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1. Fatores de localização.
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Neste Percurso, buscaremos nos apro-
fundar nos principais argumentos que
podem estar associados à definição de
localização de uma unidade de opera-
ção, sendo esta uma etapa importante
do planejamento estratégico de uma
organização. Além disso, vamos nos
aprofundar nos fatores decisórios asso-
ciados, tais como a proximidade com o
mercado consumidor, a infraestrutura Olá
necessária, a disponibilidade, a qualifi-
cação e os custos da mão de obra, entre
outros fatores. Deste modo, serão apre-
sentados detalhes sobre os principais
fatores que influenciam as decisões de
localização de unidades operacionais.
1. Fatores de localização
• Infraestrutura;
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Embora muitos aspectos sejam comuns no processo de decisão da localização para
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diferentes organizações, uma análise mais detalhada deve levar em consideração as
particularidades de cada operação. Assim, é preciso conhecer os critérios de decisão para
instalações industriais e organizações industriais e de serviço. A Confederação Nacional
da Indústria – CNI (2019) mantém dados estatísticos atualizados sobre o setor industrial
brasileiro, destacando a produção e a importância do setor para a economia nacional.
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Figura 1 - Fatores de localização e os respectivos graus de importância para diferentes
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tipos de organizações
A seguir, vamos explorar algumas situações nas quais as empresas decidem a respeito
do seu processo de localização, tais como criação de uma nova empresa, mudança de
local de instalação e ampliação de atividades,
A criação de uma nova empresa é um dos motivos que gera a necessidade de decisão a
respeito do local de instalação. A Figura 2, a seguir, apresenta um diagrama que mostra,
simplificadamente, a sequência de decisões para a definição da localização. É importante
notar que, embora as decisões estejam indicadas em sequência, muitas etapas são
realizadas simultaneamente.
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Figura 2 - Sequência de decisões para escolha de local de instalação
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Fonte: Adaptado de JACOBS & CHASE, 2009.
Entende-se como macrodecisões aquelas que dizem respeito à escolha da região, sub-
região e comunidade. Levam em consideração fatores como o potencial do mercado,
os custos operacionais, custos de transporte de matéria-prima, impostos, mão de obra,
acesso aos materiais, entre outros.
Por sua vez, a microanálise, que consiste em definir um local particular na comunidade,
analisa questões mais específicas, como custos de aquisição de terrenos, acesso ao
transporte e outras características do local. Na maioria dos casos, mais de uma opção
viável é considerada e, assim que o local é escolhido e aprovado, o conselho administrativo
da organização dá sequência ao processo.
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AMPLIAÇÃO
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No caso de ampliações, considera-se que uma empresa existente pretende aumentar sua
capacidade com a criação de uma nova instalação. Essa decisão pode ser influenciada
por uma série de fatores relacionados com o plano estratégico da organização. A empresa
pode, por exemplo, desejar atender outros tipos de mercados.
Dessa forma, para aumentar a capacidade com base nas previsões de necessidades de
longo prazo, são consideradas ações, como:
Acima desse ponto, há a deseconomia de escala, efeito inverso que pode resultar
em aumento considerável de custo médio por unidade produzida. Ocorre devido à
alta ineficiência da operação promovida pelo aumento do volume. Isso significa que
há um número excessivo de movimentação de materiais e mão de obra, que gera
congestionamento, aumento de horas extras e outras dificuldades. A economia e a
deseconomia de escala estão relacionadas ao porte da organização.
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A Figura 3, a seguir, mostra um gráfico esquemática que demonstra estes dois fenômenos.
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Figura 3 - Economia e deseconomia de escala
A mudança do local de instalação envolve a transferência de local, que em geral pode ser
devida a fatores, como:
• Custos elevados;
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IMPORTANTE:
Um aspecto importante a ser considerado durante as macro decisões
a respeito da localização de uma instalação está relacionado às
particularidades do transporte no Brasil. Uma parcela considerável do
custo de uma operação está associada com o transporte de matéria-
prima ou produtos acabados. Por isso, para muitas operações, o
acesso ao local da instalação é uma questão prioritária.
