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Matemática

Exasiu
EXTENSIVO

Exasiu
Professor Marçal

Análise Combinatória
Sumário
Introdução ............................................................................................................... 3
1. Princípio Fundamental da Contagem .................................................................... 4
1.1. Fatorial de um número .................................................................................................................... 8
2. Permutações ...................................................................................................... 11
2.1. Permutações com elementos repetidos ........................................................................................ 14
2.2. Permutação circular ...................................................................................................................... 15
7.6. Permutação caótica ...................................................................................................................... 16
3. Arranjos ............................................................................................................. 18
4. Combinações ...................................................................................................... 20
5. Princípio aditivo ................................................................................................. 23
6. Fórmulas, demonstrações e comentários ........................................................... 25
6.1. Quantos subconjuntos um conjunto pode gerar? ......................................................................... 25
6.2. Estratégia para resolver problemas envolvendo Análise combinatória. ...................................... 27
6.3. Resumo .......................................................................................................................................... 28
7. Questões de vestibulares anteriores .................................................................. 30
8. Gabarito das questões de vestibulares anteriores .............................................. 44
9. Questões de vestibulares resolvidas e comentadas ............................................ 45
10. Considerações finais ......................................................................................... 98

Análise Combinatória 2
Introdução
Olá.
Nesta aula e na próxima, estudaremos dois assuntos correlacionados: Análise Combinatória e
Probabilidades.
A Análise Combinatória é pré-requisito para estudarmos Probabilidades, além de ser útil em muitos
campos da matemática.
Nas provas de vestibular você verá algumas questões específicas sobre Análise Combinatória e outras
sobre Probabilidades. No entanto, a maioria das questões de Probabilidades exigem algum conhecimento
sobre Análise Combinatória também, o que torna essa aula duplamente importante.
Se você já tem familiaridade com o tema, pode ir direto para os exercícios para praticar. Caso ainda
não esteja proficiente no assunto, veja (ou reveja) a teoria; a Análise Combinatória é cheia de detalhes e
conhecê-los faz a diferença na hora da prova.
Dúvidas?
Já sabe, não as deixe sem solução. Se precisar de ajuda com elas, poste-as no fórum. Estamos aqui
para auxiliá-lo.
Boa aula.

/professormarcal /professor.marcal /professormarcal

Análise Combinatória 3
1. Princípio Fundamental da Contagem
A Análise Combinatória é um estudo de contagem. Aqui, vamos estudar técnicas para encontrar o
número de elementos de um conjunto que apresenta certa característica.
Por vezes, é fácil enxergarmos todas as variações de um conjunto, como os elementos possíveis de
termos quando jogamos um dado de 6 faces: (1,2,3,4,5,6).
Já há outras situações em que não é tão fácil assim, como as combinações possíveis de termos um
prêmio de loteria na Mega-Sena:
[(1,2,3,4,5,6), (1,2,3,4,5,7), (1,2,3,4,5,8), … , (10,12,18,45,56,59), … , (55,56,57,58,59,60)].
Esse conjunto tem mais de 50 milhões de elementos. Se você colocar uma impressora que imprima
uma combinação dessas por segundo, a impressão de todo o conjunto demorará, trabalhando
ininterruptamente, mais de um ano e meio!
Uma coisa precisa ficar clara desde o início: na maioria dos exercícios, nós não vamos calcular quais
são os elementos do conjunto e sim quantos elementos há nele. É comum vermos essa pergunta nos
enunciados na forma de comandos como “quantos jeitos”, “quantas formas”, “quantos modos”, “quantas
formas distintas”, etc.
Vejamos um exemplo.
Ao viajar da cidade 𝐴 para a cidade 𝐶, a passagem pela cidade 𝐵 é obrigatória. Sabendo que temos 3
caminhos diferentes para irmos da cidade 𝐴 para a cidade 𝐵 e dois da cidade 𝐵 para a cidade 𝐶, quantos
caminhos distintos há entre as cidades 𝐴 e 𝐶?
Um recurso muito útil na matemática é o desenho e, nesta aula, desenhar ou esquematizar a situação
problema é um passo importante para resolvermos as situações propostas.
Façamos, então, um diagrama para representar o problema.

Oras, professor, essa é fácil, são 5 caminhos.


Calma, não é tão trivial assim. Podemos até dizer que são 5 “estradas” diferentes, mas para ir de 𝐴
para 𝐶, temos opções de vários caminhos utilizando as 5 estradas disponíveis.
Como são poucas possibilidades, vamos escrevê-las todas.

Análise Combinatória 4
Estrada de 𝑨 para 𝑩 Estrada de 𝑩 para 𝑪

1 4

1 5

2 4

2 5

3 4

3 5

Como pudemos ver, temos 6 caminhos diferentes entre as cidades 𝐴 e 𝐶, passando obrigatoriamente
por 𝐵 e utilizando as 5 estradas disponíveis.
Uma alternativa para simbolizar essa mesma situação é o diagrama de árvore, ou diagrama
sequencial.
Ao partirmos de 𝐴 para 𝐵, temos 3 possibilidades e, para cada uma dessas possibilidades, duas
opções de 𝐵 para 𝐶. Veja.

É importante notar que a tomada de decisão sobre o primeiro caminho, de 𝐴 para 𝐵, não influencia
de modo algum a escolha do caminho de 𝐵 para 𝐶. Dizemos, então, que esses eventos são independentes.

Análise Combinatória 5
Quando temos duas decisões serem tomadas em sequência, podemos multiplicar o número de
opções que temos em uma decisão pelo número de opções que temos em outra.
Para este caso, temos:
De 𝐴 para 𝐵: 3 opções.
De 𝐵 para 𝐶: 2 opções.
Assim, o número 𝑛 de opções de 𝐴 para 𝐶 é dado por:
𝑛 = 3 ∙ 2 = 6.
Repetindo, esse cálculo nos dá quantas são nossas opções, não quais são elas.

Esse princípio da multiplicação em eventos sequenciais é tão importante em nossos


estudos que recebe o nome de Princípio Fundamental da Contagem (PFC).
Vejamos mais um exemplo clássico, as placas de automóveis.
No Brasil, utilizaremos, em breve, as novas placas de automóveis no modelo Mercosul. Teremos
placas do tipo 𝐿𝐿𝐿 𝑁𝐿𝑁𝑁 para automóveis, onde 𝐿 simboliza posição ocupada por uma das 26 letras do
alfabeto e 𝑁, por um dos 10 algarismos numéricos.
Supondo não haver placas repetidas nem sequências proibidas, quantos emplacamentos de
automóveis diferentes serão possíveis com o novo sistema de placas?
Vejamos.
Temos 10 algarismos numéricos diferentes e 26 letras.
Ao escolher um elemento, nada nos impede de utilizarmos o mesmo elemento novamente, em outra
posição. Chamamos isso de escolha com reposição.
Além disso, ao escolhermos um elemento, nada influencia na escolha do outro, ou seja, temos
escolhas independentes.
Por se tratar de eventos sequenciais (escolhemos um dígito por vez, da esquerda para a direita)
podemos utilizar o Princípio Fundamental da Contagem (PFC) para calcularmos quantos são os casos de
emplacamento possíveis.
As placas são do tipo 𝐿𝐿𝐿 𝑁𝐿𝑁𝑁.
Para a primeira letra, temos 26 possibilidades de escolha (de 𝐴 a 𝑍). Para a segunda letra, também
26. Idem para a terceira. Para o primeiro número, 10 possibilidades (de 0 a 9) e assim por diante.
Assim, o número 𝑛 de placas distintas é dado por:
𝑛 =𝐿∙𝐿∙𝐿∙𝑁∙𝐿∙𝑁∙𝑁
𝑛 = 26 ∙ 26 ∙ 26 ∙ 10 ∙ 26 ∙ 10 ∙ 10
𝑛 = 264 ∙ 103
𝑛 = 456.976.000 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠
Vamos praticar um pouco?

Análise Combinatória 6
Exercícios de fixação

1.
Quantos números de três algarismos conseguimos apenas com os dígitos 4,5,6,7,8?
Comentários
Como temos cinco possibilidades para cada algarismo, temos, pelo PFC:
𝑛 =5∙5∙5
𝑛 = 53
𝑛 = 125 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
2.
Em cada lançamento de uma moeda é possível obter-se na face voltada para cima, ou cara ou
coroa. Qual o número de sequências distintas possível se lançarmos uma moeda 5 vezes?
Comentários
Temos 5 lançamentos e, para cada lançamento, 2 possibilidades (cara ou coroa). Utilizando o PFC,
temos.
𝑛 = 2∙2∙2∙2∙2
𝑛 = 25
𝑛 = 32 𝑡𝑖𝑝𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑛ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑜𝑠
3.
Em uma prova com 10 questões com 4 alternativas cada questão (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑), quantos são os
gabaritos possíveis?
Comentários
Pensemos em cada questão.
Primeira questão: 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑).
Segunda questão, 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑).
Terceira questão, 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑).

Décima questão, 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑).
Assim, o número 𝑛 de gabaritos possíveis é
𝑛 = 4∙4∙4∙4∙4∙4∙4∙4∙4∙4
𝑛 = 410
𝑛 = 1.048.576 𝑔𝑎𝑏𝑎𝑟𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Imagine quantos haverá na sua prova do vestibular!

4.

Análise Combinatória 7
Cinco atletas participam de uma corrida. Quantas possibilidades de pódio existem para primeiro,
segundo e terceiro lugar?
Comentários
Aqui temos um caso ligeiramente diferente dos anteriores. Ao escolher um atleta para o primeiro
lugar, fatalmente, teremos uma pessoa a menos para ocupar o segundo lugar, pois não consideraremos
aqui uma pessoa ocupando suas posições no pódio.
Desse modo, como temos 5 atletas, teremos:
5 opções para o primeiro lugar.
4 opções para o segundo lugar, pois quem está em primeiro lugar já está descartado para
o segundo lugar.
3 opções para o terceiro lugar, pois os dois que já estão no pódio estão descartados como
possibilidade para o terceiro lugar.
Assim, o número 𝑛 de pódios diferentes é dado por
𝑛 =5∙4∙3
𝑛 = 60 𝑝ó𝑑𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
5.
De quantos modos 5 pessoas podem ficar em fila indiana?
Comentários
Do mesmo modo que na questão anterior, ao escolher a pessoa que ocupará a primeira posição na
fila, temos uma escolha a menos para a segunda posição.
Dessa forma, o número 𝑛 de filas indianas diferentes é dado por
𝑛 = 5∙4∙3∙2∙1
𝑛 = 120

1.1. Fatorial de um número


No exercício que acabamos de fazer, sobre a fila indiana, calculamos um produto interessante:
𝑛 =5∙4∙3∙2∙1
Esse produto, de um número natural por todos os seus antecessores naturais estritamente positivos,
recebe o nome de fatorial e é representado pelo sinal de exclamação (!).
Nesse caso, podemos escrever
𝑛 =5∙4∙3∙2∙1
𝑛 = 5!

Análise Combinatória 8
Como vamos trabalhar com esse produto com muita frequência e com números extensos, a notação
de fatorial vem muito a calhar.

Exercício de fixação

6.
Calcule os fatoriais abaixo.
𝑎) 2!
𝑏) 3!
𝑐) 4!
𝑑) 5!
𝑒) 6!
𝑓) 7!
𝑔) 8!
ℎ) 8 ∙ 7 ∙ 6!
Comentários
Para calcular os fatoriais acima, basta que façamos os produtos dos números por todos os seus
antecessores.
𝑎) 2! = 2 ∙ 1 = 2
𝑏) 3! = 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6
𝑐) 4! = 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 24
𝑑) 5! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120
𝑒) 6! = 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 720
𝑓) 7! = 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 5.040
𝑔) 8! = 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 40.320
ℎ) 8 ∙ 7 ∙ 6! = 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 40.320

Note que o fatorial de um número pode ser escrito de várias formas, não é necessário que escrevamos
todos os seus antecessores, podemos continuar utilizando a notação de fatorial.

Essa técnica é muito útil quando estamos trabalhando com simplificações.


Todos os produtos a seguir são equivalentes.

Análise Combinatória 9
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 720
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2! = 720
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3! = 720
6 ∙ 5 ∙ 4! = 720
6 ∙ 5! = 720
6! = 720
Você deve ter percebido que falamos que o fatorial de um número natural é o produto dele próprio
por todos os seus antecessores.
Pois bem, 0 é natural; 1 é natural.
Então, como ficam os fatoriais desses números?
Vamos por partes.
O 1 é simples, ele é o fim da fila dos produtos, então
1! = 1
Já para o fatorial de zero, temos uma conversa mais delicada, visto que não há antecessores naturais
de zero.
No ensino superior, você poderá fazer a análise dos fatoriais via função Gama, mas, por enquanto,
essa análise não faz parte do escopo de um curso pré-vestibular. Felizmente, diriam alguns...
Mas não podemos deixar essa questão sem resposta, visto que utilizaremos o fatorial de zero em
várias situações de prova.
Sendo assim, vamos analisar a questão por meio da definição própria do fatorial, a multiplicação de
um número por todos os seus antecessores naturais positivos.
Podemos pensar em fatorial de uma expressão algébrica, desde que garantamos que se trate de um
número natural.
Por exemplo, podemos pensar no fatorial de 𝑥.
𝑥! = 𝑥 ∙ (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 2) ∙ (𝑥 − 3) ∙ … 3 ∙ 2 ∙ 1
Alternativamente, podemos utilizar a notação simplificada que vimos há pouco.
𝑥! = 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)!
Dividindo ambos os termos por 𝑥, temos.
𝑥! 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)!
=
𝑥 𝑥
𝑥! 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)!
=
𝑥 𝑥
𝑥!
= (𝑥 − 1)!
𝑥
Até aqui, pegamos a definição de fatorial de um número, aplicamos essa definição para o número 𝑥,
utilizamos a notação simplificada e dividimos ambos os membros da equação por 𝑥.
Nessa igualdade a que chegamos, partindo da própria definição de fatorial, façamos 𝑥 = 1.
𝑥!
= (𝑥 − 1)!
𝑥
1!
= (1 − 1)!
1

Análise Combinatória 10
Sabemos que 1! = 1, então.
1!
= (0)!
1
1
= (0)!
1
1 = (0)!
Então, a partir de agora, diremos que
0! = 1,
pois essa conclusão decorre diretamente da definição do próprio fatorial de um número.

𝑛! = 𝑛 ∙ 1 − 1 ∙ 𝑛 − 2 ∙ ⋯ ∙ 2 ∙ 1

1! = 1

0! = 1

2. Permutações
Você sabe o que é permutar?
Permutar significa trocar. Antigamente, usava-se o termo “Permuta-se” até em anúncios comerciais
nos jornais como sinônimo de troca comercial: “Permuta-se uma geladeira em uma bicicleta”.
O significado popular pode ser aplicado aqui.
Quando falamos em Permutação na Análise Combinatória, estamos nos referindo a situações
específicas em que todos os elementos de um conjunto são colocados em ordens diferentes, mas utilizando
todos os elementos a cada ordem diferente, a cada troca, a cada permuta.
Um exemplo é quando vamos viajar em um grupo de 5 pessoas no carro de 5 lugares. Claro,
consideramos aqui que todos os viajantes possam ocupar o acento do condutor.
Assim, acontecerá o que aconteceu em nosso exemplo da fila indiana. Temos 5 opções para escolher
a pessoa para o primeiro acento, 4 opções para escolher quem ocupará o segundo acento, 3 para o terceiro,
2 para o penúltimo e apenas 1 opção para o último acento a ser ocupado.
Desse modo, temos 𝑛 configurações diferentes para a viagem, a saber:

Análise Combinatória 11
𝑛 =5∙4∙3∙2∙1
𝑛 = 5!
Quando vamos indicar uma permutação de 𝑛 elementos, utilizamos a simbologia 𝑃𝑛 .
Para o exemplo anterior, podemos dizer que
𝑛 = 𝑃5 = 5!
Se expandirmos o raciocínio, podemos dizer que, para qualquer conjunto em que tenhamos a mesma
característica de que falamos, o número de permutações possíveis é dado por
𝑃𝑛 = 𝑛!
Quando formos considerar a reordenação dos elementos de um conjunto, a ferramenta que deve vir
em primeiro lugar na sua mente é a Permutação.
Vejamos alguns casos clássicos, que valem a retenção na memória.

Análise Combinatória 12
Exercícios de fixação

7.
Anagrama é a reordenação das letras de uma palavra, quer o anagrama tenha significado, quer
não.
Dessa forma, calcule quantos anagramas são possíveis com a palavra 𝐸𝑆𝐶𝑂𝐼𝑀𝐴𝑅.
Comentários
Sim, essa palavra existe. Escoimar significa corrigir.
Neste caso, temos que trocar a ordem de 8 letras distintas, característica da Permutação.
Assim, podemos dizer que o número 𝑛 de anagramas possíveis para a palavra 𝐸𝑆𝐶𝑂𝐼𝑀𝐴𝑅 é dado
por
𝑛 = 𝑃8 = 8! = 40.320
Como exercício, não estamos tão interessados aqui no valor em si, mas no método que
empregamos para aplicar às diferentes situações. Assim, seria perfeitamente aceitável a resposta 8! em
vez de 40.320.

8.
Dos anagramas da palavra 𝑇Á𝐵𝐼𝐷𝑂, quantos se iniciam com consoante?
Comentários
Se não houvesse a restrição de início com consoante, teríamos 𝑃6 = 6!.
No entanto, há uma restrição e devemos resolvê-la antes de resolver a permutação.
Vamos fazer uma representação dos anagramas, onde cada espaço representa uma letra.

_____ ∙_____ ∙_____∙_____∙_____∙_____


Temos que iniciar nossa palavra por uma consoante e há, na palavra 𝑇Á𝐵𝐼𝐷𝑂, 3 delas: 𝑇𝐵𝐷.
Dessa forma, nossos anagramas são do tipo
_____ ∙_____ ∙_____∙_____∙_____∙_____
Consoante (𝑇𝐵 ou 𝐷) ∙_____ ∙_____∙_____∙_____∙_____
3 ∙_____ ∙_____∙_____∙_____∙_____
Ao eliminar uma letra para colocar na primeira posição, temos 5 opções restantes para colocar na
segunda posição (inclusive as duas consoantes que não foram utilizadas na primeira).
3 ∙5 ∙_____∙_____∙_____∙_____
Seguindo a mesma linha, temos 4 opções para a próxima posição vaga.
3 ∙5 ∙4∙_____∙_____∙_____
Continuando o mesmo raciocínio até a primeira posição, temos.

Análise Combinatória 13
3∙5∙4∙3∙2∙1
Reescrevendo com o uso do fatorial.
3 ∙5!
Significando que, após escolhermos a consoante inicial, aplicamos a permutação para os 5
elementos restantes.
Dessa forma, temos, da palavra 𝑇Á𝐵𝐼𝐷𝑂, 3 ∙ 5! anagramas que se iniciam por consoante.

