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ERU 580
Gestão Ambiental e da Qualidade
no Agronegócio
VIÇOSA - MG
2003
Disciplinas do Curso
Código Disciplina
ERU 502 Introdução ao Agronegócio
ii
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio
Página
Pré-requisitos ..................................................................................................... 1
Introdução .......................................................................................................... 1
Introdução ................................................................................... 4
Resumo ....................................................................................... 9
Introdução ................................................................................... 10
1. Histórico ................................................................................. 11
Resumo ....................................................................................... 23
iii
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio
Página
Introdução ................................................................................... 25
Resumo ....................................................................................... 36
Introdução ................................................................................... 38
1. Introdução .............................................................................. 38
Resumo ....................................................................................... 44
Introdução ................................................................................... 46
iv
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio
Página
Resumo ....................................................................................... 62
Introdução ................................................................................... 64
Resumo ....................................................................................... 75
Bibliografia ........................................................................................................ 77
Anexo .................................................................................................................. 81
v
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Pré-requisitos
Objetivos gerais
Introdução
1
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
2
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Seqüência de conteúdos
UNIDADE 1
Importância da qualidade do
agronegócio
1. Importância da qualidade
2. Enfoque de agronegócio
UNIDADE 2
Princípios básicos
1. Histórico
2. Conceitos básicos
3. Enfoque tradicional x enfoque moderno
4. Funções da gestão da qualidade
5. Custos relacionados com qualidade
UNIDADE 3
Instrumentos e métodos da UNIDADE 6
gestão da qualidade Gestão ambiental no agronegócio
1. Importância do meio ambiente no agro-
1. Ferramentas básicas
negócio
2. Desdobramento da função qualidade
2. Sistemas de gestão ambiental
(QFD)
3. Certificação ISO 14000
3. Análise dos modos e efeitos das falhas
4. Sistema informatizado de gestão ambi-
(FMEA)
ental
4. Análise de perigos e pontos críticos de
controle (APPCC)
UNIDADE 4 UNIDADE 5
Certificação conforme normas da Aplicações da gestão da
série ISO 9000 qualidade no agronegócio
1. Introdução 1. Gestão da qualidade na produção inte-
2. ISO e gestão da qualidade grada de carne suína na Holanda, Di-
3. Versão ISO 9000 - 1994 namarca e Alemanha
4. Versão ISO 9000 - 2000 2. Gestão informatizada da qualidade na
5. Implementações da ISO 9000 no agro- extensão rural da empresa Sadia
negócio
3
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 1
Introdução
Objetivos específicos
1. Importância da qualidade
4
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 1
2. Enfoque de agronegócio
6
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 1
foi utilizado, pela primeira vez, pelos pesquisadores John Davis e Ray Goldberg, da
Universidade de Harvad, em 1957, e foi conceituado como
soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das
operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento e distribuição dos
produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles.
Fluxo de Produtos
Fluxo Monetário
Fluxo de Informações
INDÚSTRIA DE EMPRESA ☺
COMPONENTES PROCESSAMENTO DISTRIBUIÇÃO
INSUMOS RURAL CONSUMIDOR
Fluxo informações
... ...
% PIB agronegócio 06 28 33 33
Resumo
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Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 1
Atividades n.o 1
9
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 2
Introdução
Objetivos específicos
10
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 2
1. Histórico
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Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 2
2. Conceitos básicos
2.1. Deming
O americano Deming é considerado o pioneiro, no Japão, no estudo e na
aplicação da política de qualidade total. Os princípios básicos do seu pensamento foram
resumidos, por ele, no “programa de 14-pontos”, que é apresentado a seguir (DEMING,
1982):
1. Oferecer produtos e serviços sempre melhores;
2. Implantar a filosofia da não-aceitação de erros;
3. Controlar estatisticamente a produção;
4. Exigir que o fornecedor também execute controle estatístico;
5. Aprimorar sempre a produção e os serviços;
6. Treinar todos os funcionários;
7. Colocar à disposição de todos os funcionários instrumentos de trabalho adequados;
8. Incentivar a comunicação interna e a produtividade;
9. Incentivar o trabalho conjunto de diferentes departamentos;
10. Evitar slogans que não contenham informações sobre progressos na empresa;
11. Utilizar métodos estatísticos no aprimoramento da qualidade e produtividade;
12. Combater tudo que disturbe o bom ambiente de trabalho;
13. Incentivar programas de aperfeiçoamento e reciclagem; e
14. Definir, claramente, as obrigações da administração em relação à qualidade.
O programa foi definido para a alta gerência da empresa. O ponto central
baseia-se na constatação de que, na maioria das vezes, falta de qualidade é conseqüência
de erros sistemáticos, que devem ser combatidos pela administração da empresa. Para
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Unidade 2
2.2 Juran
Juntamente com Deming, o também americano Juran é considerado um dos
fundadores do conceito moderno de Gestão da Qualidade no Japão. Para Juran,
qualidade é medida a partir da utilidade que o produto ou serviço tem para o cliente.
Qualidade é definida tendo em vista necessidades objetivas e também subjetivas de cada
cliente em particular.
Juran divide a Gestão da Qualidade em planejamento, controle e
aprimoramento da qualidade na empresa. Enquanto o enfoque tradicional baseia-se mais
em avaliações e controles, para Juran, o esforço deve ser concentrado no contínuo e
permanente aprimoramento da capacidade da empresa em produzir com qualidade.
O combate aos erros sistemáticos, responsáveis por 80% dos defeitos, deve ser
feito pela implantação de métodos estatísticos, juntamente com técnicas simples
(histogramas, análise de Pareto) e reestruturação do ambiente de trabalho. Na parte de
pessoal, são estimulados a troca de postos de trabalho entre os empregados, o trabalho
em grupo e a auto-avalição regular (JURAN, 1990).
2.3. Feigenbaum
Feigenbaum utiliza a terminologia “Controle da Qualidade Total” (Total
Quality Control) para definir sua concepção de Gestão da Qualidade. Ele conceitua
Controle da Qualidade Total como um sistema que busca integrar todos os esforços no
aperfeiçoamento, na manutenção e na implantação da qualidade em diferentes níveis da
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Unidade 2
2.4. Ishikawa
A filosofia de qualidade total continuou a ser desenvolvida no Japão, por meio
do trabalho de Ishikawa. Baseado em diferentes enfoques e com a preocupação de
aplicar este conceito na empresa como um todo, este autor utilizou a definição de
“Company Wide Quality Control”. No enfoque de Ishikawa, todas as atividades
relevantes são englobadas, em relação à qualidade na empresa, bem como todos os
departamentos e funcionários. A garantia de qualidade de produtos e serviços tem papel
relevante, especialmente no desenvolvimento de novos produtos.
