Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
NUTRIÇÃO.............................................................................................................................................. 9
Capítulo 1
Conceitos básicos............................................................................................................... 9
Capítulo 2
Características nutricionais do paciente....................................................................... 20
Capítulo 3
Avaliação nutricional....................................................................................................... 27
Unidade iI
TERAPIA NUTRICIONAL.......................................................................................................................... 35
Capítulo 1
Tipos de nutrição e suas indicações................................................................................ 35
Capítulo 2
Dietas Industrializadas x Artesanais.................................................................................. 56
Unidade iII
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS.................................................................................... 62
Capítulo 1
Distúrbios alimentares........................................................................................................ 62
Capítulo 2
Distúrbios Gastrointestinais............................................................................................... 72
Referências................................................................................................................................... 83
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A nutrição é algo que preocupa não só pessoas doentes, como pessoas saudáveis.
A dieta é diferente de acordo com cada estágio da doença renal, bem como durante o
processo de piora da doença.
A DRC traz consigo várias questões que afetam diretamente a vida social do paciente
bem como seus familiares. No processo do adoecimento algumas pessoas reagem de
forma agressiva, a vida do paciente começa a girar em torno da doença, passando assim
a ver o mundo, as atividades cotidianas e psicológicas que antes geravam prazer, como
desinteressante com a mudança repentina de sua rotina vendo-se rodeado por uma
máquina e sessões de hemodiálises constantes em sua vida.
7
Dentre algumas doenças com histórico crônico, a doença renal é a que mais
atinge a qualidade de vida do paciente, repercutindo fortemente em sua vida
social e principalmente a psíquica.
Vários fatores são associados pelo o paciente com o convívio com uma doença
incurável e de dependência constante de uma máquina para sobrevier, esquema
terapêuticos rígidos como a realização da hemodiálise no mínimo de três vezes
na semana e com duração de 4 horas na unidade.
As terapias nutricionais podem ser via sonda (enteral), via oral ou por acesso venoso
(parenteral) como o regime oral, enteral ou parenteral, seja qual for o método, o paciente
renal deve ser monitorado com um adequado plano nutricional terapêutico.
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) ou Terapia Nutricional Parenteral (TNP) têm esse
nome pela própria via de administração.
Para que ocorra uma adequada assistência nutricional ao paciente renal deve-se
elaborar protocolos tanto de avaliação nutricional inicial como de acompanhamento,
permitindo à equipe multidisciplinar obter todas as informações pertinentes e que
simplifique a transferência dos registros necessários.
Objetivos
»» Compreender os cuidados nutricionais dos pacientes renais.
8
NUTRIÇÃO Unidade I
Capítulo 1
Conceitos básicos
9
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
Quadro 1.
›› mastigação (dentadura);
›› deglutição;
›› Medicação.
10
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
A nutricionista e nutrólogo junto com a equipe que deve orientar e preparar esse plano
terapêutico, todos os membros devem estar envolvidos visto que além dos nutrientes
x alimentos que fornecem tais nutrientes, deve-se levar em consideração os aspectos
financeiros do paciente/família. Essa questão social, financeira e cultural deve ser
muito considerada, pois a aquisição e adesão da dieta depende dessas questões.
A vida social do paciente acometido pela doença renal crônica (DRC), suas consequências
pode influenciar diretamente a adesão e ao acolhimento deste paciente em relação as
suas limitações.
Uma dieta bem aceita pelo paciente e familiares, irá favorecer à sobrevida do paciente
renal, melhora o risco de desenvolvimento de complicações, bem como redução das
taxas de morbimortalidade, além de redução dos custos, tanto para família como para
os agentes pagadores do tratamento renal, seja o sistema público de saúde ou privado.
11
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
Para o paciente renal, garantir a quantidade correta de calorias e proteínas bem como
de outros nutrientes como:
drogas fitoterápicas devem ser utilizadas com cautela, pois podem ser
prejudiciais ao doente renal.
São substâncias que devem ser monitoradas com uma certa frequência, pois
em desequilíbrio no organismo, podem ser extremamente prejudiciais.
12
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
»» sódio: são itens essenciais para a sobrevivência e bem estar deste tipo de
doente.
