o investimento da empresa, denominados
de método quantitativos. Que iremos estudar a seguir!
3 MÉTODO DE PONTUAÇÃO PONDERADA

Primeiramente, para você o que significa “Ponderar”?


Bem, alguns dicionários definem a palavra ponderar como: estudar
detidamente, avaliar, considerar.
Para o autor Passos et. al. (2007), o Método de Pontuação Ponderada
consiste na comparação entre possíveis pontos de instalação de fábrica,
considerando todos os fatores que o tomador de decisão julgar pertinentes.Em
outras palavras, este método serve para comparar, de forma ponderada, pontos de
localização de fábrica, considerando qualquer aspecto que o tomador de decisão
entender que tenha influência sobre o local a ser escolhido. O procedimento envolve
quatro passos de acordo com Passos et. al. (2007) sendo:
Primeiro Passo: lugar, a identificação de critérios que podem ser usados para
avaliar as diversas localizações.
Segundo Passo: envolve a definição da importância relativa de cada critério e a
atribuição de fatores de ponderação (“pesos”) para cada um deles.
Terceiro Passo: construção de uma tabela contendo: os critérios de comparação
entre os locais; a ponderação da importância de cada critério (peso); a pontuação
de cada local de acordo com cada critério; a nota total de cada localização.
Quarto Passo: consiste em avaliar cada opção de localização segundo cada
critério definido.
Hora da prática!
Um grande empresário do ramo de celulose irá implantar um nova fábrica,
mas está indeciso entre 03 locais, doravante denominados de locais : A, B e C. Para
tanto para o grande empresário a prioridade é encontrar local com baixo custo e
incentivos fiscais locais. Sendo assim, determinou que o Custo do local tem
ponderação ou peso 4 e Impostos locais peso 2. Os demais critérios
(disponibilidade de mão de obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e
potencial expansão) receberam peso 1. Ajude o grande empresário a determinar o
melhor local com o Método de Pontuação Ponderada.

Resolução:
Primeiro Passo: Identificação dos critérios - Custo do local, impostos locais, mão de
obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e potencial expansão.
Segundo Passo: Custo do local com peso 4, impostos locais tem peso 2 e mão de
obra capacitada, acesso a auto estradas e aeroporto e potencial expansão com
peso 1 cada um.
Terceiro Passo: Construção da tabela 1
Quarto Passo: Analisar a melhor opção de localização.
Tabela 1 - Aplicação do Método de Pontuação Ponderada

Fonte: Slack (2009)

Veja que os critérios são elementos qualitativos, e cada item possuem um


peso de importância para sua avaliação. No critério “custo do local” possui
ponderação ou peso 4, ou seja, tem grande importância nesta avaliação fictícia para
escolha do local, ao contrário do “acesso a aeroporto” que possui pouca relevância
com ponderação ou peso 1. A seguir os três locais denominados de A, B, C
receberam suas pontuações conforme Tabela 1. Em síntese no exemplo acima, o
Local C tem a melhor pontuação 605 pontos, provando ser o melhor local para a
instalação da fábrica utilizando este método, de acordo a importância dos critérios
estabelecido.
4 MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE

O método do centro de gravidade, que para alguns autores é chamado de


método da mediana, é segundo Corrêa e Corrêa (2006), usado para definir a
localização de uma unidade operacional, levando em conta suas principais fontes
de insumos e clientes, além dos volumes a serem transportados entres os locais.
Considerando uma configuração de instalações e mercados, através da qual
circulam certos volumes de mercadorias ou intensidade de serviços, o centro da
gravidade é a localização tal que é mínima a distância total ponderada entre a
localização procurada e as outras instalações e mercados (MOREIRA, 2004). É
importante ressaltar que este método considera também que o custo de transporte
é proporcional à quantidade de bens movimentada nas viagens. Fazendo uma
analogia física, esse método considera que a localização ótima seria o centro de
gravidade de todos os pontos de origem e para o destino dos bens transportados
(PASSOS et. al. ,2007).

Ainda em Henrique CORRÊA (2006) e Carlos CORRÊA (2006), este método


compara os custos de transporte do material vindo dos fornecedores até a unidade
a ser localizada e desta até os clientes. Estes custos devem ser iguais e
proporcionais às quantidades transportadas.
Assim para Martins e Laugeni (2003), o modelo procura avaliar o local de
menor custo para a instalação da empresa, considerando o fornecimento de
matérias-primas e os mercados consumidores. Em outras palavras, este método
defende que a localização ótima é dada pela média ponderada dos locais de
consumo/suprimento de bens a serem transportados. Assim o centro de gravidade
ou baricentro pode ser obtido pela aplicação das equações 1 e 2, descritas no
quadro 2:

Quadro 2 - Equações 1 e 2 - Fórmula para cálculo de coordenadas do Método do


Centro de Gravidade

Moreira (2004) apresenta os passo para a aplicação do método:

Primeiro Passo: Aplicar o mapa da área analisada em um grade com coordenadas.

Segundo Passo: Determinar as devidas coordenadas dos pontos de inbound e

outbound a

serem considerados no modelo.

Terceiro Passo: Resolução da questão matemática.

Quarto Passo: Calcular o baricentro estipulando o melhor ponto para atender as

necessidades de inbound e outbound com otimização de custos de transporte.


Vamos colocar o conceito na prática!

A empresa BomPreço fundada em 1975, possui 02 grande fornecedores e


04 principais clientes que garantem 40 % do seu faturamento mensal. Para diminuir
os custos de transportes o proprietário da empresa deseja instalar um Centro de
Distribuição para melhor atender seus clientes e fornecedores e reduzir custo. Qual
a melhor localização para a implantação de Centro de Distribuição com o intuito de
minimizar os custos com transporte?

Primeiro Passo: Aplicar no mapa da região a ser analisada com uma grade com

coordenadas.

Segundo Passo: Determinar as devidas coordenadas dos pontos de localização de

fornecedores ( A e B) e clientes ( C, D, E, F).

Quadro 3 - Quantidade transportada e coordenadas de fornecedores e clientes

Terceiro Passo: resolução das equações matemática, demonstrado na Tabela 4


Tabela 4 - Resolução das Equações

Quarto Passo: O ponto ótimo da localização (centro de gravidade), nessa situação

hipotética, é dado pelo ponto ou coordenadas geográficas (7,66; 7,33).


5 MÉTODO DO PONTO DE EQUILIBRIO

Heizer, J.; Render, B.r (2001) define o método do ponto de equilíbrio como
sendo a utilização da análise de volume-custo para se fazer a comparação
econômica das alternativas de localização. Identificando-se os custos fixos e
variáveis e elaborando-se o gráfico deles para cada localização, pode-se determinar
o local que proporciona o custo mais baixo para cada intervalo de volume produzido.
Em paralelo à definição de Heizer, J.; Render, B.r (2001) defende que o
método procura identificar a melhor localização a partir do conhecimento dos custos
fixos e variáveis de cada local. Uma vez identificado o nível de atividade da
empresa, o custo total (fixo + variável) é calculado para cada local. Em continuidade
Heizer e Render (2001) Afirmam que existem três possíveis etapas para a análise
do ponto de equilíbrio, são elas:
Primeiro Passo: Determinar os custos, sejam os fixos e variáveis para cada
localização,
Segundo Passo: Apontar os custos de cada local, alinhados com os custos no eixo
vertical do gráfico em volume anual no eixo horizontal,
Terceiro Passo: Selecionar o local que aponte o custo menor para o volume que
se espera de produção.
E vamos para a prática!

A partir do Gráfico 1 realize análise comparativa de custo/volume das


alternativas de localização. Pelo Método do Ponto de Equilíbrio:
Gráfico 1 - Ponto de Equilíbrio

Fonte: Moreira (2003)


Primeiro Passo - O gráfico traz os dados de custos calculados. Mas para que você
compreende o cálculo de custos totais ( CT), custos fixos(CF) e custos variáveis(CV)
é realizado pela fórmula:

Observação: A quantidade (Q) é uma variável importante, pois quanto maior a


produção menor será o custo variável.

Fórmula de custos totais:

CT = CF + (CV x Q)

Segundo Passo: Apontado no gráfico eixo X no Volume/Quantidade ( produzida ou


comercializada) , em contrapartida com o Custo Total eixo Y. O gráfico também já
apresenta as retas.

Terceiro Passo: Ao analisar o gráfico, percebe-se que o encontro de cada curva


com o eixo de custo (Y) corresponde ao custo fixo de operação de cada um dos
locais, e a inclinação da reta é dada em função do custo variável por unidade de
cada local:

*Para volumes até V1, o Local A se mostra como a opção mais barata.

*Para volume entre V1 e V2, o Local B é o mais barato.

*Para volumes maiores que V2, o Local C se mostra como sendo a melhor opção.

SAIBA MAIS
A Zona Franca de Manaus é uma área empresarial e industrial criada na
cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, cujo objetivo principal é atrair
empresas e promover uma maior ocupação e integração territorial com a região
Norte do país. Atualmente, existem mais de 500 empresas instaladas em sOs
incentivos fiscais especiais acima citados tinham previsão
de duração apenas até o ano de 1997. Porém, temendo
a fuga de empresas da região, o governo brasileiro
prorrogou por várias vezes o seu encerramento,
primeiramente para o ano de 2013, depois para 2023 e,
por último, para 2073.

Fonte: PENA, Rodolfo F. Alves. "Zona Franca de Manaus"; Brasil Escola.


Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/zona-franca-manaus.htm.
Acesso em 02 de agosto de 2020.

#SAIBA MAIS#

REFLITA

“Muitas das falhas da vida ocorrem quando não percebemos o quão próximos
estávamos do sucesso na hora em que desistimos.” Thomas Edison.

#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Olá Caro estudante,

Chegamos ao final da unidade 1!


Aprendemos a importância da definição de critérios econômicos e técnicos
na escolha da localização da empresa. Como explana Moreira (1990) as atividades
industriais são, de modo geral, fortemente orientadas para o local onde estão os
recursos. Matéria-prima, água, energia e mão-de-obra. As atividades de serviços,
sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como proximidade
do mercado (clientes), tráfego (facilidades de acesso), e localização dos
competidores.
Em seguida estudamos de forma significativa: Método de Pontuação Ponderada,
Método do Centro de Gravidade e Método do Ponto de Equilíbrio que auxiliam de
forma matemática na avaliação de localização. Com exemplos práticos que
propiciaram a você uma visão de como aplicá los no dia a dia.
Nos vemos na próxima unidade!
Leitura Complementar

GUERRA FISCAL

Para atrair investimentos e consequentemente mais riqueza e geração de


renda para sua região, vários governos promovem incentivos variados para as
empresas. Isso vai desde isenção de impostos e infra-estrutura até a própria
construção das instalações da empresa com dinheiro público. Guerra fiscal é a
disputa, entre cidades e estados, para ver quem oferece melhores incentivos para
que as empresas se instalem em seus territórios. Podemos citar um exemplo muito
conhecido que é o da montadora Ford, que após uma acirrada disputa entre os
estados da Bahia e do Rio Grande do Sul, para ver quem oferecia maiores
vantagens fiscais, a empresa decidiu se instalar na Bahia.

As desvantagens da guerra fiscal é que isso faz com que o Brasil em geral,
deixe de arrecadar volumosos recursos, em virtude da disputa, sendo que de
qualquer forma, ela se instalaria no Brasil. Além disso, quem adquire bens ou
serviços de outro estado, quando usufrui de incentivos fiscais no seu estado de
origem, pode sofrer sanções, como restrições ao crédito do ICMS.

Fonte: DANTAS, Tiago. "Guerra Fiscal"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/economia/guerra-fiscal.htm. Acesso em 02 de agosto
de 2020.
LIVRO

• Título: Walmart - a Estratégia Vencedora do Gigante do Varejo Mundial


• Autor: Natalie Berg & Bryan Roberts
• Editora: Campus Elsevier
• Sinopse: Este livro busca oferecer uma visão de como o Walmart surgiu de suas
humildes raízes em uma área rural do Arkansas para se tornar uma grande
empresa de varejo. Com uma análise de todos os principais aspectos do negócio
e entrevistas com as principais figuras da empresa, 'Walmart' investiga o que o
varejista faz certo e o que faz errado, e faz um estudo sobre as diversas funções
que contribuem para suas operações.
FILME/VÍDEO

• Título: Fome do poder


• Ano: 2017
• Sinopse
A história da ascensão do McDonald's. Após receber uma demanda sem
precedentes e notar uma movimentação de consumidores fora do normal, o
vendedor de Illinois Ray Kroc adquire uma participação nos negócios da lanchonete
dos irmãos Richard e Maurice Mac McDonald no sul da Califórnia e, pouco a pouco
eliminando os dois da rede, transforma a marca em um gigantesco império
alimentício.
REFERÊNCIAS

ARNOLD, D Júnior. Fatores influentes no processo de escolha da localização


agroindustrial no paraná: estudo de caso de uma agroindústria de aves.
Universidade Federal de Santa Catarina, 2002.

CORRÊA, Henrique L. CORRÊA, Carlos A.Administração de produção e


operações:manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2 Ed. São Paulo:
Atlas, 2006.

GRAEML, Alexandre R. e GRAEML, Karin S. Considerações sobre a localização


empresarial e sobre sua relevância na era da Internet. Anais do XXII ENEGEP
(Encontro Nacional de Engenharia de Produção) – Curitiba, outubro de 2002.

HEIZER, J.; RENDER, B. Administração de operações - Bens e serviços, 5° ed. LTC


Editora.2001.