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Para organizações comerciais e de serviços, as decisões sobre a localização estão
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intimamente relacionadas à escolha do mercado consumidor. A proximidade com o
cliente é um elemento-chave para este tipo de organização, que busca maximizar o lucro
potencial.
Segundo Corrêa & Corrêa (2019), a escolha de um local pode ser uma das decisões mais
difíceis, devido à natureza estratégica da decisão e ao tempo que isso pode levar, que
serão determinantes para reagir a um projeto eficiente (com menor custo e de forma mais
rápida) da cadeia de suprimentos. Ainda, é preciso considerar os custos de instalação,
que podem ser altos, no caso de uma fábrica, por exemplo.
Então, é possível concluir que essa é uma escolha pouco flexível, sobretudo pela sua
importância. Uma decisão de localização boa ou ruim poderá impactar na eficiência da
produção, de modo a garantir ou não a satisfação das necessidades dos clientes.
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As decisões de localização para organizações industriais devem considerar determinados
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critérios. A importância relativa dos fatores listados afeta a decisão sobre a localização
de diferentes tipos de organizações.
• Custos – o custo total deve ser o mais baixo possível. Para isso, é preciso
considerar os custos de distribuição (de entrada e de saída) e custos
relacionados à região escolhida (custo do terreno, mão de obra, impostos,
energia e custo para construção ou aluguel da instalação);
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• Blocos comerciais – as políticas dos blocos comerciais (como o Mercosul,
a União Europeia e o NAFTA), têm influência na decisão, pois podem resultar
em redução dos custos totais das unidades de operação; e
• Quantitativos: são dados sobre o local, que podem ser medidos por valores
numéricos, como: custos de transporte, preços da MP, custos fixos das
instalações, valores dos salários da região etc.;
• Qualitativos: são dados sobre o local, que precisam ser medidos de forma
subjetiva, como: aspectos climáticos, qualidade de vida, nível de escolaridade,
qualidade da mão de obra e demais informações.
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Os fatores de localização são divididos em fatores dominantes, ou críticos, e secundários.
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Os fatores dominantes são aqueles derivados de prioridades competitivas (custo,
qualidade, tempo e flexibilidade) e têm efeito poderoso em vendas ou custos. Por exemplo:
uma planta com trabalho intensivo exige baixos custos salariais para permanecer
competitiva. Além disso, podem ser consideradas outras questões importantes que nem
sempre são valorizadas, mas que, às vezes, podem ser fatores dominantes ou críticos na
decisão sobre localização (SLACK et al., 2002).
O modelo de ponderação qualitativa é uma técnica que pontua pesos para fatores de
importância relativa. Serve como base para o processo de tomada de decisão a respeito
da localização de uma unidade de operação ou de um dentro de distribuição. Um clássico
exemplo de aplicação desse método é apresentado na Figura 5, a seguir, é mostrada uma
tabela na qual se faz a aplicação da metodologia de ponderação qualitativa.
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Figura 5 - Aplicação da metodologia de ponderação qualitativa
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Fonte: Adaptado de Slack et al., 2008.
Para o primeiro critério do local A (custo), por exemplo, o valor atribuído, 80, foi multiplicado
pelo peso 1, totalizando 80. O mesmo procedimento foi repetido para os demais critérios,
e a pontuação final somada e obtida foi 662,5. Ao avaliar os valores obtidos, o local A,
nesse exemplo, é a opção preferida, pois tem a maior pontuação ponderada total. É
importante frisar que as pontuações são definidas com base na experiência e no histórico
de dados disponíveis.
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Nesse caso, é feita uma otimização matemática em função das variáveis consideradas
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no sistema, que podem ser, por exemplo, o custo de transporte por unidade transportada
ou o volume transportado (HARDING, 1992).
