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Licenciado para - Thays Cristo Martins Vaz - Protegido por Eduzz.com
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Outro fato que minha mãe contava era que o medo que ela tinha do meu
avô era tão grande, que quando ele gritava, ela se urinava toda.
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O grande problema é que a maioria das pessoas não sabem disso. Logo,
acreditam fielmente que ao gritar com seus filhos, mais respeito e
obediência conseguirão deles. Ficam esperando o grande dia que o filho
chegue e diga:
Ou então:
“Nossa, mãe! Eu entendo que você grita comigo porque quer o melhor
para mim. Porque quer que eu seja educado, responsável e feliz.
Isso me fez lembrar uma situação que aconteceu com meu segundo
filho que, na época, tinha uns 6 anos.
Confesso que vê-lo chorando me deixou com mais raiva ainda. Afinal,
eu tinha explicado a ele tão direitinho que tivesse cuidado com minhas
coisas que ficavam num móvel atrás do sofá.
Em seguida peguei a vassoura e fui limpar tudo. Reclamando e gritando
o tempo todo. Estava muito frustrada. Briguei sério com ele exigindo
que aquilo não se repetisse. Ele falou que prestaria mais atenção e pediu
desculpas.
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E se você acha que esta história acabou, continua aqui comigo que ainda
tem mais.
Foi então que, ao sair do quarto mais uma vez transtornada, após ouvir
mais um barulho de vaso quebrado no chão, vejo meu filho agachado
no chão, desesperado, com as mãos cobrindo o rosto e gritando de
pavor.
Não queria repetir com meus filhos o que foi tão marcante de forma
negativa para mim. Eu sofria muito quando apanhava, ficava sem
entender porque aquilo acontecia comigo. E o pior… me sentia culpada
depois. Achava que era uma filha ruim, ingrata. Com certeza não era
essa a intenção da minha mãe; ela queria que eu fosse mais atenta, mais
cuidadosa. Só que cabeça de criança não funciona igual a cabeça de
adulto. Com certeza minha intenção não era que meu filho ficasse com
medo de mim.
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Infelizmente eu estava errada. Não era só violência física que não era
saudável na educação de uma criança, a violência verbal também.
Fui educada com muito amor pelos meus pais. Sou muito grata pela
vida que deram, pela dedicação, pelas noites em claro quando eu estava
doente. Porém, naquela época, era muito comum bater quando os filhos
faziam algo de errado. E por mais quieta e obediente que eu fosse, em
alguns momentos eu “escorregava” e aprontava. E lá vinha a mamãe
gritando com a “havaiana” na mão.
Quando casei, decidi que iria educar meus filhos sem bater. Achava que
a violência física era o auge do desespero de uma mãe.
Só que o grande problema começa aí. A cada dia, essas situações que
eu acabei de narrar, vão ficando mais constantes e intensas. As
dificuldades vão crescendo junto com a criança. O mau comportamento
permanece justamente porque os filhos estão sendo educados na base
do grito; muitas das vezes acompanhados de ameaças, castigos e
xingamentos.
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Imagina que você está com dor de cabeça. Toma um analgésico por
conta própria e a dor passa após alguns minutos. Porém no outro dia ela
volta. Você toma outro remédio, a dor passa; no outro dia lá está ela
novamente. Então você toma dois comprimidos de uma vez e quando
percebe já está procurando algo mais forte. Isso começa a virar rotina e
você encara a situação como se agora fosse normal viver assim.
A cada atitude errada, você grita; ele para. Daqui a alguns dias ele se
comporta mal de novo, você grita, coloca de castigo; ele para
novamente. Na outra semana ele faz outra coisa errada, você grita uma
vez, duas vezes, grita mais alto, ameaça… e vai se acostumando a viver
nesse caos, achando que é normal porque com você foi assim, com os
filhos das suas amigas é assim, com as crianças da sua família também
é assim. E todas ficam torcendo, na esperança que as tão famosas
“fases” passem e a tão desejada paz volte para o lar de vocês.
Por isso que eu quero te dizer mais uma vez, anote isso: Gritar
definitivamente não é a única solução; ou melhor, gritar NÃO É A
SOLUÇÃO.
