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TREINAMENTO E
DESENVOLVIMENTO
MISSÃO
VISÃO
EDITORIAL
Seja bem-vindo!
Apresentação da Disciplina
Caro aluno, seja bem-vindo ao estudo da disciplina Treinamento e Desenvolvimento.
Para nos ajudar nessa caminhada, contaremos com alguns teóricos renomados na
área de Recursos Humanos, entre eles, Idalberto Chiavenato, que será citado muitas
vezes. Primeiro, por ele ser um autor referência na Administração. Segundo, pelo seu
volume de obras, inclusive, na bibliografia de referência dessa disciplina, são três li-
vros dele entre os oito citados. E terceiro, o mais importante, ele é muito didático para
escrever e organizar a sua obra. Vocês poderão conferir isso em Minha Biblioteca.
Como você pode perceber, o nosso assunto é muito atual e importante para qualquer
profissional dentro de uma organização. E, para ajudá-lo a melhor se qualificar, além
da leitura do texto das unidades e da aula interativa, também é fundamental fazer os
exercícios, participar dos fóruns de discussão e realizar as atividades propostas.
Bons estudos!
LISTA DE FIGURAS
>>FIGURA 1 - Subsistema de Desenvolvimento 17
>>FIGURA 3 - Fluxo do processo de treinamento 36
>>FIGURA 4 - Esquema de levantamento de necessidades
de treinamento 37
>>FIGURA 5 - Equipe motivada 55
>>FIGURA 6 - Hierarquia das Necessidades de Maslow 56
>>FIGURA 7 - Ciclo Motivacional 58
>>FIGURA 8 - Pirâmide de Carroll 66
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1
1 INTRODUÇÃO 14
UNIDADE
1.1 AS ORGANIZAÇÕES NA ERA DO CONHECIMENTO 14
1.1.1 A ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 16
1.1.2 O SUBSISTEMA DE DESENVOLVIMENTO 17
1.1.3 TREINAMENTO 18
1.1.4 DESENVOLVIMENTO DE RH 18
1.1.5 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL 19
1.1.6 CONSIDERAÇÕES SOBRE O TREINAMENTO 20
1.1.7 COMPONENTES DO TREINAMENTO 21
1.1.8 O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NO TREINAMENTO 22
CONCLUSÃO 24
2 INTRODUÇÃO 26
UNIDADE 2 2.1 TIPOS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE 27
2.1.1 FORMAÇÃO PROFISSIONAL 27
2.1.2 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL 27
2.1.3 TREINAMENTO 27
2.1.4 TIPOS DE TREINAMENTO 28
2.1.5 TÉCNICAS DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO 29
2.1.6 ASSESSMENT CENTER 32
CONCLUSÃO 33
3 INTRODUÇÃO 35
UNIDADE 3 3.1 ORGANIZAÇÃO DO TREINAMENTO 36
3.1.1 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTO
(DIAGNÓSTICO) 36
3.1.2 PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO 38
3.1.3 EXECUÇÃO 40
3.1.4 AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO 40
3.1.5 NÍVEIS DE AVALIAÇÃO NO TREINAMENTO 41
CONCLUSÃO 43
CONCLUSÃO 52
CONCLUSÃO 62
CONCLUSÃO 71
GLOSSÁRIO 72
REFERÊNCIAS 73
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que você:
> Identifique a
importância dos
Recursos Humanos na
Era do Conhecimento.
> Conceitue
Treinamento,
Desenvolvimento de
RH e Desenvolvimento
Organizacional.
> Reconheça os
componentes do
treinamento.
1 INTRODUÇÃO
A nossa primeira unidade é mais teórica e conceitual, pois tem o objetivo de identi-
ficar os principais conceitos relacionados à disciplina, além de destacar alguns itens
importantes a serem observados antes da etapa de elaboração de um treinamento
ou de um programa de desenvolvimento em uma organização.
