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UBAJARA
2020
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UBAJARA
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2020
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Página reservada para a ficha catalográfica, que você pode elaborar por meio do Gerador de
Ficha Catalográfica on-line do IFCE.
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BANCA EXAMINADORA
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Professora Dr.ª Alice Nayara dos Santos (Orientadora)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) – Campus Ubajara
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Profa. Esp. Mônica do Vale Paiva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) - Campus Ubajara
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Profa. Dra.
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AGRADECIMENTOS
Emmanuel Kant
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RESUMO
A finalidade do trabalho foi apresentar a tradicional sopa bem comum no mercado público de
Sobral que faz parte da dieta alimentar de famílias e de comerciantes sobralenses há muito tempo.
É considerado, gastronomicamente, o carro-chefe do mercado público, mas a sopa de ossos
bovinos apresenta grandes dificuldades de valorização, por ser uma preparação básica, com custo
bem baixo e de grande acessibilidade a todos. O objetivo é mostrar de uma perspectiva cultural, o
quanto esse alimento influenciou na construção de um gosto popular, e que até hoje prevalece
como tradição no cotidiano de seu público-alvo e das cozinheiras que a prepara todos os dias. Para
entender melhor como a sopa se consolidou nas raízes do mercado realizamos as entrevistas.
Primeiramente, entramos em contato com a supervisão do mercado que se localiza no próprio
mercado, e o coordenador Fernando me dirigiu às cinco cozinheiras mais antigas do lugar, a
entrevista exploratória consistia em perguntas pessoais sobre a sopa e o mercado e como suas
vidas foram modificadas. A partir daquela atividade, as cincos cozinheiras que foram
entrevistadas também eram as mais “conhecidas” no mercado público e ao apresentar a proposta
do trabalho a elas, ficaram confiantes, pois poucas vezes puderam retratar seu trabalho a outro
público fora o do próprio mercado. Alguns comensais que estavam se alimentando no local,
estranharam o fato de elas serem entrevistas ali no seu local de trabalho, coisa rara de se vê, a
entrevista era cedida simultaneamente servindo ao público que ali chegava para comer. Os
resultados mostram bastante satisfação em relação aos dois lados (cozinheiras e comensais), e o
produto que está no topo de preferência, também mostra ligação afetiva segundo as entrevistadas.
Pode-se declarar que 100% das cozinheiras afirmaram que existe uma relação afetiva como
alimento e seus ingredientes. Com a pesquisa, conclui-se que a sopa de ossos bovinos é um
símbolo gastronômico consolidado no mercado público de Sobral e que a prática da sopa é
passada de geração a geração.
ABSTRACT
Presentation The application of the work was presented in the traditional soup, very common
in the Sobral public market, which is part of the Sobralense food diet and a long time of the
family and traders, which is considered to be the flagship of the public gastronomic market,
which is a soup of bovine bones, but presents great difficulties of valorization, for being a
basic preparation, with low cost and great accessibility for all. The aim is to show a cultural
perspective, or when this food influenced the construction of a popular taste, and which still
prevails as a tradition, to its target audience and as cooks that they prepare every day. To
better understand how this soup is consolidated in the roots of the non-ancestral market, such
as interviews, it gets in touch with the market supervision and is located in the market itself,
and the coordinator called Fernando, I directed as five oldest cooks in the market, one
exploratory interview consists of personal and soup and market questions and how their lives
were changed in specific activities, such as kitchens that were interviewed were also more
"identified" in the public market, when presenting a job proposal to them confident because
they rarely they can return to their work in another public market, some diners who were
eating at the place, were strangers or with facts of things that were stuck in their local work,
something rare to see, in the era of the interview given simultaneously serving the public that
there he came to eat. The results show a lot of satisfaction in relation to both sides (cooks and
diners), and the product that has no preference priority, is also a product that shows the
affective connection according to the interviews. You can declare that 100% of the claims that
there is an affective relationship with that product, and its ingredients. With a research
completed, which shows a soup of bovine bones and a gastronomic symbol consolidated in
the public market of Sobral, and which practices a soup and bones passed from generation to
generation.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 11
1.
1 Sopas: origem, composição, consumo........................................................ 13
1.
2 A sopa no Brasil................................................................................................. 14
1.
