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ECONOMIA
SUMÁRIO 1
ECONOMIA
MULTIVIX
do Estado do Espírito Santo, com unidades em
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória.
Desde 1999 atua no mercado capixaba,
destacando-se pela oferta de cursos de
graduação, técnico, pós-graduação e
extensão, com qualidade nas quatro áreas
do conhecimento: Agrárias, Exatas,
Humanas e Saúde, sempre primando pela
qualidade de seu ensino e pela formação
de profissionais com consciência cidadã
para o mercado de trabalho.
R EE II T O R
R
Estes resultados acadêmicos colocam
todas as unidades da Multivix entre as
melhores do Estado do Espírito Santo e
entre as 50 melhores do país.
MISSÃO
VISÃO
02 SUMÁRIO
ECONOMIA
EXECUTIVA
maior grupo educacional de Ensino Superior do
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
Seja bem-vindo!
SUMÁRIO 03
ECONOMIA
GERAL DA
Economia. Economia é uma matéria fascinante e o
estudo dessa disciplina certamente mudará a sua
04 SUMÁRIO
ECONOMIA
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO 05
ECONOMIA
SUMÁRIO
06 SUMÁRIO
ECONOMIA
SUMÁRIO
SUMÁRIO 07
ECONOMIA
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 121
REFERÊNCIAS 122
08 SUMÁRIO
ECONOMIA
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
SUMÁRIO 09
ECONOMIA
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos:
• Diferenciar os vários
entendimentos possíveis da
palavra economia.
• Diferenciar aspectos
de microeconomia de
macroeconomia;
• Entender os conceitos
de tradoff e custo de
oportunidade e aplicar em
seu dia a dia;
• Compreender os modelos
econômicos de Fluxo Circular
de Renda e Fronteira de
Possibilidade de Produção;
10 SUMÁRIO
ECONOMIA
1 EVOLUÇÃO DO
PENSAMENTO ECONÔMICO
A palavra economia vem do termo grego oikonomía, onde oikos significa lar e nomos
significa lei, de tal modo a palavra economia pode ser compreendida como admi-
nistração do lar.
No contexto de uma casa (um lar) a família precisa tomar diversas decisões em seu
dia a dia, como por exemplo:
SUMÁRIO 11
ECONOMIA
Assim como uma família sempre tem diversas decisões a tomar sobre como admi-
nistrar seus recursos e quem vai realizar as várias tarefas, a sociedade, como um todo,
também se depara com inúmeras decisões:
O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? São os problemas
econômicos fundamentais que a sociedade precisa resolver, tendo em vista que
os recursos são limitados e as necessidades humanas ilimitadas, ou seja, há escas-
sez de recursos.
Escassez significa que a sociedade tem menos a oferecer do que aquilo que as pes-
soas desejam ter. E Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade administra
seus recursos escassos. De tal modo a economia só existe, pois há escassez de recursos.
No fundo isto tem a ver com as expressões "nada é de graça", ou "there is no free lun-
ch". Para se obter algo que desejamos, em geral temos de abrir mão de algo de que
gostamos => Deve-se comparar objetivos.
12 SUMÁRIO
ECONOMIA
No momento em que eles resolvem gastar um real num item, é menos um real dis-
ponível para as outras despesas. Isto é, existe um tradeoff entre as diversas possibili-
dades de alocação da renda familiar.
Assim como uma família, uma sociedade também se depara com tradeoffs. Um
tradeoff clássico seria "armas e manteiga". Quanto mais é gasto na defesa nacional
(armas), menos se pode gastar com bens para aumentar o padrão de vida desta so-
ciedade (manteiga).
Uma empresa de capital aberto pode enfrentar um tradeoff entre uma distribuição
de lucros através de dividendos para seus acionistas ou reter parte dos lucros para
financiar uma expansão de atividades.
SUMÁRIO 13
ECONOMIA
EXEMPLO
Imagine que um jogador de futebol muito bem pago, (um jogador de seleção) es-
tivesse pensando abandonar sua carreira para estudar medicina. Certamente o seu
custo oportunidade é muito alto. Pois o salário que ele deixaria de ganhar como
jogador é muito alto. Se um outro jogador da terceira divisão resolvesse a mesma
coisa, certamente não estaria abrindo mão de um salário tão alto, logo seu custo
oportunidade é menor.
14 SUMÁRIO
ECONOMIA
MICROECONOMIA:
os microeconomistas são economis- MACROECONOMIA:
tas que buscam estudar as unidades os macroeconomistas são economistas
econômicas individuais como por ex- que estudam o comportamento dos
emplo consumidores, empresas, tra- agregados econômicos tais como: renda,
balhadores, buscando estudar o funcio- produto nacional, nível de emprego, taxa
namento do mercado (oferta e demanda) de juros, taxa de câmbio, entre outros;
para a determinação de preço;
Contudo, os economistas enfrentam um empecilho que torna sua tarefa mais desa-
fiadora: com frequência os experimentos no campo da economia são difíceis. Um fí-
sico que estudasse a lei da gravidade poderia deixar cair uma bolinha quantas vezes
achasse necessário para gerar os dados para sua pesquisa. Já um economista que
estudasse a correlação da política monetária de países com a inflação, não poderia
simplesmente controlar a expansão monetária para obter dados.
Assim como os astrônomos, o economista tem que se contentar com os dados que
o mundo lhe fornece e prestam bastante atenção aos experimentos naturais que a
história lhe oferece: a guerra no oriente médio e a interrupção do fluxo de petróleo
para a economia mundial, a grande depressão, a revolução industrial inglesa, a hiper
inflação alemã, a recente crise na Ásia etc. Esses episódios são valiosos, pois nos per-
mitem ver como a economia funcionou no passado e principalmente avaliar teorias
no presente.
O papel das hipóteses: A razão pela qual os economistas elaboram hipóteses é basi-
camente a mesma que surge em outra ciência. As hipóteses facilitam a compreen-
são do mundo.
Um físico, ao estudar a queda de uma bolinha de três metros de altura formula a hi-
pótese que ela estaria caindo no vácuo (para não levar em consideração o atrito com
SUMÁRIO 15
ECONOMIA
16 SUMÁRIO
ECONOMIA
SUMÁRIO 17
ECONOMIA
• Xenofonte: Com sua obra “Os Econômicos” fala sobre a utilidade e as riquezas
econômicas, a agricultura e sua importância. A riqueza estava intimamente li-
gada às necessidades humanas. É o primeiro a utilizar as expressões economia
e econômico.
• Platão: Com sua obra “A República” e seus escritos sobre produção e riqueza e
seus limites.
18 SUMÁRIO
ECONOMIA
Tem início em 476, com a queda do Império Romano do Ocidente (também conhe-
cida como era Medieval ou Feudalismo).
Fatos Marcantes:
• Grande ebulição, do ano 500 ao ano 1000 (migrações, guerras, fusões de povos
e culturas).
SUMÁRIO 19
ECONOMIA
Consequências importantes:
Surgimento
Aumento do da figura do Comércio passa
capital comercial empresário, ou do a ser o centro da
Modernização
pelo incremen- grande mercador, vida econômica e
da agricultura;
to do comércio para determinar a riqueza da vida
internacional; os processos social.
produtivos;
20 SUMÁRIO
ECONOMIA
- Crescimento interno pela não exportação do ouro e prata, com uma preocupa-
ção em acumular esses metais em ligotes (Bulionismo);
SUMÁRIO 21
ECONOMIA
• Capitalismo industrial;
• Liberdade econômica;
22 SUMÁRIO
ECONOMIA
SUMÁRIO 23
ECONOMIA
A Teoria Neoclássica teve início por volta de 1870 e se desenvolve até as primeiras
décadas do século XX. Essa teoria compreende a maioria dos paradigmas clássicos e
aprimora outros. Em relação a papel do Estado na regulação dos mercados as duas
teorias afirmam que é importante a não intervenção do Estado na economia (exceto
em casos especiais), a fim de se alcançar eficiência econômica.
No entanto a Teoria Neoclássica nega a Teria do valor de David Ricardo, que afirma
que o valor de troca das mercadorias é determinado pela quantidade de trabalho ne-
cessário à sua produção. Para a Teoria Neoclássica o valor do produto é algo totalmen-
te subjetivo e relaciona-se com a utilidade que o produto tem para casa indivíduo.
John Maynard Keynes, defensor da economia neoclássica até a década de 1930, ana-
lisou a Grande Depressão em sua obra The General Theory of Employment, Interest
and Money (1936; Teoria geral do emprego, do juro e da moeda), em que formulou
as bases da teoria que, mais tarde, seria chamada de keynesiana ou keynesianismo.)
Keynes defendeu o papel regulatório do Estado na economia, através de medidas
de política monetária e fiscal, para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos
- recessão, depressão e booms econômicos. Keynes é considerado um dos pais da
moderna teoria macroeconômica.
24 SUMÁRIO
ECONOMIA
Discordou da lei de Say (que Keynes resumiu como: "a oferta cria sua própria demanda".
A economia deveria partir da análise das necessidades humanas e das leis que deter-
minam a utilização dos recursos disponíveis, para satisfazê-las. Se, para os Clássicos, o
valor era expressão do trabalho, para os marginalistas, o valor das coisas era atribuído
de acordo com a sua utilidade, subjetivamente.
