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CAMPUS UBAJARA
2019
DANIEL DE SOUSA SALES
2019
DANIEL DE SOUSA SALES
Aprovado em _____/_____/______
BANCA EXAMINADORA
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Professora
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Professora
Agradeço ao meu bom Deus por não deixar desistir, sempre me abastecendo de
força e coragem, para continuar, e nunca desistir daquilo que eu traço como meta na
minha vida pessoal, e pelas graças derramadas na minha vida acadêmica. O meu imenso
agradecimento a minha família que sempre esteve ao meu lado apostando na minha força
e garra, depositando no meu caminho muito amor na competência acadêmica, apoiando
e compreendendo meus gostos, em ênfase a minha mãe Dona Helena que sempre abdicou
dos meus afazeres para esta ao meu lado dando me orientação para chegar até aqui.
A minha orientadora Professora Alice Nayara, pela enorme paciência que teve
sempre comigo e também ao desenvolvimento do trabalho, e por crer no meu potencial e
por me deixar inabalável nesse momento tão propicio que existe na carreira acadêmica.
Aos meus queridos professores que foram bases para ser o profissional que sou
hoje, que me acompanharam nessa jornada, Beatriz Helena que sempre me incentivou as
novas descobertas e valorização dos insumos, memorável professor Luís Carlos, Marco
Mudo, Jessén Violene, pela valorização e boa índole de um gastrônomo. A querida
Mônica do Vale por me proporcionar as minhas primeiras experiências gastronômicas, e
ao empenho de todos os outros professores, que fazem parte dessa grande instituição que
é o IFCE, aos servidores que sempre nos recebiam de braços abertos, em especial a
assistente social Aline, que sempre estava apta a nos ajudar da melhor forma.
Aos meus amigos Neto Rodrigues e Nycerena Donaldson e Auriz Cunha por sustentar a
minha caminhada na gastronomia, e me deram energia, para prosseguir, me aconselhando
e me moldando para o futuro.
Agradeço também a bancada que aceitou estudar o meu trabalho e elevar o conhecimento
em tal experiência;
EPÍGRAFE
Emmanuel Kant
TÍTULO AINDA EM ALTERAÇÃO
RESUMO:
A finalidade do trabalho foi apresentar uma preparação bem comum no mercado público
de Sobral é que faz parte da dieta alimentar sobralense a muito tempo de família e dos os
comerciantes, que é considerado o carro chefe do mercado público gastronomicamente,
que é a sopa de ossos bovinos, mas apresenta grandes dificuldades de valorização, por ser
uma preparação básica, com custo bem baixo e de grande acessibilidade a todos. O
objetivo é mostrar de uma perspectiva cultural, o quando esse alimento influenciou a
construção de um gosto popular, e que até hoje prevalece como tradição, ao seu público
alvo e as cozinheiras que as preparam todo dia. Para entender melhor essa como a sopa
se consolidou nas raízes do mercado, foram feitas entrevistas com as cinco cozinheiras
mais antigas do mercado, que consistiam em perguntas pessoais e sobre a sopa e o
mercado. Os resultados mostram bastante satisfação em relação aos dois lados
(cozinheiras e comensais), e o produto que está no topo de preferência, também é um
produto que mostra ligação afetiva segundo as entrevistadas. Pode se declarar que 100%
das cozinheiras afirmam existe uma relação afetiva com tal produto, e seus ingredientes.
Com a pesquisa conclui-se que a sopa de ossos bovinos e um símbolo gastronômico
consolidado no mercado público de Sobral, e que a prática da sopa e passada de gerações.
