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PAIS E FILHOS

Em busca da paternidade perdida


Todos os direitos desta edição pertencem aos autores.
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e-mail pauloleno05@gmail.com.

Editor Geral
Eduardo de Araújo Carneiro

Diagramação, capa e revisão


Eduardo de Araújo Carneiro

Imagem da Capa
Sistema de busca Google

L569g SILVA, Paulo Leno Alves da.


Pais e filhos: em busca da paternidade perdida.
Paulo Leno Alves da Silva. Rio Branco: EAC editor,
2022, 000p. : il.

ISBN xxxxxxxxxxx

I. Bíblia; II. Teologia; III. Milagre; I Título.


CDD xxxxx

http://www.eaceditor.blogspot.com.br/
DEDICATÓRIA

A todos os pregadores, ensinadores,


conselheiros, mentores e estudantes
da palavra de Deus.

Acreditamos que o material que se


encontra em suas mãos será de
impetuosa utilidade para auxiliá-lo na
propagação do Evangelho.
AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade de elaborarmos


esta apoteótica obra, que tem por objetivo
auxiliar todos aqueles que se esmeram no
ensino e na pregação da Palavra de Deus.

E ao meu editor de excelência, Professor Dr.


Eduardo Carneiro, que com demasiado
carinho faz com que meus livros se tornem
sempre melhores do que eu imaginava!

São inúmeros os casos; mas é curioso


pensar que, nesses milagres,
apareceram peixes que nunca nadaram,
pães que nunca foram farinha, farinha
que nunca foi trigo, vinho que nunca
foi uva, azeite que nunca foi azeitona
etc.
Walter Brunelli
SUMÁRIO

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

REFERÊNCIAS
PREFÁCIO

Vivemos num tempo em que os filhos atuais


clamam por pais de verdade. Muito mais do que no
passado, os dias hodiernos revelam os grandes descasos
de filhos abandonados, e, sobretudo, órfãos de pais
vivos.
Filhos que cresceram sem a presença paterna,
sofrerão grandes conflitos internos, e, singularmente,
internos.
Neste sentido, não basta apenas munirmos de
especialistas em paternidade para propor um forte
esquema de tratamentos para os filhos, se antes, não
tratarmos em conjuntos, os pais.
Na verdade, os pais deram apenas aquilo que
tinham para os filhos, por isso, precisam também ser
ajustado, pois, por detrás de um pai rude que machuca
ou feri, existe ainda uma criança ferida por um pai no
passado desprovido de carinho.
INTRODUÇÃO

Vivemos dias difíceis. A crise nos últimos anos se


alastrou sob a face da terra de maneira surpreendente.
A crise não tem preconceito, ela atinge tanto o
empresário que se afoga no seu mar incontido de
dinheiro, quanto àquele que vive no mais paupérrimo
lugarejo desta terra.
A crise muitas das vezes aparece sem hora
marcada. Ela é traiçoeira, ardilosa e impiedosa. Diante
desta lógica, vemos que o problema, sobretudo, não é a
crise, mas como nos comportamos diante dela.
Pois, enquanto alguns estão sendo afogando pelo
mar bravio da vida, outros estão fazendo surf. Enquanto
algumas empresas declaram falência, outros fazem da
crise motivo para prosperarem. Enquanto alguns se
apavoram, outros se alegram com suas conquistas.
A crise também dependerá do ponto de vista do
empreendedor. Pois a forma como a contemplamos,
revelará nossa vitória ou fracasso na esfera social,
familiar e espiritual. Por isso, o problema não é a crise,
mas como nos comportamentos diante dela.
A crise revela nossa verdadeira intenção e o nosso
preparo. Enquanto a crise tira alguns da zona de
conforto, outros são por ela sucumbindo.
Neste âmbito, as gerações de jovens nos dias
vigentes são a geração mais vulnerável de todos os
tempos. Tudo isso, deve-se ao fato dos pais terem
ensinados os filhos para o sucesso e não para guerra,
pois, o sucesso é consequência de uma guerra vencida.
Perceba que é bem comum hoje os filhos terem
um quarto só pra eles ou uma cama só para eles. Por
exemplo, meus filhos tem um quarto só para eles,
porém, na minha época eu tinha que dividir o quarto
com irmãos, na verdade também tínhamos que dividir
também a cama, ou seja, éramos quatro irmãos, logo,
dormia os quatros na mesma cama dividindo o mesmo
cobertor.
Como compartilhávamos o mesmo quarto, a
mesma cama e o mesmo lençol, tínhamos também que
lidar com algo nada agradável, que era ter que aturar o
costume de outros irmãos que urinavam na cama.
Como não tínhamos outra opção, a única solução
era dormir ali, mesmo naquele quarto com um colchão
extremamente fétido.
Além disso, havia apenas um ventilador
barulhento do pescoço mole e da hélice de metal que
tentava ventilar nossas noites calorentas.
E o mais cômico de tudo isso, era nosso cortinado
ou mosquiteiro que era colocado envolto da cama para
nos proteger da carapanã. Até hoje não entendo porque
minha mãe colocava aquele mosquiteiro, uma vez que
havia uns buracos tão grandes nele que cabia uma
cabeça humana, ou seja, não nos protegia de nenhum
mosquito. Acredito que minha mãe colocava aquele
mosquiteiro para mexer com o psicológico das
carapanãs.
Depois que tornei-me adulto, graças a Deus nunca
deixei faltar pão na mesa para meus filhos tomar um
bom café da manhã. Não obstante a isto, assim como em
outras famílias, vejo meus filhos escolhendo o que
querem comer no café da manhã. Alguns comem pão,
outros tapiocas, mingau, misto quente, cuscuz etc.
Na minha época, nós brigávamos para ver quem
ficava com a frigideira que foi usada no dia anterior para
fritar algum bife para que através daquele óleo
pudéssemos torrar uma farinha nele e comer com café
da manhã.
A condição de nossos pais era precária. Ninguém
ficava chorando pelos cantos pelo fato de não ter pão.
Na verdade comíamos o que tinha e depois íamos
realizar os trabalhos rotineiros da casa e brincar.
Era uma época complicada, mas éramos felizes. E
a depressão? Ela existia, mas não tínhamos tempo de
vê-la como vilã. Nossos dias eram preenchidos por
amplos afazeres e diversões.
Nossos carros e bonecas não eram aquelas que
ornavam as vitrines do centro da cidade, mas eram
feitas artesanalmente.
Não tínhamos acesso aos parques de diversão, e
nem colônia de férias, mas andávamos nos campos
alheios para saciar nosso anseio desmedido de
mergulhar nos açudes.
Não tínhamos belos campos ou quadra de futebol,
mas construímos pequenas traves na beira da rua ou
limpávamos os terrenos baldios para ali mostrar nossos
paupérrimos talentos futebolísticos.
Quando a noite chegava, ladrilhando o negro céu
com milhões de estrelas, reuníamos para elaborarmos
as traquinagens cotidianas.
Se brigávamos? Sim! Mas logo nos
reconciliávamos e voltávamos aos trajetos matreiros do
dia a dia.
Os tempos mudaram. A geração de outrora, são os
pais de hoje. O que mudou? Muita coisa mudou! Se para
melhor ou para pior, é o que iremos salientar nesta
obra.
Outro dia fiquei embasbacado com o novo material
de enrolar as linhas da pipa. Uma espécie de tubo com
furos que dá para enrolar a linha com alta precisão.
Ora, os tempos mudaram, os brinquedos estão
extremamente facilitados, tirando assim, a capacidade
de se reinventar da criança.
Nossos pais nos ensinaram a sermos fortes. A
dificuldade de outrora nos proporcionou maturidade.
Quando nossos pais saíam para trabalhar pela manhã,
nós, muitas das vezes já estávamos acordados. Quando
eles retornavam para casa e não encontrasse as coisas
no devido lugar, certamente levávamos uma surra.
Havia regra e as regras produziam ordem em nosso
ambiente.
Algo interessante era que diante de um desleixo
dos filhos, alguns pais não escolhia somente o
irresponsável para discipliná-lo, mas todos, ou seja, do
maior até o menor eram castigados.
Fomos ensinados a sermos responsáveis. Nossos
pais não passava a mão em nossas cabeças como diz o
ditado em nossa região. Não respondíamos nossos pais
de forma abrupta e sempre que víamos pedíamos a
"benção". Portanto, somos uma geração forte, por que
nossos pais nos ensinaram a sermos fortes.
Os tempos passaram e agora é nossa vez de
criamos ou direcionarmos nossos filhos para a vida. Os
filhos que iremos deixar para este mundo é bem mais
importante do que o mundo que iremos deixar para
nossos filhos.
Muitos pais triunfaram na vida, contudo, agora
vivem uma vida de omissão, ou seja, não deixam os
filhos dirigir as rotas de suas vidas.
Antigamente comíamos o que tinha na mesa, hoje
os pais perguntam para os filhos o que eles desejam
comer. Neste ponto de vista, estamos criando filhos
enfermos para uma sociedade banalmente doente.
Muitos pais não tem coragem de dizer um "não"
para os filhos e por isso, eles crescem rebeldes. Não
respeitam ninguém. Não respeitam a professora, nem o
vizinho e nem mesmo o líder espiritual. São filhos
"dódoi" que não sabem ser contrariados ou
confrontados, que ficam extremamente melindrosos
diante de quaisquer disparates.
Vivemos tempos de crise porque a geração que era
para levantar a cabeça e guerrear contra a corrupção
social, infelizmente são uma geração "mococoquinha",
sem firmeza nas palavras e nas atitudes. São homens e
mulheres fragilizados, com a alma saturada e sem
propósito na vida.
Os jovens de hoje são uma geração que ficam
triste quando algo não dá certo, quando são
confrontados. Essa geração precisa saber o que é ter no
café da manhã: mandioca cozida com café puro, e
muitas vezes era pirão de feijão.
Precisamos resgatar nossos valores e treinar uma
geração não para o sucesso, mas para guerra, no
entanto, para isso é necessário os fazer entenderem o
valor da conquista.
Nossos filhos jamais saberão o verdadeiro valor
das coisas até que eles mesmos arregacem as mangas e
lutem até calejar as mãos, até fadigar e cair a última
gota de suor do rosto. Só assim, eles saberão o
verdadeiro valor das coisas.
Saiba que os filhos dependem dos pais, se estes
fracassarem na criação, infelizmente terão dias
tenebrosos na face da terra.
Outro ponto digno de nota, é que os pais antes de
desejarem o sucesso dos filhos, desejem a felicidade,
pois o sucesso sem felicidade é uma das piores formas
de fracasso.
Os pais devem ensinar os filhos que o sucesso, é,
sobretudo, o resultado de princípios cumpridos.
Ademais, quando quebramos princípios, estamos
estabelecendo meios para o caos invadir nossa breve
história nesta vida.
Por conseguinte, quero nesta obra, tentar de
alguma maneira contribuir para os pais, cuidadores e
professores que estão nesta grande e singular missão
que é educar filhos extraordinários.

Parte - 1
EDUCANDO PARA A VIDA
A educação moral
é, antes de tudo,
uma prerrogativa
dos pais e não da
escola e muito
menos do
governo.
Claudionor de
Andrade

A criação de filhos é algo crucial. O sucesso ou o


fracasso podem qualificar ou desqualificar os pais em
relação à educação dos filhos.
Neste sentido, somente quem tem filhos sabe
como é complexo ensinar regras de convivência social,
higiene, alimentação, educação, vida saudável etc. No
dia a dia, parece algo como uma luta que nunca tem
fim.
Situações que podem parecer simples e fáceis de
resolver para alguns, certamente não o são para quem
passa seus dias repetindo as mesmas coisas para filhos
que adoram, mas que os deixam completamente
exaustos e sem alcançar os resultados esperados.
Nesta complexa tarefa da educação, os pais
seguem ou pelo menos tentam seguir os elaborados
manuais sobre princípios ou regras de educar seus
filhos.
No entanto, nesta busca de aprendizado, muitos
percebem que apesar do grande auxilio que os manuais
proporcionam, eles não são suficientes, conquanto, cada
família tem sua particularidade ou maneira especial de
ensinar seus pimpolhos.
O psicoterapeuta Roberto, diz que se seu filho é
um nadador como o Gustavo Borges, ele precisa de
contexto para se desenvolver, de estrutura para treinar e
de estímulos para se superar. Essa é a personalidade
dele, ele nasceu dessa maneira, e provavelmente, é o
estilo de vida que vai fazê-lo feliz e triunfante.
A educação ou o progresso do filho dependerá
muito do meio pelo qual ele está inserido. Eu por
exemplo, sou músico, e meus filhos tocam
instrumentos. Eles na verdade amam fazer o que faço,
pelo simples fato de estar num ambiente totalmente
propício a vocação deles.
De acordo com a perspectiva bíblica, os filhos
farão o que os pais fazem e seguirão fazendo se eles
forem fomentando a fazerem isso.
Ser pai hoje em dia, é um desafio complexo e que
nos deixa atordoados. Existem tantas teorias
conflitantes entre si sobre a educação de filhos que até
mesmo os especialistas mais renomados discordam uns
dos outros.
Nesta lógica, Fugate (2014) diz: “Cada um tem sua
própria opinião sobre como uma criança deveria ser
educada”.
É importante no introito deste capítulo, salientar
que educar não significa apenas instruir, transmitir
conhecimentos, ou fornecer conteúdos, guiar, orientar.
Jamiel Lopes (2010, p. 13) revalida que “a nobre tarefa
da educação vai além do simples ato de passar
informação ou instrução”.
A educação, no sentido mais amplo, de acordo
com o autor em questão, abrange todos os passos e
processos, pelos quais a criança se transforma
gradativamente em um adulto inteligente e bem
desenvolvido, isto porque a educação é um processo
continuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida.
“A educação correta da criança é a expressão
máxima do verdadeiro amor que os pais podem oferecer
a seu filho ou filha” (FUGATE, 2014).
Neste ponto de vista, nenhuma quantidade de
presentes que os pais possam oferecer a seus filhos teria
a capacidade de tomar o lugar do singular cuidado
demonstrado ao educá-lo.
Se o pai realmente ama seu filho, eduque-o.
Fugate corrobora que a educação requer que você os
ensine, e que seus ensinos sejam aceitos.
Porém, antes de seu filho receber suas instruções,
ele precisa primeiro honrar sua digna posição. Nunca
um pai ou uma mãe deveriam, nem uma única vez,
permitir o desrespeito à sua posição.
O que é a educação? Andrade (2015) diz que a
palavra “educar” “origina-se do vocábulo latino educare
que, por seu turno, vem de educere: conduzir a um
determinado fim”. Educar, por conseguinte, conclui-se
que é instruir, visando as faculdades espirituais, morais,
intelectuais e físicas do educando.
A educação compreende não apenas a informação,
mas principalmente a formação. Seu objetivo é tornar o
educando apto a viver em harmonia com o seu
semelhante.
E, dessa forma, construir uma sociedade temente
a Deus, justa, solidária e moralmente sadia. Se tais
objetivos não forem alcançados, não é educação; é uma
brutal desconstrução do caráter humano.
Desde cedo, a criança desenvolve-se devido os
meios que o influenciarão para a formação do seu
caráter. As palavras que eles escutam, os programas de
TV que eles assistem, o colégio e os amigos, essas
informações diretas e indiretas formam traços do seu
caráter, quer boa ou má.
Pelo fato de suas mentes serem receptivas, ou
seja, tudo quanto ouve, servirá para definir suas
personalidades. Nesta perspectiva, os pais precisam ser
os agentes de orientação na formação do caráter do
filho, não só de orientação, mas, sobretudo, dignos de
serem imitados.
A família ainda é o lugar privilegiado para a
promoção da educação infantil. Embora a escola, os
clubes, os companheiros e a televisão exerçam grande
influência na formação da criança, “os valores morais e
os padrões de conduta são adquiridos essencialmente
através do convívio familiar” (GOMIDE, 2004). Por isso,
não basta serem pais, mas devem agir como pais.
Conforme Gomide, quando a família deixa de
transmitir estes valores adequadamente, os demais
veículos formativos ocupam seu papel. Nestes casos, a
função educativa, que deveria ser apenas secundária,
muitas vezes passa a ser a principal na formação dos
valores da criança.
Entretanto, há muitos pais que são um verdadeiro
caos na vida dos filhos. Não tem sabedoria para educa-
los.
Pais negligentes sabotam a infância do filho e o
deixa vulnerável a ponto da criança ou adolescente
cometer qualquer ato ilícito. Não basta amá-los,
contudo, devem revelar seu amor através de uma
educação assertiva.
Para acertarmos é importante que saibamos que
antes de regras mesquinhas outorgadas pelos pais,
nossos pimpolhos anseiam desmedidamente se
relacionar.

Todos os pais amam seus filhos e a


maioria dos professores gostam dos
seus alunos, mas amar já não é
suficiente para educar. Amar e gostar
são importantes para motivarem a
aprendizagem, mas o que oferece
competência educativa é a
aprendizagem de como educar. É
importante que os pais e os
educadores saibam que a educação
em nome do amor passa por quatro
fases: amor dadivoso, amor que
ensina, amor que exige e amor que se
aplica as consequências (TIBA,
2011).

A ausência da relação afetiva entre pais e filhos é


o primeiro passo para o estabelecimento de um
comportamento violento, ora, pais distantes, que não
tem momento afetuoso, podem desenvolver em seus
filhos uma relação de distanciamento com a figura
paterna e isso os leva a realizar atos ilícitos.
Os filhos quando são criados mediante a ausência
da figura paterna, apresentam comportamentos
agressivos, os pais, portanto, é a figura de imitação dos
filhos.
Quando dizemos “tal pai tal filho”, estamos nos
referindo a uma forma de aprendizagem, a de aprender
segundo o modelo (GOMIDE, 2004). Os filhos copiam o
modelo fornecido por seus pais porque gostam deles e os
admiram. Este processo acontece por meio da
observação.
Gomide diz que o filho aprenderá a se comportar
de acordo com o modelo e os valores fornecidos pelos
seus pais, ou ele aprende que a “negociação” é uma
forma para resolver problemas ou ele aprende que o
certo é “olho por olho, dente por dente”.
A aprendizagem das condutas no trânsito é um
excelente exemplo da imitação do modelo. Pais que
gritam, esbravejam, fazem sinais obscenos para os
outros motoristas estão ensinando às crianças como se
comportar em situações semelhantes no futuro, ou seja,
de forma agressiva.
Se você não paga o que compra, será este modelo
que você está implantando no comportamento do seu
filho. Se você trai seu cônjuge, será este modelo de
aprendizagem que seu filho terá.
Os filhos não farão nada do que dissermos, mas
fará tudo quanto fizermos. Nossa ação fala mais alto que
nossas palavras. Por isso, não adianta dizer para seu
filho que o cigarro faz mal se você fuma copiosamente.
Por outro lado, existem os pais que põe os filhos
numa intocável redoma de vidro. Colocam sobre os
filhos uma superproteção exacerbada, a ponto de
sufoca-los e os torna incapaz de encarar a vida quando
estes entrarem na fase adulta.
É comum encontrarmos vários homens que não
tem capacidade nem de comprar uma peça de roupa
sem antes consultar os pais. Tiveram uma vida tão
dependente dos pais, que mesmo quando casados, ainda
assim pedem sugestão dos mesmos.
Não se trata de pedir orientação, mas da sua
dependência, da aprovação dos pais. Como pais,
precisamos propor autonomia na vida dos filhos,
devemos treiná-los para a vida e não para o sucesso.
Há muitos homens que até mesmo para trocar a
cor da pintura da casa, precisa ligar para os pais para
pedir-lhe a opinião deles.
Muitas esposas ficam perplexas por verem seus
maridos pautarem sua dependência em seus pais
mesmo depois de casados. Muitas mulheres se sentem
inúteis, pois seus parceiros desabafam ou contam as
novidades de suas vidas para seus parentes, e elas por
sua vez, é a última a ficarem sabendo de suas
conquistas.
A educação não acontece por acaso, mas,
sobretudo, com uma atitude intencional. Por isso
concordo com Munroe (2009) quando diz que “a
educação não chega naturalmente até os filhos. A
educação deve ser intencional, deliberada e planejada
por parte dos pais”.
Conforme Munroe, uma dose extra de paciência
também ajuda. Raramente qualquer instrução será
internalizada de primeira. Será necessário repetir a lição
em várias ocasiões até que a criança venha realmente
mentalizá-la e comece a fazer o correto por si própria.
Seus filhos não nascem com uma auréola na
cabeça revelando uma ilibada santidade. “Eles não
chegam a este mundo com o coração propenso para
obediência. Deve-se ensiná-los a seguir os padrões
corretos. As crianças precisam ser orientadas para
honrar e respeitar seus pais” (MUNROE, 2009).
Os pais diante desta perspectiva, são agentes
educadores de seus filhos.
Educar não é fácil, mas é necessário e eficaz.
Educar é criar nos filhos a senha de acesso ao sucesso,
mas para isso, é importante eles saberem e aprenderem
a passar pelo processo.
Não há pais que não intentam “educar seus filhos,
professores que não queiram ensinar seus alunos, bem
como países cujos governantes não digam quanto
querem melhorar a educação” (TIBA, 2011). A maioria
dos pais tem dificuldade de educar os seus filhos, pois
suas experiências familiares e pessoais não são
suficientes para formar valores nos seus filhos. Muitos
filhos de acordo com Içami Tiba, têm “crescimento
silvestre” e não educação “orquestrada” para
construírem sua cidadania.
De acordo com Cury (2003),
educar é acreditar na vida, mesmo
que derramemos lágrimas. Educar é
ter esperança no futuro, mesmo que
os jovens nos decepcionem no
presente. Educar é semear com
sabedoria e colher com paciência.
Educar é ser um garimpeiro que
procura os tesouros do coração.
Educar não é repetir palavras, é criar
ideias, é encantar. Para educar
precisamos aprender sempre e
conhecer a plenitude a palavra
paciência. Quem não tem paciência
desiste, quem não consegue
aprender não encontra caminhos
inteligentes.