- Novas concepções sobre a produção, escassez, formação dos custos e dos preços;
SUMÁRIO 25
ECONOMIA
Hipóteses do modelo:
- As empresas produzem bens e serviços usando vários insumos, tais como tra-
balho, terra e capital (prédios e máquinas), esses insumos são chamados de
fatores de produção;
26 SUMÁRIO
ECONOMIA
O diagrama de fluxo circular da renda oferece uma forma simples de organizar todas
as transações econômicas que ocorrem entorno das famílias e empresas.
Receita
MERCADO DE Despesa
BENS E SERVIÇOS
Bens e Bens e
Serviços Serviços
Terra,
Trabalho
Capital
Insumos
MERCADO DE
FATORES DE
Salários, Renda
aluguéis, juros e PRODUÇÃO
dividendos
O circuito externo mostra o círculo de reais. As famílias gastam reais para comprar
bens e serviços oferecidos pelas empresas. As empresas usam parte da receita de suas
vendas para pagar os fatores de produção, como por exemplo, os salários dos funcio-
nários. O que sobra é lucro dos donos das empresas, que por sua vez são membros das
famílias. Portanto, a despesa com bens e serviços flui das famílias para as empresas e
a renda, em forma de salários, aluguel e de lucros flui das empresas para as famílias.
SUMÁRIO 27
ECONOMIA
Hipóteses do modelo:
- Existe uma tecnologia dada (uma para cada produto) que transforma esses in-
sumos nesses bens.
Quantidade produzida
de computadores
3.000 D
C
2.200
A Fronteira de
2.000
possibilidades
1.000 B de produção
Quantidade produzida
0 300 600 700 1000 de automóveis
28 SUMÁRIO
ECONOMIA
Podemos observar que nesta economia, se todos os recursos forem utilizados pela
indústria automobilística são fabricados 1000 carros e nenhum computador. Isto sig-
nifica que o custo oportunidade de você fabricar 1000 carros são 3000 computado-
res. A Fronteira de Possibilidade de Produção possui o formato côncavo, e qualquer
ponto em cima da linha apresenta uma situação de pleno emprego. Na figura acima
podemos concluir que o ponto A e o ponto C encontram-se em uma situação de
pleno emprego, utilizando ao máximo todos os recursos disponíveis.
No ponto B está economia não está utilizando todos os seus recursos. Isso indica
uma situação de capacidade de produção ociosa, ou seja, os fatores produtivos não
estão sendo utilizados ao máximo. De tal modo, não está sendo produzido o má-
ximo de bens possíveis nessa sociedade, ou seja, há uma situação de desemprego.
Quanto mais próximo o ponto está da curva de possibilidade de produção, mais pró-
ximo de uma situação de pleno emprego a economia se encontra. Qualquer outro
ponto acima da Fronteira de Possibilidade de Produção é conhecido como ponto
intangível ou ponto de ineficiência. A FPP apresenta o máximo de produção possível,
não havendo possibilidade com os recursos disponíveis de produzir além. Ou seja, o
ponto D ultrapassa a situação de pleno emprego, sendo impossível de ser alcançado.
SUMÁRIO 29
ECONOMIA
30 SUMÁRIO
ECONOMIA
SUMÁRIO 31
ECONOMIA
Características fundamentais:
32 SUMÁRIO
ECONOMIA
ANOTAÇÕES
SUMÁRIO 33
ECONOMIA
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos:
34 SUMÁRIO
ECONOMIA
2 OFERTA, DEMANDA E
EQUILÍBRIO DE MERCADO
2.1 MICROECONOMIA
2.1.1.1.1 CONCEITO
SUMÁRIO 35
ECONOMIA
1) Escala de demanda
10,00 200
20,00 100
30,00 50
2) Curva de Demanda
Curva de Demanda
35
30
25
Preço
20
15
10
5
0
0 50 100 150 200 250
Quantidade Demandada
36 SUMÁRIO
ECONOMIA
QD = F (P)
• Renda do consumidor;
SUMÁRIO 37
ECONOMIA
Preço do Bem: quando o preço do bem “x” aumenta, a quantidade demandada des-
te mesmo bem diminui (Lei Geral da Demanda).
d) Bem inferior: são aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda
aumenta. Geralmente são bens para os quais há alternativas de melhor qualidade.
Exemplo: carne de segunda.
f) Bens Complementares: São aqueles bens que dependem um do outro para satis-
fazer a necessidade do consumidor, são demandados em conjunto, necessariamen-
te. Ex.: bem “x” e bem “y”; arroz e feijão; jeans e camiseta; tênis e meia; entre outros.
Assim, aumenta o preço do bem “y” e a quantidade procurada do bem “x” diminui
e vice-versa. Lembre-se que aumenta o preço de um dos bens e o preço do outro
permanece constante.
38 SUMÁRIO
ECONOMIA
Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não, a de-
manda com a qual ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço,
obterá mais receita. Por outro lado, se a demanda for inelástica e ele reduzir o preço,
obterá menos receita.
SUMÁRIO 39
ECONOMIA
QUANTIDADE DEMANDADA
CONSUMIDOR PREÇO (R$ POR UNIDADE)
(MILHÕES/SEMANA)
A 10,00 50
B 8,00 100
C 6,00 200
D 4,00 400
Curva de Demanda
12
10
8
Preço
6
4
2
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Quantidade Demandada
40 SUMÁRIO
ECONOMIA
QUANTIDADE DEMANDADA
FORNECEDOR PREÇO (R$ POR UNIDADE)
(MILHÕES/SEMANA)
A 10,00 260
B 8,00 240
C 6,00 200
D 4,00 150
SUMÁRIO 41
ECONOMIA
Curva de Oferta
12
10
8
Preço
6
4
2
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Quantidade Ofertada
Uma retração da curva de oferta faz com que ela se desloque para esquerda. Um
exemplo de retração da curva de oferta é a instabilidade climática provocando muita
chuva e destruindo parte da produção. O equilíbrio da oferta e da procura (deman-
da) num mercado concorrencial é atingido com um preço que faz igualar as forças
da oferta e procura (demanda). O preço de equilíbrio é aquele com o qual a quanti-
dade procurada é precisamente igual à quantidade oferecida. Observando o gráfico
abaixo podemos concluir que o preço de equilíbrio é R$6, e, portanto, quantidade
de equilíbrio é de 200 milhões por semana.
42 SUMÁRIO
ECONOMIA
Equilíbrio de Mercado
12
10
8
Preço
6
4
2
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Quantidade Ofertada e Quantidade Demandada
SUMÁRIO 43
ECONOMIA
A Teoria da Firma (TF) procura explicar o comportamento da firma quando esta de-
senvolve atividade produtiva.
• Serve de base para a análise das relações existentes entre produção e custos de
produção;
Conceitos básicos:
44 SUMÁRIO
ECONOMIA
Análises:
a) Curto Prazo: é o período de tempo na qual existe pelo menos um fator de pro-
dução fixo (ex.: edifício industrial e maquinaria) e um fator variável (ex.: trabalho e
matéria-prima).
Conceitos:
Fatores fixos: são aqueles cuja quantidade utilizada não varia com a realização do
processo produtivo.
Fatores variáveis: são aqueles cuja quantidade utilizada varia, de acordo com a rea-
lização do processo produtivo.
q = f (x1, x2)
x1 = fator variável
x2 = fator fixo
SUMÁRIO 45
ECONOMIA
O formato das curvas de PMg e PMe é devido a Lei dos Rendimentos Decrescentes.
10 1 6 6,0 6
10 2 14 7,0 8
10 3 24 8,0 10
10 4 32 8,0 8
10 5 38 7,6 6
10 6 42 7,0 4
10 7 44 6,2 2
10 8 44 5,4 0
10 9 42 4,6 -2
46 SUMÁRIO
ECONOMIA
10 10 100
10 8 100
10 6 100
10 4 100
10 2 100
b) Longo Prazo: Todos os fatores de produção variam. A longo prazo, interessa anali-
sar as vantagens e desvantagens de a empresa aumentar sua dimensão (tamanho),
o que implica demandar mais fatores de produção. Isto introduz os seguintes con-
ceitos:
SUMÁRIO 47
ECONOMIA
Conceitos:
Custos Privados: são todos os custos necessários para se produzir uma mercadoria,
ou seja, são os fatores internos que alteram os custos das empresas.
Matéria-prima e trabalho.
Custos Externos: são os custos que surgem por necessidade externa à produção, pe-
las interferências exógenas e que devem ser pagas devido ao processo social.
48 SUMÁRIO
ECONOMIA
SUMÁRIO 49
ECONOMIA
a) Curto Prazo: é período de tempo em que existem custos fixos e custos variáveis.
Conceitos:
Custo Médio (CMe): é o quociente entre o custo total e a quantidade produzida, ou seja:
CMe = CT / Q.
50 SUMÁRIO
ECONOMIA
Custo Marginal (CMg): é a relação existente entre a variação absoluta do custo total
decorrente da variação absoluta da quantidade produzida, ou seja:
A longo prazo, não existem fatores fixos e a forma da curva de custo médio de lon-
go prazo é determinada pelas economias ou deseconomias de escala. No início, à
medida que a produção se expande, a partir de níveis muito baixos, os rendimentos
crescentes de escala causam o declínio da curva de custo médio de longo prazo.