3 Mercado público de Sobral e suas raízes gastronômicas e pecuarista.......... 14
1.
4 Afetividade, o regate da memória alimentar no mercado público................ 15
2 METODOLOGIA.............................................................................................. 17
2.
1 Sobral.................................................................................................................. 17
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................... 19
4 CONCLUSÃO.................................................................................................... 23
REFERÊNCIA.................................................................................................. 24
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1 INTRODUÇÃO
preparação me fez provocar e questionar o porquê dessa prática existir até hoje, e como
começou. E o fato da mesma não ser retratada de maneira histórica e cultural.
Assim, é gratificante ter esse símbolo em nossa cidade porém não se dá a apreciação do
modo que é devido. Dou respeito e valorização total como consumidor ativo do alimento.
Além de profissional de alimentação pude perceber efetivamente a ligação do ser humano
com suas raízes e saber que a sua alimentação está relacionada com a construção do ser social.
Como a cultura evolui e vivemos em transformação a alimentação coletiva tem cada vez mais
se tornando algo incomum, contudo nesses espaços de grande movimentação se observa o
contrário, não é difícil de presenciar famílias visitando e ingerindo produtos oriundos do
mercado, principalmente, idosos que já frequentam o mercado há muito tempo e já tem hábito
de comer aquele alimento feito por determinada cozinheira, e sempre retornando aos mesmos
locais.
Mesmo elementar e bem rustica a sopa surgiu quando o ser humano da pré-história já
tinha o domínio do fogo, deu se conta que as suas carnes de caça quando estavam cruas
apresentavam muita resistência para serem ingeridas, perceberam que as carnes se
suavizavam e conseguiam atingir sabores, que antes não se alcançava, cozinhando com água e
ervas. (FRANCO, 2010).
As primeiras aparições de mistura de alimentos em um meio aquoso mais elaborado se
deram por volta de 1765, pelo Boulanger, dentro de uma loja nas proximidades do Louvre, em
Paris – França, comercializando certo tipo de caldo chamado “restaurats” ou popularmente
conhecido como “caldos restauradores” esse caldo era a base de carne bovina com a
finalidade de restaurar as energias das pessoas. Desde então, a palavra restaurante se origina
desses caldos restauradores que era composto de carne de boi e aves, muitas raízes, ervas
aromáticas, e especiarias, acompanhado de pães, passas e cevadas. Boulanger, não satisfeito
só com a comercialização dos caldos, fez preparações aquosas a base de pés de porco com
molho branco no mesmo ano. Desde esse acontecimento, dá-se importância para o papel de
Boulanger em brigada de cozinha, tipicamente francesa.
Louis XIII, rei da França no século XVII, já muito animado com a explosão das
misturas, saboreava cotidianamente, dois enormes pratos de sopa de legumes, sendo assim
ordenou que plantassem no próprio palácio os mais delicados legumes para compor a linha de
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“sopa dos prazeres”, e seu cozinheiro, Françoise de la Varenne, sozinho desenvolveu mais de
300 tipos de sopa, tornando a última moda da nobreza francesa (FRANCO, 2010).
A ascensão dos caldos em 1786 caiu completamente no gosto dos parisienses,
comumente já se frequentava os restaurantes para usufruir de alguma preparação que não era
feita em suas residências em comemoração de datas especiais que poderia acontecer nos
estabelecimentos de alimentação, assim era o cotidiano das pessoas que viviam próximos aos
locais onde os restaurantes se localizavam, as idas a esses locais se tornaram cada vez mais
comuns (FLANDRIM, 1998).
Mercados e Feiras modernas trazem os mesmos atributos das feiras medievais, acima de
tudo, quanto a frequência e modo de apropriação por um tempo do espaço público, com
barracas de ferro ou até mesmo de madeira, onde as mercadorias são apresentadas, ou
produzidas ali mesmo (GONÇALVES, 2019).