2.1. Permutações com elementos repetidos


Pensemos, agora, no caso dos anagramas da palavra 𝐴𝑆𝑇𝐸𝑅𝐼𝑆𝐶𝑂, onde temos repetição de letras.
Alguns anagramas possíveis para a palavra 𝐴𝑆𝑇𝐸𝑅𝐼𝑆𝐶𝑂 são
𝐴𝐸𝐼𝑂𝑆𝑇𝑅𝑆𝐶 – 𝑂𝐶𝑆𝐼𝑅𝐸𝐴𝑆𝑇 – 𝑆𝑆𝑅𝑇𝐶𝐴𝐸𝐼𝑂 – 𝐴𝑆𝑇𝐸𝐼𝑅𝑆𝐶𝑂 – 𝐴𝑂𝑆𝐶𝑇𝑆𝐸𝐼𝑅𝐼 ...
Olhemos mais de perto um desses anagramas: 𝑆𝑆𝑅𝑇𝐶𝐴𝐸𝐼𝑂.
Você saberia dizer, nesse anagrama, qual 𝑆 veio da sílaba 𝐴𝑆? Qual veio da sílaba 𝑅𝐼𝑆?
Provavelmente, não, pois as letras repetidas, no anagrama, quando mudadas de posição, acabam
formando anagramas idênticos.
As duas letras 𝑆 podem ser mudadas de lugar em todos os anagramas, e não perceberíamos a
mudança.
Então, pergunto: com referência às duas letras 𝑆, repetidas, de quantos modos podemos mudá-las
de posição dentro de um anagrama qualquer?
Bom, dentro de um anagrama, como são duas letras ocupando duas posições, há 𝑃2 = 2! maneiras
de trocá-las de lugar.
Como a cada palavra do anagrama isso acontece, calcularemos os anagramas como se não houvesse
letras repetidas e, em seguida, dividimos esse resultado pelo número de maneiras de permutar as letras
repetidas dentro do anagrama.
Nesse caso, ASTERISCO tem 9 letras, sendo 2 repetidas. Assim, o número de anagramas é dado por:
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
𝑃92 = = = 181.440
2! 2∙1
Simbolizamos o número de letras repetidas na parte superior e o número de letras totais na parte
inferior da permutação. Mas cuidado, ao colocarmos na fração, essa ordem é invertida!
Podemos, inclusive, ter mais de uma letra repetida, como no caso da palavra 𝐴𝑆𝑆𝐴𝑆𝑆𝐼𝑁𝐴𝑅.
Temos, neste caso, 10 letras, 3 letras 𝐴 e 4 letras 𝑆.
Assim, o número de anagramas da palavra 𝐴𝑆𝑆𝐴𝑆𝑆𝐼𝑁𝐴𝑅 é dado por
3,4 10!
𝑃10 =
3! ∙ 4!

3,4 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4!
𝑃10 =
3 ∙ 2 ∙ 1 ∙ 4!

Análise Combinatória 14
3,4 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4!
𝑃10 =
3 ∙ 2 ∙ 1 ∙ 4!
3,4
𝑃10 = 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 5

3,4
𝑃10 = 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 5

3,4
𝑃10 = 25.200
Assim, podemos generalizar o resultado para permutações com 𝑛 elementos, sendo 𝑟 elementos
repetidos:
𝑛!
𝑃𝑛𝑟 =
𝑟!

2.2. Permutação circular


Cinco amigos vão ao cinema e compram seus ingressos em uma fila com 5 cadeiras lado a lado. De
quantos modos diferentes eles poderiam se sentar?
Já estudamos esse caso, trata-se de uma permutação simples com cinco elementos, ou seja, 𝑃5 = 5!.
Os mesmos 5 amigos vão a um restaurante e se sentam ao redor de uma mesa de 5 lugares
diferentes. De quantos modos eles podem se sentar?
Aí depende.
Como assim, depende, professor? Não é exatamente a mesma situação do cinema? Muda por ser
uma mesa?
Pode mudar, mas a mudança não é obrigatória. Acompanhe.
Caso cada lugar da mesa seja considerado particular, digamos, um em frente à TV, outro ao lado de
um corredor de grande fluxo, um bem espremidinho ao canto, entre outras particularidades, podemos
considerar como o caso do cinema, da fila indiana, do anagrama. Cada modificação é uma configuração
diferente.
Mas, caso consideremos uma mesa redonda em que o ambiente não importe, apenas a configuração
de um elemento em relação ao outro, mesmo sentados em bancos distintos, a configuração se repete.
Para ficar mais claro, vamos particularizar os 5 amigos como Amanda, Beto, Carol, Diogo e Eduardo,
𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸 para simplificar.
Caso esses cinco amigos se sentem em fila, temos 𝑃5 = 5! = 120 maneiras de dispô-los.
Consideremos, como exemplo, as cinco maneiras distintas a seguir.
𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸 ≠ 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸, 𝐴 ≠ 𝐶, 𝐷, 𝐸, 𝐴, 𝐵 ≠ 𝐷, 𝐸, 𝐴, 𝐵, 𝐶 ≠ 𝐸, 𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷
Considerando a disposição em fila, cada configuração acima é considerada uma forma diferente.
Veja o que acontece quando consideramos uma mesa circular e colocamos exatamente essas
configurações.

Análise Combinatória 15
Se desconsiderarmos o universo externo à mesa, como no caso de um jogo de tabuleiros, o que
importa na configuração é exatamente a posição de um elemento em relação ao outro, não ao ambiente
externo.
Nesse sentido, todas as configurações acima são idênticas. Há apenas rotação (no sentido horário)
de uma mesma configuração, 𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸.
Quando isso acontece, chamamos de Permutação Circular: todos os elementos são mudados de
posição, mas em posições equivalentes, devido à natureza circular, ou cíclica, do problema.
Desse modo, calculamos o número de permutações simples, mas cada conjunto de permutação
equivalente deve ser descontado, pois foram contados mais de uma vez.
Nosso exemplo tivemos 5 amigos em permutação circular e o número de permutações equivalentes
é, justamente 5.
Esse fenômeno acontece sempre e temos que o número de permutações circulares é dado por:
𝑛!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
Se quiser, você pode memorizar a fórmula acima, ou o raciocínio que nos levou a ela, que não é tão
diferente do de permutações com repetições.
No entanto, alguns livros desenvolvem um pouquinho essa fórmula e a apresentam com outra
roupagem, acompanhe.
𝑛!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
Aplicando a definição de fatorial de um número.
𝑛 ∙ (𝑛 − 1)!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
𝑛 ∙ (𝑛 − 1)!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
𝑃𝐶𝑛 = (𝑛 − 1)!
As fórmulas são idênticas no quesito efetividade. Então, caso decida pela memorização, a escolha é
questão de gosto pessoal mesmo.

2.3. Permutação caótica


Imagine que você tem 5 chapéus e 5 pessoas.
Cada pessoa tem seu próprio chapéu.
Você coloca cada chapéu em uma caixa sem identificação e, após misturar as caixas, devolve as caixas,
uma para cada pessoa.

Análise Combinatória 16
A pergunta que já estudamos é: de quantos modos diferentes essas pessoas podem receber os
chapéus?
Bem, se são 5 chapéus e 5 pessoas, estamos falando de uma permutação de 5 elementos, ou seja,
𝑃5 = 5!
𝑃5 = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
𝑃5 = 120
Ou seja, há 120 maneiras diferentes de devolvermos esses 5 chapéus às 5 pessoas.
Obviamente, em algumas dessas configurações, alguns chapéus encontrarão seus donos, outros não.
Em uma das configurações, em apenas uma, todos os donos encontram seus chapéus.
E, agora, vamos à situação nova: em quantos desses modos nenhum dono encontra seu chapéu de
origem?
Essas configurações, em que nenhum objeto volta à situação de origem, são chamadas de
permutações caóticas, ou ainda, desarranjos.
A prova da fórmula das permutações caóticas não está no escopo do nosso curso atual, mas isso não
te atrapalhará nem a usar a fórmula, nem a fazer as questões sobre o assunto na sua prova.
O número de permutações caóticas em um grupo de 𝑛 elementos, simbolizado por ! 𝑛 (sim, o símbolo
de fatorial é antes de 𝑛 mesmo), é dado por:
1 1 1 1 1 1 1
! 𝑛 = 𝑛! ∙ ( − + − + − + ⋯ ± )
0! 1! 2! 3! 4! 5! 𝑛!
A fórmula tem seus sinais alternados a cada termo, então, o sinal da última parcela dependerá do
valor de 𝑛. Comece com o termo positivo e vá alternando o sinal até o final.
Assim, como temos 5 chapéus, o número de permutações caóticas, ou desarranjos, onde nenhum
dono recebe seu próprio chapéu, é de:
1 1 1 1 1 1
! 5 = 5! ∙ ( − + − + − )
0! 1! 2! 3! 4! 5!
1 1 1 1 1 1
!5 = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 ∙ ( − + − + − )
1 1 2∙1 3∙2∙1 4∙3∙2∙1 5∙4∙3∙2∙1
1 1 1 1 1 1
! 5 = 120 ∙ ( − + − + − )
1 1 2 6 24 120

1 1 1 1
! 5 = 120 ∙ ( − + − )
2 6 24 120
120 120 120 120
!5 = − + −
2 6 24 120
! 5 = 60 − 20 + 5 − 1
! 5 = 44

Análise Combinatória 17
3. Arranjos
Um arranjo é um tipo de permutação em que não há lugar para todo mundo.
Como assim, professor?
Na permutação, nós só trocamos os elementos de um conjunto de ordem e cada ordem é um
elemento da permutação, uma possibilidade, um jeito de ordenar.
No arranjo é o mesmo princípio, porém não trabalharemos com todos os elementos do conjunto de
modo simultâneo, trabalharemos com um número menor de “vagas”.
Lembra-se do caso em que 5 pessoas iam viajar em um carro de 5 lugares?
Tínhamos 𝑃5 = 5! maneiras diferentes de colocá-los no carro e isso faz referência à permutação, 5
pessoas e 5 lugares no carro.
Aqui, nos arranjos, seria algo como ter 5 pessoas que querem viajar para a praia, mas só temos uma
moto. Dessa vez, dessas 5 pessoas, somente 2 podem ir à praia.
Perceba que o começo do raciocínio é semelhante para permutações e arranjos. Para escolher a
primeira pessoa, temos 5 possibilidades. Para a segunda, 4 possibilidades.
E para por aí, essa é a diferença.
Se temos somente duas vagas, teremos somente dois fatores na multiplicação.
A simbologia para arranjarmos 5 pessoas duas a duas é 𝐴5,2 e é dada pelo produto do número de
pessoas pelos seus antecessores, mas não até o 1 e sim em um número de fatores igual ao número de vagas.
Assim,
𝐴5,2 = 5 ∙ 4 → 𝑆𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 2 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠, 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 2 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠
Se esses 5 amigos pudessem ir de triciclo, seriam 3 vagas, e o número de combiná-los seria dado por
𝐴5,3 = 5 ∙ 4 ∙ 3 → 𝑆𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 3 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠, 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 3 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠
Nos livros didáticos os arranjos são apresentados com uma fórmula para representar exatamente o
nosso raciocínio.
Perceba que temos que quando arranjamos 5 elementos, 2 a 2, precisamos de apenas dois fatores
no produto, mas como escrever isso matematicamente?
Simples, escreveremos todos eles e dividiremos pelos que não precisamos, veja.
5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 5! 5!
𝐴5,2 = 5 ∙ 4 = = =
3∙2∙1 3! (5 − 2)!
O artifício de completar o que faltava no fatorial do numerador e dividir pelo mesmo incremento no
denominador nos permite escrever a fórmula do arranjo de maneira genérica, veja.
𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 =
(𝑛 − 𝑝)!
Podemos tanto pensar no número de fatores do produto de uma “permutação” incompleta quanto
utilizar a fórmula, pois são pensamentos equivalentes.

Análise Combinatória 18
Na prática, é mais cômodo utilizar o pensamento do número de fatores do produto para calcularmos
arranjos nos quais conhecemos numericamente 𝑛 e 𝑝 e deixar a fórmula para exercícios literais e equações
nas quais 𝑛 ou 𝑝 sejam incógnitas.

Exercícios de fixação

9.
De quantos modos podemos dispor 3 pessoas em uma fila de bancos com 6 lugares?
Comentários
Neste caso é mais cômodo pensarmos em distribuir bancos a pessoas. Temos 6 bancos e somente
3 pessoas, então não há como utilizarmos todos os bancos, ficarão bancos sem pessoas, caracterizando o
arranjo.
Assim, temos.
𝐴6,3 = 6 ∙ 5 ∙ 4
𝐴6,3 = 120 𝑚𝑜𝑑𝑜𝑠

10.
Jogando um dado de 8 lados, numerados de 1 a 8, quantos números de 4 algarismos distintos
podemos formar?
Comentários
Temos 8 números e somente 4 “vagas” para esses números. Assim, podemos pensar em um
arranjo de 8 elementos, tomados 4 a 4.
𝐴8,4 = 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5
𝐴8,4 = 1.680 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠

11.
Quantos números diferentes de 3 algarismos distintos conseguimos formar com os algarismos
1,3,5,7,9?
Comentários
Mesmo raciocínio do exercício anterior, arranjo de 5 elementos, tomados 3 a 3.
𝐴5,3 = 5 ∙ 4 ∙ 3
𝐴5,3 = 60 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠

12.
Quantos números diferentes de 4 algarismos distintos conseguimos formar com os algarismos
0,3,5,7,9?
Comentários

Análise Combinatória 19
Apesar de ser o mesmo raciocínio, neste exercício aparece uma restrição que não apareceu
nos dois exercícios anteriores, o número zero.
E por que o zero é uma restrição?
Simples, porque se o zero for o primeiro dígito escolhido, dentre os 4 solicitados, for zero,
esse número não é de 4 algarismos, é de 3.
Assim, para o primeiro dígito, temos a escolha limitada aos elementos 3,5,7,9. Para os outros, sem
restrição.
Pelo princípio da multiplicação, que vimos no início desta aula, temos 4 escolhas para o dígito
inicial (3,5,7,9). Escolhido um destes, continuamos com 4 opções para o segundo dígito pois, se tiramos
um deles para ser o primeiro, incluímos o zero que pode aparecer nas outras posições.
Desse modo, a primeira posição é uma escolha à parte, por causa do zero. Para as outras três
posições, podemos pensar no arranjo de 4 elementos, 3 a 3.
Calculemos, então, a quantidade 𝑛 de números de 4 dígitos nas condições dadas.

Escolhas sem contar o zero

𝑛 = 4 ∙ 𝐴4,3 Escolhas dos próximos 3 dígitos,


reincluindo o zero
𝑛 =4∙4∙3∙2
𝑛 = 96

4. Combinações
As combinações são outro tipo de agrupamento, com semelhanças e diferenças com relação às
permutações e aos arranjos.
Nas combinações, podemos ter tanto um número de “vagas” igual ao número de elementos, como
na permutação, quanto um número de “vagas” menor que o número de elementos, como no arranjo.
O que difere uma combinação dos outros tipos é o fato de esta não considerar a ordem como fator
diferenciador de uma sequência.
Enquanto na permutação e no arranjo as sequências 123 e 321 são consideradas diferentes, na
combinação elas são consideradas iguais.
Como isso, professor? É claro que elas são diferentes!
Calma, tudo depende do contexto.
A sequência 123 é diferente da sequência 321 se estivermos falando de números, por exemplo, pois
cento e vinte e três é, claramente, diferente de trezentos e vinte e um.
No entanto, se estivermos falando em um grupo de amigos que vão ao cinema juntos, o grupo
𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 1, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 2, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 3, portanto, 123, é idêntico ao grupo 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 3, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 2, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 1, 321.
Nas combinações, a ordem não difere um conjunto do outro. Mais exemplos?
Formação de casais (𝐴𝐵 = 𝐵𝐴)
Duplas para boxe, pingue-pongue, truco.

Análise Combinatória 20
Grupos de trabalho ou estudo com funções idênticas para cada integrante.
Escolha de objetos de uma coleção.
Vamos analisar o caso da loteria como exemplo.
Para ganhar o prêmio máximo da Mega-Sena, o jogador deve acertar as 6 dezenas sorteadas dentre
as 60 possíveis. Vamos imaginar que as dezenas sorteadas, nessa ordem foram:
41 − 05 − 04 − 52 − 30 − 33
Mas você, ao jogar, jogou a seguinte combinação:
04 − 05 − 30 − 33 − 41 − 52
Você, por acaso, espera receber o prêmio?
Provavelmente, sim, pois o jogo não restringe a ordem, apenas pede para que se acerte os números
sorteados para ser o ganhador. Dessa forma, todas as sequências abaixo são igualmente válidas:
41 − 05 − 04 − 52 − 30 − 33
04 − 05 − 30 − 33 − 41 − 52
30 − 05 − 52 − 33 − 41 − 04
52 − 41 − 33 − 30 − 04 − 05
52 − 04 − 30 − 33 − 41 − 05

Então, pergunto: com esses 6 elementos, quantas sequências equivalentes podemos formar?
Essa você consegue fazer com o que estudamos até aqui, trata-se de uma permutação de 6
elementos, portanto, 𝑃6 = 6!.
Agora, voltemos ao problema principal, a loteria.
Na Mega-Sena, temos 60 números para fazer sequências de 6 números cada.
Se a ordem importasse, se cada sequência fosse única, poderíamos pensar no arranjo de 60
elementos, tomados 6 a 6.
No entanto, vimos que há sequências equivalentes e que, cada sequência produz 6! sequências
equivalentes que foram contadas em multiplicidade no arranjo.
Como resolver essa questão?
Do mesmo modo que resolvemos as permutações com repetição e as permutações circulares,
dividindo pelo excedente.
Assim, podemos dizer que uma combinação de 60 elementos, tomados 6 a 6, é dada por:
𝐴60,6
𝐶60,6 =
6! Multiplicidade de cada sequência
E quanto dá isso? Também não sei, calculemos.
Lembre-se
60 ∙ 59 ∙ 58 ∙ 57 ∙ 56 ∙ 55
𝐶60,6 = 6 posições, 6 fatores
6∙5∙4∙3∙2∙1

36.045.979.200
𝐶60,6 =
720

Análise Combinatória 21
𝐶60,6 = 50.063.860
Ou seja, mesmo considerando só as sequências com números distintos, ainda são mais de 50 milhões
de combinações.
Vamos generalizar esse método?
A combinação é um tipo de arranjo, mas em que não são consideradas sequências distintas as
sequências de mesmos elementos. Por isso, dividimos o número de arranjos pelo número de elementos que
foram contados em duplicidade.
Sintetizando uma combinação de 𝑛 elementos, tomados 𝑝 a 𝑝, temos.
𝐴𝑛,𝑝
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!
Nós já temos uma fórmula para o arranjo, lembra? Podemos, se quisermos, substitui-la na equação
acima.
𝐴𝑛,𝑝
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!

𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 =
{ (𝑛 − 𝑝)!
𝐴𝑛,𝑝
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!
𝑛!
(𝑛 − 𝑝)!
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!
Divisão entre frações: conserva-se a de cima e inverte-se a de baixo.
𝑛! 1
𝐶𝑛,𝑝 = ∙
(𝑛 − 𝑝)! 𝑝!

𝑛!
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝! ∙ (𝑛 − 𝑝)!
Essa fórmula é muito solicitada nos exercícios de vestibular, então, vale a memorização.
Mais adiante no curso, especificamente na aula sobre polinômios, veremos que essa fórmula da
combinação é a definição de um número especial, chamado número binomial e é simbolizado por
𝑛
𝑛!
𝐶𝑛,𝑝 = =( )
𝑝! ∙ (𝑛 − 𝑝)! 𝑝
Número Binomial
Exercícios de fixação

Análise Combinatória 22
Exercício de fixação

13.
Diferencie as situações abaixo entre permutação, arranjo ou combinação.
a) colocar 10 pessoas em fila indiana
b) anagramas
c) dividir 15 atletas em comissões de 3
d) dividir 30 alunos em comissões contendo 1 tesoureiro, 1 presidente e 1 vice-presidente
e) dividir os estudos em conjuntos de 3 disciplinas por dia dentre as 11 apresentadas no curso
f) diagonais de um polígono
g) calcular quantas retas distintas são possíveis com 𝑛 pontos distintos e não alinhados no espaço
h) escolher sabores de sorvete
Comentários
a) Permutação, pois das 10 pessoas, utilizaremos todas simultaneamente, além de a ordem das
pessoas na fila determinarem filas diferentes.
b) Anagramas são permutações.
c) Como não foi dito sobre distinção entre os atletas da comissão, temos uma combinação. A
comissão formada por João, André e Catarina é a mesma da comissão formada por Catarina, João e André.
d) Aqui a ordem já importa, pois cada elemento da comissão ocupará uma posição diferente. Assim,
arranjo.
e) Combinação. Consideremos estudar Matemática, Física e História em um dia ser o mesmo que
estudar História, Matemática e Física.
f) Uma diagonal, embora não tenhamos estudado esse assunto ainda, é um segmento de reta que
liga dois vértices de um polígono, portanto, que liga dois pontos. O segmento que liga os pontos 𝐴 e 𝐵 é o
mesmo que liga os pontos 𝐵 e 𝐴, portanto, combinação.
g) Para termos uma reta, precisamos de dois pontos. Com o mesmo raciocínio do segmento de reta
traçado no item anterior, concluímos tratar-se de uma combinação.
h) Se os sabores não tiverem ordem de importância, como é em muitas sorveterias, combinação,
pois uma casquinha de morango e chocolate é equivalente a uma com chocolate e morango.