Mas, à medida que a produção se torna maior, as deseconomias de escala passam a
prevalecer, provocando o crescimento da curva.
A produção do Tamanho ótimo não é apenas uma produção ótima para uma dada
dimensão de planta escolhida, mas revela também a melhor dimensão de planta es-
colhida, isto é, aquela que iguala nos respectivos pontos de mínimos o custo médio
de curto e longo prazo. As empresas vão tentar manter rendimentos constantes de
escala no Tamanho ótimo de Firma.
SUMÁRIO 51
ECONOMIA
RT = P x Q.
Receita Média (RMe): é o quociente entre a receita total e a quantidade vendida, ou seja:
Lucro Total (LT): é a diferença entre a receita total e o custo total, ou seja:
LT = RT – CT.
ANOTAÇÕES
52 SUMÁRIO
ECONOMIA
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos:
SUMÁRIO 53
ECONOMIA
3 ESTRUTURAS DE MERCADO
Nas aulas anteriores vimos, quais variáveis afetam a demanda e a oferta de bens e
serviços, e como são determinados os preços, supondo sem interferências, o merca-
do automaticamente encontra seu equilíbrio. Implicitamente, estava sendo suposta
uma estrutura específica de mercado, qual seja, a de concorrência perfeita.
54 SUMÁRIO
ECONOMIA
3.1.1.2 MONOPÓLIO
3.1.1.3 OLIGOPÓLIO
Nos oligopólios, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre
as empresas por meio de cartéis. O cartel é uma organização formal ou informal de
SUMÁRIO 55
ECONOMIA
produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as em-
presas que a ele pertencem. Podemos caracterizar também tanto oligopólios com
produtos diferenciados (como a indústria automobilística) como oligopólios com
produtos homogêneos (alumínio).
- Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que
existem produtos substitutos no mercado.
CONDIÇÕES CONTROLE
NÚMERO DE DIFERENCIAÇÃO
ESTRUTURA DE ENTRADA SOBRE EXEMPLO
EMPRESAS DO PRODUTO
E SAÍDA O PREÇO
Concorrência Produtos
Muitos Fácil Nenhum Feira livre
Perfeita Padronizados
Diferenciado
Oligopólio Poucas Difícil Considerável Automóveis
Padronizado
56 SUMÁRIO
ECONOMIA
(Mão de obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Os ofer-
tantes ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter
preços mais elevados por seus serviços.
3.1.2.2 MONOPSÔNIO
3.1.2.3 OLIGOPSÔNIO
SUMÁRIO 57
ECONOMIA
Muitas vezes as empresas buscam uma postura agressiva no mercado a fim de elimi-
nar a concorrência e obter maiores lucros. No entanto, sabemos da importância da
concorrência para melhorar a qualidade dos produtos bem como para causar uma
diminuição do preço.
58 SUMÁRIO
ECONOMIA
Surgiu então a primeira empresa holding do Ocidente, a “East India Trade Company”,
em 1604, que operou até o começo do século XIX, dominando o comércio entre as
ilhas britânicas e parte do continente asiático.
A holding pode ser definida como uma empresa que opera em vários setores da
economia. Um exemplo de holding são os zaibatsus japoneses. O zaibatsu do conde
Mitsui Bussam Kaisha, por exemplo, controlava um império econômico: finanças, se-
guros, atacado e varejo, construção civil, indústrias de mineração, alimentícia, têxtil,
química, de papel, de vidro, automobilística ótica e negócios imobiliários.
Desde o fim do século XIX, a disputa entre as empresas tomou a forma de guerra
entre Estados. Cada governo passou a aplicar barreiras tarifárias para proteger “suas
empresas” contra as estrangeiras. Dentro de cada país eram promovidos acordos de
cartéis, pelos quais várias empresas fixavam preços e dividiam mercados, com a cum-
plicidade do próprio governo. Cada país passou a cobiçar colônias, para dar às “suas
empresas” acesso privilegiado a matérias-primas e a um mercado consumidor maior.
SUMÁRIO 59
ECONOMIA
A joint venture pode ser definida como uma fusão de interesses entre uma empresa
com um grupo econômico, pessoas jurídicas ou pessoas físicas que desejam expan-
dir sua base econômica com estratégias de expansão e diversificação, com propósito
explícito de lucros ou benefícios, com duração permanente ou a prazos determina-
dos. Um modelo típico de joint venture seria a transação entre o proprietário de um
terreno de excelente localização e uma empresa de construção civil, interessada em
levantar um prédio sobre o local. Ou ainda, um inventor de um novo processo, pro-
duto ou tecnologia associado a um capitalista para formar infraestrutura adequada
para a fabricação ou realização da tecnologia por meio de joint venture. Outro exem-
plo de joint venture seria um fabricante de conservas de alimentos que oferecesse
uma fusão de interesses para um fazendeiro, que controlasse a matéria-prima em
quantidade e qualidade adequadas para transformação em alimentos conservados.
Existe ainda uma certa inibição entre executivos perante a fusão empresarial por
joint venture, em caso de transferência de tecnologia ou qualquer outro ativo intan-
gível que não possui proteção legal, patentes e marcas registradas, que poderiam
ficar no domínio público, uma vez utilizado como aporte de capital para uma tran-
sação de joint venture.
Uma das atividades do Cade envolve exames de atos de concentração econômica tais
como fusões, aquisições, joint ventures ou incorporações. Este controle no Brasil foi insti-
tuído pela Lei Federal 8.884 de junho de 1994, a lei de Defesa da Concorrência. De acor-
do com essa Lei Federal as operações como fusões, aquisições, joint ventures ou incorpo-
rações podiam ser comunicadas ao Cade depois de serem consumadas, o que fazia do
Brasil um dos únicos países do mundo a adotar um controle de estruturas a posteriori.
60 SUMÁRIO
ECONOMIA
O caso GERDAU
Há um ano o Cade vetou a compra da Siderúrgica Pain pelo grupo Gerdau, realizada
em fevereiro de 1994, mas ainda não encontrou um caminho para executar esta deci-
são que mandou desfazer uma compra avaliada em R$ 50 milhões.
O Cade já proibiu a operação por duas vezes, em março e outubro do ano passado,
quando apreciou um pedido de reconsideração da decisão formulado pelo grupo Ger-
dau. Os conselheiros concluíram que a incorporação da Pains pelo grupo Gerdau cons-
tituiria uma nova barreira à livre concorrência no mercado de aços longos comuns (bar-
ras, fios de máquinas...). A compra da Pains aumentou a participação nesse mercado de
39,6% para 46,2%.
SUMÁRIO 61
ECONOMIA
O caso KOLYNOS
O Cade deu ainda outras duas alternativas para a Colgate. Em vez de suspender o uso
da marca Kolynos nos cremes dentais, a companhia poderá licenciar exclusivamente
a marca para outro fabricante, pelo prazo de 20 anos (neste caso, a Colgate deve fazer
uma oferta pública, seja por meio de leilão ou publicação em jornal), ou simplesmente
vendê-la para um concorrente que não detenha mais de 1% do mercado.
Caso a Colgate aceite suspender a marca pelo prazo de 4 anos, ela está autorizada a
licenciar a marca durante este período na forma de licença para a formação de marca
dupla, com cláusula de desaparecimento gradual. Neste caso, um potencial concorren-
62 SUMÁRIO
ECONOMIA
te pode associar uma marca desconhecida à marca Kolynos, durante o prazo de quatro
anos. Neste período, de forma gradual, a marca Kolynos iria desaparecendo da emba-
lagem, até ser restituída à Colgate. Esta saída permitiria à Colgate utilizar economica-
mente a marca durante o prazo de suspensão, e também ao licenciado introduzir uma
nova marca no mercado, reduzindo os efeitos que o Cade entendeu como maléficos da
posição dominante que a Colgate obteve com a compra da Kolynos.
O Cade proibiu ainda a Colgate de vender no Brasil cremes dentais Kolynos fabrica-
dos em outros países da América Latina (a companhia poderia driblar a suspensão
de comercialização importando os próprios produtos fabricados fora do país). O Cade
não impôs restrições à utilização da marca Kolynos nos mercados de escova dental,
fio dental e enxaguante bucal. Também não fez restrição à aquisição das instalações
industriais da Kolynos em São Bernardo do Campo.
ANOTAÇÕES
SUMÁRIO 63
ECONOMIA
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos:
64 SUMÁRIO
ECONOMIA
4 O PRODUTO INTERNO
BRUTO (PIB)
4.1 MACROECONOMIA
Um dos termos mais conhecidos em economia é o PIB (Produto Interno Bruto) que
é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país em determinado pe-
ríodo. Ele é utilizado para medir o desempenho econômico de um país, ou seja, o
nível de atividade econômica (produção ou consumo). Para entender a metodologia
do PIB e sua importância faz-se necessário o entendimento de alguns mecanismos
da ciência econômica. No Brasil, o PIB é calculado através da Contabilidade Social ou
Contabilidade Nacional sendo que o órgão oficial responsável pelo cálculo é o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
SUMÁRIO 65
ECONOMIA
O Fluxo Monetário e o Fluxo Real formam juntos o Fluxo Circular de Renda. As Em-
presas remuneram as Famílias com salários, aluguéis, juros e lucros pelo fornecimen-
to dos fatores de produção. Esta remuneração torna-se a Renda das Famílias. De
posse da Renda as Famílias gastam (pagam) pelos bens e serviços fornecidos pelas
empresas que geram as receitas das empresas.