KON, A. Economia industrial. São Paulo: Nobel, 1994.

MACCORMAK, A. D.; NEWMANN, L. I.; ROSENFELD, D. B. The new dynamics of


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MACHADO, A. G. C. Fatores de decisão para a localização das instalações de


manufatura. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção- EGENEP. Curitiba-PR,
23 a 25 de outubro de 2002.

MARTINS, Petronio Garcia. LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. São


Paulo:Saraiva, 2003

MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing: metodologia, planejamento. 4ed. São


Paulo. Atlas, 1997.

MOREIRA, Daniel A. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira


Thomson Learninh, 2004.MARTINS, Petronio Garcia.

LAUGENI,Fernando P. Administração da Produção. São Paulo:Saraiva, 2003.

MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2. Ed. São


Paulo: Pioneira, 1996.
MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2. Ed. São
Paulo: Pioneira, 1996.
MURRAY, M. N.; DOWEL, P.;MAYES, D. T. The Location Decision of Automotive
Suppliers in Tennessee and the Southeast. Knoxville: The University of Tennessee,
1999.

PASSOS, W. S. et. al. Localização industrial: o determinismo do financiamento


público - estudo de caso do município de campos dos Goytacazes – RJ. XXVII
Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, PR, 09 a 11 de outubro de
2007.

PFEIFFER, S. C. Subsídio para a ponderação de fatores ambientais na localização


de aterros de resíduos sólidos, utilizando o sistema de informações geográficas.
Universidade de São Paulo, 2001.

PUU, T. Mathematical Location and Land Use Theory. New York: Springer-Verla, 1997.

REID, R. D.; SANDERS, N.R. Gestão de operações. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora,
2005.

SFREDO, J. M. et al. Análise de fatores relevantes quanto à localização de


empresas:comparativo entre uma indústria é uma prestadora de serviços com base
nos pressupostos teóricos. XXVI Energep - Fortaleza\Ce, 2006.

SIQUEIRA, P. e CALEGARIO, C. Determinantes da localização das plantas


industriais do setor sucroalcooleiro no estado de Goiás, XXII Encontro Nac. De Eng.
De Produção –Bento Gonçalves, RS, Brasil, 2012.
UNIDADE II
SISTEMA ERP
Professor Mestre Lilian Gonçalves

Plano de Estudo:
• Conceitos e Definições do sistema ERP
• Tipos de sistemas
• Aplicações

Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar, definir e contextualizar sistema ERP
• Compreender os tipos de sistema ERP
• Estabelecer a importância e aplicações do sistema ERP
INTRODUÇÃO

Olá caro estudante!

Nessa unidade conheceremos o sistema ERP - Enterprise Resource Planning que


em português é conhecido como Planejamento de Recursos da Corporação.
Primeiramente veremos seu conceito e definição sob o olhar de alguns autores, bem
como suas vantagens e benefícios e porque uma empresa implanta um sistema ERP.
Veremos que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações
único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados.
(CHOPRA e MEINDL, 2003).
Sabia que há vários tipos de sistemas ERP? Sim eles existem é iremos ver 04
tipos sendo: ERP BackOffice para E-commerce, ERP Legado, ERP Engessado, ERP
Local ou ERP na nuvem e ERP on-premise. Não se assuste com o nomenclatura se
você não for familiarizado com informática, garanto que depois de ler a apostila você irá
pensar: Nossa já vi todos esses tipos de sistema só não sabia os nomes!
Iremos conhecer as principais empresas de sistema ERP(SAP, Oralce e TOTVS)
e algumas particularidades de seus sistemas.
O último tema da apostila será as aplicações do sistema ERP nas organizações,
ou seja, estudaremos os módulo que compõem este sistema.
Bons Estudos!
1 CONCEITO E DEFINIÇÕES DO SISTEMA ERP - ENTERPRISE RESOURCE
PLANNING OU PLANEJAMENTO DE RECURSOS DA CORPORAÇÃO

Com o avanço da competitividade, a adoção de Tecnologia da Informação


(TI),principalmente via sistemas de informação, tem possibilitado às organizações inovar
e gerar diferenciais competitivos, impactando em interesses, valores e rotinas, e
apoiando as pessoas tanto nas atividades rotineiras quanto nas decisórias (HU et al.,
2013).
A partir disso Almeida e Coelho (2000) indicam que as tecnologias de informação
estão mudando a face das organizações emergentes e transformando o funcionamento
das organizações existentes. A introdução de novas tecnologias sempre estará provida
de dificuldades, visto tratar-se de um processo que causa impactos organizacionais nos
âmbitos técnico, profissional, humano e social.
Para O’Brien, (2001), os sistemas de informação são o conjunto de software,
hardware, recursos humanos e respectivos procedimentos que coletam, processam,
armazenam e distribuem informações. Têm como maior objetivo o apoio aos processos
de tomadas de decisão na empresa. Assim para Rezende (2003), o foco fundamental
dos sistemas de informação é a sustentação do negócio empresarial. Daí deriva o apoio
ao processo fabril, efetivamente auxiliando nos processos de produção e
comercialização dos produtos. Esse foco está intimamente relacionado com os quesitos
de qualidade, produtividade, rentabilidade, perenidade e competitividade empresarial.
Na concepção de KENNETH Laudon (1999) e JANE Laudon (1999), os sistemas
de informação nas empresas estão divididos em três níveis (de cima para baixo),
Sistemas de suporte aos Executivos (SIE), Sistemas de Apoio à Média Gerência,
Sistemas Especialistas ou de Automação de Escritório e Sistemas de Transações e
Registros da empresa (SSTR).

Figura 1 - Pirâmide do sistema de informação

Fonte: Adaptado de Laudon, K.; Laudon, J.P.

Sendo assim, definido:


1.Sistemas Especialistas ou de Automação de Escritório e Sistemas de Transações
e Registros da empresa - SSTR
Para Bio (1993) as informações operacionais são geridas nos sistemas de suporte
às Transações e Registros de Operações Empresariais (SSTR). São as informações
relacionadas à programação da produção, emissão de notas fiscais e recibos,
memorandos internos e outros.
2.Sistemas de Apoio à Média Gerência - SIG
Oliveira (2004) as informações gerenciais e especializadas fazem parte das
funções específicas dos sistemas de informação gerencial (SIG). Por causa de suas
funções específicas os sistemas especialistas são distinguidos dos SIG, porém,
tecnicamente pertencem aos sistemas de informações gerenciais. Sistemas
especialistas são aplicativos orientados para atividades especializadas, como apoio
contábil, financeiro e pesquisa e desenvolvimento, por exemplo.
3.Sistemas de suporte aos Executivos - SIE
As informações de caráter estratégico são processadas pelos sistemas de
informações executivos (SIE). Nestes sistemas, as informações são concentradas e
compactadas para serem usadas nos processos decisórios para formulação de
estratégias corporativas pelos altos executivos das empresas. (SHIROZAWA, 1993).
Como surgiu a necessidade de um sistema como o ERP?
A necessidade das organizações em obterem informações precisas, em tempo
real e de forma integrada fez com que um tipo de sistema ganhasse popularidade – o
sistema integrado de gestão ou ERP. Sistemas ERP são pacotes de sistemas integrados
que atendem todas as áreas de uma empresa (DAVENPORT, 2002). Segundo
CORRÊA, GIANESI e CAON (1999), os sistemas ERP podem ser entendidos como uma
evolução dos sistemas MRP II na medida em que, além do controle dos recursos
diretamente utilizados na manufatura (materiais, pessoas, equipamentos), também
permitem controlar os demais recursos da empresa utilizados na produção,
comercialização, distribuição e gestão.
Qual o conceito de ERP?
Em primeiro lugar O'Leary (2000) caracteriza um ERP como um pacote de
software para ambiente cliente-servidor que integra a maioria dos processos de negócio,
processa a maioria das transações organizacionais, usa uma base de dados empresarial
e permite acesso aos dados em tempo real.
A medida que os sistemas ERP fornecem rastreamento e visibilidade global da
informação de qualquer parte da empresa e de sua Cadeia de Suprimento, o que
possibilita decisões inteligentes. O ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo
de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base
de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a
produção, compras ou distribuição, com informações on-line e em tempo real. Em suma,
o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa,
desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e MEINDL, 2003).
Mas então, qual a definição de Sistema ERP?
Souza e Zwicker (2000) definem o ERP como sistemas de informação integrados,
que podem ser adquiridos na forma de pacotes comerciais, de forma a suportar a maioria
das operações de uma empresa. Eles procuram atender a requisitos genéricos do maior
número possível de empresas, incorporando modelos de processos de negócio, obtidos
pela experiência acumulada de fornecedores, consultorias e pesquisa em processos de
benchmarking. Segundo Júnior (2008), o Sistema ERP é adquirido na forma de pacotes
de software, que permitem a integração entre os processos de negócios, com os dados
dos sistemas de informação de uma empresa. (CÍCERO JUNIOR, 2008).
E qual é o objetivo do ERP?
A implantação de um sistema ERP tem como objetivo, a padronização dos dados,
padronização dos processos, transformação e mudanças contínuas e planejadas da
organização. (STAMFORD, 2000).
Decerto para Turban, Mclean e Wetherbe (2010), o principal objetivo do ERP é
integrar todos os departamentos e fluxos de informações de uma empresa em um único
sistema com uma única base de dados que possa atender todas as necessidades da
empresa. O ERP integra o planejamento, a gestão e o uso de todos os recursos da
empresa e promete também benefícios que vão desde melhor eficiência e qualidade,
produtividade e lucratividade aprimoradas. É capaz de receber, controlar e processar, de
forma estruturada e on-line, os dados inerentes à maioria dos processos de negócios
internos realizados por uma organização, integrando as áreas funcionais em uma base
de dados única. LUSTOSA et al. (2008).
Qual a diferença entre “sistema caseiro” e ERP?
Sem dúvida para Cícero Junior (2008), o que diferencia os Sistemas ERP dos
sistemas “caseiros” (sistemas desenvolvidos internamente em uma empresa, com o
intuito de que este cumpra os objetivos de um ERP), são as seguintes características:
1- Ser um pacote comercial de software, construído com base nas melhores práticas
do mercado;
2- Utilização de base dados única e corporativa. Entre as possibilidades de integração
oferecidas por sistemas ERP está o compartilhamento de informações comuns entre os
diversos módulos, de maneira que cada informação é alimentada no sistema uma única
vez, e a verificação cruzada de informações entre diferentes partes do sistema. (CÍCERO
JUNIOR, 2008).
3- Composto por módulos. Segundo Souza; Saccol, (2003 p. 64) “são adquiridos na
forma de pacotes comerciais de software com a finalidade de dar suporte à maioria das
operações de uma empresa industrial”.
4- Não ser desenvolvido para um cliente específico, de forma genérica de modo a
atender a várias empresas com diferentes gestões, mas que atenda às necessidades e
incorporem os modelos de processos de negócios (SOUZA, 2000).
Agora, vamos conhecer principais benefícios da implantação do sistema ERP?
Existem benefícios tangíveis e intangíveis proporcionados pela integração de
sistemas:
a) Benefícios tangíveis: redução de pessoal, aumento de produtividade, aumento de
receitas/lucros, entregas pontuais.
b) Benefícios intangíveis: aprimoramento do processo, padronização de processos,
satisfação dos clientes, flexibilidade e agilidade. (CÍCERO JUNIOR, 2008).
Por exemplo para Lustosa et al., a melhoria no fluxo de informação é um benefício
da utilização do ERP, o que fornece uma maior agilidade ao acesso aos dados
operacionais, ocasionado um planejamento estratégico mais fundamentado. Porém, é
destacado o grande benefício da utilização dos sistemas ERP é a adoção de melhores
práticas de negócio, resultando no incremento da produtividade dos processos
operacionais, o que auxilia no controle de custos e redução de despesas, com isso,
permitindo com que as empresas possam focar na satisfação do cliente, e na
maximização dos resultados.( LUSTOSA et al., 2008).
E assim chegamos as Vantagens e Desvantagens do ERP:
Muitos dicionários definem vantagem como a utilidade do produto ou serviço, o que ele
faz, como ele pode ser usado para facilitar algum processo ou trabalho do cliente
potencial. Sendo assim podemos relatar as seguintes algumas vantagens do ERP :
- Atomicidade dos Dados: O sistema ERP não permite que um mesmo registro seja
gravado em diferentes partes do sistema, por se tratar de um sistema integrado o ERP
permite (através dos processos), que um módulo “visualize” informações geradas por
outros módulos.
- Reorganização dos Processos da Organização: Para a implementação do sistema
ERP geralmente se faz necessário uma reengenharia dos negócios, com isto consegue-
se uma grande diminuição na redundância de dados dentro do sistema. Está comprovado
de forma estatística que em sistema não integrados a mesma informação pode estar
armazenada em até seis lugares diferentes dentro de um mesmo sistema.
- Maior Controle de Custos: Um sistema ERP permite saber o quanto é gasto e o tempo
gasto em cada processo produtivo, e evita uma conciliação manual das informações
obtidas entre as interfaces dos diferentes aplicativos.
- Unificação dos Sistemas de Todas as Filiais: Quando uma empresa adquire o
sistema ERP, geralmente, este é implementado em todas as filiais da empresa, gerando
assim uma diminuição no tempo do fluxo de informação dentro da própria empresa, isto
sem contar que todos os processos são padronizados.
- Controle de Todo o ciclo Produtivo: Com a implementação de um sistema ERP as
empresas conseguem um maior controle do ciclo produtivo, e estes auxiliam a empresa
a administrar todas as etapas de produção de um serviço ou produto.
- Ferramenta de Planejamento: Os sistemas ERP´s possuem poderosas ferramentas
de planejamento incorporadas, estas ferramentas auxiliam no planejamento
organizacional e estratégico das empresas, acarretando assim em uma otimização dos
processo de tomada de decisão.
- Elimina o uso de interfaces manuais: Os processo de ordem de serviços e serviços
internos passam a ser realizados de modo digital, sem a necessidade do uso de papéis.
- Reduz o tempo de lead times(tempo de resposta do fornecedor as requisições feitas
pelo comprador) e tempos de resposta ao mercado: Com a padronização dos processos
pelo sistema ERP, e por esta uniformização da informação tornar-se digital, as empresas
conseguem repassar suas requisições aos fornecedores de matéria prima, de modo mais
eficiente e consegue reduzir o tempo de atendimento de seus clientes. (MESQUITA,
2000):
Todavia as desvantagens segundo Mesquita (2000), pelo sistema ERP se tratar
de uma solução de grandes dimensões, que mexe com toda a estrutura da organização,
ele possui algumas desvantagens, são elas:
- Custos Elevados: Os sistemas ERP são sistemas caros, sua implementação
geralmente ultrapassa a casa dos milhões de dólares, e podemos destacar os seguintes
custos:
a)Hardware;
b)A infraestrutura computacional;
c)A aquisição da licença de uso.