Para o autor em mencionado, devemos ser poetas


na batalha da educação. Podemos chorar, mas jamais
desanimar. Podemos nos ferir, mas jamais deixar de
lutar. Devemos ver o que ninguém vê. Enxergar um
tesouro soterrado nas rústicas pedras do coração dos
nossos filhos. Ninguém se diploma na tarefa de educar.
Para o psicoterapeuta Roberto, educar é estimular
a criança a agir por si própria. É ajuda-la a desenvolver
a autonomia e a responsabilidade. É permitir que ela
experimente a vida, mesmo que tenha de arriscar-se um
pouco.
Educar é deixar a criança viver, experimentar
suas emoções, valorizar cada conquista e ajuda-la a
superar desafios. É conversar e conversar e conversar, e
principalmente escutar e escutar e escutar. Educar de
verdade é ver o filho aprender a subir a escada
resistindo a tentação de leva-lo no colo. É preferir vê-lo
correndo pelos jardins atrás dos pássaros e do cachorro,
sem querer superprotegê-los. É seguir com seu filho,
aprendendo, sabendo ensinar, ganhado sem querer
acumular, vivendo sem temer o amanhã, elaborando
sem remoer o passado.
Muitos filhos devido a incoerência dos pais,
crescem estritamente dependentes. Eles sempre
procurarão alguém para refugiar bem como para tomar
a decisão por eles. Ora, filhos dependentes são
incapazes de se posicionar. Eles são uma espécie de
“Maria vai comas outras”.
Quando este quadro de dependência se agrava, a
pessoa pode desenvolver um Transtorno de
Personalidade Dependente (TPD). Esse transtorno trata-
se do padrão de comportamento submisso e grudento,
da incapacidade de ficar sozinho, de escolher a própria
roupa e tendência a ingenuidade.
Este transtorno também causa no sujeito o medo
do abandono, incapacidade de escolher até mesmo onde
morar, ideação de desconforto quando está sozinho.
Eles também acreditam ser incapaz de cuidar de
si mesmo, fazem terceirização da responsabilidade sobre
as principais áreas de sua vida a outras pessoas,
apresentam insegurança, pessimismo,
autoquestionamentos, ansiedade, tendência a sufocar as
pessoas devido a sua aproximação e procuram
urgentemente outra relação como fonte de cuidado após
o término de um relacionamento íntimo.
“Seja nas relações familiares, no trabalho ou com
amigos, o indivíduo com esse traço precisa do outro para
florescer”. (MECLER, 2015).
Perante o exposto, o medo imaginário de ser
deixada ou abandonada e de não conseguir sobreviver
sozinha, leva indivíduos com Transtorno Dependente a
dar tudo de si para ter alguém ao lado.
O poder da dependência é tão extremo que elas
são capazes de realizar até mesmo o impossível para
manter essas pessoas próximas delas.

Os comportamentos de dependência
e submissão formam-se com o
intuito de conseguir cuidado e
derivam de uma autopercepção de
não ser capaz de funcionar
adequadamente sem a ajuda de
outros. Adultos com o transtorno
costumam depender de pai ou mãe
ou cônjuge para decidir onde morar,
o tipo de trabalho a realizar e os
vizinhos com quem fazer amizade.
Adolescentes com o transtorno
podem permitir que seus pais
decidam o que devem vestir, com
quem fazer amizade, como usar o
tempo livre e a escola ou
universidade para onde ir. Essa
necessidade de que outras pessoas
assumam a responsabilidade vai
além das solicitações de auxílio
adequadas à idade ou à situação (p.
ex., as necessidades específicas de
crianças, idosos e pessoas
deficientes) (DSM-5, 2014, p. 676).

Diante deste ponto de vista, é de suma


importância os pais trabalharem a autonomia dos filhos
desde cedo. Pois muitos, quando chegam na escola
mesmo com uma idade de se precaver diante das
necessidades, ainda fazem suas necessidades fisiológica
na roupa.
Filhos dependentes tornar-se-ão escravos do
bullying na escola. Os colegas de escola o espezinharão
pelo fato deste ser desprovido de autonomia. Muitos são
chamados de “filho da mamãe”.
Há aqueles filhos também que sua dependência é
tão crônica que até mesmo no dia de sua apresentação
no exército os pais irão juntos.
Não estou afirmando que seja errado o fato dos
pais participarem das atividades dos filhos. Contudo, o
que não pode acontecer, é o fato dos pais não
permitirem que o filho seja autônomo das próprias
realizações.
Os pais devem por sua vez ensinar os filhos a
serem autônomos de si, de suas emoções. Também
devem ensinar os filhos a se posicionarem e agiram com
coerência diante dos dilemas da vida.
“As crianças e os jovens aprendem a lidar com
fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e
falhas. Aprendem a resolver problemas matemáticos,
mas não sabem resolver seus conflitos existenciais”
(CURY, 2003). Para o autor em apreço, os filhos são
treinados para fazer cálculos e acertá-los, mas a vida é
cheia de contradições, as questões emocionais não
podem ser calculadas, nem têm conta exata.
A educação de acordo com Cury tornou-se seca,
fria e sem tempero emocional. Os jovens raramente
sabem pedir perdão, reconhecer seus limites, se colocar
no lugar dos outros. Qual é o resultado? Nunca o
conhecimento médico e psiquiátrico foi tão grande, e
nunca as pessoas tiveram tantos transtornos
emocionais e tantas doenças psicossomáticas. A
depressão raramente atingia as crianças. Hoje há
muitas crianças deprimidas e sem encanto pela vida.
Pré-adolescentes e adolescentes estão desenvolvendo
obsessão, síndrome do pânico, fobias, timidez,
agressividade e outros transtornos ansiosos.
Milhões de jovens estão se drogando. Não
compreendem que as drogas podem queimar etapas da
vida, levá-los a envelhecer rapidamente na emoção. Os
prazeres momentâneos das drogas destroem a galinha
dos ovos de ouro da emoção. Quanto pior for a qualidade
da educação, mais importante será o papel da
psiquiatria neste século. Vamos assistir passivamente à
indústria dos antidepressivos e tranquilizantes se tornar
uma das mais poderosas do século XXI.
Como pais, estamos falhando cada dia mais em
relação à educação de nossos filhos. É bem verdade, que
estes erros na maioria das vezes não são voluntários,
pois geralmente damos aquilo que temos.
Tentamos de certa forma, dá aos nossos filhos,
uma educação baseada naquela que tivemos, ou seja, se
nossos pais foram duros conosco, tentamos ser mais
maleável com nossos filhos. Se nossos pais nos
colocaram para trabalhar incansavelmente, nós não
permitiremos que nossos filhos nem ao menos limpe o
quarto que dorme.
É importante lembrar que a educação ou o
treinamento que tivemos, bem como a vida complicada
que foi na nossa tenra idade, serviu para nos fortalecer e
conquistar nossos bens nesta breve existência.
É por isso que vemos muitos homens fragilizados
na sociedade. Mesmo sendo pais de família, os filhos e a
esposa percebem sua vulnerabilidade na tomada de
decisão, bem como, sua omissão na educação dos filhos.
Certa vez, um pai de família pediu para minha
esposa ajuda-lo com o filho de 11 anos. O filho dele
queria um brinquedo que fugia um pouco das condições
do pai comprar. Nesse caso o pai queria que minha
esposa convencesse o filho dele a mudar de ideia de não
comprar o brinquedo.
Esse pai deixou bem claro sua omissão, sua falta
de autoridade. Ele teve medo de corrigir o filho e este
ficar magoado por não ter o brinquedo que queria.
Tive a oportunidade de ouvi-lo contando um pouco
sobre sua história e percebi que ele sofreu maus tratos
quando era criança. Não apoio maus tratos, mas foi a
ausência de brinquedos e uma vida não muito fácil que
fez ele batalhar para ter o que tem hoje e chegar onde
chegou.
O fato de ele ter tido uma vida complicada na sua
infância, não significaria que ele deveria deixar seu filho
fazer o que quer e ainda por cima fazer “drama” quando
algo for negado.
Os pais precisam orientar seus filhos que nem
sempre poderão dizer “sim”. O que acontece é que
muitos pais passam a vida toda dizendo somente sim
para os filhos, contudo, a vida lá fora sempre diz “não”.
Os pais devem treinar os filhos com os “nãos”, pois lá
fora, não adianta fazer drama ou ficar magoado, isso
não funciona.
É notável que vivemos uma crise de
masculinidade. Percebemos que muitos homens pouco
assume seu papel devido no contexto familiar. Ainda por
cima, “os padrões que outrora forjavam nossa cultura
sobre masculinidade têm sido sistematicamente
descontruído com o apoio da mídia e de setores
importantes do meio acadêmico”. (VARGENS, 2020).
Isso de umas décadas até os dias hodiernos
percebemos essa mudança de perspectiva no que diz
respeito à masculinidade. Poucos pais são dignos de
serem imitados. Não obstante, não tem como se espelhar
em pais ausentes e omissos.
Pais ausentes não sabem nada sobre seus filhos.
Pais ausentes preferem dá presentes do que sua
presença. Eles não sabem seus sonhos, seus medos, sua
cor e comida preferida etc.
Siqueira diz que precisamos ser generosos com
nossos filhos em relação à quantidade e à qualidade do
tempo que lhes dispensamos. Nossa profissão, as tarefas
e as responsabilidades subtraem o tempo que
deveríamos passar com as crianças. Contudo, isso não
nos isenta de atender aos seus apelos para brincar ou
fazer algo junto.
A criança que não obtém a atenção dos pais para
suas brincadeiras de acordo com Siqueira (2017), se
sente desvalorizada. O mundo dela é o lúdico, o brincar
é sua interpretação da realidade. Se você nunca
participa do mundo da criança, irá se tornar cada vez
mais distante para ela.
De acordo com Siqueira, o tempo passará
rapidamente. Logo essa fase chegará ao fim, e seu filho
entrará na adolescência. Você então desejará participar
com suas ideias, conselhos e orientações, mas seu
mundo estará muito distante do mundo de seu filho.
Você descobrirá que há um grande abismo entre vocês e,
consequentemente, sua voz não será ouvida, seus
conselhos serão rejeitados e o diálogo será impossível. A
dor no coração será imensa e constante.
Ser privado da atenção e do carinho dos pais deixa
cicatrizes na memória emotiva, resultando em
problemas na vida adulta, diz Daniel Goleman, em seu
livro Inteligência emocional.
O filho rejeitado na infância de acordo com
Siqueira apresenta sintomas de ansiedade, preocupação,
inquietação e nervosismo. Além disso, pode ficar
deprimido e se sentir solitário.
O resultado será ausência de concentração, ódio
contra si mesmo, sensação de inutilidade, lapsos de
memória, desalento, melancolia e apatia. Quando
crescer, sentirá antipatia pelos outros, uma forma de
justificar a incapacidade de se relacionar com as
pessoas.

Haverá uma persistente inibição na


construção de vínculos afetivos,
amorosos e de companheirismo. Isso
ocorre em razão da falta de um
padrão interno de afeto, que não foi
formado. O mais grave é que a
maioria dos rejeitados repete o
comportamento dos pais em relação
a outros indivíduos, principalmente
com os próprios filhos (SIQUEIRA,
2017).

Diante disto, concordo com Augusto Cury quando


diz que pais brilhantes dão algo incomparavelmente
mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do
mundo não pode comprar: o seu ser, a sua história, as
suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo.
Pais brilhantes, quando têm condições, dão
presentes materiais para seus filhos, mas não os
estimulam a ser consumistas, pois sabem que o
consumismo pode esmagar a estabilidade emocional,
gerar tensão e prazeres superficiais. Os pais que vivem
em função de dar presentes para seus filhos são
lembrados por um momento. Os pais que se preocupam
em dar a sua história aos filhos se tornam inesquecíveis.
Você quer ser um pai ou uma mãe brilhante?
Tenha coragem de falar sobre os dias mais tristes da sua
vida com seus filhos. Tenha ousadia de contar sobre
suas dificuldades do passado. Fale das suas aventuras,
dos seus sonhos e dos momentos mais alegres de sua
história. Humanize-se. Transforme a relação com seus
pimpolhos numa aventura. Tenha consciência de que
educar é penetrar um no extraordinário mundo do
outro.
Muitos pais de acordo com Cury, trabalham para
dar o mundo aos filhos, mas se esquecem de abrir o
livro da sua vida para eles. Infelizmente, seus filhos só
vão admirá-los no dia em que eles morrerem. Por que é
fundamental para a formação da personalidade dos
filhos que os pais se deixem conhecer.
Certo pai queria cobrar atenção e afeto do filho,
contudo, este pai não sabia nada sobre seu filho. Ele
não sabia nem mesmo o numero da roupa do filho e,
contudo, exigia a afetividade do filho. Ora, pais, omissos
e ausentes não sabem nada sobre seus filhos. Pior que
um pai morto, é ter um pai vivo que não se importa com
a história e com a saúde emocional do filho.
Gomide diz que poucos sabem que os efeitos
causados pela negligência são tão severos quanto
aqueles gerados pelo espancamento. Crianças
negligenciadas e espancadas tornam-se adolescentes e
adultos infratores, usuários de drogas, agressivos,
enfim, com uma série de condutas antissociais que
inviabilizam a sua adaptação à sociedade.
Para o autor citado, a negligência impede o
desenvolvimento da autoestima, que é o principal
antídoto ao aparecimento do comportamento antissocial.
A criança negligenciada é insegura, seu olhar não tem
brilho. Por não ter recebido o afeto que alimentaria seu
ser, ela é frágil.
Pesquisadores encontram crianças negligenciadas
se comportando de forma apática ou agressiva, mas
nunca de forma equilibrada.
A criança desamparada pelo pai e pela mãe de
acordo com Gomide, procura parentes, empregados,
vizinhos e amigos para interagir. Algumas vezes
consegue compartilhar sua vida com outra esfera social,
mas, muitas vezes, vítima da negligência dos pais,
cresce sem amparo e sem atenção.
O uso de drogas ou álcool, o comportamento
violento ou a prostituição são formas encontradas pelos
adolescentes negligenciados para reagir ao sofrimento
causado por esta rejeição.
A criança negligenciada cresce acreditando que é
má, por isso ninguém gosta dela. Seus comportamentos
agressivos são desenvolvidos a partir desta crença. “Sou
má, então faço o mal”.
Tanto no setor de trabalho, na igreja e em casa, os
homens tem-se mostrado pouco responsável,
fragilizando assim sua masculinidade e
automaticamente banalizando sua postura como pai e
esposo.

Princípios

Ser pai é ter a capacidade de dizer não para o


filho mesmo que este fique chateado;

Ser pai é mais que uma fecundação, é


prepara-los para triunfar sobre os obstáculos desta vida;

É importante saber que gerar um filho é mais


fácil do que ser pai;

Ser pai é a decisão mais sublime e complexa


que todo homem deve tomar, pois não basta ser pai,
devemos agir como pais;
Ser pai é ser protótipo de Deus na vida dos
filhos aqui na terra;

Os pais precisam ser os agentes de orientação


na formação do caráter do filho, não só de orientação,
mas, sobretudo, dignos de serem imitados;

A família ainda é o lugar privilegiado para a


promoção da educação infantil;

Como pais, não basta somente amar os filhos,


mas contudo, devemos revelar nosso amor através de
uma educação assertiva;

Os filhos quando são criados mediante a


ausência da figura paterna, apresentam
comportamentos agressivos;

Os filhos copiam o modelo fornecido por seus


pais porque gostam deles e os admiram;

Pais que gritam, esbravejam, fazem sinais


obscenos para os outros motoristas estão ensinando às
crianças como se comportar em situações semelhantes
no futuro, ou seja, de forma agressiva;

Como pais, precisamos propor autonomia na


vida dos filhos, devemos treiná-los para a vida e não
para o sucesso;

A educação não acontece por acaso, mas,


sobretudo, com uma atitude intencional;

A educação deve ser intencional, deliberada e


planejada por parte dos pais;
As crianças precisam ser orientadas para
honrar e respeitar seus pais;

 Educar é criar nos filhos a senha de acesso


ao sucesso;

 A maioria dos pais tem dificuldade de


educar os seus filhos, pois suas
experiências familiares e pessoais não são
suficientes para formar valores nos seus
filhos;

 Filhos extremamente dependentes dos pais


tornar-se-ão escravos do bullying na escola;

 Os pais devem por sua vez ensinar os filhos


a ser autônomos de si, de suas emoções;

 Os pais devem ensinar os filhos a se


posicionarem e agiram com coerência diante
dos dilemas da vida;

 Os pais precisam orientar seus filhos que


nem sempre poderão dizer “sim”;

 Os pais devem treinar os filhos com os


“nãos”, pois lá fora, não adianta fazer drama
ou ficar magoado, isso não funciona;

 Poucos pais são dignos de serem imitados.


Não obstante, não tem como se espelhar em
pais ausentes e omissos;
 Pais ausentes não sabem nada sobre seus
filhos. Pais ausentes preferem dá presentes
do que sua presença;

 A criança que não obtém a atenção dos pais


para suas brincadeiras se sente
desvalorizada;

 Os pais que se preocupam em dar a sua


história aos filhos se tornam inesquecíveis;

 Muitos pais trabalham para dar o mundo


aos filhos, mas se esquecem de abrir o livro
da sua vida para eles;

 Pior que um pai morto, é ter um pai vivo que


não se importa com a história e com a
saúde emocional do filho;

 Crianças negligenciadas e espancadas


tornam-se adolescentes e adultos infratores,
usuários de drogas e agressivos;

 A criança negligenciada é insegura, seu


olhar não tem brilho. Por não ter recebido o
afeto que alimentaria seu ser, ela é frágil;

 A criança negligenciada cresce acreditando


que é má, por isso ninguém gosta dela;
Parte - 2

PAIS COMO AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO


OU DE MALDIÇAO

Como pais,
devemos criar
nossos filhos
deliberadamente e
com propósitos, e
isso requer
planejamentos.
Myles Munroe
Tanto a Bíblia Sagrada quanto às pesquisas
sociológicas modernas “indicam que o melhor ambiente
para as crianças é aquele gerado por um pai e uma mãe
que se amam e estão comprometido um com o outro
para toda a vida” (CHAPMAN, 2011). Diante disso,
sabemos que a principal agência que proporcione uma
educação saudável é a família. A ela foi dada esse direito
legal de educar os próprios filhos.
Todavia, sabemos que não é nada fácil educar
nossos filhos para que tenham vidas dignas. Somos
assaltados todos os dias pela mídia, que tentam
implantar em nossos tenros infantes um conceito
doentio de viver.

