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CARTILHA EUCATIVA

ALIMENTAÇÃO E
AUTISMO:
COMER PARA
CRESCER
Costa, Juliana Dias.
ALIMENTAÇÃO E AUTISMO [recurso eletrônico] :
Comer para crescer – Rio de Janeiro, RJ : Ed. Do Autor,
2020.
36 p.
Orientadora: Prof.ª Dra Amanda da Silva Franco.

1. Autismo – alterações fisiológicas. 2. Hábitos alimentares


– Autistas. 3. Educação Nutricional – autismo.
Dedicamos esta cartilha aos pais,
responsáveis e familiares, que enfrentam os
desafios diários da alimentação no
Transtorno do Espectro Autista.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................... 4
CONHECENDO O AUTISMO .................................. 5
DESAFIOS DA ALIMENTAÇÃO NO AUTISMO ....... 7
Sensibilidade sensorial ............................................. 8
Compulsão Alimentar ............................................... 9
Seletividade Alimentar ............................................ 10
Alterações Gastrointestinais .................................. 11
Alergia e Intolerância Alimentar .............................13
Suplementação no autismo ....................................15
ENTENDENDO A NUTRIÇÃO NO AUTISMO ...... 16
Uma alimentação inadequada .............................. 17
Como alimentar meu filho? ................................... 18
Vitaminas e Minerais .............................................. 21
Alimentação e intestino ......................................... 22
SUPERANDO OS OBSTÁCULOS .......................... 24
Você sabe ler os Rótulos? ....................................... 25
Como higienizar os alimentos ............................... 26
Dicas para escolher as frutas e vegetais .............. 27
Atividades Educativas ............................................. 28
Receitas práticas ..................................................... 29
Estimulando uma alimentação saudável.............. 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................... 32
REFERÊNCIAS ...................................................... 33
4
APRESENTAÇÃO

Prezados pais, responsáveis e familiares


de crianças com Transtorno do Espectro
Autista.
A presente cartilha foi elaborada para
auxiliar na formação de bons hábitos
alimentares de seus filhos servindo de
suporte para que possam tirar suas dúvidas
e acrescentar conhecimentos. Além disso,
esta produção tem o objetivo de informar a
população sobre a importância de uma
alimentação saudável no tratamento do
autismo.
5

conhecendo

autismo
6

Conhecendo o autismo

O Transtorno do Espectro Autista, ou


autismo, é um distúrbio no desenvolvimento do
cérebro afetando diretamente no
comportamento do indivíduo comprometendo
a comunicação, interação social e padrões
restritos e repetitivos, que costumam se
apresentar antes dos três anos de idade e
persistir ao longo da vida (DIAS, 2018).
7

DESAFIOS DA
ALIMENTAÇÃO NO
AUTISMO
8
SENSIBILIDADE SENSORIAL
As alterações sensoriais no autismo apresentam
sensibilidade excessiva ou insuficiente aos sentidos
como, visão, paladar, olfato, audição e tato. Assim,
pode afetar seu comportamento nas atividades diárias,
com interesse exagerado por algo específico, ficar
agressivo e ansioso afetando de forma negativa a
qualidade de vida da criança (POSAR; VISCONTI, 2018).
Este transtorno no processamento sensorial ao ser
manifestado na alimentação traz obstáculos aos seus
cuidadores, como estresse no momento das refeições
(MATTOS, 2019).
9
COMPULSÃO ALIMENTAR
No autismo os indivíduos costumam ter dificuldade
em aceitar situações novas, apresentando
pensamentos e comportamentos repetitivos, que
podem se estender aos hábitos alimentares
dificultando a aceitação de alimentos novos (CASTRO
et al., 2019).
Dessa forma, inicia um processo semelhante ao
de compulsão alimentar onde ocorre o desejo
repetitivo de se alimentar acompanhado de um efeito
compensador, como a diminuição da ansiedade. Por
isso, muitos autistas demonstram agressividade ao
serem interrompidos no momento da refeição (GRAY,
et al., 2018).
Quando esta alimentação repetitiva é rica em
gordura e açúcar, o consumo exagerado irá causar
ganho de peso e carência de nutrientes (MAGAGNIN,
2019).
10
SELETIVIDADE ALIMENTAR
Quando falamos de seletividade alimentar no
autismo precisamos recordar sobre as alterações
sensoriais que já abordamos aqui. A seletividade está
especificamente relacionada a sensibilidade sensorial
oral, sendo atribuída a um sentimento repugnante ou
negativo ao sabor e textura do alimento (CASTRO et al.,
2019).
Isto pode levar a preferência de alimentos com
texturas e sabores mais toleráveis restringindo o
consumo alimentar (SIU et al., 2019).
Este consumo restrito favorece uma alimentação
repetitiva com baixa variedade de alimentos, o que
pode colocar os indivíduos autistas em risco nutricional,
ou seja, com deficiência de nutrientes (MAGAGNIN,
2019).
11

ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS
O sistema gastrointestinal de cada indivíduo é composto
por mais de 1.000 bactérias diferentes. Sendo influenciado
inicialmente pelo parto, seguido da influência do ambiente e
da amamentação. As principais bactérias presentes no
intestino são as benéficas e patogênicas (as que causam
doenças). Um sistema gastrointestinal adequado tem um
equilíbrio na quantidade de bactérias benéficas e
patogênicas na sua composição, mas autistas apresentam
um desequilíbrio na quantidade dessas bactérias. Estudos
revelam que a composição intestinal dos autistas
apresentam maior quantidade de bactérias patogênicas e
menor quantidade de bactérias benéficas (VÁZQUEZ et al.,
2020).

Estas alterações estão relacionadas a


sintomas como de constipação (prisão de
ventre), diarreia, dores abdominais,
distúrbios do sono, agressividade, entre
outros. Todos esses fatores podem
acentuar os sintomas do autismo
prejudicando a qualidade de vida da
criança (SRIKANTHA; MOHAJERI, 2019).
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ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS
Um sistema gastrointestinal adequado é considerado
uma berreira física contra doenças, e tem grande função
na absorção de nutrientes como as vitaminas e os
minerais, ou seja, em uma alteração gastrointestinal
ocorre a diminuição da absorção desses nutrientes,
sendo possível o indivíduo apresentar carências
nutricionais gerando diversas complicações, como a
baixa imunidade (ALVES et al., 2019).
Assim, podemos observar que o autismo não está
apenas no cérebro, mas tratar o intestino consumindo
alimentos que não favorecem o crescimento de
bactérias patogênicas ou não aumentam os sintomas
gastrointestinais é essencial (MAGAGNIN, 2019).
13
ALERGIA E INTOLERÂNCIA
ALIMENTAR

No autismo é comum que exista manifestações alérgicas e


autoimunes dessa forma muitas famílias utilizam dietas especiais
como a exclusão do glúten e da caseína. Acredita-se que eles
desencadeiam uma reposta imunológica causando inflamação
(MAGAGNIN, 2019).
Vale ressaltar que a exclusão do glúten na alimentação envolve
todos os produtos que o contém na sua composição como: aveia,
trigo e todas as farinhas, pães, biscoitos, macarrão e outros produtos.
Já a exclusão da Caseína implica na retirada de alimentos derivados
do leite, iogurte, queijo, manteiga, creme ou sorvete, entre outros. Essa
mudança na alimentação ocasiona diversos desconfortos e
problemas no dia a dia familiar (ALVES, 2017).
Alguns estudos evidenciam a melhoria nos sintomas do autismo
após essa exclusão na alimentação, porém esses estudos contém
evidências limitadas e de baixa qualidade (ALVES, 2017).
A partir disso, podemos concluir que os pacientes com autismo só
devem ser submetidos a esse tipo de recomendação alimentar
quando diagnosticados com intolerãncia ou alergia alimentar e
estabelecido com acompanhamento nutricional.
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ALERGIA E INTOLERÂNCIA
ALIMENTAR
Ainda que alergia à proteína do leite e
intolerância à lactose pareça ter o mesmo
significado existem algumas diferenças
muito importantes que você precisa
conhecer!!!

Intolerância à lactose: o organismo tem


dificuldade em digerir a lactose, que é o
açúcar do leite, devido a deficiência ou
ausência da enzima lactase, responsável por
digerir a lactose. Os sintomas são dores
abdominais, diarreia, constipação e gases
(MAGAGNIN, 2019).