Toda organização almeja ser bem-sucedida e atingir seus objetivos. Geralmente, ela
tem, além de objetivos, uma missão definida, sua razão de existir. E, para alcançá-la,
é preciso se consolidar no mercado em que está inserida. Chiavenato (2016b) aborda
que os resultados globais que toda empresa deseja alcançar são: valor econômico
agregado, crescimento, maior participação no mercado e lucratividade. Mas, como
conseguir isso?
A 25, 30 anos atrás, para fazer uma pesquisa, tínhamos que recorrer às enciclopédias,
que eram coleções de livros com os assuntos separados em ordem alfabética. Ima-
ginem o tempo gasto até termos acesso a essas informações: os livros eram escritos
ou atualizados, depois impressos e, em seguida, vendidos nas livrarias ou mesmo de
porta em porta.
Diferente da Era Industrial, quando o sucesso estava atrelado aos recursos físicos e
financeiros, as pessoas hoje são a principal riqueza das organizações. Sendo assim, o
capital humano precisa ser, e tem sido, cada vez mais valorizado.
• Pesquisa de mercado de RH
• Seleção de pessoas
• Integração de pessoas
• Desenho de cargos
O que as pessoas farão na
2) Aplicação
organização
• Descrição e análise de cargos
• Avaliação de desempenho
• Remuneração e compensação
• Relações sindicais
• Treinamento
Como preparar e desenvolver
4) Desenvolvimento
pessoas
• Desenvolvimento organizacional
• Banco de dados
• Balanço social
Subsistema de
Desenvolvimento
Desenvolvimento Desenvolvimento
Treinamento de RH Organizacional
Conceitos de competência:
1.1.3 TREINAMENTO
O Treinamento tem o intuito de desenvolver competências necessárias para o cargo que
o funcionário ocupa no momento, complementando o exercício atual de suas tarefas.
E França (2013, p. 87) define que “treinamento é um processo sistemático para pro-
mover a aquisição de habilidades, regras, conceitos e atitudes que busquem a me-
lhoria da adequação entre as características dos empregados e as exigências dos
papéis funcionais”.
1.1.4 DESENVOLVIMENTO DE RH
França (2013, p. 88) define: “Desenvolvimento é o processo de longo prazo para aper-
feiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros
membros valiosos da organização.”.
O Treinamento faz parte do Desenvolvimento de Pessoas, que, por sua vez, está
dentro do Desenvolvimento Organizacional, o processo mais amplo dos três.
A figura 2 ajuda a compreender a interligação dos termos.
Treinamento
Desenvolvimento de Pessoas
Desenvolvimento Organizacional
Ulrich, Allen e Brockbank (2011) aconselham que, para que o investimento em trei-
namento seja proveitoso para a organização, é preciso observar alguns pontos:
Para reter o conhecimento aprendido, é necessário que haja repetição, treino, prá-
tica. Grande parte do que estudamos é esquecido pela falta de aplicação. A nossa
capacidade de memorização está ligada a importância do conteúdo.
Palestras 5%
Leitura 10%
Audiovisual 20%
Demonstrações 30%
CONCLUSÃO
Nessa unidade, a Era do Conhecimento nos mostrou que o principal ativo das orga-
nizações são as pessoas. E que, para reter as pessoas, as organizações devem investir
nelas e valorizá-las. Só assim terão profissionais preparados para agregar valor e satis-
feitos com o seu ambiente de trabalho.
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que você:
2 INTRODUÇÃO
Começaremos esta unidade relembrando o conceito de treinamento.
Tenha em mente esse conceito, pois ele é fundamental para a nossa disciplina
e para a compreensão desta unidade.
Chiavenato (2016b) define três tipos de educação profissionalizante e que nos aju-
dam a compreender também os tipos de treinamento e desenvolvimento. São eles:
“Educação que visa a ampliar, desenvolver e aperfeiçoar a pessoa para seu crescimen-
to profissional em determinada carreira na organização ou para que se torne mais
eficiente e produtiva em seu cargo” (CHIAVENATO, 2016b, p. 39).