Crianças e jovens são bombardeados


por milhares de imagens, conceitos e
informações de toda natureza.
Desprovida de senso crítico, essa
massa de dados vem construindo
uma realidade sem precedentes e que
favorece uma atmosfera nociva à
saúde emocional e física das
gerações emergentes (KEMP, 2013).

Os pais de hoje já não sabem como educar os


filhos. Não pelo fato de serem leigos a respeito do
assunto, mas por razão de que o sistema midiático
investe os valores que outrora eram saudáveis.
Concordo com Jaime Kemp quando diz que “o que
é bom passa a ser mau, e o mau passa a ser bom”. A
inversão de valores tem nos roubado o direito de educar
nossos filhos com dignidade. Todavia, é nesse interim
que temos que nos apegarmos naquilo que a Bíblia nos
ensina.
Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e
mesmo quando for idoso não se desviará dele! (Pv 22.6)

As Escrituras nos ensina que a melhor e eficaz


forma de ensino é o exemplo. Os filhos geralmente
repetem as ações dos pais, sejam boas ou más.
Algo interessante a se ressaltar, é que os filhos
aprendem mais com nossas atitudes do que com nossas
palavras. Os filhos não acreditam em pais que não
fazem jus aquilo que dizem.
“Os vínculos definem a qualidade da relação. O
que seus filhos registram de você? As imagens negativas
ou positivas?” (CURY, 2003).
Para Cury, os filhos arquivam diariamente os seus
comportamentos, sejam eles inteligentes ou estúpidos.
Você não percebe, mas eles o estão fotografando a cada
instante. O que gera os vínculos inconscientes não é só o
que você diz a eles, mas também o que eles veem em
você.
Muitos pais de acordo com o autor em questão,
falam coisas maravilhosas para suas crianças, mas têm
péssimas reações na frente delas: são intolerantes,
agressivos, parciais, dissimulados. Com o tempo, cria-se
um abismo emocional entre pais e filhos. Pouco afeto,
mas muitos atritos e críticas.
Tudo que é registrado não pode mais ser deletado,
apenas reeditado através de novas experiências sobre
experiências antigas. Reeditar é um processo possível,
mas complicado. A imagem que seu filho construiu de
você não pode mais ser apagada, só reescrita. Construir
uma excelente imagem estabelece a riqueza da relação
que você terá com seus filhos.
Outro papel importante da memória é que a
emoção define a qualidade do registro. Todas as
experiências que possuem um alto volume emocional
provocam um registro privilegiado. É importante frisar
de acordo com o psiquiatra Cury que nossas
agressividades, rejeições e atitudes impensadas podem
criar um alto volume de tensão emocional em nossos
filhos, gerando cicatrizes para sempre.
Os filhos precisam de uma base para o progresso
da sua vida. Eles precisam ser orientados, e o lar é a
melhor agência de transformação para quem deseja
formar cidadãos relevantes em meio a um mundo
desiquilibrado.

Se você quer fazer a diferença na


vida de seu filho, então precisa estar
na vida dele. Nenhum técnico de
vôlei ou professora de piano pode
substituí-lo. E o tempo que você
passa dirigindo seu carrão do ponto
A ao ponto B (com eles) não conta. Se
seus filhos pudessem escolher uma
pessoa com quem passar o tempo,
eles escolheriam você. Você, mãe ou
pai (LEMAN, 2012).

Para Leman você é a pessoa mais significativa na


vida de seu filho e é quem proporciona o ambiente
amoroso, a segurança e o senso de pertencimento de
que toda criança necessita para amadurecer e se tornar
um adulto saudável e equilibrado.
Você sabia que os filhos já nascem com uma
elevada autoestima e que são os pais que irão
sistematicamente mantê-la ou arruiná-la? Gonçalves diz
que toda criança, indistintamente, nasce com um
elevado potencial de saúde psicológica.
Não podemos abrir mão do direito de tornar
nossos filhos melhores, pois se não agirmos como tal,
estaremos sabotando o presente e o futuro de nossos
filhos. A correria do dia-dia, faz com que o tempo de
apreciação com os filhos sejam sabotados. A única
maneira dos pais terem o coração dos filhos é mediante
o tempo em que passam com eles.
Ora, quando negamos tempo aos nossos filhos,
estamos permitindo que o coração deles seja entregue a
alguém que não o conhecem e muito menos se importam
com eles. Existem muitos filhos órfãos de pais vivos
sendo adotados pelos chefões do crime.
Tire momentos tranquilos de ócio com seu filho
para respirar, rir, correr, andar de bicicleta, passear
pela floresta, brincar de esconde-esconde, pescar,
almoçar juntos. Declare a seus filhos que eles não estão
no rodapé da sua vida, mas nas páginas centrais da sua
história (CURY, 2003).
Você pode não ter dinheiro, mas, se for rico em
bom senso, será um pai ou uma mãe brilhante. Cury diz
que se você contagiar seus filhos com seus sonhos e
entusiasmo, a vida será enaltecida. Se for um
especialista em reclamar, se mostrar medo da vida,
temor pelo amanhã, preocupações excessivas com
doenças, estará paralisando a inteligência e a emoção
deles.
“O ponto fundamental da paternidade é reproduzir
o próprio caráter nos filhos” (MUNROE, 2009). Os pais
deve ter o objetivo de reproduzir nos filhos o seu próprio
comportamento.
Nunca peça ou exija de seus filhos qualquer coisa
que você não faria. Munroe diz que agir assim além do
fato de agir com hipocrisia, isso coloca as crianças em
uma posição injusta por ter de escolher entre obedecer
aos pais ou seguir a própria consciência.
Os filhos seguirão o exemplo dos pais, nunca se
esqueçam disso. Os pais precisam investir tempo na
vida dos filhos. Precisam ser pais presentes. Ora,
presente jamais substitui presença. A presença dos pais
na vida dos filhos é restaurador e singular.
Os brinquedos suprem o momento, mas a
presença supri e fortalece o futuro. Os laços familiares
são baseados no amor mediante o tempo de qualidade
investido mutuamente. As vezes leva tempo para que
este laço se fortaleça, porém, no futuro esta união estará
forte como uma rocha.
Todavia, infelizmente muitos pais pela busca
desenfreada pelo poder, perdem a magnifica e singular
arte de contemplar seus filhos desenvolverem-se.
Depois, não adianta reclamar que os filhos
tiveram os mesmos procedimentos com os netos. Não
obstante a isto, eles simplesmente repetirão o que seus
pais fizeram. Há um ditado que diz que a maçã não cai
longe da árvore.
Muitos quando perdem sua família dentro de casa
criam desculpas que estavam trabalhando para o
sustendo dos mesmos, entretanto nenhuma promoção
no trabalho justifica a tragédia na família.
Ser pai, portanto, não é encher os filhos de
presentes, mas de momentos significativo. Ser pai não é
preparar o filho para o sucesso, mas para a guerra, pois
o sucesso é consequência de uma guerra vencida.
Ser pai, não se trata apenas de corrigir os erros
dos filhos, mas ajuda-los a serem sempre melhores. Ser
pai, não é está sempre apontando os erros, mas
valorizando a pessoa maravilhosa que está por trás do
filho.
O psiquiatra Cury em seu livro Pais brilhantes
professores fascinantes (2003) diz:

Bons pais dizem aos filhos: "Você


está errado." Pais brilhantes dizem:
"O que você acha do seu
comportamento?" Bons pais dizem:
"Você falhou de novo." Pais
brilhantes dizem: "Pense antes de
reagir." Bons pais punem quando os
filhos fracassam; pais brilhantes os
estimulam a fazer de cada lágrima
uma oportunidade de crescimento.
Bons pais preparam os filhos para os
aplausos, pais brilhantes preparam
os filhos para os fracassos.

Bons pais preparam seus filhos para


receber aplausos, pais brilhantes os
preparam para enfrentar suas
derrotas. Bons pais educam a
inteligência lógica dos filhos, pais
brilhantes educam a sensibilidade.
Pais brilhantes mostram que as mais
belas flores surgem após o mais
rigoroso inverno.

Bons pais são uma enciclopédia de


informações, pais brilhantes são
agradáveis contadores de histórias.
São criativos, perspicazes, capazes
de extrair das coisas mais simples
belíssimas lições de vida. Bons pais
são tolerantes com alguns erros dos
seus filhos, pais brilhantes jamais
desistem deles. Pais brilhantes são
semeadores de ideias e não
controladores dos seus filhos. Eles
semeiam no solo da inteligência deles
e esperam que um dia suas sementes
germinem

Pais de sucesso são aqueles que são agentes de


transformação na vida dos filhos. Pais que vivem
criticando os filhos os defeitos dos filhos e minimizando
suas qualidades sabotará horrendamente a emoção do
filho.
Para o autor citado acima as críticas dos pais e
dos professores são insuportáveis, raramente eles as
ouvem com atenção. Uma das coisas mais importantes
na educação é levar um filho a admirar seu educador.
Um pai pode ser um trabalhador braçal, mas, se
encanta seu filho, será grande dentro dele. Um pai pode
ser grande no meio empresarial, ter milhares de
funcionários, mas, se não encantar seu filho, será
pequeno em sua grande alma.

Princípios

 Pais inteligentes reproduzem no filho o


próprio caráter;

 Educar os filhos não é um produto do


acaso, mas uma atitude intencional;

 Pais inteligentes ensinam os filhos a


pensarem e a falarem corretamente;

 O maior legado que os pais devem investir


nos filhos além do caráter é instruí-los no
caminho do Senhor;

 Os filhos não se educam sozinhos, por isso


que os pais devem ser agentes educativos;
 A escola ensina e a família educa;

 Filhos educados são filhos ensináveis;

 A capacidade de aprendizado do filho na


escola revela a qualidade de educação que o
filho teve na perspectiva do lar;

 Os filhos costumam se espelhar em pais que


agem de maneira positiva diante dos
obstáculos da vida.

 Para o filho, não se trata do que o pai fala,


mas do que o pai faz com ações.

 Os filhos geralmente não desejarão casar


pelo fato de perceber dentro de casa uma
mãe rebelde que confronta o marido sem
nenhum respeito.

 Os filhos poderão ser agressivos com suas


espoas pelo fato de contemplar os atos
inescrupulosos de seu pai com sua mãe e de
sua mãe com seu pai.

 Os filhos serão caloteiros se estes


perceberem se os seus pais não pagam
aquilo que compram.

 Se o pai mente, os filhos farão o mesmo; Se


os pais roubam terá que visitar seu filho no
presídio.
 Os políticos não se tornam ladrões, eles já
eram ladrões nos bastidores do seu lar
antes de se tornar político;

 Se você quer fazer a diferença na vida de


seu filho, então precisa estar na vida dele;

 A única maneira dos pais terem o coração


dos filhos é mediante o tempo em que
passam com eles;

 Existem muitos filhos órfãos de pais vivos


sendo adotados pelos chefões do crime;

 O ponto fundamental da paternidade é


reproduzir o próprio caráter nos filhos;

 Nunca peça ou exija de seus filhos qualquer


coisa que você não faria;

 Presentes jamais substitui presença;

 Os brinquedos suprem o momento, mas a


presença supri e fortalece o futuro;

 Ser pai não é preparar o filho para o


sucesso, mas para a guerra, pois o sucesso
é consequência de uma guerra vencida;

 Ser pai não trata-se apenas de corrigir os


erros dos filhos, mas ajuda-los a serem
sempre melhores;

 Pais de sucesso são aqueles que são agentes


de transformação na vida dos filhos;
 Um pai pode ser grande no meio
empresarial, ter milhares de funcionários,
mas, se não encantar seu filho, será
pequeno em sua alma;

 O melhor ambiente para as crianças é


aquele gerado por um pai e uma mãe que se
amam e estão comprometido um com o
outro para toda a vida;

 A principal agência que proporcione uma


educação saudável é a família;

 A inversão de valores tem nos roubado o


direito de educar nossos filhos com
dignidade;

 Os filhos geralmente repetem as ações dos


pais, sejam boas ou más;

 Os filhos não acreditam em pais que não


fazem jus aquilo que dizem;

 Muitos pais falam coisas maravilhosas para


suas crianças, mas têm péssimas reações
na frente delas;
Parte - 3
PAIS TÓXICOS MALDIZEM OS FILHOS

Os pais precisam
entender que a
maneira como
vivem sua vida
afetará o respeito
que seus filhos
sentirão por eles
durante a
adolescência e os
anos seguintes.
J. Richard Fugate

A gigantesca necessidade de uma diretriz clara


para que os pais sejam bem-sucedidos na educação dos
filhos é amplamente evidente em nossa sociedade atual.
Há muitos pais que ao invés de serem pontes de acesso
ao sucesso, tornam-se gigantescas muralhas a ponto de
sucumbirem seus filhos com palavras de frustração.
Obviamente nenhum pai ou mãe pode estar
disponível emocionalmente o tempo todo. É
perfeitamente natural que gritem com os filhos uma vez
ou outra.
Todos os pais ficam muito controladores às vezes.
“E a maioria bate nos filhos, mesmo que raramente.
Esses pequenos erros fazem com que sejam cruéis ou
imprestáveis? Claro que não! Os pais são humanos e
têm muitos problemas” (FORWARD, 2001, p. 13).
No entanto, para o autor em apreço, existem
muitos pais cujos padrões negativos de comportamento
são sistemáticos e dominantes na vida de uma criança.
Esses são os que realmente prejudicam seus filhos.
Há muitos pais que são especialistas em
naufragarem seus filhos emocionalmente. Uma criança
com a emoção enferma, cresce insensível a dor dos
outros. Não acreditar no potencial dos filhos é como se
você estivesse apostando que seu filho não terá sucesso
na vida.
De acordo com essa expectativa, Siqueira diz que
ele será um fracasso na escola, um péssimo profissional,
alguém de caráter duvidoso e tudo aquilo que você
pensar sobre ele.
Essa afirmação tem o poder de destruir a
autoconfiança e o senso de identidade de quem a ouve.
É como lhe tirar o chão firme debaixo dos pés. É uma
assertiva com poder de flecha envenenada.
Para Siqueira, além do impacto da dor, o coração
da criança ficará contaminado com o negativismo. Ela
não terá força emocional e psicológica para resistir às
dúvidas e opiniões dos pais. Por isso, irá se defender e
atacará com a passividade. A frase em questão tem força
de lei, e a criança aceitará a sentença como um destino
inexorável. Na vida adulta, quando surgirem os
problemas, ela pensará que não há solução. Quando
tiver de enfrentar algum obstáculo aos seus planos, irá
considerá-lo intransponível e diante do confronto, já se
verá derrotada. Ao enfrentar as lutas, não encontrará
forças e verá todas as batalhas como perdidas.

Os pais têm autoridade para avaliar


o comportamento dos filhos, mas
devem ter cuidado para não soar
como um decreto. Lá no íntimo, a
criança acaba acreditando naquilo
que ouviu. Inconscientemente, essa
convicção gera raiva, revolta e medo,
e esse conteúdo reprimido, por sua
vez, refletirá em seu comportamento.

A pulsão interiorizada faz a criança


ser aquilo que tem pavor de ser. Sem
saber, ela irá se conformar à imagem
projetada pelos pais: “Já que eles
querem que eu seja isso, serei”.
Assim, inconscientemente, se dá o
processo na alma e, mais tarde,
concretizará o conceito que lhe foi
imposto (SIQUEIRA, 2017).

Crianças com a emoção sabotada fecham-se para


vida e para todos que o cercam. Ela enclausura-se em
seu mundinho, sem habilidades de socializar-se.

O poder devastador das palavras ditas

Quer você queira ou não, o que você diz criará


uma realidade na vida de seus filhos. Há muitas pessoas
que por muito tempo tiveram grande dificuldade de
vencer na vida pelo fato de ter ouvido de seus pais que
não chegariam a lugar algum, que eram burros, idiotas e
vagabundos. A personalidade, e o caráter da criança são
influenciados por aquilo que ela ouve dos pais.
As palavras dos pais “exercem um poder
extraordinário sobre a vida dos filhos, tanto para a
formação de uma mente equilibrada, segura e confiante
quanto para a destruição da autoestima” (SIQUEIRA,
2017). Não devemos incorrer no erro de classificar o
efeito das palavras negativas como “maldição”, “praga”
ou “mau agouro”.
A força de tais palavras de acordo com o autor em
tela, reside na capacidade que possuem, por si só, de
produzir uma estrutura emocional. Elas constituem
dados psicológicos, que aos poucos vão determinando
uma crença, um estado mental, um ambiente e uma
história de vida.
Neste sentido, a autoestima da criança é
determinada pelo valor que os pais atribuem a ela, a
qual tem necessidade intensa da aprovação e admiração
deles.

Seu filho será, no sentido psíquico, o


subproduto das palavras proferidas
por você. Por isso, cuidado com as
frases, afirmações e tudo o que
disser a ele, porque o discurso dos
pais é um dos modeladores do
inconsciente do indivíduo. O pai e a
mãe representam a sustentação
interna do filho. A autoafirmação e a
criação de uma identidade própria
têm suas bases na aprovação, no
amor e no relacionamento saudável
com os pais.

Se você diz, por exemplo, que o seu


filho não presta, o impacto dessa
afirmativa será devastador para a
mente da criança, cujas
consequências poderão acompanhá-
la pela vida inteira. As frases
negativas causam fraturas no senso
de utilidade que todo ser humano
busca desde pequeno. É como se ele
ouvisse: “você é imprestável, inútil e
desprezível, comparado com
qualquer outra pessoa!” (SIQUEIRA,
2017).

Por outro lado, a aprovação dos pais, expressa em


palavras, importa muito para o pimpolho por dois
motivos. Primeiro, porque o desprezo dos pais
representa perigo e desconforto físico. Segundo, no
sentido psicológico e emocional, é complicado para a
criança manter a confiança em si mesma se os próprios
genitores não a tratam com respeito e dignidade.
Neste âmbito, chegamos a conclusão de que se os
pais não acreditam no potencial dos filhos, quem
acreditará?
O resultado disso é que ela irá reprimir
inconscientemente o ódio contra quem lhe dirigiu
aquelas palavras negativas e manifestará o recalcamento
– o que ficou guardado – na forma de depressão,
ansiedade, medo, agitação, hostilidade, ódio, violência,
agressividade e até de doenças.
Os filhos desejam pais amorosos que possam
ajuda-lo a descobrir seu singular papel nesta diminuta
vida. Os pais são agentes que criarão o passaporte de
seus filhos para o êxito.
Filhos que crescem ouvindo palavras negativas
terão grandes chances de se autopunir por não acreditar
que são capazes de triunfar em qualquer
empreendimento.
O psicólogo clínico Siqueira (2017) diz que o
adolescente tentará se punir de várias maneiras:
“atividades de alto risco, bebidas, violência, velocidade
exagerada ao dirigir, drogas que causam destruição e,
não raro, constantes pensamentos suicidas”.
Os pais de maneira alguma devem desanimar seus
filhos. Saiba que você fará uma grande diferença na vida
deles.
Pais inteligentes praticam o principio da
capacitação emocional. Ora, devemos equipá-los para a
vida. Uma vez que vivemos numa sociedade doente,
devemos torna-los remédio que a sociedade precisa para
sair do câncer emocional.
Filhos saudáveis criam ambientes saudáveis e este
ambiente afetará positivamente de maneira ampla a
sociedade como um todo.

