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ATIVIDADE OBJETIVA – UNIDADE 2

Texto de Apoio

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srm-na-construcao-civil-a-importancia-na-gestao-dos-fornecedores/

O uso do SRM na construção civil: a importância na gestão dos fornecedores


Por*Marco Antonio Portugal, para a Comunidade Sebrae Construtech
04/08/2020 11:02

O termo SRM, sigla em inglês para Supplier Relationship Management, ou traduzindo,


Gerenciamento de Relacionamento com Fornecedores, ainda é pouco conhecido na
construção civil, apesar da reconhecida importância que a gestão dos fornecedores possa
representar para esse setor.
O entendimento desse conceito, ao ponto que possibilite a sua aplicação, pode trazer
diferenças significativas para uma construtora.

Compras estratégicas

Talvez o primeiro ponto a ser reconhecido aqui, por ter se tornado uma referência
predominante para o setor, é a importância do processo de compras de uma construtora.
Antes esperava-se essencialmente das compras, a disponibilidade de materiais e de
serviços conforme demandas. Um bom comprador era aquele que não deixava faltar nada
na obra.

Com os avanços tecnológicos, aumento da competitividade e a necessidade cada vez


maior de se buscar boas empresas para terceirização das atividades especialistas, a ação
de apenas comprar deixou de ser suficiente. O setor de suprimento de uma construtora
passa a exercer cada vez mais um papel estratégico, que surge antes mesmo da obra
começar. Uma boa orçamentação de uma obra para se tornar competitiva depende hoje,
seja para decisão de investimento próprio ou para atender à uma licitação, muito mais de
como a obra será executada do que apenas preços baixos.

Para se manter competitivo, chega então o momento de colaborar e integrar cada vez mais
com os fornecedores, sejam eles de materiais, de equipamentos ou de serviços.
Parcerias

A essência do SRM está em sistematicamente estabelecer parcerias. Importante aqui não


confundir parceria com exclusividade. O fornecedor, mesmo sendo seu parceiro, pode e
muito provavelmente terá outros clientes, seus concorrentes. De mesmo modo a
construtora não fica vinculada a fechar contratos apenas com a empresa parceria, sem
buscar novas alternativas. O que estabelece aqui a relação de parceria é o quanto a
empresa possui de proximidade com o fornecedor, visando o crescimento conjunto, uma
comunicação aberta e, especialmente, o espírito de ganha-ganha.

Há um grande número de vantagens para uma empresa em estar próximo de seus


fornecedores. A proximidade permite conhecer suas capacidades, além das que os
fornecedores deixam transparecer para o mercado, estar adiante de inovações e diminuir
riscos na operação.

Essa proximidade também possibilita à empresa, por meio do monitoramento de


indicadores, buscar modos de melhorar o desempenho do fornecedor. São indicadores
que vão desde a sua gestão administrativa (endividamento, fluxo de caixa, ações judiciais,
dívidas fiscais, etc.) que possam servir, também, como referencial para um processo de
pré-qualificação, até os indicadores de avaliação operacional (prazo, qualidade,
produtividade, logística, imagem, etc.).
Um bom gerenciamento dos fornecedores é requisito para se ter e, principalmente, manter
boas parcerias.

Desafios

Uma pesquisa mundial da PwC revelou que a maior parte das empresas (64%) está na
fase “exploração” no atual nível de maturidade do SRM, sendo que apenas 13% das
empresas entrevistadas revelam possuirem SRM implantado.
Pôde-se concluir que o atual nível de maturidade do SRM nas empresas ainda é
relativamente baixo.

Obviamente que uma empresa empenhada em implantar seu SRM não avançará
igualmente em cada um dos capacitadores, até mesmo porque a empresa já deve se
encontrar em posições diferentes de maturidade em cada um deles.
Na estratégia de implantação é preciso estruturar os passos desse avanço e priorizar os
capacitadores que se encontrem menos evoluídos.

A adoção o quanto antes for possível da tecnologia em um projeto de implantação de


gestão na empresa é uma estratégia recomendada para se obter aceleração e redução dos
esforços e riscos com esse projeto. A tecnologia acaba por moldar a estrutura que se
deseja obter como resultado e já de partida ela traz as boas práticas que estão em vigor
no mercado.

Para seguir com essa estratégia, é preciso que haja segurança na avaliação e escolha da
tecnologia que irá apoiar o SRM, para que a escolha não acabe por causar o efeito
contrário de atrasar ou até mesmo inviabilizar o projeto, diante a processos estruturados
na plataforma que não coincidam com as necessidades da empresa.

Um dos pontos relevantes nessa escolha da tecnologia é priorizar a análise sobre soluções
que “falem” a linguagem do setor. Uma tecnologia genérica pode causar menor impacto
de resultados ou até mesmo vir a ter a adesão dos usuários comprometida por falta de
compreensão das especificidades que um setor possa apresentar.

A ConstruPlan é uma das soluções da ConstruSpace criada dentro do conceito de SRM


para tornar a gestão de fornecedores na construção civil mais ágil e eficiente. A partir da
plataforma poderá comunicar-se de forma simples com todos os fornecedores, enviar
solicitar propostas de orçamentos, compreender o interesse dos fornecedores em
participar no seu projeto, comparar variáveis como custo/qualidade, avaliar a
confiabilidade, conhecer novos fornecedores através da nossa base de dados, etc. Lembre-
se que estas cadeias de fornecedores são fundamentais, e devem ser bem geridas porque
fazem uma grande diferença na lucratividade da sua obra.

*Marco Antonio Portugal é engenheiro civil, empresário e mestre em gestão da inovação.

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