A localização de cada unidade está indicada na Figura 7, a seguir, na qual está ilustrado,
simplificadamente, a representação do método do CG, sendo x e y as coordenadas de
posição, em quilômetros.
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Figura 7 - Representação esquemática do método do CG
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Fonte: Adaptado de Slack et al., 2008.
CGx = 5,34 Km
CGy = 2,40 Km
Desse modo, a localização do depósito para que o custo de transporte seja mínimo está
nos pontos com coordenadas CGx = 5,34 Km e CGy = 2,40 Km. É importante destacar
que esse ponto tende a ficar mais próximo das unidades com maior fluxo de transporte
semanal.
Observemos, por exemplo, que o CG ficou mais próximo de B do que de C (pois transporta
o maior volume), uma vez que D tem um fluxo relativamente alto, assim, a distância até
essa unidade também é observada. Podemos considerar como elemento de cálculo o
custo de transporte entre várias regiões dentro do cálculo ponderado.
O CG é apenas uma referência conceitual, pois, na prática, deve ser ajustado de acordo
com a conveniência. Se o modelo indicar que a instalação deve estar em um local de difícil
acesso, por exemplo, pode ser necessário ajustar a posição ou, até mesmo, escolher uma
cidade vizinha (MARTINS & ALT, 2001).
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MODELO DE ANÁLISE CUSTO X LUCRO X VOLUME
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A análise CLV, para cada uma das alternativas de local pré-selecionado para a operação,
toma como princípio os valores de previsão da quantidade e do preço de vendas. Assim,
é possível calcular o lucro ou a margem de contribuição que se relaciona com cada
alternativa de localização. A melhor decisão é a que proporciona o maior lucro; essa
análise pode ser feita de forma numérica ou gráfica (CAMARGO, 2017).
a) Determinação de custos variáveis e fixos de cada site. É preciso lembrar que custos
variáveis representam a parte do custo total, que varia de forma direta e proporcional
ao volume de produção, e que os custos fixos são a parte do custo total que permanece
constante, independentemente de quais sejam os níveis de produção;
b) A compreensão das linhas de custo total (a soma dos custos variáveis e fixos) para
todos os sites considerados em apenas um gráfico;
c) A identificação do intervalo aproximado, em que cada local oferece o menor custo;
d) A resolução algébrica para encontrar os pontos de equilíbrio nos intervalos relevantes.
Para o modelo CLV, algumas simplificações devem ser consideradas: os custos fixos
independem do volume produzido; os custos variáveis crescem linearmente em relação
ao volume produzido; os preços de venda não são alterados pelas variações de volume;
os preços das matérias-primas não se alteram com as variações de volume de produção;
e 100% dos produtos fabricados são vendidos.
O arranjo físico ou layout de uma operação está relacionado com a disposição física de
recursos, que podem ser instalações ou pessoas. Em um ambiente produtivo, o arranjo
físico diz respeito à maneira que máquinas, equipamentos e pessoas estão posicionados
para realização das atividades necessárias para a produção de um produto (CORRÊA et
al., 2019).
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a respeito do posicionamento das instalações e pessoas para realização de uma atividade
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é uma etapa importante da estratégia de uma operação. A disposição dos recursos em
diferentes organizações está relacionada a uma série de fatores, como a localização da
unidade de operação e o volume de itens processados.
As decisões a respeito do arranjo físico, que deve ser constantemente reavaliado para
garantir os níveis especificados de desempenho, são importantes nas seguintes situações:
• Expansão de capacidade;
• Redução de custo de produção;
• Introdução de novos produtos;
• Melhoria do ambiente de trabalho;
• Instalação de novas máquinas e equipamentos.