2 TIPOS DE SISTEMAS

Para Mesquita (2000) os sistemas ERP estão presentes na maioria das empresas,
sendo elas pequenas, médias ou grandes. O que diferencia os sistemas ERP das
empresas é o nível de integração e abrangência existente. Segundo Souza (2000) os
sistemas ERP podem ser classificados da seguinte maneira:
a) ERP BackOffice para E-commerce, não é bem um ERP e pode ser
considerado como uma ponte de ligação ao ERP legado, mas não envolve
gerenciamentos fiscais e nem tão pouco contábeis. Financeiramente é mais barato, no
entanto, funcionalmente pode não atender a todas as expectativas e necessidades de
uma empresa.
b) ERP Legado, já foi muito utilizado, principalmente porque foi um dos pioneiros.
No entanto, na atualidade, sofreu uma forte defasagem tecnológica frente aos sistemas
ERP da atualidade, além de não ter quem realize manutenção. Assim, optar pelo legado
pode engessar processos e o custo, inicialmente menor, pode se transformar em
prejuízos mais à frente com a necessidade de investir em outros softwares ou mesmo re
adequando equipes de trabalho com atividades manuais que poderiam estar
automatizadas.
c) ERP Engessado é um tipo de sistema ERP bem mais barato. No entanto, como
o próprio nome já indica, ele não oferece tantos recursos funcionais para a empresa. Se
a intenção de sua empresa é crescer, este tipo de ERP Engessado não é recomendado.
d) ERP Local ou ERP na nuvem, ou em ERP em cloud , possibilita acesso ao
programa de qualquer lugar a qualquer momento, por meio de qualquer dispositivo com
conexão à internet. Ao hospedar um software na nuvem, as informações serão
armazenadas nos servidores em nuvem do provedor e não nos da empresa.
Assim as soluções em Cloud permitem que o usuário faça cópias de backup dos dados
automaticamente, o assegurando assim, a proteção das informações e sua recuperação
em todos os momentos. (MESQUITA,2000).
e) ERP on-premise é executado no data center da empresa , desta maneira o
sistema precisa ser instalada em todas as máquinas. Ele também oferece flexibilidade e
controle dos dados, porém é preciso contar com uma equipe interna especializada.
SOUZA (2000). Atualmente, a SAP é a líder mundial de sistemas ERP, e a segunda do
mercado brasileiro. (SOUZA, 2003).
A SAP está presente nas grandes empresas brasileiras, como a Petrobras (maior
empresa brasileira e uma das maiores petroleiras do mundo), a BRF S.A. (uma das
maiores empresas de alimentos do mundo), e a Lojas Americanas (uma grande empresa
varejista). LUSTOSA (2008).
No mercado brasileiro, a TOTVS é a empresa que possui maior fatia do mercado
ERP no Brasil, e segundo Junior (2008), a sua grande estratégia foi a compra de
empresas nacionais de destaque. Conforme a TOTVS tem em seu portfólio de produtos
diversos sistemas que foram desenvolvidos nacionalmente, e que já possuíam presença
no mercado brasileiro (JUNIOR, 2008). Agora iremos conhecer as principais empresas
de sistema ERP e algumas particularidades de seus sistemas: SAP, Oralce, Microsoft
Dynamics e TOTVS.

Figura 1: Empresa de sistemas - SAP

2.1 Sistema SAP


A SAP começou suas atividades em 1972, na cidade de Walldorf, Alemanha,
quando cinco engenheiros, ex-funcionários da IBM: Dietmar Hopp, Hans-Werner Hector,
Hasso Plattner, Klaus Tschira e Claus Wellenreuther, decidiram criar sua própria
empresa de desenvolvimento de sistemas: a SAP AG. Tinham a visão de desenvolver
um software aplicativo padrão para processos de negócios em tempo real. (CÍCERO
JUNIOR, 2008).
Segundo Mesquita (2000), o nome da empresa era temporariamente uma
abreviação de em alemão Systeme, Anwendungen und Produkte in der
Datenverarbeitung em inglês: Systems, Applications and Products in Data Processing,
em português: Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados. Um ano
depois, o primeiro componente de contabilidade financeira estava pronto, formando a
base para o contínuo desenvolvimento de outros componentes de software para aquilo
que mais tarde veio a ser conhecido como sistema “R/1”. O “R” é a primeira letra de “real-
time data processing” (processamento de dados em tempo real). Perto do fim da década,
o exame exaustivo do banco de dados IBM da SAP e do sistema de controle de diálogo
levam ao nascimento do SAP R/2 (Realtime System Version 2), o primeiro produto
importante da SAP, um conjunto de módulos de software destinado a mainframes, que
em 1995 já era utilizado por mais de 2000 empresas. (CÍCEROJUNIOR, 2008).
De acordo com Mesquita (2000) à medida que novos conceitos iam surgindo no
campo da informática, a SAP ia atualizando seu produto, até que em 1999, as primeiras
aplicações do SAP R/3 foram apresentadas numa conferência em Hanôver, Alemanha.
R/2 e R/3 não representam versões de um mesmo sistema, trata-se na verdade de
produtos diferentes. LUSTOSA et. al (2008) diz que o R/2 era um conjunto de módulos
de software destinado a mainframes, enquanto o R/3 foi desenvolvido para o ambiente
cliente/servidor. Nesse ambiente algumas estações solicitam serviços (clientes), e outras
atendem (servidores), realizando determinados tipos de processamento ou
compartilhando recursos como impressoras, arquivos e bancos de dados. SOUZA
(2000).

Mesquita (2000) define o SAP R/3 como é um sistema que oferece um conjunto
de módulos com diversas aplicações de negócio. Os módulos são integrados e contém
a maior parte das funcionalidades necessárias às grandes corporações, incluindo
manufatura, finanças, vendas e distribuição de recursos humanos. Cada módulo é
responsável por mais de 1000 processos de negócio, cada um deles baseado em
práticas consagradas no mundo dos negócios. A configurabilidade do sistema é tornada
possível por 8000 tabelas que administram desde a estrutura corporativa até a política
de desconto oferecida aos clientes. (JUNIOR, 2008). O sistema oferece o processamento
de informações em verdadeiro tempo real ao longo da empresa onde estiver
implementado. Em 1995, a SAP chegou ao Brasil. Para que possa ser corretamente
utilizado, todos os softwares comercializados passam por um processo chamado de
localização, ou seja, a adequação do sistema para atender à legislação brasileira.
(MESQUITA, 2000).

Figura 2: Empresa de sistemas - Oracle


2.2 Sistema Oracle

Para Lustosa et al. (2008) o Oracle é um SGBD (sistema gerenciador de


banco de dados) que surgiu no fim dos anos 70, quando Larry Ellison vislumbrou
uma oportunidade que outras companhias não haviam percebido, quando
encontrou uma descrição de um protótipo funcional de um banco de dados
relacional e descobriu que nenhuma empresa tinha se empenhado em comercializar
essa tecnologia. Ellison e os co-fundadores da Oracle Corporation, Bob Miner e Ed
Oates, perceberam que havia um tremendo potencial de negócios no modelo de
banco de dados relacional tornando assim a maior empresa de software empresarial
do mundo. (JUNIOR, 2008).
Para Mesquita (2000) além da base de dados, a Oracle desenvolve uma suíte
de desenvolvimento chamada de Oracle Developer Suite, utilizada na construção
de programas de computador que interagem com a sua base de dados. A Oracle
também criou a linguagem de programação PL/SQL.
Ao longo dos últimos 30 anos a Oracle vem aperfeiçoando seu principal
produto e se mantém líder de mercado. (MESQUITA, 2000). A Oracle procura se
destacar de seus concorrentes ao adicionar novas funcionalidade ao seu SGBD. O
Oracle8i iniciou a tradição de marketing da Oracle de adicionar uma letra como
sufixo no nome da versão e o "i" presente no Oracle8i é para ressaltar seu foco na
web. O Oracle8i realmente tem foco na web, foi o primeiro objeto de banco de dados
relacional (ORDBMS). (MESQUITA,2000).
Figura 3: Empresas do grupo - Microsoft Dynamics

2.3 Microsoft Dynamics

Também conhecido como Dynamics CRM e Dynamics 365, é uma linha de


software da Microsoft destinado a gestão corporativa ERP, para ajudar na tomada
de decisões gerenciais e melhorar os resultados administrativos e financeiros das
empresas. (CÍCERO JUNIOR, 2008).

Para Mesquita (2000) Dynamics CRM e Dynamics 365 era conhecido pelo
seu nome de projeto Green. Ele substitui a família de aplicativos da Microsoft
Business Solutions. Esta família de produtos inclui vários softwares como Microsoft
Dynamics AX (ex-Axapta), voltado para a gestão corporativa ERP. Atualmente, a
versão do Microsoft Dynamics mais atualizada é o Microsoft Dynamics 365. Para
LUSTOSA et al. (2008) o Microsoft Dynamics possui os seguintes módulos:

● Dynamics 365 for Sales


● Dynamics 365 for Retail
● Dynamics 365 for Finance and Operations
● Dynamics 365 for Talent
● Adobe Marketing Cloud.
2.4 Sistema TOTVS

É uma empresa brasileira de software, com sede em São Paulo. A Totvs (


leia-se totus) foi inicialmente formada a partir da fusão das empresas Microsiga e
Logocenter. Após a abertura de capital na BOVESPA, em 08/mar/2006, a empresa
incorporou seus principais concorrentes nacionais — a RM Sistemas, ainda em
2006, e a Datasul, em 2008. (CÍCERO JUNIOR, 2008).
A Totvs é a líder no mercado brasileiro de ERP, segundo a Fundação Getúlio
Vargas, e, além de diversos endereços no Brasil, possui escritórios na Argentina,
no México e nos Estados Unidos. (LUSTOSA et al., 2008).
Em 1983, Laércio Cosentino tinha 23 anos e era diretor da SIGA, empresa
de processamento de dados criada por Ernesto Haberkorn. Cosentino e Haberkorn
abriram a Microsiga, uma empresa de software para pequenas e médias empresas,
e então tornaram-se sócios igualitários na nova companhia.(LUSTOSA et al., 2008).
A Microsiga fundiu-se com a Siga em 1989, e em 2005 a empresa mudou o nome
para Totvs. A Totvs adquiriu mais de cinquenta fabricantes de softwares
corporativos, como Datasul, RM Sistemas, Midbyte, Logocenter e BCS, entre
outros. (JÚNIOR, 2008).
A empresa abriu uma operação em San Diego, na Califórnia, dentro do
câmpus da Universidade da Califórnia, o Totvs Labs, centro de pesquisa de
soluções em computação em nuvem (cloud computing), em 2011. No ano seguinte,
abriu um escritório no Vale do Silício, também na Califórnia.(LUSTOSA et al., 2008).
A Totvs adquiriu sete empresas de software brasileiras em 2013: a PRX, a
ZeroPaper, a RMS, 72% da Ciashop, a Seventeen Tecnologia da Informação, a
W&D Participações, controladora das empresas PC Sistemas e PC Informática, e a
companhia estadunidense GoodData. Em maio de 2014, comprou, por 75,1 milhões
de reais, a empresa paranaense Virtual Age da cidade de Cianorte, que atuava no
desenvolvimento de softwares na nuvem para companhias de moda têxtil e
vestuário. (JUNIOR, 2008).
3 APLICAÇÕES

Pode-se dizer que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de


informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base
de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a
produção, compras ou distribuição,com informações on-line e em tempo real. Em
suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela
empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e MEINDL,
2003). O ERP é composto por vários módulos que tem o objetivo de otimizar a
gestão da organização, conforme demonstrado na figura 4:
Figura 4: Visão esquemática dos módulos do sistema ERP

Fonte: Turban, Mclean e Wetherbe (2010)

Agora vamos, conhecer um pouco desses módulos!

1. Gestão Financeira, reúne os diversos dados financeiros para geração de


relatórios que demonstrem os reais resultados da empresa. Tem com objetivo
auxiliar o gestor a manter o fluxo financeiro equilibrado, proporcionando segurança
às informações e automatizar os processos de cobrança. (SOUZA, 2000).