Pais tóxicos

É de extrema necessidade que os pais entendam


que a habilidade física para ter filhos não os qualifica
automaticamente para a tarefa de educar filhos da
maneira correta. Quando os pais não atentam para arte
de educa-los de maneira assertiva, a probabilidade de se
tornar um pai tóxico é gritante.
Pais tóxicos nem sempre oferecem o amor genuíno
que os filhos merecerem. Eles não se comprometem e
nem criam um senso de responsabilidade com os filhos
e nem sentem-se culpados ou remorso diante de algum
descaso feito ao filho.
Os pais tóxicos são desprovidos de empatia ou
compromisso de educa-los positivamente. Pais tóxicos
são meros narcisistas desnudados de empatia e
responsabilidade de criar no filho um cidadão ético e
relevante perante a sociedade.
Pais tóxicos jamais revelam sua fragilidade para o
filho por medo de ser exposto ao opróbio. Pais tóxicos
querem estar sempre certo mesmo quando estão
errados.
Pais tóxicos não têm a intensão de ensinar seus
filhos no caminho certo da vida. Pais tóxicos, não
desejam que seus filhos obtenham sucesso em
quaisquer empreendimentos.
Para o psiquiatra Cury (2003), “pais que não têm
coragem de reconhecer seus erros nunca ensinarão seus
filhos a enfrentar seus próprios erros e a crescer com
eles”.
Para Cury, pais que admitem que estão sempre
certos nunca ensinarão seus filhos a transcender seus
fracassos. Pais que não pedem desculpas nunca
ensinarão seus filhos a lidar com a arrogância. Pais que
não revelam seus temores terão sempre dificuldade de
ensinar seus filhos a ver nas perdas oportunidades para
serem mais fortes e experientes.
Por isso a palavra tóxica cai bem em pais
carregados de toxinas negativas. Da mesma forma que
uma toxina química, os danos emocionais causados por
esses pais se espalham por toda a criança, e, à medida
que ela cresce, cresce também seu sofrimento
(FORWARD, 2001, p. 14). Que outra palavra melhor que
"tóxicos" para descrever os pais que causam constantes
traumas, abusos e manchas em seus filhos e, na
maioria dos casos, continuam a fazer isto até mesmo
depois que estes cresceram?
O abuso físico ou sexual de acordo com Forward,
pode ser tão traumatizante que, frequentemente, uma
única vez é suficiente para causar um dano emocional
tremendo. Pais tóxicos são uma grande ameaça para
crianças que deseja um futuro relevante na sociedade.
Geralmente, os pais tóxicos sofrem de algum
transtorno mental ou são dependentes químicos. Por
isso, muitos cometem abuso físico e emocionais. Diante
disto, filhos de pais tóxicos terão grande dificuldade de
se desenvolver positivamente perante a sociedade.
Muitos podem viver uma vida depressiva, com
autoestima baixa, pois pensam que sempre serão alvo de
crítica ou descaso.
Pais tóxicos podem criticar o filho dizendo que o
filho:

Está muito gordo;

Está muito magro;

Que o cabelo é ruim;

Que a orelha é muito grande

Que o nariz é pontudo;

Que os dentes são tortos;

Que ele é baixinho;

Que ele feio;

Que ele é burro;

Que ele é um palhaço;

Que ele é um idiota;

Você sempre estraga tudo;

Você não faz nada que preste;

Você é um imprestável;

Você me irrita com seu jeito;


Deixa de ser mole;

Deixa de ser frouxo;

Você nunca terá sucesso;

Você nunca terá condições de vencer;

Pais que criticam o filho devido a sua aparência,


proporcionarão a ele insegurança devido a sua imagem
corporal e incapacidade de tomar decisões nos
momentos caóticos da vida.
Além da crítica, o pai tóxico também costuma
comparar o filho com o filho de outras pessoas.
“Comparar a criança com todas as pessoas que existem
no mundo é fazer uma exigência desproporcional à sua
capacidade” (SIQUEIRA, 2017). A comparação também
atinge sua dignidade de ser humano: se ela é a única
pessoa que não cumpre com seus deveres, então é a pior
de todas, a menos capacitada.
Esse tipo de comentário de acordo com Siqueira,
leva a criança a sentir-se marginalizada, rejeitada em
seu meio e na família. Sugere que ela não está
cumprindo suas tarefas por ser incapaz e incompetente.
Dessa forma, a criança irá desenvolver um senso de
inutilidade, fazendo com que ela se sinta deprimida e
ansiosa.
Quando filho percebe as constantes criticas em
ralação a seu corpo, ele pode desenvolver um transtorno
alimentar ou algum sentimento negativo em relação à
alguma parte do seu corpo.
Pais tóxicos também implicam com o
comportamento do filho, muitas das vezes chamando-o
de burro e desengonçado. A criança chega a acreditar na
critica dos pais e esta passa a se isolar de outras
crianças.
Por isso, é bem comum percebermos, pessoas na
fase adulta que abominam serem contrariadas ou ser
chamada a atenção. Pois na sua infância tiveram pais
tóxicos que sempre a envergonharam e a colocaram pra
baixo.
Muitos adultos, diante da primeira critica,
desistiram de um curso profissionalizante ou deixaram
de concluir alguma obra. Filhos de pais tóxicos não
sabem lidar com a crítica. Quando eles eram crianças,
fugiam para o quarto quando eram por seus pais
criticados, agora que chegou na fase adulta, fazem o
mesmo, isto é, não comparecem mais na empresa ou até
mesmo nas organizações religiosas.
Filhos de pais tóxicos vivem uma vida adulta com
sentimento de culpa, pois eles acreditam que muitas
tragédias que aconteceram na sua família ela poderia ter
evitado.
Muitas delas com este sentimento de culpa diz:

“Meu pai só gritava comigo porque


minha mãe o perturbava”. “Minha
mãe só bebia porque se sentia só”.
“Eu devia ter ficado mais em casa
com ela”. “Meu pai me batia, mas ele
não queria me machucar, só queria
me dar uma lição”. “Minha mãe
nunca prestou atenção em mim
porque era muito infeliz”. “Não posso
culpar meu pai por me molestar”.
“Minha mãe se recusava a dormir
com ele, e homem precisa de sexo”
(FORWARD, 2001, p. 33).
Todas têm um ponto em comum: servem para
aceitar o inaceitável. Superficialmente parecem
funcionar, mas alguma coisa dentro de você sabe da
verdade.
Pais tóxicos são pais endeusados e pais
endeusados de acordo com Forward, ditam regras,
fazem julgamentos e causam sofrimento. Quando você
os diviniza, estejam eles vivos ou mortos, está
concordando em viver segundo a versão que eles têm da
realidade. Você está aceitando sentimentos dolorosos
como parte da sua vida, talvez até os racionalize,
acreditando que sejam bons.
Vejamos algumas características de pais tóxicos:

Pais tóxicos sabotam a capacidade de filhos


talentosos;

Pais tóxicos sempre usaram seus filhos para


descontarem suas frustrações;

Pais tóxicos em nome do cuidado estão


sempre colocando os filhos pra baixo;

Pais tóxicos são feridos, por isso, ferem;

Pais tóxicos fazem chantagem emocional e


exageradamente controlam cada passo que o filho dá.
Forward diz: "Faça o que digo, ou então nunca mais falo
com você"; "Faça o que digo, ou não lhe dou nem mais
um tostão"; "Se você não fizer o que estou dizendo, não
se considere mais parte desta família"; "Se você não fizer
a minha vontade, vou ter um enfarto."
O controle é cruel. Ele geralmente envolve
intimidação, e muitas vezes é humilhante. Seus
sentimentos e necessidades devem ser subordinados aos
dos seus pais (FORWARD, 2001). Você é arrastado para
um poço sem fundo de ultimatos. Sua opinião não tem
valor; suas necessidades e desejos não importam. O
desequilíbrio de forças é tremendo.
Pais tóxicos cobram exageradamente e não
reconhece os esforços do filho. Pais tóxicos expõem
perante os outros vergonhosamente a vida pessoal
tentativa de corrigir infeliz de corrigir filhos.
“As crianças têm também o direito de ser
orientadas em seu comportamento, a cometer erros e a
ser corrigidas sem sofrer agressão física ou emocional”
(FORWARD, 2001, p. 39).
Pais tóxicos controlam a vida pessoal, profissional
e familiar do filho. Controle não é obrigatoriamente uma
palavra feia. Se a mãe refreia seu filho, que está
começando a andar, em vez de deixá-lo solto pela rua,
não diremos que isso é ruim, e nem que é prudente. Ela
está exercendo um controle que está em consonância
com a realidade, motivado pela necessidade que a
criança tem de proteção e orientação.
Pais tóxicos são supercontroladores. O controle se
torna exagerado quando a mãe cerceia o filho mais
tarde, muito tempo depois de ele ser perfeitamente
capaz de atravessar a rua sozinho (FORWARD, 2001, p.
57). Pais controladores perpetuem a sensação de
impotência nos filhos

Pais tóxicos não respeitam a vida privada do


filho;

Pais tóxicos nos atos de fúria costuma dizer


para os filhos que deveria tê-lo abortado;
As crianças não aceitarão instruções
daqueles que elas não respeitam;

Pais tóxicos costumam ter preferências por filhos.


Atitudes como essas, criará dentro de casa filhos rivais
que poderá até mesmo causar a morte. Muitos pais
tóxicos comparam um filho com outro para fazer com
que aquele que sofreu a comparação negativa sinta que
não está realizando o suficiente para ter o seu amor
(FORWARD, 2001). Isso motiva a criança a render-se aos
pais para recuperar esse favor.
Para o autor mencionado acima, consciente ou
inconscientemente, esses pais manipulam uma
rivalidade que seria perfeitamente normal entre irmãos,
transformando-a numa competição cruel, que inibe o
crescimento de laços saudáveis entre eles.
Os efeitos são imensos. Além do dano evidente à
imagem que uma criança tem de si própria, as
comparações negativas criam ressentimentos e ciúmes
que podem moldar o relacionamento pelo resto da vida.

Pais tóxicos fazem comparação pejorativa


aos filhos do vizinho;

Pais tóxicos sempre elogiam o filho dos


outros e nunca os seus;

Pais tóxicos dizem: “o filho de fulano é


melhor do que você”. Criança assim tem sua
autoestima sabotada e pensa que jamais
será boa o suficiente para agradar os pais;

Pais tóxicos sempre lançam no rosto do filho


tudo o que eles fazem (ex. “gasto muito
dinheiro com você”). Muitas vezes, os filhos
passam roubar por não ter que vê seus pais
passando na sua cara o que eles ganham.

Pais tóxicos acreditam que os filhos existem


para realizarem todas as suas exigências,
bloqueando assim sua capacidade de
desenvolver sua própria identidade;

Pais tóxicos vivem chantageando


ameaçando o filho de abandoná-lo devido o
seu comportamento. Agindo assim, os filhos
desenvolverão o medo do abandono. Por
isso, há muitos adultos que tem dificuldade
nas relações, pois tem medo de serem
abandonadas;

Pais tóxicos consideram apenas suas


próprias necessidades como algo
importante;

Pais tóxicos são desprovidos de empatia;

Pais tóxicos são autoritários, extremamente


críticos e, sobretudo, manipuladores;

Pais tóxicos não estimulam seus filhos ao


respeito por eles, mas a terem medo;

Pais tóxicos obrigam os filhos a serem


sinceros com e depois expõe para todos os
segredos vergonhosamente;
Pais tóxicos querem que seus filhos sejam
pessoas relevantes na vida, porém não se
esforçam para ajuda-los a crescer;

Pais tóxicos que nunca ajudaram o filho a


crescer profissionalmente tendem a dizer
que se o filho chegou ao topo do sucesso, foi
graças a ele;

Pais tóxicos apesar de criticar


demasiadamente o filho, não quer que ele vá
embora. Ao contrário, querem que ele faça
uma casa no fundo do quintal pelo simples
fato de poder controla-lo;

Pais tóxicos quando chegam em casa depois


de um dia de trabalho não procuram saber
como os filhos estão, mas como a casa está;

Pais tóxicos valorizam mais os bens


materiais do quê os filhos;

Pais tóxicos não reconhecem e nem


celebram a notas altas dos filhos no colégio,
ao contrário, eles dizem que o filho não fez
mais que sua obrigação;

Pais tóxicos não elogiam seus filhos, e filhos


que crescem desprovidos de elogios terão
grande chance de terem baixa auto estima;

Pais tóxicos controlam as amizades, as


roupas, a casa e até mesmo o que os filhos
devem falar mesmo quando estes chegam na
faze adulta;

Pais tóxicos não comemoram o 9,5 que o


filho tirou na prova, mas critica o fato dele
não ter tirado 10;

Pais tóxicos nada do que o filho faz está bom


o suficiente;

Pais tóxicos dizem que os filhos são maus e


que não servem para nada;

Pais tóxicos castigam o filho fisicamente


“como norma” educativa;

Pais tóxicos não dão atenção aos problemas


físicos e emocionais do filho;

Pais tóxicos fazem com que seus filhos


vivam constantemente com medo deles;

Pais tóxicos tratam os filhos adultos como


se eles ainda fossem crianças;

Pais tóxicos tiram do filho o senso critico.


Muitos filhos mesmo quando na fase adulta,
tem medo de discordarem dos pais;

Pais tóxicos manipulam ou controlam o


dinheiro dos filhos mesmo quando estes
estão casados;
Pais tóxicos veem a rebeldia do filho como
um ataque pessoal;

Pais tóxicos tem um senso prejudicial de


superproteção. Agindo assim, os filhos
jamais saberão tomar decisões e enfrentar
seus dilemas;

Pais tóxicos provavelmente foram vítimas de


outros pais tóxicos;

Pais tóxicos costumam dá o que tem;

Pais tóxicos sofrem de uma dantesca


carência emocional;

Os pais tóxicos também são conhecidos com pais


narcisistas. Filhos de pais narcisistas têm inúmeros
problemas.
Os filhos em razão da mãe narcisista, poderá viver
uma vida dependente da aprovação e do amor da mãe.
As mães narcisistas também são manipuladoras por se
acharem o máximo, pensam serem donas da verdade,
vivem com problemas de identidade e possui auto
estima vulnerável.
É comum as mães narcisistas passar na vida das
pessoas e deixarem seus rastros mortais, pois elas
constantemente subestima e ignora a dor do filho.
A mãe narcisista para Michele Engelke vive
fazendo comentários desagradáveis disfarçado de
conselhos de mãe dedicada para envergonhar e
humilhar a filha. Por se ressentir de sua jovialidade e
liberdade, ou de tudo aquilo que lhe concede vantagem
ou favorecimento em face dela, reage de maneira amarga
e vingativa quando se sente ameaçada.
As mães narcisistas exibem comportamento
infantil, isto é, elas não evoluem com o passar do tempo,
por isso, seguidamente se comportam como crianças
teimosas ou adolescentes inseguros.
Mães narcisistas são melindrosas bem como
habilidosas para fazer com que os filhos se sintam
culpados. Elas também fazem-se de vítima quando seus
desejos não são correspondido e ainda diz que o filho é
ingrato. Por ela acreditar que o título de “mãe” lhe
compete a imunidade e direitos especiais.
De acordo com Michele, é comum os narcisistas,
por julgar-se especial, faz uso de títulos como “pai”,
“mãe”, “chefe”, “marido”, “esposa”, etc., para exercer
influencia direta sobre os outros, bem como pela
imposição de suas opiniões próprias e de bullyng.
Filhos de pais narcisistas sofrerão grandes perdas
na sua trajetória familiar. Principalmente quando se
trata das meninas. As mães narcisistas invejará até
mesmo o namorado da filha, o corpo, seu estilo e não
permitirá que a filha brilhe mais do que ela.
Mães narcisistas querem aparecer até mesmo
mais do que a filha na festa de quinze anos. Elas
querem ter o vestido mais belo, a maquiagem mais
chamativa e, sobretudo, querem tirar mais foto que a
própria filha aniversariante.
Para Michele Engelke, a mãe narcisista capricha
no visual a fim de distrair a atenção dos outros de sua
alma em ruínas, pois tem verdadeiro pavor de que
reconheçam seus defeitos. É grande entusiasta da
cultura da imagem e investe nela para se autopromover,
mesmo quando se sente perdida, deprimida, inadequada
e insatisfeita por dentro, pois necessita de admiração e
aprovação externas para se sentir inteira.
Além de argumentar uma mãe narcisista ser uma
tarefa inócua, ela também abusa do filho psicológico,
verbal e, sobretudo emocionalmente.
Para as mães narcisistas tudo tem que acontecer
em prol dela. Ela deve, sobretudo, ser o destaque da
família e nem mesmo seus filhos poderá ser mais
relevante do que ela.
Não é fácil viver com a ideia de ter uma mãe com
Transtorno de Personalidade Narcisista. Contudo, o
importante para os filhos, bem como para o marido,
entender sobre a doença e como lidar com esta situação.
Ficar de braços cruzados não resolverá os problemas. É
importante que todos mantenham a resiliência diante da
incongruência da mãe narcisista.
Em primeiro lugar, é importante os filhos tanto
quanto o marido entender que a mãe narcisista não é
assim porque ela quer. Ninguém deseja ser cruel o
tempo todo. Ela também foi vítima do passado, quer
geneticamente, quer ambiental. O fato é que ela teve seu
momento de perda.
Fatores do dia a dia fez com que ela criasse
inconscientemente este mecanismo que de maneira que
prejudica as pessoas a sua volta. O abuso que uma mãe
narcisista sofreu fez dela uma pessoa imatura diante
das situações da vida. Ora, todos nós somos vítimas de
vítimas. Trata-se de um efeito dominó.
Nossos pais agiram da mesma maneira que nossos
avós agiram com eles, e nossos avós agiram com nossos
pais mediante o aprendizado que tiveram dos nossos
bisavôs e assim sucessivamente. Por isso, somos vítimas
de vítimas.
Procure não pensar em ter uma mãe diferente,
pois isso deixa a situação mais dolorosa, não procure o
que não tem, mas aprender a estabelecer um bom
convívio com a mãe narcisista, apesar dos desafios.
Em segundo lugar, entenda que mudar sua mãe é
um desafio infindável, por isso, ao invés de quer muda-
la, crie em você um mecanismo de mudança bem como
de compreensão. Portanto, saiba que você não fez nada
de errado. A culpa não é sua.

Quer os adultos filhos de pais tóxicos


Tenham apanhado quando
pequenos, quer tenham sido tratados
com indiferença, ou sofrido abusos
sexuais, tratados como idiotas, sido
superprotegidos, ou sobrecarregados
com sentimentos de culpa, quase
todos sofrem de sintomas
surpreendentemente parecidos: baixa
autoestima que leva a
comportamentos autodestrutivos
(FORWARD, 2001, p. 14).

De um modo ou de outro, quase todos acham que


não têm valor, não são dignos de amor ou não prestam.
Esses sentimentos para Forward, originam-se, em
grande medida, do fato de que filhos de pais tóxicos se
culpam pelo abuso cometido por seus pais, às vezes
conscientemente, outras vezes não.
Ora, é mais fácil para uma criança dependente e
indefesa sentir-se culpada por ter feito algo de "errado"
para merecer a ira do pai do que aceitar o fato
assustador de que o pai, seu protetor, não merece
confiança.
Na análise de Forward, quando essas crianças se
tornam adultas, elas continuam a carregar o fardo de
culpa, ficando muito difícil para elas desenvolverem uma
imagem positiva de si próprias. A falta de confiança e
autoestima que resulta disso pode, por sua vez, afetar
todos os aspectos de sua vida.