Eficiência administrativa, estreita relação com fornecedores e busca do
aprimoramento de atividades de todos os funcionários caracterizam o enfoque
abrangente de Ishikawa. A preocupação com o cliente externo deve ser também
ampliada aos clientes internos, ou seja, cada repartição e mesmo cada funcionário tem
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Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 2
também clientes dentro da empresa. Uma repartição que produz, por exemplo, uma peça
tem como cliente a seção de montagem, que, por sua vez, tem como cliente a seção de
embalagem. Esta rede pressupõe intenso trabalho interdisciplinar e eficiente rede de
informações e, muitas vezes, encontra grande resistência na indesejável competição
entre os departamentos, o que obriga a empresa a desenvolver um completo programa
de treinamento.
Métodos adequados de resolução de problemas e métodos estatísticos são
considerados requisitos indispensáveis no enfoque de Ishikawa. Este autor desenvolveu
um método gráfico de análise de erros, que passou a ser conhecido como “gráfico de
Ishikawa”.
Os principais pontos do enfoque de Ishikawa estão resumidos a seguir
(ISHIKAWA, 1985; ISHIKAWA, 1993):
• Qualidade é mais importante que os ganhos no curto prazo.
• Política de qualidade orientada em relação ao cliente e não à produção.
• Implantação de uma rede ampla cliente-fornecedor-cliente e eliminação de barreiras
de comunição entre os departamentos.
• Aplicação de métodos estatísticos.
• Observação de aspectos sociais.
• Administração participativa que inclua toda a empresa.
• Trabalho interdisciplinar em questões de qualidade.
2.5. Crosby
A partir da constatação de que o conceito de qualidade, muitas vezes, não é
entendido e que há um clima generalizado na empresa contra a qualidade, Crosby
destaca a importância de uma mudança cultural na empresa. Os principais pontos de seu
enfoque são os seguintes (CROSBY, 1988):
• Qualidade como um conceito bem definido e aplicável a todos os níveis da empresa.
• Prevenção de erros como princípio básico.
• Padrão de zero-erro.
• Não-atendimento das exigências do cliente é computado como custo.
O ponto central do pensamento de Crosby está relacionado com a disseminação
de uma filosofia da qualidade dentro da empresa e não com métodos técnicos de
controle.
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Unidade 2
2.7. Conclusões
Entre os conceitos, há as seguintes características em comum:
• Compromisso da administração.
• Melhoria da qualidade é a base para alcançar os objetivos da empresa.
• Reconhecimento do custo da falta de qualidade.
• Necessidade de uma reorganização da empresa e mobilização dos funcionários.
• Condições para trabalho em equipe.
• Treinamento em métodos e técnicas de aprimoramento da qualidade.
• Avaliação estatística dos resultados.
• Reconhecimento e recompensa dos funcionários.
• Busca e aprimoramento da qualidade como um processo contínuo.
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Unidade 2
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Unidade 2
C o n tro le d a Q u a lid a d e
d im in u iç ã o nív e l d e T ole râ n c ia
to le râ n cia
d D ok` E e
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Unidade 2
G estã o d a Q ua lid a d e
dim in uição nível de erros
aprim oram en to do processo
-d ´ ok` -e´
d´ e´
☺
Enfoque moderno de melhoria da qualidade
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Unidade 2
GESTÃO DA QUALIDADE
Política da Qualidade
(Objetivos e definição de responsabilidades)
Implementação da
Planejamento da Garantia da
Qualidade Aprimoramento
Qualidade Qualidade
(Técnicas e ações da Qualidade
(Definição das (Descrição e
utilizadas no (Aprimoramento de
exigências com a documentação do
atendimento das processos
qualidade de Sistema de Gestão
exigências de produtivos)
produtos/serviços) da Qualidade)
qualidade)
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Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 2
Custos
100%
Conseguências
para a
sociedade
Insatisfação
do Cliente difícil mensuração
relativamente de
Garantia fácil mensuração
do produto
Testes,
Descarte
Reparos
Tempo
curto médio longo prazo
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Unidade 2
preço. O que ficou provado é que falta de qualidade significa perda de mercados, que,
muitas vezes, não podem mais ser reconquistados (ISHIKAWA, 1993).
As conseqüências do não-atendimento das exigências dos clientes, em
mercados onde a oferta é maior que a demanda, refletem-se, diretamente, na diminuição
das vendas. Falta de qualidade de processos pode ser traduzida em desperdício e
aumento de custos. A Tabela 3 esquematiza as conseqüências de erros durante
processos de produção.
Resumo
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Unidade 2
Atividades n.o 2
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Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 3
Introdução
Objetivos específicos
1. Ferramentas básicas
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Unidade 3
a) Instrumentos básicos
Os instrumentos e técnicas mais comuns relacionados com implementação da
Gestão da Qualidade são, conforme PFEIFER (1994), SCHIEFER (1994) e BONILLA
(1994), os seguintes:
• Benchmarking: permite determinar níveis de qualidade a partir da comparação com
processos de alta performance de outras empresas.
• Brainstorming: técnica de geração de idéias em atividades de grupo.
• Controle estatístico de processos (SPC, do original “statistical process control”): na
identificação de irregularidades na performance de processos. A partir da análise
estatística das variações, podem-se determinar a estabilidade e a normalidade de
processos. A magnitude dessas variações são comparadas com as especificações
previamente definidas. BONILLA (1994) apresenta exemplos de aplicação na área
agrícola do SPC.
• Instrumentos de controle de qualidade (QCT, do original “quality control tools”):
representam um conjunto de gráficos que facilitam a análise de problemas. Inclui o
“gráfico de fluxo” para descrição e análise de processos (etapas e dinâmica dos
processos). Causas e efeitos de irregularidades são representados, de maneira
organizada e sistemática, no diagrama “espinha de peixe”, ou diagrama de Ishikawa,
em homenagem ao introdutor deste gráfico, no Japão. Nesse gráfico, a relação entre
causas e determinada irregularidade pode ser visualizada com facilidade. Pelo
Diagrama de Pareto, é possível ordenar a importância de defeitos e também as suas
causas.
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Unidade 3
b) Método 5S
O método 5S, originalmente desenvolvido no Japão, é um instrumento
consagrado e testado de mudança organizacional. A implementação do conceito é básica
para a Gestão da Qualidade, pois está relacionado com sistematização de hábitos
indispensáveis, como sistematização e organização. O nome 5S vem das iniciais, em
japonês, dos conceitos de:
• SEIRI = descarte (arrumação);
• SEITON = organização ;
• SEISOU = limpeza;
• SEIKETSU = higiene (asseio e saúde); e
• SHITSUKE = ordem mantida (autodisciplina).