O paciente deve aprender a ler os rótulos dos alimentos para poder comprar
alimentos com baixo teor de sódio.
Pode ser necessário limitar o uso de substitutos do sal que contenham alto
teor de potássio.
13
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
Lembre-se de que a Doença Renal Crônica pode ser dividida em duas etapas: Doença
Renal Aguda (DRA) reversível (DRC).
A (DRA) é caracterizada por perda súbita e/ou quase completa da função renal durante
período de horas ou dias, o sinal mais indicativo e a oligúria (menos de 400 ml de diurese
por dia) ou anúria (menos de 50 ml de diurese por dia) e uma variável de significativa
do débito urinário.
A TFG é o volume e concentração água fora do plasma pelas paredes dos capilares
glomerulares nas cápsulas de Bowman por unidade de tempo.
A DRC é classificada com base no nível da resposta renal que estão de acordo
com a taxa de filtração glomerular (TFG) e a lesão do parênquima renal, é
dividida em estágios indicando progressivamente a função do rim. TFG por três
meses consecutivos ou mais, < 60 ml/ minuto/ 1,73 m².
O nível de deterioração da função renal, que pode ser mensurado pela Taxa de
Filtração Glomerular (TFG).
Para pacientes que apresentam função renal residual, realizar depuração de creatinina,
por meio da coleta de urina de 24 horas e depuração de ureia, através de coleta de urina
de 24 horas.
A Taxa de Filtração Glomerular deve ser comparada também com a idade, sexo e
tamanho corporal.
Precisa ser avaliado se o paciente está em terapias renais substitutivas como hemodiálise,
diálise, e/ou pós transplante renal, pois para cada situação a dieta será balanceada.
<https://www.portaldadialise.com/portal/nutricao-em-hemodialise>;
<https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/terapia_nutricional_para_
pacientes_na_fase_nao_dialitica_da_doenca_renal_cronica.pdf>;
<https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/terapia_nutricional_para_
pacientes_em_hemodialise_cronica.pdf>;
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_clinicas_cuidado_
paciente_renal.pdf>;
Existem algumas formas de se realizar a Terapia Nutricional que será discutido ao longo
deste material, entretanto, quando se trata de Nutrição a mais discutida e procurada é
a nutrição enteral.
A terapia nutricional enteral (TNE) tem como principal objetivo o auxílio do equilíbrio
nutricional do paciente, sendo que pode ser feita por sonda, ostomias ou mesmo via oral.
Pode-se ainda ter as jejunostomias (introdução de uma sonda por meio de um estoma
na parede abdominal até o interior do jejuno ou do intestino delgado) e as gastrostomias
(mediante a um estoma, passa-se uma sonda até o estomago), ambas com o intuito de
permitir a alimentação e a administração de medicamentos.
15
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
garantindo uma melhora do estado geral do paciente bem como a resposta a terapia
renal direcionada.
A nutrição enteral é prescrita àqueles pacientes que não conseguem atingir suas
necessidades nutricionais exclusivamente pela via oral.
Figura 1.
O valor nutricional das dietas industrializadas pode ser equilibrado de acordo com a
necessidade de cada paciente, sendo assim a apresentação escolhida também deverá
ser avaliada de acordo com a necessidade do paciente. Essas dietas podem ser em pó,
líquidas, geleias, e independente da apresentação, o valor nutricional pode ser o mesmo.
Como a dieta recomendada para o paciente renal pode ter que ser limitada em relação
a quantidade de proteínas, consequentemente, deve-se pensar que com a redução de
proteínas temos a redução de calorias.
16
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
Por isso, cabe a avaliação de um aporte calórico extra, que pode ser feito por esses
produtos de nutrição enteral ou por meio de alimentos, como carboidratos simples:
»» açúcar;
»» compotas;
»» doces caramelados;
»» geleias;
»» mel;
»» rapadura.
Outras boas fontes de calorias como as gorduras, margarina, óleo de canola, azeite de
oliva, que contêm baixo teor de gorduras saturadas e não contém colesterol.
O diabético precisa de uma atenção mais do que especial, visto que além da doença
renal, tem mais uma patologia complicada em termos nutricionais.