5. Princípio aditivo
Além do princípio multiplicativo que vimos no início da aula, há, também, o princípio aditivo.
Este princípio, aditivo, se aplica a situações em que tomamos decisões alternativas, ou uma ou outra,
não sequenciais.

Análise Combinatória 23
Imagine que você possa sair hoje à noite para ir ao cinema ou ao teatro, mas não a ambos, pois as
sessões são simultâneas.
Há 3 filmes em cartaz no cinema e 2 peças de teatro.
Nessa situação, quantos são suas opções de passeio para hoje à noite?
Perceba que não podemos aplicar o PFC, pois esses eventos não são sequenciais, você não escolherá
um filme e depois uma peça de teatro, é ou um ou outro.
Assim, você tem 3 opções para o cinema e 2 opções para o teatro, totalizando 3 + 2 = 5 opções.
Note que a condição para aplicarmos o PFC não foi satisfeita, não houve opção sequencial, uma após
a outra.
Como aprofundamento, vamos estudar o caso do lanche de Manoel.
Manoel está em uma lanchonete que tem 3 tipos diferentes de salgado, 2 tipos de suco e 4 tipos de
sorvete.
Até aqui, se eu te perguntasse quantos jeitos diferentes Manoel pode fazer seu pedido com 1 salgado,
1 suco e 1 sorvete, você provavelmente utilizaria o PFC e me responderia 3 ∙ 2 ∙ 4 = 24 maneiras diferentes.
Vamos, então, aprofundar um pouco e imaginar que Manoel tenha somente dinheiro suficiente para
comprar dois itens e tenha decidido comprar dois itens diferentes para seu lanche.
Assim, de quantos modos distintos poderia Manoel fazer seu pedido?
Como Manoel tem 3 itens disponíveis para escolha e pegará apenas 2, temos uma combinação de 3
elementos, tomados 2 a 2.
3∙2
𝐶3,2 = = 3 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
2∙1
Essas 3 maneiras são:

Salgado e Suco

Lanche do
Salgado e Sorvete
Manoel

Suco e Sorvete

Podemos aplicar o PFC para saber quantas opções, dentro de cada escolha, tem Manoel.

Salgado e Suco 3∙2=6

Lanche do 3 ∙ 4 = 12
Salgado e Sorvete
Manoel

Suco e Sorvete 2∙4=8

Até aqui, todos os conceitos envolvidos na análise do lanche de Manoel já foram vistos.
Para continuarmos, é preciso que respondamos a seguinte pergunta:

Análise Combinatória 24
Manoel poderá ter em seu lanche Salgado e Suco E Salgado e Sorvete E Suco e Sorvete?
Se ele tinha dinheiro suficiente apenas para dois itens, a resposta é não, ele não pode ter as três
opções simultaneamente. Ele pode ter UMA das opções, somente.
Utilizamos o conectivo OU ... OU para explicitar essa condição. Assim, podemos dizer que Manoel
poderá ter em seu lanche OU Salgado e Suco OU Salgado e Sorvete OU Suco e Sorvete.
Desse modo, não podemos aplicar o princípio multiplicativo, PFC, pois não são eventos sucessivos e
sim alternativos.
E como fazemos quando temos alternativas diferentes, não sequenciais?
Já respondemos essa no início deste tópico, as somamos.
Portanto, o número 𝑛 de opções para o lanche de Manoel é dado por:

Salgado e Suco 3∙2=6

Salgado e
Lanche do Sorvete 3 ∙ 4 = 12
Manoel
+

Suco e Sorvete 2∙4=8

𝑛 = 6 + 12 + 8
𝑛 = 26
Em suma, utilizamos o PFC para sucessivos e o princípio aditivo para eventos alternativos.
Quando fazemos uma escolha E outra, PFC.
Quando fazemos OU uma escolha OU outra, princípio aditivo.

6. Fórmulas, demonstrações e comentários

6.1. Quantos subconjuntos um conjunto pode gerar?


Bem, vamos por partes.
Todo conjunto possui, como subconjunto, o conjunto vazio (∅), que representa combinar os
elementos do conjunto zero a zero elementos.
Além desse, podemos combinar esses elementos um a um, dois a dois, três a três e quatro a quatro.
Assim, o número de subconjuntos que podem ser gerados por um conjunto de 𝑛 = 4 elementos é
dado por:
𝐶4,0 + 𝐶4,1 + 𝐶4,2 + 𝐶4,3 + 𝐶4,4
Vamos aos cálculos.
𝐶4,0 + 𝐶4,1 + 𝐶4,2 + 𝐶4,3 + 𝐶4,4

Análise Combinatória 25
4! 4 4∙3 4∙3∙2 4∙3∙2∙1
+ + + +
0! (4 − 0)! 1 2 ∙ 1 3 ∙ 2 ∙ 1 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
2
4! 4∙3 4∙3∙2 4∙3∙2∙1
+4+ + +
4! 2∙1 3∙2∙1 4∙3∙2∙1
1+4+2∙3+4+1
1+4+6+4+1
Antes de fazermos essa soma, você reconhece essa sequência?
Ela contém os números da quarta linha (𝐿4) do triângulo de Pascal, que vimos na primeira aula.
C0
L0 1 C1
L1 1 1 C2
L2 1 2 1 C3
L3 1 3 3 1 C4
L4 1 4 6 4 1 C5
L5 1 5 10 10 5 1 C6
L6 1 6 15 20 15 6 1
. . . . . . . .
. . . . . . . .
. . . . . . . .

O triângulo de Pascal apresenta muitas características interessantes e uma delas é a soma dos
elementos de suas linhas, acompanhe.
𝐿0 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 = 20
𝐿1 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 1 = 2 = 21
𝐿2 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 2 + 1 = 4 = 22
𝐿3 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 3 + 3 + 1 = 8 = 23
𝐿4 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 4 + 6 + 4 + 1 = 16 = 24
𝐿5 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 5 + 10 + 10 + 5 + 1 = 32 = 25
𝐿6 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 6 + 15 + 20 + 15 + 6 + 1 = 64 = 26
.
.
.
Percebe-se no desenvolvimento anterior que soma dos elementos de uma linha 𝑛 do triângulo de
Pascal é igual a 2𝑛 .
Recapitulando.
Um conjunto de 𝑛 elementos pode gerar uma quantidade de subconjuntos que, por meio da soma
de combinações de seus elementos, gera a soma dos elementos da n-ésima linha do triângulo de Pascal.
A soma dos elementos da n-ésima linha do triângulo de Pascal é igual a 2𝑛 .
Conclusão: um conjunto que possui 𝑛 elementos pode gerar 2𝑛 subconjuntos.

Análise Combinatória 26
6.2. Estratégia para resolver problemas envolvendo Análise
combinatória.

Não adie as restrições.


Nos problemas de análise combinatória, é comum termos restrições como:
✓ iniciar com consoantes
✓ iniciar com vogais
✓ um casal permanecer junto
✓ o número não se iniciar com zero
✓ o número ser par ou ímpar
✓ um anagrama apresentar as vogais ou consoantes juntas
Elas devem ser resolvidas antes do caso geral. Assim, garantimos que as particularidades foram
satisfeitas e o que sobrar será tratado como caso geral de permutação, arranjo ou combinação.

Análise Combinatória 27
6.3. Resumo

Permutação

Todos os elementos participam da


troca, simultaneamente, em todas
as configurações.

Simples Com repetição Circular Caótica

𝑛! 𝑛!
𝑃𝑛 = 𝑛! 𝑃𝑛𝑟 = 𝑃𝐶𝑛 = = 𝑛−1 𝑃𝑛 = ! 𝑛
𝑟! 𝑛

Permutações simples, com repetição ou circulares guardam o mesmo princípio: 𝑃𝑛 = 𝑛!


Mesmo princípio, não a mesma fórmula, ok?
Para os casos de permutação com repetição ou de permutação circular, acontece a
contagem de um mesmo elemento mais de uma vez. Por isso ambas apresentam uma divisão.
Essa divisão representa, exatamente, a quantidade de elementos contados em multiplicidade.

Análise Combinatória 28
Simples

Com repetição
Permutação
Circular

Princípio
multiplicativo Caótica
PFC
Arranjo
Análise
Combinatória
Combinação
Princípio
Aditivo

Análise Combinatória 29
7. Questões de vestibulares anteriores
1. (EEAR/2019)

Com os algarismos 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓, 𝟔 e 𝟕 posso escrever ___ números pares de quatro algarismos distintos.

a) 120

b) 180

c) 240

d) 360

2. (FUVEST/2018)

Doze pontos são assinalados sobre quatro segmentos de reta de forma que três pontos sobre três
segmentos distintos nunca são colineares, como na figura.

O número de triângulos distintos que podem ser desenhados com os vértices nos pontos assinalados é

a) 𝟐𝟎𝟎.

b) 𝟐𝟎𝟒.

c) 𝟐𝟎𝟖.

d) 𝟐𝟏𝟐.
e) 𝟐𝟐𝟎.

Análise Combinatória 30
3. (INSPER/2018)

LOTOGOL é um jogo de loteria em que o apostador marca seu palpite de placar em 𝟓 jogos de futebol de
uma rodada. Ganha premiação aquele que acerta 𝟑, 𝟒 ou 𝟓 dos palpites. Estas são as instruções do
jogo:

Como jogar:

Acerte a quantidade de gols feitos pelos times de futebol na rodada e concorra a uma bolada. Para apostar,
basta marcar no volante o número de gols de cada time de futebol participante dos 𝟓 jogos do
concurso. Você pode assinalar 𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑 ou mais gols (esta opção está representada pelo sinal +). Os
clubes participantes estão impressos nos bilhetes emitidos pelo terminal.

O número total de diferentes apostas que podem ser feitas no LOTOGOL é igual a

a) 𝟓𝟔

b) 𝟓𝟏𝟎 − 𝟓

c) 𝟓𝟓

d) 𝟓𝟏𝟎

e) 𝟓𝟓 − 𝟓

Análise Combinatória 31
4. (VUNESP/2017)

Uma criança possui 6 blocos de encaixe, sendo 2 amarelos, 2 vermelhos, 1 verde e 1 azul.

Usando essas peças, é possível fazer diferentes pilhas de três blocos. A seguir, são exemplificadas quatro
das pilhas possíveis.

Utilizando os blocos que possui, o total de pilhas diferentes de três blocos, incluindo as exemplificadas,
que a criança pode fazer é igual a

a) 𝟓𝟖.

b) 𝟐𝟎.

c) 𝟒𝟐.

d) 𝟑𝟔.

e) 𝟕𝟐.

5. (ENEM/2017)

Como não são adeptos da prática de esportes, um grupo de amigos resolveu fazer um torneio de futebol
utilizando videogame. Decidiram que cada jogador joga uma única vez com cada um dos outros
jogadores. O campeão será aquele que conseguir o maior número de pontos. Observaram que o
número de partidas jogadas depende do número de jogadores, como mostra o quadro:

Se a quantidade de jogadores for 8, quantas partidas serão realizadas?

a) 64

b) 56

c) 49
d) 36
e) 28

Análise Combinatória 32
6. (FATEC/2017)

Uma tela de computador pode ser representada por uma matriz de cores, de forma que cada elemento da
matriz corresponda a um 1pixel na tela.

Numa tela em escala de cinza, por exemplo, podemos atribuir 𝟐𝟓𝟔 cores diferentes para cada pixel, do
preto absoluto (código da cor: 𝟎) passando pelo cinza intermediário (código da cor: 𝟏𝟐𝟕) ao branco
absoluto (código da cor: 𝟐𝟓𝟓).
1 Menor elemento em uma tela ao qual é possível atribuir-se uma cor.

Suponha que na figura estejam representados 25 pixels de uma tela.

A matriz numérica correspondente às cores da figura apresentada é dada por


𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓
𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓 𝟎
𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕
𝟎 𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎
[𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓]
O número máximo de matrizes distintas que podem ser formadas com 𝟐𝟓 pixels de tamanho, em que se
possa preencher cada pixel com qualquer uma dentre as 𝟐𝟓𝟔 cores da escala de cinza, é igual a

a) 𝟐𝟓𝟓𝟐𝟓𝟔

b) 𝟏𝟐𝟕𝟐𝟓

c) 𝟐𝟓𝟐𝟓

d) 𝟐𝟓𝟔𝟐𝟓

e) 𝟎𝟐𝟓𝟔

Análise Combinatória 33
7. (UEA/2017)

Um condomínio tem exatamente 𝟐𝟎 condôminos, sendo 𝟏𝟐 deles proprietários dos apartamentos do


bloco 𝑨 e os restantes, dos apartamentos do bloco 𝑩. O número de maneiras diferentes de se formar
uma comissão de obras contendo exatamente 𝟒 condôminos do bloco 𝑨 e 𝟑 condôminos do bloco 𝑩 é

𝒂) 𝟗𝟗𝟎

𝒃) 𝟏 𝟏𝟎𝟐

𝒄) 𝟏𝟏𝟐

𝒅) 𝟐𝟕 𝟕𝟐𝟎

𝒆) 𝟔 𝟗𝟑𝟎

8. (UEA/2017)

Para serem transportadas ao aeroporto, seis pessoas de uma mesma família, sendo dois adultos e quatro
crianças, devem ocupar as duas primeiras fileiras de bancos de uma van, com três assentos em cada
fileira. O número de maneiras diferentes pelas quais as seis pessoas podem distribuir-se nos assentos,
de modo que os adultos ocupem sempre os dois assentos das extremidades da primeira fileira, é

𝒂) 𝟗𝟔

𝒃) 𝟏𝟖

𝒄) 𝟐𝟒

𝒅) 𝟒𝟖

𝒆) 𝟑𝟔

9. (FUVEST/2016)

Vinte times de futebol disputam a Série 𝑨 do Campeonato Brasileiro, sendo seis deles paulistas. Cada time
joga duas vezes contra cada um dos seus adversários. A porcentagem de jogos nos quais os dois
oponentes são paulistas é

a) menor que 𝟕%.

b) maior que 𝟕%, mas menor que 𝟏𝟎%.

c) maior que 𝟏𝟎%, mas menor que 𝟏𝟑%.

d) maior que 𝟏𝟑%, mas menor que 𝟏𝟔%.

e) maior que 𝟏𝟔%.

10. (PUCRS/2016)

Análise Combinatória 34
O número de triângulos que podem ser formados unindo o vértice 𝑨 a dois dos demais vértices do
paralelepípedo é

a) 15

b) 18

c) 21

d) 24

e) 27

11. (UERJ/2015.2)

Uma criança ganhou seis picolés de três sabores diferentes: baunilha, morango e chocolate,
representados, respectivamente, pelas letras 𝑩, 𝑴 e 𝑪. De segunda a sábado, a criança consome um
único picolé por dia, formando uma sequência de consumo dos sabores. Observe estas sequências, que
correspondem a diferentes modos de consumo:

(𝑩, 𝑩, 𝑴, 𝑪, 𝑴, 𝑪) 𝒐𝒖 (𝑩, 𝑴, 𝑴, 𝑪, 𝑩, 𝑪) 𝒐𝒖 (𝑪, 𝑴, 𝑴, 𝑩, 𝑩, 𝑪)


O número total de modos distintos de consumir os picolés equivale a:

𝒂) 𝟔

𝒃) 𝟗𝟎

𝒄) 𝟏𝟖𝟎

𝒅) 𝟕𝟐𝟎

12. (VUNESP/2015)

As urnas 𝟏, 𝟐 e 𝟑 contêm, respectivamente, apenas as letras das palavras OURO, PRATA e BRONZE. Uma a
uma são retiradas letras dessas umas, ordenadamente e de forma cíclica, ou seja, a primeira letra
retirada é da urna 𝟏, a segunda é da urna 𝟐, a terceira é da urna 𝟑, a quarta volta a ser da urna 𝟏, a
quinta volta a ser da urna 𝟐, e assim sucessivamente.

O número mínimo de letras retiradas das urnas dessa maneira até que seja possível formar, com elas, a
palavra PRAZER é igual a

a) 𝟖.

b) 𝟔.

c) 𝟏𝟎.

d) 𝟗.

e) 𝟕.
13. (UNICAMP/2015)

Análise Combinatória 35
O número mínimo de pessoas que deve haver em um grupo para que possamos garantir que nele há pelo
menos três pessoas nascidas no mesmo dia da semana é igual a

a) 𝟐𝟏.

b) 𝟐𝟎.

c) 𝟏𝟓.

d) 𝟏𝟒.

14. (VUNESP/2014)

Um professor, ao elaborar uma prova composta de 𝟏𝟎 questões de múltipla escolha, com 𝟓 alternativas
cada e apenas uma correta, deseja que haja um equilíbrio no número de alternativas corretas, a serem
assinaladas com 𝑿 na folha de respostas. Isto é, ele deseja que duas questões sejam assinaladas com
a alternativa 𝑨, duas com a 𝑩, e assim por diante, como mostra o modelo.

Modelo de folha de resposta (gabarito)

Nessas condições, a quantidade de folha de respostas diferentes, com a letra X disposta nas alternativas
corretas, será

a) 302 400.

b) 113 400.

c) 226 800.

d) 181 440.

e) 604 800.

Análise Combinatória 36
15. (UNICAMP/2013)

Para acomodar a crescente quantidade de veículos, estuda-se mudar as placas, atualmente com três letras
e quatro algarismos numéricos, para quatro letras e três algarismos numéricos, como está ilustrado
abaixo.

Considere o alfabeto com 𝟐𝟔 letras o os algarismos de 𝟎 a 𝟗. O aumento obtido com essa modificação em
relação ao número máximo de placas em vigor seria

a) inferior ao dobro.

b) superior ao dobro e inferior ao triplo.

c) superior ao triplo e interior ao quádruplo.

d) mais que o quádruplo.