2 - Gestão de Estoque, esse módulo permite que o gestor tenha uma visão
completa das mercadorias, além de todas as movimentações realizadas no estoque
da empresa, como a entrada, saída e reposição de materiais. Propicia agilidade na
geração de inventário, o controle da validade dos itens e oferece mais segurança
às informações de estoque.(ANDRASKI, 2002)

3 - Gestão de Vendas, permite realizar pedidos online e offline, faturar contratos de


modo automatizado, controlar comissionamentos, entre outra tarefas. Propiciando
atingir todas as etapas do processo comercial, desde a prospecção de clientes,
criação de propostas, até a emissão de nota fiscal.(CHOPRA e MEINDL, 2003).

4 - Gestão Fiscal, aqui é possível gerar SPED e Sintegra, apurar e controlar os


impostos, emissão de nota fiscal eletrônica de produtos e serviços com tratamento
de substituição tributária, alíquotas diferenciadas e reduções de base de cálculo,
entre muitas outras funcionalidades. (ANDRASKI, 2002)

5 - Gestão de Serviços, controla atendimentos, insumos gastos na prestação de


serviços, orçamentos altamente detalhados, além de facilitar o cumprimento de
prazos de entrega.(CHOPRA e MEINDL, 2003).

6 - Gestão de Produção, é composto pela junção das áreas relacionadas à


produção. Possibilita o cumprimento de prazos, ajuda na rastreabilidade e controle
das etapas da produção, diminui o custo da mesma e controla as múltiplas etapas.
(SOUZA, 2000).

7 - Gestão de Compras, é responsável por controlar e centralizar o fluxo de


compras: pedidos internos de itens, registros de cotações, pedidos de compras, até
a entrada de notas fiscais e baixa de pedidos de compras, entre outros recursos.
Resultando em compras assertivas.(CHOPRA e MEINDL, 2003).

8 - Gestão de Contábil permite que o gestor administre e gerencie o registro da


sua contabilidade, além de controlar seu balanço e demonstrativo de resultados.
(ANDRASKI, 2002).

Finalizando a implantação de um sistema ERP objetiva reduzir custos,


efetivar e otimizar processos por meio da implementação de melhores práticas da
indústria e obter controle e disponibilidade de informações. A organização passa
por um período de adaptação ao novo sistema, e não implica somente uma nova
ferramenta de trabalho, mas sim, um novo modo de trabalhar (DAVENPORT, 2002).
SAIBA MAIS
A implantação de sistema ERP em indústrias

Segundo Taurion (1999), implantar um ERP requer cuidados como escolher


o sistema mais adequado às peculiaridades da organização e selecionar os
parceiros envolvidos na implantação, como uma consultoria experiente no assunto.
O sucesso está atrelado ao gerenciamento do projeto, ao comprometimento da
empresa e da alta administração e à formação de equipe com conhecimentos sobre
o sistema e processos de negócio da empresa.
A implantação desses sistemas objetiva reduzir custos, efetivar e otimizar
processos por meio da implementação de melhores práticas da indústria e obter
controle e disponibilidade de informações. A organização passa por um período de
adaptação ao novo sistema, e não implica somente uma nova ferramenta de
trabalho, mas sim, um novo modo de trabalhar (DAVENPORT, 2002). Para Tonini
(2003), a grande dificuldade na implantação de ERP é escolher a alternativa mais
adequada de forma a agregar mais valor aos negócios em termos de maior
eficiência em seus processos, diante de tantas opções disponíveis no mercado com
funcionalidades similares.

Fonte: COLANGELO FILHO, L. Implantação de sistemas ERP. São Paulo: Atlas,


2001.

#SAIBA MAIS#

REFLITA

“Os empreendedores falham, em média, 3,8 vezes antes do sucesso final. O que
separa os bem-sucedidos dos outros é a persistência.” Lisa M. Amos.

#REFLITA#

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Olá caro estudante,

E aqui chegamos ao final da Unidade II - Sistema ERP da apostila. Espero


que tenha gostado de conhecer este incrível mundo da informática aliada a gestão
empresarial.
A construção do seu conhecimento iniciou-se com a definição e conceito de
sistema ERP sob a visão de diversos autores, bem como sua vantagens e
benefícios de implantação.
Mas me diga, ao estudar os tipos de sistema você já teve contato com todos
eles ou maioria deles , correto? Acredito que sim. Apenas aprendemos suas
denominações.
O ERP na nuvem, atualmente é o tipo de sistema mais utilizado, pois propicia
a empresa o oneroso custo de armazenagem de dados em servidores e acesso ao
sistema online ou offline em qualquer local que você esteja.
As aplicações do sistema ERP foi o último tema da apostila, nele vimos os
diferentes módulos que compõem o sistema. Segundo Souza; Saccol, (2003 p. 64)
“são adquiridos na forma de pacotes comerciais de software com a finalidade de dar
suporte à maioria das operações de uma empresa industrial”.
Sob o mesmo ponto de vista o ERP é um sistema integrado, que possibilita
um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma
única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios,
como a produção, compras ou distribuição, com informações on-line e em tempo
real. Em suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas
pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e
MEINDL, 2003).
Logo o ERP fornece a visão holística de dados da empresa, garantindo
assim agilidade na busca de informações para tomada de decisão.
Nos vemos na próxima unidade!

Leitura Complementar
Dataprev x Totovs - Caso de Sucesso

Em 2010, visando a integração da informação a Dataprev, empresa de


tecnologia e informações da Previdência Social, iniciou o projeto Sigma que visou a
implementação da ERP Protheus da Totvs.
Segundo o diretor de Finanças e Serviços Logísticos da Dataprev, Álvaro
Botelho: “Não tivemos grandes resistências na empresa, pelo contrário. A Casa
comprou essa ideia e conseguimos implantar o sistema em 8 meses na empresa;
no dia 3 de janeiro deste ano (2011) ele já estava no ar. “
Com a implantação do sistema de gestão integrada e a revisão de processos, a
empresa pode obter ganhos de produtividade significativos. No processo de
orçamento, por exemplo, foi apontada em um levantamento uma tendência de
redução em horas de trabalho de processos mensais de 93%, o que permitirá a
realização de novas rotinas que antes não eram realizadas.
“Com essas horas, nós vamos passar a fazer alguns trabalhos que não
conseguimos fazer antes, ou porque não tínhamos o sistema integrado, ou porque
não havia tempo, uma vez que as pessoas ficavam digitando muita informação
várias vezes. Poderemos produzir muito mais com a mesma força de trabalho.”
afirmou Álvaro Botelho.

Fonte: DAVENPORT, T.H. Missão crítica: obtendo vantagem competitiva


com os sistemas de gestão empresarial. Porto Alegre, RS: Editora Bookman,
2002.
LIVRO

• Título: Sistemas Integrados de Gestão – ERP


• Autor: Cícero Caiçara Junior
• Editora Ibpex
• Sinopse: Nesta obra, Cícero Caiçara Junior apresenta as características e
principais aplicações dos Sistemas Integrados de Gestão, conhecidos como ERP.
Escrito de maneira didática e voltada aos elementos presentes no mundo dos
negócios, contribui como suporte para os leitores que desejam aprender um pouco
mais sobre os processos de tomada de decisão numa empresa e, também, para o
desenvolvimento de mais capacitação na área de informática e tecnologia da
informação.
FILME/VÍDEO

• Título: O jogo da imitação


• Ano: 2014
• Sinopse: O filme mostra a história do matemático Alan Turing - mais tarde
conhecido como o pai da informática - e sua tentativa incansável de quebrar um
código de comunicação nazista durante a 2ª Guerra Mundial. O filme interessa ao
estudante por apresentá-lo a um episódio essencial na história da computação.
REFERÊNCIAS

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Digital: reflexões para uma economia latina. In: 24º Encontro Nacional de
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UNIDADE III
TECNOLOGIA APLICADAS À PRODUÇÃO
Professor Mestre Lilian Gonçalves

Plano de Estudo:
• Tipos de Automação
• Sistemas Automatizados de Montagem
• Sistemas Flexíveis de Manufatura
• Sistemas Automatizados de Armazenagem e Recuperação

Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar o tipos de automação
• Conhecer a aplicação dos sistemas de montagem
• Estudar os sistemas flexíveis de manufatura
• Compreender a importância logística dos sistemas automatizados de armazenamento
e recuperação.
INTRODUÇÃO

Olá Caro Estudante!

Na Unidade III estudar sobre as tecnologias aplicada à produção, com ênfase na


automação. Que de acordo com os autores, Américo; Azevedo; Souza (2011) vem do
latim Automatus, que significa mover-se por si, é a aplicação de técnicas, softwares e/ou
equipamentos específicos em uma determinada máquina ou processo industrial, com o
objetivo de aumentar a sua eficiência, maximizar a produção com o menor consumo de
energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de qualquer espécie,
melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes
a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobre esse
processo ou máquina.
Interessante esta definição pois estes autores complementam que a automação
não é somente a máquina substituindo o homem, mas também a redução de processos,
menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de
qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das
informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência
humana sobre esse processo ou máquina. Inicialmente veremos os tipos de automação:
fixa, programável e flexível.
A seguir conheceremos os Sistemas Automatizados de Montagem ou Produção
que trará o tema:os níveis de equipamentos que compõem a automação da indústria. O
próximo tema será Sistemas Flexíveis de Manufatura que é um tipo arranjo de
máquinas interligadas por um sistema de transporte. E o último assunto desta apostila,
será Sistemas Automatizados de Armazenagem e Recuperação, que está intimamente
ligado a logística de armazenagem, controle de estoque e inventário.
Vamos lá!

Bons Estudos!

1 TIPOS DE AUTOMAÇÃO
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estímulo à inovação, que
possui em um de seus pilares a automação, é a ferramenta fundamental para agregar
valor e fazer a indústria brasileira tornar-se mais competitiva (MONACO, 2013).
Decerto para Eudes Junior (2012), uma das metas a serem atingidas em uma
organização é o aumento de sua lucratividade, uma maneira para atingir esta meta é o
investimento em automação, otimizando desta maneira os processos de produção.
Qual a definição de automação?
Automação, do latim Automatus, que significa mover-se por si, é a aplicação de
técnicas, softwares e/ou equipamentos específicos em uma determinada máquina ou
processo industrial, com o objetivo de aumentar a sua eficiência, maximizar a produção
com o menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de
qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das
informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência
humana sobre esse processo ou máquina (AMÉRICO; AZEVEDO; SOUZA, 2011)
Mas também a automação é a tecnologia pela qual um processo é completado sem a
participação do ser humano. Para a sua implementação, utiliza-se um programa de
instruções, combinado com um sistema de controles que executa as instruções”
(GROOVER, 2001)
A automação da manufatura tornou possível que um número crescente de commodities
fossem produzidas em massa. A produção em massa trouxe vendas em massa. (EUDES
JUNIOR, 2012). Para Groover (2001), automatizar um processo, energia é requerida
tanto para acionar o processo em si como para operar o programa e o sistema de
controles. A automação é aplicada em uma ampla variedade de áreas, mas é associada
mais fortemente com a indústria de manufatura.
Capelli (2007) também argumenta que qualquer que seja o segmento industrial, a
automação tornou-se necessária à sobrevivência em mercados dinâmicos e flexíveis,
onde a presença humana é cada vez mais rara e bem remunerada. A necessidade de
atender a demanda do mercado, onde as decisões sobre prazos e custos partem do
consumidor e não do fornecedor, a automação industrial vem trazendo grandes
diferenças para os resultados de grandes e pequenas empresas.
Assim destaca Martins (2012), a automação tem papel de enorme importância na
sobrevivência das indústrias, pois garante a melhoria do processo produtivo e possibilita
a competição nesse mercado globalizado.
Há três tipos de sistemas automatizados de produção que estão relacionados ao
grau de flexibilidade, sendo definidos três tipos básicos: automação rígida, programável
e flexível.

1.1 Automação Fixa ou Rígida


Apresenta altas taxas de produção e inflexibilidade do equipamento na
acomodação da variedade de produção. É muito utilizada quando se deseja um elevado
volume de produção, e o equipamento utilizado é desenvolvido especificamente para
produzir altas quantidades de um único produto ou uma única peça de forma rápida e
eficiente. (GROOVER,2001).
Um grande exemplo desta área da automação é encontrado nas indústrias
automotivas, onde as estações de trabalho realizam operações de usinagem em
componentes de motores, da transmissão e nas diferentes peças que constituem a
mecânica automotiva. (GROOVER, 2001).
Estes equipamentos são, em geral, muito caros, em função de sua alta
produtividade. Porém, devido à alta taxa de produção, o custo fixo é dividido em uma
grande quantidade de unidades fabricadas. (CAPELLI, 2007). Assim, os custos unitários
resultantes são relativamente baixos se comparados com outros métodos de produção
(GROOVER,2001).
O risco enfrentado por esta área da automação, ocorre quando o volume de
vendas de um produto produzido com este tipo de automação for baixo, e o investimento
com a linha de produção tenha sido alto, conseqüentemente o lucro será menor.

