Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SEJA BEM-VINDO
Estamos muito animados por você ter começado a ler este livro. O
que segue é o resultado de anos de experiência e pesquisa, e como
aprenderá no último capítulo, convidamos você ao longo processo
para entender e defender a paternidade. Este não é um romance ou
um livro-texto que, depois da leitura, você deixará acumulando pó
na estante. Antes, esperamos que você use-o para formatar sua
jornada ao longo da devastadora realidade da ausência de
paternidade. Desejamos também que o livro seja usado com guia
para invadir o inferno do mundo com o céu na sua família,
comunidade e país.
PREFÁCIO
A única coisa necessária para o triunfo do
mal é que os homens bons não façam nada.
E B
Quanto mais eu oro e penso sobre isso, tenho mais certeza de que
o epicentro da mudança no mundo consiste em restaurar um
entendimento correto e a prática da paternidade divina. Devemos
rejeitar as realidades desconectadas e quebradas da vida “na Terra”.
Precisamos conduzir pessoas aos céus, ajudando pais ao redor do
mundo a trazer o céu à Terra na família, nas culturas e nos países.
Para ver um mundo melhor, ouvir gritos de alegria em vez de gritos
de dor, precisamos de pais piedosos para liderar a família em uma
revolução de restauração. Precisamos ajudá-los a trazer o céu para
a Terra.
CASSIE
Eu não pude falar, não falei. O apóstolo Paulo teve de falar em meu
lugar. Paulo, o refugiado, que vivia em perseguição, que
experimentara a presença da morte. Ele poderia falar. E assim fez.
Eles ouviram. Eles creram. Eles foram animados. Eles ficaram
satisfeitos. Deus ficou contente e eu, espantado.
Ainda assim, havia algo bem dentro de mim dizendo: “Você não veio
aqui para ensinar coisa alguma; você veio aqui para ser ensinado.”
Pouco antes de sairmos do acampamento pela última vez,
providenciamos entrevistas para que eu pudesse descobrir por que
as pessoas acabaram em campos de refugiados. Por que deixavam
seu país, casa, família e amigos e tudo que é valioso para os seres
humanos comuns?
Eu pude notar que ele se sentia responsável por seu povo. Ele era
um ancião de sua aldeia, a quem as pessoas buscavam por
orientação e proteção.
“Por que, Senhor? Por quê? Por que isso aconteceu?” Eu queria
lhes dizer que as coisas não acontecem por acaso. Onde há razões
existem soluções. Talvez se eles não tivessem feito alguma coisa
para provocar essa situação, nada disso teria acontecido. Esse é
um mecanismo de autopreservação, uma forma de negação para
culpar as vítimas.
Ele deu de ombros. Seus olhos estavam vazios. Seu olhar distante,
sua figura pateticamente mansa.
- Satanás veio à Terra.
- O quê? - eu soltei.
- Satanás veio à terra, senhor!
- Quem é essa milícia? De onde eles vêm? Quem as arregimentou?
O que transformou jovens criados à imagem de Deus em bestas
desumanizadas que poderia assassinar mulheres e crianças e
velhos e ... quem são eles?
Filhos de pai que é presente são mais propensos a ter níveis mais
elevados de realização econômica e educacional, sucesso
profissional, competência profissional, melhores resultados
educacionais, expectativas de ensino superior, maior nível de
escolaridade, e bem-estar psicológico. (Apêndice A)
“Eu sei que Deus está comigo, pai. Mas agora eu preciso de alguém
com pele.”
O PRIMEIRO ANO
Mesmo a partir das primeiras horas após o nascimento, a mãe
transmite uma sensação de intimidade para o bebê. Muitas
maternidades encorajam a mãe a ter um momento de “pele com
pele” com o filho assim que nasce. Tal intimidade vai determinar em
grande medida como essa nova pessoa vai ser capaz de lidar com
intimidade emocional durante anos posteriores. Erickson sugere que
confiança e desconfiança também são aprendidas nos primeiros
meses de vida.
AOS 13 ANOS
Este é o primeiro ano do rito de passagem. No capítulo 9, ainda
vamos descobrir como isso deve ser feito, mas aqui basta dizer que
é importante para o filho ser liberado e lançado para essa próxima
fase da vida por seus pais. Aos 13 anos, os pais devem dizer algo
como o seguinte para seu filho:
Fase do amadurecimento
AOS 21
Este é o ano em que entramos na idade adulta. Um novo rito de
passagem é dado a seu filho. (Leia o capítulo 9 cuidadosamente
para ver o quão valiosa esta cerimônia pode ser.) No dia em que
você envia seu filho ou sua filha para a idade adulta, você deve falar
profunda e claramente a seu coração:
Nesta junção no meio de sua vida, você tem três opções para
escolher sobre como viver a vida de agora em diante:
— Brianna K. Slon
As pesquisas psicológicas nos dizem que ainda crianças sabemos
em nosso íntimo que - precisamos de um pai. Esta velha canção de
Elvis Presley descreve uma condição que é muito familiar em todo o
mundo. Seu título original era “O Ciclo Vicioso.” Ela fala mais alto
com o que não diz.