16. (UNICAMP/2012)

O grêmio estudantil do Colégio Alvorada é composto por 6 alunos e 8 alunas. Na última reunião do grêmio,
decidiu-se formar uma comissão de 𝟑 rapazes e 𝟓 moças para a organização das olimpíadas do colégio.
De quantos modos diferentes pode-se formar essa comissão?

a) 𝟔. 𝟕𝟐𝟎

b) 𝟏𝟎𝟎. 𝟖𝟎𝟎

c) 𝟖𝟎𝟔. 𝟒𝟎𝟎

d) 𝟏. 𝟏𝟐𝟎

17. (UFU/2011.2)

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum e o que mais mata mulheres no mundo.
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) investigam propriedades antitumorais de extratos
vegetais produzidos a partir de plantas da Amazônia, como a Cassia Ocidentalis. Suponha que no
laboratório de farmacologia da UnB trabalhem 𝟏𝟎 homens e 𝟒 mulheres. Necessita-se formar uma
equipe composta por 𝟒 pessoas para dar continuidade às pesquisas e nela pretende-se que haja pelo
menos uma mulher. Nessas condições, o número total de maneiras de se compor uma equipe de
pesquisadores é igual a:

𝒂) 𝟔𝟒𝟏

𝒃) 𝟖𝟐𝟔

𝒄) 𝟕𝟗𝟏
𝒅) 𝟗𝟑𝟔

Análise Combinatória 37
18. (UFU/2011.1)

Uma fábrica de tintas necessita contratar uma equipe para desenvolver e produzir um novo tipo de
produto. A equipe deve ser formada por 𝟒 químicos, 𝟏 engenheiro ambiental e 𝟐 engenheiros de
produção. Se no processo final de seleção compareceram 𝟔 químicos, 𝟑 engenheiros ambientais e 𝟒
engenheiros de produção, o número de maneiras que a equipe poderá ser formada é igual a:

𝒂) 𝟔! ∙ 𝟑

𝒃) 𝟔! ∙ 𝟏𝟖

𝒄) 𝟔! ∙ 𝟑/𝟖

𝒅) 𝟔! ∙ 𝟑/𝟒

19. (VUNESP/2011)

Em um jogo lotérico, com 𝟒𝟎 dezenas distintas e possíveis de serem escolhidas para aposta, são sorteadas
𝟒 dezenas e o ganhador do prêmio maior deve acenar todas elas. Se a aposta mínima, em 𝟒 dezenas,
custa 𝑹$ 𝟐, 𝟎𝟎 , uma aposta em 𝟔 dezenas deve custar:

a) 𝑹$ 𝟏𝟓, 𝟎𝟎.

b) 𝑹$ 𝟑𝟎, 𝟎𝟎.

c) 𝑹$ 𝟑𝟓, 𝟎𝟎.

d) 𝑹$ 𝟕𝟎, 𝟎𝟎.

e) 𝑹$ 𝟏𝟒𝟎, 𝟎𝟎.

20. (FUVEST/2010)

Maria deve criar uma senha de 𝟒 dígitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente os algarismos
𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓 podem ser usados e um mesmo algarismo pode aparecer mais de uma vez. Contudo,
supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 𝟏𝟑, isto é, o algarismo 𝟏 seguido
imediatamente pelo algarismo 𝟑. De quantas maneiras distintas Maria pode escolher sua senha?

a) 𝟓𝟓𝟏

b) 𝟓𝟓𝟐

c) 𝟓𝟓𝟑

d) 𝟓𝟓𝟒

e) 𝟓𝟓𝟓

21. (FUVEST/2008)

Análise Combinatória 38
Uma lotação possui três bancos para passageiros, cada um com três lugares, e deve transportar os três
membros da família Sousa, o casal Lúcia e Mauro e mais quatro pessoas. Além disso,

𝟏. a família Sousa quer ocupar um mesmo banco;

𝟐. Lúcia e Mauro querem sentar-se lado a lado.

Nessas condições, o número de maneiras distintas de dispor os nove passageiros na lotação é igual a

a) 𝟗𝟐𝟖

b) 𝟏𝟏𝟓𝟐

c) 𝟏𝟖𝟐𝟖

d) 𝟐𝟒𝟏𝟐

e) 𝟑𝟒𝟓𝟔

22. (FUVEST/2007)

Em uma classe de 𝟗 alunos, todos se dão bem, com exceção de Andréia, que vive brigando com Manoel e
Alberto.

Nessa classe, será constituída uma comissão de cinco alunos, com a exigência de que cada membro se
relacione bem com todos os outros.

Quantas comissões podem ser formadas?

a) 𝟕𝟏

b) 𝟕𝟓

c) 𝟖𝟎

d) 𝟖𝟑

e) 𝟖𝟕

Análise Combinatória 39
23. (FUVEST/2006)

Em uma certa comunidade, dois homens sempre se cumprimentam (na chegada) com um aperto de mão
e se despedem (na saída) com outro aperto de mão. Um homem e uma mulher se cumprimentam com
um aperto de mão, mas se despedem com um aceno. Duas mulheres só trocam acenos, tanto para se
cumprimentarem quanto para se despedirem.

Em uma comemoração, na qual 37 pessoas almoçaram juntas, todos se cumprimentaram e se despediram


na forma descrita acima. Quantos dos presentes eram mulheres, sabendo que foram trocados 720
apertos de mão?

a) 16

b) 17

c) 18

d) 19

e) 20

24. (FUVEST/2005)

Participam de um torneio de voleibol, 𝟐𝟎 times distribuídos em 𝟒 chaves, de 𝟓 times cada. Na 𝟏ª fase do


torneio, os times jogam entre si uma única vez (um único turno), todos contra todos em cada chave,
sendo que os 𝟐 melhores de cada chave passam para a 𝟐ª fase.

Na 𝟐ª fase, os jogos são eliminatórios; depois de cada partida, apenas o vencedor permanece no torneio.
Logo, o número de jogos necessários até que se apure o campeão do torneio é

a) 𝟑𝟗

b) 𝟒𝟏

c) 𝟒𝟑

d) 𝟒𝟓

e) 𝟒𝟕

Análise Combinatória 40
25. (FUVEST/2004)

Três empresas devem ser contratadas para realizar quatro trabalhos distintos em um condomínio. Cada
trabalho será atribuído a uma única empresa e todas elas devem ser contratadas. De quantas maneiras
distintas podem ser distribuídos os trabalhos?

a) 𝟏𝟐

b) 𝟏𝟖

c) 𝟑𝟔

d) 𝟕𝟐

e) 𝟏𝟎𝟖

26. (UNESP/2005)

O número de maneiras que 𝟑 pessoas podem sentar-se em uma fileira de 𝟔 cadeiras vazias de modo que,
entre duas pessoas próximas (seguidas), sempre tenha exatamente uma cadeira vazia, é

𝒂) 𝟑.

𝒃) 𝟔.

𝒄) 𝟗.

𝒅) 𝟏𝟐.

𝒆) 𝟏𝟓.

27. (FUVEST/2003)

Uma ONG decidiu preparar sacolas, contendo 𝟒 itens distintos cada, para distribuir entre a população
carente. Esses 𝟒 itens devem ser escolhidos entre 𝟖 tipos de produtos de limpeza e 𝟓 tipos de alimentos
não perecíveis. Em cada sacola, deve haver pelo menos um item que seja alimento não perecível e pelo
menos um item que seja produto de limpeza. Quantos tipos de sacolas distintas podem ser feitos?

a) 𝟑𝟔𝟎

b) 𝟒𝟐𝟎

c) 𝟓𝟒𝟎

d) 𝟔𝟎𝟎

e) 𝟔𝟒𝟎

Análise Combinatória 41
28. (UNESP/2002)

Quatro amigos, Pedro, Luísa, João e Rita, vão ao cinema, sentando-se em lugares consecutivos na
mesma fila. O número de maneiras que os quatro podem ficar dispostos de forma que Pedro e Luísa
fiquem sempre juntos e João e Rita fiquem sempre juntos é

𝒂) 𝟐.

𝒃) 𝟒.

𝒄) 𝟖.

𝒅) 𝟏𝟔.

𝒆) 𝟐𝟒.

29. (FUVEST/2001)

Uma classe de Educação Física de um colégio é formada por dez estudantes, todos com alturas diferentes.
As alturas dos estudantes, em ordem crescente, serão designadas por 𝒉𝟏 , 𝒉𝟐 , … , 𝒉𝟏𝟎 (𝒉𝟏 < 𝒉𝟐 < ⋯ <
𝒉𝟗 < 𝒉𝟏𝟎 ). O professor vai escolher cinco desses estudantes para participar de uma demonstração na
qual eles se apresentarão alinhados, em ordem crescente de suas alturas. Dos
𝟏𝟎
( ) = 𝟐𝟓𝟐
𝟓
grupos que podem ser escolhidos, em quantos, o estudante, cuja altura é 𝒉𝟕 , ocupará a posição central
durante a demonstração?

a) 𝟕

b) 𝟏𝟎

c) 𝟐𝟏

d) 𝟒𝟓

e) 𝟔𝟎

Análise Combinatória 42
30. (FUVEST/2001-Alternativo)

O mesmo enunciado do exercício anterior aparece em muitos materiais didáticos com o aluno 𝒉𝟕 como
referência central, o que não altera o raciocínio, apenas a referência numérica.

Uma classe de Educação Física de um colégio é formada por dez estudantes, todos com alturas diferentes.
As alturas dos estudantes, em ordem crescente, serão designadas por 𝒉𝟏 , 𝒉𝟐 , … , 𝒉𝟏𝟎 (𝒉𝟏 < 𝒉𝟐 < ⋯ <
𝒉𝟗 < 𝒉𝟏𝟎 ). O professor vai escolher cinco desses estudantes para participar de uma demonstração na
qual eles se apresentarão alinhados, em ordem crescente de suas alturas. Dos
𝟏𝟎
( ) = 𝟐𝟓𝟐
𝟓
grupos que podem ser escolhidos, em quantos, o estudante, cuja altura é 𝒉𝟕 , ocupará a posição central
durante a demonstração?

a) 𝟕

b) 𝟏𝟎

c) 𝟐𝟏

d) 𝟒𝟓

e) 𝟔𝟎

31. (FUVEST/1999)

Um estudante terminou um trabalho que tinha 𝒏 páginas. Para numerar todas essas páginas, iniciando
com a página 𝟏, ele escreveu 𝟐𝟕𝟎 algarismos. Então o valor de 𝒏 é:

a) 𝟗𝟗

b) 𝟏𝟏𝟐

c) 𝟏𝟐𝟔

d) 𝟏𝟒𝟖

e) 𝟐𝟕𝟎

Análise Combinatória 43
8. Gabarito das questões de vestibulares anteriores

1. b 17. c
2. d 18. c
3. d 19. b
4. c 20. a
5. e 21. e
6. d 22. a
7. d 23. b
8. d 24. e
9. b 25. d
10. c 26. c
11. b 27. e
12. a 28. c
13. c 29. e
14. b 30. d
15. a 31. e
16. d

Análise Combinatória 44
9. Questões de vestibulares resolvidas e comentadas
1. (EEAR/2019)

Com os algarismos 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓, 𝟔 e 𝟕 posso escrever ___ números pares de quatro algarismos distintos.

a) 120

b) 180

c) 240

d) 360
Comentários
Vimos que, quando há restrições, devemos começar por elas. Neste exercício, a restrição se dá no
último algarismo, que deve ser de tal modo a proporcionar a paridade do número.
Dentre as possibilidades 2,3,4,5,6 e 7, os algarismos da unidade que proporcionam o número ser par
são 2,4 e 6, portanto, 3 possibilidades.
Utilizando o princípio multiplicativo, vamos construir, passo a passo, o cálculo para termos um
número par de quatro algarismos dentre os apresentados.
O algarismo das unidades deve ser 2,4 ou 6, portanto, temos 3 possibilidades.
𝑛 = ___ ∙ ___ ∙ ___ ∙ 3
Para o algarismo das dezenas, podemos utilizar qualquer um dos 6 números apresentados, menos o
que foi utilizado na posição das unidades, pois o enunciado nos solicitou que fossem algarismos distintos.
Como tínhamos 6 algarismos e já utilizamos 1, ainda temos 5 possibilidades para a posição das
dezenas.
𝑛 = ___ ∙ ___ ∙ 5 ∙ 3
Caminhando um pouco mais, chegamos à posição das centenas.
Das 6 possibilidades iniciais, já utilizamos duas, uma na posição das unidades e outra na posição das
dezenas. Temos, então, 4 possibilidades para utilização na casa das centenas.
𝑛 = ___ ∙ 4 ∙ 5 ∙ 3
E, para a última posição, temos, ainda, 3 possibilidades das 6 iniciais.
𝑛 = 3∙4∙5∙3
Assim, podemos dizer que a quantidade 𝑛 de números pares de quatro algarismos distintos formados
pelos algarismos 2,3,4,5,6 e 7 é dada por:

𝑛 = 3∙4∙5∙3
𝑛 = 180
Gabarito: b)

2. (FUVEST/2018)

Doze pontos são assinalados sobre quatro segmentos de reta de forma que três pontos sobre três
segmentos distintos nunca são colineares, como na figura.

Análise Combinatória 45
O número de triângulos distintos que podem ser desenhados com os vértices nos pontos assinalados é

a) 𝟐𝟎𝟎.

b) 𝟐𝟎𝟒.

c) 𝟐𝟎𝟖.

d) 𝟐𝟏𝟐.

e) 𝟐𝟐𝟎.
Comentários
Inicialmente podemos pensar que com 12 pontos distintos, poderíamos combiná-los 3 a 3 para fazer
vértices de triângulos. Cada 3 pontos diferentes definiriam 3 vértices, portanto, 1 triângulo.
O problema é que pontos alinhados não formam triângulos, como no caso dos pontos destacados a
seguir.

Caso os 12 pontos estivessem todos em condições de produzir vértices de triângulos, teríamos 𝐶12,3
triângulos diferentes.
Os 4 pontos que estão na reta horizontal, quando escolhidos 3 a 3, não produzem triângulos, pois
estão alinhados. Desse modo, temos 𝐶4,3 maneiras de escolher 3 pontos desses 4 que foram contatos na
contagem geral, portanto, devem ser descontados.
O mesmo acontece com os pontos destacados na reta transversal. São 4 pontos alinhados que não
têm condições de produzir vértices de triângulos. Assim, devemos descontar outras 𝐶4,3 maneiras de
escolher 3 pontos, pois estas, também, não satisfazem a condição do problema.
Então, o número 𝑛 de triângulos que podemos formar com os vértices nos pontos informados é:
𝑛 = 𝐶12,3 − 𝐶4,3 − 𝐶4,3

12 ∙ 11 ∙ 10 4 ∙ 3 ∙ 2 4 ∙ 3 ∙ 2
𝑛= − −
3∙2∙1 3∙2∙1 3∙2∙1
2
12 ∙ 11 ∙ 10 4 ∙ 3 ∙ 2 4∙ 3∙2
𝑛= − −
3∙2∙1 3∙2∙1 3∙2∙1

Análise Combinatória 46
𝑛 = 2 ∙ 11 ∙ 10 − 4 − 4
𝑛 = 220 − 8
𝑛 = 212
Assim, podemos formar, com os pontos diagramados como na figura, 212 triângulos diferentes.
Gabarito: d)

3. (INSPER/2018)

LOTOGOL é um jogo de loteria em que o apostador marca seu palpite de placar em 𝟓 jogos de futebol de
uma rodada. Ganha premiação aquele que acerta 𝟑, 𝟒 ou 𝟓 dos palpites. Estas são as instruções do
jogo:

Como jogar:

Acerte a quantidade de gols feitos pelos times de futebol na rodada e concorra a uma bolada. Para apostar,
basta marcar no volante o número de gols de cada time de futebol participante dos 𝟓 jogos do
concurso. Você pode assinalar 𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑 ou mais gols (esta opção está representada pelo sinal +). Os
clubes participantes estão impressos nos bilhetes emitidos pelo terminal.

O número total de diferentes apostas que podem ser feitas no LOTOGOL é igual a

a) 𝟓𝟔

b) 𝟓𝟏𝟎 − 𝟓

c) 𝟓𝟓

d) 𝟓𝟏𝟎

e) 𝟓𝟓 − 𝟓
Comentários
Do ponto de vista do número de apostas possíveis, podemos nos restringir ao cartão de apostas.

Análise Combinatória 47
Perceba que cada linha representa um time e, nos 5 jogos, participam 10 times.
Além disso, para participar, o apostador deve preencher uma opção por linha, em todas as linhas.
Dessa forma, temos 5 opções de preenchimento na primeira linha.

5 opções

Análise Combinatória 48
Após preencher a primeira linha, vamos para a segunda, na qual temos mais 5 opções.

5 opções

E assim sucessivamente, 5 possibilidades de escolha a cada linha do bilhete.


Resta decidirmos se utilizaremos o princípio multiplicativo ou o princípio aditivo com essas
possibilidades.
Pensemos.
Ao apostar, preenche-se a primeira linha OU a segunda linha OU a terceira linha...
Ao apostar, preenche-se a primeira linha E a segunda linha E a terceira linha...
Nas condições do enunciado, ao apostar, preenchemos primeira linha E a segunda linha E a terceira
linha e assim por diante, indicando o uso do princípio multiplicativo.
Assim, o número 𝑛 de apostas distintas no volante apresentado é dado por:
𝑛 =5∙5∙5∙5∙5∙5∙5∙5∙5∙5
𝑛 = 510
Gabarito: d)

Análise Combinatória 49
4. (VUNESP/2017)

Uma criança possui 6 blocos de encaixe, sendo 2 amarelos, 2 vermelhos, 1 verde e 1 azul.

Usando essas peças, é possível fazer diferentes pilhas de três blocos. A seguir, são exemplificadas quatro
das pilhas possíveis.

Utilizando os blocos que possui, o total de pilhas diferentes de três blocos, incluindo as exemplificadas,
que a criança pode fazer é igual a

a) 𝟓𝟖.

b) 𝟐𝟎.

c) 𝟒𝟐.

d) 𝟑𝟔.

e) 𝟕𝟐.
Comentários
Como temos possibilidades de cores repetidas, teremos 3 tipos de pilhas de 3 blocos: as de 3 cores
diferentes, as com dois blocos amarelos e as com dois blocos vermelhos.
Para as torres de 3 cores diferentes, temos 4 cores disponíveis e 3 vagas. Além disso, mesmo que
duas torres apresentem as mesmas cores, mas em ordens diferentes, serão consideradas torres diferentes,
indicando que devemos considerar a escolha como um arranjo de 4 cores, tomados 3 a 3.

Análise Combinatória 50
Desse modo, o número 𝑛 de torres diferentes com 3 cores distintas é dado por:
𝑛 = 𝐴4,3
𝑛 = 4∙3∙2
𝑛 = 24
Para as torres que apresentarem 2 peças amarelas, temos dois aspectos a considerar: o número de
posições das peças amarelas e o número de opções para a terceira cor.
Para o número de opções que 2 peças amarelas podem ocupar em 3 lugares disponíveis, temos uma
combinação de 3 lugares, tomados 2 a 2 cores.
3∙2
𝐶3,2 =
2∙1

3∙ 2
𝐶3,2 =
2 ∙1

𝐶3,2 = 3
Já para o número de escolhas da terceira cor (as duas primeiras foram amarelas), temos 3 cores
disponíveis (azul, vermelho e verde) e apenas um lugar remanescente, assim, uma combinação de 3 cores,
escolhidas uma a uma, ou seja, 3 opções.
3
𝐶3,1 =
1
𝐶3,1 =3
Aqui, novamente, o momento de escolhermos entre os princípios multiplicativo ou aditivo.
Teremos, nesta torre de duas peças amarelas, qual das seguintes situações?
Duas peças amarelas E uma peça de outra cor.
Duas peças amarelas OU uma peça de outra cor.
Como cada torre deve ter, obrigatoriamente, 3 peças, teremos duas peças amarelas E uma peça de
outra cor, indicando o uso do princípio multiplicativo. Assim, o número 𝑝 de torres que apresentam duas
peças amarelas e uma peça de outra cor é dado por:
𝑝 = 𝐶3,2 ∙ 𝐶3,1
𝑝 =3∙3
𝑝=9
A análise para o número de torres que apresentam 2 peças vermelhas e uma de outra cor é idêntica
à análise feita para o número de torres que apresentam 2 peças amarelas e uma de outra cor, acompanhe.
O número de opções que 2 peças vermelhas podem ocupar em 3 lugares disponíveis indica uma
combinação de 3 lugares, tomados 2 a 2 cores.
3∙2
𝐶3,2 =
2∙1

3∙ 2
𝐶3,2 =
2 ∙1

Análise Combinatória 51
𝐶3,2 = 3
Já para o número de escolhas da terceira cor (as duas primeiras foram vermelhas), temos 3 cores
disponíveis (azul, amarelo e verde) e apenas um lugar remanescente, assim, uma combinação de 3 cores,
escolhidas uma a uma, ou seja, 3 opções.
3
𝐶3,1 =
1
𝐶3,1 =3
Novamente, a escolha do princípio a ser usado, no caso, o multiplicativo pois as torres apresentam
duas peças vermelhas E uma peça de outra cor.
Desse modo, o número 𝑞 de torres que apresentam duas peças vermelhas e uma terceira de outra
cor é dado por:
𝑞 = 𝐶3,2 ∙ 𝐶3,1
𝑞 =3∙3
𝑞=9
Vamos organizar esses dados para não nos perdermos na resolução:

3 cores distintas 𝑛 = 24

Torres de 3 peças 2 amarelas e 1 diferente 𝑝=9

2 vermelhas e 1 diferente 𝑞=9

E agora, o que fazer com esses números? Estamos diante de um caso em que utilizaremos o princípio
multiplicativo ou o aditivo?
Pensemos no caso das torres.
Cada torre apresenta 3 cores distintas E 2 amarelas E 2 vermelhas.
Cada torre apresenta 3 cores distintas OU 2 amarelas OU 2 vermelhas.
Como cada torre só pode ser de um dos 3 tipos, não de todos ao mesmo tempo, estamos diante do
princípio aditivo.