2.1.3 TREINAMENTO
Também existem outros tipos de treinamento que podemos considerar neste estu-
do, como o treinamento formal, programado, planejado pela organização, e o treina-
mento informal, não programado, que acontece no dia a dia da organização quando
um funcionário de chefia ou mais experiente orienta outro. Podemos destacar ainda
o treinamento externo, realizado fora do ambiente da organização ou on-the-job, fei-
to no próprio ambiente de trabalho.
g. painel: Marras define painel como o tipo de treinamento que “utiliza a apresen-
tação e discussão conjunta de especialistas em determinado assunto para uma
plateia de ouvintes (treinandos). É uma reunião de trabalho que se caracteriza
pela informalidade e descontração, sob a coordenação de um mediador.“ (MAR-
RAS, 2016, p. 147);
n. ensino a distância (EAD): tem sido muito difundido atualmente, seja no ensino
superior, seja nos treinamentos organizacionais. A possibilidade do aluno es-
tudar em qualquer lugar (casa, empresa etc.) e a qualquer hora é o seu maior
ponto forte. Outro ponto positivo é o baixo custo, pois não é necessário um local
físico, nem um professor disponível o tempo todo;
O Assessment pode, portanto, ser considerado uma técnica que auxilia no treina-
mento e desenvolvimento de pessoas. São feitos exercícios, práticas e simulações,
chamados Testes Situacionais. Posteriormente, “assessores treinados na metodologia
do Assessment observam os comportamentos dos avaliados e fazem avaliações indi-
vidualizadas e independentes sobre as situações que presenciaram, durante os Testes
Situacionais.” (BARBIERI, 2014, p. 30).
Após essa avaliação, os treinandos recebem uma resposta escrita sobre seu desem-
penho nos testes. E o resultado dessa “avaliação permite a formatação de ações de
T&D voltadas para o desenvolvimento das competências que precisam ser maximiza-
das ou aprimoradas.” (BARBIERI, 2014, p. 31).
CONCLUSÃO
Identificar os tipos de educação profissionalizante, os tipos e as técnicas de treina-
mento é de fundamental importância para a compreensão do processo de desenvol-
vimento de pessoal e de como colocá-lo em prática.
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que você:
> Identifique as
necessidades de
treinamento.
3 INTRODUÇÃO
É importante sempre considerarmos que, antes de treinar, é preciso definir os moti-
vos que levaram à organização do treinamento, pois:
Treinar por treinar não leva a nada. Quase sempre significa gastar tempo e di-
nheiro apenas para dizer que se está fazendo treinamento. Todo treinamento
deve ter um objetivo a cumprir, e seus resultados devem se relacionar com
esse objetivo. É o que muitas empresas denominam de treinamento por re-
sultados: sempre comparar os custos do treinamento com os resultados al-
cançados por meio dele. É a velha relação entre custos e benefícios. (CHIAVE-
NATO, 2016, p. 45).
O importante é que os objetivos sejam escolhidos e bem delimitados para que o trei-
namento tenha eficácia.
Diagnóstico
Programação
Execução
Avaliação
Podemos destacar como quarto meio as entrevistas de saída, ou seja, quando o fun-
cionário deixa a empresa, ele expõe sua opinião sincera e também as razões por estar
deixando a organização. Já os relatórios periódicos representam o quinto meio des-
tacado, uma vez que, pelos resultados da empresa, pode-se identificar suas possíveis
ineficiências.
Como sexto meio, destacamos a análise e a descrição de cargos, pois concedem infor-
mações importantes sobre cada função ou atividade. Esse meio explicita, para cada
cargo da organização, o que é feito, quando é feito, como é feito e por que é feito.
O cuidado com o diagnóstico é imprescindível, pois, se ele não for correto, a necessi-
dade de treinamento não será atendida e também não se alcançarão os resultados
esperados.
Para Chiavenato (2016, p. 79), por sua vez, “o planejamento do treinamento – ou de-
senho do programa de treinamento – requer a colaboração estreita entre o gerente
ou unidade organizacional – e o consultor interno de treinamento – analista de treina-
mento”. Ambos vão definir e trabalhar a melhor forma de realizar o treinamento com
os recursos materiais e financeiros possíveis.