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Quando uma criança faz birra, por exemplo, a parte do cérebro que vai
agir é a primitiva. Por isso que ela se descontrola, grita, bate, cai no
chão, joga as coisas e não adianta você falar, porque ela não está
raciocinando.
Mas antes, eu quero te dizer que eu tenho propriedade para falar desse
assunto. Talvez você ache que está falando aqui com uma mãe recente,
uma recém-formada, mas não. Eu sou professora há 22 anos, mãe de
três filhos (um anjinho que passou pouquinho tempo no meu ventre) e
dois meninos (18 e 11 anos).
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Algumas frases mais faladas foram: “Meu filho não me obedece… Não
sei mais o que fazer… Já tentei de tudo e ele não muda… Ele faz de
propósito para me irritar… Só me obedece quando eu grito…”
No meu caso, estava até indo bem, quando um belo dia gritei pela
primeira vez com meu primeiro filho seguido de um pequeno “tapa”.
Faltavam 3 meses para ele completar dois anos.
Prometi que nunca mais faria aquilo com ele novamente; consegui.
Porém os gritos…
Desde aquele dia algo ficou martelando na minha cabeça. Por que eu
fiz aquilo? Como eu pude agir assim com meu filho? Uma atitude que
eu abominava, que eu já tinha como certo não fazer me pegou de jeito?
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Por isso eu resolvi escrever este e-book, para te mostrar que o que
aconteceu comigo também pode acontecer com você.
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E em meio a tanta coisa para dar conta, só resta dar alguns gritos para
que as crianças finalmente façam o que tem que ser feito e, finalmente,
irem dormir. É neste momento que, na maioria das vezes, quando
olhamos para os filhos dormindo tão serenos, bate aquela culpa ou
arrependimento por termos gritado, xingado e, em casos mais extremos,
batido. Prometemos para nós mesmas que não faremos mais aquilo…
até a próxima desobediência.
Você deve ter se identificado com esta rotina, ou pelo menos parte dela.
Deve ter se identificado também com esse sentimento de impotência e
arrependimento por algumas atitudes tomadas no calor da emoção.
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Lembro bem de uma vez quando cheguei em casa à noite, após 13h fora
de casa e com uma enxaqueca fortíssima (era assim quase todos os
dias), meu filho entrou no quarto e começou a me interromper. Eu,
focada nas adaptações dos alunos, mal prestava atenção nele. Acenava
com a cabeça como se estivesse entendendo tudo que ele estava
falando. Ele saía, voltava, saía, voltava novamente. Chegou uma hora
que não aguentei e gritei com ele, ordenando que saísse do quarto.
Fechei a porta e tranquei de chave para não ser mais interrompida. Era
quase meia-noite quando saí do quarto. Ele estava na sala dormindo no
sofá. Pegou no sono esperando por mim.
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risadas. Teve dias que eu chorei em frente ao computador por não ter
tempo de estar com eles.
Com certeza, você deve estar gritando com seu filho por estar frustrada
também. E não estou querendo dizer que toda mãe vai se frustrar pelos
mesmos motivos. Também gostaria de deixar claro que não existem
motivos mais importantes ou menos importantes. Cada uma de nós
temos nossa realidade e nossa história de vida; que nos fazem únicas.
O que para mim pode fazer sentido pode não fazer para você. E está
tudo bem! Não existe certo ou errado. Existem necessidades individuais
não atendidas.
Talvez, até agora, você só conheça essas estratégias que fazem com que
as crianças obedeçam, mas não se culpe. Culpas nos paralisam e nos
mantém no mesmo lugar.
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É importante que você entenda que o que eu vou explicar agora não
funciona para quem está à procura de fórmulas mágicas, receitas de
bolo, dicas infalíveis. Por outro lado, você pode estar pensando: “Tá
bom, mas se não agir assim as crianças não vão respeitar os adultos,
irão fazer o que querem, na hora que bem entenderem. Se os pais não
gritam nem punem as crianças são elas que gritam com eles. Se tornam
reféns dos filhos. E seu pensamento está certíssimo.