1.2 Automação Programável


O equipamento de produção é projetado com a capacidade de modificar a
sequência de operações de modo a acomodar diferentes configurações de produtos,
sendo controlado por um programa que é interpretado pelo sistema. (CAPELLI, 2007).
Diferentes programas podem ser utilizados para fabricar novos produtos. Esse tipo de
automação é utilizado quando o volume de produção de cada item é baixo. (CAPELLI,
2007). A casos de ocorrer à produção de um único produto por encomenda. Os aspectos
típicos da automação programável são:
● Elevado investimento em equipamento genérico;
● Taxas de produção inferiores à automação fixa;
● Flexibilidade para alterações na configuração da produção. (GROOVER, 2001)

1.3 Automação Flexível


O equipamento deve ser programado para produzir uma variedade de produtos
com algumas características ou configurações diferentes, mas a variedade dessas
características é normalmente mais limitada que aquela permitida pela automação
programável (CAPELLI, 2007). A automação flexível combina características da
automação fixa e da automação programável, constituindo-se em um intermediário, ou
seja, vários tipos de produtos podem ser fabricados ao mesmo tempo, dentro do mesmo
sistema de fabricação. (CAPELLI 2007). A seguir alguns aspectos típicos da automação
flexível:
● Elevados investimentos no sistema global;
● Produção contínua de misturas variáveis de produtos;
● Taxas de produção média;
● Flexibilidade de ajustamento às variações no tipo dos produtos. (GROOVER,
2001)
A seguir estudaremos no gráfico 1 os tipos de automação e sua relação com o volume
de produção e variedade de produto.

Gráfico 1 - Tipos de automação relativos ao volume de produção e variedade do


produto

Fonte: Martins (2012).

Caro estudante!
Vamos analisar o grafico?

Observe no gráfico: o primeiro quadrado da direita para esquerda, quanto maior


menor a variedade de produto no eixo Y mas com grande volume de produção eixo X,
é indicado o tipo de Automação Fixa ou Rígida, pois é baseada na fabricação de um
produto determinado e está baseada em uma linha de produção projetada para a
fabricação de um produto específico. Como exemplo as indústria de destilação de
bebidas e a linha de montagem automotiva Demonstrado na figura 1:

Figura 1 - Indústria de destilação de bebidas


A seguir no quadrado do meio, a variedade de produto e volume da produção são
intermediárias, eixos X e Y utiliza-se a Automação Flexível ao reunir algumas das
características da automação rígida e outras da automação programável. Como
exemplo: máquinas de corte a laser de fibra e de CO2 de alta velocidade. Conforme
figura 2.
Figura 2 - Máquina de corte a laser

E finalizando com alta variedade de produto no eixo Y e baixo volume de


produção eixo X, a automação indicada é a Automação Programável.Uma vez que
é baseada em equipamentos capazes de produzir uma variedade de produtos com
características diferentes, segundo um programa de instruções previamente
carregado neste equipamento.Como exemplo: as máquinas/ferramentas de
controle numérico, ou seja, máquina de controle numérico é definida como a
máquina que é controlada pelo conjunto de instruções chamado como programa.
De acordo com a figura 3.

Figura 3 - Máquina controlada por programa


Lembre se! Nenhuma tecnologia opera totalmente sem a intervenção
humana. Em alguma medida, todas necessitam de intervenção humana em alguma
parte do processo. As tecnologias de processo variam em seu grau de automação.
A relação entre o esforço tecnológico e o esforço humano que ela emprega é,
algumas vezes, chamada de intensidade capital (capital intensity) da tecnologia de
processo (SLACK et al., 2002).
2 SISTEMAS AUTOMATIZADOS DE MONTAGEM

Os modernos sistemas automatizados de produção ou montagem são


caracteristicamente compostos por um grande número de subsistemas
responsáveis pela realização de tarefas específicas do processo global. Entre esses
subsistemas se encontram tipicamente sistemas de produção, como usinagem,
soldagem, pintura, montagem, entre outros; de movimentação, como esteiras,
mesas giratórias, veículos autoguiados (AGV); e de armazenamento de material
(ASRS) (GROOVER, 2001). O principal objetivo do controle de sistemas de
manufatura é a coordenação dos subsistemas que o compõem, de forma que uma
série de tarefas individuais e conjuntas sejam atendidas, garantindo o correto
funcionamento global.
Conforme Moraes e Castrucci (2007) foram igualmente, na década de 1980
que surgiu a “Pirâmide da automação”, conforme a Figura 4, a qual traz os níveis
de equipamentos que compõem a automação da indústria, conforme sua atuação
e demonstra como as informações são selecionadas por níveis.
Figura 4 - Pirâmide da Automação

Fonte: Moraes e Castrucci (2007)

Sendo:
Nível 1 - Dispositivos em Campo, na base da pirâmide tem-se o nível responsável
pelas ligações físicas da rede ou o nível de E/S. Neste nível encontram-se os
sensores discretos, as bombas, as válvulas, os contatores, os CLPs e os blocos de
E/S. O principal objetivo é o de transferir dados entre o processo e o sistema de
controle. Estes dados podem ser binários ou analógicos e a comunicação pode ser
feita horizontalmente (entre os dispositivos de campo) e verticalmente, em direção
ao nível superior. É neste nível, comumente referenciado como chão de fábrica, que
as redes industriais têm provocado grandes revoluções. (MARTINS, 2012)
Nível 2 - Controle dos processo, compreende equipamentos que realizam o
controle automatizado das atividades da planta . Aqui se encontram os CLP’s
(Controlador Lógico Programável), SDCD’s (Sistema Digital de Controle Distribuído)
e relés. (MORAES E CASTRUCCI, 2007)
Nível 3 - A supervisão destina-se a supervisão dos processos executados por uma
determinada célula de trabalho em uma planta. Na maioria dos casos, também
obtém suporte de um banco de dados com todas as informações relativas ao
processo. (MORAES E CASTRUCCI, 2007)
Nível 4 - Gestão da planta é responsável pela parte de programação e também do
planejamento da produção. Este auxilia tanto no controle de processos industriais,
quanto também na logística de suprimentos. Pode-se encontrar o termo
Gerenciamento da Planta para este nível. (MORAES E CASTRUCCI, 2007)
Nível 5 - Gerenciamento corporativo, do ponto de vista da comunicação das
informações, no topo da pirâmide encontra-se o nível de informação da rede
(gerenciamento). Este nível é gerenciado por um computador central que processa
o escalonamento da produção da planta e permite operações de monitoramento
estatístico da planta sendo implementado, na sua maioria, por softwares
gerenciais/corporativos. (MARTINS, 2012)
Logo para Costa (2001) o desenvolvimento de sistemas automatizados de
informações, que apoiam as atividades de projeto e produção de produtos, deve
seguir um modelo como referência para permitir uma melhor compatibilidade e
portabilidade de tais sistemas, principalmente quando inseridos num ambiente
integrado de engenharia concorrente.
Bem já estudamos os níveis de equipamentos que compõem a automação
da indústria, conforme sua atuação, agora veremos os tipos de sistema de
produção:
Segundo Palomino (1995), os sistemas de produção são compostos por
elementos (peças a fabricar, máquinas, etc.) e pelas relações entre eles
(interconexões físicas, operações, etc.).
Segundo Palomino (1995), o desenvolvimento neste campo até agora
resultou na divisão da produção em duas grandes classes: produção contínua e
produção discreta (que por sua vez se divide em produção em lotes e produção sob
encomenda):
1. Sistema de Produção Contínua – Este tipo de produção é caracterizado pelo
grande volume de produção, produto padronizado e produção de grandes lotes de
cada vez. O ritmo de produção é acelerado e as operações são executadas sem
interrupção ou mudança. Na prática, os modelos contínuos estão representados por
linhas de montagem, fabrico de produtos químicos e refinação de petróleo, etc.,
produtos que são mantidos em linha por um longo tempo e sem modificação.
2. Sistema de Produção Discreto – As situações discretas de produção são
aquelas nas quais as instalações devem ser suficientemente flexíveis para
processar uma ampla variedade de produtos e tamanhos, ou onde a natureza
básica da atividade impõe mudanças importantes das matérias-primas.
2.1 Sistema de Produção em Lotes – É caracterizado por produzir uma
quantidade limitada de um tipo de produto de cada vez (denominado lote de
produção). Cada lote é previamente dimensionado para assim poder atender a um
determinado volume de vendas previsto para um dado período de tempo. Desse
modo, os lotes de produção são produzidos um a seguir ao outro.Este tipo de
produção em lotes é utilizado por uma infinidade de indústrias: têxteis, cerâmica,
eletrodomésticos, materiais elétricos, alimentar, etc.
2.2 Sistema de Produção sob Encomenda – Este tipo de fabrico contratado
ou feita sob encomenda é produzido especialmente a pedido de um cliente, como
por exemplo turbinas, ferramentas e matrizes, maquinaria especial, navios, etc. Os
pedidos são em geral de natureza não repetitiva e as quantidades podem variar de
uma a centenas de unidades. Neste tipo de produção, cada pedido usualmente
acarreta uma grande variedade de operações, e o andamento em geral não segue
nenhum plano padronizado ou rotineiro.
Logo os Sistemas Automatizados de Montagem ou Produção, é junção
“Pirâmide da automação”, a qual traz os níveis de equipamentos que compõem a
automação da indústria de acordo com o tipo de manufatura utilizado na
organização de maneira a propiciar aumentar a eficiência fabril.

3 SISTEMAS FLEXÍVEIS DE MANUFATURA


Um sistema flexível de manufatura (FMS) é um arranjo de máquinas
interligadas por um sistema de transporte. O sistema de transporte carrega produtos
para as máquinas em paletes ou outras unidades de interface, de modo que o
registro de trabalho da máquina é preciso, rápido e automático. Sob o mesmo ponto
de vista, um Sistema Flexível de Manufatura consiste de um grupo de unidades de
processamento (predominantemente máquinas-ferramentas de controle numérico
computadorizado – MFCNC) interconectadas através de um sistema automatizado
de estocagem e manuseio de material, e controladas por um sistema integrado de
computador. O sistema recebe o nome de “flexível” por ser capaz de processar uma
variedade de diferentes tipos de peças, simultaneamente nas várias unidades de
trabalho (CAPELLI, 2007).
Um computador central controla tanto as máquinas como o sistema de
transporte (SHIVANAND et al, 2006). Sistemas FMS são chamados de flexíveis por
serem capazes de processar uma variedade de peças simultaneamente na estação
de trabalho e quantidades de produção podem ser ajustadas em resposta à
mudanças nos padrões da demanda. Os componentes básicos de um FMS são:
(SHIVANAND et al., 2006)
- Workstations (estações de trabalho).
- Sistema de manuseio de materiais e sistema de armazenamento.
- Sistema de Controle Computadorizado.
De acordo com Capelli (2007), um FMS pode produzir uma variedade de
produtos de diferentes graus de complexidades. Os benefícios associados à FMS
só podem ser alcançados se o sistema for devidamente concebido antes da sua
implementação. Com relação ao leiaute de um FMS, Shivanand (et al, 2006) divide
em 5 tipos diferentes:
- Tipo progressivo ou linha;
- Tipo loop;
- Tipo escada;
- Tipo campo aberto;
- Tipo centrado em Robô
4 SISTEMAS AUTOMATIZADOS DE ARMAZENAMENTO E RECUPERAÇÃO -
AS/RS

O Automated Storage and Retrieval System (AS/RS), em português, Sistema


de Armazenamento e Recuperação Automatizado, como o próprio nome diz,
executa as operações de armazenamento e recuperação de cargas (TOMPKINS et
al., 2010). Por consequência necessariamente é gerenciado por computador,
chamado de Sistema de Controle AS/RS . De acordo com Lacerda (2000), no Brasil
o mercado sinaliza para a automação das operações de armazenagem, desde os
menos sofisticados que são projetados apenas para separação de pedidos, até a
utilização de transelevadores onde a operação é cem por cento automatizada.
Apesar do grande investimento financeiro para a empresa utilização do
Sistema de Controle AS/RS, traz vantagem logística para o processo, ao executar
as operações com rapidez e precisão definidos na programação, e também
podendo ser instalados com o máximo do aproveitamento de espaço, com
corredores estreitos e compartimentos de armazenamento do chão ao teto
(GREENWOOD, 1988).
Além disso, a automação é comum em grandes armazéns, particularmente
no que diz respeito ao transporte, armazenamento automatizado e sistemas de
recuperação (BAKER, 2004). A definição de armazenamento automatizado deve
ser atrelada ao controle direto dos equipamentos que realizam a movimentação e
armazenamento de carga sem a necessidade de operadores (ROWLEY, 2000).
Este recurso vem se tornando cada vez mais utilizado pelas empresas devido a
necessidade de tornar as cadeias de suprimentos mais ágeis, de modo a servir
mercados em constantes mudanças e com demandas difíceis de prever
(CHRISTOPHER e TOWILL, 2002).
Há vários tipos de armazenamentos AS/RS disponíveis no mercado. Os mais
completos contém todas as operações automatizadas, controladas pelo
computador, e integradas a fábrica ou ao armazém. Nos tipos mais simples,
algumas atividades do processo são realizadas por trabalhadores humanos
(GROOVER, 2001).
Ainda segundo Groover (2001):
1. Cada corredor do AS/RS têm uma ou mais estações de entrada /saída onde
os materiais são fornecidos para o sistema de armazenamento ou movidos
para fora do sistema.
2. As estações de entrada/saída são chamados de estações pickup-and-
deposit (P&D) na terminologia AS/RS.
As estações P&D podem ser operados manualmente ou interfaceados de alguma
forma de um sistema de tratamento automatizado tanto quanto um transportador ou
um AGV - Veículo auto dirigido.

