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FUNDAMENTOS TEÓRICOS E
METODOLÓGICOS DA PEDAGOGIA
MULTIVIX
do Estado do Espírito Santo, com unidades em
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória.
Desde 1999 atua no mercado capixaba,
destacando-se pela oferta de cursos de
graduação, técnico, pós-graduação e
extensão, com qualidade nas quatro áreas
do conhecimento: Agrárias, Exatas,
Humanas e Saúde, sempre primando pela
qualidade de seu ensino e pela formação
de profissionais com consciência cidadã
para o mercado de trabalho.
R EE II T O R
R
Estes resultados acadêmicos colocam
todas as unidades da Multivix entre as
melhores do Estado do Espírito Santo e
entre as 50 melhores do país.
MISSÃO
VISÃO
EDITORIAL
95 f.: il.; 30 cm
Inclui referências.
CDD: 370.1
EXECUTIVA
maior grupo educacional de Ensino Superior do
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
Seja bem-vindo!
GERAL DA
dagogia”, trata do estudo das teorias dos principais
pensadores e formuladores do conhecimento e do
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS 63
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
» estabelecer o conceito
de educação;
» definir as principais
características
profissionais do
educador;
» definir as funções do
processo educacional no
interior da sociedade;
» identificar os fatores
sociais que interferem
nos processos educativos.
O CONCEITO DE EDUCAÇÃO
Definir o conceito de educação não é um
processo fácil, pois ele sofreu alterações ao
longo do tempo. Nesse sentido, não há um
conceito único, Libâneo (2009, p. 74) nos diz
que “as definições de educação são tão varia-
das quantas são as correntes e autores que
se dedicaram ao seu estudo”.
EDUCAÇÃO
Paulo Freire (1980, p.28) nos diz que “a educação tem caráter permanente. Não há
seres educados e não educados, estamos todos nos educando. Podemos compreen-
der que, o processo educacional não está pronto, precisamos ser agentes ativos em
uma constante busca pela melhoria da qualidade da formação docente e discente.
Veremos a seguir que a educação envolve conceitos que estão além do desenvolvi-
mento individual. É necessário considerar também as relações sociais, políticas, eco-
nômicas e culturais que caracterizam uma sociedade. Conforme Libâneo (2009), as
relações sociais são marcadas por interesses de classes sociais que manifestam rela-
ções de poder, nesse contexto, podemos compreender que as funções da educação
devem ser explicadas a partir da análise das relações sociais, das formas econômicas
vigentes e dos interesses sociais.
Fonte: a autora.
Conforme Libâneo (2009), a educação não formal são aquelas atividades de caráter
de intencionalidade, porém, com baixo grau de estruturação e sistematização, como
equipamentos culturais de lazer, tais como museus, cinemas, praças, áreas de recre-
ação. Nas escolas, encontramos educação não formal nas feiras, visitas, encontros.
A educação formal é aquela que tem uma estrutura e organização a ser seguida.
Conforme Libâneo (2009), a educação escolar convencional é tipicamente formal.
Nesse contexto, as modalidades de educação, a distância, profissional, educação de
Jovens e Adultos, educação especial, são consideradas educação formal.
CRECHE
(0 A 3 ANOS)
EDUCAÇÃO
INFANTIL
PRÉ-ESCOLA
(3 A 5 ANOS)
ANOS INICIAIS
(1º AO 5º ANO)
ENSINO
EDUCAÇÃO BÁSICA FUNDAMENAL
ANOS FINAIS
(6º AO 9º ANO)
ENSINO MÉDIO
Art. 22. A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, as-
segurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania
e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores
(BRASIL, 1996)
É importante destacar que, o texto da LDBEN/1996 foi alterado pela Lei n. º 12.796, de 4
de abril de 2013, que dispõe sobre a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17
anos, sendo a Educação Infantil gratuita às crianças de até 5 anos de idade (PORTO, 2014).
- bacharelado;
- licenciatura;
- tecnológico.
» Extensão, representada por cursos livres e abertos a candidatos que atendam aos
requisitos determinados pelas instituições de ensino.
Fonte: a autora.