No Brasil, o Sebrae criou o programa De OLHO (Descarte, Organização,
Limpeza, Higiene, Ordem mantida), o qual é voltado para empresas rurais.
c) Ciclo PDCA
O ciclo PDCA, conforme CAMPOS (1992), é um método de gestão para a
solução estruturada de problemas, cujo objetivo é alcançar metas predefinidas. A sigla
representa as etapas de planejamento (plan); execução (do), verificação (control) e ação
corretiva (action).
P = planejamento
• definir metas
• determinar métodos para alcançar as metas
D = execução
• educar e treinar
• executar o trabalho
C = verificação
• verificar os efeitos do trabalho executado
A = atuação corretiva
• atuar no processo em função dos resultados
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Unidade 3
A P
C D
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Unidade 3
matriz de
corrrelacoes
T COMO Concorrentes
C
comparacao
em relacao
matriz
O QUE ao atendi-
mento das
exigencias
dos clientes
Quantidade valor
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Unidade 3
0. Produto: apresuntado
1.
Mercado: doméstico
4. elementos da qualidade
macroscópica química
tec. cartilaginoso %
tecido vascular %
tecido adiposo %
3.
tecido nervoso
importância
proteína
gordura
2.
qualidades exigidas
boa deve parecer carne 3 1 1 1 1 5 1 5.
aparên aparentar pouca mistura 3 5 5 5 5 1
cia cor homogênea 5 1 1 5 5 1
aparência viva 1 5 3
aparência light 3 1 3 3 5 5
6. Ordenação (importância) 6 32 32 58 60 29 0 0 0 0
ex.: tecido vascular importância 6 = 3*1 +0 +0 +0 + 3*1
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Unidade 3
O objetivo da Análise dos Modos e Efeitos das Causas (no original, “Failure
Mode and Efects Analysis”, FMEA) é detectar possíveis erros, avaliá-los e evitá-los,
mediante ações adequadas.
O método FMEA foi desenvolvido pela NASA, em meados dos anos 60. Sua
aplicação principal ocorre na análise de processos e segue cinco fases (PFEIFER, 1994):
1) Organização (definir equipes e cronograma);
2) Preparo do conteúdo (determinar etapas do processo produtivo a ser analisado);
3) Análise propriamente dita;
4) Interpretação dos resultados; e
5) Avaliação da eficiência das ações corretivas implantadas.
O resultado da análise é apresentado em forma de tabela, na qual cada coluna
representa uma etapa da análise.
Dificuldade de
Probabilidade
de ocorrência
Seriedade do
detecção (D)
R= PxSxD
Controle
erro (S)
Causas
Efeitos
Ações
Etapa
Risco
Erro
(P)
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)
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Unidade 3
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Unidade 3
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Unidade 3
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Unidade 3
Recepção de
carcaças PCC1 (M, Q)
Desossa
Corte
Embalagem
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Unidade 3
Resumo
Atividades n.o 3
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Unidade 3
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Unidade 4
Introdução
Objetivos específicos
1. Introdução
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Unidade 4
ISO 9003
ISO 9002
ISO 9000 ISO 9001
ISO 9004
Informações Modelos para
representação e Informações
gerais sobre
documentação de gerais sobre
escolha e
um SGQ estrutura e
utilização das
implantação de
normas 9001-3
um SGQ
Esses três modelos (ISO 9001, 9002 e 9003) diferenciam-se pela quantidade e
pelo grau de exigência com os elementos que compõem um SGQ. A norma ISO 9001 é
a mais ampla, visto que permite a representação de um SGQ que compreenda as fases
de desenvolvimento de novos produtos, produção e atendimento de clientes. A norma
ISO 9002 não contempla a fase de desenvolvimento de novos produtos, sendo esta a
diferença em relação à norma ISO 9001. A norma ISO 9003 é a menos ampla das três,
ou seja, contêm menor número de elementos e as exigências são menos rigorosas. Tal
norma é específica para ao controle do produto final.
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Unidade 4
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Unidade 4
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Unidade 4
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Unidade 4
Resumo
Com o aprimoramento das normas da série ISO 9000, em sua última versão
(2000), o foco da certificação deixou de ser exclusivamente a garantia da qualidade,
para contemplar todo o sistema de gestão da qualidade. O atendimento das exigências
dos clientes é fundamento básico, o que torna a certificação um instrumento de
competitividade das empresas. No agronegócio, enquanto empresas industriais de
grande porte já certificaram seus sistemas, normas ISO 9000 em empresas rurais ainda
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Unidade 4
Atividades n.o 4
1) Discuta as diferenças básicas entre a versão de 1994 e a versão atual (2000), da série
ISO 9000.
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Unidade 5
Introdução
Objetivos específicos
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Unidade 5
a) Introdução
A indústria de processamento de carne na União Européia, em conseqüência do
aumento da competição e da crescente exigência do consumidor, tem implantado,
intensivamente, sistemas de gestão da qualidade. O objetivo de tais sistemas é atender
às exigências dos consumidores e, ao mesmo tempo, manter a competitividade em
preços. Tais sistemas, quando certificados por normas internacionais da série ISO 9000,
permitem comprovar a capacidade da empresa em produzir conforme níveis
preestabelecidos de qualidade (SCHIEFER, 1994). Entretanto, a certificação de um, ou
mesmo de todos os componentes de uma cadeia produtiva, não garante,
necessariamente, que os níveis de qualidade das empresas sejam sempre compatíveis
entre si.
Diante dessa situação, tornou-se necessário, além da implantação de sistemas
de gerenciamento da qualidade, definir critérios unificados, organizar e implementar um
sistema integrado de gerenciamento da qualidade. Na suinocultura européia, onde a
competição por mercados saturados ou próximo da saturação é especialmente intensa, a
garantia da qualidade é condição indispensável para manter-se no mercado.
Na próxima seção, será apresentada, resumidamente, a situação da suinocultura
na Europa. A seguir, os três modelos de sistemas integrados de gerenciamento da
qualidade serão discutidos e comparados.
1
Esta seção tem como base o artigo de SILVA JR. et al. (1997), Gerenciamento da qualidade na produção
de carne suína: análise comparativa entre sistemas integrados na Holanda, Dinamarca e Alemanha.
Revista de Economia Rural.
