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7 simples passos

para uma
INTRODUÇÃO ALIMENTAR
DE
SUCESSO

SABER MATERNO
A introdução alimentar é muito importante
para a formação de bons hábitos alimentares
futuros, porém gera muitas dúvidas e
inseguranças na família.

Muitos mitos cercam a oferta de novos


alimentos e a alimentação complementar não
precisa e nem deve ser complicada.

Alimentos frescos, comida caseira e de boa


qualidade são o caminho a se seguir para
alcançar bons resultados.

Mas o sucesso dessa fase não depende


apenas do alimento em si.
Aspectos comportamentais e atitudes
positivas são igualmente fundamentais nesse
processo.
Por isso, esse ebook aborda questões que vão
além de apresentar apenas as comidinhas e
que são tão relevantes quanto.

Fico feliz que esteja aqui comigo!

Com carinho,

Orkanda

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UM POUCO SOBRE
MIM...

Sou Orkanda, mãe de 4, nutricionista e gestora


de conteúdo do Saber Materno.
Incentivadora da amamentação exclusiva e
prolongada e do cuidado nutricional nos
primeiros 1000 dias do bebê como semente da
construção de hábitos alimentares saudáveis e
equilibrados para toda a vida.

Durante a minha trajetória profissional


constatei que para o sucesso dessa formação
de bons hábitos é preciso oferecer à mãe e
suas famílias uma rede de apoio e
empoderamento nutricional através de
informações de qualidade, atualizadas e
baseadas em evidências científicas.
Ao mesmo tempo que a internet democratizou
o acesso à informação, trouxe junto uma
enxurrada de falsos conhecimentos e
referências de caráter bastante duvidoso.

O Saber Materno se propõe a ser fonte de


apoio, acolhimento e empoderamento para
mães e mulheres.
Passo 1
Conhecimento Empodera

Estranhou o título desse primeiro passo?


Mas é isso mesmo!

Uma das ferramentas mais poderosas à sua disposição


gratuitamente é o conhecimento.

Quando lê, adquire conhecimento e se informa sobre


QUALQUER assunto, inclusive sobre introdução alimentar, você
se torna confiante e segura para seguir agindo com convicção.
Assim quando alguém questionar os motivos pelos quais age
desse ou daquele jeito, não ficará insegura e sem resposta.

Mas apesar de informações estarem muito acessíveis, procure


sempre pesquisar em fontes confiáveis tais como: sites de
organizações governamentais oficiais como a OMS, Ministério
da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria, Profissionais de
saúde renomados (que não se medem pelo número de
seguidores) Conselhos de classe de profissionais de saúde tais
como de nutricionistas, médicos, pediatras, dentre outros, livros
etc.

Evite se informar em redes sociais de blogueiras (mesmo que


muito famosas e cheias de seguidores), programas de grandes
redes de TV ou em locais de fontes duvidosas e sem
embasamento científico.

Dica:
Planeje o enxoval e
a decoração mas
principalmente
busque
conhecimento
sobre maternidade,
amamentação e
introdução
alimentar.
Passo 2
Cuide da alimentação durante a gestação

Pouco se fala da importância da alimentação durante a


gestação e sua influência na formação do hábito alimentar. Mas
estudos recentes indicam que ainda durante a vida intrauterina
o feto é exposto a uma variedade de estímulos sensoriais
capazes de interferir nas suas preferências alimentares ao longo
da vida.

Os estímulos aos quais o feto é exposto estão mais ligados


principalmente ao paladar do líquido amniótico. Durante a
gravidez e ainda durante a amamentação, do que a mãe se
alimenta tem poder de alterar essas características sensoriais,
potencializando alguns sabores, e outros não.

Uma vez que já sabemos que o feto engole líquido amniótico,


essas experiências ligadas ao paladar são captadas por ele
através das papilas gustativas que conduzem as informações ao
Sistema Nervoso Central e essas são capazes de alterar as
respostas de salivação e sucção no feto.

Resumindo: A QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO


PODE INFLUIR NO PALADAR E ACEITAÇÃO DO BEBÊ DURANTE A
INTRODUÇÃO DE NOVOS ALIMENTOS.

Dica:
Invista no
acompanhamento
com uma
nutricionista
durante a
gestação
Passo 3
Reduza as expectativas

Antes mesmo de iniciar a fase de introdução de novos alimentos


grande parte das mães e familiares já criaram expectativas
sobre como será e expectativas são a raiz das frustrações, não
são?

Do meu ponto de vista, a introdução alimentar não diz respeito


só a comida mas também de uma boa preparação prévia
envolvendo um entendimento e compreensão dos cuidadores de
que o bebê, até aquele dia, alimentou-se apenas de líquidos
(leite materno ou fórmula) e então, subitamente, ele receberá
uma infinidade de outros sabores, texturas e odores, o que, na
maioria das vezes, poderá causar um estranhamento e recusa
inicial
O que não significa o fracasso do processo. Isso só o começo e
com perseverança, paciência e persistência (Os 3 P's) e sem
substituições inadequadas, a tendência é que tudo dê certo.