- A perspectiva radical que concebe o ensino como uma atividade crítica e o do-
cente, como um profissional autônomo que investiga refletindo sobre sua prática.
A partir dos nossos estudos sobre as concepções de educação, podemos identificar tam-
bém as concepções de educador. É nesse sentido que os processos de formação do
educador devem ser considerados em relação às diferentes concepções de educação.
Você pode estar pensando que traçar um perfil do educador com a competência
necessária para a transformação social é um desafio, afinal, o professor deixa de ser o
dono do saber e passa a construir conhecimento. Se pensou assim, seu pensamento
está correto!
Caro(a) aluno(a), esse novo docente exigido pela contemporaneidade somos nós,
eu e você! E, para modificarmos nossa prática, necessitamos rever nossas crenças e
nossos modos de agir.
Parecem atitudes simples? Para muitos educadores, são desafios diários a serem
aprendidos, diante da complexidade das salas de aula.
O conhecimento atual aponta para atitudes criativas, para a busca de soluções iné-
ditas, para a liderança ética, para o resgate dos valores.
neutra, pois é o Estado ou Educador que traça valores, princípios e objetivos espera-
dos pela educação”.
Conforme Hargreaves (2004 p, 220), “uma das grandes tarefas dos educadores é aju-
dar a construir o movimento social por um sistema dinâmico e includente de edu-
cação pública na sociedade do conhecimento”, para isso, o autor traz as seguintes
sugestões:
• Trabalhar com seus sindicatos para que se tornem agentes de sua própria mu-
dança.
• Criatividade
• Flexibilidade
• Solução de problemas
• Inventividade
• Inteligência coletiva
• Confiança profissional
• Aperfeiçoamento permanente
(HARGREAVES, 2004, p. 46).
ANOTAÇÕES
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
» analisar a pedagogia
enquanto ciência da
educação;
» estabelecer a
cientificidade da
pedagogia;
» contextualizar o processo
histórico do pensamento
pedagógico.
ESTUDO DA EDUCAÇÃO
ENQUANTO CIÊNCIA
Para começar nosso estudo, precisamos esclarecer que ciência é uma palavra que
significa conhecimento, ou seja, um saber que é adquirido por meio da pesquisa e
da prática. Nesse contexto, a educação pode ser entendida como ciência, que englo-
ba os atos de ensinar e aprender.
Certamente, não podemos pensar que a Pedagogia é a única área científica da edu-
cação, outras áreas como a Psicologia, a Economia, a Sociologia, entre outras, têm
como objeto de estudo os problemas educativos, e são consideradas importantes
para o processo educativo. É importante ressaltar que cada área possui os métodos
de investigação, por exemplo, a psicologia pode explicar a educação por conheci-
mentos comportamentais, já a economia investigará a educação a partir do contexto
econômico de um país ou região.
A educação se manifestava por meio das transmissões dos valores essenciais para a
manutenção do agrupamento social. Aranha (2006, p. 35) nos diz que “nas comuni-
dades tribais, as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades
diárias e nos rituais”.
Conforme Aranha (2006, p. 36), “A escrita surge como uma necessidade de adminis-
tração dos negócios, à medida que as atividades se tornam mais complexas”.
Nas palavras de Aranha (2006, p. 36), “O saber, antes aberto a todos, tornou-se patri-
mônio e privilégio da classe dominante. Nesse momento surgiu a escola. [...] a escola
ao elitizar o saber, tem desempenhado um papel de exclusão da maioria”.
Outro destaque dessa época foi o aparecimento dos colégios, ao mesmo tempo em
que surgia a nova imagem da criança e da família.
Caro(a) aluno(a), a partir desses fatos históricos, podemos perceber o valor que a edu-
cação tem em uma sociedade.
A educação passa a ser norteada por princípios que a tornam mais realista.
Outro educador, João Amos Comênio (1592-1670), conhecido como o pai da didá-
tica moderna, considerado maior educador e pedagogo do século XVII, dizia que a
escola deveria ensinar o conhecimento das coisas, evidenciando o realismo pedagó-
gico característico da época. Também salientou que o ensino deveria ser unificado,
isto é, todas as escolas deveriam ser articuladas, e a educação precisava acontecer
durante toda a vida humana.