4.1 AS/RS do tipo Unit Load


É normalmente um sistema projetado para unidades de carga em paletes ou em
outros recipientes padrões com caixa padrão. O sistema de armazenamento e
recuperação Unit Load é subdividido em sistemas de armazenamento que carrega
o sistema com as unidades de carga, e em sistemas de recuperação que permitem
o acesso às unidades de carga para recuperação (TOMPKINS, 2010). Na figura 4
é possível visualizar as unidades de carga e recuperação.
Figura 5 - Unit Load AS/RS

Fonte: Groover (2001)

Quais os benefícios do sistema AS/RS?

Todo o processo de entrada e saída das cargas é realizado por softwares, e


o sistema cuida de armazenar ou retirar a carga da estrutura, conforme o comando.
Incluem diminuição de trabalho para o transporte de itens dentro e fora do armazém,
os níveis de estoques reduzidos, rastreamento mais preciso do inventário, e
economia de espaço e acuracidade no controle de estoque e agilidade e precisão
na separação ou armazenagem de produtos. (TOMPKINS, 2010).

Vamos aprender o passo a passo de como funciona o sistema AS/RS?

1. Localizar e separar o item


É dirigido via sistema informatizado o local de armazenamento automatizado
adequado. A recuperação de máquina (SRM) o sistema informatizado indica o local
onde o item será armazenado e dirige a máquina para depositar o produto.
(GROOVER, 2001)

2. Transporte do item
Um sistema de transportadores e ou veículos guiados automaticamente pelo
sistema AS/RS, levam as cargas para dentro e para fora da área de
armazenamento. (GROOVER, 2001). Conforme demonstrado na figura 5:

Figura 5 - Armazenagem e/ou Recuperação de item

Fonte: Groover (2001)

3. Atualização de estoque
Os itens já armazenados ou recuperados das prateleiras, o computador atualiza
seu inventário em conformidade. (GROOVER, 2001).

SAIBA MAIS
A rede de lojas Havan adquire transelevador de última geração para o CDH,
em Barra Velha, ao de custo do equipamento foi de R$ 30 milhões. O equipamento,
considerado o mais moderno da região Sul e único em Santa Catarina, tem capacidade
de armazenamento de até 12 mil contentores de produtos e uma velocidade de
expedição de 3 a 4 caminhões por hora. No espaço deste transelevador cabem 300
carretas. Antes da aquisição havia a necessidade de 30 colaboradores para expedir a
mesma quantidade de itens no mesmo intervalo de tempo. A aquisição também reduzirá
os custos operacionais, a necessidade de equipamentos de movimentação e os custos
de energia e iluminação.

Fonte:

REFLITA

“As pessoas pensam que a inovação é apenas ter uma boa ideia, mas na verdade
é sobre ter muitas ideias e se mover rápido para tentar coisas diferentes.” Mark
Zuckerberg.

#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Olá Caro Estudante!

Aqui encerramos a Unidade III da apostila de Tópicos Especiais em Gestão


da Qualidade. Nela aprendemos as tecnologias aplicadas a produção com ênfase
na automação.
Vimos conceitos e exemplos práticos sobre os tipos de automação (flexível,
programável e fixa), bem como estudamos Sistemas de Automatizados de
Montagem ou Produção, compreendemos com a Pirâmide da Automação determina
os níveis de automação de uma indústria e os tipos produção contínua e produção
discreta (que por sua vez se divide em produção em lotes e produção sob
encomenda). Em Sistema Flexíveis de Manufatura recebe este nome, por ser capaz
de processar uma variedade de diferentes tipos de peças, simultaneamente nas
várias unidades de trabalho. E encerramos com o tema Sistemas Automatizados de
Armazenamento e Recuperação que faz parte da logística de armazenagem:
agilizando a estocagem e recuperação ou separação de produtos, assim
propiciando acuracidade no estoque e nível de desempenho
Como o processo de indústria 4.0 melhora a produção de veículos

Com o avanço no uso de tecnologias, montadoras aperfeiçoam o desenvolvimento


de protótipos e aceleram a fabricação de novos modelos.

Inteligência artificial

Na linha da produção das fábricas da Volkswagen, há uma intensa


“conversa”. Mas tudo em silêncio. São os robôs que se comunicam entre si para
garantir agilidade e precisão na fabricação de um veículo - o que garante melhor
qualidade quando ele chega às ruas.
Cada carroceria recebe um dispositivo Tag RFiD (Radio Frequency
identification), uma espécie de evolução do código de barras, porque grava novas
informações ao longo do processo. Ao chegar a um posto de trabalho, uma antena
lê esses dados e transmite para os robôs as informações sobre o veículo. Com isso,
ele já sabe que operações executar.
Na hora de medição, por exemplo, o robô usa sensor a laser para ver, em
segundos, as dimensões da carroceria. Em seguida, ele cruza os dados com o
sistema. Se na conversa, robô e sistema verificarem que a carroceria está perfeita,
ela segue para a próxima fase da produção. Caso contrário, a carroceria é desviada
do processo e a equipe de especialistas é acionada para fazer os devidos ajustes
no processo de produção de forma eficiente e precisa.

Impressoras 3D

Eleitas como um dos equipamentos-símbolo da indústria 4.0, as impressoras 3D


estão espalhadas pelas instalações da Volkswagen no Brasil.
Com o uso de resina líquida, elas se tornaram instrumentos importantes para
materializar peças e dispositivos de protótipos que antes eram apenas projetos no
computador. Tudo com máxima precisão e sem desperdício de material.
Nas linhas de montagem, as impressoras 3D estão a serviço da qualidade na
fabricação dos veículos. São elas que produzem as chapelonas, “peças” que os
operários apoiam na carroceria para buscar orientação para, por exemplo, colocar
um logo, fixar o vidro ou centralizar o painel de instrumentos.

Fonte: AMÉRICO, I.; AZEVEDO, M. J. G.; SOUZA, A. de. Trabalho automação na


metalurgia manual X automatizado. 2011. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAekoAAJ/trabalho-automacao-na-
metalurgia-manualx-automatizado. Acesso em 08 Ago. 2020.
LIVRO

• Título: Automação Industrial na Prática


• Autor: Frank Lamb
• Editora: AMGH
• Sinopse: Automação industrial na prática é um guia de referência de conceitos,
terminologia e aplicações. Estruturado em tópicos para facilitar a consulta,
apresenta o conteúdo essencial do projeto e do uso de máquinas automatizadas,
abordando sistemas de controles, construção de máquinas, engenharia mecânica
e muito mais. Complementado por gráficos, imagens, exemplos de aplicação e
dicas, este é um guia valioso tanto para estudantes de automação quanto para
profissionais em busca de aperfeiçoamento.
FILME/VÍDEO

• Título. Tempos Modernos


• Ano. 1936
• Sinopse.
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária"
para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu
trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise
nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas
encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador
comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente
uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem
garotas. Elas não tem mãe e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está
por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as
menores são levadas a jovem consegue escapar.
REFERÊNCIAS

COSTA. A. A aplicação da linguagem de modelagem unificada (UML) para o


suporte ao projeto de sistemas computacionais dentro de um modelo de
referência. Gestão & Produção, v.8, n. 1, p. 19-36, Abr. 2001.

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metalurgia manual X automatizado. 2011. Disponível em:
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metalurgia-manualx-automatizado. Acesso em 08 Ago. 2020.

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UNIDADE IV
NOVOS MODELOS DE ARRANJOS PRODUTIVOS
Professor Mestre Lilian Gonçalves

Plano de Estudo:
• Clusters/Arranjo Produtivo Local - APL
• Condomínio Industrial
• Consórcio Modular
• Contract Manufacturing

Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar clusters/Arranjo Produtivo Local - APL
• Conhecer condomínio industrial
• Estabelecer a importância da do consórcio modular
• Apresentar contract manufacturing
INTRODUÇÃO

Olá Caro Estudante!

Seja bem vindo a última unidade da apostila da disciplina de Tópicos Especiais


em Gestão da Qualidade. O tema central desta unidade são os Novos Modelos de
Arranjos Produtivos. O primeiro tema será Clusters ou Arranjo Produtivo Local de acordo
com Nadvi (1999), o conceito de cluster diz respeito a uma concentração espacial e
setorial de empresas que estão conectadas localmente para juntas competirem melhor
em mercados nacionais e internacionais. Veremos os benefícios e desvantagens,
características e um caso de sucesso desse modelo de arranjo produtivo.
As seguir virá o tema Condomínio Industrial no qual será discutido o seu conceito
e principais diferenças com o Condomínio Empresarial.
O terceiro tópico é dedicado ao Consórcio Modular. Você sabia que tem como
base a idéia de fornecedores como parceiros, e visa minimizar os custos fixos e variáveis.
Esses parceiros são responsáveis por parte do investimento da planta, compartilhando
os riscos do empreendimento.KUBO (2007).
E por último é o tema Contract Manufacturing que é uma modalidade usada na
inserção de empresas em mercados externos. Abordaremos seu conceito, as
características, vantagens deste modelo de arranjo produtivo entre empresas.

Bons Estudos!
1 CLUSTERS / ARRANJO PRODUTIVO LOCAL - APL

O termo cluster foi utilizado pela primeira vez por Michael Porter, no livro The
Competitive Advantage of Nations (1990). Porém, a aglomeração de empresas é um
fenômeno antigo, havendo, inclusive, registros que datam da Idade Média. (FUINI, 2006).
Na atualidade uma das principais características do ambiente organizacional é a
necessidade demonstrada pelas empresas de atuarem de forma conjunta para se
tornarem competitivas no mercado (LASTRES e ALBAGLI, 1999). Do mesmo modo os
modelos organizacionais baseados na associação, na complementaridade, no
compartilhamento e na colaboração mútua vêm ganhando cada vez mais destaque na
literatura (OLAVE e NETO, 2001).
Ademais, Porter (1989) menciona a importância do agrupamento de empresas
(clustering) e do posicionamento espacial na busca pela competitividade. Segundo a
pesquisa de Porter, as regiões e localidades tornaram-se variáveis importantes nos
estudos de competitividade (FUINI, 2006).
Sob a mesmo ponto de vista a ideia de aglomeração produtiva localizada é
tratada, na sociedade contemporânea, como sendo associada ao conceito de
competitividade. Logo, as formas organizacionais de clusters, arranjos produtivos locais
(APLs) e indicações geográficas (IGs) tornam-se objeto de políticas públicas, mas,
sobretudo, um espaço das ações coletivas (CASSIOLATO e SZAPIRO, 2003).

Qual o conceito de APL ou Clusters?


Os APLs podem ser definidos como aglomerações territoriais de agentes
econômicos, políticos e sociais - com foco em um conjunto específico de atividades
econômicas que apresentam vínculos mesmo que incipientes. Geralmente envolvem a
participação e a interação de empresas - que podem ser desde produtoras de bens e
serviços finais até fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria
e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros - e suas variadas formas de
representação e associação. Incluem, também, diversas outras instituições públicas e
privadas voltadas para a formação e capacitação de recursos humanos (como escolas
técnicas e universidades), pesquisa, desenvolvimento e engenharia, política, promoção
e financiamento. (BECATTINI, 1991). Assim como para Schmitz e Nadvi (1999), assim
como os APLs, o conceito de cluster diz respeito a uma concentração espacial e setorial
de empresas que estão conectadas localmente para juntas competirem melhor em
mercados nacionais e internacionais.
Vamos conhecer os benefícios das APLs ou Clusters?
Assim, as empresas criam estratégias baseadas nas vantagens e benefícios de
se fazer parte de um arranjo que, embora competindo entre si, também se
complementam para conquistar mercados e realizar negócios (GUIMARÃES, 2013). A
performance competitiva de clusters de negócios, segundo Zaccarelli e outros (2008), é
dada pelos seguintes fundamentos:
1. Concentração geográfica em área reduzida;
2. Abrangência de negócios viáveis e relevantes;
3. Especialização das empresas;
4. Equilíbrio com ausência de posições privilegiadas;
5. Complementaridade por utilização de subprodutos;.
6. Cooperação entre empresas;
7. Substituição seletiva de negócios;
8. Uniformidade de nível tecnológico;
9. Cultura da comunidade adaptada ao cluster;
10. Caráter evolucionário por introdução de (novas) tecnologias; e
11. Estratégia de resultado orientada para o cluster.
Quais são as características da APLs ou Clusters?
Para Johnson e Lundvall (2000), um Sistema Produtivo Local é caracterizado pela
proximidade geográfica e especialização setorial. Com predomínio de PMES,
cooperação e competição interfirmas (determinada pela inovação), troca de informações
(baseadas na confiança socialmente construída) e de organizações de apoio ativas na
oferta de serviços e de parcerias com o poder público local e Instituições de Ensino e de
Pesquisas.
A capacidade de crescimento das empresas aglomeradas está fortemente
associada à existência de redes de comercialização e distribuição, capazes de conectar
os produtores locais com mercados distantes, isto é, a sua inserção nas cadeias
produtivas globais, outro objetivo dos aglomerados (PORTER, 1999).
A abordagem sobre os Arranjos Produtivos Locais – APLs, como são mais conhecidos
no Brasil, se destaca em duas frentes de análises:
a) em políticas públicas nacionais e estaduais, por ser considerada uma estratégia
capaz de promover e orientar o desenvolvimento econômico-social regional ou local, por
meio da geração de emprego e de renda;
b) fator de incremento da competitividade das micro, pequenas e médias empresas,
reforçando suas possibilidades de sobrevivência e de crescimento por meio da
ampliação da capacidade produtiva e tecnológica (BRITTO, 2002)
O foco em APLs está fundamentado no aproveitamento das sinergias geradas
pela cadeia que efetivamente fortalece as chances de sobrevivência e crescimento das
empresas do arranjo, constituindo-se importante fonte geradora de vantagens
competitivas duradouras, além dos processos de aprendizagem coletiva, inovação,
cooperação e geração de aprendizado e conhecimento, são importantes variáveis para
o desenvolvimento regional na localidade onde o cluster está geograficamente situado
(CASSIOLATO e SZAPIRO, 2003).
A temática dos APLs é de grande interesse da política pública, e também das
organizações privadas, dadas as economias externas geradas por eles, tais como:
desenvolvimento de mão-de-obra e de fornecedores especializados de matéria-prima,
componentes e serviços; assim como pelas externalidades obtidas, a saber; geração de
empregos indiretos, arrecadação de impostos, crescimento do PIB, balança comercial
positiva, inovação tecnológica etc. (CASSIOLATO e SZAPIRO, 2003).
Qual o objetivo das APLs ou Clusters?
Tem como objetivo ações coletivas que incluem a compra de matérias-primas, a
promoção de cursos de capacitação gerencial e formação profissional, a criação de
consórcios de exportação, o estabelecimento de centros tecnológicos de uso coletivo, as
cooperativas de crédito, entre outros (LINS, 2000).
Por fim, um APL deve buscar um acordo entre os atores locais, de maneira a organizar
suas demandas em um plano de desenvolvimento único para a ação coletiva (CALDAS
et al., 2005). Órgãos de fomento como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (SEBRAE) têm apoiado a elaboração, implementação e controle de
estratégias em APLs por meio do fortalecimento de entidades de governança local. Lins
(2000) acrescenta que os clusters são capazes de responder a crises e às oportunidades
de maneira dinâmica, pelo fato da facilidade de reorganização das especialidades em
diferentes processos.
Qual a diferença entre uma simples aglomeração de empresas de um cluster?
Britto & Albuquerque (2001) supõem que um cluster deve apresentar alguma
forma de divisão de trabalho entre os agentes, bem como coordenação. Os autores
propõem a seguinte classificação:
• Cluster Vertical: interações existentes são hierárquicas, proporcionando divisão do
trabalho, tais como relações entre indústria produtora de bens de consumo e indústria
produtora de máquinas e equipamentos (as firmas produtoras de equipamentos para a
indústria estudada estão presentes localmente);
• Cluster Horizontal: concentração de diversas atividades relacionadas (indústrias
similares que compartilham recursos comuns, favorecendo as relações e dando
organicidade ao cluster).
Que tal conhecer Clusters de sucesso?
São exemplos de sucesso de Clusters o Vale do Silício ou Silicon Valley, que é
um cluster de tecnologia de informação, onde estão sediadas empresas como a Apple e
a Google. LINS (2000).