Alguns indivíduos que tem a deglutição preservada podem usufruir deste tipo de dieta
como suplemento alimentar, via oral.
Geralmente os pacientes em nutrição enteral mantêm esse tratamento por vários meses
ou até anos, não sendo justificável, na maioria dos casos, a sua permanência no hospital.
17
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
Os acessos enterais são considerados de curto prazo quando introduzidos via nasal ou
oral. O acesso de curto prazo como sendo aquele de duração inferior a quatro a seis
semanas, já os acessos de longo prazo são os percutâneos ou de implantação cirúrgica.
Caso a recomendação do acesso seja superior a um mês, recomendam-se os acessos de
longo prazo, como a gastrostomia.
Figura 2.
18
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
19
Capítulo 2
Características nutricionais do paciente
O conceito de desnutrição é descrito como uma síndrome carencial que reúne variadas
manifestações clínicas, antropométricas e metabólicas, em função da intensidade
e duração da deficiência alimentar, dos fatores patológicos (sobretudo infecções
agregadas) e da fase do desenvolvimento biológico do ser humano.
Os pacientes com câncer apresentam menor ingesta de alimentos e anorexia, estes incluem
obstrução intestinal, náuseas e vômitos, alterações da sensibilidade gustatória, úlceras
orais (mucosite), depressão e ansiedade. Alterações na glicose plasmática, triglicerídios e
na concentração sérica de aminoácidos podem interferir no centro hipotalâmico regulador
do apetite.
<http://www.conhecer.org.br/enciclop/2012b/ciencias%20agrarias/
Mecanismos.pdf>.
20
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
<http://w w w.fisfar.ufc.br/v2/graduacao/arquivo_aulas/bioq_med/
metabolismo2.pdf>;
<http://www2.dracena.unesp.br/graduacao/arquivos/bioquimica_animal/
integr_regul_hormonal_metabolismo.pdf>.
Dentre as metas que devem ser previstas peos profissionais que acompanharão os
hábitos de vida diário deste paciente está a questão nutricional. Deve ser considerado
como era antes disfagia, e estabelecer uma dieta próxima a rotina do paciente, com
foco no risco de broncoaspiração, consequentemente das infecções pulmonares por
essa questão bem como principalmente a questão da desnutrição, que está bastante
arraigaida no monitoramento deste paciente.
Figura 2.
Na maioria das vezes, o paciente renal está desnutrido, e/ou o problema é agravado devido
à falta de atenção dos pacientes e de seus próprios familiares, bem como dependendo da
equipe que o assiste, até os profissionais de saúde deixam passar despercebidos, levando
à atenção insuficiente para o rastreio da desnutrição e cuidados nutricionais.
Estudos mostram que cerca de metade dos casos de desnutrição ocorre fora dos
hospitais, principalmente em idosos.
21
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
»» doenças existentes;
»» tratamentos já realizados;
»» medicações em uso;
»» estado nutricional;
»» situação vacinal;
»» sexualidade;
»» incontinência urinária;
»» presença de quedas;
22
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
»» cognição;
»» humor;
»» mobilidade;
»» comunicação.
A avaliação da funcionalidade global e dos seus familiares e outras pessoas, desde que
convivam com ele podem contribuir para esta avaliação.
A pessoa que é autônoma e funcional é capaz de decidir por si questões de sua vida,
além de conseguir realizar suas atividades independentemente de outras pessoas,
integrando-se socialmente.
23
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
Para algumas das dimensões descritas anteriormente, existem escalas e testes de modo
a qualificar a avaliação.
A fase do Planejamento é feita com base em informações obtidas com a avaliação e deve
buscar traçar rotas para resolução das problemáticas encontradas, sempre considerando
os recursos existentes tanto do paciente quanto da comunidade e priorizadas conforme
negociação entre ele (junto aos familiares, se necessário) e os profissionais de saúde.
24
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
O exame físico de nutrição pode ser baseado pelo método chamado de Avaliação Global
Subjetiva (AGS) para verificar os sinais de problemas de nutrição no organismo.
A AGS apresenta boa correlação entre os resultados obtidos e aqueles alcançados por
meio das medidas de antropometria e testes bioquímicos.