Alergia à proteína do leite: É quando o


sistema de defesa do organismo (sistema
imunológico) reage as proteínas do leite
(caseína, alfa-lactoalbumina,
betalactoglobulina). Os sintomas são asma e
dermatites atópicas (MAGAGNIN, 2019).
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SUPLEMENTAÇÃO NO AUTISMO
Devido a todos os fatores e sintomas que envolvem o
autismo, como a seletividade alimentar ou recusa, alergias
alimentares e questões fisiológicas. A criança autista pode
apresentar deficiências de nutrientes como cálcio, ferro,
vitamina A, vitamina E, vitamina C, zinco, vitamina B6 e fibras
alimentares. No entanto, as prescrições devem ser feitas
conforme a necessidade individual de cada criança a partir de
um acompanhamento nutricional e médico (MAGAGNIN, 2019).
Além desses nutrientes alguns estudos indicam que os
autistas apresentam baixa produção de ômega 3 (ácido graxo
com ação anti-inflamatória) no organismo e alta quantidade
de ômega 6 (ácido graxo com ação inflamatória) sendo
correlacionados a piora dos sintomas no autismo (ALVES,
2017).
Neste contexto, a suplementação de ômega 3 para auxiliar
na melhoria dos sintomas se tornou uma possibilidade e assim,
tem sido realizados diversos estudos a fim de determinar se há
benefícios concretos nesta suplementação (ALVES, 2017).
Ainda que o ômega 3 tenha extrema importância no
sistema nervoso central e seu papel anti-inflamatório no
organismo os estudos que relacionam esta suplementação e
os sintomas característicos do autismo ainda são
inconclusivos (ALVES, 2017).
ENTENDENDO
16

A NUTRIÇÃO NO AUTISMO

ALIMENTAÇÃO INADEQUADA

COMO ALIMENTAR MEU


FILHO?

ALIMENTAÇÃO E INTESTINO
17

UmA
ALIMENTAÇÃO
INADEQUADA
18
ALIMENTAÇÃO INADEQUADA

Quando uma alimentação é constituída por


alimentos ultraprocessados, alérgenos, ricos em
açúcar e gordura, irá trazer malefícios para a
saúde levando ao ganho de peso e deficiências
nutricionais. No contexto da alimentação de uma
criança autista a alta ingestão desses alimentos
podem até mesmo acentuar os sintomas do
autismo (MAGAGNIN, 2019).
Os alimentos ultraprocessados são aqueles que
passam por diversas etapas de processamento e
contém na sua lista de ingredientes açúcar, óleos,
sal, aditivos alimentares e gorduras (GOMES et al.,
2016).
Esses aditivos alimentares são utilizados para
dar, sabor, cor, aroma, textura e conservar os
produtos, ou seja, são os corantes, aromatizantes,
conservantes, que são prejudiciais a saúde
(GOMES et al., 2019).
19

COMO ALIMENTAR
MEU FILHO?
20
COMO ALIMENTAR MEU FILHO?
Para uma ter uma alimentação que não
comprometa com a qualidade de vida das crianças
autistas é importante evitar o consumo de:

Alimentos ultraprocessados: biscoitos recheados,


refrigerantes, refrescos em pó, enlatados, embutidos,
preparações instantãneas, entre outros.

Óleos, gorduras, sal e açúcar para temperar,


cozinhar os alimentos e criar preparações culinárias.
Prefira azeite de oliva em vez de óleos em geral.

A base de uma alimentação saudável deve possuir


alimentos como:

Alimentos in natura ou minimamente processados


como folhas, frutas, verduras, legumes, ovos, entre
outros.

Fonte: MAGAGNIN, 2019


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VITAMINAS E MINERAIS
BENEFÍCIOS DEFICIÊNCIA FONTES
Cicatrização dos
Acerola, limão,
tecidos, melhora do
Escorbuto laranja, abacaxi,
VITAMINA C sistema imune e auxilia
caju, maracujá.
no funcionamento das
células.

Raquitismo ou
Importante para os Ovo, leite, peixe.
VITAMINA D ossos
alterações no
desenvolvimento ósseo

Cenoura, leite, ovo,


Importante para a
VITAMINA A Visão prejudicada queijo.
visão

Mantém a saúde da
VITAMINAS Cansaço e falta de Verduras, ovo, arroz
pele, ossos, unhas,
apetite integral, trigo.
COMPLEXO B cabelos, auxilia o
sistema nervoso

Auxilia o sistema Queda de cabelo, Carnes vermelhas,


ZINCO nozes, leguminosas,
imunológico  atraso no crescimento,
fígado.
infecções repetidas.

Leva oxigênio para as Peixes, beterraba,


Anemia
FERRO células do organismo, gemas de ovo,
auxilia na produção de carnes vermelhas
células vermelhas no
sangue e combate
infecções

Fonte: CUNHA, 2014


22

aLIMENTAÇÃO
E
INTESTINO
23

ALIMENTAÇÃO E INTESTINO

Para desenvolver uma saúde intestinal adequada é preciso


estar atento ao que se come. Existe alguns alimentos que
podem ajudar como os Probióticos e os Prebióticos.