Figura 1 - Localização do Vale do Silício nos Estados Unidos


Você sabia que Hollywood é outro cluster muito reconhecido por ser a base da
indústria cinematográfica, os famosos vinhos na França, Portugal e Alemanha, as jóias
em Vicenza (Itália), moda e design em Milão (Itália), mármore e granito (Itália), as bolas
de futebol e instrumentos cirúrgicos no Paquistão. Já no Brasil temos produtores de
calçados do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul , e os moveleiros de São João do
Aruaru, no Ceará. (BRITTO, 2002) . O estado de São Paulo concentram vários arranjos
produtivos conforme demonstrado na figura 2:
Figura 2 - Arranjos Produtivos reconhecidos pelo Estado de São Paulo

Fonte: (BRITTO, 2002)


2 CONDOMÍNIO INDUSTRIAL

Em primeiro lugar o termo “condomínio” estabelece a co propriedade entre as


empresas que adquirem espaços nos empreendimentos; e “empresarial” porque este
termo é o que melhor sugere a gama de atividades econômicas que podem coexistir no
empreendimento. Há condomínios empresariais, condomínios industriais, condomínios
de galpões, condomínios de escritórios, centros/condomínios logísticos, parques
industriais, business centers, business parks etc. (FINATTI, 2009).
Em um primeiro momento segundo Mendes (2014), às indústrias eram completas
ou seja, realizavam praticamente todas as etapas do processo produtivo, posteriormente,
com os avanços tecnológicos, ocorre a desintegração da produção e a disjunção espacial
do sistema produtivo. Atualmente, com o surgimento de novas formas espaciais como
os condomínios industriais, consórcios modulares e centros empresariais, espaço torna-
se integrado permitindo a instalação e o funcionamento das atividades econômicas de
forma conectada.
O condomínio industrial ou empresarial compreende um parque de fornecedores
diretos, comércio e serviços localizados num mesmo espaço. A existência de
fornecedores e outras atividades de apoio atraem novos investimentos e
empreendimento. Trata-se da produção do espaço na forma de Condomínios Industriais,
resultado da iniciativa privada, determinando as atividades econômicas. (MENDES,
2014).
Mas então, qual a diferença entre Condomínio Empresarial e Industrial ?
Caro estudante, tanto o condomínio industrial ou empresarial compreendem
um parque de fornecedores diretos, comércio e serviços localizados num mesmo
espaço.
Salvo que no Condomínio Empresarial as formas de organização do espaço
na produção de bens e serviços, oferecem todas as infraestruturas necessárias
como :segurança, estacionamento, serviços administrativos e outros. Bem como
centros de convenções, cafeterias, restaurantes, espaços de coworking, e etc.
Objetivando a criação de um um ambiente agradável e propício para o
desenvolvimento das atividades comerciais e de serviços ao invés de atividades
industriais, conforme demonstrado na figura 3:
Figura 3 - Configuração do Condomínio Empresarial

Fonte: Mendes, 2014.


Em outras palavras para Lencioni (2011) condomínio industrial é uma noção
que reflete dois aspectos essenciais: primeiro, são espaços construídos que
envolvem a produção do valor industrial, ou seja, as construções podem abrigar
atividades logísticas, fornecer serviços de informação, telecomunicação,
armazenagem, transporte etc., mas a finalidade é a produção do valor.
Demonstrado na figura 4:
Figura 4 - Configuração do Condomínio Industrial

Fonte: Mendes, 2014.

Segundo Finatti (2009) observa-se no Brasil principalmente a partir de 1990,


vários espaços produtivos totalmente integrados na forma de condomínios
industriais e consórcios modulares híbridos emergem organizando as atividades
industriais, no ramo automobilístico, como nos seguintes casos de sucesso de
condomínio industrial:
a) GM Gravataí do Projeto Arara Azul
Figura 5 - Condomínio Industrial da GM em Gravataí /RS

Fonte: Finatti, 2009


b) VW – São José dos Pinhais com a fabricação do modelos de automóveis (Golf e
Audi A3).
Figura 6 - Condomínio Industrial VW em São José dos Pinhais/PR

Fonte: Finatti, 2009

Agora vamos estudar as vantagens e desvantagens do condomínio industrial:


VANTAGENS
Para Lencioni (2011), a implantação de condomínios industriais e de serviços
pode proporcionar às empresas participantes, tanto aos empreendedores como aos
usuários, as seguintes vantagens:
1. Redução de custos fixos;
2. O empreendimento pode ser menor do que um loteamento, uma vez que
necessita apenas um terreno para sua implantação;
3. No caso de construção, os custos são reduzidos pela escala;
4. O empreendimento pode ser realizado a partir da reciclagem de imóveis ociosos;
e
5. No caso de aluguel, torna-se dispensável a imobilização de capital que pode ser
aplicado no negócio principal.
6. Redução de custos operacionais, por meio do partilhamento de algumas
despesas como limpeza, segurança etc;
7. No caso da empresa que conta com capacidade ociosa e deseja transformá-la
em
condomínio, a vantagem está na redução do custo fixo da empresa;
8. Maior focalização dos negócios na atividade principal da empresa; uma vez que
o
condomínio responde por serviços que não fazem parte do negócio das empresas
participantes, como segurança, limpeza, transportes etc;
9. Maior oferta de serviços e melhor infraestrutura para empregados, que se
viabilizam pela escala, como creche, restaurante, contabilidade, treinamento,
assessoria jurídica etc.
10. Maior rapidez na aprovação para a construção, uma vez que a empresa usuária
necessita um menor número de alvarás para funcionamento do que se estivesse
construindo isoladamente.
11. Parceria do poder público com a iniciativa privada, viabilizando o crescimento
de
pequenas e médias empresas, o aumento da arrecadação tributária e o aumento da
oferta de empregos;
12. Aliança entre as empresas de um mesmo condomínio, gerando economia de
escala através do aumento do poder de compra de matérias primas e insumos
comuns, uso compartilhado de novas tecnologias, transportes, capacitação de mão
de obra gerencial etc; e
13.Possibilidade de controle ambiental, por meio de implantação equipamentos
coletivos para controle da poluição do ar e tratamento de resíduos e efluentes.
DESVANTAGENS
Lencioni (2011), explica que a principal desvantagem da participação de um
regime de condomínio está na cultura individualista das empresas, que podem não
se adaptar às regras do grupo, impostas na convenção do condomínio e podem
enxergar a convivência entre os empregados das várias empresas como prejudicial.
No caso da reciclagem de imóveis ociosos, existem impedimentos para que os
empregados de uma empresa utilizem serviços de outra, como transporte e
restaurante. Nesse caso, é necessário haver acordos entre sindicatos e empresas
para acabar com estes entraves.
Portanto de acordo com estudos da área, as experiências demonstram que
não existe um caminho único para a rede de suprimentos na indústria, as empresas
buscam configurações que sejam eficientes, racionais, viáveis, evitando,
atualmente, terceirizar tudo como acontece nos consórcios modulares.(MENDES,
2014).

3 CONSÓRCIO MODULAR

Caro estudante! o conceito de Consórcio Modular tem como base a ideia de


fornecedores como parceiros, e visa minimizar os custos fixos e variáveis. Esses
parceiros são responsáveis por parte do investimento da planta, compartilhando os
riscos do empreendimento. (KUBO, 2007)
Conforme Graziadio (2004) os fornecedores do consórcio modular
denominados de sistemistas estão instalados o mais próximo possível da linha final
de montagem e assim surgem os arranjos produtivos denominados de condomínio
industrial e consórcio modular, onde a montadora compartilha a atividade de
produzir veículos. Estes arranjos produtivos desenvolvem os componentes do
módulo, mas a sua atuação maior é na produção.
Uma das vantagens do sistema do consórcio modular, é que o sistemista ou
modulistas assumem parte dos investimentos necessários à sua operação. A este
respeito, Mikkola(1997) diz que o fornecedor externo assume certas classes de
investimentos e riscos, tais como a variabilidade da demanda. Além do mais,
possuem maior especialização e novas capacidades tecnológicas, podendo
executar muitas atividades a menores custos e maior valor adicionado do que se
estas atividades estivessem plenamente integradas à montadora. O consórcio
modular também simplifica a complexidade do produto, aumenta o controle na rede,
combina estandardização com customização de produtos e a diminuição do lead
time de produção (HOEK et al., 1998).
Já o arranjo produtivo de consórcio modular apresenta os seguintes pontos
negativos de acordo com Rezende (1997): a resistência interna, dependência do
fornecedor, dificuldade no gerenciamento de contratos e características do
processo produtivo. Entre estes, dois especialmente chamam atenção:
dependência do fornecedor – que se não ocorrer a troca de know-how e sinergia,
ocorre a dependência – e características do processo produtivo – não são todas as
empresas que são capazes de adotar a terceirização de seu processo integral,
como no caso da Volkswagen. Costa (1994) complementa ao afirmar deve-se
atentar a: integração das culturas empresariais, descumprimento de cláusulas
contratuais entre as partes, confrontos sindicais e reclames trabalhistas.
Agora, conheceremos o Consórcio Modular Automobilístico!

Figura 7 - Consórcio Modular Automobilístico

As exigências de redução de custos e aumento da eficiência das operações


crescem ano após ano, pressionando as empresas do setor automobilístico e seus
fornecedores a transcender os modelos produtivos e relacionais das décadas
passadas (SAKO, 2006).
Por consequência segundo Marx et al. (1997), o conceito de Consórcio
Modular, criado no ramo automobilístico, baseia-se na transferência de todas as
operações de montagem para os fornecedores de primeiro nível, agora
referenciados como modulistas. Este novo sistema visa, entre outras coisas,
produção mais ágil e redução de custos quando comparados ao modelo tradicional
de montagem. Os veículos são produzidos em uma linha de montagem
convencional e os parceiros são responsáveis por completar as operações de
montagem. Logo, 80% da força de trabalho necessária ao fornecimento de valor ao
cliente está representada pelos trabalhadores dos fornecedores "modulistas' e
terceirizados que compõem o consórcio, não existindo funcionários da Volkswagen
trabalhando diretamente na montagem.(HOEK et al., 1998)
Pires (1998) o capital de investimento e a gestão dos processos de produção
diários (organização do trabalho, logística, manutenção) são providenciados pelos
módulos. Para obter vantagens competitivas, as montadoras e seus fornecedores
devem reavaliar suas atividades e relações na cadeia produtiva. Essas mudanças
criam desafios e oportunidades para as montadoras e fornecedores, como: acesso
a novos mercados, criação de parcerias duradouras e a redução no tempo de
lançamento de novos produtos (PIRES, 1998). Kubo (2007), apresenta exemplo de
consórcio modular implementado na fábrica da Volkswagen em Resende/RJ, que
aplica uma forma radical de outsourcing (mão-de-obra terceirizada), constituindo-se
na transferência de diversas atividades, que antes faziam parte das atribuições da
empresa, entre esta e seus fornecedores.
No sistema Consórcio Modular, oito fornecedores (incluindo a VW) ficam
responsáveis pela montagem completa de conjuntos, como eixos, suspensão e
molas, rodas e pneus, caixa de câmbio e motores, e cabines. Com essa parceria, a
Volkswagen se concentra nas atividades de projeto, desenvolvimento, certificação
dos veículos, qualidade e pós-venda. A VW assume a responsabilidade sobre o
produto e perante o cliente final, a responsabilidade na montagem do veículo é dos
fornecedores. (KUBO, 2007).
Figura 8 - Fornecedores da Volkswagen em Resende/RJ

Fonte: Kubo (2070)

Os fornecedores escolhidos para compor o consórcio foram as empresas:


Maxion, Meritor, Remon, Eisenmann, Delga,VDO/Mannesmann, MWM/Cummins, já
conhecidos parceiros da Volkswagen mundial em outros negócios.O controle de
qualidade do produto é de total responsabilidade da MAN Latin America, fabricante
dos caminhões e ônibus Volkswagen.(KUBO, 2007).