<http://revista.nutricion.org/PDF/cavassim.pdf>;
O planejamento das ações preveem o que será feito, como, por quem, por quê, com
quais recursos e com quais metas.
Portanto, supõe-se que o cuidado por parte dos equipamentos de saúde às pessoas idosas
necessita considerar a complexidade não somente clínica, mas também a sociofamiliar,
o controle, monitoramento e avaliação do que foi estipulado como meta.
O paciente hospitalizado por exemplo, pode ter sua internação prolongada por
esse fator, que irá possivelmente gerar mais chances de infecção e até a morte
deste paciente renal.
Pacientes hospitalizados precisam ter uma dieta balanceada, mesmo que seja por meio de
um suporte de suplementação alimentar, garantindo o aporte calórico e proteico adequado.
25
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
26
Capítulo 3
Avaliação nutricional
»» metas terapêuticas;
Por isso, cabe implementar uma padronização das ações na assistência nutricional,
auxiliando no planejamento e na atenção dietética ao paciente.
27
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
»» não tem risco: esses pacientes mesmo que classificados “sem risco”, em
intervalos regulares e frequentes, determinados no plano terapêutico;
Figura 3.
A triagem nutricional identifica fatores que possam vir a colocar o paciente em risco de
desordens nutricionais.
Figura 4.
30
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
31
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
Instrumentos de triagem
Para os pacientes mais complexos, faz-se necessária também a revisão completa dos
dados laboratoriais.
32
NUTRIÇÃO │ UNIDADE I
de alta nutricional, que é determinada quando o paciente encontra-se com bom estado
nutricional e sem intercorrências.
Pacientes com cancer por exemplo, estratégias nutricionais não são suficientes para
a reversão da caquexia, entretanto, o suporte nutricional pode resolver a maioria das
alterações.
A terapia nutricional por via oral quando não atinge as necessidades proteicas e equilibrio
nutricional do paciente real, pode ser trocada pela nutrição enteral ou parenteral,
deve-se avaliar os aspectos do trato digestório do paciente, afim de direcionar a melhor
indicação.
Cabe ressaltar que mesmo que o paciente utilize uma dieta enteral por sonda ou via
acesso venoso, caso não tenha nenhum problema como disfagia ou outros riscos de
broncoaspiração, o estimulo ao alimento via oral deve ser feito. O prazer em saborear
um alimento não deve ser excluído do paciente.
Os suplementos orais também são outros produtos que podem ser utilizados.
O Cubitan® é um suplemento bastante utilizado e recomendado pelos nutricionistas e
nutrólogos, por ter um alto aporte proteíco, o que auxilia no equilibrio nutricional dos
pacientes renais.
Figura 5.
Em pacientes com câncer avançado que tem como base a doença renal, a instauração
da terapia nutricional é controversa, devendo ser discutida e decidida com a equipe
multidisciplinar, do paciente e dos seus familiares.
33
UNIDADE I │ NUTRIÇÃO
Deve-se ter claro que a terapia nutricional busca melhorar uma série de condições e
doenças, já que os pacientes bem nutridos respondem melhor do que os desnutridos
aos diversos tipos de tratamento, pode-se citar como exemplo a cicatrização de feridas.
Pacientes desnutridos demoram mais para responder ao tratamento, for a a questão da
exposição ao risco de ocorrência de eventos adversos.
34
TERAPIA NUTRICIONAL Unidade iI
Capítulo 1
Tipos de nutrição e suas indicações
Todo paciente requer atenção no tipo de alimentação que irá receber visto que, conforme
já estudado, a nutrição interfere diretamente na evolução do tratamento.
Conteúdo e consistência
Deve-se considerar o aporte calórico e componentes em sua fórmula. Existem vários
tipos, dentre elas:
»» Dieta geral – indicada para pacientes que não têm restrição de nutrientes,
por isso a quantidade de macronutrientes (carboidratos, proteínas e
lipídeos) é normal, ou seja, normoglicídica, normoprotéica e normolipídica.
Figura 6.
35
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Figura 7.
›› normoglicídica;
›› normolipídica;
›› normoprotéica.
Consistência semilíquida.
Pode ser:
›› hiperglicídica;
›› hipolipídica;
›› normoprotéica.
36
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
Figura 8.