1. NO GUETO
Como a neve voa
Em uma fria e cinza manhã de Chicago
Um pobre bebê nasce
No gueto
2. O POÇO DA INSEGURANÇA
Alguma vez você já sentiu que alguém que você conhece não está
vivendo na própria pele, que está fingindo, tentando ser outra
pessoa; que se esforça muito para ser alguém aceito, reconhecido e
parecer bem-sucedido? Eu tinha um amigo assim. Ficamos amigos
porque estudávamos juntos e íamos juntos para a aula, já que
éramos vizinhos e morávamos fora da cidade. Ele parecia
estranhamente maduro. Tínhamos apenas de 23 anos de idade e,
embora já fôssemos casados, ainda estávamos em processo de nos
moldarmos a uma vida de seminarista. Não poderia reivindicar o
amadurecimento. Ainda tínhamos que descobrir muitas coisas.
Meu amigo não vivia assim. Ele tinha uma certeza estranha sobre si,
uma certeza que nunca parecia bem fundamentada. Havia algo de
não convincente nele. Por que digo isso? Eu vi isso em sua mulher
e em seus outros amigos. Eles nunca se sentiam próximos dele,
porque sua certeza absoluta repelia ao invés de atrair as pessoas
para mais perto. Sentíamos que ele sempre tentava ser melhor que
os outros, em vez de ser com os outros. Tentava convencer em vez
de colaborar. Tentava impressionar em vez de transmitir. Era como
se ele usasse o terno da certeza em vez de se fundamentar nas
próprias convicções.
De onde veio tudo isso? Ele perdeu o pai muito cedo na vida e teve
de ajudar a mãe com as despesas da família. Teve que vender
biscoitos de porta em porta, quando era mais novo para que
pudessem sobreviver. Isso deixou uma insegurança profundamente
enterrada dentro dele, e, a partir dessa insegurança, ele
reestruturou sua percepção de como deveria se comportar. Andou
numa pele que não era a sua. Suas inseguranças o fizeram agir
estranhamente.
Na mitologia grega, quando Aquiles era bebê, foi predito que ele
morreria jovem. Para evitar a morte, sua mãe Thetis tomou Aquiles
e levou-o ao rio Styx, que se cria oferecer poderes de
invulnerabilidade, e mergulhou seu corpo na água. Mas, como
Thetis segurou Aquiles pelo calcanhar, o calcanhar não foi lavado na
água do rio mágico. Aquiles cresceu para ser um homem de guerra
que sobreviveu a grandes batalhas. Mas um dia, uma seta
venenosa atingiu-o no calcanhar, matando-o pouco depois.
Todo mundo tem inseguranças. Ser consciente de nossos
calcanhares de Aquiles e superar as tentações para reagir a partir
dessas inseguranças é um dos fatores mais importantes que os pais
devem trabalhar.
3. FERIDAS PATERNAS
De todas as nossas inseguranças profundas não há uma que tenha
impacto tão profundo quanto a ferida da ausência de um pai.
Frederick Buechner escreve em seu livro, The Magnificent Defeat,
sobre um menino que matou o pai com uma espingarda em um
momento de raiva, e, logo após o acontecido, um guarda ouviu o
garoto na cela da prisão chorando e gritando “Eu quero o meu pai,
eu quero o meu pai ! “14
Já me deparei com muitos homens que confessaram ter odiado o
próprio pai, mas, ao mesmo tempo tinham sede palpitante de um
abraço paternal. Parece que as feridas paternas têm se voltado
contra os próprios pais que as causaram. Uma boa dose da raiva
masculina é apenas tristeza não processada; a tristeza de um
anseio que nunca foi saciado.
6. NEGLIGÊNCIA DE IDENTIDADE
□ Não sei a que lugar pertenço (espírito órfão).
□ Não sei o meu significado.
□ Estou à deriva em um barco.
□ Estou atormentado por inseguranças.
□ Encontro minha identidade no meu desempenho no trabalho.
□ Não sei quem eu sou; sofro confusão de identidade.
□ Mascaro meu verdadeiro eu, adotando uma identidade diferente
que será aceita.
□ Às vezes, me torno agressivamente defensivo.
□ Não tenho certeza de quais escolhas fazer.
□ Não tenho um conjunto claro de valores.
□ Não tenho na minha vida almas gêmeas próximas de mim (amigos
íntimos).
□ Não tenho um propósito claro / chamado na vida.
8. NEGLIGÊNCIA DE AFIRMAÇÃO
□ Não sei qual é o meu valor real (meu significado).
□ Recebo elogios com desconfiança.
□ Não sinto que tenho alguma contribuição a dar.
□ Sempre me sinto incerto.
□ Sempre me questiono.
□ Tento impressionar as pessoas o tempo todo.
□ Sofro com imaturidade.
□ Não entendo o significado dessa fase específica da minha vida.
□ Não confio quando alguém me elogia.
□ Tenho dificuldade em discernir meus dons / talentos.
□ Não me sinto apoiado.
□ Não sei se eu tenho o que é preciso.