Análise Combinatória 52
Assim, o número 𝑡 de torres diferentes que podemos montar com as condições dadas é de:
𝑡 =𝑛+𝑝+𝑞
𝑡 = 24 + 9 + 9
𝑡 = 42
Gabarito: c)

5. (ENEM/2017)

Como não são adeptos da prática de esportes, um grupo de amigos resolveu fazer um torneio de futebol
utilizando videogame. Decidiram que cada jogador joga uma única vez com cada um dos outros
jogadores. O campeão será aquele que conseguir o maior número de pontos. Observaram que o
número de partidas jogadas depende do número de jogadores, como mostra o quadro:

Se a quantidade de jogadores for 8, quantas partidas serão realizadas?

a) 64

b) 56

c) 49

d) 36

e) 28
Comentários
Quando temos um número 𝑥 de jogadores que jogam em pares, o número possível de jogos é dado
pela combinação desses 𝑥 jogadores, tomados 2 a 2.
O quadro mostra exatamente esses dados, veja.
2∙1
𝐶2,2 = =1
2∙1
3∙2 3∙ 2
𝐶3,2 = = =3
2∙1 2∙1
4∙3 2 4 ∙3
𝐶4,2 = = = 2∙3= 6
2∙1 2∙1
5∙4 5∙2 4
𝐶5,2 = = = 5 ∙ 2 = 10
2∙1 2∙1
6∙5 3 6 ∙5
𝐶6,2 = = = 3 ∙ 5 = 15
2∙1 2∙1
7∙6 7∙3 6
𝐶7,2 = = = 7 ∙ 3 = 21
2∙1 2∙1
Como o enunciado pede o número de partidas se houver 8 jogadores, temos.

Análise Combinatória 53
8∙7 4 8 ∙7
𝐶8,2 = = = 4 ∙ 7 = 28
2∙1 2∙1
Gabarito: e)

6. (FATEC/2017)

Uma tela de computador pode ser representada por uma matriz de cores, de forma que cada elemento da
matriz corresponda a um 1pixel na tela.

Numa tela em escala de cinza, por exemplo, podemos atribuir 𝟐𝟓𝟔 cores diferentes para cada pixel, do
preto absoluto (código da cor: 𝟎) passando pelo cinza intermediário (código da cor: 𝟏𝟐𝟕) ao branco
absoluto (código da cor: 𝟐𝟓𝟓).
1 Menor elemento em uma tela ao qual é possível atribuir-se uma cor.

Suponha que na figura estejam representados 25 pixels de uma tela.

A matriz numérica correspondente às cores da figura apresentada é dada por


𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓
𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓 𝟎
𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕
𝟎 𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎
[𝟐𝟓𝟓 𝟎 𝟏𝟐𝟕 𝟎 𝟐𝟓𝟓]
O número máximo de matrizes distintas que podem ser formadas com 𝟐𝟓 pixels de tamanho, em que se
possa preencher cada pixel com qualquer uma dentre as 𝟐𝟓𝟔 cores da escala de cinza, é igual a

a) 𝟐𝟓𝟓𝟐𝟓𝟔

b) 𝟏𝟐𝟕𝟐𝟓

c) 𝟐𝟓𝟐𝟓

d) 𝟐𝟓𝟔𝟐𝟓

e) 𝟎𝟐𝟓𝟔

Análise Combinatória 54
Comentários
Cada um dos 25 pixels poderá ser preenchido com um dos 256 possíveis códigos de cores.
Para a escolha do primeiro pixel, temos 256 possibilidades de cores.
Para a escolha do segundo pixel, temos 256 possibilidades de cores.
Para a escolha do terceiro pixel, temos 256 possibilidades de cores.
E assim por diante. Resta saber se essas escolhas são alternativas ou sucessivas, ou seja, se
utilizaremos o princípio aditivo ou multiplicativo com essas possibilidades.
Analisemos a escolha dos pixels para montar a imagem solicitada.
A imagem completa usa um pixel OU outro OU outro...
A imagem completa usa um pixel E outro E outro...
Como precisaremos, para montar a imagem completa, de um pixel E outro E outro, estamos diante
de um caso do princípio multiplicativo.
Assim, podemos dizer que o número 𝑛 de matrizes distintas, ou de imagens distintas, é dado por:
256 ∙ 256 ∙ 256 ∙ … ∙ 256 = 25625
𝑛=⏟
25 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠

Gabarito: d)

7. (UEA/2017)

Um condomínio tem exatamente 𝟐𝟎 condôminos, sendo 𝟏𝟐 deles proprietários dos apartamentos do


bloco 𝑨 e os restantes, dos apartamentos do bloco 𝑩. O número de maneiras diferentes de se formar
uma comissão de obras contendo exatamente 𝟒 condôminos do bloco 𝑨 e 𝟑 condôminos do bloco 𝑩 é

𝒂) 𝟗𝟗𝟎

𝒃) 𝟏 𝟏𝟎𝟐

𝒄) 𝟏𝟏𝟐

𝒅) 𝟐𝟕 𝟕𝟐𝟎

𝒆) 𝟔 𝟗𝟑𝟎
Comentários
Usando o princípio multiplicativo, temos:
12 8
𝑁=( )⋅( )
4 3
12 ∙ 11 ∙ 10 ∙ 9 8 ∙ 7 ∙ 6
𝑁= ⋅
24 6
𝑁 = 55 ∙ 9 ∙ 56
𝑁 = 27.720
Gabarito: d)

8. (UEA/2017)

Análise Combinatória 55
Para serem transportadas ao aeroporto, seis pessoas de uma mesma família, sendo dois adultos e quatro
crianças, devem ocupar as duas primeiras fileiras de bancos de uma van, com três assentos em cada
fileira. O número de maneiras diferentes pelas quais as seis pessoas podem distribuir-se nos assentos,
de modo que os adultos ocupem sempre os dois assentos das extremidades da primeira fileira, é

𝒂) 𝟗𝟔

𝒃) 𝟏𝟖

𝒄) 𝟐𝟒

𝒅) 𝟒𝟖

𝒆) 𝟑𝟔
Comentário
Temos a seguinte disposição
𝐹1 : 𝐴
⏟𝐶⏟𝐴

𝐹2 : 𝐶
⏟𝐶⏟𝐶

Dessa forma, temos o número de maneiras distintas de cada fila dado por:
4
𝐹1 : 𝐴
⏟𝐶 ⏟𝐴 ⏟ → 2! ∙ ( )
1
𝐹2 : 𝐶
⏟𝐶⏟𝐶⏟ → 3!

Como temos que cumprir a condição para a fileira 1 E para a fileira 2, temos o princípio multiplicativo.
Dessa forma,
4
𝑁 = 2! ∙ ( ) ⋅ 3!
1
𝑁 =2∙4∙6
𝑁 = 48
Gabarito: d)

Análise Combinatória 56
9. (FUVEST/2016)

Vinte times de futebol disputam a Série 𝑨 do Campeonato Brasileiro, sendo seis deles paulistas. Cada time
joga duas vezes contra cada um dos seus adversários. A porcentagem de jogos nos quais os dois
oponentes são paulistas é

a) menor que 𝟕%.

b) maior que 𝟕%, mas menor que 𝟏𝟎%.

c) maior que 𝟏𝟎%, mas menor que 𝟏𝟑%.

d) maior que 𝟏𝟑%, mas menor que 𝟏𝟔%.

e) maior que 𝟏𝟔%.


Comentários
Para saber um dado relativo, ou seja, em porcentagem, precisamos de dois termos: um que
representa a parte e outro que representa o todo. Em nosso problema, a parte 𝑝 representará os

“...jogos nos quais os dois oponentes são paulistas...”.


E o todo será a quantidade total 𝑞 de jogos do campeonato.
Para ambas as situações, como são times jogando uns contra os outros, a combinação é o caso que
mais se aplica. Assim, como cada time disputará duas partidas, teremos que duplicar nosso resultado.
𝑝 = 2 ∙ 𝐶6,2
6∙5
𝑝 = 2∙
2∙1
3
6 ∙5
𝑝=2∙
2∙1
𝑝 = 2∙3∙5
𝑝 = 30
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑡𝑖𝑚𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑢𝑙𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠
O número total 𝑞 de jogos do campeonato segue o mesmo princípio, mas com 20 times em vez de 6.
𝑞 = 2 ∙ 𝐶20,2
20 ∙ 19
𝑞 =2∙
2∙1
10
20 ∙ 19
𝑞 =2∙
2∙1
𝑞 = 2 ∙ 10 ∙ 19
𝑞 = 380
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑡𝑖𝑚𝑒𝑠

Análise Combinatória 57
Assim, a porcentagem solicitada é dada pela razão 𝑟 entre o número de partidas entre times paulistas
e o número de partidas totais do campeonato.
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑡𝑖𝑚𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑢𝑙𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑝 30 30 3 7,89
𝑟= = = = = ≅ 0,0789 ≅ ≅ 7,89%
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑡𝑖𝑚𝑒𝑠 𝑡 380 380 38 100
Dentre as alternativas apresentadas, temos que 7,89% é maior que 7%, mas menor que 10%.
Gabarito: b)

10. (PUCRS/2016)

O número de triângulos que podem ser formados unindo o vértice 𝑨 a dois dos demais vértices do
paralelepípedo é

a) 15

b) 18

c) 21

d) 24

e) 27
Comentários
O paralelepípedo tem, como podemos ver na figura, 8 vértices.
Precisamos formar triângulos com esses vértices, ligando-os, obrigatoriamente, ao vértice 𝐴.
Temos, então, o vértice 𝐴 ligado a outros dois dos 7 vértices disponíveis para formar triângulos, como
os seguintes.

A exigência para termos um triângulo é de 3 vértices. Se o ponto 𝐴 é um vértice obrigatório, teremos


que pegar os outros 2 dentre os 7 pontos disponíveis no paralelepípedo, dois de cada vez. Assim, o número
𝑛 de triângulos possíveis será dado pela combinação desses 7 pontos, tomados 2 a 2 (e ligados ao ponto 𝐴).

Análise Combinatória 58
𝑛 = 𝐶7,2
7∙6
𝑛=
2∙1
7∙3 6
𝑛=
2∙1
𝑛 =7∙3
𝑛 = 21
Gabarito: c)

11. (UERJ/2015.2)

Uma criança ganhou seis picolés de três sabores diferentes: baunilha, morango e chocolate,
representados, respectivamente, pelas letras 𝑩, 𝑴 e 𝑪. De segunda a sábado, a criança consome um
único picolé por dia, formando uma sequência de consumo dos sabores. Observe estas sequências, que
correspondem a diferentes modos de consumo:

(𝑩, 𝑩, 𝑴, 𝑪, 𝑴, 𝑪) 𝒐𝒖 (𝑩, 𝑴, 𝑴, 𝑪, 𝑩, 𝑪) 𝒐𝒖 (𝑪, 𝑴, 𝑴, 𝑩, 𝑩, 𝑪)


O número total de modos distintos de consumir os picolés equivale a:

𝒂) 𝟔

𝒃) 𝟗𝟎

𝒄) 𝟏𝟖𝟎

𝒅) 𝟕𝟐𝟎
Comentários
Nesse exercício, embora o enunciado não deixe explícito que seriam 2 picolés de cada sabor, essa foi
a interpretação que a banca deu.
Podemos perceber essa indicação pelos exemplos dados.
Desse modo, o número 𝑁 de maneiras distintas será uma permutação de seis elementos (os seis dias)
com repetição dos sabores (2 de cada). É similar a calcularmos o número de anagramas de BBCCMM.
𝑁 = 𝑃62,2,2
6!
𝑁=
2! 2! 2!
720
N=
8
N = 90
Gabarito: b)

12. (VUNESP/2015)

As urnas 𝟏, 𝟐 e 𝟑 contêm, respectivamente, apenas as letras das palavras OURO, PRATA e BRONZE. Uma a
uma são retiradas letras dessas umas, ordenadamente e de forma cíclica, ou seja, a primeira letra
retirada é da urna 𝟏, a segunda é da urna 𝟐, a terceira é da urna 𝟑, a quarta volta a ser da urna 𝟏, a
quinta volta a ser da urna 𝟐, e assim sucessivamente.

Análise Combinatória 59
O número mínimo de letras retiradas das urnas dessa maneira até que seja possível formar, com elas, a
palavra PRAZER é igual a

a) 𝟖.

b) 𝟔.

c) 𝟏𝟎.

d) 𝟗.

e) 𝟕.
Comentários
Vamos explicitar o enunciado na forma de diagramas.

“As urnas 𝟏, 𝟐 e 𝟑 contêm, respectivamente, apenas as letras das palavras OURO, PRATA e BRONZE.”
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈𝑅𝑂 𝑃𝑅𝐴𝑇𝐴 𝐵𝑅𝑂𝑁𝑍𝐸


“Uma a uma são retiradas letras dessas umas, ordenadamente e de forma cíclica, ou seja, a primeira letra
retirada é da urna 𝟏, a segunda é da urna 𝟐, a terceira é da urna 𝟑, a quarta volta a ser da urna 𝟏, a
quinta volta a ser da urna 𝟐, e assim sucessivamente.”

𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3 𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈𝑅𝑂 𝑃𝑅𝐴𝑇𝐴 𝐵𝑅𝑂𝑁𝑍𝐸 𝑂𝑈𝑅𝑂 𝑃𝑅𝐴𝑇𝐴 𝐵𝑅𝑂𝑁𝑍𝐸

Dadas as regras, eis a pergunta:

“O número mínimo de letras retiradas das urnas dessa maneira até que seja possível formar, com elas, a
palavra PRAZER é igual a...”
Como estamos interessados no número mínimo de letras retiradas para formar a palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅,
vamos seguir a ordem dada no enunciado e retirar, sempre que possível, as letras que nos interessam.
Vale notar, antes de começarmos, que as letras 𝑍 e 𝐸 só estão presentes na 𝑈𝑟𝑛𝑎 3. Desse modo,
sempre que passarmos pela 𝑈𝑟𝑛𝑎 3, daremos preferência para essas duas letras.
Comecemos.
Primeira retirada, 𝑈𝑟𝑛𝑎 1. A única letra que nos interessa é a letra 𝑅, pois está presente na palavra
𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅.
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈 𝑅 𝑂 𝑃𝑅𝐴𝑇𝐴 𝐵𝑅𝑂𝑁𝑍𝐸

𝑅
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑅

Análise Combinatória 60
Segunda retirada, 𝑈𝑟𝑛𝑎 2. Como já temos a letra 𝑅 e a letra 𝑇 não nos interessa, podemos coletar
tanto a letra 𝐴 quanto a letra 𝑃. Vamos coletar a letra 𝑃.
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈 𝑅 𝑂 𝑃 𝑅𝐴𝑇𝐴 𝐵𝑅𝑂𝑁𝑍𝐸

𝑅 𝑃
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑃𝑅
Terceira retirada, 𝑈𝑟𝑛𝑎 3. Podemos fazer a coleta tanto da letra 𝑅 (pois precisamos de duas letras 𝑅
para montar a palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅) quanto da letra 𝑍. Optemos pela letra 𝑍, pois essa letra não está presente
em outras urnas.
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈 𝑅 𝑂 𝑃 𝑅𝐴𝑇𝐴 𝐵𝑅𝑂𝑁 𝑍 𝐸

𝑅 𝑃 𝑍
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑃𝑅𝑍

Quarta retirada, pelas regras do jogo, voltamos à 𝑈𝑟𝑛𝑎 1. Como não há letras que nos interessem,
podemos pensar em pular a coleta ou pegar uma letra qualquer, mesmo que não nos sirva.
Para manter a maior fidelidade possível ao enunciado, faremos as coletas, mesmo que não úteis ao
caso.
Note que a única letra “útil” da 𝑈𝑟𝑛𝑎 1 para formar a palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅 foi a letra 𝑅, ou seja, sempre
que passarmos novamente pela 𝑈𝑟𝑛𝑎 1, teremos uma coleta “inútil”. Peguemos, por pegar, a primeira letra
𝑂.
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈𝑅𝑂 𝑃 𝑅𝐴𝑇𝐴 𝐵 𝑅 𝑂𝑁𝑍𝐸

𝑅𝑂 𝑃 𝑅
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑃𝑅𝑍 𝑂

Quinta retirada, 𝑈𝑟𝑛𝑎 2. Como já havíamos retirado a letra 𝑃, a próxima letra de interesse é a letra
𝐴. Note que, se tivéssemos escolhido ao contrário na rodada anterior, aqui escolheríamos de modo invertido.
A escolha anterior, portanto, acabou por não interferir no número de retiradas.
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈𝑅𝑂 𝑃 𝑅 𝐴 𝑇𝐴 𝐵 𝑅 𝑂𝑁𝑍𝐸

𝑅𝑂 𝑃𝐴 𝑅
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑃𝑅𝐴𝑍 𝑂
Sexta retirada, 𝑈𝑟𝑛𝑎 3. A única letra de interesse presente é a letra 𝐸. Façamos, então, a coleta.