Um arranjo físico adequado contribui para que as atividades sejam realizadas com
segurança, com uso eficiente do espaço físico e com os níveis de produtividade e
flexibilidade definidos. Alguns aspectos positivos resultantes do projeto adequado do
arranjo físico estão indicados a seguir:
Existem quatro tipos básicos de arranjo físico definidos pela maneira com que os
recursos transformados (produtos, informações ou clientes) interagem com os recursos
transformadores (máquinas, equipamentos, instalações ou pessoas):
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Arranjo por produto ou em linha
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No arranjo por produto ou em linha, os recursos transformadores são dispostos segundo
uma sequência conveniente que coincide com a sequência de etapas necessárias para
obter os recursos transformados. No meio produtivo, este tipo de arranjo é adequado
para montagem de produtos complexos e com alto volume de produção. Em geral, os
produtos percorrem caminhos de produção bem definidos e, dependendo da programação
da produção, pode haver pouca ou nenhuma diversificação.
No projeto de uma linha de montagem, é preciso tomar decisões a respeito dos seguintes
aspectos: o tempo de ciclo, o número de estágios necessários para realizar a operação, o
balanceamento das atividades com objetivo de reduzir os gargalos e o projeto detalhado
de cada estágio.
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Neste exemplo, os robôs estão posicionados lado a lado em plataformas elevadas e são
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transferidos automaticamente de estação para estação à medida que uma nova parte do
robô é montada.
A respeito de vantagens deste tipo de arranjo, podemos citar: baixo custo para altos
volumes de produção, alta produtividade e fluxo bem definido. No tocante a desvantagens,
podemos citar: baixa flexibilidade no que se refere à produção simultânea de produtos
diferentes (mix de produção), trabalho repetitivo, investimento relativamente alto em
máquinas e equipamentos.
O arranjo físico por produto ou em linha não necessariamente possui o formato de uma
linha reta, podendo apresentar formatos convenientes de acordo com o produto que está
sendo montado. No caso da montagem de automóveis e da linha de montagem dos robôs
mostrados na Figura 8, os itens em transformação (partes dos robôs) se movimentam com
fluxo contínuo em esteiras e os agentes transformadores (equipamentos e dispositivos)
permanecem fixos em suas posições.
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Figura 9 - Layout funcional de uma empresa metalúrgica
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Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, 2014.
Entre as vantagens do arranjo físico por processo, podemos citar: possibilita alta
flexibilidade para atender às variações de demanda; permite melhoria de aspectos
ergonômicos e motivacionais, pois não há repetitividade em excesso; facilita a produção
simultânea de produtos diversificados e em quantidades variadas, em geral, torna o
investimento em instalações menores, pois equipamentos agrupados por especialidades
contribuem para otimização de recursos.
Entre as desvantagens do arranjo físico por processo, podemos citar: exige grande
quantidade de movimentação entre centros de trabalho; acarreta dificuldade de programar
a produção quando o número de produtos produzidos simultaneamente é elevado; torna
necessário utilizar mão de obra especializada; e pode elevar o tempo de preparo de
máquinas para garantir a flexibilidade de produção.
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Arranjo físico posicional ou de posição fixa
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De acordo com Slack et al., (2008), neste tipo de layout, o produto a ser trabalhado
permanece fixo enquanto os trabalhadores e ferramentas movimentam-se em seu
entorno. De modo geral, a eficácia de um layout posicional está ligada à programação de
acesso ao espaço e à confiabilidade das entregas de materiais. As equipes autogeridas
estão cada vez mais usando layout com posição fixa. As equipes diferentes montam
cada parte componente e depois enviam essas partes para a equipe de montagem final,
que faz o produto final.
Dentre as principais vantagens deste tipo de layout, podemos citar a não movimentação
do produto e a existência da possibilidade de terceirização de todo o projeto ou parte
dele com prazos previamente fixados. Em termos de desvantagem podemos citar a
complexidade na supervisão e controle de mão de obra e matéria-prima e a necessidade
de áreas externas próximas à produção para submontagem. A Figura 10, a seguir, mostra
um esquema de um arranjo físico posicional do processo de montagem de um avião.
