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A viabilidade técnica
Aspectos econômico-financeiros
A análise dos aspectos econômico-financeiros consiste na terceira e última
etapa do estudo de viabilidade de um projeto de investimento.
Nessa etapa, examina-se o fluxo de caixa previsto para o empreendimento
dentro de um prazo de interesse, a fim de saber se o esforço produtivo a ser realizado
vale mais do que a simples aplicação dos valores envolvidos a taxas mínimas de
atratividade.
Para existir viabilidade, é necessário que, nos instantes verificados, os
benefícios resultantes sejam superiores aos investimentos empregados.
Hirschfeld (2000) destaca que a forma mais usual de se analisar a viabilidade
é pelo método do Valor Presente Líquido (VPL), ou seja, verificar se VPL > 0. Se
as condições de viabilidade não forem satisfeitas, dizemos que o empreendimento é
inviável.
Nessa etapa final da idealização do projeto, procura-se determinar o fluxo ideal
de caixa gerado pelo público potencial, capaz de remunerar o capital investido em
patamares aceitáveis de rentabilidade para a operação e a sobrevivência do negócio,
considerados os custos de implantação.
O estudo de viabilidade econômico-financeira divide-se em duas fases: a
primeira é o planejamento financeiro, que compreende a determinação de fatores
como: divisão departamental, ponto de equilíbrio operacional e financeiro, margem
operacional, projeção do demonstrativo de resultados dos exercícios posteriores e
estabelecimento do fluxo de caixa do empreendimento. A segunda fase é a análise
de índices de investimento, que engloba o valor presente líquido, o payback do
investimento, e a taxa interna de retorno proporcionada.
Investimentos do projeto
O investimento constitui a troca de algo certo (recursos econômicos) por algo
incerto (fluxos de caixa) a serem gerados pelo investimento no futuro (SOUZA, 2003).
Dessa forma, o investimento é o comprometimento atual de valores ou outros
recursos na expectativa de colher benefícios no futuro, ou seja, é um gasto ativado
em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos.
A determinação do nível dos investimentos necessários para o projeto é um
aspecto fundamental, pois ele será básico na definição da viabilidade ou não da
unidade de produção.
O objetivo da etapa de investimentos é determinar as necessidades de
recursos financeiros para executar o projeto, colocá-lo em andamento e garantir o
seu funcionamento inicial.
Os investimentos necessários para a instalação e o funcionamento do projeto
dividem-se em: investimentos fixos, que dependem do nível de produção projetado,
e investimentos circulantes, que dependem do nível efetivo de produção da empresa.
Dessa forma, os investimentos, também denominados usos dos recursos de
um projeto, podem ser classificados em inversões fixas ou capital de trabalho. As
inversões fixas são terrenos, edificações, equipamentos, móveis, instalações,
despesas de implantação, marcas, patentes e veículos. As inversões em capital de
trabalho (ou de giro) são as necessidades permanentes de estoques, créditos e
descontos.
Com relação aos investimentos em infraestrutura, é necessário prever
recursos financeiros para a aquisição de equipamentos, móveis e utensílios e da
tecnologia necessária para gerir o projeto durante a operação. Esses itens são
avaliados pelo seu custo de aquisição, considerando-se anualmente as
depreciações.