ABSTRACT:
The use of the work was presented as a very common preparation in the Sobral public
market, which is part of the Sobralense diet, with a long time of family and traders, which
is considered the flagship of the public gastronomic market, which is a soup of bovine
bones, but presents great difficulties of valorization, for being a basic preparation, with
low cost and great accessibility to all. The goal is to show a cultural perspective, or when
this food has influenced the construction of a popular taste, which still prevails today as
tradition, its target audience and as cooks who prepare every day. To better understand
how this soup is consolidated at the roots of the market, interviews were conducted with
five of the oldest cooks in the market consisting of personal questions about the soup and
the market. The results show a good deal of satisfaction on both sides (cooks and diners),
and the product that does not have a preferred level of preference is also a product that
shows an affective bond according to the interviews. You can state that 100% of the
statements already have an affective relationship with the product, and its ingredients.
With a survey completed, showing a soup of beef bones and a gastronomic symbol
consolidated in the public market of Sobral, and practicing the soup and the latest deaths.
1
Student of the Gastronomy course at Federal Institute of Education, Scienceand Technology of Ceará.
²Professor of the campus of the Federal Institute of Education, Science andTechnology of Ceará – Ubajar
a Campus.
INTRODUÇÃO
2 REFERÊNCIAL TEORICO
2.1 Sopas: Origem, Composição, Consumo.
Mesmo com elementar simples, e bem rustica, a sopa surgiu quando o ser humano
da pré-história já tinha o domínio do fogo, deu se conta que as suas carnes de caça quando
estão crua apresentava muita resistência para ingerir, e as mesmas se suavizavam e
conseguiam atingir sabores, que antes não se alcançava, cozinhando com água e ervas.
(FRANCO 2010)
A carne de charque por longos anos foi rentável para os criadores de gado dessa
época que competia com o gado vivo, e o ponto de venda da carne era o mercado, a própia
conseguia ter instabilidade monetária durante todo o ano, e lhe colocava sal para servir
de conserva até a chega no mercado, para o comércio e distribuição os trabalhos mestiços
e dos negros se aplicavam nessa principal função, carregar a carne até o mercado, o
charque enriqueceu altamente os pecuaristas. (COSTA 2008).
tempo. Tem uma salga e exposição solar maiores que outras carnes dessecadas, sendo empilhado como
mantas em lugares secos para desidratação.
2.3 Afetividade, o regate da memória alimentar no Mercado Público.
necessidades e moldados aos costumes e modos de vida, então o homem torna-se reflexo
do que come. Quando Ariovaldo Franco (2001) fala que o homem é cerimonioso ao comer
e que tem com o alimento uma relação complexa, significa dizer que desde o princípio, o
ser humano contempla aquilo que ingere, insere ao que consome emoção, sentimento e
isso marca seu modo de comer, porque não é só sentir-se satisfeito em ingerir o que
satisfaz sua fome e seu paladar, é alimentar boas memórias, de momentos incríveis em
que determinado produto fazia parte.
O critério de seleção era para as cozinheiras mais antigas, pois as mesmas poderia
nos relatar de forma mais clara e objetiva, toda a transformação que o mercado já ocorreu,
e o por que a sopa de osso, ainda e tão consumida a anos e mesmo assim ainda não tem
reconhecimento elevado, a entrevista dava-se de modo cronológico das bancadas que está
posicionadas, e a cozinheira selecionada mais próxima da onde estava entrevistando, seria
a próxima a ser entrevistada, o termo de aceite era assinado antes de acontecer a
entrevista, o começo das perguntas eram básicas, como nome da pessoa e sexo, seguindo
gradualmente como qual era o insumo característico principal da sopa, e as lembranças
daquele lugar, como símbolo de culinária do mercado.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Sobral
população, estimada pelo IBGE, em julho de 2006, de 175.814 habitantes, e está a uma
altitude de 70 metros acima do nível do mar. O clima é quente e seco, com uma
temperatura média de 30 graus centígrados.
Perceber a relação que existe do mercado com a gastronomia local não e muito
difícil, o gosto por todas as preparações feitas pelas cozinheiras é notório, todos os dias
com o grande fluxo de consumo que existe, a sopa e a tapioca são sem dúvidas o produto
que mais ganham o gosto do público, a procura e sempre constante, e nunca falta para
vender.