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Arranjo físico celular
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Em um arranjo físico celular, os recursos transformadores são agrupados de modo que
seja possível processar um conjunto de itens ou uma família de produtos que requeiram
sequências similares de operação em uma mesma célula de trabalho. O arranjo físico
celular pode ser entendido como uma tentativa de aumentar a eficiência de um arranjo
por processos ou funcional.
O layout celular consegue alocar uma máquina em um lugar que possa executar diferentes
funções em apenas uma peça, tendo assim uma agilidade na produção. A produção é
organizada de forma que cada célula é concebida para produzir uma variedade limitada
de configurações de peças, isto é, a célula é especializada na produção de determinado
conjunto de peças semelhantes (GROOVER, 2011).
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Entre as principais vantagens do arranjo físico celular, podemos citar:
Observação:
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Entre todas as características dos vários tipos de Arranjo físico, a mais significativa
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é o efeito dos custos unitários do produto de acordo com a escolha do arranjo físico.
Entendendo que há distinção nos custos fixos e variáveis de acordo com o arranjo físico
adotado, nota-se que o custo fixo em um arranjo físico de posição fixa é relativamente
baixo em relação a qualquer outro tipo de arranjo físico. Porém, os custos variáveis
tendem a ser maiores. Deste modo, os custos fixos tendem a aumentar à medida que se
muda do arranjo físico posicional para os arranjos funcional, celular e em linha.
Em geral, a maioria das empresas mistura vários tipos de arranjos físicos em um esquema
de arranjo físico misto, buscando a melhor produtividade e a melhor eficiência dos seus
processos. O arranjo físico misto combina elementos de diferentes tipos de arranjo para
maximizar o aproveitamento de recursos ou utiliza, com o mesmo objetivo, mais de um
tipo de arranjo em uma mesma instalação.
O arranjo misto pode ser de dois tipos: híbrido ou uma combinação de dois ou mais tipos
básicos de arranjo (por produto, por processo, celular e posicional) em um mesmo local.
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As empresas podem realizar a mensuração de sua capacidade produtiva de diferentes
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maneiras, usando, por exemplo, dados de entrada, dados de saída ou a combinação de
dados de entrada e saída. Conforme especificam Slack et al (2008), existem quatro tipos
básicos de capacidade:
EXEMPLO:
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4.
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Aplicações da gestão de arranjo físico e capacidade.
Para este processo, vamos utilizar o foco no arranjo físico por processos ou funcional.
No projeto de um arranjo físico por processos ou funcional, é necessário considerar os
seguintes aspectos principais:
O projeto, que, na grande maioria dos casos, tem como objetivo minimizar a distância
percorrida entre os centros de trabalho, é composto pelas cinco etapas principais
indicadas na Figura 13, mostrada a seguir.
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(idas e vindas) entre eles. Fluxos menos frequentes (menos do que cinco viagens por dia)
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não foram considerados.
Um possível ajuste do arranjo físico, para que os centros de trabalho fiquem distribuídos
em uma área retangular, é exibido no diagrama mostrado na Figura 16. Observe que,
idealmente, as linhas vermelhas a azuis devem ser reduzidas ao máximo objetivando
reduzir ao máximo os longos trajetos de fluxo intenso.
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Figura 16 - Arranjo físico ajustado da Gráfica Editora
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Fonte: Adaptado de Slack et al, 2008.
A Figura 17 nos mostra a proposta de arranjo físico final, que considera as dimensões
reais do edifício, incluindo os espaços necessários para circulação. Com esta distribuição,
os movimentos podem ser recalculados para obter resultados que se aproximam da
condição real.
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IMPORTANTE:
O custo também é um item importante que deve ser considerado na
análise de arranjos físicos por processo. Se o custo associado com
o transporte for incluído, é possível construir uma matriz de custos
capaz de contribuir para a avaliação do impacto econômico de
eventuais alterações de posicionamento de centros de trabalho.