O Iluminismo do século XVII veio para difundir a formação do cidadão por meio da
escola. Na educação, a tendência liberal e laica foi fortalecida com a busca por novos
caminhos para a aprendizagem e a autonomia do educando. Nessa perspectiva, o
pensamento pedagógico passa a ser marcado pela criação dos sistemas nacionais
de educação, em que o Estado passou a ter uma participação maior na educação.
Voltaire
D’Alembert Newton Wolff
Diderot Reid Lessing
Helvetius Locke Baumgarten
Rousseau Hume Kant
Montesquieu
Apesar da expressão do ideal liberal, os interesses estavam voltados para a alta bur-
guesia. Havia um temor de que o acesso à educação provocasse o desequilíbrio na
ordem da sociedade.
Fonte: a autora.
Conforme Aranha (2006, p. 174), “No contexto do Iluminismo, não fazia mais sentido
atrelar a educação à religião, como nas escolas confessionais, nem aos interesses de
uma classe como queria a aristocracia”. Podemos perceber que esse é um novo para-
digma da educação, com a proposta de uma escola leiga, livre. Nesse contexto, surge
O positivismo surge como uma linha teórica, criada pelo francês Auguste Comte
(1798-1857), que começou a atribuir fatores humanos às explicações dos diversos
assuntos, contrariando os princípios da razão, da teologia e da metafísica. Consoli-
dando assim a concepção que conhecemos por pensamento pedagógico positivista.
Também defensor das ideias de Marx destaca-se Anton Makarenko (1888-1939), que
defendia a educação como uma maneira de formar trabalhadores conscientes do
seu papel político, preocupados com o bem-estar da coletividade.
- A luta pela democratização do ensino (universal) e pela escola única (não dua-
lista), isto é, sem distinção entre formar e profissionalizar;
Nesse período, no Brasil, ainda não existia uma política de educação planejada, exis-
tiam as aulas régias do tempo de Pombal. Com a chegada da família real ao Brasil,
as escolas foram criadas, sobretudo escolas superiores, para atender às necessidades
do momento.
Educação no século XX
O século XX foi composto por grande complexidade, foi um século de conflitos e rei-
vindicações por democracia. De forma geral, as propostas de educação pública, leiga,
gratuita e obrigatória do século anterior se reafirmaram no século XX.
Uma proposta educacional de destaque nesse período foi a Escola Nova. Essa pro-
posta nova surge com o desafio de romper com a educação tradicional. Segundo
Gadotti ( 1999 p. 142), “A teoria da Escola Nova propunha que a educação fosse ins-
tigadora da mudança social e, ao mesmo tempo, se transformasse porque a socie-
dade estava em mudança”.
Um dos defensores da escola nova foi John Dewey (1859-1952), que tratava a educa-
ção como um processo contínuo, que deveria acontecer pela ação e não pela instru-
ção. Considerando que a educação é essencial para a vida. Para Dewey (1979, p. 83),
“A educação não é a preparação para a vida, é a própria vida (...)”.
A escola nova trata o aluno como centro. Destaca-se, nesse contexto, a médica cha-
mada Maria Montessori (1870-1952), que estimulava a atividade livre concentrada,
com base no princípio da autoeducação. A partir dos estudos de Montessori, consta-
tou-se a importância da exploração de novas técnicas para instigar os sentidos dos
alunos. Nesse sentido, o professor deve oferecer meios para a criança evoluir.
A escola nova propõe o respeito à criança e traz o educador como mediador capaz
de intervir, de mostrar um caminho. No Brasil, a influência da Escola Nova estimulou
nossas primeiras reflexões pedagógicas nas décadas de 1920 a 1930.
Porém, novas inquietações surgiram e novos desafios foram levantados no que diz
respeito ao campo da educação, dando início a um novo paradigma na educação: o
pensamento pedagógico fenomenológico-existencialista.
ANOTAÇÕES
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
» estabelecer as relações
sujeito, objeto e
conhecimento nas
perspectivas racionalista,
empirista e dialética;
» analisar os contextos
da produção de
conhecimento
científico e do ensino e
aprendizagem.