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Unidade 5
3 grandes Comprador
fornecedores c/ cláusulas
certificados p/ qualidade
Abatedouro /
Indústria
2300 Comprador s/
produtores cláusulas p/
integrados qualidade
Nesse modelo, até o momento, somente três grandes produtores tiveram seus
sistemas de gerenciamento da qualidade certificados por normas internacionais da série
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Unidade 5
ISO 9000. Para obter a certificação é necessário, entre outras exigências, documentar e
atender a critérios de garantia de qualidade no processo de entrega de produtos. Para a
indústria, a situação ideal é ter somente produtores certificados, o que significa gastos
ainda menores no controle inicial. Para o produtor, a certificação envolve gastos
significativos. Considerando-se somente a auditoria exigida, os custos chegavam a cerca
de 5.000 DM (AGRIZERT, 1996), que equivalem a cerca de 2.500 Euros.
50
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 5
IKB
Produtor de Racao
Consumi-
dor
Veteri-nário
Abatedouro
Criacao Engorda / Industria Varejo
LEGENDA
Produto
Intermediário Informacao
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Unidade 5
produtiva são discutidos uma ou duas vezes por ano (círculo de qualidade nível II, ver
Figura a seguir). Esses grupos interdisciplinares são compostos por dois a três
representantes dos produtores rurais, um extensionista, um médico veterinário, um
representante do abatedouro e um especialista em Gestão da Qualidade.
Como o Sistema de Gestão da Qualidade na produção de suínos é certificado
conforme as normas ISO 9000, o controle principal, neste modelo, não é executado pelo
abatedouro, mas por um organismo externo e independente.
O produtor rural tem participação ativa em todo o processo. Ao lado da
exigência de adotar o enfoque de satisfação dos desejos e expectativas do cliente, o
produtor tem autonomia na implementação das medidas que se adaptem melhor às
condições específicas de sua empresa. Com o aperfeiçoamento do Sistema de Gestão da
Qualidade e sua documentação, o processo produtivo torna-se, para o produtor rural,
cada vez mais transparente, o que aumenta, consideravelmente, a eficiência do trabalho
extensionista. Com o tempo, o processo de documentação torna-se menos complicado e
desgastante, reduzindo-se a cerca de cinco minutos diários, o que facilita e diminui os
custos do processo de certificação da empresa, conforme normas internacionais
(HELBIG, 1996).
Para o abatedouro, a certificação de empresas rurais permite garantir a
qualidade do produto conforme critérios unificados para toda cadeia produtiva. Com a
participação ativa de todos os integrantes da cadeia, a qualidade pode ser continuamente
aprimorada.
Veterinario Consultor
Producao Abatedouro /
certificada Industria
LEGENDA
Produtor Produto
de racao Círculo da Qualidade I
Informacao
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Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
Unidade 5
f) Conclusão
Para a indústria, os três modelos de sistema integrado de Gestão da Qualidade
apresentam vantagens sobre a produção independente. Com a adoção de critérios de
qualidade pelo produtor rural, seja mediante contrato, como no modelo alemão, seja
mediante normas válidas para todo o sistema, como nos modelos holandês e
dinamarquês, há diminuição no custo de controle de matéria-prima.
Para o produtor rural, a garantia de compra da produção pela indústria é um
benefício considerável, mesmo que a bonificação recebida em decorrência da produção
entregue à indústria não cubra os custos adicionais. De forma indireta, o produtor
também se beneficia da conquista de mercado em razão do aumento da competitividade
da cadeia produtiva como um todo. Nesse aspecto, os modelos holandês e,
principalmente, dinamarquês têm-se mostrado mais eficientes.
Dos três modelos avaliados, o modelo dinamarquês tem sido o mais eficiente,
ou seja, o produto “carne de suíno” e o processo “produção agrícola”, da Dinamarca,
atendem às exigências do consumidor final e dos clientes internos da cadeia produtiva,
sem, contudo, perder competitividade em preço. Com o aumento da preocupação dos
consumidores com a qualidade do produto e também com o processo produtivo (direito
dos animais, preocupação com a preservação do meio ambiente), espera-se que o
modelo implantado na Dinamarca traga benefícios ainda maiores para os produtores
desse país. Além da vantagem estrutural (criação intensiva com ganhos de escala) e da
excelente infra-estrutura na Dinamarca, o aumento de 84% nas exportações, no período
de 1970 a 1996, é também atribuído ao modelo de Gestão da Qualidade implantado, que
incorpora elementos da Gestão da Qualidade e é certificado conforme normas
internacionais (WINDHORST, 1996).
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Unidade 5
a) Introdução
Dado o aumento das exigências dos consumidores, é cada vez mais importante
a organização da cadeia produtiva em sistemas integrados, que, além do aumento da
eficiência econômica, garantam também o atendimento dos níveis exigidos de
qualidade. O fluxo adequado de informações é indispensável à uniformidade e
eficiência desses sistemas. Na Europa, principalmente Dinamarca e Holanda, modelos
de gestão integrada de qualidade na cadeia produtiva foram implantados com sucesso
(SILVA JR., 1997). No Brasil, a empresa Sadia S.A. desenvolve um sistema inovador
de Gestão da Qualidade, o TQS (Total Quality Sadia) (RIBAS JR., 1996a, RIBAS JR.,
1996b).
Nesses modelos de gestão integrada da qualidade, a extensão rural tem papel
primordial. A matéria-prima para a indústria é produzida em unidades agrícolas
isoladas, com características socioeconômicas e edafoclimáticas distintas, o que
dificulta a obtenção de produtos padronizados. A extensão rural é, nesse contexto, o
elemento de ligação entre os outros elementos da cadeia e o produtor rural. Ela deve
facilitar o fluxo de informações, auxiliando os produtores rurais a aperfeiçoarem seu
processo produtivo, mantendo a eficiência econômica e oferecendo produtos que atenda
às exigências de seu cliente imediato, o abatedouro, e, em última instância, do
consumidor final. A própria extensão rural é também um elemento da cadeia produtiva,
e o aperfeiçoamento do processo extensionista contribui para o sucesso do
empreendimento rural e para a obtenção de produtos de qualidade, objetivo de todos em
uma cadeia de produção de alimentos.
A existência de um sistema de informações é condição indispensável à
implantação da gestão integrada da qualidade em sistema produtivos. A informatização
adequada pode contribuir, significativamente, para o aumento da eficiência do sistema,
permitindo obter ganhos de produtividade em propriedades rurais, no serviço de
extensão e, indiretamente, em toda a cadeia produtiva.
2
Artigo apresentado no XXXVI Congresso da Sober. Referência: SILVA JR et al. (1998): Gestão
Informatizada da Qualidade em Sistemas de Produção Integrada: uma aplicação na Extensão Rural da
Sadia S.A. O segundo e terceiro autores são especialistas da empresa Sadia.