O site Portal RH, com base no texto de Chiavenato (2016), enumera as etapas do pla-
nejamento com muita clareza:
10. Cálculo da relação custo benefício do programa: quanto o programa vai gas-
tar e o que proporcionará a seguir em termos de benefícios;
11. Avaliação dos resultados: considerando a verificação de pontos críticos que de-
mandam ajustamentos ou modificações no programa para melhorar a eficácia.
Disponível em: <http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/treinamento-e-desenvolvimento-5/>.
Partindo para a organização, Marras (2016, p. 145) considera que “consiste em anali-
sar e coordenar as ações consideradas prioritárias e necessárias para ser implementa-
das em módulos de aprendizagem, conforme previamente planejado”.
Com essa lista respondida, você pode considerar que sua programação para elaborar
o treinamento está pronta. E, então, já é o momento de sua execução.
3.1.3 EXECUÇÃO
O papel do treinador é muito importante, pois ele deve ser didático e passar con-
fiança para o treinandos. Para isso, é importante que ele domine o tema. O material
utilizado no treinamento também deve ser claro e de qualidade. Esses cuidados vão
garantir a qualidade do treinamento. A motivação dos treinandos também influencia
diretamente no aproveitamento do treinamento.
A seguir, Hamblin (apud MARRAS, 2016, p. 151) define cinco níveis de avaliação no
treinamento:
1. De reação: “é a mais fácil de obter: busca-se aqui a reação dos treinandos com
relação ao módulo aplicado e seu conteúdo, ao instrutor e as condições em que
o módulo foi apresentado (local, ambiente, suporte logístico etc.).”
<https://www.gestaoporcompetencias.com.br/avaliacao-de-eficacia-de-
treinamento/>.
CONCLUSÃO
Marras (2016, p. 143) cita um provérbio chinês que nos faz refletir sobre a importância
do treinamento e desenvolvimento de pessoas nas organizações. Apesar de ser um
processo que exige um trabalho cuidadoso, tem custos muitas vezes elevados, traz
benefícios permanentes: “Se queres colher em três anos, planta trigo; se queres co-
lher em dez anos, planta uma árvore; mas, se queres colher para sempre, desenvolve
o homem.”.
Essa unidade teve o intuito de mostrar como deve ser levado a sério e seguido nos
mínimos detalhes o processo de organização de um treinamento, para que o inves-
timento da organização não seja desperdiçado e para que os funcionários cresçam e
se desenvolvam profissionalmente, objetivo maior do treinamento.
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que você:
• Explique o
desenvolvimento
de competências e
sua importância nas
organizações atuais.
• Aplique a gestão
por competências
no treinamento e
no desenvolvimento
e treinamento de
competências gerenciais.
4 DESENVOLVIMENTO
DE COMPETÊNCIAS E
TREINAMENTO VOLTADO
PARA GESTÃO DE
COMPETÊNCIAS
4.1 INTRODUÇÃO
Há muito tempo usamos a palavra competente para designar a pessoa que é boa na-
quilo que faz profissionalmente. Porém, no mundo organizacional, o desenvolvimen-
to de pessoas por competências é atual, principalmente no Brasil. A discussão desse
tema veio para suprir uma carência no mercado de gestão de pessoas que precisava
se atualizar para acompanhar as mudanças trazidas pela Era do Conhecimento.
“Na propalada ‘Era do Conhecimento’, a base geradora da riqueza das nações será
constituída por sua organização social e pelo seu conhecimento criador, recolocando
as dimensões formadoras do ‘ser humano’ no eixo central desse processo” (EBOLI,
2012, p.173).
4.2 COMPETÊNCIAS
• Delegação
• Formação de equipes
• Criatividade
• Ética
Competências intelectuais
• Visão estratégica
• Planejamento e organização
Competências interpessoais
• Coordenação de equipes
• Persuasão
• Espírito de decisão
• Comunicação oral
Acho que agora já pudemos compreender o que são competências. Então, vamos
aprofundar no nosso tema?
4. Competências individuais: são as competências que cada profissional deve ter para
realizar o seu trabalho com eficiência. Estão relacionadas com aprendizagem, so-
lução de problemas, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, etc.