Princípios

 Os filhos costumam se espelhar em pais


que agem de maneira positiva diante dos
obstáculos da vida;

 Há muitos pais que são especialistas em


naufragarem seus filhos emocionalmente;

 Não acreditar no potencial dos filhos é


como se você estivesse apostando que seu
filho não terá sucesso na vida;

 Os pais têm autoridade para avaliar o


comportamento dos filhos, mas devem ter
cuidado para não soar como um decreto;

 Crianças com a emoção sabotada fecham-


se para vida e para todos que o cercam;

 o que os pais falam criará uma realidade


na vida de seus filhos;

 A personalidade, e o caráter da criança


são influenciados por aquilo que ela ouve
dos pais;

 As palavras dos pais exercem um poder


extraordinário sobre a vida dos filhos,
tanto para a formação de uma mente
equilibrada, segura e confiante quanto
para a destruição da autoestima;

 A autoestima da criança é determinada


pelo valor que os pais atribuem a ela;

 O pai e a mãe representam a sustentação


interna do filho;

 As frases negativas causam fraturas no


senso de utilidade que todo ser humano
busca desde pequeno;

 O desprezo dos pais representa perigo e


desconforto físico;

 Os filhos desejam pais amorosos que


possam ajuda-lo a descobrir seu singular
papel nesta diminuta vida.

 Os pais são agentes que criarão o


passaporte de seus filhos para o êxito;

 As palavras tem poder para o bem e


também para o mal;

 Até mesmo no meio das brincadeiras do


dia a dia as palavras trazem efeitos
devastadores;

 Cada ser humano é singular, por isso,


compará-los a outros não é um bom
negócio;
 Nunca diga para seu filho que não gosta
dele, mas que não aprova o seu
comportamento;

 Nunca diga que seu filho não vai dá em


nada na vida;

 Frases negativas produzem emoções


negativas nos filhos;

 Crianças que crescem ouvindo que não


serão ninguém, jamais desenvolver a
empatia, uma vez que eles não terão nada
a perda, pois afinal de contra, seu pai
disse que ele não seria nada;

 Crianças que ouve frases negativa do pai


sempre terá uma percepção negativa da
vida;

 Jamais chame seu filho de burro, saiba


que ele não é animal, mas a coroa da
criação, poesia de Deus, singular e
especial;

 Filhos que ouve palavras negativas do pai


tem a tendência a viver uma vida
reprimida;

 Filhos que crescem ouvindo palavras


negativas terão grandes chances de se
autopunir por não acreditar que são
capazes de triunfar em qualquer
empreendimento;
 Os pais de maneira alguma devem
desanimar seus filhos. Saiba que você fará
uma grande diferença na vida deles;

 Pais inteligentes praticam o principio da


capacitação emocional;

 Filhos saudáveis criam ambientes


saudáveis e este ambiente afetará
positivamente de maneira ampla a
sociedade como um todo;

 Pais tóxicos nem sempre oferecem o amor


genuíno que os filhos merecerem;

 Os pais tóxicos são desprovidos de


empatia ou compromisso de educa-los
positivamente;

 Pais tóxicos são meros narcisistas


desnudados de empatia e responsabilidade
de criar no filho um cidadão ético e
relevante perante a sociedade;

 Pais tóxicos jamais revelam sua fragilidade


para o filho por medo de ser exposto ao
opróbio;

 Pais tóxicos querem estar sempre certo


mesmo quando estão errados;

 Além da crítica, o pai tóxico também


costuma comparar o filho com o filho de
outras pessoas;

 Comentário tóxico leva a criança a sentir-


se marginalizada, rejeitada em seu meio e
na família;

 Pais tóxicos também implicam com o


comportamento do filho, muitas das vezes
chamando-o de burro e desengonçado;

 A criança chega a acreditar na critica dos


pais e esta passa a se isolar de outras
crianças;

 Filhos de pais tóxicos não sabem lidar com


a crítica;

 Filhos de pais tóxicos vivem uma vida


adulta com sentimento de culpa, pois eles
acreditam que muitas tragédias que
aconteceram na sua família ela poderia ter
evitado;

 Pais tóxicos são pais endeusados e pais


endeusados;

 Os pais tóxicos também são conhecidos


com pais narcisistas;

Parte - 4
O QUE LEVA A FERIDA PATERNA

Ser pai é como ter


dois corações e
entender que o
mais importante
bate fora do nosso
peito.
Fernando Guifer

Toda reação dos pais, quer boa ou má causará


uma forte lembrança na vida dos filhos. Josué
Gonçalves sabiamente diz que “os pais devem ensinar
vivendo, e viver ensinando”.
Nossas atitudes devem falar mais que nossas
palavras. Os filhos estão observando cada atitude dos
pais. Se ele mente, se furta se é caloteiro, se é
preguiçoso, se é espancador etc.
Quando não há coerência nas atitudes dos pais,
consequentemente afetará na educação dos filhos.
Atitudes irrelevantes produzem memórias
desinteressantes.
Cris Poli que parte do exemplo é exatamente a
reação que demonstram às mais variadas circunstâncias
adversas. Um exemplo prático: se você briga com as
pessoas no trânsito, esbraveja e tenta dar fechadas em
quem o fechou, seu filho vê essa atitude de falta de
amor, rancor e impiedade como exemplo para a
formação de valores e o comportamento dele próprio.

E essa lembrança muitas vezes determinará o


futuro deles. Porém, infelizmente muitos pais têm
proporcionado feridas ao invés de momentos saudáveis.
Há filhos que nunca foram abraçados pelos pais.
Já outros nunca receberam elogios. A ferida proporciona
uma prisão emocional. O caos é instalado na sua psique
e se não for tratado lhe atormentará anos a fio a ponto
de tirar a própria vida.
Todo ser humano carece de um abraço. O abraço é
restaurador e cura a alma aflita. Pais que não abraçam
seus filhos criará um sentimento no pimpolho de
insensibilidade.
Renê Terra Nova diz que o Japão é a nação que
menos abraça. É possível um homem chegar aos 50
anos sem nunca ter abraçado sequer pelos seus pais. A
cultura de abraçar para eles não existe, porque abraço
representa fraqueza. Eles não entendem que abraçar
alguém significa segurança.
Israel a nação do amor, os pais não só abraçam
como tomam causa dos filhos, beijando-os e
ministrando-lhes palavras de vida. E enquanto eles
abraçam os filhos, emitem decretos que eles serão
vencedores e que todos os inimigos serão subjugados.
Por causa do abraço dos pais e dos decretos
emitidos sobre os filhos, Israel é hoje a Nação com os
menores índices de suicídio e divórcio no planeta. Tudo
porque o relacionamento entre pais e filhos, filhos e
pais, gera saúde.
Os filhos em Israel não têm problemas de
identidade. Sem conhecer a identidade verdadeira, as
pessoas perdem também a referência de paternidade.
Os consultórios de psicoterapia estão atulhados de
pessoas com sérios conflitos emocionais. O desespero é
dantesco. Sua alma grita sofridamente por socorro. Com
razão, ressalta o Médico e psiquiatra Augusto Cury que
“sua dor é insuportável a ponto de cometer suicídio não
pelo fato de desistirem da existência mas pela tentativa
de matar a dor.”
A depressão é o grito alucinante e silencioso da
alma. Entrementes, o suicídio é a expressão explicita da
alma sofrida. As feridas são causadas por situações que
para os pais parecem banal, mas que para as crianças
são como um tiro de fuzil na sua alegria.

Momentos singulares

Para a criança nada é tão sublime como aquele dia


que o pai foi ao colégio assistir sua partida de futebol ou
até mesmo aquele dia onde ambos passearam no campo
e jogaram pedra no lago para saber quem atirou mais
longe.
Ao contrário quando os pais não comparecem no
casamento do filho, quando não participam de um
inefável passeio do fim de semana, quando não vão
buscar no colégio no fim da aula, quando estão
presentes fisicamente, mas não emocionalmente,
quando chega do trabalho, liga a TV e se desconecta de
todos a sua volta inclusive do seu filho, tudo isto são
cicatrizes ocultas que estão produzindo na história dos
filhos.
O filho na tentativa de não perturbar o pai, se
isola no seu quarto. E os dias e até mesmos os anos que
se seguem se tornam uma rotina de filhos órfãos de pais
vivos. Conquanto, a pior orfandade é a indiferença que
os pais são relacionados a seus filhos.
Não adianta ser pai, devemos agir como pais de
excelência. Aquele momento em que o pai chega do
trabalho e liga a televisão, seria a hora propicia para
conversar sobre o dia do infante, sobre seus sonhos,
seus medos mais profundos, seus perrengues que lhe
tiram a paz, sobre a moçoila que está paquerando.
Se estes momentos singulares não forem supridos
com granadas de intenso afeto e apreciação, os
monstros emocionais começam a fragmentar o
emocional do rapaz com o passar do tempo. Nenhum
trabalho duro ou estressante justifica o descaso paterno.
Uma vez que mais relevante que presente é a presença
de qualidade que os filhos anseiam.
Os filhos órfãos de pais vivos imperceptivelmente
imploram por aceitação e momentos de qualidade,
porém não são ouvidos. Por isso o seu quarto na
companhia do celular e jogos virtuais é a única maneira
de canalizar a sua dor, a rejeição e a indiferença.
Quando os órfãos de pais vivos tem o afeto
paterno negado, eles geralmente se tornam incessível e
impossibilitado de sentir compaixão do próximo.
O Coash Tiago Brunet (2018) diz:

Certa feita, em uma conversa no


Instituto Destiny, discutimos sobre o
que provavelmente acontece com
alguém que teve um impacto
emocional provocado pela ausência
da figura paterna em casa. Se nos
basearmos nas estatísticas,
observaremos que 99% dos
traficantes e das pessoas que estão
no mundo do crime não tiveram pai.
Ou seja, desconhecem limites de
autoridade, de respeito, nem foram
ensinados sobre o amor e a
paternidade. O crime, portanto,
torna-se normal para eles.

Quando esses momentos são trocados por dias a


fio em que o pai fica nas bebedeiras com os amigos e
espancando sua mãe, produzirá no infante sintomas
irreparáveis que afetará o futuro do rapazote.
Larry Titus (2013) sabiamente diz:

Para muitos homens a ferida


emocional mais profunda que eles já
experimentaram foi infligida pelo pai
deles... Na maioria dos homens, a ira
foi o resultado de sérias feridas
provocada por pais abusivos. O abuso
foi cometido de muitas formas, como
verbal ou física, e até mesmo uma
combinação de ambas. Para outros foi
a ferida criada pela injustiça de ter um
pai distante ou por não ter pai algum.
Seja qual for o caso, a dor foi real,
profunda, duradoura e é muito
comum que seja passada à geração
seguinte.

Há muita ira debilitante na alma dos filhos que


teve sua infância paterna não correspondida. Os
gabinetes estão cheio de homens de todas as idades
inundando a mesa psiquiátrica de copiosas lágrimas ao
relatar sua tenra infância devastada.
Precisamos restaurar a arte paterna perdida para
não sabotarmos o futuro de nossos filhos. Os filhos
precisam ser amados independentes de suas condições.
O amor paterno não pode ser condicionado ao que o
filho faz, mas pelo fato dele ser o filho amado.
Não podemos fazer com que nossos filhos sejam
iguais a nós. Nossos filhos devem ser eles mesmos. Não
podemos obrigar nossos filhos a concluírem cursos de
graduação da qual sonhamos. O sonho deve ser deles e
não nosso.
Os filhos não podem ser realizadores de feitos pelo
que fracassamos. A única coisa que nossos filhos devem
copiar é o nosso caráter.
A educadora Poli (2013) diz:

Nenhuma pessoa é uma cópia exata


de seu pai ou de sua mãe. Cada um
de nós é um ser único, com
características próprias, qualidades e
defeitos específicos e personalidade e
temperamento bem definidos. Mas há
um aspecto em todos os indivíduos
que pode receber uma influência
muito forte de seus pais: o caráter.

É o caráter que vai determinar se você


será honesto ou trapaceiro, bom ou
mau, ético ou corrupto, digno ou de
má índole. Em outras palavras, se
será alguém que trará uma
contribuição positiva ou negativa para
a sociedade e o mundo em que
vivemos.

Há filhos que investe tempo aperfeiçoado seus


talentos ou até mesmo realizando algum trabalho dentro
de casa, na busca de encontrar aceitação dos pais,
contudo, suas tentativas são frustradas.

Ambiente tóxico

Para o filho, o lar deveria ser um lugar de


abastecimento afetivo, todavia, o que encontra é um lar
tóxico. O mau humor dos pais contamina os filhos.
Filhos mal humorados não progridem na escola.
Os filhos não precisam só de roupas, remédios,
teto e educação, mas também de afeto, amor e
encorajamento (LOPES, 2009, p. 165).
Não é fácil, mas se os pais desejam que os filhos
desenvolvam e estejam dispostos a vencer na vida, deve
criar um ambiente com uma real docilidade. Pais mal
humorados são insensíveis as conquistas dos filhos.
Eles fazem guerra com o mais apequenado problema.
Gonçalves (2016) comenta que

um cientista, fazendo uma pesquisa


sobre a sensibilidade das plantas,
descobriu que um ambiente
emocionalmente tóxico faz mal às
plantas. Algumas delas são tão
sensíveis que nunca se dariam bem
em um presídio, em uma cadeia
pública ou em uma delegacia de
polícia. Se um ambiente tóxico faz
mal até para as plantas, imagine
para os filhos e para o cônjuge.

Há muitos filhos que exercem uma profissão da


qual nunca gostaram - Na tentativa de agradarem os
pais, os filhos se infiltram em profissões da qual jamais
simpatizaram. Muitos deles passam cinco anos dentro
de uma faculdade sonhando um sonho que jamais
sonharam.
Os pais são agentes que agem como orientadores
na vida dos filhos. Há muitos médicos e professores que
não rendem em seus trabalhos pelo fato de não
gostarem da profissão. Tudo isso devido o filho de feito
uma graduação que jamais gostaram.
Diante disto, os acabam que relutando a vontade
do pai que o impulsiona a se formarem nas profissões
que os pais se formaram ou pelo fato dele não terem se
formado. Com isso medem força sem medidas com filhos
causando uma guerra familiar sem fim.
Titus (2013) diz que “um pai supercompetitivo é
compelido a ver seu filho ganhar em alguma área. Mas o
pai dirá: “Eu teria feito melhor”...” Mas eles nunca
quiseram competir com seu pai. Quer ganhassem, quer
perdessem, eles simplesmente queriam que seu pai os
amasse incondicionalmente.
O papel do pai é apoiar os filhos no curso que
deseja fazer. Quando uma pessoa ama o que faz, ele fará
com maestria e as pessoas que estiverem a sua volta
serão beneficiadas pela sua profissão.

Elogios

Não podem acontecer somente quando estes tiram


uma boa nota no colégio, ou quando faz algo que lhe
apraz. Momentos de apreciação e de caricias afetivas
deve ser uma rotina. Assim os pais blindará os filhos
contra os elogios presunçosos da vida.
Os elogios é uma forma de fazer os filhos se
sentirem valorizados. Os filhos são a herança
insubstituível dos pais. Eles são coroa da criação. É o
tesouro por excelência que surgiu para abrilhantar e
completar a diminuta existência do homem.
Os pais devem entender que o fracasso ou a
vitória dos filhos não podem mudar suas relações. O
amor paterno está acima de qualquer obstáculo
existencial.
Um filho amado se levantará toda vez que cair.
Mas um que foi abusado tem a autoimagem totalmente
diluída e um senso de valor paupérrimo. Sua emoção é
imatura e onde cai, dificilmente terá força pra se
levantar e dar a volta por cima.
Filhos feridos quando casam e tem filhos haverá
uma grande chance de repetir o mesmo caos que
tiverem. Uma alma ferida, feri. Ora, o primeiro passo
para os pais que foram ferido e agora tem filhos é
reconhecer que há uma ferida que ainda não foi curada.
Esse é o primeiro passo para cura.

Você não pode ser curado se negar o


ferimento. Por mais estranho que
pareça, os homens sentem que estão
sendo desleais se admitirem que têm
uma ferida paterna. Os filhos — até
mesmo os crescidos — querem ser
vistos como saudáveis e relevantes.
Normalmente é difícil para um filho
admitir que seus pais eram abusivos
(TITUS, 2013).

Quando os infantes tornam-se adultos eles tentam


canalizar suas carências emocionais em alguma
situação que o torne “poderoso”. Eles buscam a torto e a
direito a aceitação por todos a sua volta. Eles buscam
possuir o melhor carro, a melhor casa, não pelo fato de
estarem precisando, mas para se sentir aceito.
Homens abusados psicologicamente na sua
infância tem grande dificuldade de aceitação no seu
convívio social e familiar. O anseio desmedido pela
aceitação fazem parte do seu cotidiano. Isso faz com que
eles trabalhem compulsivamente para adquirir seu
desejo de ter, não pelo fato da necessidade externa, mas
interna.
Enquanto não superarmos o homem interior, as
coisas que comprarmos se tornará supérfluo. As coisas
jamais preencherá o vazio interno. O homem vazio
emocionalmente jamais será aceito externamente se
antes ele mesmo não se aceitar.
Como pais, somos responsáveis para ensinarem
nossos filhos a se aceitarem, a se amarem como são.
Devemos dizer que cada ser humano é um espetáculo
singular que ornamenta o jardim social. Reconhecer que
erramos no exercício da paternidade é o primeiro passo
para aqueles que anseia a excelência.

O perdão é a possibilidade da
convivência harmoniosa. No
relacionamento com os filhos,
quando os pais não praticam a arte
de perdoar e de pedir perdão, os
canais de comunicação são
bloqueados e o dialogo morre. E onde
há silêncio falta perdão. O silêncio
afasta os próximos, causa estranheza
nos conhecido e cria superstições
(GONÇALVES, 2016).

Ora, quando os pais perdoam, automaticamente


estão ensinando os filhos a perdoar. Quem perdoam
recebe uma faxina na alma. O perdão é o
reconhecimento do erro, e reconhecer que errou revelará
o caminho para plenitude.