Para mensurar o PIB são considerados apenas os bens e serviços finais produzidos
em um país.
n
PN = ∑ qi * pi
i =1
66 SUMÁRIO
ECONOMIA
Sendo:
PN = Produto Nacional.
PRODUTO TOTAL
BENS/SERVIÇOS QUANTIDADE PREÇO UNITÁRIO
(q*p)
Automóveis
8100 R$ 30.000,00 R$ 3.000.000,00
(unidades)
Tarifa de ônibus
20.000,0 R$ 2,50 R$ 50.000,00
(unidades)
TOTAL R$ 3.350.000,00
SUMÁRIO 67
ECONOMIA
VENDAS EM
200 500 900
MILHÕES (R$)
COMPRAS
INTERMEDIÁRIAS
0 200 500
(MATÉRIA-PRIMA)
EM MILHÕES (R$)
VALOR
ADICIONADO EM 200 300 400 =900,0
MILHÕES (R$)
Na segunda etapa, o setor siderúrgico compra o minério de ferro por R$ 200,0 mi-
lhões para produção de aço. Sua produção é vendida por R$ 500,0 milhões, sendo
que nesta etapa o valor adicionado foi de R$ 300,0 milhões. Finalizando na terceira
etapa, a montadora de veículos compra o aço por R$ 500,0 milhões para produzir os
veículos. Os veículos são vendidos ao consumidor final por R$ 900,0 milhões, sendo
que nesta etapa o valor adicionado foi de R$ 400,0 milhões.
68 SUMÁRIO
ECONOMIA
Assim, o PIB pela ótica do valor adicionado foi de 900,0. Pode-se notar que é o mes-
mo valor das vendas finais dos veículos pelas montadoras.
DN = C + I + G + (X – M)
Sendo:
C = Consumo das Famílias (Despesas das Famílias com bens e serviços finais). Ex.:
Consumo das famílias com automóveis, geladeira, TV, Educação, Transporte público
e alimentos.
SUMÁRIO 69
ECONOMIA
M= Importação. Representa os bens e serviços consumidos no País mas que são im-
portados (comprados) em outros países. Ex.: Um consumidor no Brasil adquiriu um
computador comprado (importado) da China.
Investimentos 55
Gastos do Governo 50
Exportações 80
Importações 60
Calcule:
PIB = 375
70 SUMÁRIO
ECONOMIA
(X – M) = 80 – 60 = 20
Superávit de 20.
Poupança do
Poupança Privada Poupança Externa
Governo ou Setor
(Sp); (Se).
Público (Sg);
SUMÁRIO 71
ECONOMIA
B) Retração da atividade econômica (ou queda do PIB). Este cenário já não é tão
atrativo para novos investimentos, pois sinaliza uma retração (queda) do consumo
em geral, gerando problemas como dificuldade na obtenção de crédito, aumento
de desemprego e outros fatores. Um novo investimento por parte da empresa neste
cenário pode não corresponder às expectativas de aumento de seu faturamento.
Outra forma utilizada pelo IBGE para identificar o PIB é através da Renda Nacional.
Por esta forma são contabilizados os rendimentos (Salários, Juros, Aluguéis e Lucros)
pagos aos fatores de produção: Recursos Naturais, Trabalho e Capital.
Salários
Recursos Naturais
Juros FATORES DE
Trabalho
Aluguéis PRODUÇÃO
Capital
Lucros REMUNERAÇÃO (pagamento)
Salários 413,0
Juros 180,0
Aluguéis 244,0
Lucros 158,0
72 SUMÁRIO
ECONOMIA
R$ 16.414,00
Isto quer dizer que a renda média do PIB Brasileiro no ano 2009 foi de R$ 16.414,00.
Quanto mais desenvolvido é o País, maior é a renda per capita.
SUMÁRIO 73
ECONOMIA
Da mesma forma o Brasil pode manter uma filial de uma construtora em um País
Africano e o lucro da construtora ser enviado para o Brasil. Desta forma o Brasil está
recebendo renda do exterior. Somando ao PIB a renda recebida do exterior e sub-
traindo a renda enviada ao exterior, tem-se o Produto Nacional Bruto (PNB), que é a
renda efetivamente pertencente aos residentes do país.
Logo, PNB < PIB no caso do Brasil, em países mais avançados o PNB é maior que
o PIB, pois estes países possuem muitas empresas multinacionais produzindo em
vários países.
74 SUMÁRIO
ECONOMIA
O indicador mais importante de mensuração do PIB é o PIB REAL, pois este apresen-
ta essencialmente o crescimento físico da produção desconsiderando os aumentos
de preços, ou seja, desconta a inflação no período.
Vamos supor uma economia simplificada que existem apenas dois bens, laranjas e
maçãs. Observe o cálculo do PIB nominal do ano de 2015.
QUANTIDADE
PREÇO R$ PRODUTO
(UNIDADE)
PIB 1800
QUANTIDADE
PREÇO R$ PRODUTO
(UNIDADE)
PIB 2300
SUMÁRIO 75
ECONOMIA
Dizemos que o PIB é nominal, porque ele foi medido a preços do ano corrente. Uma
grande parte da elevação do PIB de 2015 para 2016 da economia acima é devido ao
aumento de preços, ou seja, a inflação, e não devido ao crescimento da produção.
Para contornar esse problema, os economistas elegem um ano como ano base, e uti-
lizam os preços desse ano para medir o PIB. Assim, é possível medir o aumento real
da produção. A tabela abaixo mostra o PIB de 2016 medido a preços de 2015. De tal
modo, é possível saber a real situação do PIB, por esse motivo chamamos de PIB Real.
QUANTIDADE
PREÇO R$ PRODUTO
(UNIDADE)
PIB 2020
ANOTAÇÕES
76 SUMÁRIO
ECONOMIA
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos:
> Compreender o
funcionamento do
Sistema Monetário
brasileiro, especificando
as funções da moeda e o
papel do Banco Central;
SUMÁRIO 77
ECONOMIA
5 SISTEMA MONETÁRIO
E POLÍTICAS
MACROECONÔMICAS
Quando você vai ao barbeiro ou cabeleireiro a fim de cortar o cabelo, você pode efe-
tuar o pagamento por meio de um papel que nós conhecemos como dinheiro, ou
um papel com o nome do banco e sua assinatura na qual conhecemos como cheque.
O cabeleireiro fica feliz por receber esses papéis em troca de seu trabalho. A acei-
tação da parte dele provém da confiança de que, futuramente uma terceira pessoa
aceite os papéis em troca de algo que tem valor para ele. Para as pessoas em nossa
sociedade, o seu dinheiro ou cheque representa um direito futuro a bens e serviços.
78 SUMÁRIO
ECONOMIA
Meio de troca => é aquilo que os compradores dão aos vendedores em troca de bens
e serviço.
Unidade de conta => instrumentos que as pessoas usam para anunciar preços e
registrar débito. Quando você vai às compras, você pode observar que uma camisa
custa R$20 e um hambúrguer custa R$ 2. Mesmo se é exato dizer que uma camisa
custa 10 hambúrgueres e um hambúrguer custa 1/10 camisas, os preços nunca são
cotados desta forma. Da mesma forma, quando você toma um empréstimo no ban-
co, o montante de suas prestações futuras será medido em reais, e não em quanti-
dade de bens e serviços.
Reserva de valor => é aquilo que as pessoas podem usar para transferir poder aquisi-
tivo do presente para o futuro. Quando um vendedor aceita moeda hoje em troca de
um bem ou serviço, este vendedor pode guardar o dinheiro e tornar-se comprador
de um bem ou serviço mais adiante. Obviamente, a moeda não é a única reserva
de valor da economia. Uma pessoa pose transferir poder aquisitivo do presente para
o futuro guardando títulos, ações, objetos de arte ou até selos de correio. O termo
riqueza se refere ao total de todas as reservas de valor, incluindo tanta moeda como
ativos não monetários.
Os economistas usam o termo liquidez para descrever a facilidade com que um ati-
vo pode ser convertido no meio de troca da economia. Como a moeda é o meio de
troca da economia, ela é o mais líquido dos ativos disponíveis. Outros ativos variam
amplamente quanto à liquidez. Muitos títulos e ações podem ser vendidos rapida-
mente, com pequeno custo, de modo que são ativos relativamente líquidos. Já a
venda de uma casa, um quadro ou um selo antigo exige mais tempo e esforço.
A moeda é o ativo mais líquido, mas é uma reserva de valor imperfeita. Quando os
preços sobem, o valor da moeda cai. Esta relação entre o nível de preços e o valor da
moeda é importante para entender como a moeda afeta a economia.
SUMÁRIO 79
ECONOMIA
Quando a moeda toma forma de um bem com valor intrínseco, ela é chamada de
moeda-mercadoria. A expressão valor intrínseco quer dizer que o item teria valor
mesmo se não fosse utilizado como moeda. Um exemplo de moeda mercadoria é
o ouro. O ouro tem valor intrínseco porque é utilizado na indústria e em joalheria.
Embora atualmente o ouro não seja mais usado como moeda, historicamente ele
foi, pois é relativamente fácil de transportar, de medir e de ser avaliado quanto a im-
purezas. Quando uma economia usa o ouro como moeda (ou usa papel moeda que
pode ser convertido em ouro), diz-se que opera no padrão-ouro.