Resultado adquiridos com a aplicação da entrevista consta que a sopa de ossos
bovinos é sem dúvida um produto atuante na dieta alimentar de quem trabalha no mercado
público de sobral ou dos frequentadores, Obteve-se a entrevista com 5 cozinheiras, 100%
sexo feminino, com idades entre 44 a 63 anos, ao serem interrogado sobre a sopa de osso,
100% afirmam que a sopa e a preparação que mais agradam o gosto popular, e que mais
representam o mercado gastronomicamente, das respostas o consumo da sopa de osso é
todos os dias, pela manhã mas principalmente aos domingos, quando a feira e bem mais
agitada, indagados novamente sobre como iniciaram suas vendas de sopa e outros
produtos no mercado uma parte expressiva das entrevistadas relatam sobre o momento e
a pessoa responsável por lhes apresentar o mercado e a venda de sopa apresentaram
memórias afetiva, onde tiveram a família, como protagonistas quanto ao primeiro contato
delas e o ambiente mercadejo, o relato de um entrevistada diz “ a minha mãe foi uma das
primeiras a vender sopa aqui no mercado desde quando era lá no c entro de conveções”.
Montanari (2008) explica que o gostar de determinado produto se dá as ligações culturais
existentes, onde a ligação afetiva é mais forte e precisa quanto ao gostar ou desgostar do
que ligado somente ao sabor, e que isso pode mudar no decorrer das décadas, levando em
conta as mudanças culturais sofridas, onde o gosto pode ser considerado algo coletivo,
transmitido para cada indivíduo desde a infância, podendo sofrer alterações mediante o
tempo e o convívio social.
Dos produtos servido no mercado a sopa é o produto que mais agrada, pois
vem acompanhado de um osso bovino e carne entranhadas, servido com cheiro verde e
tomate bem picado, Todas as entrevistadas concordam que o não acompanhamento do
osso a sopa faz com que o prato seja negado pelos própios consumidores, relato de uma
das entrevistada diz: “ o osso e a “estrela” do prato não pode falta de jeito nenhum, vish
se você chegar com um prato da sopa sem osso, eles já reclamam”, consequentemente e
que traz bastante gosto na preparação, todas as cozinheiras também comercializam outros
produtos como café, tapioca, cuscuz e leite e o pãozinho carioca, mas a sopa e primordial
nas bancas. O consumo da sopa com seus acompanhamentos (tomate e cheiro verde fresco
cortado em brunoise) custam em média de R$ 2,50 a R$ 3,00. Todas as cozinheiras
quando indagadas sobre sua profissão , relataram não ter tido outra, além de cozinhar no
próprio mercado, por esse motivo exercem essa função a muito tempo, assim criam laços
muito marcantes com os clientes e com a própia comida em si, e como isso faz parte da
vida delas, as entrevistadas relatam de forma bem pessoal e comovente esses momentos
em suas vidas.
As cozinheiras relataram que os clientes gostam de “roer” o osso, pois todo
o sabor do prato se concentram ali, de forma afetuosa eles pegam com a mão o osso, pois
é a forma mais óbvia de comer o osso e mais tradicional, não se sabe de onde vem essa
tradição, mas já se popularizou a anos no mercado, principalmente com os antigos
frequentadores a prática que ainda hoje acontece, o dia a dia de movimentação e fervo no
mercado de pessoas transitando, traz uma ligação afetiva com o mercado.
Pode- se declarar que nessa entrevista foi exposta a opinião e fatos das
experiência de cultura que se tem quando ainda criança, Franco (2001) reforça dizendo
que o homem nasce e precisa de orientação quanto ao comer, surgindo a formação do
gosto e dos hábitos alimentares. Os dois autores tratam o alimento como símbolo das
sociedades, características próprias de uma cidade ou comunidade, tendo em vista que
cada sociedade tem em sua formação produtos com apego sentimental baseados nos
hábitos criados por seus antepassados quanto ao ato de se alimentar.