Pode ser:
›› hiperglicídica;
›› hipolipídica;
›› normoprotéica.
Esse tipo de dieta tem baixo teor calórico, e tem rápida absorção.
Figura 9.
37
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Pode ser:
›› normoglicídica ;
›› normolipídica;
›› normoprotéica.
Figura 10.
Figura 11.
38
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
Figura 12.
Figura 13.
39
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Figura 14.
Figura 15.
Figura 16.
Existem alguns requisitos para seleção dos pacientes candidatos a TNED dentre eles,
pode-se citar:
A forma intermitente é mais parecida com a alimentação habitual. Neste caso, é ofertado
volumes pequenos várias vezes ao dia, em média cerca de 250 mL de dieta enteral de
5 a 8 vezes ao dia.
Bolus
Administração da dieta enteral com o auxílio de uma seringa de 50 mL,
método que
deve ser utilizado com muito rigor para evitar transtornos digestivos devido a uma
administração rápida demais.
Figura 17.
42
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
Gravitacional
Figura 18.
Contínua
43
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Figura 19.
»» elevar a cabeceira;
»» aproximar a dieta
»» auxiliar a alimentação
»» observar preferências
44
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
Figura 20.
Figura 21.
›› neoplasias,
›› distúrbios neurológicos;
45
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
›› fístulas gastrintestinais;
›› transplantes de órgãos;
Figura 22.
Finalidades:
›› Lavagem gástrica.
Materiais:
›› sonda de Levine;
›› lubrificante;
›› gaze;
›› toalha;
›› estetoscópio;
›› coletor;
›› seringa;
›› lavar as mãos;
›› reunir o material;
47
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
›› lubrificar 10 cm da Sonda;
›› introduzir a sonda pelo esôfago até a porção marcada com a fita adesiva.
›› fixar a sonda;
›› retirar o material;
48
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
Cuidados:
›› dieta fracionada;
Aspiração gástrica
É a retirada de ar ou conteúdo gástrico.
Material:
»» gaze;
49
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
»» seringa de 20 ml;
»» cuba-rim.
»» lavar as mãos;
»» reunir o material;
»» remover o material.
Lavagem gástrica
É a limpeza ou irrigação do estômago, onde se introduz líquido na cavidade
gástrica e em seguida, faz-se a remoção do mesmo.
Figura 23.
Finalidade:
50
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
Material:
»» balde;
»» jarro;
»» cuba-rim;
»» gaze;
»» toalha.
Procedimentos:
»» lavar as mãos;
»» reunir o material;
»» remover o material;
51
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Figura 24.
Figura 25.
Indicação:
›› Lavar as mãos;
›› reunir o material;
52
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
›› remover o material;
Eletrólitos:
53
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Equilíbrio hidroeletrolítico:
O equilíbrio entre ganho e perda de líquidos pode sofrer alterações ocorrendo uma
depleção ou retenção de líquidos.
Quadro 2.
Insuficiência Renal: organismo incapaz de formar urina, o líquido será perdido pelo
organismo a uma velocidade extremamente reduzida, resultando em decréscimo das
necessidades hídricas.
54
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
55
Capítulo 2
Dietas Industrializadas x Artesanais
Figura 26.
A dieta artesanal, caseira ou não industrializada, é a feitta por alimentos in natura, como
leite, ovos, açúcar, carnes e hortaliças, podendo ser adicionadas, ou não, de módulos de
nutrientes (maltodextrina, albumina, vitaminas e minerais, por exemplo). Deverá ser
liquidificada, coada e administrada apenas aos pacientes que possuam sonda na região
do estômago.
A pessoa responsável pelo preparo deve seguir rigorosamente a prescrição dos nutrientes
que fará a composição da dieta.
Figura 27.
56
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
<http://www.lex.com.br/doc_17741_PORTARIA_N_337_DE_14_DE_ABRIL_
DE_1999.aspx>.
Para que se decida a melhor dieta, faz-se necessário fazer uma avaliação detalhada das
necessidades nutricionais.
Figura 28.
Existem medicamentos que não devem ser administrados pela sonda ou junto
com a dieta. Verifique sempre a prescrição e orientações específicas!
57
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Figura 29.
Dados Objetivos:
Figura 30.