Probióticos: São bactérias vivas que fazem bem ao nosso


corpo (bactérias benéficas). Elas auxiliam no nosso intestino
regulando a imunidade e ajudam na absorção dos nutrientes.
Alguns exemplos de alimentos probióticos são: o Kefir, leite
fermentado, suplemento alimentar, entre outros.

Prebióticos: São alimentos não digeríveis que beneficiam


no organismo auxiliando no desenvolvimento e atividade das
bactérias benéficas. Alguns exemplos de alimentos
prebióticos são: Cereais integrais (aveia, trigo, centeio, arroz e
milho), frutas, verduras, legumes e suplemento alimentar).
Fonte: MAGAGNIN, 2019

Lembrando que, a suplementação alimentar só deve ser


realizada por profissionais habilitados como, nutricionistas e
médicos de acordo com a necessidade individual de cada
criança
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SUPERANDO

OS

OBSTÁCULOS
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VOCÊ SABE LER OS RÓTULOS DOS
PRODUTOS?
Os Rótulos servem para trazer informações importantes
ao consumidor.

Data de fabricação/prazo de validade: É muito


importante conferir. Prazos de validades muito longos
podem indicar que o produto contém muito conservante.

Lote: Veja se o número do lote está visível. Este


número vai ser importante caso apareça algum problema.

Lista de Ingredientes: Os ingredientes estão em


ordem decrescente, do que está em maior quantidade
para o que está em menor quantidade. Não confie em
listas longas, com muitos ingredientes, diversos nomes
estranhos e observe qual é o primeiro ingrediente, pois
este está em maior quantidade no produto.

Informação Nutricional: Estão presentes valores


como de sódio, carboidratos, gordura, entre outros.. Estes
valores estão relacionados à porção escrita no início da
tabela, ou seja, os valores não são referentes ao produto
completo, mas apenas a porção descrita.
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COMO HIGIENIZAR OS ALIMENTOS
A higienização dos alimentos é muito
importante para prevenir doenças. É
necessário uma higienização adequada para
garantir a qualidade higiênica e sanitária dos
alimentos.
Higienizando:
1º passo: Lave em água corrente as frutas.
verduras e legumes para retirar o excesso de
resíduos.

2º passo: Separe um recipiente com água


potável e despeje 1 colher de hipoclorito de
sódio para 1 litro de água.

3º passo: Deixe de molho por 15 minutos


e depois enxágue com água potável.

Atenção!!! Não esqueça de higienizar as


mãos antes de manipular os alimentos.
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DICAS PARA ESCOLHER FRUTAS


E VEGETAIS
Cenouras: baixinha, Batatas: firme, sem
lisa, sem machucados "olhos" ou germinação.
e resistente.

Alfaces e folhas: bem Melancia: dê uma


verdes, brilhantes e batidinha, som
talo firme (folhas). abafado, está madura

Abacaxi: folha da
Frutas cítricas: casca
coroa sai facilmente
lisa e brilhante.

Brócolis: Sempre Berinjela: firme, casca


fechadinho e verde fina, lisa, escura e
escuro brilhante

Couve - flor: talo firme,


Tomate: vermelho, liso
brilhante e buquê sem
e macio (evite o mole)
manchas
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ATIVIDADES EDUCATIVAS

Ouça músicas sobre os alimentos com seu filho (a);

Exemplo:
"A turminha gostosa vem ensinar
como ter mais saúde para brincar
No almoço e no jantar verduras e
legumes vocês vão adorar
Para o lanche da escola também
vamos levar e assim muitas doenças
vamos evitar..."

Apresentar alimentos diferentes todos os dias


estimulando a visualização e mostrando as
características dele;
Exemplo:
"Olha a laranja, filho (a)!"
"Cheira a laranja. Que cheiro bom!"
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RECEITAS PRÁTICAS
Pão de queijo vegano
Rendimento: 30 porções

Ingredientes:
2 xícaras (chá) de polvilho doce
1xícara (chá) de polvilho azedo
1/3 xícara (chá) de óleo de coco
2 xícaras de batata baroa amassada (tipo purê)
1 xícara de água quente
sal a gosto
Tempero a gosto (salsinha desidratada, gergelim, sementes de
linhaça, entre outros de sua preferência)
Modo de preparo:
1 - Cozinhar em água fervente, a batata baroa já descascada
2- Reservar a água utilizada para cozinhar a batata
3 - Amassar as batatas, até obter a consistência de purê
4 - Adicionar o polvilho doce, azedo, o óleo, sal, a água quente da
fervura das batatas, em uma travessa
5 - Misturar bem, podendo utilizar as próprias mãos até virar uma
massa uniforme
6 - Separar a massa em pedaços e acrescentar os temperos em
cada pedaço
7 - Fazer bolinhas uniformes, de preferência pequenas, e coloque
em uma assadeira antiaderente com espaço entre uma bolinha e
outra
8 - Colocar seus pães de queijo veganos por aproximadamente 20
minutos em um forno preaquecido a 180°C
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RECEITAS PRÁTICAS
Bolo de chocolate
Rendimento: 10 porções