O modelo centralizador de gestão de pessoas está com os dias contados, pois para
acompanhar a era do conhecimento é preciso inovar. E já estudamos também que
as organizações têm inovado investindo nas pessoas. A gestão por competências tem
possibilitado novos caminhos para as organizações.
MUDANÇA DE PARADIGMA
Eboli (2012, p.184) afirma que, para que haja sucesso na educação coorporativa, as
organizações precisam observar quatro fatores: “obter o comprometimento e envol-
vimento da alta cúpula, alinhar o modelo de gestão de pessoas às estratégias do
negócio, implantar um modelo de gestão de pessoas por competência e conceber
programas educacionais alinhados às estratégias do negócio”.
CONCLUSÃO
Esta unidade mostra uma forte tendência atual, que é o desenvolvimento por com-
petências muito utilizado na ARH. Essa tendência influencia diretamente a área de
Treinamento e Desenvolvimento, pois exige dela uma nova forma de treinar e desen-
volver as pessoas dentro das organizações.
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que você:
5 MOTIVAÇÃO HUMANA E
CRIATIVIDADE
A motivação das pessoas dentro das organizações é fundamental para o cumprimen-
to de seus objetivos. Uma equipe desmotivada não trabalha direito, pois não tem
vontade de estar ali. Todos nós já fomos atendidos por alguém com má vontade de
vender alguma coisa, dar uma informação ou prestar um serviço, não é verdade? E a
sensação é bem ruim.
Nenhuma empresa consegue prosperar sem uma boa equipe de trabalho. Lembre-
-se que o principal ativo de uma organização é o capital humano, ou seja, as pessoas.
Por isso, a motivação para o trabalho é fundamental para um bom profissional.
Apesar da motivação de cada pessoa ser um fator intrínseco, isto é, interno, que vem
de dentro, as empresas também contribuem para a motivação da sua equipe. De
que forma? Pagando salários justos, benefícios, sendo éticos, valorizando o funcioná-
rio através de prêmios como viagens de incentivos, cursos de línguas, treinamentos,
etc.
5.1 MOTIVAÇÃO
Motivação, de acordo com o dicionário “Dicio” significa “reunião das razões pelas quais
alguém age de certa forma; processo que dá origem a uma ação consciente”. Para
entender porque as pessoas agem de determinada forma, é preciso conhecer a moti-
vação delas. As pessoas motivadas despendem esforços na direção de seus objetivos
até que eles sejam atingidos.
Cada ser humano é único e as motivações que movem as pessoas são diferentes tam-
bém. Variam de acordo com os anseios, necessidades e desejos de cada um.
Abrahan Maslow (1908-1970) foi um psicólogo americano que criou a teoria das ne-
cessidades humanas, representada por uma pirâmide, na qual enumera as necessi-
dades que o homem precisa satisfazer ao longo da vida.
O ser humano está constantemente buscando saciar suas necessidades, que podem
ser classificadas na seguinte ordem, das mais básicas para as mais altas.
• As necessidades mais básicas devem estar satisfeitas para que as de nível su-
perior apareçam.
Marras (2016) explica que os gestores devem ter em mente que os interesses dos
funcionários são diferentes dos interesses das organizações, às vezes até antagônicos.
Os funcionários estão preocupados em receberem a contrapartida da empresa pelo
seu trabalho. Essa contrapartida pode ser financeira (salário, benefícios), como tam-
bém estabilidade, expectativas de crescimento, liderança acessível, reconhecimento,
clima organizacional agradável, metas desafiadoras e alcançáveis, etc.
As organizações por sua vez estão focadas em atingir seus objetivos, qualidade e lu-
cro, primordialmente.
O papel do gestor então é o de conciliar os objetivos de ambos para obter retorno dos
dois lados. Marras (2016, p.31) complementa: “é preciso determinar claramente as
regras e os parâmetros de como circular, estabelecendo limites claros entre o dar e o
receber, não criando expectativas desnecessárias e extremamente perigosas durante
a relação entre as partes.”