·· lábios rachados;
·· gordura inadequada;
58
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
Dados Subjetivos:
Figura 31.
·· anorexia;
·· consumo de álcool;
·· fadiga excessiva;
·· cefaleias;
·· depressão prolongada.
59
UNIDADE II │ TERAPIA NUTRICIONAL
Vale destacar que, o acompanhamento por profissionais especializados, deve ser feito
na busca da prevenção de complicações, favorecendo a adesão do paciente e de seus
familiares ao tratamento e proporcionando a recuperação do mesmo.
Dieta industrializada
A dieta industrializada apresenta-se sob três formas: em pó para reconstituição, líquidas
semiprontas para uso e prontas para uso.
Podem ser utilizados em sistema aberto (em frascos, método de gavagem) ou fechado
(controle de infusão por meio de bomba de infusão).
No caso de uma dieta líquida pronta para uso, considerar as embalagens de sistema
aberto (necessitam de envase no frasco descartável):
verifique a data de validade do
produto, higienize a embalagem da dieta com água, sabão e álcool 70% e agite o produto
60
TERAPIA NUTRICIONAL │ UNIDADE II
antes do envase; embalagens de sistema fechado (dieta que não necessita de envase):
verifique a data de validade e agite o produto antes de usá-lo.
Caso a dieta tenha sido preparada e armazenada em geladeira, deve-se retirar 30 minutos
antes de sua administração.
As dietas em sistema aberto (após envasadas no frasco plástico descartável) devem ficar
em temperatura ambiente por um período máximo de 4 horas. No caso do sistema
fechado, verificar o período de infusão orientado pelo fabricante.
61
DISTÚRBIOS ALIMENTARES Unidade iII
E GASTROINTESTINAIS
Capítulo 1
Distúrbios alimentares
Figura 33.
62
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
Metabólicos
Estão relacionadas à desidratação e hiperidratação, quando há oferta inadequada de
água, sendo a mais frequente durante o uso da nutrição enteral. Junto a ela, também
aparecem a hiper e a hipoglicemia, associadas à oferta inadequada de calorias, a
interrupções não programadas da TNE e à própria condição clínica do paciente.
Figura 34.
63
UNIDADE III │ DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS
É possível que a morte súbita esteja relacionada à astenia severa das musculaturas
cardíaca e respiratória, secundárias a hipofosfatemia, que por sua vez, ocorre em
resposta à secreção de insulina.
<http://clinicavanderhaagenvitd.blogspot.com.br/>;
<https://www.youtube.com/watch?v=acH4jhsqL7U>;
<http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2376/disturbios_do_
calcio_e_fosforo.htm>.
A ingestão de carboidratos estimula a secreção de insulina e esta por sua vez determina o
transporte de fósforo do meio extracelular para o meio intracelular e consequentemente
a queda dos níveis sérios desse íon.
O fosfato é um íon vital para o meio intracelular, pois, participa de várias vias metabólicas,
como por exemplo, a glicólise.
64
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
Figura 35.
»» pacientes oncológicos;
»» alcoolismo crônico;
»» pacientes no pós-operatório;
»» anorexia nervosa;
Após a identificação do risco, o paciente deve passar por uma avaliação criteriosa,
incluindo um histórico completo com foco na ingestão nutricional detalhada, uso
de álcool, mudança de peso recente, conforme recomendado pelas diretrizes do The
National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE):
65
UNIDADE III │ DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS
»» perda de peso involuntária superior a 15% dentro dos últimos 3-6 meses.
Ou apresenta 2 ou mais:
»» perda de peso involuntária superior a 10% dentro dos últimos 3-6 meses.
<https://www.nice.org.uk/guidance>.
Mecânicas e operacionais
Figura 36.
66
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
Infecciosas
Dentre as causas dos distúrbios alimentares relacionados à contaminação microbiana, a
mais comum são as Intoxicações Alimentares.
Figura 36.
A intoxicação alimentar é uma doença causada pela ingestão de alimentos que contém
microorganismos prejudiciais ao corpo, como bactérias, parasitas e vírus. Eles são
encontrados na carne frango, peixe e ovos, mas podem se espalhar para qualquer tipo
de alimento.