Ingredientes:
1 e 1/4 copos americanos de farinha integral
1 copo americano de açúcar demerara
1/3 copo americano de cacau em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de sal
1 copo de água morna
1 colher de chá de baunilha (opcional)
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
1 colher de chá de vinagre de maçã
Modo de preparo:
1 - Aquecer o forno, em uma temperatura um pouco abaixo de
180°C
2- Untar a forma
3 - Colocar todos os ingredientes em um recipiente e misturar bem
4 - Despeje na forma untada e assar no forno por
aproximadamente 40 minutos
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ESTIMULANDO UMA
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Independente dos obstáculos presentes na alimentação
da criança autista, é de extrema importância que seus
pais, cuidadores e responsáveis interfiram na sua
alimentação com escolhas mais saudáveis, uma vez que
estes desempenham grande influência nos hábitos
alimentares da criança e também no incentivo a uma
alimentação saudável (GRAY et al., 2018).
Neste contexto, podemos observar fatores que podem
desestimular a educação nutricional, como a exposição
excessiva da criança a publicidades de alimentos, que
influência as escolhas alimentares em produtos
ultraprocessados e com baixa qualidade nutricional, assim
como o costume de assistir televisão, jogar, usar
smartphone, brincar, entre outras atividades, enquanto se
alimenta, isso faz com que o indivíduo se distraia e ignore
sensações como a da saciedade. Desse modo, é
recomendável que as refeições sejam realizadas em
lugares calmos, confortáveis e longe de distrações e que
também o consumo de comerciais e propagandas seja
reduzido (MAGAGNIN, 2019).
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considerações finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a apresentação desta cartilha
educativa espera-se que os pais e familiares
de crianças com autismo possam sanar suas
dúvidas sobre uma alimentação saudável e
nutritiva, reconhecendo seu papel
fundamental na educação nutricional do seu
filho (a), a partir de mudanças nos hábitos
alimentares da família com o maior consumo
de alimentos in natura e minimamente
processados, identificando que esse padrão
alimentar influencia diretamente nos hábitos
alimentares das crianças com autismo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, T. P. C. Dieta sem glúten e sem caseína e suplementação de
ômega-3 como terapêutica nutricional no autismo. Porto Alegre. 2017

ALVES, S.; YILDIZ, H. K.; VURAL, H. C. Interaction of the microbiota with


the human body in health and diseases. Journal Biosci Microbiota Food
Health, vol. 39. 2019.

ARAÚJO, D.R.; NEVES, A. S. Análise do uso de Dietas Gluten Free e


Caseín Free em crianças com Transtorno do Espectro Autista.
UNIFOA. 2011.

CASTRO, K. et al. Validation of the brief autism mealtime behavior


inventory questionnaire. Journal Autism Dev Disord, Journal of autism
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CUNHA, L. F. A importância de uma alimentação adequada na


educação infantil. Univesidade tecnológica federal do Paraná. Ibaiti,.
2014.

DIAS, E. C. et al. Dieta isenta de glúten e caseína no transtorno do


espectro autista: uma revisão sistemática. Revista Cuidarte, v. 9, n. 1, p.
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35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRAY, H.L.; SINHA, A.; BURO, A. W.; ROBINSON, C.; BERKMAN, K.; Early
History, Mealtime Environment, and Parental Views on Mealtime and
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MAGAGNIN, T. Aspectos alimentares e nutricionais de crianças e


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Criciúma, 2019.

POSAR, Â.; VISCONTI, P. Sensory abnormalities in children with autism


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MATTOS, J. C. Alterações sensoriais no Transtorno do Espectro Autista


(TEA): Implicações no desenvolvimento e na aprendizagem. Revista
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SRIKANTHA, P.; MOHAJERI, M. H. The possible role of the Microbiota-


Gut- Brain-Axis in Austim Spectrum Disorder. International Journal of
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VÁZQUEZ, L.I. et al. Composition of gut microbiota in children with


autismo spectrum disorder: a systematic review and meta-analysis.
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