Outro exemplo de moeda – mercadoria do passado era o sal. Antes de existirem ge-
ladeiras, o sal era uma mercadoria de alto valor devido sua capacidade de conservar
alimentos. O seu fácil transporte contribui para que fosse adotado como meio de
troca. A palavra salário vem de sal. Um terceiro exemplo de moeda – mercadoria são
os cigarros. Nos campos de prisioneiros durante a segunda guerra mundial, os prisio-
neiros negociavam bens e serviços usando o cigarro como reserva de valor, unidade
de conta e meio de troca.
80 SUMÁRIO
ECONOMIA
corrente não é o único ativo que pode ser utilizado para comprar bens e serviços.
Muitas lojas aceitam cheques e cartões. A riqueza que você mantém na sua conta
corrente é quase tão prática como aquela que está na sua carteira. Podemos consi-
derar também a grande variedade de outros tipos de contas que as pessoas mantêm
nas instituições financeiras, como por exemplo, as poupanças e fundos de aplicação.
Em uma economia complexa é difícil traçar uma linha divisória entre os ativos que
podem ser chamados de “moeda” e os que não podem.
Obs.: Poderia parecer natural incluir os cartões de crédito como parte do estoque de
moeda da economia. Afinal, as pessoas usam o cartão de crédito em muitas das suas
compras. Portanto, os cartões de crédito não seriam um meio de troca?
Mesmo que os cartões de crédito não sejam uma forma de moeda, eles são impor-
tantes na análise do sistema monetário. Pessoas que possuem cartão de crédito
podem pagar muitas de suas contas de uma vez na data de vencimento do cartão.
Em consequências, as pessoas que têm cartão mantêm em média menos dinheiro
em mãos do que aquelas que não possuem cartão de crédito.
SUMÁRIO 81
ECONOMIA
Duas das principais funções do Banco Central são supervisionar o sistema bancário e
regular a quantidade de moeda na economia.
82 SUMÁRIO
ECONOMIA
Esses instrumentos são a forma que o governo utiliza para atuar sobre a capacidade
produtiva do país, a fim de alcançar os objetivos almejados. O Banco Central é res-
ponsável por executar a política monetária brasileira. Política monetária é controle
do governo, referente a quantidade de moedas e títulos públicos disponíveis na eco-
nomia.
Política
Política Política de
Política fiscal; cambial e
monetária; rendas.
comercial;
SUMÁRIO 83
ECONOMIA
Reservas
Emissões; Open Market;
compulsórias;
Regulamentação Regulamentação
Redescontos;
sobre crédito; sobre taxa de juro.
Open Market refere-se a compra e vendas de títulos públicos. Títulos públicos são do-
cumentos (títulos da dívida púbica) emitidos pelo governo federal e comercializados
no mercado financeiro. De acordo com Tesouro Direto 2015 “os títulos públicos são
ativos de renda fixa, ou seja, seu rendimento pode ser dimensionado no momento
do investimento, ao contrário dos ativos de renda variável (como ações), cujo retorno
não pode ser estimado no instante da aplicação”.
Quando o governo vende títulos públicos ele retira dinheiro da economia, (os agen-
tes econômicos ficam com os títulos e o governo com o dinheiro), o que contribui
para combater a inflação. Quando o governo compra títulos públicos, ele coloca
dinheiro na economia (governo fica com os títulos e agentes econômicos com o
dinheiro), aumentando assim o estoque de moedas em circulação, e contribuindo
para o crescimento econômico. Redescontos são os empréstimos do Banco Central
concedidos aos bancos comerciais. Caso o governo necessite retirar dinheiro de cir-
culação na economia, ele pode aumentar as taxas de juro desses empréstimos. Caso
haja de necessidade injetar dinheiro no mercado, o governo pode diminuir a taxa de
juro do redesconto.
84 SUMÁRIO
ECONOMIA
O governo também pode criar linhas de crédito especiais com o objetivo de esti-
mular o crescimento econômico. Um exemplo prático foi a criação do programa do
governo federal “Minha Casa, Minha Vida”, na qual foi criada uma linha de crédito
especial para compra de imóveis de pessoas que enquadram no perfil socioeconô-
mico estipulado.
A taxa de juros básica da economia e que baliza as demais taxas de juros é conhe-
cida como taxa Selic, ou seja, taxa do sistema especial de liquidação e custódia. O
Conselho de Política Monetária (Copom) é responsável por diminuir, manter, e/ou
aumentar o valor da taxa Selic. Se o governo possuir o objetivo de promover cres-
cimento econômico, é necessário diminuir a taxa de juros para aumentar a quan-
tidade de moeda em circulação na economia. No entanto, se o governo possuir o
objetivo de combater a inflação, é necessário aumentar a taxa de juros como forma
de inibir o consumo.
SUMÁRIO 85
ECONOMIA
Tributos
Gastos públicos;
(taxas, contribuições e impostos).
Para melhor compreensão do assunto, vamos supor que o objetivo de política eco-
nômica seja reduzir a taxa de inflação (estabilidade de preços), via política fiscal.
Quais medidas o governo deve adotar?
Sabemos que política fiscal utiliza os instrumentos gastos públicos e tributos. Caso
o governo precise combater a inflação será necessário aumentar os tributos, (pois
forçará as pessoas a gastarem menos fazendo com que os preços diminuam), e/ou
diminuir os gastos públicos (pois diminuirá a quantidade de dinheiro em circulação,
diminuindo assim a inflação). Em uma situação que o objetivo do governo seja pro-
mover crescimento econômico via política fiscal, quais medidas o governo precisa
adotar para alcançar esse objetivo?
Se o objetivo do governo for promover crescimento econômico via política fiscal, será
necessário aumentar os gastos públicos (maior quantidade de dinheiro em circula-
ção), e/ou diminuir tributos (incentivo ao consumo, gerando crescimento econômico).
As medidas adotadas pela política fiscal são importantes para alcançar objetivos de
86 SUMÁRIO
ECONOMIA
O Conselho Monetário Nacional define a política cambial a ser executada pelo Banco
Central. As autoridades monetárias podem fixar a taxa de câmbio ou permitir que a
taxa de câmbio flutue livremente no mercado ou ainda utilizar combinações de taxa
SUMÁRIO 87
ECONOMIA
Além disso, como os preços estão caindo de forma contínua, os agentes econô-
micos costumam adiar as compras, acreditando que os preços diminuirão ainda
mais. O adiamento do consumo causa queda nas vendas a curto prazo podendo
gerar consequências danosas para a economia. Além dos objetivos de alto nível
de emprego e estabilidade de preços, a política macroeconomia também possui
os objetivos de crescimento econômico e distribuição de renda socialmente justa.
Apesar de vários instrumentos de política macroeconômica poderem ser utilizados
para o combate inflacionário, no Brasil, o principal instrumento utilizado para essa
finalidade é a política monetária por meio da taxa de juros.
88 SUMÁRIO
ECONOMIA
De acordo com o Banco Central do Brasil, a meta de inflação do país para o ano de
2017 é de 4,5%, podendo variar 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Espera-se que a inflação brasileira no ano de 2017 fique entre 3,0% e 6,0%. Caso a
inflação em 2017 esteja perto do teto da meta que é 6,0%, o principal instrumento
utilizado para o controle inflacionário será o aumento na taxa de juros. O inverso
também é verdadeiro, ou seja, caso a inflação em 2017 fique perto de 1,5% e com
tendências a diminuir ainda mais, será necessário diminuir a taxa de juros para au-
mentar a circulação de moeda e consequentemente a inflação.
Sabemos que a inflação provoca a diminuição do poder de compra, mas o que de-
termina o valor da moeda?
A resposta desta questão como muitas outras na economia está na oferta e deman-
da por moeda.
Vimos anteriormente que o Banco Central, junto com o sistema bancário determina
a oferta de moeda. Para o objetivo deste capítulo podemos ignorar as complicações
introduzidas pelo sistema bancário e consideraremos a oferta de moeda uma variá-
vel controlada diretamente pelo Bacen.
SUMÁRIO 89
ECONOMIA
Assim, quanto mais altos os preços dos outros bens da economia, maior a demanda
de moeda. Pense bem, você sai pela manhã para o trabalho e faz uma rápida conta
do que você vai precisar pagar naquele dia (estacionamento, almoço etc.). Depen-
dendo dos preços destes itens, você calcula o que precisa ter na carteira. Quanto
mais altos os preços, maior a demanda por moeda. O que garante que a demanda
de moeda seja igual à oferta de moeda do Banco Central? Mais adiante veremos que
no curto prazo, a taxa de juros desempenha um papel importante para garantir o
equilíbrio entre a oferta e demanda (a taxa de juros é o preço do dinheiro!).
O que aconteceria?
O consumo em geral cresceria, fazendo com que houvesse uma pressão nos preços
=> com o tempo os preços se ajustariam e a moeda perderia valor (como qualquer
produto que inunda o seu mercado!)