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Unidade 5
b) Objetivos
O objetivo geral do trabalho é apoiar a Gestão da Qualidade em propriedades
rurais integradas, mediante um sistema informatizado. Os objetivos específicos são:
1) Aumentar a eficiência das atividades de planejamento, implementação, garantia
e aperfeiçoamento da qualidade. Tal efeito é medido, diretamente, a partir da
diminuição do número de erros no processo produtivo e do nível de reclamações do
cliente imediato (condenações pelo abatedouro).
2) Aprimorar o processo extensionista, por meio da disponibilização de informações
atualizadas, padronizadas e de forma adequada. A interação mais efetiva entre o
técnico e o produtor rural é medida pela diminuição do tempo despendido na busca,
na análise e na utilização correta de informações durante o processo decisório.
3) Permitir a manutenção e disponibilização, de forma padronizada, de novos
conhecimentos gerados na empresa, diminuindo também o custo de treinamento de
novos funcionários.
4) Contribuir para o aumento da eficiência da cadeia produtiva, como um todo.
Sistemas informatizados de gestão da qualidade mais modernos permitem a
integração de todas as atividades de gestão de qualidade em uma empresa ou cadeia
produtiva. Os dados são armazenados em bancos de dados independentes, o que permite
reduzir custos, evitar redundância de dados, além de possibilitar a padronização das
informações. Tais sistemas, com o uso de computadores portáteis, podem ser utilizados,
em nível de campo, por extensionistas e até mesmo por produtores rurais.
Extensão Grupos de
Rural Discussão
Coordenação
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Unidade 5
d) O sistema TQSoft
A partir da necessidade de aumentar a eficiência da Gestão da Qualidade em
cadeias de produção integrada de alimentos, foi desenvolvido um sistema
informatizado, o TQSoft, que se destina aos extensionistas e aos produtores rurais de
uma cadeia de produção integrada. Como exigência básica, todos os produtores rurais
devem ser beneficiados pelo sistema, independente da existência de recursos de
informática na propriedade rural. Para tal, pressupõe-se que exista um computador
central na indústria e que os extensionistas tenham acesso a computadores portáteis.
Como o processo extensionista é dinâmico, novos conhecimentos são gerados
constantemente e devem ser armazenados adequadamente e disponibilizados para todos,
no menor espaço de tempo possível. Assim, evita-se que extensionistas e produtores
rurais desperdicem tempo e recursos escassos na busca da resolução de um problema,
quando uma solução adequada já existe.
Um sistema de informações só será eficaz se permitir que as informações
possam ser usadas, de forma eficiente, na solução de problemas, em nível de campo. O
produtor ou o extensionista deverá dispor de informações claras e precisas sobre as
exigências a serem atendidas e ter condições de detectar problemas, a tempo, e
implementar corretamente a ação mais adequada e de menor custo. Na figura a seguir, é
esquematizado o processo de solução de um problema.
O produtor observa um sintoma e procura detectar o problema, suas causas e
suas prováveis conseqüências, para, a seguir, tomar medidas mais adequadas. Em
sistemas biológicos, como é o caso da agricultura, a análise de erros é altamente
complexa. Mesmo produtores experientes são confrontados, a cada dia,. com novos
problemas que exigem ações imediatas. Caso um erro não seja detectado, é necessário
acionar um especialista, o que resulta necessariamente, em atrasos e custos adicionais.
A detecção incorreta de um erro leva a conseqüências imprevisíveis, com aumento de
custos para o produtor rural e, muitas vezes, como no caso da não-detecção de doenças
infecciosas, por exemplo, provoca grandes prejuízos a toda a cadeia produtiva.
Detectado um erro, é necessário descobrir suas causas e definir e implementar as ações
adequadas. Todo o processo deve ser documentado, com o objetivo de demonstrar a
existência de um sistema de detecção e correção de erros. Assim, a empresa rural poderá
comprovar se os produtos de qualidade oferecidos por ela não são obra do acaso, mas
resultado do esforço constante e sistemático em aprimorar a qualidade.
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Unidade 5
Observacao
de sintomas
acionar
especialistas erro
nao
(atrasos, definido
custos)
sim
correto nao
descartes,
reparos,desper
dícios, custos ...
sim
Continuacao
da análise
documen-
tacao
acionar
especialistas acoes
nao
(atrasos, definidas
custos)
sim
acoes
nao
descartes,
corretas reparos,desper
dícios, custos ...
sim
implementar
acoes
documen-
tacao
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Unidade 5
• Informações,
• Análise,
• Documentação.
O grupo informações permite o acesso a informações sobre erros, exigências
dos clientes e leis relacionadas com produção agrícola. O grupo análise permite que
essas informações sejam analisadas no contexto específico de cada propriedade rural,
incluindo, aqui, avaliação de custos relacionados com qualidade e o relacionamento
entre índices técnicos e possíveis erros. O grupo documentação possibilita a
documentação das análise e ações implementadas na empresa rural.
As figuras, a seguir, mostram algumas telas do programa. Para atender às
exigências dos usuários finais e em razão dos resultados das discussões durante o
desenvolvimento, a utilização do sistema foi simplificada ao máximo. Exigem-se
apenas conhecimentos elementares de utilização de um “mouse”, sendo todas as funções
acessadas por meio do acionamento de botões.
Ao acionar o módulo erros, realiza-se uma análise detalhada dos erros que
possam ocorrer durante a produção agrícola, e ao determinar as causas de erros, podem-
se implementar ações preventivas. O módulo permite determinar, corretamente, erros a
partir de sintomas observados no campo e implementar as ações mais adequadas.
Recursos de multimídia facilitam a análise, visto que aumenta significativamente, o
grau de acerto na identificação de erros e na implementação de ações adequadas.
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Unidade 5
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Unidade 5
e) Avaliação do sistema
Os dados básicos da análise foram obtidos por meio de testes realizados na
Alemanha e no Brasil. Os testes consistiram em questionários que continham cenários,
nos quais produtores rurais e extensionistas deveriam solucionar problemas relevantes
que ocorrem na produção de suínos, com e sem uso do sistema. Foi utilizado um lap-
top, e as questões foram respondidas no escritórios de extensão rural e na própria
propriedade rural.