A intoxicação alimentar muitas vezes é leve e some depois de dias, logo, a conduta é
esperar o próprio organismo a livrar do germe que está causando à doença.
67
UNIDADE III │ DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS
Durante o processamento
É normal encontrar bactérias que tem em contato com carne ou aves durante o
processamento, os alimentos ficam contaminados como: Campylobacter, Salmonella
e. coli.
Estes organismos incluem condições ambientais, tais como a água, solo poluídos,
podendo contaminar os alimentos.
Alimentos enlatados que não foram preparados adequadamente também podem conter
microorganismos contaminados, o que irá gerar um dano ao nosso organismo.
Frutas e vegetais frescos podem ser contaminados se forem lavados ou irrigados com
água contaminada por dejetos de animais ou esgoto humano.
Figura 37.
68
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
Sintomas
Figura 38.
»» náusea;
»» vômitos;
»» febre.
Diagnóstico
»» vômitos de sangue.
Figura 39.
»» dificuldade em falar;
»» diplopia.
Tratamento
›› amicacina;
›› cefalotina;
›› ciprofloxacino;
›› cipro;
›› doxiciclina.
Figura 40.
»» queijos macios (tais como feta, brie e camembert), queijo de pasta azul e
queijo não pasteurizado.
Gastrointestinais
Entre as complicações gastrointestinais, mais frequentes no uso da NE, estão diarreia,
vômitos, náuseas e constipações, que podem estar relacionadas ao excesso de gordura
na dieta, infusão rápida ou intolerância a componentes da fórmula.
A gravidade dessas doenças pode variar muito de acordo com o estilo de vida do indivíduo.
Má alimentação, sedentarismo, fumo e álcool são agravantes que podem levar a sérias
complicações.
Figura 41.
O serviço de nutrição atua no controle das infecções ligadas aos alimentos, sendo estas
responsáveis por várias doenças causadas por contaminação alimentar.
72
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
Alguns hábitos alimentares são determinantes na causa desse distúrbio: baixo consumo
de fibras e líquidos por exemplo, podem causar episódios de prisão do ventre. Situações
como estresse, sedentarismo, fumo, e abuso do álcool também podem ocasionar esse
desconforto.
<http://www.sbcp.org.br/revista/nbr251/P79_93.htm>.
As alterações no trato intestinal causadas por esse tipo de infecção resultam em dor
abdominal, febre, desidratação, diarreia e mal-estar.
Faringite: a infecção por vírus ou bactérias na faringe pode causar várias alterações
nessa região – garganta seca, dificuldade para engolir, rouquidão e incômodo nos
músculos da região do pescoço.
<http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n1/v81n1a01.pdf>;
73
UNIDADE III │ DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS
< h t t p : / / w w w. s c i e l o . m e c . p t / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d
=S2182-51732015000200012>.
Tipos:
Causas:
Fisiopatologia:
Clínica:
»» desconforto abdominal;
74
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
»» cefaléia;
»» desânimo;
»» náuseas;
»» vômitos;
»» anorexia;
Achados Diagnósticos:
»» endoscopia;
<http://www.scielo.br/pdf/abcd/v25n2/07.pdf>;
<http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/rpm/v22n1/v22n1a05.pdf>.
Úlcera Peptica (UP): escavação que se forma na parede do estômago, piloro e duodeno.
Causas:
Fisiopatologia:
75
UNIDADE III │ DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS
Clínica:
»» sem sintomas;
Achados diagnósticos:
»» distensão abdominal;
Tratamento:
76
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
Intervenções:
»» terapia farmacológica;
»» redução do estresse;
»» cessação do tabagismo;
»» modificação da dieta;
Complicações:
»» obstrução pilórica.
O seu rompimento causa dores extremas e pode levar a morte caso o órgão não seja
removido rapidamente.
Náuseas, calafrios, febre, dor na parte inferior direita do abdômen e vômitos são alguns
sinais de inflamação do apêndice.
<http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=168>;
<http://www.scielo.br/pdf/abcd/v28n3/pt_0102-6720-abcd-28-03-00171.pdf>;
< h t t p : / / s c i e l o. s l d . c u / s c i e l o. p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t & p i d = S 0 0 3 4 -
74932014000100004>;
<http://www.scielo.br/pdf/rb/v40n3/11.pdf>.