O que está por vir é para você que está disposta a mudar completamente
a maneira de enxergar a maternidade. É para você que está determinada
a ter uma relação saudável com seu filho com muito amor, respeito e
sem perder sua autoridade de mãe.
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fazer com que não gritem mais e que os filhos obedeçam como um
passe de mágica.
● Autoconhecimento
● Autocuidado
● Conhecimento sobre como a criança pensa e se desenvolve
● Técnicas e ferramentas
● Rotina
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A partir daí, Ana deu uma reviravolta na sua vida. Se permitiu mudar,
fazer diferente. Ela estava realmente disposta a aprender algo novo, a
se conhecer melhor, a conhecer melhor o seu filho. Refez sua rotina.
Você pode estar pensando agora sobre como deve ser difícil fazer tudo
isso. Não seria mais fácil e prático utilizar logo as técnicas e
ferramentas?
Se eu te disser que não seria mais fácil ir direto para as “dicas” estaria
mentindo para você. Porém, ser mais fácil não significa ser mais
eficiente. Eu até entendo que no mundo corrido que a gente vive hoje
tudo que chega para facilitar de maneira mais rápida é bem-vindo. A
diferença é que não estamos lidando com robôs, estamos lidando com
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seres humanos, crianças que estão apenas iniciando sua jornada de vida.
Filhos não são brinquedos que colocamos onde queremos e ele fica lá
paradinho. Ou quando quebram é só trocar a peça e tudo volta a
funcionar maravilhosamente bem.
Contudo, quando não existe mais peça para substituir o que fazemos?
Guardamos de lembrança, doamos, jogamos no lixo reciclável…
Mas com nossos filhos não é assim que funciona. E é exatamente por
isso que não basta fazer as técnicas. Educar verdadeiramente uma
criança é uma troca. Aprendemos com elas ao mesmo tempo que
ensinamos.
Depois os outros filhos chegam (ou não); tenho amigas que pararam
logo no primeiro filho de tão traumatizante que foi. Outras foram o
inverso: o primeiro foi tão maravilhoso que partiram para o segundo, o
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O que realmente significa para cada uma de nós ter filhos? O quanto
aquele novo ser, totalmente dependente de nós, vai mudar nossa vida
por completo? O quanto ele vai dar conta das nossas expectativas? E
quando essas expectativas caem por água abaixo?
Tem um ditado que eu sempre ouvi e ele nunca chegou bem aos meus
ouvidos: “Ser mãe é padecer no paraíso”. Se formos refletir bem sobre
a palavra padecer, que de acordo com o dicionário significa sofrer mal
físico ou moral.
Durante muito tempo eu repetia esta frase (mesmo sem gostar dela); o
velho piloto automático entrando em ação!
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Vou ilustrar aqui com um exemplo que acredito que a maioria das
mulheres já passaram na sua rotina: a tal da dieta.
E já que abriu mão neste dia, a semana já estava perdida mesmo… você
“chutou o balde” e vai recomeçar tudo novamente na próxima
segunda-feira.
Sabe o que vai garantir o sucesso ou não na sua dieta? O quanto você
está verdadeiramente comprometida com sua saúde. O quanto você está
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Quando decidimos não gritar mais com nossos filhos, precisamos estar
conscientes do processo. Compreender que todos somos aprendizes
nessa relação.
A grande verdade é que não conseguirei aqui dar conta de todos os erros
que podemos cometer para evitar os gritos. É impossível! O ser humano
é muito complexo. Quando formamos uma família, seja ela de qualquer
configuração, trazemos nossa bagagem de vida, de histórias, de
traumas, de valores que nos são transmitidos pela educação recebida
pelos nossos pais.
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Gosto muito desta frase e trago essa reflexão para os pais fazendo uma
comparação com seu trabalho. Como você se sentiria se ao fazer algo
errado no seu trabalho seu chefe gritasse, brigasse e humilhasse você?
O que você pensaria? Realmente teria vontade de mudar?