Sem o uso do sistema, cerca de 50% das perguntas foram respondidas
incorretamente ou estavam incompletas. Com o sistema, 93% das respostas foram
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Unidade 5
f) Resultados e discussão
O sistema informatizado mostrou-se eficaz e eficiente no apoio à gestão da
qualidade em empresas rurais, ou seja, com o sistema obtiveram-se respostas corretas
para os problemas propostos, e de forma mais rápida. A implementação do sistema pode
contribuir, decisivamente, para o aumento da qualidade, ou seja, com informações
disponibilizadas no momento e na forma adequadas, podem-se atender às exigências do
cliente pelo aprimoramento do processo produtivo.
Em programas de Gestão da Qualidade que busquem o aprimoramento
constante da qualidade, como o TQS da empresa Sadia S.A., o sistema informatizado
pode ser uma ferramenta de grande utilidade na manutenção, na uniformização e na
ampliação dos conhecimentos acumulados durante anos e nos novos conhecimentos
gerados continuamente pela interação de produtores rurais, extensionistas e
especialistas.
Resumo
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Unidade 5
Atividades n.o 5
2) Para a mesma cadeia utilizada no exemplo acima, indique as informações que cada
segmento da cadeia de produção deve obter do segmento anterior.
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Unidade 6
Introdução
Objetivos específicos
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Unidade 6
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Unidade 6
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Unidade 6
1.
2.
Comprometimento
Elaboração do
e definição da política
plano de ação
ambiental
Melhoria
5. contínua 3.
Revisão do Implantação e
SGA Operacionalização
4.
Avaliação Periódica
Sistema de gestão ambiental
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Unidade 6
Norma ISO 14031 apresenta as diretrizes para avaliação do desempenho ambiental, que
inclui:
• indicadores de desempenho ambiental, e
• indicadores de condição ambiental.
Em um projeto do IHL (Instituto Herbert Levy), SEBRAE e IBAMA, foi
publicado um questionário de auto-avaliação, que permite quantificar o desempenho
ambiental em 20 critérios, numa escala de 1 a 5. Abaixo, são apresentados os critérios e
a condição para que a empresa obtenha a pontuação máxima (5).
1. Política de meio ambiente: a política de meio ambiente expressa o
comprometimento da alta gerência com a melhoria contínua do desempenho
ambiental da empresa e está claramente definida, documentada e divulgada para
todos os empregados.
2. Aspectos ambientais: como parte do processo de identificação dos aspectos
ambientais, a empresa identifica suas atividades, produtos e serviços considerados
críticos, por poderem causar impactos ambientais adversos no meio ambiente da
região onde opera.
3. Requisitos legais: Leis, decretos, resoluções e portarias federais, estaduais e
municipais, assim como códigos e práticas setoriais relativos à qualidade ambiental,
estão documentados, são periodicamente atualizados e divulgados em toda a
empresa.
4. Objetivos e metas: com base na política de meio ambiente e nos seus aspectos
ambientais considerados críticos, a empresa estabelece seus objetivos e metas
ambientais.
5. Gestão da qualidade do ar: a empresa implementa programa de gestão da qualidade
do ar com instrumentos de monitoramento na sua área de influência.
6. Gestão da qualidade da água: a empresa realiza a gestão da qualidade da água. Os
monitoramentos periódicos dos efluentes líquidos e do corpo receptor apresentam
resultados compatíveis com os padrões legais.
7. Gestão do consumo de água e energia: a empresa implementa um processo de
racionalização do consumo de água e energia.
8. Gestão de resíduos: a empresa mantém um inventário atualizado de todos os seus
resíduos. É meta da empresa reduzir, continuamente, a sua geração de resíduos;
reutilizá-los.
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Unidade 6
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Unidade 6
20. Melhoria contínua: a empresa revisa periodicamente sua política, seus objetivos e
sua metas ambientais, a partir dos resultados das medições, do monitoramentos e
das avaliações ambientais.
Após avaliação ambiental e definição da política ambiental, a empresa deve
realizar o planejamento para que o plano de ação possa ser disponibilizado. O plano de
ação deve ser integrado ao plano estratégico da empresa e revisto regularmente. O
fluxograma ambiental define os elementos iniciais do plano, quais sejam, os aspectos
ambientais e os impactos ambientais. A avaliação de impactos ambientais é realizada
por meio de metodologias específicas para cada aspecto ambiental e que considerem
escala, intensidade, duração e probabilidade de ocorrência do impacto.
↓
insumos → atividade 1 → O que é gerado ? Para onde vai ?
↓
insumos → atividade 2 → Como é gerado ? Quais são as conseqüências para
o meio ambiente ?
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Aspectos Critérios internos
Impactos Requisitos legais Objetivos Metas Prazos Custos Responsabilidades
ambientais de desempenho
Estabelecer um canal de
comunicação com a Receber 100 avaliações
Incômodo à Nível de percepção
Odor Reclamação zero comunidade e implementar a positivas por parte da 6 meses x R$ Profissional ou setor responsável
comunidade do odor
melhor tecnologia prática comunidade
Unidade 6
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Unidade 6
Como as normas da série ISO 9000, as normas da série ISO 14000 não são
padrões de produtos. Essas normas permitem a certificação de sistemas de
gerenciamentos de processos que influenciam a qualidade (ISO 9000) ou processos que
possam causar impactos no meio ambiente (ISO 14000). O enfoque na melhoria de
processos é o enfoque básico de ambos os sistemas. Diferentemente da gestão da
qualidade, em que, em última instância, a qualidade do produto é fundamental, na
gestão ambiental, emissões, subprodutos, consumo de fatores de produção, além do uso
e descarte do produto são igualmente importantes
A crescente preocupação com o meio ambiente tem levado a aumentos
expressivos do número de certificações, bem como no número de países que já possuem
empresas e organizações certificadas. Até o final de 2000, foram emitidos 22.897
certificados em 98 países (CZAJA, 2002).
Além da ISO 14000, existe uma norma européia de certificação, conhecida
como EMAS (environmental management and audit schema). O decreto foi ratificado
pelo Conselho da União Européia (UE), que trata da gestão ambiental que entrou em
vigor em 11 de abril de 1995.
As exigências básicas dessas normas internacionais são as seguintes:
• Definição de uma política ambiental,
• Definição de metas,
• Formulação de um plano para conservação ambiental,
• Integração da conservação ambiental na estrutura e na rotina da empresa,
• Condução de auditorias internas e controle relacionado com a gestão ambiental, e
• Definição do aprimoramento constante do meio ambiente como uma obrigação da
empresa.
Apesar da existência, em comum destas exigências básicas, as duas normas
diferenciam-se nos aspectos jurídicos, no grau de detalhamento das exigências e na
obrigação da divulgação pública da política ambiental da empresas, obrigatória na
normas EMAS (KESSELER, 1997).