Uma mãe e/ou cuidador com essa percepção terá muito mais
calma e menos ansiedade para conduzir o processo da
introdução alimentar, sem pressa e frustrações.

Dica:
O leite (materno ou
fórmula) é a
principal fonte de 
nutrientes até os 12
meses.
Os alimentos
sólidos são
complementares à
ele e não o contrário.
Passo 4
Não compare

Temos o hábito de achar que a grama do vizinho é mais verde.


E que o filho do vizinho come mais e melhor que o nosso.

Não faça comparações e nem permita que o façam. Cada ser


humano é único e tem o seu próprio tempo e ritmo de evolução.
Com o aprendizado para comer sólidos não é nada diferente e
pode demandar tempo.

Alguns processos podem se estender um pouco além dos 12


meses e tudo bem!

O fato do filho da prima da sua vizinha comer super bem desde


que iniciou a introdução alimentar enquanto o seu ainda não
aceita a maioria dos alimentos, não faz daquele nada melhor do
que o seu e nem faz com que a mãe dele seja uma sortuda.

Dica:
Não existe jeito
certo e jeito errado
de fazer as coisas.
Siga o seu instinto
de mãe e não faça
desse ou daquele
jeito só porque é
assim que todos
fazem.
Passo 5
Faça da família sua aliada e parceira

A chegada de um bebê é sempre motivo de festa na família. Se


for o primeiro bebê então, nem se fala.

E quando chega a hora da introdução alimentar, TODO MUNDO


vira mãe junto contigo (acredite em mim, tenho 4 filhos e sei do
que estou falando!).

A intenção é sempre boa. Ajudar.


Mas alguns conceitos antigos (como o de oferecer sucos antes
de 1 ano) já se provaram inadequados.
Assim como em tecnologia, os estudos em saúde também
evoluem, então é normal e esperado que as orientações também
mudem com o tempo.

Volte ao PASSO 1 e lembre a todos que você pesquisou, leu e se


informou e que uma mãe sempre sabe o que é melhor para o
seu filho.

Não crie conflitos, crie parcerias.


Não bata de frente com as pessoas (é desgastante e inútil, ainda
mais se tratando de familiares), apenas demonstre com firmeza e
assertividade que você sabe o que fazer e que se estiverem
dispostos a colaborar (do seu jeito) serão bem vindos.

Dica:
Chame os avós,
tias, dindas para
aquela roda de
conversa, palestra,
curso ou evento
sobre alimentação
infantil e
maternidade
Passo 6
Não antecipe

O sistema digestório do bebê se encontra pronto, amadurecido


e receptivo a receber novos alimentos por volta dos 6 meses e
não antes.

Sem contar que para aumentar as chances de sucesso da


introdução alimentar é indicado aguardar que o bebê apresente
também, os sinais de prontidão. Estes sinais nem sempre
manifestam-se ao mesmo tempo e exatamente aos 6 meses.
Qualquer período entre os 6 e 8 meses será o ideal para o início
da alimentação complementar.

Sendo assim, não existe NENHUM motivo pelo qual antecipar a


introdução alimentar.

Nem para:
- o retorno da mãe ao trabalho;
- que o bebê se acostume com novos sabores;
- dormir melhor a noite;
- ganhar mais peso.

Tenha paciência.

Dica:
Escolha um
nutricionista e/ou
pediatra que esteja
alinhado com as suas
expectativas e desejos.
Em caso de dúvida,
considere pedir uma
segunda ou terceira
opinião.
Passo 7
O papel do bebê X o papel da família
As crianças nascem com uma habilidade natural para a auto-regulação
energética. Muitas vezes por falta de confiança nesta capacidade ou até
mesmo excesso de controle, os pais ou cuidadores pressionam seus filhos
para comerem mais ou menos alimentos.

As atitudes que tentam manipular o que e como as crianças devem se


alimentar, seja por interferência dos pais e/ou externa ou até mesmo falta
de suporte dos pais, fazem com que elas percam essa habilidade natural,
e que deixem de ser estes comedores competentes que eram ao nascer e
desenvolvendo sentimentos negativos sobre o comer, passam a ser
desconfiadas com alimentos não familiares.

A abordagem da Divisão de Responsabilidade na Alimentação, descrito


pela nutricionista americana Ellyn Satter, recomenda que o papel dos
pais/cuidadores seja:
– a compra, preparo e oferta dos alimentos (modo de preparo, o que,
quando e onde as refeições serão realizadas);

Já o papel dos bebês é o de determinar:


– a quantidade de comida que será ingerida.

Enfim, a criança precisa ter AUTONOMIA sendo o PROTAGONISTA do


processo e não um simples coadjuvante abrindo a boca e recebendo
passivamente o alimento.

*Texto adaptado de Instituto de Desenvolvimento Infantil

Dica:
Os pais são os
responsáveis pela
qualidade das
refeições
oferecidas ao
bebê e somente ele
é responsável pelo
QUANTO comerá.

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