90 SUMÁRIO
ECONOMIA
Na Alemanha, em janeiro de 1921, um jornal custava 0,30 marcos. Menos de dois anos
depois, em novembro de 1922, o mesmo jornal custava 70 milhões de marcos. Todos
os preços da economia tinham aumentado da mesma forma. Este episódio retrata
um dos exemplos históricos mais espetaculares de hiperinflação. A origem da hiperin-
flação alemã está na sua derrota na primeira guerra e na obrigação de pagar pesadas
reparações aos vencedores, impostas pelo tratado de Versalhes. Ao invés de promover
um ajuste em sua economia, com austeridade, a elite alemã optou por emitir moedas
(as reparações nunca chegaram a ser totalmente quitadas). Não é uma coincidência
que o Banco Central Alemão (incorporado ao Banco Central Europeu) atualmente é
considerado o Banco Central mais conservador em matéria de política monetária.
A resposta é que os governos destes países usam a criação de moeda para pagar suas
despesas. Quando o governo deseja construir estradas, pagar salários aos policiais ou fa-
zer transferências aos pobres ou idosos, precisa levantar os recursos. Em geral, o governo
o faz por meio de impostos, como os de renda ou ainda tomando emprestado do pú-
blico mediante venda de títulos. Mas, o governo pode simplesmente emitir moeda para
financiar seus gastos. Quando o governo aumenta sua receita emitindo moeda, diz-se
que está arrecadando um imposto inflacionário. Este não é um imposto como os outros,
porque não é cobrado diretamente do contribuinte. O imposto inflacionário é mais sutil.
Quando o governo emite moeda, o nível de preços da economia sobe e os reais que
estão na sua carteira ou numa conta corrente que não renda juros perdem valor.
SUMÁRIO 91
ECONOMIA
Raciocinando sobre este imposto, percebemos que ele é bastante perverso, justa-
mente as faixas mais pobres da população é que têm mais dificuldade para comba-
tê-lo, pois não têm acesso tão fácil a depósitos remunerados ou a cartões de crédito.
A defesa mais fácil para estas classes é imediatamente consumir, como o faziam os
operários alemães depois da primeira guerra, cujas esposas esperavam na porta das
fábricas para receber o salário e correr para os mercados para transformá-los em
comida. Pergunta: Se o governo emitir mais, ele vai progressivamente arrecadando
mais imposto inflacionário, na medida que uma inflação maior significa uma maior
perda de valor da moeda?
A explicação que os economistas dão é que este tradeoff surge porque alguns preços
demoram a se ajustar. Caso o governo diminua a quantidade de moeda na econo-
mia, sabemos que a longo prazo o resultado será uma queda no nível de preços.
Pode demorar algum tempo para que os comerciantes ajustem seus preços ou que
os sindicatos renegociem salários. Enquanto isto, a diminuição de dinheiro em circu-
lação, causará uma retração nas vendas que implicará em demissões no curto prazo.
Então, no curto prazo temos um desemprego temporário, até que os preços se ajus-
tem totalmente às mudanças.
Você pode imaginar como é bastante atraente para um governo, que esteja tentando
se reeleger, promover um aumento da quantidade de moeda que causará um au-
mento de bem-estar temporário da população. Quando a inflação chegar, ele já estará
reeleito. A partir desta teoria, pode-se avaliar a importância de um Banco Central inde-
pendente. O Bacen é responsável pela moeda e é ele que decide a política monetária
do país. O governo pode resolver aumentar a quantidade de moeda, mas cabe ao
presidente do Bacen negar se não achar conveniente para a economia do país.
92 SUMÁRIO
ECONOMIA
Suponha-se que a cada mês o nível de preços aumente em 2%. Qual seria o custo de
uma tal inflação constante e previsível?
- O Custo de Menu
Refere-se ao custo das empresas terem que alterar suas listas de preços com mais
frequência. As empresas que tiverem menus de alto custo, tendem a modificar os
preços com menos frequência, resultando numa defasagem.
- O Custo Tributário
Muitas vezes, as leis tributárias são redigidas sem se levar em conta o efeito da infla-
ção. Suponha que você compre ações hoje e vendas daqui a um ano pelo mesmo
preço real (isto é, se descontar a inflação você está vendendo pelo mesmo preço que
comprou). A questão é que o governo avalia o ganho nominal e taxa a diferença,
mesmo se não há ganho real.
Uma decisão importante, por exemplo, é a parcela da renda familiar que será des-
tinada para poupança, isso é, o que deixaremos de consumir hoje para consumir
na aposentadoria. A inflação distorce este valor no futuro, dificultando a decisão de
SUMÁRIO 93
ECONOMIA
poupança no presente. Seria muito mais simples decidir quanto poupa, se os preços
daqui a 30 anos fossem os mesmos de hoje.
A inflação não esperada tem um efeito talvez ainda mais maléfico que a inflação
esperada: ela redistribui aleatoriamente a renda das pessoas. Os contratos de em-
préstimos especificam uma taxa de juros nominal, com base na inflação esperada.
Se a inflação registrada for diferente da esperada, o retorno real ex-post (significa
depois do tempo corrido) que o devedor paga ao credor, difere daquilo que ambas
as partes anteciparam. Se a inflação ficar acima da esperada, o devedor sai lucrando,
caso contrário o credor sai lucrando. A proteção para estes casos é firmar contratos
pós fixados, que estipulam um juro real mais a inflação que tiver ocorrido, ou que
incluam alguma forma de indexação.
- Os Custos da Hiperinflação
94 SUMÁRIO
ECONOMIA
econômico de estabilização conhecido como Plano Real, apoiado por uma equipe
de economistas, em sua maioria oriundos da PUC – RJ.
c) Emissão de uma nova moeda nacional com poder aquisitivo estável, o Real.
SUMÁRIO 95
ECONOMIA
Com essas medidas, o governo pretendia efetuar um ajuste fiscal nas contas públi-
cas. O aprofundamento do ajuste foi viabilizado a partir da criação do Fundo Social
de Emergência, cujo objetivo era equilibrar o orçamento e atenuar a excessiva rigidez
dos gastos da União, determinada pela constituição de 1988. Para auxiliar o governo
federal a equilibrar suas contas no biênio 1993/94, foi aprovado o Imposto Provisório
sobre Movimentação Financeira (IPMF). Este imposto seria precursor da CPMF, contri-
buição provisória sobre movimentação financeira, implantada posteriormente.
- Combate à sonegação
A evasão fiscal inviabilizava o ajuste das contas públicas. Dados da secretaria da receita
federal indicavam que, para cada cruzeiro arrecadado, outro era sonegado. Como par-
te do PAI, o governo federal iniciou uma campanha massiva de conscientização contra
sonegação, aumentou a fiscalização sobre as maiores empresas do país e passou a
atuar de um modo mais contundente na cobrança de impostos das pessoas físicas.
O objetivo expresso pelo governo para a realização desse ajuste tributário era o de fa-
zer justiça, procurando criar condições para uma futura redução das alíquotas e uma
simplificação do sistema tributário, de modo a melhorar a eficiência e a competitivi-
96 SUMÁRIO
ECONOMIA
dade da economia brasileira. Boa parte dessas medidas, no entanto, não foi levada a
cabo por diversas razões, entre as quais a inviabilidade de alguns projetos, a falta de
“vontade política” de realizá-los e o fato da reforma tributária ter sido preterida por
sucessivos “pacotes” de medidas emergenciais.
- Bancos estaduais
O Banco Central passaria a exercer um controle mais rígido sobre os bancos estadu-
ais, com estreito cumprimento das normas relativas ao montante mínimo de capital
dessas instituições, bem como limitação na concessão de empréstimos para entida-
des do setor público.
- Privatizações
Com a privatização, o governo esperava transferir para o setor privado o custo da ne-
cessária modernização da infraestrutura, pré-requisito para o desenvolvimento do país.
Além de procurar atingir o equilíbrio fiscal com o PAI e para que este se tornasse
duradouro, o governo reconhecia que:
SUMÁRIO 97
ECONOMIA
Para tanto, o governo encaminhou ao congresso diversas sugestões, mas, logo ficou pa-
tente a falta de entusiasmo da classe política e demais esferas do governo para com a
agenda ambiciosa de reconstrução gradual da capacidade de financiamento público.
- Transparência
O governo procurou tornar todas as ações governamentais, fossem elas federais, es-
taduais ou municipais, mais transparentes. O objetivo era procurar elevar a confiança
da população no setor público, aumentando a credibilidade do governo, o que per-
mitiria a implementação da segunda fase do Plano Real, a implementação de um
índice monetário ou unidade de conta, a URV.
FASE 2: A URV
A URV foi implementada em 27 de maio de 1994 e serviu como transição para a in-
trodução da nova moeda. O Cruzeiro Real, introduzido em 1993 por Collor, estava se
desvalorizando a taxas crescentemente elevadas. A URV foi utilizada para restaurar
a função de unidade de conta da moeda, destruída pela inflação, bem como para
referenciar preços e salários. O Banco Central emitia, diariamente, relatórios sobre
a desvalorização do Cruzeiro Real e a cotação da URV. Assim, a URV serviu para o
comércio determinar seus preços, efetuar contratos e determinar salários, indepen-
dentemente das desvalorizações provocadas pela inflação, isto é, provocou uma in-
dexação generalizada da economia.
Uma vez que grande parte dos valores havia sido convertida a URV, a nova moeda – o
Real - foi introduzida sem que houvesse um consenso na sociedade de que a tran-
sição já estava completada. Em 1 de julho de 1994, o governo decretou a medida
provisória do Real, acusado de render-se a objetivos eleitorais.