77
UNIDADE III │ DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS
A dor abdominal e fezes gordurosas podem ser observadas, indicando o mau funcionamento
dessa glândula.
<http://www.scielo.br/pdf/abcd/v28n1/pt_0102-6720-abcd-28-01-00024.pdf>;
<http://www.scielo.br/pdf/abcd/v28n3/pt_0102-6720-abcd-28-03-00207.pdf>;
<http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=170>.
O grande perigo dessa doença é que seu estágio inicial é assintomático, podendo ser
facilmente confundido com outras doenças do trato digestivo.
Essa é a razão pela qual nenhum dos sintomas relacionados às doenças gastrointestinais
devem ser ignoradas, ainda mais quando são frequentes.
78
DISTÚRBIOS ALIMENTARES E GASTROINTESTINAIS │ UNIDADE III
Demanda maior por nutrientes: quando o organismo está doente ele precisa de
muito mais aporte nutricional para se recuperar de infecções, inflamações e outras
enfermidades. Se essas enfermidades causam desnutrição e perda de líquidos por
exemplo, o paciente precisará de ainda mais nutrientes para reabastecer suas reservas
energéticas e fortalecer o sistema imunológico. Crianças podem necessitar de uma
oferta ainda maior de nutrientes para garantir seu desenvolvimento sadio.
Tanto para prevenir sintomas, como durante o seu tratamento, a alimentação adequada
é fundamental.
79
Para (Não) Finalizar
Albumina sérica
A desnutrição energético protéica é um dos fatores preocupantes que devem ser
monitorados nos pacientes com DRC, visto que, esse desequilíbrio é um dos elevados
fatores de mobimortalidade.
80
para (não) finalizar
A síntese de albumina não sofre influência dos níveis séricos mas depende de uma
interação com a pressão coloidosmótica no fluido extracelular hepático, níveis séricos de
hormônios que aumentam a síntese (corticosteroides, esteroides anabólicos e tiroxina),
presença de citocinas pró-inflamatórias que inibem esta síntese, e estado nutricional,
incluindo a disponibilidade de energia, micronutrientes e proteínas e micronutrientes.
Inicialmente, 50% a 90% dos aminoácidos que são utilizados para a síntese de albumina
são oriundos da quebra das proteínas hepáticas, ao passo que, para a síntese de outras
proteínas, o fígado utiliza como substrato, aminoácidos obtidos da quebra das proteínas
da musculatura esquelética.
A oferta de energia parece ter uma importância maior que a de proteína na produção
fisiológica de albumina, o que é justificado pelos mecanismos compensatórios expostos
anteriormente. Logo, sob circunstâncias fisiológicas, ingestão de energia determina a
quantidade da síntese de albumina.
81
Para (Não) Finalizar
Várias condições têm sido implicadas com o metabolismo da albumina o que reflete nas
concentrações plasmáticas de albumina dos pacientes com IRC.
82
Referências
AVELAR, J. K.; PIRES, F. C.; CORTES, V. F. Influência dos níveis de paratormônio
em quedas entre idosos e adultos em hemodiálise. Revista de enfermagem da
UFSM, Cascavel, v. 2, n. 1, pp. 125-134.
CARVALHO, A. B et al. Adendo das Diretrizes Brasileiras de Prática clínica para o Distúrbio
Mineral e Ósseo na doença renal crônica capítulo 2. Jornal Brasileiro de Nefrologia, São
Paulo, v. 34, n. 2, pp. 199-205.
CRUZ, M. C et al. Quality of life in patients with chronic kidney disease. Clinics.
São Paulo, v.66, n.6. pp. 991-995, 2011.
83
Referências
PERSPECTIVAS, Erechim. v. 39, n.145, pp. 143-154, março/2015 Cristina Telles - Elis
Regina de Fátima Boita WILKENS, K. G. Terapia Nutricional para Distúrbios
Renais. In: MAHAN, L. Kathleen; ESCOTTSTUMP, Sylvia. Krause Alimentos, Nutrição
e Dietoterapia. São Paulo: Roca, pp. 918-950, 2005.
84
Referências
85