Motivação ≠ Necessidade
Na concepção de Marras,
Agora que você viu que a motivação no trabalho é um dos elementos essenciais para
conquistar bons resultados organizacionais, vamos abordar, a seguir, a motivação
pelo ponto de vista do Treinamento.
Gomes (2017, p.39) aborda que um dos componentes que interferem nos objetivos
e resultados do treinamento é o motivacional e que “as variáveis motivacionais en-
volvem a motivação para aprender e transferir valor, além do valor instrumental do
treinamento. Com isto, observa-se que o treinamento e a motivação no contexto de
organização estão interligados.”
Os autores Lacerda e Abbad (2003) citados por Gomes (2017, p. 39) definem “motiva-
ção para treinamento como sendo o desempenho e as atitudes apresentadas pelos
treinandos, ou seja, o quanto eles estão dispostos a aprender e transferir o aprendiza-
do para os seus trabalhos cotidianos.”
Lacerda e Abbad (2003) citados por Gomes (2017, p.40) também afirmam que exis-
tem três categorias de motivação no treinamento:
5.3 CRIATIVIDADE
Rocha (2009, p.61) vai além e afirma que “as empresas que não tiverem competên-
cias para criar uma estrutura que estimule a criatividade dos seus empregados para
implementar inovações terão dificuldades de se manter em funcionamento. ”
O que acontece comumente na nossa sociedade é que, tanto em casa quanto na es-
cola, a nossa criatividade é tolhida, através das regras e padrões estabelecidos para a
socialização. Isso inibe o potencial criativo, pois favorece a conformidade com intuito
de não haver questionamento das normas e tradições.
A criatividade não é um dom que você nasce com ele. Ela pode ser desenvolvida em
qualquer fase da vida. As crianças geralmente são muito criativas, pois não tem vergo-
nha e nem limites para imaginação e nem para expor seus pensamentos e fantasias.
Criatividade é uma qualidade que pode ser obtida ao longo da vida. Para isso, é preci-
so “adquirir hábitos como dormir no mínimo oito horas, anotar ideias que surgem no
decorrer do dia para executá-las, caminhar ao ar livre, evitar locais que enfraquecem
o cérebro com barulhos e excessos, traçar objetivos, utilizar o tempo ocioso a favor da
criatividade, ser curioso em todos os aspectos” (CABRAL, 2018).
Rocha (2009, p. 63) explica “as pessoas criativas são extremamente curiosas, não re-
sistem às novidades, são entusiasmadas, ousadas, e ficam mais motivadas a cada
desafio que as obrigue a fugir do pensamento usual e a criar uma solução fora do co-
mum para um problema.” Para as pessoas criativas os desafios são como uma mola
propulsora que as impele a agir.
E complementa que “elas buscam informações das áreas mais diversas, da mais com-
plexa às mais simples, para agregar aos seus conhecimentos, de modo que possam
inter-relacionar os dados e criar novas ideias e respostas bem diferentes e originais
para os desafios que se apresentarem” (ROCHA, 2009, 63).
CONCLUSÃO
A motivação e a criatividade são primordiais para as pessoas e para as organizações
nessa era do conhecimento de instabilidade e mudanças contínuas.
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que você:
> Conceituar
responsabilidade social,
cidadania coorporativa
e desenvolvimento
sustentável;
6 PRÁTICAS DE CIDADANIA
NAS ORGANIZAÇÕES
CONTEMPORÂNEAS
O tema desta unidade está no foco das atenções nos últimos anos. Acontece que
o consumidor hoje é muito mais consciente do que há vinte anos atrás e ele quer,
além de um produto/serviço de qualidade, uma empresa ética. Facilmente esse con-
sumidor deixa de comprar produtos de empresas envolvidas em escândalos como
os de trabalho escravo, que não valorizam seus funcionários, que degradam o meio
ambiente, por exemplo.