O primeiro mercado público de Sobral foi construído irregularmente, e possuía uma
ligação muito forte com o comércio pecuário da região, logo foi construído próximo ao curral
do açougue, onde ficava o gado, localizado na atual Rua Conselheiro José Júlio, próximo ao
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teatro São João, antes chamada Rua da Gangorra. Em seguida, no ano de 1821, o segundo
prédio do mercado foi construído, sendo sua construção toda patrocinada pelo famoso Capitão
Mor, personagem bastante influente da sociedade sobralense na época. Pouco tempo depois,
foi fundada próxima ao mercado a Praça do Mercado. A Câmara Municipal estabeleceu novas
regras quando à distribuição alimentícia na cidade, tendo destaque a lei que ditava que apenas
no mercado poderiam ser vendidas comidas prontas, o que deu início à venda de sopas e
outras preparações, tal ação começou a ser realizada em grande parte pela população rural. O
edifício do mercado sofreu ainda algumas alterações no decorrer do século. Contudo, as leis
se mantiveram firmes quanto a distribuição alimentícia no recinto (FROTA, 1974).
A carne de charque1 por longos anos foi rentável para os criadores de gado dessa época
que competiam com o gado vivo, e o ponto de venda era o mercado, a carne de charque
conseguia ter instabilidade monetária durante todo o ano, e lhe colocava sal para servir de
conserva até a chegada no mercado para o comércio e distribuição. Os trabalhos dos mestiços
e dos negros se aplicavam nessa principal função, carregar a carne até o mercado. O charque
enriqueceu altamente os pecuaristas (COSTA, 2008, p 89).
O mercado foi, sem dúvida, a construção mais significativa dessa época. Concretizou o
centro da cidade de Sobral, induziu o crescimento do mercado urbano em seu entorno que
logo foi modificado pela praça da Coluna da Hora, em 1935. Uma edificação onde permanece
essa atividade é o beco do cotovelo, local onde se encontram cafés, livrarias, lanchonetes e
um grande fluxo de comensais (ROCHA, 2008).
Em direção à grande expansão da cidade, foi construído o mercado Centro Comercial
Chagas Barreto (atual localização do mercado público) na administração do Prefeito José,
Euclides Ferreira Gomes, sendo iniciado em julho de 2001 localizado na Avenida do
Contorno (GIRÃO, 1997), que é referência atualmente pelo desenvolvimento que
proporcionou à cidade.
1
O charque é uma carne salgada e seca ao sol com o objetivo de mantê-la própria ao consumo por mais
tempo. Tem uma salga e exposição solar maiores que outras carnes dessecadas, sendo empilhado como
mantas em lugares secos para desidratação.
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A análise quanto aos gostos de alimentação humana depende de diversos fatores, como a
localização, cultura, influências de outras pessoas ou simplesmente curiosidade do novo.
Dessa forma, determinamos quais alimentos e ingredientes fazem parte da nossa história. Os
alimentos que apresentam sentimento de afetividade com os mais velhos são mais facilmente
consumidos, uma vez que são passados de geração em geração mantendo, assim, o alto
consumo destes, e mantendo a memória gustativa do indivíduo em questão. Exemplos disso
são comidas de festas infantis, comidas da infância que os pais preparavam. Ou seja, qualquer
alimento que realmente traga ao consumidor uma memória boa. (FRANCO, 2010).
Apresentar a perspectiva que o alimento é algo além do comer, é bem mais que um
produto de identidade gastronômica de uma determinada região, é um vínculo afetivo entre o
que se come e com quem come, sendo o homem consequência do que ingere, realizando
ligações do que come e de como vive. (OLIVEIRA, 2015).
Se os gostos ligados à alimentação estão interligados às nossas decisões, necessidades e
moldados aos costumes e modos de vida, então o homem torna-se reflexo do que come.
Quando Ariovaldo Franco (2001) fala que o homem é cerimonioso ao comer e que tem com o
alimento uma relação complexa, significa dizer que desde o princípio, o ser humano
contempla aquilo que ingere, insere ao que consome emoção, sentimento e isso marca seu
modo de comer, porque não é só sentir-se satisfeito em ingerir o que satisfaz sua fome e seu
paladar, é alimentar boas memórias de momentos incríveis em que determinado produto fazia
parte.