Trarei aqui alguns erros mais comuns que os pais cometem e que são
gatilhos para que os gritos venham logo em seguida:
É muito importante que você saiba que seu filho não acorda com um
plano mirabolante dizendo assim:
“Hoje, vou tirar toda a paciência da minha mãe. Vou fazer tudo que ela
não gosta, que ela diz para eu não fazer, porque adoro vê-la gritando,
descontrolada.”
Lembra da história dos meus vasos quebrados que contei? Meu filho
ficou com tanto medo de mim que começou a mentir. Tudo que ele
fazia de errado e achava que eu fosse brigar, gritar e castigar ele negava
ter feito. Inclusive, eu fazia exatamente igual quando era da idade dele.
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Você se sentia injustiçado quando era acusado de algo que não tinha
feito? Ou até tinha feito, mas não com a intenção que seus pais
afirmavam?
Só que eu tenho que ser bem sincera; a única pessoa responsável por
suas atitudes é você. Quando você grita com seu filho e o culpa por
isso, está dando a ele uma responsabilidade muito maior do que ele
pode carregar. Ou seja, ele é culpado por ter errado e por você ter se
descontrolado. Ele é acusado pelo descontrole dele e você não é
responsável pelo seu?
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Mudança de hábitos requer tempo e paciência. Nem seu filho nem você
irão acertar de primeira. Lembre-se que vocês são seres humanos.
Quando os pais não têm clareza sobre o processo, não aceitam que o
erro faz parte do aprendizado e não acreditam que os resultados
chegarão mais na frente, voltarão a gritar rapidinho.
Educar filhos é como cuidar de uma planta. Você prepara a terra, planta
a semente num vasinho, pesquisa sobre como aquela planta se
desenvolve melhor; se é de sol ou de sombra, se precisa de muita água
ou pouca água, se pode ficar dentro de casa ou não. Dependendo da
planta terá que colocá-la num vaso maior para acomodar melhor suas
raízes… Essa planta também precisará de amor. Falo com propriedade
porque minha mãe sempre amou cuidar de plantas. Houve uma época
que ela fez um jardim lindo no terreno de uma casa que morou. Todos
que passavam elogiavam. Quando perguntavam o que ela fazia com as
plantas que ficavam tão lindas, ela respondia: terra boa, água, poda,
paciência e muita conversa (ouvia muito minha mãe conversando com
elas).
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Como assim, Adriana? Depois de ler todas estas páginas você vai
concluir deste jeito?
A palavra NUNCA, neste contexto, dá uma certeza que não temos como
garantir, concorda?
Por mais que você não queira gritar, por mais que você não goste, por
mais que você aprendeu aqui o quanto o grito é prejudicial para o
desenvolvimento do seu filho, em alguns momentos você irá gritar com
ele. Afinal, você é um ser humano passível de falhas. Porém, tenha
certeza que será bem menos do que antes. A grande diferença nisso tudo
é que você agora tem consciência do que fez, a diferença agora é que
você sabe que não é sobre seu filho.
E tenho certeza que se você chegou até aqui é porque tudo fez sentido.
Espero realmente ter contribuído para que sua relação com seu filho
esteja a um passo de iniciar uma nova história; com mais compreensão,
mais escuta, mais alegria e com muito amor.
E se você quer minha ajuda para além de parar de gritar com seu filho
aplicando as técnicas que você viu aqui, mas também ajudar sua criança
a reconhecer e regular suas emoções, a desenvolver habilidades de vida
para que saiba lidar com os desafios do mundo, a ser uma criança mais
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Independente de qual seja o seu momento, se você grita, não grita, uma
coisa aqui é certa, você sempre vai ter que lidar com relação ao seu
filho; ele estando pequeno ou grande. O ideal é que você comece hoje,
que você comece agora… quanto mais cedo você começar mais fácil
esse processo vai ser e vai ficar.
Eu não te prometo que a mentoria vai fazer sua vida mudar de um dia
para o outro, mas eu te garanto que dar esse primeiro passo já vai fazer
muita diferença na sua família, não só com seu filho, mas em toda a sua
casa, inclusive no seu casamento.
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diretamente em contato comigo. Vamos conversar para eu entender
como posso te ajudar.
Forte abraço,
Adriana Ferraz.
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