Análise Combinatória 61
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂𝑈𝑅𝑂 𝑃 𝑅 𝐴 𝑇𝐴 𝐵 𝑅 𝑂𝑁𝑍 𝐸

𝑅𝑂 𝑃𝐴 𝑅𝐸
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸 𝑂
Sétima retirada, novo retorno à 𝑈𝑟𝑛𝑎 1. Não há letras de interesse. Coletemos, apenas para cumprir
as regras, a letra 𝑈.
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂 𝑈 𝑅𝑂 𝑃 𝑅 𝐴 𝑇𝐴 𝐵 𝑅 𝑂𝑁𝑍 𝐸

𝑅𝑂𝑈 𝑃𝐴 𝑅𝐸
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸 𝑂𝑈
Oitava retirada, Urna 2. A última letra faltante para completarmos a palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅 é a letra 𝑅,
presente nesta urna, então, façamos a coleta.
𝑈𝑟𝑛𝑎 1 𝑈𝑟𝑛𝑎 2 𝑈𝑟𝑛𝑎 3

𝑂 𝑈 𝑅𝑂 𝑃 𝑅 𝐴 𝑇𝐴 𝐵 𝑅 𝑂𝑁𝑍 𝐸

𝑅𝑂𝑈 𝑃𝐴𝑅 𝑅𝐸
𝐿𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠: 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅 𝑂𝑈
Assim, com o mínimo de 8 retiradas, conseguimos completar a palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅, como solicitado.
Ok, professor, mas como eu sei que esse é o caminho mínimo?
Pois bem, não há uma fórmula para essa contagem, por isso fizemos todo o caminho. A chave para
entender esse como o caminho mínimo está na terceira urna, que contém, com exclusividade, as letras 𝑍 e
𝐸. Sendo assim, precisaríamos passar por ela, no mínimo, duas vezes, o que implica não menos que seis
retiradas, condizente com o número da palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅, que tem 6 letras.
Além disso, a primeira urna só contém uma letra útil (uma letra 𝑅). Assim, ela seria útil na primeira
rodada somente. Já na segunda, seria irrelevante, forçando-nos a percorrer mais de duas vezes as 3 urnas
para conseguirmos as 6 letras da palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅.
Assim, como precisamos percorrer mais de duas vezes as 3 urnas e a primeira urna só é útil na
primeira retirada, não há possibilidade de termos menos de 8 retiradas (a primeira urna é inútil na retirada
número 4 e na retirada número 7.
Dessa forma, não é possível completar com menos de 8 retiradas. Como nosso caminho provou que,
com 8 retiradas, foi possível, podemos concluir que 8 retiradas realmente é o número mínimo para
completar a palavra 𝑃𝑅𝐴𝑍𝐸𝑅.
Gabarito: a)

13. (UNICAMP/2015)

O número mínimo de pessoas que deve haver em um grupo para que possamos garantir que nele há pelo
menos três pessoas nascidas no mesmo dia da semana é igual a

a) 𝟐𝟏.
b) 𝟐𝟎.

Análise Combinatória 62
c) 𝟏𝟓.

d) 𝟏𝟒.
Comentários
Nesse tipo de exercício, comum também com os meses do ano, para garantir que você tenha o
mínimo solicitado, pensaremos no extremo azar. Acompanhe.
O objetivo é ter 3 pessoas que nasceram no mesmo dia da semana. Bem, se você for extremamente
sortudo, pode escolher um grupo qualquer de 3 pessoas e dar a “sorte” de as três atenderem essa condição.
Mas o exercício solicitou, na verdade, o número mínimo de pessoas em um grupo para que tenhamos
3 pessoas, pelo menos, nascidas em um mesmo dia da semana, sem contar com a sorte.
Para não contar com a sorte, iremos ao extremo azar, a “pior” situação possível que, ao ser
ultrapassada, deixa obrigatória a exigência da condição.
Como temos sete dias diferentes na semana, imagine que seja possível, em um grupo de sete pessoas,
que cada uma tenha nascido em um dia diferente da semana.
Ao escolher mais sete pessoas que também nasceram cada uma em um dia da semana diferente e
agregarmos ao grupo antigo, temos certeza que, nesse novo grupo de 14 pessoas, há, com certeza, pelo
menos duas que nasceram em um mesmo dia da semana.
Nesse ponto, não precisamos de mais sete pessoas, basta uma. Como, na pior das hipóteses, temos
duas pessoas nascidas em cada dia da semana dentre essas 14 pessoas, ao agregar mais um elemento ao
grupo, temos a certeza de termos, em algum dia da semana, a coincidência de três pessoas terem nascido
nele.
Assim, só teremos certeza de que há, pelo menos, três pessoas que nasceram em um mesmo dia da
semana em um grupo mínimo de 15 pessoas.
Gabarito: c)

14. (VUNESP/2014)

Um professor, ao elaborar uma prova composta de 𝟏𝟎 questões de múltipla escolha, com 𝟓 alternativas
cada e apenas uma correta, deseja que haja um equilíbrio no número de alternativas corretas, a serem
assinaladas com 𝑿 na folha de respostas. Isto é, ele deseja que duas questões sejam assinaladas com
a alternativa 𝑨, duas com a 𝑩, e assim por diante, como mostra o modelo.

Modelo de folha de resposta (gabarito)

Análise Combinatória 63
Nessas condições, a quantidade de folha de respostas diferentes, com a letra X disposta nas alternativas
corretas, será

a) 302 400.

b) 113 400.

c) 226 800.

d) 181 440.

e) 604 800.
Comentários
A chave para entender a resolução dessa questão está em separar as questões por alternativa.
Utilizando o gabarito fornecido, em colunas.
A ordem de escolha não importa muito, desde que tenhamos, ao final, duas questões para cada
alternativa de resposta.
Vamos escolher as alternativas na ordem em que aparecem, de a) para e), mas você pode fazer em
outra ordem se quiser.
De início, temos 10 questões a resolver e estamos interessados em saber de quantos modos distintos
podemos escolher duas alternativas a). Aqui não estamos interessados, ainda, nas outras alternativas, só na
alternativa a).
Desse modo, temos.
A B C D E
01 X
02 X
03 X
04 X
05 X
06 X
07 X
08 X
09 X
10 X

Para escolher duas opções a) em 10 questões, temos uma combinação de 10 questões tomadas 2 a
2.
Lembre-se, escolher a primeira e a quinta questão é o mesmo que escolher a quinta e a primeira, por isso
temos uma combinação e não um arranjo, ok?
Assim, para escolher duas questões, dentre 10 possíveis, para a alternativa a), temos
10 ∙ 9
𝐶10,2 =
2∙1
5
10 ∙ 9
𝐶10,2 =
2 ∙1

Análise Combinatória 64
𝐶10,2 = 5 ∙ 9
𝐶10,2 = 45
Temos, então, 45 formas diferentes de escolher 2 alternativas a) dentre as 10 questões possíveis.
Passemos, então, à análise da alternativa b).
A B C D E
01 X
02 X
03 X
04 X
05 X
06 X
07 X
08 X
09 X
10 X

Do mesmo modo, temos uma combinação. No entanto, não podemos mais utilizar as 10 questões,
pois já utilizamos 2 na alternativa a).
Assim, o número de maneiras de escolhermos duas alternativas b) nesse gabarito, dentre as 8
questões restantes é:
8∙7
𝐶8,2 =
2∙1
4
8 ∙7
𝐶8,2 =
2 ∙1
𝐶8,2 = 4 ∙ 7 = 28
Analisemos, então, a alternativa c).
A B C D E
01 X
02 X
03 X
04 X
05 X
06 X
07 X
08 X
09 X
10 X

Para a escolha de 2 questões com a alternativa c) como resposta, temos sobrando apenas 6 questões
ainda não assinaladas.
Assim, o número de maneiras de escolhermos a alternativa c) é dado por:
6∙5
𝐶6,2 =
2∙1

Análise Combinatória 65
3
6 ∙5
𝐶6,2 =
2 ∙1
𝐶6,2 = 3 ∙ 5 = 15
Análise da alternativa d).
A B C D E
01 X
02 X
03 X
04 X
05 X
06 X
07 X
08 X
09 X
10 X

Para a escolha da alternativa d), temos ainda menos opções, pois já utilizamos 6 das 10 questões
inicialmente disponíveis com as alternativas a), b) e c).
Desse modo, temos, para a alternativa d), apenas 4 questões disponíveis para escolha.
4∙3
𝐶4,2 =
2∙1
2
4 ∙3
𝐶4,2 =
2 ∙1
𝐶4,2 =2∙3=6
E, por fim, temos a alternativa e). Como já escolhemos 8 das 10 questões disponíveis, temos apenas
uma maneira de escolher, dentre as 2 questões restantes, 2 alternativas e).
A B C D E
01 X
02 X
03 X
04 X
05 X
06 X
07 X
08 X
09 X
10 X
2∙1
𝐶2,2 =
2∙1
2∙1
𝐶2,2 = =1
2∙1
Agora, de posse de todos esses números, precisamos pensar se estamos diante do princípio
multiplicativo ou do princípio aditivo.
Analisemos.

Análise Combinatória 66
Cada gabarito apresenta 2 alternativas a) E 2 alternativas b) E 2 alternativas c)...
Cada gabarito apresenta 2 alternativas a) OU 2 alternativas b) OU 2 alterantivas c)...
Cada gabarito de prova deve ser preenchido totalmente, implicando o uso de todas as alternativas,
de a) a e). Assim, estamos diante do princípio multiplicativo.
Dessa forma, o número 𝑛 de gabaritos distintos, contendo exatamente duas respostas de cada
alternativa é:
𝑛 = 𝐶10,2 ∙ 𝐶8,2 ∙ 𝐶6,2 ∙ 𝐶4,2 ∙ 𝐶2,2
𝑛 = 45 ∙ 28 ∙ 15 ∙ 6 ∙ 1
𝑛 = 28 ∙ 15 ∙ 6 ∙ 1
𝑛 = 113.400
Gabarito: b)

Análise Combinatória 67
15. (UNICAMP/2013)

Para acomodar a crescente quantidade de veículos, estuda-se mudar as placas, atualmente com três letras
e quatro algarismos numéricos, para quatro letras e três algarismos numéricos, como está ilustrado
abaixo.

Considere o alfabeto com 𝟐𝟔 letras o os algarismos de 𝟎 a 𝟗. O aumento obtido com essa modificação em
relação ao número máximo de placas em vigor seria

a) inferior ao dobro.

b) superior ao dobro e inferior ao triplo.

c) superior ao triplo e interior ao quádruplo.

d) mais que o quádruplo.


Comentários
O enunciado pede que comparemos o número novo de placas ao antigo.
Para isso, calculemos o número de placas distintas em ambas as situações.
Para o modelo antigo, temos.

Para calcular o número de placas distintas, vamos utilizar o princípio multiplicativo, com elementos
que podem ser repetidos, sete espaços a serem preenchidos nas seguintes condições: os 3 primeiros com
letras do alfabeto e os 4 seguintes com algarismos numéricos.
Assim, o número 𝑛𝑎 de placas antigas é dado por:
𝑛𝑎 = 26 ∙ 26 ∙ 26 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10
𝑛𝑎 = 26³ ∙ 104
𝑛𝑎 = 26³ ∙ 104
Como precisamos comparar um número com o outro, talvez não seja necessário que façamos essas
contas. Vamos deixar como potências e, se necessário, calcularemos ao final.
Vamos, então, calcular o número de placas distintas no modelo novo.

Utilizaremos, também, o princípio multiplicativo, com elementos que podem ser repetidos, também
com sete espaços, os 4 primeiros espaços a serem preenchidos com as letras do alfabeto e os 3 seguintes,
com os algarismos numéricos.

Análise Combinatória 68
Assim, o número 𝑛𝑛 de placas novas é dado por:
𝑛𝑛 = 26 ∙ 26 ∙ 26 ∙ 26 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10

𝑛𝑛 = 264 ∙ 103
𝑛𝑛 = 264 ∙ 103
Perceba que o enunciado nos pediu para comparar

“O aumento obtido com essa modificação em relação ao número máximo de placas em vigor seria...”
A primeira coisa com que devemos nos preocupar é a expressão o aumento obtido. Ela pede que
comparemos não o número novo, mas sim a diferença entre o novo e o antigo.
Já a expressão, em relação, indica que devemos fazer uma comparação relativa, proporcional, e não
somente uma subtração.
Dessa forma, a razão solicitada pelo enunciado se dá por:
𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑛 − 𝑛𝑎
=
𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑜 𝑛𝑎

𝑛𝑛 − 𝑛𝑎 264 ∙ 103 − 26³ ∙ 104


=
𝑛𝑎 26³ ∙ 104
Colocando em evidência no numerador a expressão 26³ ∙ 103
𝑛𝑛 − 𝑛𝑎 263 ∙ 103 ∙ (26 − 10)
=
𝑛𝑎 26³ ∙ 104

𝑛𝑛 − 𝑛𝑎 263 ∙ 103 ∙ 16
=
𝑛𝑎 26³ ∙ 104
Simplificando as potências de bases 26 e 10.
𝑛𝑛 − 𝑛𝑎 263 ∙ 103 ∙ 16
=
𝑛𝑎 26³ ∙ 104

𝑛𝑛 − 𝑛𝑎 263 ∙ 103 ∙ 16
=
𝑛𝑎 263 ∙ 10 4

𝑛𝑛 − 𝑛𝑎 16
=
𝑛𝑎 10

𝑛𝑛 − 𝑛𝑎
= 1,6
𝑛𝑎
Dessa forma, podemos concluir que o aumento relativo foi inferior ao dobro do que havia antes.
Gabarito: a)

16. (UNICAMP/2012)

Análise Combinatória 69
O grêmio estudantil do Colégio Alvorada é composto por 6 alunos e 8 alunas. Na última reunião do grêmio,
decidiu-se formar uma comissão de 𝟑 rapazes e 𝟓 moças para a organização das olimpíadas do colégio.
De quantos modos diferentes pode-se formar essa comissão?

a) 𝟔. 𝟕𝟐𝟎

b) 𝟏𝟎𝟎. 𝟖𝟎𝟎

c) 𝟖𝟎𝟔. 𝟒𝟎𝟎

d) 𝟏. 𝟏𝟐𝟎
Comentários
Segundo o enunciado, temos duas escolhas em separado: escolher 3 rapazes dentre 6 alunos e
escolher 5 moças dentre 8 alunas.
O exercício não fez distinção entre as funções de cada grupo, então temos, para ambos os casos, a
aplicação do conceito de combinação.
Para escolher 3 rapazes em um universo de 6, temos:
6∙5∙4
𝐶6,3 =
3∙2∙1

6 ∙5∙4
𝐶6,3 =
3∙2∙1

𝐶6,3 = 5 ∙ 4
𝐶6,3 = 20
E, para escolher 5 moças em um universo de 8, temos:
8∙7∙6∙5∙4
𝐶8,5 =
5∙4∙3∙2∙1

8∙7∙ 6 ∙ 5 ∙ 4
𝐶8,5 =
5 ∙ 4 ∙ 3∙2 ∙1

𝐶8,5 = 8 ∙ 7
𝐶8,5 = 56
Agora é hora de refletir se estamos diante de uma situação relativa ao princípio multiplicativo ou ao
princípio aditivo.
Analisemos.
As comissões serão formadas de rapazes OU de moças.
As comissões serão formadas de rapazes E de moças.
Como as comissões devem ser formadas de rapazes E de moças, estamos em uma situação a aplicar
o princípio multiplicativo.

Análise Combinatória 70
Dessa forma, o número 𝑛 de comissões distintas que podem ser formadas com 3 rapazes e 5 moças
nas condições dadas é:
𝑛 = 𝐶6,3 ∙ 𝐶8,5
𝑛 = 20 ∙ 56
𝑛 = 1.120
Gabarito: d)

17. (UFU/2011.2)

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum e o que mais mata mulheres no mundo.
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) investigam propriedades antitumorais de extratos
vegetais produzidos a partir de plantas da Amazônia, como a Cassia Ocidentalis. Suponha que no
laboratório de farmacologia da UnB trabalhem 𝟏𝟎 homens e 𝟒 mulheres. Necessita-se formar uma
equipe composta por 𝟒 pessoas para dar continuidade às pesquisas e nela pretende-se que haja pelo
menos uma mulher.

Nessas condições, o número total de maneiras de se compor uma equipe de pesquisadores é igual a:

𝒂) 𝟔𝟒𝟏

𝒃) 𝟖𝟐𝟔

𝒄) 𝟕𝟗𝟏

𝒅) 𝟗𝟑𝟔
Comentário
Nesse exercício, é mais prático pensarmos nos casos complementares, acompanhe:
𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 = 𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 − 𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑁ã𝑜 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠
Dessa forma, podemos pensar no número total de comissões possíveis (14 pessoas, tomadas 4 a 4) e
no total de comissões com nenhuma mulher presente (10 homens, tomados 4 a 4). Desse modo, temos:
14 10
𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 = ( )−( )
4 4
𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 = 1001 − 210
𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 = 791
Gabarito: c)

Análise Combinatória 71
18. (UFU/2011.1)

Uma fábrica de tintas necessita contratar uma equipe para desenvolver e produzir um novo tipo de
produto. A equipe deve ser formada por 𝟒 químicos, 𝟏 engenheiro ambiental e 𝟐 engenheiros de
produção. Se no processo final de seleção compareceram 𝟔 químicos, 𝟑 engenheiros ambientais e 𝟒
engenheiros de produção, o número de maneiras que a equipe poderá ser formada é igual a:

𝒂) 𝟔! ∙ 𝟑

𝒃) 𝟔! ∙ 𝟏𝟖

𝒄) 𝟔! ∙ 𝟑/𝟖

𝒅) 𝟔! ∙ 𝟑/𝟒
Comentários
Para os químicos 𝑄, temos uma quantidade de equipes igual a:
6
𝑄=( )
4
Já para os engenheiros ambientais 𝐸𝐴, temos:
3
𝐸𝐴 = ( )
1
E para os engenheiros de produção 𝐸𝑃:
4
𝐸𝑃 = ( )
2
Desse modo, como temos o princípio multiplicativo em ação, podemos dizer que o total de maneiras
𝑇 que a equipe poderá ser formada é dada por:
𝑇 = 𝑄 ∙ 𝐸𝐴 ∙ 𝐸𝑃
6 3 4
𝑇 = ( )∙( )∙( )
4 1 2
6! 3! 4!
𝑇= ⋅ ⋅
4! ⋅ 2! 1! ⋅ 2! 2! ⋅ 2!
Note que as alternativas não apresentam um resultado direto. Podemos até calcular o valor de 𝑇 e,
em seguida, calcular o valor de cada uma das alternativas, mas isso levaria um tempo que pode ser precioso
em cenário de prova.
Então, nesse caso, vamos simplificar o que pudermos e rearranjar os termos para ficar o mais
parecido com o que as alternativas nos oferecem.
Como TODAS as alternativas apresentam a opção 6!, vamos conservá-lo e não simplificar seus termos.
6! 3! 4!
𝑇= ⋅ ⋅
4! ⋅ 2! 1! ⋅ 2! 2! ⋅ 2!

6! ⋅ 3!
𝑇=
2! ⋅ 2! ⋅ 2! ⋅ 2!

Análise Combinatória 72
6! ⋅ 3 ⋅ 2!
𝑇=
2! ⋅ 2! ⋅ 2! ⋅ 2!

6! ⋅ 3
𝑇=
8
Gabarito: c)

19. (VUNESP/2011)

Em um jogo lotérico, com 𝟒𝟎 dezenas distintas e possíveis de serem escolhidas para aposta, são sorteadas
𝟒 dezenas e o ganhador do prêmio maior deve acenar todas elas. Se a aposta mínima, em 𝟒 dezenas,
custa 𝑹$ 𝟐, 𝟎𝟎 , uma aposta em 𝟔 dezenas deve custar:

a) 𝑹$ 𝟏𝟓, 𝟎𝟎.

b) 𝑹$ 𝟑𝟎, 𝟎𝟎.

c) 𝑹$ 𝟑𝟓, 𝟎𝟎.

d) 𝑹$ 𝟕𝟎, 𝟎𝟎.

e) 𝑹$ 𝟏𝟒𝟎, 𝟎𝟎.
Comentários
Considerando que o valor da aposta de 6 dezenas seja proporcional ao número de combinações
possíveis tomando 4 a 4 elementos, temos.
Um conjunto de 6 números distintos contém vários subconjuntos de 4 elementos distintos. Como
cada subconjunto só se diferencia de outro, no caso da loteria, se houver elementos diferentes, estamos
diante de uma combinação.
Assim, o número 𝑛 de combinações possíveis em um conjunto de 6 elementos, tomados 4 a 4 é:
𝑛 = 𝐶6,4
6∙5∙4∙3
𝑛=
4∙3∙2∙1
6 ∙5∙ 4 ∙3
𝑛=
4 ∙ 3∙2∙1
𝑛 =5∙3
𝑛 = 15

Apesar de termos esse valor na alternativa a), essa não é a resposta.