Princípios

 Toda reação dos pais, quer boa ou má


causará uma forte lembrança na vida dos
filhos;

 Os pais devem ensinar vivendo, e viver


ensinando;
 Nossas atitudes devem falar mais que
nossas palavras;

 Quando não há coerência nas atitudes dos


pais, consequentemente afetará na
educação dos filhos;

 Há filhos que nunca foram abraçados


pelos pais. Já outros nunca receberam
elogios;

 Muitos filhos, na tentativa de não


perturbar o pai, se isola no seu quarto;

 Pior orfandade é a indiferença que os pais


são relacionados a seus filhos;

 Não adianta ser pai, devemos agir como


pais de excelência;

 Nenhum trabalho duro ou estressante


justifica o descaso paterno;

 Os filhos órfãos de pais vivos


imperceptivelmente imploram por
aceitação e momentos de qualidade,
porém não são ouvidos;

 Quando os órfãos de pais vivos tem o afeto


paterno negado, eles geralmente se tornam
incessível e impossibilitado de sentir
compaixão do próximo;
 Para muitos homens a ferida emocional
mais profunda que eles já experimentaram
foi infligida pelo pai deles;

 Os filhos precisam ser amados


independentes de suas condições;

 O amor paterno não pode ser


condicionado ao que o filho faz, mas pelo
fato dele ser o filho amado;

 Não podemos obrigar nossos filhos a


concluírem cursos de graduação da qual
sonhamos. O sonho deve ser deles e não
nosso;

 Os filhos não podem ser realizadores de


feitos pelo que fracassamos;

 Para o filho, o lar deveria ser um lugar de


abastecimento afetivo, todavia, o que
encontra é um lar tóxico;

 O mau humor dos pais contamina os


filhos;

 Se os pais desejam que os filhos


desenvolvam e estejam dispostos a vencer
na vida, deve criar um ambiente com uma
real docilidade;

 Pais mal humorados são insensíveis as


conquistas dos filhos. Eles fazem guerra
com o mais apequenado problema.
 O papel do pai é apoiar os filhos no curso
que deseja fazer;

 O excesso ou ausência de autoridade


provoca ira nos filhos;

 Os pais devem ser espelho dos filhos, e


não carrascos deles;

 Os pais podem provocar ira nos filhos por


meio de palavras ásperas ou de agressão
física;

 Outra forma de provocar ira nos filhos é o


silêncio gélido, a falta de diálogo;

 O excesso ou ausência de autoridade leva


os filhos ao desânimo;

 Cada criança é um individuo peculiar e


precisa ser respeitada em sua
individualidade;

 Os pais provocam ira nos filhos por não


reconhecer as diferenças entre eles;

 Os pais podem provocar a ira dos filhos


por excesso de proteção ou favoritismo;

 Os elogios é uma forma de fazer os filhos


se sentirem valorizados;

 Os pais devem entender que o fracasso ou


a vitória dos filhos não podem mudar suas
relações;

 Um filho amado se levantará toda vez que


cair. Mas um que foi abusado tem a
autoimagem totalmente diluída e um
senso de valor paupérrimo;

 Filhos feridos quando casam e tem filhos,


haverá uma grande chance de repetir o
mesmo caos que tiverem;

 Homens abusados psicologicamente na


sua infância tem grande dificuldade de
aceitação no seu convívio social e familiar;

 Enquanto não superarmos o homem


interior, as coisas que comprarmos se
tornará supérfluo;

 As coisas jamais preencherá o vazio


interno;

 O homem vazio emocionalmente jamais


será aceito externamente se antes ele
mesmo não se aceitar;

 Como pais, somos responsáveis para


ensinarem nossos filhos a se aceitarem, a
se amarem como são;
Parte - 5
HORA DA DISCIPLINA

Não é amor,
educar uma
criança sem
ensinar-lhe a ser
responsável pelas
suas próprias
ações e aceitar as
consequências.
J. Richard Fugate

Os pais devem disciplinar positivamente os filhos


com amor. Uma vida disciplinada revela uma vida
submetida a autoridades. Os pais são autoridade na
vida dos filhos. A autoridade dos pais segundo Fugate
(2014), delega a eles o direito de governar os filhos sob
seu controle.
Para o autor citado, nenhuma outra instituição ou
pessoa possui direitos de governo sobre os filhos.
Nenhuma sociedade, escola, pessoas intrometidas, ou
mesmo qualquer outra instituição possui autoridade
sobre as crianças. A autoridade dos pais sobre os filhos
somente é questionada pelo governo por meio das leis de
Deus referentes a incesto, danos e homicídio. Os pais
são responsáveis diante Deus pelo mau uso de sua
autoridade. Os pais não apenas possuem o direito de
mandar em tudo, como também têm autoridade para
exigir submissão às suas ordens, ainda que a
contragosto da criança.
A disciplina deve acontecer por meio também de
estímulos. Lopes diz que se houver apenas advertência,
os filhos ficam desanimados; se houver apenas estímulo,
eles ficam mimados. Esse equilíbrio entre advertência e
estímulo é fundamental para a educação dos filhos.
A disciplina se dá por meio de regras e normas, de
recompensas e, se necessário de acordo com a Bíblia, de
castigo (Pv 13.24; 22.15; 23.13,14; 19.15).
Só pode disciplinar (fazer discípulo) quem tem
domínio próprio. Que direito tem um pai de disciplinar o
filho, se ele mesmo precisa ser disciplinado? (LOPES,
2009, p. 166).
Deus delegou e, sobretudo, honra a autoridade
dos pais de tal maneira que ele instituiu leis para que o
governo protegesse essa autoridade de uma revolução
interna, causada pelos próprios filhos. Vejamos:

Mateus 15:4. “Porque Deus ordenou,


dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e:
Quem maldisser ao pai ou à mãe,
certamente morrerá”.

Êxodo 21:15. “O que ferir a seu pai, ou a


sua mãe, certamente será morto”.

Êxodo 22:17. “Quem amaldiçoar a seu pai


ou a sua mãe, certamente será morto”.

Deuteronômio 27:16. “Maldito aquele que


desprezar a seu pai ou a sua mãe”.
Provérbios 30:17. “Os olhos que zombam do
pai, ou desprezam a obediência à mãe,
corvos do ribeiro os arrancarão e os filhotes
da águia os comerão”.

Os pais são autoridade na vida dos filhos, por


isso, estes devem exercem ordem na família para todos
cresçam com uma vida positivamente disciplinada.
Na lei estabelecida pela Bíblia na perspectiva do
Antigo Testamento, vemos a pena de morte para o filho
rebelde, contudo, esta pena de morte não se aplica de
forma literal nos dias hodiernos, no entanto, um filho
rebelde, está assinando prematuramente um atestado
de morte, pois uma vez que eles não obedecem seus
pais, farão a mesma coisa no convívio perante a
sociedade. É lamentável, mas o fim será trágico.
Uma vida disciplinada é uma vida vivida com
responsabilidade e propósito. A disciplina produz ordem
e a ordem gera progresso na vida da criança. Uma
criança educada revela a qualidade da disciplina que ela
teve. Mostra-me o teu filho que direi o nível de disciplina
que esta teve.
“A disciplina é indispensável na vida da criança,
porque ajuda a prepara-la para o futuro” (MUNROE,
2009). Para o autor citado, disciplinamos nossos filhos
para que eles possam aprender a seguir sozinho pelo
caminho correto no futuro, quando não estivermos mais
por perto.
Os pais “são os educadores mais autorizados de
seus filhos. Nessa condição, jamais devem aconselhar,
ou aplicar um corretivo físico, estando alterados ou
embalados pela ira” (ANDRADE, 2015). De acordo com o
autor citado, na hora da disciplina, não deixe a raiva
passar. Só então, serenamente, converse com o seu
filho. Lembre-se: a disciplina física é o último recurso.
A disciplina desenvolve na criança um caráter
invejável. Uma criança disciplinada sabe lidar com os
dissabores da vida. Ela sabe lidar com o principio de
autoridade. É respeitadora, equilibrada e amável.
A disciplina pode ser com a vara Pv 23.13,
todavia, depois de uma determinada idade a vara já não
é uma solução para mudança e educação dos filhos.
Uma vez que os jovens e adolescentes já se sentem
adultos e portanto, indigno de serem disciplinados
fisicamente pelos pais.

O corretivo físico tem como finalidade


realçar o ensinamento oral. Não bata
por bater. Suas mãos, antes de tudo,
devem ser vistas como instrumentos
de amor, não de ódio. Jamais utilize
instrumentos cortantes, ou
pontiagudos, contra o seu filho. O
chinelo e a varinha resolvem
(ANDRADE, 2015).

Para o autor em apreço não é prudente aviltar


nem humilhar o seu filho. Se for preciso a disciplina
física, que esta seja aplicada de tal forma que a criança
venha, depois, a amá-lo ainda mais. Não xingue, nem
pragueje. O objetivo da educação é tornar a criança
humilde, não humilhada. O humilde logo ganha
autonomia e conquista o seu espaço. O humilhado,
porém, degrada-se aos próprios olhos. Não lhe lance em
rosto que você o sustenta e veste-o. É sua obrigação
alimentá-lo, vesti-lo e educá-lo para a vida.
Explique a seu filho o motivo pelo qual será
disciplinado. Claudionor de Andrade diz que a
comunicação é indispensável entre o educador e o
educando. Mesmo quando o corretivo físico se fizer
urgente, não esqueça o diálogo.
Na perspectiva teológica, a mesma Bíblia, que
preceitua a disciplina com a vara, também condena o
espancamento. “A disciplina para adolescentes deve
envolver a perda de privilégios, a privação financeira e
outras formas relacionadas de retribuição não física”
(GONÇALVES, 2016). Por outro lado, devemos levar em
conta o que não deve acontecer na hora da disciplina. O
psiquiatra Cury (2003) diz:

Não critique excessivamente. Não


compare seu filho com seus colegas.
Cada jovem é um ser único no teatro
da vida. A comparação só é educativa
quando é estimulante e não
depreciativa. Dê aos seus filhos
liberdade para ter as suas próprias
experiências, ainda que isso inclua
certos riscos, fracassos, atitudes
tolas e sofrimentos. Caso contrário,
eles não encontrarão os seus
caminhos.

Como pais, temos o grave erro de querer


disciplinar nossos filhos em momento desfavorável.
Disciplina certa na hora certa produz resultados
magníficos. Porém, disciplina certa na hora errada,
produz ferida interior.
Para Gonçalves (2016), é um grave erro dar bronca
no filho na hora do almoço, corrigir o filho de forma
agressiva na frente dos amigos, expondo-o à vergonha,
não dar ao filho o direito de perguntar ou expor o que
pensa, aplicar a disciplina sem saber ao certo o que
aconteceu, não cumprir aquilo que prometeu, ofender a
mãe dele, exigir além daquilo que o filho pode oferecer.
Cometer erros como tal, e em seguida pedir perdão
não torna os pais frágeis, mas capazes de preparar os
filhos para a vida. Ora, não permita que as ações do seu
pai seja repetido através de você com seu filho.

Jamais ridicularize, diminua,


desdenhe ou coloque seus filhos em
uma situação embaraçosa. A medida
que as crianças crescem, ela
começam a desenvolver um senso de
orgulho. Quando for preciso que a
repreensão seja estabelecida em
público, seja cuidadoso em
administrá-las, a fim de que possam
ser preservados o orgulho e a
dignidade das crianças. Se for
possível, vá a um lugar onde haja
privacidade para lidar com a
situação. Caso contrário, fale com
seus filhos o mais discretamente que
puder (MUNROE, 2009).

Para o autor o autor acima, o objetivo é a


correção, não a humilhação. Humilhar uma criança
crescida em público, especialmente em frente aos
amigos dela, pode ser devastador para a criança e
provoca facilmente amargura, ressentimento, rebeldia e
todos os outros tipos de problemas em relação ao
comportamento e às atitudes.
Não permita que a tragédia hereditária sabote a
saúde emocional de seu filho. Seja pra ele o pai que você
possivelmente não teve. A flexibilidade dos pais
produzirá filhos flexíveis.
Um lar onde impera o principio do
perdão revela sua unidade. Quando
falta perdão, o relacionamento entre
pais e filhos fica fragilizado, a família
perde a confiança e ninguém
caminha com liberdade dentro dessa
casa. Pedir perdão e perdoar é amar
incondicionalmente e oferecer aquilo
que o outro não merece: é graça,
favor, bondade. O perdão é a única
maneira de fazermos uma faxina no
coração e reconstruirmos aquilo que
foi destruído (GONÇALVES, 2016).

O que não pode acontecer no ato da disciplina é o


espancamento além da conta. Note que você está
disciplinando seu filho, entretanto, tome cuidado para
não fazer uma chacina.
Jamais puna quando estiver fora de si ou irado.
Augusto Cury diz que não somos gigantes, e nos trinta
primeiros segundos da raiva somos capazes de ferir as
pessoas que mais amamos. Não se deixe escravizar por
sua ira. Quando sentir que não pode controlá-la, saia de
cena, pois, caso contrário, você reagirá sem pensar. A
punição física deve ser evitada. Se algumas palmadas
acontecerem, elas devem ser simbólicas e
acompanhadas de uma explicação. Não é a dor das
palmadas que irá estimular a inteligência das crianças e
dos jovens. A melhor forma de ajudá-los é levá-los a
repensar suas atitudes, penetrar dentro de si mesmos e
aprender a se colocar no lugar dos outros.

A melhor punição é aquela que se


negocia. Pergunte aos jovens o que
eles merecem pelos seus erros. Você
se surpreenderá! Eles refletirão sobre
suas atitudes e, talvez, darão uma
punição mais severa para si mesmos
do que você daria. Confie na
inteligência das crianças e dos
adolescentes (CURY, 2003).

Punir com castigos, privações e limites de acordo


como autor citado acima, só educa se não for em
excesso e se estimular a arte de pensar. Caso contrário,
será inútil. A punição só é útil quando é inteligente. A
dor pela dor é inumana. Mude seus paradigmas
educacionais. Elogie o jovem antes de corrigi-lo ou
criticá-lo. Diga o quanto ele é importante, antes de
apontar-lhe o defeito. A consequência? Ele acolherá
melhor suas observações e o amará para sempre.
Outro ponto a se ressaltar é que disciplina deve
acontecer na medida certa. Os pais não devem
estabelecer regras excessivas, rígidas e difíceis de serem
cumpridas. “Quando os pais ou professores criam
muitas regras, os filhos ou alunos, por saturação,
deixam de prestar atenção a grande parte delas,
ignorando-as e burlando-as” (GOMIDE, 2004, p. 14).
Para o autor tem tela, quando as regras são difíceis de
serem cumpridas, porque são muito rígidas, a chance de
que sejam desrespeitadas aumenta, e a possibilidade de
os pais ou professores permitirem seu descumprimento
é grande. Raramente uma criança atinge os critérios
rígidos estabelecidos pelos pais ou professores nas
primeiras tentativas. Portanto, a chance de fracasso e
muito grande, gerando desapontamento para ambas as
partes. E mais vantajoso para todos que se inicie
gradualmente a implantação de uma regra nova.
De acordo com Gomide, Se uma mãe deseja que o
filho junte os brinquedos da sala, ela poderá iniciar o
treinamento da seguinte forma: no princípio ela irá
ajudá-lo mostrando como fazer, elogiando o seu
desempenho e incentivando-o a colocar os brinquedos
no lugar certo. Estes primeiros passos devem ser dados
muito cedo, quando a criança ainda é pequena, entre
dois ou três anos.
A mãe deve pegar na mãozinha da criança e
colocá-la sobre o brinquedo apreendendo-o. Neste
momento a mãe deve dizer, sorrindo, que está contente,
que ele (a) está indo muito bem. Gradualmente, a mãe
deve deixar de ajudar a guardar os brinquedos, apenas
orientando e elogiando o filho ao final da tarefa, até que
o comportamento esteja bem estabelecido. Desta forma a
criança aprende a regra, passo a passo, e se sente capaz
de executar o pedido da mãe.
Por outro lado, Gomide diz que se a mãe diz
“arrume seu quarto, junte os brinquedos, faça a tarefa,
penteie os cabelos, corte as unhas” etc., para uma
criança que não executa nenhuma destas atividades, a
chance de fracasso é enorme. Diante de muitas tarefas
para as quais não foi preparado convenientemente o
filho procura se esquivar de todas ou tenta manipular a
mãe emocionalmente. Esta manipulação tem o objetivo
de provocar pena no educador, facilitando o desrespeito
à regra estabelecida. Em geral, para se livrar da
“choromingação” os pais descumprem as regras,
“esquecem” que deram uma ordem e deixam a criança
“em paz”.
Outra situação relevante a se destacar é que os
pais não podem disciplinar todos pelo erro de um.
Deixar ajoelhado sobre grãos de milho com uma cadeira
sobre a cabeça, trancar num quarto escuro, agredir com
fio, deixar sem comer o dia todo etc.
Isso além de ser um crime, não é educável e
produzirá no infante traumas irreparáveis.
Espancamento ou tortura não revela autoridade
dos pais. Autoridade paterna é capacidade dos pais
inspirar os filhos a contemplá-los com seres dignos de
honra e respeito.
Autoridade é também a capacidade de faze-los
respeitar não apenas na frente mas, sobretudo, na
ausência. A verdadeira autoridade para Cury (2003) é
conquistada com inteligência e amor. Pais que beijam,
elogiam e estimulam seus filhos desde pequenos a
pensar não correm o risco de perdê-los e de perder o
respeito deles. Não devemos ter medo de perder nossa
autoridade, devemos ter medo de perder nossos filhos.

Como disciplinar com sabedoria

Criar filhos sem discipliná-los é desafiador. Porém,


é bem verdade que a disciplina faz parte da vida de
todos nós. A disciplina é um mecanismo que
estabelecem ordem. Filhos que nascem sem disciplina,
terá grandes perdas no mercado de trabalho. Por isso, é
importante que os pais ensine a importância da
disciplina para os filhos tanto teórico como na prática.
Diante de uma disciplina, é importante que os
pais façam isso em comum acordo ou compreensão. Por
exemplo, mesmo que um não concorde a maneira com
foi estabelecida a correção, é prudente que não chame a
atenção um do outro na frente da criança, pois assim,
ambos estarão desautorizando-se mutuamente.
A criança percebendo que o pai não gostou como a
mãe o disciplinou, ele usará o pai contra a própria mãe,
e isso, também pode acontecer ao contrário.
No entanto, é importante que os pais usem um
momento adequado para expor as suas discordâncias
em relação ao infante. Pois é comum que sempre iremos
descordar de alguns fatores ou da maioria deles durante
a vida devido a nossa rica singularidade. Entretanto é
importante que os pais sigam os mesmo padrão de
educação para os filhos, pois se ambos não trabalharem
para este fim, terão consequências desastrosas.
É importante a parceria dos pais, mesmo que
estejam separados para entrar num bem comum para o
desenvolvimento da criança. A criança precisa de uma
direção, e uma vez que os pais vivem como gato e rato”
mesmo separados fará com que a criança se inspire em
qualquer coisa, menos em seus pais. Com isso, ele
cresce sem uma figura pelo qual possa imitar gerando
assim uma crise de identidade e consequentemente, os
pais terão sérios problemas.
Pais mal resolvido em relação a educação de seus
filhos, fará com que eles cresça com a mente conflituosa
sem saber quem está certo, se o pai ou a mãe.
Pode acontecer a omissão tanto do pai quanto da
mãe e com isso a própria criança pode viver tomando as
próprias decisões prematuramente. Diante disto, não é
raro ver inúmeras crianças com mais autoridade que os
próprios pais.
Mas como castigar a criança, ou é necessário o
castigo? Na verdade, o castigo ou a disciplina
necessariamente não se trata ser em apenas um
mecanismo de sofrimento na criança, mas sobretudo,
um momento de reflexão e consequência ao dano
causado.
Não é prudente os pais perceberem a incoerência
dos filhos e fingir que nada aconteceu. É preciso que os
pais olhem nos olhos dos filhos e confrontem, pois
agindo assim, estarão formando cidadão éticos para um
futuro relevante. Pais que deixam os filhos fazerem tudo
o que querem e na hora que quiser, estão formando
filhos tiranos.
Se os pais permitem que os filhos, por menores
que sejam, façam tudo o que desejam, “não estão lhes
ensinando noções de limites individuais e relacionais
nem lhes passando noções do que podem ou não podem
fazer” (TIBA, 2012, p. 25). Para o autor em pauta, é
preciso lembrar que uma criança, quando faz algo pela
primeira vez, sempre olha em volta para ver se agradou
alguém. Se agradou, repete o comportamento, pois
entende que agrado é aprovação e ela ainda não tem
condições de avaliar adequação de seu gesto.
Os filhos não podem quebrar um brinquedo e os
pais olharem isso como algo natural. Eles precisam
aprender à dar valor ao que tem, pois filhos que que
crescem sem responsabilidade de arcar com as
consequências, sofrerá grandes perdas diante da
sociedade. Portanto, pais omissos criam filhos
vulneráveis ou tirano.
A disciplina tem o efeito de mostrar para crianças
que rotas precisam ser reajustadas, revela a incoerência,
nos mostra que os pais acreditam que as crianças tem
capacidade se serem melhores, é também a linda oferta
que os pais proporciona aos filhos para que não sejam
levados ao opróbrio na sua fase adulta, é saudável e tem
o potencial de tornar a criança em pessoas melhores, e
sobretudo, faz o filho entender que todas as incoerências
da vida tem uma consequência.
Dentre os inúmeros benefícios que a disciplina
proporciona a criança e ao adolescente de acordo com
Tiba (2013, p. 19), torna a criança

... é mais competente, porque produz


mais, gastando menos recurso e
tempo. Mais ético, porque explora
menos outras pessoas, atribuindo-
lhes seu real valor. Mais cidadão
progressivo, porque preserva o
planeta evitando destruição e
desperdícios. Mais livre, porque tem
sua autonomia ideológica e sua
própria independência financeira.
Mais feliz, porque sabe compartilhar,
amar e receber amor num
relacionamento digno entre as
pessoas.