98 SUMÁRIO
ECONOMIA
ANOTAÇÕES
SUMÁRIO 99
ECONOMIA
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos:
100 SUMÁRIO
ECONOMIA
6 O SETOR EXTERNO
Atualmente, se alguém decide comprar um carro novo no Brasil, pode escolher entre
um carro nacional ou importado. Se você decide tirar férias pode ir para Porto Segu-
ro ou para Disney, por exemplo.
A venda de um avião da Embraer para o exterior, aumenta o valor das exportações líqui-
das. A importação de petróleo da Venezuela, diminui o valor das exportações líquidas.
SUMÁRIO 101
ECONOMIA
- Se, num período as exportações líquidas são positivas => O país teve um supe-
rávit comercial neste período.
- Se as exportações líquidas são iguais a zero => O país teve neste período uma
Balança Comercial equilibrada.
Podemos listar alguns fatores que podem influir nas exportações e importações e
consequentemente na balança comercial de um país:
- Taxa de câmbio à qual as pessoas trocam moeda interna por moeda de outros
países.
Na medida que estas variáveis são alteradas ao longo do tempo, o comércio mundial
também se altera.
Fluxo de Capitais.
102 SUMÁRIO
ECONOMIA
enquanto que no caso da compra de ações o papel do residente nos EUA é mais
passivo. Em ambos os casos, contudo, os residentes nos EUA compraram ativos no
exterior e o investimento externo líquido aumentou.
- Taxa de juros real paga sobre os ativos externos (já descontada a inflação);
Os títulos do tesouro americano (as T-Bills), são considerados ativos livre de risco. O
risco país é medido pela diferença em pontos percentuais que os títulos externos de
um determinado país têm que pagar, em relação as T-Bills, para conseguir captar
recursos no mercado internacional.
SUMÁRIO 103
ECONOMIA
Investimento externo líquido (IEL) => mede o desequilíbrio entre os ativos estrangei-
ros comprados por residentes internos e os ativos internos comprados por residentes
no exterior.
Um fato contábil sutil, mas bastante importante explica que num dado período, para
uma economia como um todo, esses dois desequilíbrios devem se compensar => O
investimento externo líquido deve ser igual às exportações.
IEL = EL
Imagine que a Boeing (fábrica de aviões americana) venda alguns aviões para a Ja-
pan Air Lines (cia aérea japonesa). Nesta transação uma empresa americana entrega
aviões a uma empresa japonesa e, simultaneamente, a empresa japonesa paga ienes
à empresa americana.
Os EUA venderam a um estrangeiro, no caso o Japão, parte de sua produção => au-
menta as exportações líquidas (lembre-se que EL = exportações – importações). Além
disso, os EUA adquiram ativos estrangeiros (os Ienes pagos pelos aviões) => isto au-
menta o investimento externo líquido americano (IEL = compra de ativos estrangei-
ros por residentes internos - aquisição de ativos internos por residentes no exterior).
Sempre que houver uma ação modificando a balança comercial (EL), esta ação im-
plicará numa ação do mesmo montante no IEL, preservando a identidade. Esta pre-
servação da identidade IEL = EL acontece pelo fato que toda transação internacional
é uma troca. Quando um vendedor de um país transfere um bem ou serviço a um
comprador em outro país, este comprador lhe entrega algum ativo em pagamento.
O valor deste ativo é igual ao valor do bem ou serviço vendido.
104 SUMÁRIO
ECONOMIA
Já foi visto como a poupança e o investimento são cruciais para o crescimento eco-
nômico de longo prazo de uma economia. Até agora, foi analisado o comporta-
mento dessas variáveis numa economia hipotética, que não se comunicava com o
exterior (uma economia fechada). Agora será visto como Poupança e Investimento se
relacionam com os Fluxos Internacionais de Bens e Capital, medidos em termos de
Exportações Líquidas (saldo da Balança Comercial) e Investimento externo líquido.
A Poupança Nacional (S) é o que resta do Pib (Y), após se retirar o consumo das fa-
mílias (C) e os gastos do governo (G).
S=Y-C-G
Da expressão do Pib:
S = I+IEL
SUMÁRIO 105
ECONOMIA
Isto significa que, tomando um país como referência (por exemplo, o Brasil) => quan-
do um residente no Brasil poupa um Real, este Real é necessariamente utilizado
para financiar a acumulação de capital internamente (no próprio Brasil) ou para
financiar a aquisição de capital no exterior.
Taxa de Câmbio Nominal é taxa a qual se pode trocar a moeda de um país pela
moeda de outro país. Os jornais publicam diariamente a cotação da véspera do Real,
em relação as principais moedas no mundo.
106 SUMÁRIO
ECONOMIA
EXEMPLO
Você abre a Gazeta Mercantil e lê que, no câmbio comercial, 1 Dólar = 3,15 Reais. Esta
é taxa de câmbio nominal. Se, no dia seguinte 1 Dólar = 3,18 Reais, dizemos que o Real
se desvalorizou em frente ao Dólar ou que o Dólar se apreciou em relação ao Real. Se a
taxa do dia seguinte for de 1 dólar = 3,10 Reais, dizemos que o Real se valorizou ou que
o dólar se depreciou frente ao Real.
• Taxa de câmbio real é a taxa que se pode trocar os bens e serviços de um país,
pelos bens e serviços de outro país.
Exemplo: Imagine que você vai às compras e vê uma caixa de cerveja alemã que custa
o dobro de uma caixa de cerveja, da mesma qualidade, americana. Você poderia dizer
que a taxa de câmbio real é de ½ caixa de cerveja americana. Note que como no caso,
a taxa de câmbio real é expressa em termos de produtos e não de moeda. Obviamente,
ao se estudar a economia como um todo, são comparadas cestas de produtos e não
um produto individual.
Imagine o beneficiador do arroz Uncle Ben,s nos EUA. Ele compra sacos de arroz, tanto
no mercado interno quanto no exterior e o beneficia (com vitaminas) para se tornar o
produto, vende no mercado. Ao comprar suas sacas de arroz, ele levará em considera-
ção, entre outras coisas, a taxa de câmbio real, para ver qual o mais barato.
Uma depreciação da taxa de câmbio real do Brasil, significa que os produtos brasileiros
se tornam mais baratos que os estrangeiros. Em consequência disso, as exportações
brasileiras crescem e as importações caem, ambos os fatos contribuindo para o cresci-
mento da Balança Comercial.
SUMÁRIO 107
ECONOMIA
A mesma relação acontece com países com inflação mais moderada. Países com
inflação mais alta tendem a ter sua moeda mais desvalorizada. Lembrando que a
inflação é um fenômeno que ocorre com causas monetárias (excesso de emissão),
pode-se concluir que a desvalorização acontece por um desequilíbrio entre oferta e
demanda, causado pelo aumento de emissão.
EXEMPLO
1970 1995
108 SUMÁRIO
ECONOMIA
Tomando como referência o mercado de reais por dólar: Se há uma demanda por
dólares (pessoas oferecendo reais para comprar dólares) maior do que a oferta (pes-
soas oferecendo dólares para comprar reais) => o dólar se aprecia em relação ao real.
SUMÁRIO 109
ECONOMIA
O Banco Central, além das funções já descritas anteriormente, é o guardião das di-
visas do país. Quando um importador brasileiro paga suas aquisições no exterior, ele
fornece reais ao Banco Central que os converte em dólares, fazendo a remessa destes
para o credor no exterior. Na situação inversa, quando um exportador brasileiro tem
crédito a receber, o importador no exterior envia dólares que são trocados por reais
pelo Bacen que paga a empresa brasileira. As reservas mantidas no Banco Central
têm um papel central nos regimes cambiais.
Neste regime, o Banco Central se compromete em manter uma certa taxa de câm-
bio, ou seja, há uma garantia que haverá compra e venda divisas (moedas estrangei-
ras) a um preço fixado pelo Bacen. No entanto, caso o país enfrente desequilíbrios
em sua balança comercial, essa taxa pode ser alterada.
O Banco Central brasileiro pode comprar dólares à vontade, pois ele tem o poder de
decidir a oferta de reais, inclusive emitindo. Contudo, para vender dólares ele é limi-
tado pelas reservas de divisas estrangeiras que ele mantém (que depende dos fluxos
de capitais para o país). Assim, ele só conseguirá manter a paridade se o país tiver
reservas de divisas estrangeiras. Neste contexto é que pode acontecer um ataque
especulativo à moeda.
Vamos supor que o Bacen estivesse sob o regime de câmbio fixo e estivesse havendo
uma pressão compradora de dólares no país. O Bacen entraria vendendo dólares
para manter o câmbio. Ao fazer isto, suas reservas cairiam. Se a pressão continuasse,
ele teria que prosseguir, se desfazendo das reservas de dólares. Em dado instante, o
mercado adquire a percepção de que as reservas estão diminuindo e que o Bacen
em breve não conseguirá mais intervir no mercado, para impedir a desvalorização.
110 SUMÁRIO
ECONOMIA
Os agentes econômicos vão querer manter sua riqueza comprando dólares, antes
que o real se desvalorize. Esta atitude generalizada do mercado, aumenta em muito
a pressão de demanda por dólares, obrigando o Bacen a abandonar o regime de
taxa cambial fixa. Isto que acabou de ser descrito é o que se chama de um ataque
especulativo à moeda.