Existem diversas normas na série ISO 14000, que tratam deste especificações e
diretrizes, passando pelos procedimentos de certificação, qualificação de auditores e
avaliação ambiental. As normas são complementares, sendo a principal delas a ISO
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Unidade 6
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Unidade 6
BUIS
Informações Internas
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Unidade 6
Resumo
Atividades n.o 6
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Unidade 6
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Resumo final
Avaliação final
Bibliografia
A ISO 9001:2002 sem segredos. Revista Banas, encarte especial, fev. 2002.
77
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CZAJA, M.C. A ISO 14000 espalha seus conceitos pelo mundo. Revista Banas, p. 67-
71, jul. 2002.
GENTIL, L.V. ISO 14000: gestão profissional nas fazendas. A Granja, p. 22-26, out.
2002.
HAUTZER, H.J., HELBIG, R., SCHIEFER, G. Computer based information and report
system for the support of agricultural extension: presentation of a prototype. In:
KURE, H. et al. (Ed.). Proceedings of the First European Conference for
Information Technology in Agriculture. Copenhagen: 1997.
78
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
ISO 9002 reconhece qualidade em fazenda de leite. Revista Balde Branco, p. 18-25,
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ROBINSON, M. Human resources management in the rural sector in the TQM era.
Farm Management, v. 8, n. 8, 1994.
SALVADOR, E.O., LOPES, L.T., ALVES, N.A. A segurança alimentar em ração para
animais. Revista Banas, abr. 2002.
79
Pós-Graduação "Lato Sensu" em Gestão do Agronegócio ERU 580 - Gestão Ambiental e da Qualidade no Agronegócio
SILVA JR., A.G., HELBIG, R., SCHIEFER, G. A prototype computer aided CAQ
system for pig producers. In: INTERNATIONAL CONGRESS FOR COMPUTER
TECHNOLOGY IN AGRICULTURE, 6, 1996, Wageningen. Proceedings...
Wageningen, 1996a.
SILVA JR., A.G., HELBIG, R., SCHIEFER, G. A prototype computer aided quality
assurance system for pig producers. In: LOKHORST, C. (Ed.). In:
INTERNATIONAL CONGRESS FOR COMPUTER TECHNOLOGY IN
AGRICULTURE, 6, 1996, Wageningen. Proceedings... Wageningen, 1996b.
80
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Anexo
1. CARACTERIZAÇÃO
3
Resumo da tese do Eng. Agrônomo, MS. Economia Rural GIOVANNO PRETTO (PRETTO, G.
Técnica de análise do ciclo de vida para gerenciamento ambiental de propriedades produtoras de suínos.
Viçosa:UFV, 2003. 124p.)
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Lixo Sólido
Matéria-prima
Emissões para o ar
SISTEMA
Emissões para água
Energia/combustíveis
Produtos Utilizáveis
2. OPERACIONALIZAÇÃO DA ACV
1. Definição do
objetivo e escopo
3. Avaliação do
impacto do ciclo de
vida
4
Co-produtos: produtos secundários gerados juntamente à uma atividade principal. Exemplo, a cama de
aviário numa produção de frangos de corte.
82
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Dentro desses estágios é importante ter bem claro a distinção entre as partes
objetivas e subjetivas. O primeiro estágio é considerado subjetivo, uma vez que é
guiado por preferências individuais para escolha dos objetivos e encaminhamentos do
estudo. A fase do inventário, por sua vez, é considerada um processo direto e,
portanto, objetiva. A avaliação do impacto envolve ambas as partes, objetiva e
subjetiva. Por fim, a fase de interpretação é claramente subjetiva, pois, mais uma vez,
depende de julgamentos individuais.
Efeito primário
Hidrólise Transporte ou direto
NO HNO3 aéreo
HNO3
Transporte
HC aéreo Efeito secundário
HCl ou indireto
5
SMOG – é uma mistura química de gases, como óxidos de nitrogênio, compostos voláteis orgânicos,
sulfetos, ácidos e partículas de matéria, que formam uma espécie de bruma opaca, geralmente
escurecida .
83
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3. PROCEDIMENTO E DADOS
Foi utilizada a técnica de Análise do Ciclo de Vida dos produtos para analisar o
impacto ambiental potencial dos resíduos de dois sistemas de manejo de suínos em
fase de crescimento e terminação. Foi feita análise comparativa do impacto ambiental
dos dejetos do sistema tradicional de criação, que realiza a lavação das baias para
limpeza dos resíduos dos animais, com um sistema alternativo, onde os animais são
criados sobre cama sobreposta, sendo os resíduos ficam “armazenados” nas próprias
camas.
Foram escolhidos esses dois sistemas de criação para serem comparados, por
que o sistema de lavação das baias é o sistema tradicionalmente usado nas
suinoculturas do Brasil. No sistema tradicional de criação, nas fases de creche,
crescimento e terminação predominam o piso do tipo ripado, que exige lavação das
baias, sendo utilizado por cerca de 81% dos produtores.
O sistema da criação sobre cama sobreposta foi introduzido no país em 1993,
pela EMBRAPA – Suínos e Aves e, posteriormente, implantado em duas unidades de
observação nas fases de crescimento e terminação. Esse sistema de criação é
adotado, atualmente, em cerca de 100 granjas produtoras no Brasil.
Foi definido nesse estudo que a unidade funcional seria “um suíno terminado
com peso médio de 100 kg” e que os limites, dentro do sistema produtivo de uma
suinocultura, seriam as fases de crescimento e terminação.
Em relação aos dados gerais que foram objeto de análise nesse estudo,
encontram-se os dados chamados de secundários, pois provém da coleta em
trabalhos e publicações acessíveis na literatura disponível. Especificamente, os dados
relativos à atividade suinícola foram coletados de publicações da EMBRAPA – Suínos
e Aves.
Adotou-se como fluxogramas dos processos produtivos o esquema que pode
ser visualizado na figura 4.
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ENTRADAS SAÍDAS
Ração
Dejetos Líquidos
Água
Cama SUINOC ULTURA Resíduos Sólidos
Energia Elétrica
Lixo Sólido
M edicam entos
Parto Cobertura
Leitões
Reposição
Venda
85
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média 49 dias. Ao final desse tempo, os leitões entram na fase de terminação, mas
permanecem no mesmo local. Essa fase dura aproximadamente 42 dias, até os
animais atingirem o peso de venda. Nesse ponto, algumas fêmeas podem ser
mantidas no plantel para substituírem as matrizes mais velhas, ficando cerca de 56
dias até serem cobertas e entrarem no sistema na fase de gestação.