Análise Combinatória 73
Esse número significa quantas combinações de 4 elementos diferentes conseguimos fazer com os 6
elementos de um conjunto, não o custo em reais.

O enunciado diz que cada aposta custa R$2,00, portanto, se cada conjunto de 6 elementos traz,
embutidos, 15 conjuntos de 4 elementos, é natural pensarmos que ele custe 15 vezes mais, ou seja, o custo
𝐶 da aposta com 6 números é:
𝐶 = 15 ∙ 2
𝐶 = 30
Indicando o valor de R$30,00.
Gabarito: b)

20. (FUVEST/2010)

Maria deve criar uma senha de 𝟒 dígitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente os algarismos
𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓 podem ser usados e um mesmo algarismo pode aparecer mais de uma vez. Contudo,
supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 𝟏𝟑, isto é, o algarismo 𝟏 seguido
imediatamente pelo algarismo 𝟑. De quantas maneiras distintas Maria pode escolher sua senha?

a) 𝟓𝟓𝟏

b) 𝟓𝟓𝟐

c) 𝟓𝟓𝟑

d) 𝟓𝟓𝟒

e) 𝟓𝟓𝟓
Comentários
Se não houvesse restrição alguma, teríamos 5 algarismos para utilizar em 4 posições, porém com
repetição, o que nos permite utilizar diretamente o PFC.
Sendo nosso número algo do tipo
_____ ∙_____ ∙_____ ∙_____

Análise Combinatória 74
Temos, a cada posição, 5 possibilidades, gerando uma quantidade 𝑛 de números de 4 algarismos de
forma que
__5__ ∙__5__ ∙__5__ ∙__5__
𝑛 = 5∙5∙5∙5
𝑛 = 54
𝑛 = 625
No entanto, há a restrição de não podemos deixar os algarismos 1 e 3 juntos e nessa ordem.
Se não podemos deixar que esses números ocorram, vamos calcular quantos são e retirar do total.
Para isso, vamos pensar no número 13 como um bloco único, lembrando que os números podem se
repetir.
Desse modo, são 4 as possibilidades de o 13 aparecer na senha, veja:
13𝑥𝑥 𝑥13𝑥 𝑥𝑥13 1313
Onde temos o 13, o número já está definido, portanto representa uma única escolha. Onde temos 𝑥,
podemos utilizar qualquer um dos algarismos 1,2,3,4,5.
Assim, temos para cada uma das opções:
13𝑥𝑥 → 1 ∙ 5 ∙ 5 = 25 𝑥𝑥13 →= 5 ∙ 5 ∙ 1 = 25
𝑥13𝑥 → 5 ∙ 1 ∙ 5 = 25 1313 → 1 ∙ 1 = 1z
Ok, professor, então somaremos todos esses casos?
Negativo, ao contrário.
Perceba que a possibilidade 1313 foi contada em duplicidade, pois é possível em 13𝑥𝑥 e em 𝑥𝑥13.
Dessa forma, o total de senhas “proibidas” 𝑝 é:
𝑝 = 25 + 25 + 25 − 1
𝑝 = 74
Resumindo, temos 𝑛 = 625 senhas possíveis e 𝑝 = 74 senhas proibidas.
Nesse caso, Maria pode utilizar, supersticiosamente tranquila, as 𝑠𝑡 senhas dadas por:
𝑠𝑡 = 𝑛 − 𝑝
𝑠𝑡 = 625 − 74
𝑠𝑡 = 551
Gabarito: a)

Análise Combinatória 75
21. (FUVEST/2008)

Uma lotação possui três bancos para passageiros, cada um com três lugares, e deve transportar os três
membros da família Sousa, o casal Lúcia e Mauro e mais quatro pessoas. Além disso,

𝟏. a família Sousa quer ocupar um mesmo banco;

𝟐. Lúcia e Mauro querem sentar-se lado a lado.

Nessas condições, o número de maneiras distintas de dispor os nove passageiros na lotação é igual a

a) 𝟗𝟐𝟖

b) 𝟏𝟏𝟓𝟐

c) 𝟏𝟖𝟐𝟖

d) 𝟐𝟒𝟏𝟐

e) 𝟑𝟒𝟓𝟔
Comentários
Em um problema misto como esse, o ideal é começar sempre pela maior restrição e, a partir dela, ir
moldando as restrições menores.
Com informações acerca da lotação, vamos imaginá-la com 3 bancos de 3 lugares cada, um atrás do
outro, como na representação a seguir.

A maior restrição de nosso problema é a família Souza que, sozinha, ocupa um banco com 3 lugares
e, segundo a condição, deve ocupar o mesmo banco.
O enunciado teve o cuidado de separar o que é banco e o que é lugar, então fiquemos atentos à
nomenclatura: um banco tem 3 lugares.

Análise Combinatória 76
Dessa forma, há somente 3 maneiras de manter a família toda unida:
Família inteira no banco da frente

Família inteira no banco central

Família inteira no banco traseiro

Em cada opção dessas, podemos variar os membros da família de lugar, no mesmo banco, mas
discutiremos isso mais à frente.
Vamos ao casal.
Para cada escolha da família Sousa, analisemos como se comporta a segunda restrição, o casal Lúcia
e Mauro.

Análise Combinatória 77
Como base para estudarmos as posições do casal, vamos considerar apenas a primeira posição da
Família Sousa. No entanto, a cada escolha da Família Sousa, haverá este mesmo número de opções para o
casal, lembre-se do PFC.

Duas possibilidades no banco central

E duas possibilidades no banco traseiro

Novamente, precisamos ficar atentos ao fato de que são 4 possibilidades diferentes para cada uma
das 3 escolhas sobre a Família Sousa.

Análise Combinatória 78
E, finalmente, temos, a cada escolha da Família, seguida de cada escolha do casal, os 4 lugares
restantes para as 4 pessoas restantes.

Como temos 4 pessoas para serem distribuídas em 4 lugares, temos uma permutação de 4
elementos.
Dessa forma, vamos esquematizar nossas escolhas, nesta ordem:
𝐹𝑎𝑚í𝑙𝑖𝑎 𝑆𝑜𝑢𝑠𝑎 → 𝐶𝑎𝑠𝑎𝑙 𝐿ú𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑀𝑎𝑢𝑟𝑜 → 4 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠
Para toda a Família Sousa, para o casal e para o grupo restante, temos o seguinte número de escolhas.
𝐹𝑎𝑚í𝑙𝑖𝑎 𝑆𝑜𝑢𝑠𝑎 → 𝐶𝑎𝑠𝑎𝑙 𝐿ú𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑀𝑎𝑢𝑟𝑜 → 4 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠
↓ ↓ ↓
3 4 1
Para cada escolha, dentro de cada grupo, temos a opção de “embaralhar” os membros. Isso ocorre
em todos os grupos: Família Sousa, Casal Lúcia e Mauro, 4 pessoas restantes.
Para a Família Sousa, temos 3 membros que podem alternar os lugares. 3 membros em 3 lugares,
permutação.
O mesmo acontece com o casal (2 membros e 2 lugares) e com as pessoas restantes 4 membros e 4
lugares.
Dessa forma, podemos fazer o cálculo do número 𝑛 de maneiras distintas para dispormos todas essas
pessoas.
𝐹𝑎𝑚í𝑙𝑖𝑎 𝑆𝑜𝑢𝑠𝑎 → 𝐶𝑎𝑠𝑎𝑙 𝐿ú𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑀𝑎𝑢𝑟𝑜 → 4 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠
𝑛= ↓ ↓ ↓
3 ∙ 𝑃3 ∙ 4 ∙ 𝑃2 ∙ 1 ∙ 𝑃4

𝑛 = 3 ∙ 𝑃3 ∙ 4 ∙ 𝑃2 ∙ 1 ∙ 𝑃4

𝑛 = 3∙3∙2∙1∙4∙2∙1∙1∙4∙3∙2∙1

𝑛 = 18 ∙ 8 ∙ 24
𝑛 = 3.456
Gabarito: e)

22. (FUVEST/2007)

Análise Combinatória 79
Em uma classe de 𝟗 alunos, todos se dão bem, com exceção de Andréia, que vive brigando com Manoel e
Alberto.

Nessa classe, será constituída uma comissão de cinco alunos, com a exigência de que cada membro se
relacione bem com todos os outros.

Quantas comissões podem ser formadas?

a) 𝟕𝟏

b) 𝟕𝟓

c) 𝟖𝟎

d) 𝟖𝟑

e) 𝟖𝟕
Comentários
A principal restrição do problema se dá em torno de Andréia. Assim, vamos analisar todo o contexto
em torno dessa restrição.
Lembre-se: nos exercícios de Análise Combinatória, primeiro as restrições, depois o resto.
Assim, a primeira coisa a se analisar é que temos dois tipos de grupo, um que contém Andréia e outro
que não a contém.

Com Andréia
Comissão
Sem Andréia

Como a Andréia não se dá bem com Manoel e Alberto, vamos retirá-los dos grupos em que Andréia
está.

Sem Manoel
Com Andréia
Sem Alberto
Comissão
Sem Andréia

Além disso, nos grupos em que, com certeza, Andréia não está, Manoel e Alberto podem estar, pode
estar só um, só outro ou ainda, nem um nem outro, ou seja, não há restrição além de a própria Andréia.
Na comissão em que Andréia está, ela ocupa, logicamente, uma das posições, sobrando apenas 4
posições para o restante dos alunos.
Se tínhamos 9 alunos, Andréia já ocupa uma cadeira e nem Manoel nem Alberto podem participar,
temos, ainda, 6 integrantes que podem ocupar as 4 cadeiras restantes. Como uma comissão não separada
por funções é caso de combinação, temos, aqui, 𝐶6,4 comissões possíveis.

Análise Combinatória 80
Sem Manoel 𝐶6,4
Com Andréia
Sem Alberto
Comissão
Sem Andréia

Para o caso em que Andréia não participe do grupo, todos os 8 elementos podem ocupar qualquer
uma das 5 cadeiras possíveis, ou seja, 𝐶8,5 comissões possíveis.

Sem Manoel 𝐶6,4


Com Andréia
Sem Alberto
Comissão
Sem Andréia 𝐶8,5

Fazendo os cálculos de cada uma dessas combinações.

Com Sem Manoel 6∙5∙4∙3


𝐶6,4 = = 15
Andréia Sem Alberto 4∙3∙2∙1
Comissão
Sem 8∙7∙6∙5∙4
𝐶8,5 = = 56
Andréia 5∙4∙3∙2∙1

Agora, a dúvida: somo ou multiplico esses valores?


Essa decisão depende do contexto.
Nós vamos escolher o ramo “com Andréia” e, depois, “sem Andréia”? Eles podem existir
simultaneamente?
Não, não podem. Ou eu escolho um grupo com Andréia ou um grupo sem Andréia, as duas coisas não
podem acontecer simultaneamente, portanto, não são escolhas sucessivas, são alternativas.
Na Análise Combinatória, a alternativa é soma, portanto, conseguiremos montar 𝑛 comissões
diferentes, tal que
𝑛 = 15 + 56
𝑛 = 71
Gabarito: a)

Análise Combinatória 81
23. (FUVEST/2006)

Em uma certa comunidade, dois homens sempre se cumprimentam (na chegada) com um aperto de mão
e se despedem (na saída) com outro aperto de mão. Um homem e uma mulher se cumprimentam com
um aperto de mão, mas se despedem com um aceno. Duas mulheres só trocam acenos, tanto para se
cumprimentarem quanto para se despedirem.

Em uma comemoração, na qual 37 pessoas almoçaram juntas, todos se cumprimentaram e se despediram


na forma descrita acima. Quantos dos presentes eram mulheres, sabendo que foram trocados 720
apertos de mão?

a) 16

b) 17

c) 18

d) 19

e) 20
Comentários
Vamos traduzir o enunciado para a forma de equações.

“Em uma certa comunidade, dois homens sempre se cumprimentam (na chegada) com um aperto de mão
e se despedem (na saída) com outro aperto de mão. ”
O número de apertos de mão em um grupo de ℎ homens é dado pela combinação de ℎ homens
tomados 2 a 2, uma vez que, em um aperto de mão, as pessoas 𝐴 e 𝐵 se cumprimentarem é o mesmo que
as pessoas 𝐵 e 𝐴 se cumprimentarem.
𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑛𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = 𝐶ℎ,2
𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑛𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 𝐶ℎ,2
𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 = 2 ∙ 𝐶ℎ,2

“Um homem e uma mulher se cumprimentam com um aperto de mão, mas se despedem com um aceno.

Aqui, há duas situações distintas: aperto de mão e o aceno.
Além disso, estamos lidando não com apertos e acenos dentro do mesmo grupo e sim com grupos
separados pelo enunciado, homens e mulheres.
Aqui, utilizaremos o PFC.
Cada homem deve cumprimentar cada mulher na chegada com um aperto de mão e, na saída, com
um aceno.
Cada aperto de mão envolve as duas pessoas, ao passo que cada aceno é individual, um para cada
pessoa. Assim, ao calcular o número de acenos, acabamos por duplicar o número de interações entre as
pessoas.
Desse modo, podemos dizer que
𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = ℎ ∙ 𝑚
𝐴𝑐𝑒𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 2 ∙ ℎ ∙ 𝑚

Análise Combinatória 82
“Duas mulheres só trocam acenos, tanto para se cumprimentarem quanto para se despedirem”
Os acenos, como vimos no item anterior, são individuais, então, devem ser duplicados ao
combinarmos os elementos de um grupo.
Ademais, estamos falando de acenos entre os elementos de um mesmo grupo, de mulheres, então:
𝐴𝑐𝑒𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = 2 ∙ 𝐶𝑚,2
𝐴𝑐𝑒𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 2 ∙ 𝐶𝑚,2
𝐴𝑐𝑒𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 = 4 ∙ 𝐶𝑚,2

“Em uma comemoração, na qual 37 pessoas almoçaram juntas, todos se cumprimentaram e se despediram
na forma descrita acima. ”
Essa informação é sutil, mas sem ela não conseguimos resolver o problema proposto.
Como há 37 pessoas no almoço, podemos inferir que essas pessoas são homens e mulheres, então
ℎ + 𝑚 = 37
“...sabendo que foram trocados 720 apertos de mão...”
Essa informação é direta:
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 = 720
Colocando todas as informações em um sistema de equações, temos.

𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 = 2 ∙ 𝐶ℎ,2

𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = ℎ ∙ 𝑚

𝐴𝑐𝑒𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 2 ∙ ℎ ∙ 𝑚

𝐴𝑐𝑒𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 = 4 ∙ 𝐶𝑚,2

ℎ + 𝑚 = 37

{ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 = 720

Até aqui, temos um resumo, na forma de equações, das informações do enunciado. Partamos para
entender o que é pedido.

“Quantos dos presentes eram mulheres...? ”


Muito bem.
Esse sistema não é linear, pois temos produto entre as incógnitas. Assim, não poderemos utilizarmos
as matrizes para a resolução.
Desse modo, utilizaremos a substituição de variáveis.
O número de modos de fazermos as substituições é muito grande, então, precisamos de alguma
objetividade na hora de escolher qual substituição fazer.
O exercício nos pediu o número de mulheres presentes, então, precisaremos de pelo menos uma
equação com a incógnita 𝑚.

Análise Combinatória 83
O enunciado nos deu o total de apertos de mão, então, podemos somar as equações de apertos de
mão para chegar a esse total.
Além disso, temos o número de pessoas, que também é uma informação relevante.
Com isso em mente, vamos trabalhar com algumas equações inicialmente, deixando as outras para
um segundo momento, se é que serão necessárias.
𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 = 2 ∙ 𝐶ℎ,2

𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = ℎ ∙ 𝑚

ℎ + 𝑚 = 37

{ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 = 720


Dedique aqui um tempo para absorver o motivo de essas equações terem sido selecionadas em
detrimento das outras.
Continuando.
Sabemos que o total de aperto de mãos é 720, então podemos dizer que
𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ + 𝐴𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ℎ 𝑒 𝑚 𝑛𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = 720
2 ∙ 𝐶ℎ,2 + ℎ ∙ 𝑚 = 720
Além disso, podemos isolar 𝑚 na equação do número de pessoas e substituir na equação anterior.
ℎ + 𝑚 = 37
𝑚 = 37 − ℎ
2 ∙ 𝐶ℎ,2 + ℎ ∙ 𝑚 = 720
2 ∙ 𝐶ℎ,2 + ℎ ∙ (37 − ℎ) = 720
Agora temos uma equação de somente uma incógnita. Vamos desenvolvê-la e resolvê-la.
2 ∙ 𝐶ℎ,2 + ℎ ∙ (37 − ℎ) = 720
ℎ!
2∙ + ℎ ∙ (37 − ℎ) = 720
2! ∙ (ℎ − 2)!
Vamos desenvolver o fatorial do numerador até que encontramos algo com o que simplificar no
denominador da fração.
ℎ ∙ (ℎ − 1) ∙ (ℎ − 2)!
2∙ + ℎ ∙ (37 − ℎ) = 720
2! ∙ (ℎ − 2)!
∙ (ℎ − 2)!
2 ∙ + ℎ ∙ (37 − ℎ) = 720
2 ∙ 1 ∙ (ℎ − 2)!

ℎ ∙ (ℎ − 1) + ℎ ∙ (37 − ℎ) = 720
Distribuindo os produtos.

ℎ ∙ (ℎ − 1) + ℎ ∙ (37 − ℎ) = 720
ℎ² − ℎ + 37ℎ − ℎ² = 720
ℎ2 + 36ℎ − ℎ2 = 720

Análise Combinatória 84
36ℎ = 720
36ℎ 720
=
36 36
ℎ = 20
Descobrimos, então, que havia 20 homens na festa. Como sabemos que o total de pessoas era de 37
pessoas, podemos dizer que
ℎ + 𝑚 = 37
20 + 𝑚 = 37
20 + 𝑚 − 20 = 37 − 20
20 + 𝑚 − 20 = 17
𝑚 = 17
Chegamos, assim, à conclusão que havia 17 mulheres no jantar.
Gabarito: b)

24. (FUVEST/2005)

Participam de um torneio de voleibol, 𝟐𝟎 times distribuídos em 𝟒 chaves, de 𝟓 times cada. Na 𝟏ª fase do


torneio, os times jogam entre si uma única vez (um único turno), todos contra todos em cada chave,
sendo que os 𝟐 melhores de cada chave passam para a 𝟐ª fase.

Na 𝟐ª fase, os jogos são eliminatórios; depois de cada partida, apenas o vencedor permanece no torneio.
Logo, o número de jogos necessários até que se apure o campeão do torneio é

a) 𝟑𝟗

b) 𝟒𝟏

c) 𝟒𝟑

d) 𝟒𝟓

e) 𝟒𝟕

Análise Combinatória 85
Comentários
De acordo com o enunciado, temos o seguinte desenvolvimento de times e chaves.

Chave 1 Time
Time
5 times
Time
Time
Chave 2 Time
Time
5 times
Time
Campeão
Chave 3 Time
Time
5 times
Time
Time
Chave 4 Time
Time
5 times
Time

Pensemos no torneio por fases.