- Fato Histórico.
A desvalorização do real
O Brasil viveu uma situação como esta em fevereiro de 1999. Crises internacionais
tinham feito com que o fluxo de divisas, do para o país fosse fortemente negativo. A
percepção do mercado, apesar de empréstimos do FMI (Fundo Monetário Interna-
cional) para reforço de divisas, foi que o Banco Central não teria reservas para susten-
tar a paridade. O Brasil abandonou o sistema de taxa de câmbio fixa.
- Fato Histórico.
Podemos considerar que nos EUA o regime é de flutuação pura. O FED raríssimas
vezes interfere no mercado de câmbio. Contudo, em 1999, durante a crise asiática, o
FED comprou Ienes para segurar a cotação da moeda japonesa, cuja queda acentu-
ada estava prejudicando as exportações americanas e traziam mais instabilidade ao
cenário já difícil.
SUMÁRIO 111
ECONOMIA
O regime cambial brasileiro é conhecido como flutuação suja. Nesse sistema a taxa
de câmbio é flutuante, ou seja, determinada pela oferta e pela demanda de divisas,
no entanto, quando há necessidade o Banco Central interfere comprando ou ven-
dendo divisas. Vamos supor que o Banco Central Brasileiro se comprometesse com
uma taxa de câmbio nominal de:
Isto significa que, se houvesse uma pressão na demanda por dólares, o Bacen deveria
entrar no mercado de câmbio vendendo dólares para equilibrar oferta e demanda.
Se, caso o contrário, houvesse uma pressão na oferta, o Bacen deveria entrar no mer-
cado de câmbio comprando dólares, novamente para equilibrar o mercado e manter
a taxa de câmbio nominal.
Hoje, o padrão ouro não existe mais. Entretanto, convém fazer uma referência a ele
a título de conhecimento. Antes da primeira guerra mundial (1914), a economia do
mundo funcionava de acordo com o padrão ouro, o que significava que a moeda da
maior parte dos países podia ser convertida diretamente em ouro. As notas de dólar
americano, por exemplo, poderiam ser apresentadas ao tesouro americano e troca-
das aproximadamente por 1/20 onças de ouro. Da mesma forma, o tesouro britânico
poderia trocar uma libra por ¼ de onça de ouro.
112 SUMÁRIO
ECONOMIA
A moeda de reserva mundial agora era o dólar, já que, a economia americana após
as duas guerras tinha se tornado, definitivamente, a economia mais forte do mundo.
Atualmente o dólar não possui lastro em ouro, pois em 1971 o presidente america-
no Richard Nixon decidiu que não era mais necessário possuir uma reserva em ouro
para dólares emitidos. A partir de então, o dólar passou a ter sustentabilidade apenas
pela credibilidade internacional.
Nos anos 1980, a política econômica brasileira caracterizava-se pelo ajuste determi-
nado pela crise de endividamento externo. Deste modo, a política de comércio exte-
rior estivera fortemente voltada para a obtenção de superávits comerciais, por meio
de contenção de importações às exportações.
A partir da segunda metade dos anos 1980, ocorreu uma generalizada abertura co-
mercial nos países latinos americanos. Em 1988, o Brasil iniciava sua reforma co-
mercial com a eliminação dos controles quantitativos e administrativos sobre suas
importações e uma proposta de redução tarifária.
SUMÁRIO 113
ECONOMIA
2002 11,7
114 SUMÁRIO
ECONOMIA
Objetivos do FMI:
O Brasil e o FMI
O relacionamento do Brasil com o FMI sempre foi muito tumultuado. Havia sempre
a oposição das correntes nacionalistas e da esquerda. Entretanto, vários governos
negociaram com o fundo, como podemos ver:
SUMÁRIO 115
ECONOMIA
Juscelino Kubitschek
Em 1958 negociou um empréstimo de US$200 milhões.
Como não aceitou as condições do FMI, o empréstimo não foi
concedido e, em 1959, o Brasil rompeu as negociações com
o Fundo. Posteriormente, voltou a negociar e recebeu um
empréstimo de US$37milhões.
Jânio Quadros
Em seu governo, Castelo Branco
o Brasil recebeu Reestruturou
US$2,1bilhões. a economia
Esses recursos e obteve
vieram do FMI, financiamentos.
Tesouro Americano e
bancos particulares.
João Figueiredo
Em 1982 ocorreu a primeira crise mexicana. Os efeitos sobre
o Brasil foram muito grandes. O Brasil negociou com o FMI e
apresentou a carta de intenções. Inicialmente, ela não foi aceita.
Depois de várias reformulações, em 1983, o Fundo emprestou
US$1,6 milhões.
José Sarney
Em 1987 o governo decretou moratória unilateral, o que
dificultou entendimentos com o Fundo. Entretanto, em 1988,
com a nomeação de Mailson da Nóbrega para ministro da
fazenda, a situação alterou-se. Após ajustes econômicos, o Brasil
solicitou um empréstimo de US$1,4bilhão.
116 SUMÁRIO
ECONOMIA
SUGESTÃO DE LEITURA
Delfim Netto
“A moratória é sólida tradição nacional. O primeiro debate no Congresso sobre a dívida
externa foi em junho de 1831. Havia os “contratualistas” que queriam pagar, e os calo-
teiros, que consideravam a dívida espoliativa. Desde então houve 14 moratórias, entre
formais e informais. Sob Getúlio Vargas, nada menos que quatro. Sarney contentou-se
com duas...”
SUMÁRIO 117
ECONOMIA
CRESCIMENTO DO
PREÇO PREÇO REAL
PIB NOS PAÍSES TAXA REAL
PERÍODOS REAL DO DOS PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS PETRÓLEO DE JUROS
PRIMÁRIOS
(%)
1970-1979
3,4 45 109 -2,5
Média Anual
Fonte: Rudiger Dornbusch e Stanley Fischer, “The World Debt Problem”, MIT, 1984.
Observe-se, em primeiro lugar, como as taxas de juros, que tinham sido negativas
durante a década de 70, se tornaram positivas e altas. Isto fez com que os pagamen-
tos dos juros sobre os empréstimos contraídos em circunstâncias favoráveis se trans-
formassem num verdadeiro pesadelo.
Além disso o preço real do petróleo subiu em relação à década passada. Isto é agra-
vado pelo fato de que os preços das mercadorias exportadas pelos países em de-
senvolvimento estavam caindo. Soma-se a isso a queda do crescimento das econo-
mias industrializadas, e teremos uma aproximação das dificuldades que os países
em desenvolvimento estavam enfrentando para gerar superávits nas suas balanças
comerciais. Tais superávits tornaram-se necessários, uma vez que os empréstimos
internacionais se contraíram, assim que os banqueiros se amedrontaram com o cres-
cimento da razão dívida/exportação dos países em desenvolvimento.
O Brasil não foi o único país a ser atingido por acontecimentos tão desfavoráveis. A
crise nos países latinos – americanos, assim como no Brasil, se deveu a uma combina-
ção de fatores. Por um lado, ela foi o resultado de políticas expansionistas, financia-
118 SUMÁRIO
ECONOMIA
das com endividamento externo. Por outro lado, tal curso de desenvolvimento ficou
difícil de ser corrigido com a escalda dos juros nos anos 80 e a queda dos preços dos
produtos primários.
- Seu sucessor, ministro Marcílio Marques Moreira, tentou novamente negociar com o
FMI, e apresentou a décima primeira carta de intenções; fez acordos com os bancos
privados e com o clube de Paris.
- Em 1993, o então ministro da fazenda Paulo Haddad, voltou a negociar com a Su-
écia, com o Japão e com o FMI.
- Em 1994, após o plano Brady que permitiu um desconto nos passivos dos países
devedores, assim como uma redução no fluxo de pagamentos de principal e juros,
um acordo foi assinado solucionando o problema e regularizando a situação brasi-
leira frente ao mercado financeiro internacional.
SUMÁRIO 119
ECONOMIA
CONCLUSÃO
Você está prestes a finalizar o estudo da disciplina Economia. Ao longo dessa apostila
aprofundamos os seguintes assuntos:
• Estruturas de Mercado;
• O Setor Externo;
Tenho certeza que após se dedicar aos estudos dessa disciplina a sua forma de ver
o mundo foi modificada. A partir de agora você possui uma maior compreensão das
notícias econômicas divulgadas nos meios de comunicação e maior entendimento,
tanto dos mecanismos de mercado quanto do papel do governo, ao promover polí-
ticas macroeconômicas.
Sucesso a todos!
120 SUMÁRIO
ECONOMIA
REFERÊNCIAS
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Pinho, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos. São Paulo, Saraiva. 1998.
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SUMÁRIO 121
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ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
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MCGUIGAN, James R. Economia de empresas: aplicações, estratégia e táticas. 3. ed. São Pau-
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VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro: teoria e exercícios,
glossário com os 300 principais conceitos econômicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
BRITO, Osias. Guia prático de economia e finanças. São Paulo: Saraiva, 2016.
CARMO, Edgar Cândido. Economia internacional. 3ed. São Paulo, Saraiva, 2016.
122 SUMÁRIO
ECONOMIA
E A D. M U L T I V I X . E DU. B R
SUMÁRIO 123