Todo esse ciclo dura exatas 21 semanas, assim, as granjas comerciais
trabalham com escalas de produção semanal.
Nesse sentido, uma granja foi considerada pequena, quando trabalhar com
cerca de 230 matrizes – considerando os problemas que podem ocorrer com os
animais, como morte, não cobertura, doenças – para ter uma média de 10 partos por
semana com 10 leitões por parto, o que levará a uma produção de 100 terminados por
semana, prontos para serem vendidos.
Para granjas maiores, fez-se o cálculo da escala de produção através de uma
progressão aritmética, onde foram consideradas como grandes granjas as que
trabalham com cerca de 1840 matrizes que proporcionam 80 partos por semana e
produzem em torno de 800 terminados por semana, prontos para venda.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
C o ntro le de pe so
Ve nda
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Alimentar Alimentar
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1) Entradas
• Cama biodegradável
A quantidade de cama que entra no sistema é de 46,2 kg/suíno. Para se
chegar a esse valor procederam-se os seguintes cálculos: a área recomendada por
animal é de 1,10 m2 e a espessura da cama de 0,60 m. Tem-se, assim, um volume de
0,66 m3. Como a densidade da maravalha é de 300 kg/m3, obtêm-se o peso de 198 kg
de maravalha, que, acrescido de 40% (79,2 kg), devido à compactação, resulta em
277,2 kg. Segundo OLIVEIRA et al. (2002) podem ser criados até 6 lotes sobre cada
cama, dessa forma, chega-se ao valor de 46,2 kg de cama por animal.
• Energia elétrica
Foi considerada como entrada de energia elétrica no sistema 6,19 Kwh por
suíno. Contudo, é necessário transformar esse valor para uma unidade padrão, no
caso, megajoule (MJ). Como 1 Kwh eqüivale a 36 x 10 5 J, diretamente deduz-se que
6,19 Kwh eqüivalem a 22,28 x 106 J, ou 22,28 MJ. Portanto, será considerado como
entrada de energia elétrica no sistema 22,28 MJ.
• Medicamentos
Outra entrada nos sistemas é de medicamentos, como antibióticos e vacinas.
Porém, apesar de ter conhecimento dessa entrada, ela não será considerada nesse
estudo, uma vez que não existem relatos de pesquisas feitas no sentido de quantificar
a entrada de medicamentos na suinocultura.
2) Saídas
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• Sistema de lavação
Como foi estabelecido que o sistema de lavação das baias seria o sistema
padrão, então a concentração dos elementos desses dejetos também será
considerada a concentração padrão, a qual servirá de base para comparação. Assim,
na Figura 9, a linha central representa, exatamente, a concentração padrão dos
dejetos e as barras, para a direita e para a esquerda, representam, respectivamente,
quanto a concentração nos resíduos do sistema de cama sobreposta é maior ou
menor, sempre em termos percentuais.
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CO2 9,04%
NH3 -50,70%
PO4 46,77%
Ntot -36,42%
Analisando a Figura acima, pode-se ter uma visão mais clara da diferença
entre as concentrações dos elementos presentes nos dejetos e que geram algum tipo
de impacto ambiental. No caso da produção de CO2, cuja diferença entre os sistemas
é muito pequena, pode-se perceber que o sistema de cama sobreposta gera cerca de
9% a mais de gás carbônico que o sistema de lavação das baias.
Em relação aos outros valores, a diferença entre os sistemas é clara,
contudo, a Figura 9 dá uma visão mais didática. Constata-se que o sistema alternativo
produz cerca de 50% menos amônia e 36% menos nitrogênio total que o sistema
tradicional. Por outro lado, o sistema de cama sobreposta gera 46,77% mais fosfato
que o sistema de lavação das baias.
De forma complementar, a Figura 10 apresenta, como ilustração, uma
perspectiva completa das entradas e saídas, por suíno, nas fases de crescimento e
terminação em ambos os sistemas, facilitando a visualização das diferenças existentes
entre eles. Fica claro que o sistema de lavação das baias gera muito mais nitrogênio,
seja na forma de amônia ou de nitrogênio total, enquanto o sistema de cama
sobreposta agrega mais fósforo e, ambos geram quantidades semelhantes de gás
carbônico. Quanto às entradas, novamente, percebe-se a grande diferença de
consumo de água entre os dois sistemas.
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ENTRADAS SAÍDAS
Ração 169,37 kg
6,115 kg Ntot
3,410 kg PO4
Água 605,7 l
SISTEMA DE
LAVAÇÃO
9,682 g NH3
Energia Elétrica 36 MJ
0,509 kg CO2
Medicamentos
Lixo Sólido
Água 446,4 l
5,005 kg PO4
SISTEMA
Cama DE CAMA
46,2 kg 4,773 g NH3
Energia Elétrica 36 MJ
0,555 kg CO2
Medicamentos Lixo Sólido
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A definição da abrangência dos impactos serve para dar uma idéia dos efeitos,
em termos espaciais, que cada impacto produz. Pode-se considerar que seja uma
informação muito subjetiva, mas certamente é bastante explicativa e demonstrativa de
que os impactos não têm efeito apenas pontual, ou seja, não afetam apenas o local
onde os resíduos ou dejetos são lançados.
Para quantificar o impacto agregado em cada categoria de impacto, deve-se
multiplicar o quanto é produzido de cada substância, individualmente por animal, pelos
fatores de equivalência correspondentes. Esses cálculos são apresentados na Tabela
9.
Tabela 9 – Cálculo dos impactos dos dejetos para cada categoria de impacto, por
animal.
Fatores de Total por
Produção a
Sistema Subst. equivalência substânci Total por categoria
de dejetos /
a
--------------------------- kg/suíno ------------------------ kg/suíno ---------------------------
Efeito estufa
Lavação CO2 0,509 1,00 0,509 0,509 kg CO2 eq
Cama CO2 0,555 1,00 0,555 0,555 kg CO2 eq
Acidificação
Lavação NH3 0,009682 1,88 0,018202 0,018202 kg SO2 eq
Cama NH3 0,004773 1,88 0,008973 0,008973 kg SO2 eq
Eutrofização
Lavação NH3 0,0097 0,33 0,003
Ntot 6,1150 0,42 2,568 5,981 kg PO4 eq
PO4 3,4100 1,00 3,410
Cama NH3 0,0047 0,33 0,001
Ntot 3,8880 0,42 1,633 6,639 kg PO4 eq
PO4 5,0050 1,00 5,005
a/
Fontes: Dados da pesquisa. - GOEDKOOP, (1995)
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Acidificação -50,70%
Eutrofização 11,01%
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5. CONCLUSÕES
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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