Alguns aspectos importantes que devem ser considerados na definição do arranjo físico
em instalações industriais de manufatura são os espaços adequados para movimentação
dos equipamentos transportadores de matéria-prima (como as empilhadeiras, por
exemplo).
• Demanda de produção;
• Capacidade disponível;
• Número de turnos;
• Especificações técnicas do equipamento.
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A expressão seguinte pode ser utilizada para uma primeira aproximação da
quantidade de máquinas “m” necessárias para uma dada operação, sendo t o
tempo de operação por peça, No número de produtos produzidos por período
e CD a capacidade disponível.
As máquinas que levam 1 minuto para processar uma peça trabalharão em 2 turnos de 7
horas úteis, o que representa uma capacidade disponível diária de 840 minutos.
EXEMPLO:
Para exemplificar o uso dos cálculos de capacidade, vamos considerar uma unidade
operacional - centro de usinagem de precisão que possui um torno que tem capacidade
de produção 75 peças/hora. A empresa trabalha em dois turnos de 8 horas, cinco dias por
semana. Existe uma parada de 45 min por turno para refeição e descanso.
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Durante a última semana, o registro de produção deste equipamento apresentou os
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seguintes dados:
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CR→Capacidade Real→Capacidade máxima obtida se o centro de usinagem trabalhasse
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no tempo efetivamente disponível dos turnos, descontando a perda de produção associada
com as paradas programadas e com as paradas não programadas. A capacidade real
pode ser calculada de forma direta, tomando a Capacidade Efetiva e descontando a
quantidade de peças perdidas por paradas não programadas na semana.
CR = CE – (Quantidade de peças perdidas por paradas não programadas na semana)
CE = 3.947,5 peças/semana – (660 peças perdidas na semana por paradas não
programadas) = 3.272,5 peças/semana.
Neste Percurso, vimos também que o arranjo físico – isto é, a disposição dos recursos
transformadores para realização de uma operação ou processo produtivo – é algo que
está diretamente relacionado com a estratégia de uma organização. Em uma operação
produtiva, o posicionamento das máquinas, equipamentos e pessoal é uma definição
complexa que deve levar em consideração uma série de fatores para assegurar que o
fluxo de produtos transformados seja estabelecido de maneira adequada. De modo geral,
um arranjo físico ideal deve ter clareza de fluxo, segurança, acessibilidade e flexibilidade.
É importante, também, que as distâncias percorridas pelos recursos sejam minimizadas
e que a disposição gere conforto para o pessoal envolvido e facilite a comunicação e o
gerenciamento da operação ou processo.
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REFERÊNCIAS
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ANTF – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTADORES FERROVIÁRIOS. Informações
Gerais: o setor ferroviário de carga brasileiro. Brasília: ANTF, 2019.
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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)
Presidência
Lenise Queiroz Rocha AUTOR
ADRIANO ROGÉRIO KANTOVISCKI
Vice-Presidência
Manoela Queiroz Bacelar
Doutorando em Engenharia pela Universidade Federal do
Reitoria Paraná. Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade
Fátima Maria Fernandes Veras
Tecnológica Federal do Paraná. Possui MBA em Gestão de
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação Projetos e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade
Maria Clara Cavalcante Bugarim Positivo. Graduado em Engenharia de Materiais pela Uni-
Vice-Reitoria de Pesquisa versidade Estadual de Ponta Grossa. Atua como professor
José Milton de Sousa Filho
universitário de graduação e pós-graduação, há mais de 15
anos, em cursos de Engenharia de Produção, Engenharia
Vice-Reitoria de Extensão Mecânica, Engenharia Automotiva, Engenharia Civil e Ad-
Randal Martins Pompeu ministração de Empresas.
Vice-Reitoria de Administração
José Maria Gondim Felismino Júnior
Diretoria de Planejamento
Marcelo Nogueira Magalhães
Diretoria de Tecnologia
José Eurico de Vasconcelos Filho
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
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