Saiba que a criança não aprende ser um mal


caráter na politica como muitos imaginam, mas no
contexto familiar. Não é o dinheiro em excesso que faz
muitas pessoas mudarem, eles apenas fomentam aquilo
que a pessoa já era. A disciplina, portanto, não começa
na escola, mas sobretudo, em casa.
Criança que jamais foram disciplinadas não terão
capacidade de exercer cidadania. A criança reproduz na
sociedade aquilo que aprendeu com os pais.
Para o psiquiatra Tiba (2013, p. 31), “os pais
poderiam exigir que os filhos praticassem em casa o que
eles terão que fazer como cidadãos, principalmente
disciplina, ética, solidariedade, responsabilidade,
gratidão”.
Os pais, para o autor citado acima, não poderiam
permitir que os filhos fizessem em casa o que eles não
poderão fazer na sociedade, principalmente falta de
respeito a outras pessoas, desonestidade e piratarias,
falta de disciplina, egoísmo, desperdícios. O que
acontece no contexto familiar no que diz respeito a
disciplina, revelará o sucesso ou o fracasso dos filhos no
futuro.
Outra questão a se ressaltar na hora da disciplina
é a regrinha do “não”. Toda vez que os pais disserem
“não”, eles devem sustentar esta posição. “Aprenda a
dizer "não" para seus filhos sem medo. Se eles não
ouvirem "não" dos seus pais, estarão despreparados
para ouvir "não" da vida. Não terão chance de
sobreviver” (CURY, 2003). Para o autor em pauta,
quando os pais disserem "não", os pais não devem ficar
cedendo a chantagens e pressões dos filhos. Caso
contrário, a emoção das crianças e jovens se tornará
uma gangorra: num momento serão dóceis, em outro,
explosivos; numa hora estarão animados, em seguida,
mal-humorados. Se forem flutuantes e chantagistas no
ambiente social, serão excluídos.
Quando os pais não sustentam o “não” que
estabelecem, eles estão tornando irrelevante sua
disciplina, logo a criança também não levará em conta
as instruções dos pais.
O “não” é tão importante quanto o “sim”.
Infelizmente muitos pais tem dificuldade de dizer não
para os filhos. Charles Spurgeon diz: “Aprenda a dizer
não, pois será mais útil do que ler em latim”. Flizikowski
(2019) diz que a dificuldade em dizer NÃO é resultante
de traumas, crenças limitantes, insegurança e tantas
outras coisas.
Para o autor em apreço, certamente você já
passou por uma situação em que deveria ter dito NÃO e,
simplesmente disse SIM. Talvez tenha sido quando seu
filho pediu um brinquedo. Você sabia que ele não
precisava e não devia comprar o presente. No final das
contas, ele ficaria jogado em algum canto. Mesmo assim,
você atendeu o pedido do seu filho. Não conseguiu dizer
não.
A questão do dizer não para Flizikowski, está
ligado ligada diretamente a muitos desses problemas.
Ela pode ser decorrente de falta de confiança,
necessidade de aceitação e reconhecimento, baixa
autoestima e até crenças limitantes ou traumas do
passado. A dificuldade de dizer NÃO é uma
consequência pelo menos em sua origem de outros
problemas. As pessoas com dificuldade de dizer NÃO
aceitam todos os convites para eventos e festas, aceitam
qualquer proposta de negócio e estão sempre prontas
para ajudar os outros em uma proporção acima da
média. Essa necessidade é decorrente de pouco amor
próprio e pouca confiança, provocados talvez por um
trauma do passado ou uma crença limitante
desenvolvida durante a sua vida.
Quando você não consegue dizer NÃO para seu
filho, “pode ser que o motivador seja o medo dele te
rejeitar, deixar de te amar ou peso na consciência por
não dar atenção suficiente para ele, por não brincar com
ele nas horas vagas” (FLIZIKOWSKI, 2019). A dificuldade
de dizer não para o autor em questão é um
comportamento destrutivo e as pessoas dentro desse
perfil parecem gostar cada vez menos de si mesmos.
Quebrar o padrão destrutivo da comodidade de dizer
SIM requer foco, esforço e determinação. O principal
obstáculo é trabalhar a questão egocêntrica da pessoa
com dificuldade em dizer NÃO.
Dizer NÃO para Flizikowski, é um processo de
amadurecimento. Não está relacionado apenas a
capacidade de dizer NÃO. É muito mais profundo. Saber
dizer NÃO é uma habilidade, um dom. muitos pessoas
abem dizer NÃO, mas de forma arrogante, sem respeito e
consideração. Causam mais danos do que se dissessem
SIM. Aprender a dizer NÃO requer competência
emocional, inteligência, empatia. A união desses
atributos é equivalente a dizer NÃO com elegância.
Ora, de acordo Gomide (2004)
quando os pais descumprem,
sucessivamente, as regras por eles
estabelecidas, ensinam aos filhos
três atitudes indesejáveis: (1) que as
regras não são para serem
cumpridas; (2) que a autoridade (pais
ou professores) pode ser
desrespeitada; além de (3) ensinar a
manipulação emocional. Esta
aprendizagem terá sérias
consequências para as atitudes
futuras da criança ou do
adolescente. Aprender que as regras
podem ser descumpridas leva os
jovens a não aceitarem normas
sociais.

Placas, avisos ou informações presentes em


rodovias, escolas ou instituições podem ser
desconsiderados, pois não têm significado algum.
Gomide diz que as autoridades que formulam as regras -
pais, professores, dirigentes etc, - não merecem respeito
visto que não foram capazes de fazer valer o
cumprimento das regras. Por fim, eles aprendem a
manipular emocionalmente os educadores: fazem
chantagem, choram, mostram “caras arrependidas” ou,
ainda pior, ficam agressivos e, com esta atitude,
conseguem interromper o castigo, gerando culpa nos
educadores.

Ainda se, sistematicamente, os pais


relaxam no cumprimento das regras
ao mesmo tempo em que ensinam
aos filhos o desrespeito às regras e à
autoridade, desenvolvem nas
crianças e adolescentes insegurança
sobre o que é certo ou errado, sobre
valores morais ou éticos, sobre
respeito aos direitos humanos e às
pessoas (GOMIDE, 2004).

Para o autor em tela, estas crianças não


aprendem, com seus pais, a respeitar as instituições e
as pessoas, por isso, são “malcriadas” com as
professoras, instrutoras ou colegas. Elas não aprendem
que as regras devem ser estabelecidas com justiça e,
logo, não sabem avaliar se uma determinada regra está
adequada a uma dada situação devendo, portanto, ser
cumprida. Esse tipo de prática tem efeitos desastrosos.
Infelizmente, são encontrados muitos jovens com
comportamento antissocial, cujos pais criam regras para
descumpri-las sistematicamente e que usam a ameaça
como prática educativa. Os pais e professores ameaçam,
mesmo que estejam conscientes de que a ameaça não
funciona. Talvez acreditem que falando, ameaçando,
estejam cumprindo, ao menos cm parte, seu papel de
educadores e se sintam menos culpados.

Redes sociais

Chegamos na era digital. Agora estamos


aparentemente mais próximos, mais conectados e
informados. O mundo mudou e nós também precisamos
nos adaptar a esta nova era, a era digital. Ademais,
temos que ter em mente que a internet não é boa e nem
mal, mas são os nossos motivos ou ações que torná-la-á
boa ou má. Ora, tudo em excesso é prejudicial para
nossa saúde emocional, físico e espiritual.
É bem evidente que o acesso excessivo à internet
produz um impacto sem precedentes na mente da
criança ou adolescente. Diante desta perspectiva, alguns
danos são causados na criança. Alguns sofrem
dificuldade na autoimagem, ou seja, vivem numa infinita
e doentia comparação com outros. Revelando sua
insatisfação crônica com a própria imagem.
Por isso, eles buscam a todo preço expor a foto
perfeita com filtros bem como efeitos surreais, tentando
adentrar num padrão de beleza inatingível e
consequentemente levando assim à ações obsessivas
tanto quanto compulsivas.
As continuas horas que passam diante das redes
sociais, desenvolve um quadro de ansiedade e
depressão. Logo no inicio da internet quando a página
de um site demorava um minuto para abrir nós
achávamos a internet a ferramenta de informação mais
rápida do mundo. Agora quando a internet passa três
segundos para abrir uma página ou carregar um vídeo
no youtube ficamos estritamente estressados.
A velocidade da internet aumentou juntamente
com nossa ansiedade. Perceba que os adolescente ficam
irritados com a internet lenta. Eles não toleram e ainda
culpam os pais pela internet não está correspondendo à
suas necessidades.
Como pais e educadores temos um grande desafio
pela frente, pois, precisamos de alguma maneira tornar
o ambiente familiar uma fonte de prazer afetivo.
Estudos apontam que tecnologia é benéfico após
aos doze anos, antes dessa idade não faz sentido uma
criança usar as redes sociais o dia todo. As redes sociais
é uma ferramenta que exige responsabilidade do seu
usuário. Adolescente que não tem maturidade para usar
a internet é profecia de tragédia.
Por outro lado, pais que permitem que filhos
menores de dez anos o dia todo com celulares, revelam
que menos maturidade ou cuidado que os próprios
filhos.
Para entrar numa rede social é necessário que o
adolescente tenha mais de treze anos, porém, uma
criança de dez anos que entrou numa rede social
provavelmente ela teve que mentir sobre sua idade, e se
ela mentiu, os pais consentiram ou permitiu a mentira
dela e automaticamente estão ensinando a criança
mentir.
Por outro lado, muitos pais que permitem o
aparelho celular para os filhos pelo fato de fazê-los
felizes, contudo, os pais devem saber e até mesmo
ensinar que os filhos nem sempre serão felizes. Na
verdade ninguém é feliz o tempo todo. Há momentos
bons, mas também há momentos de tristeza. Os pais,
portanto, devem ensinar os filhos a se regozijar com
tempos bons, mas, sobretudo, aprender a superar os
conflitos e aprender a ouvir um “não”.
Os adolescentes precisam serem ensinados a
entender que a sua felicidade ou meio de realização não
se encontra somente na internet.
Eles precisam perceber que com a internet ou sem
ela, eles terão capacidade de ter uma vida produtiva
bem como gratificante. Filhos reféns da internet terá
grande chances de cometer danos a própria vida quando
não tiver em posse dela.
Alguns fatores são dignos de nota pelo qual os
adolescente preferem está nas redes sócias do que
mesmo com a família num bom papo rotineiro.
Destarte, os filhos sentem-se mais aceitos e
compreendidos com os amigos digitais. Os pais não
separam tempo de qualidade para olhar nos olhos e nem
mesmo para trocarem toques de afetividade. Na verdade,
muitos pais quando chegam em casa, não olham nem
mesmo nos olhos dos filhos, pois eles estão também
conectados com o mundo digital. Isto posto, pais
conectados criam filhos desconectados e desprovidos de
toques e olhares afetivos e consequentemente estarão
vulneráveis e incapacitados de superar ou triunfar sob
os fantasmas psíquicos.
Pais inteligentes, realizam a regrinha de ouro, isto
é, estabelecem horário para o uso das redes sociais, ou
seja, o bom seria que eles usassem apenas duas horas
de internet. Porém, não adianta eles somente pedirem
para os filhos fazerem isso, mas serem dignos de ser
imitados pelos filhos, pois senão os adolescente imitarão
e se inspirarão nos amigos digitais.

Princípios

 No ato da disciplina deixe bem claro para a


criança o que você realmente espera dela;

 Disciplina é determinar limites para criança;

 Uma vida sem limites é uma vida vivida com


irresponsabilidade;

 Uma disciplina aplicada com raiva não trará


benefícios para a criança;

 A disciplina produz uma vida equilibrada;

 Os elogios podem acontecer em público,


porém, a disciplina deve ser em particular;

 Ajude seu filho a entender o motivo dele está


sendo disciplinado;
 No ato da disciplina é prudente que os pais
também encorajem seu filho a não cometer
mais o ato imprudente;

 A disciplina evita que seu filho se torne um


preguiçoso;

 A disciplina tem o propósito de tornar a


criança mais responsáveis;

 A crítica constante e a reprimenda produzirá


filhos inseguros;

 Os pais devem disciplinar positivamente os


filhos com amor;

 Uma vida disciplinada revela uma vida


submetida a autoridades;

 Os pais são autoridade na vida dos filhos;

 Os pais são responsáveis diante Deus pelo


mau uso de sua autoridade;

 Os pais não apenas possuem o direito de


mandar em tudo, como também têm
autoridade para exigir submissão às suas
ordens, ainda que a contragosto da criança;

 Uma vida disciplinada é uma vida vivida
com responsabilidade e propósito;

 A disciplina produz ordem e a ordem gera


progresso na vida da criança;
 Uma criança educada revela a qualidade da
disciplina que ela teve;

 Mostra-me o teu filho que direi o nível de


disciplina que esta teve;

 A disciplina é indispensável na vida da


criança, porque ajuda a prepara-la para o
futuro;

 Os pais são os educadores mais autorizados


de seus filhos;

 A disciplina desenvolve na criança um


caráter invejável;

 Uma criança disciplinada sabe lidar com os


dissabores da vida. Ela sabe lidar com o
principio de autoridade;

 Não é prudente aviltar nem humilhar o seu


filho;

 A disciplina para adolescentes deve envolver


a perda de privilégios, a privação financeira
e outras formas relacionadas de retribuição
não física;

 Não critique excessivamente. Não compare


seu filho com seus colegas;

 Como pais, temos o grave erro de querer


disciplinar nossos filhos em momento
desfavorável;
 Disciplina certa na hora certa produzem
resultados magníficos;

 Jamais ridicularize, diminua, desdenhe ou


coloque seus filhos em uma situação
embaraçosa;

 Humilhar uma criança crescida em público,


especialmente em frente aos amigos dela,
pode ser devastador;

 Não permita que a tragédia hereditária


sabote a saúde emocional de seu filho;

 O que não pode acontecer no ato da


disciplina é o espancamento além da conta;

 Note que você está disciplinando seu filho,


entretanto, tome cuidado para não fazer
uma chacina;

 Jamais puna quando estiver fora de si ou


irado;

 Não se deixe escravizar por sua ira. Quando


sentir que não pode controlá-la, saia de
cena, pois, caso contrário, você reagirá sem
pensar;

 A punição física deve ser evitada. Se


algumas palmadas acontecerem, elas devem
ser simbólicas e acompanhadas de uma
explicação;
 Não é a dor das palmadas que irá estimular
a inteligência das crianças e dos jovens;

 A melhor forma de ajudá-los é levá-los a


repensar suas atitudes, penetrar dentro de
si mesmos e aprender a se colocar no lugar
dos outros;

 A dor pela dor é inumana. Mude seus


paradigmas educacionais;

 Elogie o jovem antes de corrigi-lo ou criticá-


lo;

 Espancamento ou tortura não revela


autoridade dos pais;

 Autoridade paterna é capacidade dos pais


inspirar os filhos a contemplá-los com seres
dignos de honra e respeito;

 Criar filhos sem discipliná-los é desafiador.


Porém, é bem verdade que a disciplina faz
parte da vida de todos nós;

 A disciplina é um mecanismo que


estabelecem ordem;

 Filhos que crescem sem disciplina, terá


grandes perdas no mercado de trabalho;

 É importante que os pais usem um


momento adequado para expor as suas
discordâncias em relação ao infante;
 O castigo ou a disciplina necessariamente
não se trata ser em apenas um mecanismo
de sofrimento na criança, mas sobretudo,
um momento de reflexão e consequência ao
dano causado;

 A disciplina tem o efeito de mostrar para


crianças que rotas precisam ser
reajustadas;

 Quando os pais não sustentam o “não” que


estabelecem, eles estão tornando irrelevante
sua disciplina;

 Quando você não consegue dizer NÃO para


seu filho, pode ser que o motivador seja o
medo dele te rejeitar;

 Dizer NÃO é um processo de


amadurecimento;

 O mundo mudou e nós também precisamos


nos adaptar a esta nova era, a era digital;

 Estudos apontam que tecnologia é benéfico


após aos doze anos, antes dessa idade não
faz sentido uma criança usar as redes
sociais o dia todo;

 Pais que permitem que filhos menores de


dez anos o dia todo com celulares, revelam
que menos maturidade ou cuidado que os
próprios filhos;
 Para entrar numa rede social é necessário
que o adolescente tenha mais de treze anos;

 Pais inteligentes, realizam a regrinha de


ouro, isto é, estabelecem horário para o uso
das redes sociais;

 A obediência dos filhos aos pais é,


sobretudo, uma lei da própria natureza; é o
comportamento-padrão de toda a sociedade.
os filósofos estoicos, a cultura oriental
(chineses, japoneses e coreanos), as grandes
religiões, como confucionismo, budismo e
islamismo, também defendem essa
bandeira;

 A Bíblia fala sobre a importância da


obediência: Êxodo 20.12; 21.15-17; Levítico
20.9; Deuteronômio 5.16; 21.8; Provérbios
1.8; 6.20; 30.17; Malaquias 1.6; Mateus
15.4-6; 19.19; Marcos 7.10-13; 10.19;
Lucas 18.20; Colossenses 3.20.

 A desobediência aos pais é um sinal de


decadência moral da sociedade;

 Honrar os pais é um principio que garante


dias significativos sobre a terra;

 Os filhos não devem prestar só obediência


aos pais, mas, sobretudo, também devotar
amor, respeito e cuidado a eles;

 É possível obedecer aos pais sem honra-los;


 Há filhos que trazem flores caríssimas para
o funeral dos pais, no entanto, jamais os
presentearam com um bombom enquanto
estavam vivos;

 Biblicamente falando, honrar aos pais é


honrar a Deus (Lv 19.1-3). A desonra aos
pais era um pecado punido com a morte (Lv
20.9; Dt 21.18-21);

 Resistir a autoridade dos pais é insurgir-se


contra a autoridade do próprio Deus;

 O filho obediente livra-se de impetuosos


desgostos;

 Imagine quantas tragédias, casamentos


fracassados, perdas, lágrimas e mortes
seriam evitados se os filhos escutassem os
pais;


Parte - 6
MEMÓRIAS POSITIVAS

Declare a seus
filhos que eles
não estão no
rodapé de sua
vida, mas nas
páginas centrais
da sua história.
Augusto Cury

Para proporcionar memórias positivas nos filhos


os pais devem estarem disponíveis, e disponibilidade
necessita de tempo e tempo é uma moeda que não tem
preço.
Ninguém se compra amor verdadeiro com
dinheiro, mas com a moeda chamada: tempo. Ora, o
tempo que você usa com seu filho não é gastado, mas
investido. O tempo é a única moeda que se compra
amor, carinho e confiança. O tempo é máquina de
produzir amor. Tempo investido, amor correspondido.
Os filhos, portanto, lembrarão das horas que os pais
tiravam pra brincar come eles.
“Alguns estudos mostram que, em média, os pais
gastam menos de 17 minutos por semana conversando
com os filhos adolescentes” (GONÇALVES, 2016). Este
tem sido um dantesco desafio para os pais, ou seja,
estarem disponíveis para seus filhos.
Quando me deparo com as Escritura vejo um
Deus que proporcionou memórias positiva na vida de
Jesus, seu filho. Mateus 3.17 Deus elogiou
fervorosamente o Filho. “Este é meu filho amado que me
dá muita alegria”.
A primeira coisa que Deus disse nesse versículo
era que Jesus era seu filho. O Criador não tinha
vergonha de dizer que Cristo era seu filho. Deus disse:
Este é MEU. Jesus tinha um pai que tinha orgulho de
tê-lo como filho. O segundo passo era que Jesus era a
alegria de seu Pai, ou seja: “que me dá muita alegria”.

Memórias positivas determinam um futuro


de emoções saudáveis na vida dos filhos.

Proporcionar momentos de recreação com os


filhos fará com que ele tenha lembranças
positivas quando este chegar a fase adulta.