É bem possível que você já tenha feito esses questionamentos. O fato é que todos
nós nos beneficiamos do progresso da ciência e de seus instrumentos. Pense! Quan-
tos benefícios a ciência nos proporciona todos os dias?
Tenho certeza de que você terá várias respostas. Mas vamos lá! A ciência enquanto
conhecimento é sempre provisória. Ou seja, o conhecimento proporcionado pela
ciência é exato por um determinado tempo, logo surgem questionamentos e aper-
feiçoamentos, e uma nova ciência ou conhecimento surge.
Então, neste estudo, falaremos sobre conhecimento e educação. Platão foi quem ini-
ciou o estudo sobre o conhecimento ao estabelecer as três formas de conhecimento:
doxa, sofia, episteme.
Você conhece o Mito da Caverna? Essa é uma passagem clássica da história da Filo-
sofia. Registrada no livro VI de “A República”, no qual Platão discute sobre teoria do
conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
Isso significa que os prisioneiros julgam as sombras por uma ilusão, ou seja, desco-
nhecem a verdade.
- Conhecimento científico.
- Conhecimento filosófico.
- Conhecimento religioso.
- Conhecimento popular.
Até o final do
Até o século XIX Século XX
século XVII
INTRODUÇÃO: DEDUÇÃO E
DEDUÇÃO:
A ciência é a INDUÇÃO:
Ciência é a verdade
interpretação Ciência é uma
universal
dos fator verdade aproximada
Fonte: a autora.
Com base nas definições do quadro, constatamos que existem epistemologias, que,
por sua vez, produzem interferências na ciência em geral e na educação.
Apesar da existência das diferentes concepções, percebemos que elas acabam mui-
tas vezes por se entrelaçar.
Essas análises foram realizadas, por exemplo, pelo autor Dermeval Saviani em seu
livro “Escola e Democracia”.
Fonte: a autora.
Mais uma vez, vemos o conhecimento sendo proposto como uma forma de libertação.
ANOTAÇÕES
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
» estabelecer as principais
características da
educação dentro da
sociedade capitalista;
» definir as principais
características da
pedagogia liberal
tecnicista.
A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE
CAPITALISTA
Constatamos que a educação objetiva nos emoldura nas expectativas do meio social
em que vivemos.
A desigualdade social obriga os indivíduos a conduzirem suas vidas da forma como está
obrigado a fazer, como está obrigado a trabalhar e viver. A classe dominante é constru-
ída para sobressair-se, através de uma luta que é estabelecida entre as classes sociais.
O capitalismo transformou o modo de viver, pensar e agir das classes sociais, que
desenvolvimento cultural.
Porém, esconde com isso a realidade existente nas diferenças de classes, mesmo
difundindo a ideia de igualdade de oportunidades, não considera a desigualdade de
condições. Nas palavras de Aranha (2006 p. 194) “À medida que o desenvolvimento
do comércio e da indústria exigia maior escolarização, as crianças proletárias fre-
quentavam escolas em que tudo diferiam daquelas reservadas à classe dominante.”
Tecnicismo no Brasil
A tendência tecnicista no Brasil foi introduzida com mais ênfase a partir da década
de 1960, objetivando adequar o tema educacional à orientação político-econômica
do regime militar.
ANOTAÇÕES
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
» estabelecer as principais
características das teorias
crítico-reprodutivistas;
» estabelecer as principais
características da
educação progressista;
» definir os pressupostos
da pedagogia
progressista que
caminham no sentido
de propiciar que o
aluno seja crítico e
ativo na sociedade
contemporânea.
O CONTEXTO DA PEDAGOGIA
CRÍTICO-REPRODUTIVISTA
O conceito de reprodutivismo surgiu no contexto educacional em função da contra-
dição entre a tendência ingênua que afirmava ser a educação um instrumento de
promoção da igualdade entre os membros de uma comunidade e o seu verdadeiro
papel no contexto social. Na primeira situação, a escola seria um mecanismo de
democratização e universalização do saber, contribuindo assim para acabar com as
injustiças sociais e fornecendo as mesmas oportunidades de desenvolvimento aos
indivíduos de classes diferentes.