Você deve estar se perguntando: Qual a diferença entre Consórcio Modular e


Condomínio Industrial?

Então, a diferença entre as duas atividades, é que consórcio modular atua


diretamente na linha de montagem e o condomínio industrial garante entrega dentro
da linha de montagem porém não atua na mesma.
4 CONTRACT MANUFACTURING OU CONTRATO DE MANUFATURA

O Contract Manufacturing ou Contrato de Manufatura(industrial) é uma


modalidade usada na inserção de empresas em mercados externos. Nesta
modalidade, a empresa contrata uma firma local para fornecer serviços de
manufatura. Este arranjo é parecido com a integração vertical, exceto que, em vez
de estabelecer sua própria planta para produção, as empresas interessadas
subcontratam a fabricação. (KHAMBATA & AJAMI, 1992)
O contrato de manufatura pode ser entendido como um acordo estabelecido
entre uma empresa estrangeira - contratante e, uma local - contratada, no qual a
empresa local produz parte ou todo o produto da estrangeira. Utilizando-se essa
estratégia, não são necessários elevados investimentos por parte da empresa
estrangeira, esta não se expõe a grandes riscos político-econômicos e as
estratégias de marketing do bem produzido continuam sob sua responsabilidade.
(KOTABE; HELSEN, 1998).
Algumas características são tidas como fundamentais para uma empresa
contratada:
1)Ter flexibilidade e estar integrada à filosofia do Just-in-time;
2)Ser hábil para alcançar padrões de qualidade e implementar o TQM (Total Quality
Management);
3)Ser sólida financeiramente;
4)Ter condições de ajustar-se às mudanças repentinas do mercado. (KOTABE;
HELSEN, 1998).
Como é realizado a contratação da manufatura?
A subcontratação ocorre de duas maneiras.
Primeiro : haverá um contrato para produção integral de bens com uma planta local.
Segundo: é realizado por meio de um contrato de serviços de manufatura parcial
com uma empresa prestadora de serviços. Estes serviços de manufatura podem ser
uma montagem ou produção de componentes (KHAMBATA; AJAMI, 1992).
Benefícios do Contrato de Manufatura:
Segundo Minervini (1997), trata-se de um acordo que visa conseguir maior
competitividade para a empresa contratante, pois esta não precisará fabricar os
produtos no país de origem para depois realizar o embarque dos mesmos até o país
de destino. Entretanto, a responsabilidade comercial e de distribuição dos produtos
é da empresa contratante (KHAMBATA E AJAMI, 1992; MINERVINI, 1997).
O contrato de manufatura tem a vantagem de expandir o provimento ou a
habilidade de produção da empresa contratante, por um custo mínimo. E como se
a empresa pudesse diversificar verticalmente sua produção, sem um compromisso
total de recursos e pessoal, entretanto, ela estará privando-se de algum controle
sobre a produção. Isto porque a empresa contrata uma firma local para fornecer
serviços específicos (KHAMBATA e AJAMI, 1992).
Desvantagens do contrato de manufatura:
A grande desvantagem é da empresa contratada tornar-se um futuro
concorrente. Países com heranças de problemas trabalhistas, maus tratos aos
trabalhadores e pagamento de baixos salários podem gerar problemas sérios para
a empresa contratante, conforme destacam, (KOTABE; HELSEN, 1998).
Você sabia que a Nike é a pioneira em utilizar o contrato de manufatura?

Figura 9 - Loja da Nike

Sim, a estadunidense Nike foi uma das pioneiras na adoção desse tipo de
organização que, ao subcontratar a manufatura dos calçados que levam a sua
marca, introduziu o que ficou denominado como o “modelo Nike” de indústria.
Fundada em 1962 como uma importadora de sapatos japoneses, deixou seus
“parceiros” para subcontratar sua própria linha de produtos na década de 70.3 Suas
coleções são concebidas na sede do grupo, no Oregon (EUA), onde está
concentrada sua capacidade de concepção de produto, bem como os responsáveis
pela definição da sua estratégia comercial . Os padrões dos novos modelos são
transmitidos para Taiwan, onde são fabricados os protótipos que vão servir de
modelos para a fabricação industrial em massa. O Sudeste Asiático, ou qualquer
lugar onde a empresa conseguir contratos de terceirização mais vantajosos —
entenda-se menos custosos (CHESNAIS, 1996).
SAIBA MAIS

Projeto Arara Azul

Inaugurada em 20 de julho de 2000, a planta da General Motors em Gravataí


(RS) completou duas décadas de operações em 2020. Construída inicialmente para
“dar vida” ao fruto do projeto Arara Azul, que deu origem ao Celta, ela se tornou a
fábrica mais significativa da Chevrolet no Brasil. Afinal, é dali que sai o campeão de
vendas Onix. Ao longo de 20 anos, a unidade gaúcha recebeu aportes totais de R$
4,5 bilhões, passando por três expansões. No período, foram produzidas duas
gerações do Prisma e duas do Onix, além do recém-chegado Onix Plus. Em
fevereiro de 2020, a planta alcançou a marca de quatro milhões de veículos
fabricados.

Fonte: LASTRES, M.M.; ALBAGLI, S. Informação e Globalização na Era do


Conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

#SAIBA MAIS#

REFLITA

“Quando as pessoas acreditam que suas qualidades básicas podem ser


desenvolvidas, os fracassos podem ser dolorosos, mas não as definem.”

Carol Dweck

#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Olá Caro Estudante!

Assim, encerramos a Unidade IV da apostila de Tópicos Especiais em


Gestão da Qualidade. Aprendemos quatro Novos Modelos de Arranjos Produtivos,
sendo que o primeiro foi o Cluster ou Arranjo Produtivo Local que tem como objetivo
ações coletivas que incluem a compra de matérias-primas, a promoção de cursos
de capacitação gerencial e formação profissional, a criação de consórcios de
exportação, o estabelecimento de centros tecnológicos de uso coletivo, as
cooperativas de crédito, entre outros (LINS, 2000). Comentamos o Vale do Silício
como exemplo de excelência de cluster.
O segundo tema apresentado foi o Condomínio Industrial aprendemos sua
definição e principais diferenças com o Condomínio Empresarial.
A seguir compreendemos a importância do Consórcio Modular na produção
automobilística, demonstrado pelo autor Kubo (2007), que apresentou exemplo de
consórcio modular implementado na fábrica da Volkswagen em Resende/RJ, que
aplica uma forma radical de outsourcing (mão-de-obra terceirizada), constituindo-se
na transferência de diversas atividades, que antes faziam parte das atribuições da
empresa, entre esta e seus fornecedores.
E encerramos a unidade IV com tópico Contract Manufacturing ou Contrato
de Manufatura vista como uma modalidade usada na inserção de empresas em
mercados externos, sendo a empresa Nike a pioneira na utilização deste modelo de
arranjo produtivo.
Espero ter contribuído para seu aprimoramento profissional e principalmente
a construção de um pensamento crítico sobre as formas de arranjo produtivos
embasadas em fundamentação teórica, contexto e impactos econômicos.
Espero nos ver em breve!

Sucesso!
LEITURA COMPLEMENTAR

Condomínio Logístico Golgi Jundiaí

Construído em um terreno de aproximadamente 289 mil m², o Golgi Jundiaí é


composto por quatro galpões, totalizando 120 mil m² de área locável, sendo que
nesta primeira fase estão sendo entregues dois galpões de 27.500 m² cada. Com
eficiência de armazenagem de 90%, o empreendimento oferece áreas comuns que
atendem aos colaboradores e fornecedores, como vestiários, restaurante, espaços
de convivência e de apoio ao caminhoneiro, segurança 24 horas, operada por
empresa especializada, com portaria blindada, bollards, cancelas anti-evasão e
perímetro monitorado, além de amplo estacionamento de carretas e
carros.Internamente, os galpões foram projetados para operações logísticas ágeis
e eficazes, permitindo a construção do mezanino sob demanda e com diferenciais
como 84 docas no total, pé direito de 12 metros, piso com capacidade de seis
toneladas por metro quadrado e cinco toneladas pontual, modulação de 22,5m x
22,5m entre pilares, facilitando a circulação da operação e permitindo maior
flexibilidade de layout, além de sprinklers com bico J4.Para o executivo, as
empresas que contratam os serviços da Golgi devem estar focadas no seu negócio
principal, cabendo ao condomínio logístico ser o agente facilitador.
“Proporcionamos uma série de benefícios e vantagens adicionais, tais como
eficiência de armazenagem de até 90%; redução de 55,61% no consumo de água
devido ao reservatório que permite o reaproveitamento; e 70% na diminuição do
consumo de energia elétrica. Contamos ainda com separação de lixo reciclável,
mobilidade urbana, inovação e ambiente confortável ao usuário, com ventilação
adequada, iluminação, bicicletários, boa qualidade do ar e fácil acesso ao transporte
público”, exemplifica Miranda. Localizado na cidade de Jundiaí, em um dos maiores
centros logísticos do país, no acesso à Rodovia Vice-Prefeito Hermenegildo Tonolli
(SP-066), o Golgi Jundiaí está a apenas 5 quilômetros da Rodovia dos Bandeirantes
e 7 quilômetros da Rodovia Anhanguera, com fácil acesso a São Paulo e Campinas.
Fonte: LASTRES, M.M.; ALBAGLI, S. Informação e Globalização na Era do
Conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

LIVRO

• Título: Clusters e Redes de Negócios


• Autor: João Mauricio Gama Boaven
• Editora: Atlas
• Sinopse: O conteúdo desta obra apresenta uma base de conhecimento
indispensável para a visão deste novo ambiente dos negócios. Neste sentido, o
texto compila conceitos observados na realidade de clusters e redes de negócios e
apresenta fundamentos da constituição, evolução e operação destas entidades
supra-empresariais. Seus dez capítulos introduzem estes novos conceitos,
incorporam as idéias de auto-organização e governança e desenvolvem uma visão
sistêmica e estruturada dos sistemas supra-empresariais, assim como de
condicionantes para seu desempenho. Propostas de conduta e abordagens de
elaboração estratégica complementam o conteúdo da obra.
FILME/VÍDEO

• Título: Vale do Silício Filme Documentário Brasileiro


• Ano: 2015
• Sinopse: O Vale do Silício é uma das regiões mais inovadoras do mundo. Estive
no Vale do Silício para conversar com empreendedores de diversas áreas,
acadêmicos e profissionais que fazem o Vale.
O objetivo era aprender um pouco sobre o que faz do Vale do Silício uma região tão
especial e trazer esse conhecimento para inspirar empreendedores do Brasil e do
mundo a transformarem suas regiões em locais de inovação e desenvolvimento
através de um filme documentário completo sobre essa região tão marcante e
importante para a economia mundial.
O resultado é o documentário Vale do Silício produzido pela Acelera Startups.
• Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=kZ7C7Osv5nY

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2000.
CONCLUSÃO GERAL

Prezado(a) aluno(a),

A apostila foi elaborada após vasta pesquisa bibliográfica de autores conceituado na


área, a fim de propiciar a você o conhecimento sobre os principais conceitos sobres o
Gerenciamento da Cadeia Produtiva abordamos a importância dos Métodos ( Pontuação
Ponderada, Centro de Gravidade e Ponto de Equilíbrio) e critérios na tomada de decisão
da localização da empresa. Destacamos a importância da utilização do Sistema ERP ou
Planejamento de Recursos da Corporação no para o registro, controle de dados
organizações para a tomada de decisão. Com a apresentação dos principais sistema
ERP na atualidade : Oracle, SAP, Microsoft Dynamics e TOTVS.
No tema Tecnologias Aplicadas à Produção realizamos levantamento dos tipos de
sistema de automação. Tendo ênfase nos sistemas de montagem, flexíveis e
armazenagem e recuperação.
Com o propósito de promover a imersão nos temas abordados na apostila, procurei
trazer exemplos práticos de manufaturas de cada tema. Estudamos a Consórcio Modular
Automobilístico de Resende/ RJ, o modelo de Contract Manufacturing da Nike e cálculo
da melhor localização de uma empresa fictícia.
Acredito que você esteja preparado para analisar e identificar as tecnologias, modelo de
arranjo produtivo e aplicações do ERP, no gerenciamento da cadeia produtiva. E sugerir
melhorias e implantação de inovações no seu local de trabalho.

Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigada!

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