Antes de Jesus começar seu ministério terreno, ele


recebeu uma palavra de afirmação do seu Pai. Não
permita que seu filho sair de casa sem antes ele saber
que é amado.
Não estou dizendo que eles devem saber que são
amados e benquisto somente quando casarem ou
quando tornarem independentes, mas quando vão para
escola, passear com os amigos etc.
Os filhos precisam ser bombardeados com intenso
afeto para encarar a vida e sair ilesos. A vida geralmente
maltrata filhos despreparado e desprovido de afeto
paterno. Há filhos que jamais ouviram um “eu te amo”
dos pais ou jamais receberam um beijo no rosto do pai.
Muitas filhas jamais andaram de mãos dadas com
o pai, com os dedos entrelaçados e trocando furtivos
olhares numa praça. Há pais que jamais saíram sozinho
com a filha para tomarem um sorvete ou até mesmo
assistir um filme no cinema.
Muitos pais cobram deveres excessivos dos filhos,
contudo, não conhecem o próprio filho. É bem comum
inúmeros pais não saberem qual o sonho do filho, sua
comida preferida, em que deseja se formar e a cor
preferida. Muitos pais cobram deveres de filhos da qual
não conhece nem mesmo a introdução da sua história.
Há pais que sabem tudo de novela, vive sempre
atualizada dos jornais diários, sabe os problemas dos
vizinhos, contudo, desconhece a vida daquele que mora
no mesmo teto e come da mesma comida, seus filhos.
A orfandade não acontece quando os pais morrem,
mas, sobretudo, quando os filhos são abandonados de
afetividade, empatia e reciprocidade por parte dos pais.
Os filhos não podem ser tratados como coisas.
Infelizmente muitos pais tem dado mais atenção a coisas
do que para os filhos. Muitos dão mais cuidados a
animais que custou muito caro do que para os filhos que
são impagável.
Para criança é importante aquele momento que o
pai o ensinou a andar de bicicleta, pular corda, a nadar,
soltar pipas etc. Isso ficará marcado na sua lembrança
de forma positiva.
Infelizmente, muitos filhos nunca receberão uma
declaração de amor dos pais. Uma vez que o lar devia
ser uma agência de recarga afetiva, porém não faz jus a
este principio, o crime por sua vez o valoriza e o diz que
são importante e ele terá um grande papel na desordem
da sociedade.
Diante de uma geração midiática, quando os filhos
não são notados, podem ter certeza que alguém irá nota-
los. As vezes, as pessoas que irão nota-lo, serão aquelas
que induzirão para incoerência. Por outro lado, devemos
levar em conta que muitos pais tem tanta vergonha de
suas atitudes que se acham indignos de serem imitados
por seus filhos.
Palavras afirmativas ditas pelos pais sobre os
filhos geram neles valor impagável. O ser humana tem a
necessidade de se sentir necessário. Dito isto, os filhos
precisam saber que são importantes para os pais, que
são joias únicas que ornamentam a pujante alegria de
viver do velho pai.
Não fui criado por meu pai biológico, mas por um
padrasto. Quando morava com ele e minha mãe, me
sentia pouco amado, bem como desvalorizado ou como
uma carta fora do baralho. Na verdade, a indiferença
não acontecia por parte dos meus pais, tudo isso
permeava a minha emoção pelo simples fato de saber
que tinha um pai biológico que não dava a mínima para
minha existência.
Fui amado a maneira que o meu padrasto podia.
Ele simplesmente me deu o que ele tinha. Educou-me de
acordo com o seu limitado aprendizado. Sua vida
também não foi muito fácil. Era assim a vida de muitos
dos nossos pais e avós.
Neste sentido, Forward (2001, p. 14) diz:
Infelizmente, a educação dos filhos, uma de nossas
tarefas mais cruciais, é ainda um esforço que se baseia
muito no instinto.
Nossos pais aprenderam como criar os filhos de
pessoas que talvez não tenham se saído bem: seus pais.
Muitas das técnicas consagradas pelo tempo, e que
passaram de geração a geração, constituem
simplesmente conselhos errôneos mascarados como
sabedoria.
Por este ângulo, hoje percebo a incoerência dos
meus pais em educar os filhos. Contudo, eles não
fizerem isso pensando em nos prejudicar. Na verdade,
eles nos deram o que tiveram. Fizeram o seu melhor de
acordo com suas capacidades. Por isso devemos ser
gratos a eles por ter de certa forma nos ajudado a ser
uma pessoa melhor.
Muitas lembranças estão vivas dentro de mim.
Lembro-me das horas a fio que o meu pai (padrasto) se
dedicou a me ensinar a andar de moto, bem como,
muitas vezes quando era muito tenro, ele me levava pra
jogar futebol.
O que torna isso empolgante e amavelmente
reflexivo, é que ele não tinha razão para fazer isso, mas
fez. Eu era filho de outro homem, mas ele me amou
tanto quanto e intensamente como amou suas filhas
(minhas meia-irmã). Ele me ajudou e mesmo tendo
atualmente quase 37 anos, ele procura de certa forma
ser útil em minha história. Apesar dos desafios que ele
teve com a minha mãe, ele nunca deixou de ser o pai
que ele sempre foi.
Pois bem, em se tratando de futebol, hoje entendo
que ele era e é um verdadeiro “perna de pau” (uma gíria
para quem não sabe jogar futebol). Contudo, para mim
naquele interim ele era o melhor jogador do mundo.
Coisa de criança, mas era assim que eu o via.
Ele não era de beijar ou de abraçar, contudo,
expressar seu pujante amor por outras vias peculiares
do seu tempo.
Com razão disse Forward que quando somos
muito pequenos, nossos pais divinizados são tudo para
nós. Sem sua presença ficaríamos desamados,
desprotegidos, desabrigados e sem alimento, vivendo em
constante estado de terror, sabendo que não
conseguiríamos viver sozinhos. São nossos provedores
todo-poderosos. Temos necessidades, e eles suprem
essas necessidades.
Era assim que eu me sentia quando via meu PAI.
Mesmo ele tendo estudado provavelmente até o quarto
ano, para mim, ele era o homem mais inteligente desta
vida. Ora, todo pai é um ser vertido de divindade para
nos proteger e nos guiar para encararmos a breve, bela e
complexa existência.
Era fascinante quando ele ria das minhas
brincadeiras. Ele ria comigo e não de mim. Apesar do
seu demasiado e rotineiro trabalho teve pouco tempo,
mas proporcionou lembranças positivas em minha vida.
O mais importante nisso era que ele fazia parte
dos meus melhores momentos. Ter o pai contemplando
suas performances, seus feitos, não tem preço para um
filho.
Como meu PAI trabalhava o dia inteiro e as vezes
a noite, nós passávamos mais tempo com nossa mãe.
Algo marcante da minha mãe era a calmaria diante do
caos. Durante a infância, quebrei o braço algumas
vezes. E todas as vezes que ela me levava para o hospital
gemendo de dor, ela dizia num tom afetivo e com um
olhar confiante que aquele braço o médico curaria e
ficaria mais forte do que o outro.
Quando minha mãe falava aquilo, a metade da dor
desaparecia instantaneamente. Eu confiava no que ela
dizia. Ela não ficou passando na minha cara o fato de
ter desobedecido ela, mas simplesmente olhou para o
filho e não para as circunstancia que tinha levado
aquilo.
Minha mãe não tinha interesse em ser grande,
mas simplesmente em nos proporcionar alimento e um
bom estudo. Para ela, era importante que nós
estudássemos. Mesmo na época não tendo duas fardas
escolares, ela lavava e quando não dava tempo de
enxugar, ela fazia isso no ferro de passar.
A felicidade é construída de pequenos gestos. Não
tínhamos uma boa condição financeira, mas éramos
felizes. Meus pais não tinha condição de todo mês no
proporcionar um par de sapatos, mas nos enchia de
afeto. Cury (2003) diz:

Felicidade não é obra do acaso,


felicidade é um treinamento. Treine
as crianças para serem excelentes
observadoras. Saia pelos campos ou
pelos jardins, faça-as acompanhar o
desabrochar de uma flor e descubra
juntamente com elas o belo invisível.
Sinta com seus olhos as coisas
lindas que estão a seu redor. Leve os
jovens a enxergar os singelos
momentos, a força que surge nas
perdas, a segurança que brota no
caos, a grandeza que emana dos
pequenos gestos.

Para o autor em tela, as montanhas são formadas


por ocultos grãos de areia. As crianças serão felizes se
aprenderem a contemplar o belo nos momentos de glória
e de fracassos, nas flores das primaveras e nas folhas
secas do inverno. Eis o grande desafio da educação da
emoção. Para muitos, a felicidade é loucura dos
psicólogos, delírio dos filósofos, alucinação dos poetas.
Eles não entenderam que os segredos da felicidade se
escondem nas coisas simples e anônimas, tão distantes
e tão próximas deles.
Assim como ela não tinha interesse em ser alguém
relevante profissionalmente, nós também não estávamos
interessados em ter uma mãe relevante, mas uma mãe
presente. Se nós, os quatro filhos que ela teve, temos
alguma coisa a reclamar, seria de nós mesmos. Acredito
que nós somos mais devedores do que nossa mãe.
Hoje em dia ela está meio debilitada devido aos
fortes remédios que ela toma, no entanto, ela ainda
separa tempo para sabermos como estamos. Sua
presença na nossa história foi algo fortalecedor.
Com razão, disse o Dr. Leman: Seus filhos não
estão tão interessados em sua promoção a vice-
presidente de marketing. Eles não querem saber como
foi sua apresentação, nem se importam com sua
performance no jogo de cartas ou com a quantidade de
produtos Mary Kay que você vendeu no trimestre
passado. Eles estão interessados em saber se você vai
estar no jogo quando eles baterem seu primeiro
escanteio, ou se você estará no auditório da escola para
ouvi-los arranhar aquele solo de violino que você
suportou em casa nas últimas sete semanas. Para eles,
é importante que você lhes conte a história favorita —
em versão integral — na hora de dormir, de novo e de
novo; que você os veja andar sem rodinhas por mais de
cinco metros, quando estão aprendendo a andar de
bicicleta; e que dê um beijinho no cotovelo esfolado deles
quando caem.
Os momentos que vivíamos produzia um senso de
aceitação. Sentiam-me aceito e valorizado. Estava com o
meu super-herói. O psicólogo Leman (2012) comenta
que

se seus filhos veem o lar como um


local de segurança, alegria e boas
lembranças, vão querer voltar,
mesmo depois de adultos. Vão se
lembrar de que a melhor parte de
sua vida aconteceu entre as quatro
paredes desse lugar abençoado
chamado C-A-S-A.

Na mente de uma criança de cinco ou seis anos,


tudo é grande pra ele. Para criança o pai é o maior
homem do mundo. Proporcionar este sentimento de
aceitação na mente do infante faz com cresça disposto a
vencer. Em colégios existem muitas crianças que não
tiveram esse apoio moral. Com isso são levados a sofrer
grandes perdas.
A qualidade de tempo de contemplação por parte
dos pais determinará a capacidade emocional dos
infantes quando entraram na fase adulta.
A autoimagem positiva, a visão de mundo, o
conceito de fé e o senso de segurança dos filhos “são
todos formados enquanto eles passam tempo com os
pais em um ambiente amoroso. E ninguém pode
assumir o seu lugar” (LEMAM, 2012).
Se você não teve um pai dos sonhos, seja o pai dos
sonhos do seu filho. Como pais, temos a
responsabilidades de nos preocupar com a saúde
integral de nossos infantes. Cury diz que se os pais
nunca contaram para seus filhos os seus mais
importantes sonhos, e também nunca ouviram deles as
suas maiores alegrias e suas decepções mais marcantes,
eles formarão um grupo de estranhos e não uma família.
Não há mágica para construir uma relação saudável.
Precisamos urgentemente proporcionar tempos de
qualidade para nossos filhos. Os pais podem marcar um
dia para almoçarem juntos e conversar assuntos do dia
a dia da criança. Isso é fantástico. Ter momentos de
empatia é restaurador para o filho que deseja ter um pai
de excelência.
Uma senhora uma vez me disse que sua filha
olhou nos olhos dela e disse que não precisaria mais
trabalhar, pois já havia pagado todos as contas. Ou,
seja, aquele ato impensado de moçoila era a forma dela
implorar tempo de sua mãe.

Certo pai, ao chegar em casa, depois


de um dia exaustivo de trabalho,
ligou a TV no Jornal Nacional. O filho
aproximou-se e perguntou: ‘Pai,
quanto você ganha por hora?’ Ele
respondeu: ‘Vá brincar, menino,
estou assistindo ao jornal’. Alguns
minutos depois, o garoto voltou e
tornou a perguntar: ‘Pai, quanto você
ganha por hora?’ Novamente ele
respondeu: ‘Vá brincar.

Você não percebeu que estou


assistindo ao jornal?”. Pela terceira
vez, o filho insistiu em perguntar,
porém agora, o pai já irado, gritou
muito: ‘Saia daqui. Vá dormir e não
me perturbe mais. Se você não se
deitar agora, eu vou lhe dar uma
surra.’ Logo depois do Jornal
Nacional, começou a novela “Fim do
Mundo”.

O homem caiu em si, lembrou-se do


filho e resolveu ir conversar com ele.
Foi ao seu quarto e o menino já
estava dormindo. Mas o pai o
acordou e disse-lhe “Filho, vamos
conversar”. O menino, ainda com os
olhos meio fechados, perguntou
novamente: “Pai, quanto você ganha
por hora?” O pai finalmente
respondeu: “Quinze reais”. “Então
me empresta dois”. “Sim”, respondeu
o pai. Tirou o dinheiro e deu ao filho
(GONÇALVES, 2016).

O menino de acordo com o autor em questão,


levantou-se, foi até a gaveta do armário e tirou treze
reais. O pai, sem entender, perguntou: “Por que você
pediu dois reais?” Para juntar com os treze que eu tenho
e pagar uma hora para você ficar comigo. Pai, você fica
uma hora comigo?

Princípios

 Ser pai é uma dádiva do Criador;

 Filho é um pedaço interno que se tornou


externo denunciando a maestria da vida;

 Os pais são os reais provocadores de destino


dos filhos;

 São os pais que desenharão na tábua de


seus corações um futuro relevante;

 O lar é academia onde os filhos serão


caprichosamente treinados pelos pais para
encarar a sublimidade da vida;

 Como mentores de nossos filhos, temos que


ensiná-los a escalar montanhas e nos piores
momentos de suas vidas, devemos lembra-
los que estes ainda deverão continuar
escalando as montanhas da vida;

 Devemos ensiná-los que o “não” é tão


importante quando o “sim”;

 Devemos ensiná-lo que há um tempo para


cada situação nesta diminuta vida;

 Devemos ensiná-lo a pensar antes reagir e a


ter empatia;

 Devemos ensinar a nunca desejar para os


outros aquilo que não querem para eles.

 Para proporcionar memórias positivas nos


filhos os pais devem estarem disponíveis;

 Ninguém se compra amor verdadeiro com


dinheiro, mas com a moeda chamada:
tempo;

 Ora, o tempo que você usa com seu filho


não é gastado, mas investido;

 O tempo é a única moeda que se compra


amor, carinho e confiança;

 O tempo é máquina de produzir amor;

 Tempo investido, amor correspondido;

 Alguns estudos mostram que, em média, os


pais gastam menos de 17 minutos por
semana conversando com os filhos
adolescentes;

 Antes de Jesus começar seu ministério


terreno, ele recebeu uma palavra de
afirmação do seu Pai;

 Não permita que seu filho sair de casa sem


antes ele saber que é amado;

 Os filhos precisam ser bombardeados com


intenso afeto para encarar a vida e sair
ilesos;

 A vida geralmente maltrata filhos


despreparado e desprovido de afeto paterno;

 Há filhos que jamais ouviram um “eu te


amo” dos pais ou jamais receberam um
beijo no rosto do pai;

 Muitas filhas jamais andaram de mãos
dadas com o pai, com os dedos entrelaçados
e trocando furtivos olhares numa praça;

 Há pais que jamais saíram sozinho com a


filha para tomarem um sorvete ou até
mesmo assistir um filme no cinema;

 Muitos pais cobram deveres excessivos dos


filhos, contudo, não conhecem o próprio
filho;

 É bem comum inúmeros pais não saberem


qual o sonho do filho, sua comida preferida,
em que deseja se formar e a cor preferida;

 Muitos pais cobram deveres de filhos da


qual não conhece nem mesmo a introdução
da sua história;

 Há pais que sabem tudo de novela, vive


sempre atualizada dos jornais diários, sabe
os problemas dos vizinhos, contudo,
desconhece a vida daquele que mora no
mesmo teto e come da mesma comida, seus
filhos;

 A orfandade não acontece quando os pais


morrem, mas, sobretudo, quando os filhos
são abandonados de afetividade, empatia e
reciprocidade por parte dos pais;

 Os filhos não podem ser tratados como
coisas. Infelizmente muitos pais tem dado
mais atenção a coisas do que para os filhos;

 Para criança é importante aquele momento


que o pai o ensinou a andar de bicicleta,
pular corda, a nadar, soltar pipas etc;

 As crianças serão felizes se aprenderem a


contemplar o belo nos momentos de glória e
de fracassos, nas flores das primaveras e
nas folhas secas do inverno;

 A qualidade de tempo de contemplação por


parte dos pais determinará a capacidade
emocional dos infantes quando entraram na
fase adulta;
 Como pais, temos a responsabilidades de
nos preocupar com a saúde integral de
nossos infantes;

CONCLUSÃO

Nosso maior propósito é treinar nossos filhos para


a vida. É fazê-los entender que o sucesso tem preço.
Nada acontece sem que exija esforço.
Dentro de cada criança existe um ser
extraordinário. Nunca subestime seu filho. Mostre para
seu filho não somente o alvo, mas como acertá-lo;
Devemos ensinar nossos filhos que a excelência
são características dos vencedores. “Os pais devem
ensinar os filhos, desde a mais tenra idade, a colocar
excelência em tudo que fazem” (GONÇALVES, 2016).
Treine seu filho para a vida e não pra você.
Ensine-os a superar os obstáculos que surgirão em sua
caminhada. Não os proteja a ponto de sufoca-los.

A superproteção o impede de obter


vitórias por méritos próprios. Águia
destrói o ninho com o propósito de
impedir que sua cria volte à
comodidade. Leva seu filhote às
alturas e, de lá, o atira no abismo da
atmosfera, a fim de despertar nele a
poderosa força do “rei das aves”. E
nós, humanos, o que fazemos com
nossos filhos? Também os
preparamos para serem
independentes e atuarem com
coragem e determinação pelo mundo
afora? (GONÇALVES, 2016).

Filhos superprotegidos sempre terão dificuldade


de vencer na vida. Eles não atingem o ápice da
maturidade, são irresponsáveis e geralmente são
omissos a decisões importantes. Filhos superprotegidos
são rebeldes na sua adolescência e dominadores, pois
tudo quando querem os pais fazem.
Ser pai basta que no ato sexual o sémen fecundo o
óvulo e depois de nove meses você será o mais novo pai.
Contudo, agir como pai é muito mais que fecundar um
óvulo. Ser pai é fecundar o filho para a vida. É fecundar
suas emoções e ser participante até que este voe com
suas próprias asas.
Ser pai é entender que os filhos não precisam que
você seja amigos deles, mas que seja um pai inigualável.
Os amigos são transitórios e limitados, mas os pais são
eternos e ilimitados. Eles sempre estarão nos momentos
mais difíceis da vida do filho.
Tiba (2009) diz que “o filho pode ter quantos
amigos quiser, mas pai ele só tem um; mesmo que sua
mãe case outra vez, o marido dela não é o pai”.
Portanto, os pais devem amar o seu filho como ele
é, e o filho deve amar seus pais como eles são.
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SITES

https://amofamilia.com.br/tipos-de-pai-que-nenhum-
filho-gostaria-de-ter/

www.vittude.com/blog/transtorno-de-personalidade-
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