SAIBA MAIS
Aproveite para elaborar a sua própria crítica. Acesse o link e leia mais sobre o tema:
ACESSAR LINK
Fonte: a autora.
ria Profissionalizante, que acaba no primeiro grau e objetiva levar o aluno imediata-
mente ao trabalho manual. Essa divisão reafirma a divisão estabelecida socialmente
entre trabalho intelectual (Rede SS) e trabalho manual (Rede PP), contribuindo com
a manutenção da estrutura social capitalista. Nesse contexto, a escola assume duas
funções: determinar a orientação dos alunos para uma ou outra rede e inculcar a ide-
ologia burguesa para dominar os anseios de uma nova ideologia dos proletariados.
As críticas à escola são importantes, pois, por meio delas, reconhecemos as falhas en-
quanto profissionais da educação, assim, temos possibilidades de defendê-la, fazer
as mudanças que queremos e precisamos e buscar uma educação com equidade.
Possui pressupostos que considera o indivíduo responsável por sua própria história,
para isso, sua metodologia consiste em desenvolver atividades de ensino que te-
nham como centro do processo não o professor, mas o aluno que, por sua vez, se
torna sujeito de seu aprendizado, levando em consideração os seus interesses, temas
e problemas cotidianos.
Nesse contexto, a tarefa do educador passa a ser explicitar os problemas sociais con-
cretos e contextualizados, para que haja superação de pré-noções e preconceitos
que sempre dificultam a transformação social. O professor atua como sujeito do pro-
cesso educacional, buscando diálogo, sendo atuante na produção do conhecimento,
sendo, portanto, o mediador.
Após o estudo sobre a pedagogia progressista, reflita sobre as propostas dessa con-
cepção antiautoritária para a educação e quais as possibilidades de atuar em um
ensino transformador.
SAIBA MAIS
-PISTRAK
-MAKARENCO
-ANTONIO GRAMSCIC
-CÉLESTIN FREINET
ANOTAÇÕES
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:
» estabelecer as principais
características das teorias
crítico-reprodutivistas;
» estabelecer as principais
características da
educação progressista;
» definir os pressupostos
da pedagogia
progressista que
caminham no sentido
de propiciar que o
aluno seja crítico e
ativo na sociedade
contemporânea.
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
PARA O SÉCULO XXI
Vivemos em uma sociedade que caminha a passos largos no sentido de inúmeras
mudanças, enquanto a educação algumas bases da educação continuam inseridas
em contextos que nos remete ao século passado. Aranha, ( 2006, P. 357) comenta
um grande desafio da educação para o século XXI, “Um dos paradoxos do século XXI
está, de um lado na discussão sobre as tecnologias de ponta que exigem a mudança
de paradigma da escola tradicional e, de outro, na constatação de que muitos nem
sequer tiveram acesso às primeiras letras”.
fruir de seus direitos. Uma sociedade que não sofra privação de liberdade.
A Escola de hoje requer um professor mais crítico, criativo, conforme Ibernón (2010,
p. 37) “Nas próximas décadas, a profissão docente deverá desenvolver-se em uma
sociedade em mudança, com alto nível tecnológico e um vertiginoso avanço do co-
nhecimento”.
Fonte: A autora
- aprender a conhecer;
- aprender a fazer;
- aprender a ser.
Com base nos pressupostos acima citados, enfatizamos que a educação contem-
porânea tem a finalidade de preparar os indivíduos para os diversos contextos da
ANOTAÇÕES
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia. Moderna,
São Paulo, 2006.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. Moderna, São Paulo, 2006.
BOURDIEU, P. Pierre Bourdieu. Coleções Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática,
1983.
CARVALHO, Adalberto Dias de. Epistemologia das ciências da educação. 2. ed. Edi-
ções Afrontamento: 1988.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ºed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
______. Educação e mudança. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo, cortez, 2009.
GADOTTI, Moacir. História das Idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1999.
SEABRA,Carlos. Uma Educação Para Uma Nova Era. In. Tecnologia Sociedade. A re-
volução tecnológica e os novos paradigmas da sociedade. Belo Horizonte: Oficinas
de Livros. 1994.
E A D. M U L T I V I X . E DU. B R
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO 79