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2 METODOLOGIA
2.1 Sobral
que vieram ao Ceará acossadas pelos atropelos da guerra contra os holandeses. Um dos
primeiros núcleos, então formados, foi localizado nas proximidades do riacho Guimarães que
em 1712 já possuía capela. Outro arraial, o de São José, se formou nas proximidades do local
onde iria surgir a cidade de Sobral. Destes dois núcleos partiu, firme, o povoado de todo o
vale do Acaraú, através do labor agrícola, do estabelecimento de fazendas de criar e da
indústria da carne-de-sol, muito comum nas redondezas. De uma das grandes propriedades
que se ergueu com cerca de pau-a-pique nasceu a cidade de Sobral (IBGE, 2019).
Perceber a relação que existe do mercado com a gastronomia local não e muito difícil. O
gosto por todas as preparações feitas pelas cozinheiras é notório, todos os dias com o grande
fluxo de consumo que existe, a sopa e a tapioca são sem dúvidas os produtos que mais
ganham o gosto do público, a procura é sempre constante, e nunca falta para vender.
3 RESULTADO E DISCUSSÃO
Todas as cozinheiras quando indagadas sobre sua profissão relataram não ter tido outra
além de cozinhar no próprio mercado e por esse motivo exercem essa função há muito tempo.
Assim, criaram laços muito marcantes com os clientes e com a própria comida em si, e como
isso faz parte da vida delas, as entrevistadas relatam de forma bem pessoal e comovente esses
momentos de suas vidas e como o mercado continua fazendo parte da vida de todas.
“Ai meu Deus o dia que eu não venho pra cá pro mercado eu fico em casa pensando
nos meus clientes que não tomaram minha sopa hoje”, (Sueli Sousa, 54 anos; entrevista
concedida em 18 de outubro de 2019 em Sobral/CE).
As ligações ao longo dos anos se tornam cada vez mais forte e consolidadas, algumas
entrevistadas confessam que costumam atribuir apelidos para os clientes que são mais íntimos,
prática comum entre elas mesmas.
Relataram ainda a troca de insumos quando acaba na banca da outra. É muito comum o
cheiro verde picado acabar, antes do momento, então quando podem elas dividem umas com
as outras, até mesmo o pão que acompanha também o prato. Todos os insumos usados na
preparação da sopa são comprados no próprio mercado, tanto os ossos (carne) quanto os
legumes em geral, segundo as cozinheiras é o local mais barato da cidade para conseguir
comprar.
As cozinheiras relataram que os clientes gostam de “roer” o osso, pois todo o sabor do
prato se concentra ali, de forma afetuosa eles pegam com a mão o osso, pois é a forma mais
óbvia e tradicional de desfrutar do “sabor”, não se sabe de onde vem essa tradição, mas já se
popularizou há anos no mercado, principalmente com os antigos frequentadores, a prática
acontece no dia a dia de movimentação e fervor de pessoas transitando no mercado, tudo isso
traz uma ligação afetiva com o mercado.
Pode-se declarar que nessa entrevista foi exposta a opinião e fatos das entrevistadas,
baseados no que viveram e no que fazem cotidianamente no mercado público de Sobral sobre
a sopa de ossos bovinos, levando em consideração seus costumes alimentícios, ligados à
memória e relações afetivas referentes ao produto. Expressando, assim, que a ligação cultural
existente entre os costumes que lhes foram passados e, hoje em dia, ainda se replica toda a
prática de construção de sabor da sopa, mesmo com a modernidade, e de forma explicita
presente na alimentação sobralense.
Quando Montanari (2008) fala a respeito do gosto, diz que se trata da primeira
experiência de cultura que se tem quando ainda criança, Franco (2001) reforça dizendo que o
homem nasce e precisa de orientação quanto ao comer, surgindo a formação do gosto e dos
hábitos alimentares. Os dois autores tratam o alimento como símbolo das sociedades,
características próprias de uma cidade ou comunidade, tendo em vista que cada sociedade tem
em sua formação produtos com apego sentimental baseados nos hábitos criados por seus
antepassados quanto ao ato de se alimentar.
Como sobralense e consumidor da sopa, expor fatos da minha vida sobre o mercado e a
sopa não foi difícil. Nasci praticamente conhecendo o mercado, pois meu pai é comerciante
até hoje desde a sua segunda reforma geral (galpão). É algo que me lembra muito a minha
infância, o aroma do cheiro verde cortado fresco com tomate.