Outro ponto que vamos discutir aqui é sobre a diferença e semelhança da termino-
logia cidadania coorporativa e responsabilidade social. Segundo Dias (2012, p.55),
muitos autores usam ambas como sinônimo, como na Europa, por exemplo. E afirma
que, “embora reconhecendo essa semelhança, há algumas diferenças que indicam
que são conceitos complementares, na realidade interdependentes, com a cidada-
nia corporativa se constituindo num elemento fundamental do conceito de respon-
sabilidade social (RS).”
Hoje, devido a pressão da sociedade civil e das ONGs, as empresas são responsáveis
por todas as suas ações e os impactos sociais e ambientais gerados por elas. Dias
(2012, p.11) afirma que “as empresas não podem permanecer à margem dos pro-
blemas sociais, ambientais ou éticos enfrentados pela sociedade, pois dela faz parte
como agente social ativo, que assim como as pessoas possuem direitos e deveres.”
Pode-se compreender até aqui que a responsabilidade social é uma tendência vo-
luntária de agir das organizações, que veio para ficar e que é positiva tanto para so-
ciedade quanto para empresa.
Dona Wood, em 1991, define três níveis em que acontecem as relações sociais de
uma organização. Esses níveis e a função de cada um estão descritas no quadro a
seguir.
Nos próximos tópicos, veremos alguns temas que fazem parte da responsabilidade
social, a saber: cidadania corporativa e desenvolvimento sustentável.
As empresas hoje são consideradas agentes sociais e não só agentes financeiros, in-
tegram a sociedade assim como as pessoas e, como tal, possuem responsabilidade e
tem status de cidadania, ou seja, são empresas cidadãs.
b. assegurar o futuro;
“a contribuição que faz uma companhia à sociedade através de suas atividades es-
senciais como empresa, seu investimento social e programas filantrópicos, bem como
seu trabalho com políticas públicas”.
Essa é a definição mais utilizada e foi definida pelo relatório Nosso Futuro Comum
em 1987, resultado de uma conferência mundial ambiental da ONU.
a. retomar o crescimento;
O desenvolvimento sustentável é uma esperança para a raça humana. E ele tem sido
implementado cada vez mais pelas organizações, pois traz benefícios diretos para
empresa, para sociedade e para o planeta. Além da questão do marketing verde que
atrai consumidores conscientes e que procuram empresas que agem desse modo.
CONCLUSÃO
Nesta unidade discutimos a prática da cidadania pelas organizações e sua importân-
cia no contexto atual. As empresas que atuam sem responsabilidade perante a so-
ciedade a qual está inserida e perante ao meio ambiente, estão fadadas ao fracasso.
Primeiro porque a legislação é cada vez mais rigorosa nesse sentido. Segundo porque
se sabe que o governo sozinho não consegue resolver todas as mazelas da socieda-
de. Terceiro porque o cliente de hoje é muito consciente e quer produtos/serviços de
empresas que pratiquem a cidadania e sejam éticas.
GLOSSÁRIO
Habilidade indica a qualidade de uma pessoa hábil, que revela capacidade
para fazer alguma coisa. O conceito de habilidade está intimamente relacio-
nado com a aptidão para cumprir uma tarefa específica com um determina-
do nível de destreza. Alguns sinônimos de habilidade podem ser: capacida-
de, talento, inteligência, engenho, destreza, agilidade. Por vezes, esta palavra
é usada no plural, ou seja, habilidades, servindo para descrever um conjunto
de características que ajudam o indivíduo a alcançar algum objetivo. Ex: O po-
licial usou todas as suas habilidades para destruir a rede de crime organizado.
Fonte: https://www.significados.com.br/habilidade/
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos.
Barueri, SP: Ed. Manole, 2016a.
XAVIER, Carlos. Curso gestão de recursos humanos. Aula 4 pdf. Brasília, D.F.: Estraté-
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MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Ed. Saraiva,
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RIBAS, Andréia L.; SALIM, Cassiano R. Gestão de pessoas para concursos. Brasília: Ed.
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MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Saraiva, 2016.
GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de competências e gestão dos talentos. 2. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Saraiva, 2016.
CARROLL, Archie B. The Pyramid of Corporate Social Responsibility: Toward the Moral
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