Como sobralense e consumidor da sopa, expor fatos da minha vida sobre o
mercado e a sopa não e difícil. Nasci praticamente conhecendo o mercado, pois meu pai,
é comerciante até o dia de hoje dentro mercado, desde da sua segunda reforma geral
(galpão). E algo que me lembra muito a minha infância o aroma do cheiro verde cortado
fresco com tomate. Lembro-me da dona Rita era uma personalidade dentro do mercado
que tinha grande destaque até 2010 pois no mesmo ano veio a falecer, tinha uma das
melhores composições de sopa no gosto popular. Todo o processo da sopa e feito na casa
das cozinheiras e muito cedo da manhã os caldeirões chegam ao mercado por volta de
5:30hrs da manhã junto com elas para começa a organização e mise em place de todos os
produtos, o mercado abre as porta as 6:00hrs da manhã, mas já tem movimento de pessoas
muito antes desse horário, geralmente os ossos são cozinhado a parte, e colocado em
seguida na sopa já pronta, pois os ossos e demoram precisam de mais tempo de cocção
do que a apenas só a sopa, os acompanhamento como coentro e tomate, são adquirido e
cortados no próprio mercado, preferencialmente quando está servindo a sopa ao cliente,
pois o quanto mais fresco melhor para acompanhar, a parti das 10hrs da manhã já não e
comum encontrar sopa para consumir, pois a procura tende a ser mais rápido
principalmente nos finais de semana, mas não e uma regra, pode acontecer de sim
encontrar, mas muito dificilmente, e sem osso, em suas barracas no mercado, cada uma
das cozinheiras, tende a ter uma geladeira e um fogão para as preparações mais fáceis,
como tapioca, cuscuz e vitaminas de frutas e entre outras preparações, outra iguaria e o
molho de pimenta geralmente acompanha a sopa, só que modo moderado pois o
consumidor que acrescenta se desejar na sua comida, alguns são caseiro, a base de leite,
pimenta malagueta, água, sementes de pimenta e algum tipo de ácido, outros tem a base
de vinagre ou cachaça, há também espaços para os industrializados.
Sempre quando não tinha aula pela manhã eu e minha irmã, saímos de casa
muito cedo e íamos ao mercado a pé apenas para tomar sopa da Dona Rita, Esses
momentos reativa na minha memória toda vez que lembro da sopa do mercado, foram
momento tão emblemáticos que consigo sentir a mesma alegria que sentia quando ia
caminhando até o mercado e voltava, o gosto da sopa quentinha com pedaços de legumes
super frescos e compartilhado com os meus irmão em um ambiente totalmente transitório,
fazia que aquilo pudesse ser prazeroso demais, apesar de eu mesmo sendo criança, os
laços afetivos com esse local nunca me deixaram com o passar dos anos, e até hoje
continuo frequentando o local sempre que posso, e lembrando que dali que construí meu
primeiro contato palato, todo um conjunto de memórias que foram enriquecidas pelo
tempo, tudo com base nos costumes de uma pequena família que não tinha muita renda
para consumir comida de alto padrão, mas tinha valor afetivo agregado no que consumia
de qualidade seja ela na rua ou em casa. Riquezas afetivas e gustativas que sempre faram
parte da minha história.
CONCLUSÃO
cultural gastronômica do Mercado Público de Sobral, mas ainda não alcançou sua devida
valorização histórica, apesar do consumo constante todos os dias pelos sobralenses; ou
até mesmo por visitantes da cidade. Destacando que as cozinheiras apresentaram
memórias com a família que resgatam o processo da sopa caseira enfatizando a produção
e venda no mercado desde quando eram crianças.
Um dos principais objetivos eram conscientização e valorização do produto
que fazem parte da nossa história e que constrói sabores e lembranças afetivas em nossas
vidas.
REFERÊNCIAS
ANEXOS