Na primeira fase, temos, em cada chave, 5 times que terão que se enfrentar para eleger os dois
melhores.
Estamos falando de um grupo fechado, com 5 elementos que devem ser tomados 2 a 2. Conforme
estudamos, o caso se aplica às combinações.
Assim, o número 𝑛 de jogos em cada chave é dado por:
𝑛 = 𝐶5,2
5!
𝑛=
2! (5 − 2)!
5!
𝑛=
2! 3!
Vamos expandir o fatorial do numerador, a fim de simplificar com o 3! do denominador.
5 ∙ 4 ∙ 3!
𝑛=
2 ∙ 1 ∙ 3!
5 ∙ 2 4 ∙ 3!
𝑛=
2 ∙ 1 ∙ 3!
𝑛 =5∙2
𝑛 = 10
Perceba que as quatro chaves são idênticas, portanto não há necessidade de calcularmos novamente.
Para conseguir os dois melhores times de cada chave, precisaremos de, na verdade, 4 ∙ 𝑛 jogos, ou
seja, 4 ∙ 10 = 40 jogos.

Análise Combinatória 86
0
0
0
0
0
0
0
0 40 𝑗𝑜𝑔𝑜𝑠
0
0
0
0
0
0
0}

E, com os dois melhores times de cada chave, vamos afunilando os resultados a cada jogo, até chegar
ao que será considerado campeão.

Time
Time
Time
Time
Time
Time
Time
Campeão
Time
Time
Time
Time
Time
Time
Time

Até aqui, já tivemos 40 jogos.

Análise Combinatória 87
A partir desse ponto, podemos visualizar o número de jogos diretamente no diagrama.

Jogo Jogo
45 47

Jogo Time
41 Time
Time
Time
Jogo Time
42 Time
Time
Campeão
Jogo Time
43 Time
Time
Time
Jogo Time
44 Time
Time

Jogo
46

Assim, podemos dizer que precisaremos, nessas condições, de 47 jogos para


apurar o time campeão.
Gabarito: e)

25. (UNESP/2005)

O número de maneiras que 𝟑 pessoas podem sentar-se em uma fileira de 𝟔 cadeiras vazias de modo que,
entre duas pessoas próximas (seguidas), sempre tenha exatamente uma cadeira vazia, é

𝒂) 𝟑.

𝒃) 𝟔.

𝒄) 𝟗.

𝒅) 𝟏𝟐.

𝒆) 𝟏𝟓.

Análise Combinatória 88
Comentários
Considerando 𝑉 a cadeira vazia e 𝑃 uma cadeira com uma pessoa, temos:
𝑃𝑉𝑃𝑉𝑃𝑉
𝑉𝑃𝑉𝑃𝑉𝑃
Na primeira fileira, temos que, na primeira cadeira, temos 3 opções, na segunda cadeira temos 2
opções e na última cadeira apenas uma opção, ou seja, uma permutação das 3 pessoas.
Na segunda fileira, o pensamento é exatamente o mesmo, ou seja, permutação das 3 pessoas
também.
O total 𝑇 de possibilidades será o número de maneiras da primeira opção somado ao numero de
maneiras da segunda opção.
𝑇 = 𝑃3 + 𝑃3
𝑇 = 2 ⋅ 𝑃3
T=2⋅3⋅2⋅1
T = 12
Gabarito: d)

26. (FUVEST/2004)

Três empresas devem ser contratadas para realizar quatro trabalhos distintos em um condomínio. Cada
trabalho será atribuído a uma única empresa e todas elas devem ser contratadas. De quantas maneiras
distintas podem ser distribuídos os trabalhos?

a) 𝟏𝟐

b) 𝟏𝟖

c) 𝟑𝟔

d) 𝟕𝟐

e) 𝟏𝟎𝟖
Comentários
Pelo enunciado, uma das empresas deve pegar dois trabalhos e as outras, apenas um cada, ou não
haveria possibilidade de termos quatro trabalhos distintos realizados por três empresas.
Vamos separar essa resolução em duas partes: a contratação das empresas e a distribuição dos
trabalhos.
Contratação das empresas.
Como os trabalhos são diferentes, cada vaga é única e temos, então, que permutar as 3 empresas
nas 3 vagas disponíveis.
Cuidado, não são 4 vagas, apenas 3 empresas serão contratadas, então são apenas 3 vagas.
Cuidaremos do caso de uma empresa pegar mais de um trabalho logo após.

Análise Combinatória 89
Se temos 3 empresas que ocuparão 3 posições, podemos trabalhar com a permutação de 3
elementos.
𝑃3 = 3!
𝑃3 = 3 ∙ 2 ∙ 1
𝑃3 = 6
Distribuição de um trabalho extra para uma das empresas.
Pensemos, então, de quantos modos uma empresa pode pegar dois dos quatro trabalhos disponíveis.
Para orientação no exercício, nomeemos os trabalhos como 1,2,3,4.
A empresa a fazer dois trabalhos pode ser contratada para os trabalhos 1 𝑒 2; 1 𝑒 3; 1 𝑒 4; 2 𝑒 3;
2 𝑒 4 ou 3 𝑒 4. Ou seja, há 6 maneiras de uma empresa fazer dois trabalhos dentre 4 possíveis.
Se fosse um universo maior, poderíamos fazer por combinações.
4∙3
𝐶4,2 =
2∙1

2
4 ∙3
𝐶4,2 =
2 ∙1
𝐶4,2 = 2∙3
𝐶4,2 = 6
Agora, juntemos as duas condições.
Nesse ponto, precisamos entender se utilizaremos o princípio multiplicativo ou o princípio aditivo.
Para decidir, vamos analisar as duas frases a seguir e escolher a que mais se adequa ao contexto. Se
for a alternativa com o conectivo E, princípio multiplicativo. Se for a com OU, aditivo.
Escolheremos 3 empresas OU uma delas fará 2 trabalhos.
Escolheremos 3 empresas E uma delas fará 2 trabalhos.
Pelo enunciado, a que mais se adequa é a com o conectivo E, pois o enunciado nos diz que as
empresas serão contratadas E que devem realizar os quatro trabalhos, não há alternativa.
Assim, utilizaremos o princípio multiplicativo para calcular o número 𝑛 de maneiras distintas para
atribuirmos os 4 trabalhos às 3 empresas contratadas.
𝑛 = 𝑃3 ∙ 𝐶4,2
𝑛 =6∙6
𝑛 = 36
Gabarito: c)

Análise Combinatória 90
27. (FUVEST/2003)

Uma ONG decidiu preparar sacolas, contendo 𝟒 itens distintos cada, para distribuir entre a população
carente. Esses 𝟒 itens devem ser escolhidos entre 𝟖 tipos de produtos de limpeza e 𝟓 tipos de alimentos
não perecíveis. Em cada sacola, deve haver pelo menos um item que seja alimento não perecível e pelo
menos um item que seja produto de limpeza. Quantos tipos de sacolas distintas podem ser feitos?

a) 𝟑𝟔𝟎

b) 𝟒𝟐𝟎

c) 𝟓𝟒𝟎

d) 𝟔𝟎𝟎

e) 𝟔𝟒𝟎
Comentários
Pelo enunciado, há 4 lugares na sacola e esses lugares devem ser preenchidos com produtos de
limpeza (𝐿) e de alimentos não perecíveis (𝐴).

8 tipos de produtos de limpeza 5 tipos de alimentos

_____ ∙ _____ ∙ _____ ∙ _____

Sacola com 4 lugares

Além disso, os produtos devem ser todos distintos e ter pelo menos um item de cada tipo, alimento
e limpeza.
Desse modo, uma sacola com 4 produtos de limpeza ou 4 alimentos não serão aceitas.
Temos, então, 3 tipos de sacolas que podemos montar:
Sacola 𝐴: 1 produto de limpeza e 3 alimentos
Sacola 𝐵: 2 produtos de limpeza e 2 alimentos
Sacola 𝐶: 3 produtos de limpeza e 1 alimento
Analisemos caso a caso.
Sacola 𝐴: 1 produto de limpeza e 3 alimentos
Aqui escolheremos 1 produto de limpeza, dentre os 8 possíveis, além de 3 alimentos dentre os 5
possíveis.
Para essas escolhas, temos as combinações 𝐶8,1 para os produtos de limpeza e 𝐶5,3 para os alimentos.
Como ambos os produtos deverão estar presentes na sacola, temos o princípio multiplicativo em
vigor (na sacola temos o produto de limpeza E o alimento), portanto, temos.

Análise Combinatória 91
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐴 = 𝐶8,1 ∙ 𝐶5,3
8 5∙4∙3
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐴 = ∙
1 3∙2∙1
4
8 5∙4∙ 3
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐴 = ∙
1 3 ∙ 2 ∙1
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐴 = 4 ∙ 5 ∙ 4
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐴 = 80
Sacola 𝐵: 2 produtos de limpeza e 2 alimentos
Com raciocínio similar ao anterior, vamos escolher 2 produtos de limpeza dentre os 8 disponíveis e 2
alimentos dentre os 5 disponíveis, portanto, temos.

𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐵 = 𝐶8,2 ∙ 𝐶5,2


8∙7 5∙4
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐵 = ∙
2∙1 2∙1
8∙7 5∙ 4
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐵 = ∙
2∙1 2∙1
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐵 = 8 ∙ 7 ∙ 5
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐵 = 280
Sacola 𝐶: 3 produtos de limpeza e 1 alimento
Para a última sacola, temos o mesmo raciocínio, 3 produtos de limpeza dentre os 8 possíveis e 1
alimento dentre os 5 possíveis.
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐶 = 𝐶8,3 ∙ 𝐶5,1
8∙7∙6 5
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐶 = ∙
3∙2∙1 1
8∙7∙ 6 5
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐶 = ∙
3∙2∙1 1
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐶 = 8 ∙ 7 ∙ 5
𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐶 = 280
Agora, para encontrarmos o número total de maneiras de organizarmos cada sacola, precisamos
decidir se o caso entre as sacolas é relativo ao princípio multiplicativo ou ao princípio aditivo.
Analise:
Cada sacola será do tipo A E B E C.
Cada sacola será do tipo A OU B OU C.
Uma única sacola não poderá ser de dois tipos diferentes, portanto, cada sacola será tipo A OU B OU
C, indicando que o princípio a ser usado aqui é o princípio aditivo.
Assim, o número 𝑛 de tipos de sacolas distintas é dado por:
𝑛 = 𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐴 + 𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐵 + 𝑆𝑎𝑐𝑜𝑙𝑎 𝐶
𝑛 = 80 + 280 + 280
𝑛 = 640

Análise Combinatória 92
Gabarito: e)

28. (UNESP/2002)

Quatro amigos, Pedro, Luísa, João e Rita, vão ao cinema, sentando-se em lugares consecutivos na
mesma fila. O número de maneiras que os quatro podem ficar dispostos de forma que Pedro e Luísa
fiquem sempre juntos e João e Rita fiquem sempre juntos é

𝒂) 𝟐.

𝒃) 𝟒.

𝒄) 𝟖.

𝒅) 𝟏𝟔.

𝒆) 𝟐𝟒.
Comentários
Como Paulo e Luisa e João e Rita sempre ficam juntos, precisamos permutar os dois casais. Além
disso, precisamos permutar as pessoas de cada casal. Dessa forma, temos que o número 𝑛 de maneiras
solicitado é dado por:
𝑛 = 𝑃2 ⋅ 𝑃2 ⋅ 𝑃2
𝑛 = 2! ⋅ 2! ⋅ 2!
𝑛=8
Gabarito: c)

Análise Combinatória 93
29. (FUVEST/2001)

Uma classe de Educação Física de um colégio é formada por dez estudantes, todos com alturas diferentes.
As alturas dos estudantes, em ordem crescente, serão designadas por 𝒉𝟏 , 𝒉𝟐 , … , 𝒉𝟏𝟎 (𝒉𝟏 < 𝒉𝟐 < ⋯ <
𝒉𝟗 < 𝒉𝟏𝟎 ). O professor vai escolher cinco desses estudantes para participar de uma demonstração na
qual eles se apresentarão alinhados, em ordem crescente de suas alturas. Dos
𝟏𝟎
( ) = 𝟐𝟓𝟐
𝟓
grupos que podem ser escolhidos, em quantos, o estudante, cuja altura é 𝒉𝟔 , ocupará a posição central
durante a demonstração?

a) 𝟕

b) 𝟏𝟎

c) 𝟐𝟏

d) 𝟒𝟓

e) 𝟔𝟎
Comentários
Os estudantes, ordenados pela altura, apresentam a seguinte sequência.
ℎ1 < ℎ2 < ℎ3 < ℎ4 < ℎ5 < ℎ6 < ℎ7 < ℎ8 < ℎ9 < ℎ10
Neste cenário, há 5 alunos com altura inferior à do aluno ℎ6 e 4 alunos com altura superior à de ℎ6 .
Como, na condição do enunciado, a demonstração será feita por 5 alunos e ℎ6 deve ocupar a posição
central, teremos, no grupo, algo como:
_____ < _____ < ℎ6 < _____ < _____
Temos, então, que preencher duas lacunas à esquerda de ℎ6 com dois alunos dos 5 que apresentam
altura inferior à de ℎ6 e duas lacunas à direita de ℎ6 com dois alunos dos 4 que apresentam altura superior
á de ℎ6 .
Dessa forma, podemos dizer que temos duas vagas a serem preenchidas com os 5 alunos menores
que ℎ6 e duas vagas a serem preenchidas com os 4 alunos maiores que ℎ6 . Em ambos os casos, temos
combinações. Atualizando nosso diagrama, temos.
𝐶5,2 < ℎ6 < 𝐶4,2
5∙4 4∙3
< ℎ6 <
2∙1 2∙1
5∙24 2
4 ∙3
< ℎ6 <
2∙1 2∙1
5 ∙ 2 < ℎ6 < 2 ∙ 3
10 < ℎ6 < 6
Novamente, voltamos à questão de como proceder com os valores alcançados: princípio
multiplicativo ou aditivo?

Teremos, no grupo, alunos mais baixos que ℎ6 E mais altos que ℎ6 .

Análise Combinatória 94
Teremos, no grupo, alunos mais baixos que ℎ6 OU mais altos que ℎ6 .

Como o enunciado solicitou que o aluno ℎ6 ocupe a posição central, teremos, no mesmo grupo,
alunos mais baixos que ℎ6 E alunos mais altos que ℎ6 , portanto, o aplicável ao caso é o princípio
multiplicativo.
Dessa forma, o número 𝑛 de grupos que apresentam o aluno ℎ6 na posição central é:
𝑛 = 10 ∙ 6
𝑛 = 60
Gabarito: e)

30. (FUVEST/2001-Alternativo)

O mesmo enunciado do exercício anterior aparece em muitos materiais didáticos com o aluno 𝒉𝟕 como
referência central, o que não altera o raciocínio, apenas a referência numérica.

Uma classe de Educação Física de um colégio é formada por dez estudantes, todos com alturas diferentes.
As alturas dos estudantes, em ordem crescente, serão designadas por 𝒉𝟏 , 𝒉𝟐 , … , 𝒉𝟏𝟎 (𝒉𝟏 < 𝒉𝟐 < ⋯ <
𝒉𝟗 < 𝒉𝟏𝟎 ). O professor vai escolher cinco desses estudantes para participar de uma demonstração na
qual eles se apresentarão alinhados, em ordem crescente de suas alturas. Dos
𝟏𝟎
( ) = 𝟐𝟓𝟐
𝟓
grupos que podem ser escolhidos, em quantos, o estudante, cuja altura é 𝒉𝟕 , ocupará a posição central
durante a demonstração?

a) 𝟕

b) 𝟏𝟎

c) 𝟐𝟏

d) 𝟒𝟓
e) 𝟔𝟎
Comentários
Para o caso de a referência ser ℎ7 , teremos, após o mesmo desenvolvimento do exercício anterior:
𝑛 = 𝐶6,2 ∙ 𝐶3,2
6∙5 3∙2
𝑛= ∙
2∙1 2∙1
3
6 ∙5 3∙ 2
𝑛= ∙
2∙1 2∙1
𝑛 = 3∙5∙3
𝑛 = 45
Gabarito: d)

31. (FUVEST/1999)

Análise Combinatória 95
Um estudante terminou um trabalho que tinha 𝒏 páginas. Para numerar todas essas páginas, iniciando
com a página 𝟏, ele escreveu 𝟐𝟕𝟎 algarismos. Então o valor de 𝒏 é:

a) 𝟗𝟗

b) 𝟏𝟏𝟐

c) 𝟏𝟐𝟔

d) 𝟏𝟒𝟖

e) 𝟐𝟕𝟎
Comentários
Inicialmente, não temos ideia de até que página o estudante numerou, então, comecemos do início
da contagem, com os números de apenas um algarismo, passando para os números de dois algarismos e,
caso precisemos, passando para os números de 3 algarismos.
As páginas que receberam números de apenas um algarismo são:
1 𝑎 9 → 9 𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 → 9 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠

Perceba que não temos apenas a subtração entre o número final e o inicial, pois ambas as páginas foram
contadas.
Isso acontece sempre que incluímos o início e o fim da contagem em um mesmo intervalo, como:
dias trabalhados (trabalhar do dia 10 ao dia 12 são 3 dias de trabalho: 10,11 𝑒 12)
tarefas realizadas (da tarefa 3 à tarefa 6 são 4 tarefas realizadas: 3,4,5 𝑒 6)
E neste exercício, como páginas de um livro.
Fique atento.
As páginas que receberam números de dois são:
10 𝑎 99 → 90 𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 → 180 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠
Até aqui, já utilizamos 9 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠 em páginas que utilizaram apenas um algarismo em cada e
180 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠 em páginas de dois algarismos.
A partir desse momento, utilizaremos apenas números de 3 algarismos para a numeração das
páginas.
O enunciado informou que foram utilizados 270 algarismos, dos quais, já utilizamos 180 + 9 = 189
com as páginas de um e de dois algarismos na numeração.
Sendo assim, ainda temos 270 − 189 = 81 algarismos para utilizarmos com números de 3
algarismos.
Assim, com 81 algarismos, quantos números de 3 algarismos cada podemos formar?

Análise Combinatória 96
Se cada número formado utiliza 3 algarismos, temos, então,
81
= 27 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠
3
Vamos organizar esses dados.

1𝑎9 9 𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 9 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠

270 algarismos 10 𝑎 99 90 𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 180 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠

100 𝑎 𝑥𝑥𝑥 27 páginas 81 algarismos

Na última informação, temos que numerar, com 27 páginas, as páginas de 100 a 𝑥𝑥𝑥.
Como temos que incluir tanto a primeira página (página 100) quanto a última (página 𝑥𝑥𝑥),
conseguiremos, com as 27 páginas disponíveis, chegar apenas à página 126.

Não conseguiremos chegar à página 127, pois começamos nossa contagem na página 100 como sendo a
primeira página de 3 algarísmos:
𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 100 → 1ª 𝑐𝑜𝑚 3 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠
𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 101 → 2ª 𝑐𝑜𝑚 3 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠
𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 102 → 3ª 𝑐𝑜𝑚 3 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠
𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 103 → 4ª 𝑐𝑜𝑚 3 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠
𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 104 → 5ª 𝑐𝑜𝑚 3 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠

𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 125 → 26ª 𝑐𝑜𝑚 3 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠
𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 126 → 27ª 𝑐𝑜𝑚 3 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠
Assim, conseguimos numerar 126 páginas com os 270 algarismos citados.
Gabarito: e)

Análise Combinatória 97
10. Considerações finais
Você deve ter percebido quantas vezes precisamos decidir se utilizaríamos o princípio multiplicativo
ou o princípio aditivo nas questões.
Esse é um ponto crucial no estudo da análise combinatória.
Enquanto o princípio multiplicativo dá origem às ideias de permutações, arranjos e combinações, o
princípio aditivo conecta situações alternativas, independentes.
Revisite a teoria e os exercícios sempre que necessário, pois precisaremos que todos esses conceitos
estejam bem cristalizados em sua memória quando estudarmos o tópico da próxima aula: probabilidades.
Ficou com alguma dúvida?
Entre em contato que ajudaremos você a saná-la.
Abraço e até a próxima aula.

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Análise Combinatória 98

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