Lembro-me de dona Rita, era uma personalidade dentro do mercado que tinha grande
destaque até 2010 pois no mesmo ano veio a falecer, tinha uma das melhores composições de
sopa no gosto popular. Todo o processo da sopa é feito na casa das cozinheiras, os caldeirões
chegam ao mercado por volta de 5h30min da manhã junto com elas para começar a
organização em mise en place de todos os produtos. O mercado abre as portas às 6:00 horas,
mas já tem movimento de pessoas muito antes desse horário.
Geralmente os ossos são cozinhados à parte, e colocados em seguida na sopa já pronta,
pois os ossos precisam de mais tempo de cocção do que a sopa, os acompanhamentos como,
coentro e tomate são adquiridos e cortados no próprio mercado, preferencialmente, quando
está servindo a sopa ao cliente, pois quanto mais fresco melhor para acompanhar.
A partir das 10 horas da manhã já não é comum encontrar sopa para consumir, pois a
procura tende a ser maior, principalmente, nos fins de semana, mas não é uma regra, pode
acontecer de se encontrar, mas muito dificilmente, e sem osso.
Em suas barracas no mercado, cada uma das cozinheiras têm uma geladeira e um
fogão para as preparações mais fáceis, como tapioca, cuscuz e vitaminas de frutas, entre
outras preparações.
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4 CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto fica claro que a sopa de ossos bovinos ainda se mantém como
identidade cultural gastronômica do Mercado Público de Sobral, mas ainda não alcançou sua
devida valorização histórica, apesar do consumo constante todos os dias pelos sobralenses ou
até mesmo por visitantes da cidade. Destacando que as cozinheiras apresentaram memórias
com a família que resgatam o processo da sopa caseira enfatizando a produção e venda no
mercado desde quando eram crianças.
Um dos principais objetivos do presente estudo é a conscientização e valorização do
produto entre cozinheiras e comensais. Foi possível a averiguação de ligações com o produto
de forma afetiva e gustativa entre ambas as partes, o que reflete nos costumes tradicionais até
hoje.
Concebe-se diante desse trabalho a importância do enaltecimento de produtos que
fazem parte da nossa história e que constroem sabores e lembranças afetivas em nossas vidas.
Que o trabalho possa ajudar a aqueles que querem entender e mergulhar na história
desse prato e a afetividade que ele traz.
Aos governantes deem a devida acessão gastronômica para o mercado alavancar sua
potencialidade, e seus costumes culinários. Assim fortalecendo mais a gastronomia regional e
popular sobralense.
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REFERÊNCIAS
ARAUJO, Pe.f.sadoc de. Cronologia sobralense I. 2. ed. Fortaleza: Edições Ecoa, 2015. 500
p.
ARAUJO, Pe.f.sadoc de. Cronologia sobralense II. 2. ed. Fortaleza: Edições Ecoa, 2015.
399 p.
COSTA, Antonio Carlos Campelo; ROCHA, Herbert de Vasconcelos. Sobral da origem dos
distritos. Sobral: Sobral Gráfica, 2008. 121 p.
ELTERMANN, Eddy Ervin; ALVES, Catarina Roese; OLIVEIRA, Cleomar de. O resgate
histórico na gastronomia: um elemento de contribuição ao fomento turístico no extremo sul
catarinense. 3. ed. Santa Catarina: Applied tourism,, 2018. 200 p. Disponível em:
<https://pdfs.semanticscholar.org/fae0/bb5aa9ea86e5cb09c58211b31a358328fda1.pdf>.
Acesso em: 03 jan. 2020.
FRANCO, Ariovaldo. De caçador a gourmet. São Paulo: Senac São Paulo, 2010. 287 p.
GIRÃO, Gloria Giovana S. Mont' Alverne; SOARES, Maria Norma Maia. Sobral história e
vida. Sobral: Edições Uva, 1997. 629 p.
SOBRAL, Prefeitura Municipal de. Sobral solar. Fortaleza: Terra da Luz Editorial, 2014. 178
p.
THOMPSON, Paul. A Transmissão cultural entre gerações dentro das familias - uma
abordagem centrada em historias de vida. São Paulo: Hucitec, 1993. 6 p. Disponível em:
<https://vdocuments.mx/paul-thompson-a-transmissao-cultural-entre-geracoes-dentro-das-
familias.html>. Acesso em: 16 out. 2019.