□ Não tenho a certeza se eu um dia eu irei atender às expectativas.
A. ASSUMA O PROBLEMA
Ao assumir o problema, você tem que identificar a ferida, saber de
onde veio e por que causou tanta dor, só então poderá entender o
dano que causou ou ainda causa em sua vida.
1. Você tem que reconhecer que você tem uma ferida paterna
ou materna e que deseja obter a cura. Às vezes, temos pontos
cegos no presente, mas, por favor, olhe atentamente para os
sintomas de comportamento mascarado ou até mesmo destrutivo e
ouça quem você confia para ajudá-lo a identificar comportamentos
destrutivos em sua vida.
2. Dê nome à ferida: por exemplo, “Meu pai fez isso ou aquilo” ou
“Meu pai deixou de fazer isto ou aquilo.”
3. Dê nome à necessidade insatisfeita afirmando-a verbalmente:
Diga claramente o que você queria ouvir / ver / vivenciar com seu
pai, ao completar a seguinte frase: “Eu queria que meu pai
reconhecesse / dissesse / fosse / fizesse ... “ Para deixar isso bem
claro, pode ser necessário que você escreva uma carta a seu pai,
sem entregá-la.
4. Encare os fatos sobre o impacto da ferida paterna: Tente
entender se isso gerou uma raiva em você para com ele, com a vida
ou com Deus. Também tente reconhecer se há outros sintomas
relacionados a essas feridas presentes em sua vida como,
passividade, escapismo, procrastinação, explosões, fofocas e assim
por diante. Pense no impacto direto que o comportamento do seu
pai influenciou em seu comportamento. Enfrente o fato de que você
pode optar por continuar a ser uma vítima ou tornar-se vitorioso
sobre sua situação.
B. PERDOE A PESSOA
O perdão não é rendição. O perdão é um forte ato de anulação da
dívida de alguém além de decidir pagar o preço sozinho. É por isso
que ter autoridade sobre a transgressão primeiramente é tão
importante, para, em seguida, passar de “você me deve” para “eu
lhe devo” é o ato de autossacrifício difícil do perdão.
Se você não está convencido de que a confissão direta a seu pai vai
ser benéfica para o seu relacionamento com ele, escreva tudo o que
você quer dizer a ele em uma carta (seja específico e entre em
detalhes, tanto quanto você puder). Quando entender que disse
tudo o que queria na carta, queime-a ou destrua-a de uma forma
que traga encerramento da questão para você.
D. ANDAR JUNTOS
Muitas pessoas podem não ter total restauração por causa do
contexto individualista em que vivemos. Igrejas ajudam muitos com
compromissos pessoais, mas o processo de discipulado, que
significa “caminhar com Jesus,” não é seguido.
14. HÁ ESPERANÇA!
Em uma conferência sobre paternidade um homem começou
dizendo: “A semana passada foi a melhor semana da minha vida!
Por quê? Porque, pela primeira vez na minha vida de 56 anos (em
seguida ele engasgou-se, mas continuou depois de alguns
momentos de profundas antecipações), ... meu pai ... me tomou em
seus braços ... e disse: ‘Eu te amo, meu filho. Ele disse, ‘Eu te amo’.
Ele está com 89 anos.”
Seu chefe o chamou para lhe desejar o melhor. Rohan agarrou esta
oportunidade de ter uma conversa que todo filho deveria ter com o
pai. “O que significa ser marido?”, ele perguntou ao seu chefe, que
riu com a pergunta. “Não, não”, Rohan respondeu: “Eu não estou
falando sobre a noite de núpcias; Eu estou falando sobre a vida.”
Seu chefe parou de rir, porque a pergunta era muito profunda.
O QUE É UM HOMEM?
Ele é alguém que é forte e alto,
Ou é firme e talentoso quando joga bola?
Ele é alguém que é endurecido e áspero,
Quem fuma, bebe e xinga o suficiente?
Ele é alguém que persegue as mulheres pra valer,
Com uma missão para conquistar, mas nunca baixando a guarda?
Ele é alguém com uma boa mente para os negócios,
Quem fica à frente dos outros, trabalha muito?
Ou ele é alguém que tenta o seu melhor,
Sem se preocupar com os demais?
O que é um homem? Alguém sabe?
CONTE-ME!
Quem é o protótipo? A quem devo ir?
-Anônimo
Stephen Covey nos deu um grande insight em seu livro, “The 8th
Habit” (O oitavo hábito), sobre a questão da condenação de uma
ordem superior quando ele fala sobre “Encontrar a voz”. Ele define a
voz como “o significado pessoal e único”. Ele diz que cada homem
deve estar consciente sobre “a voz” de modo que seja capaz de
viver a partir daquela voz e não permitir que seus pensamentos e
ações sejam determinados pelo “software cultural” da sociedade.
Fazer a escolha para viver pela “voz” pode levar-nos à grandeza e
não nos permitir cair na mediocridade, ou pior, na depravação.
Certa vez, telefonei para o hospital para saber se meu irmão, que
tinha sido internado no dia anterior, ainda estava lá, para que eu
pudesse visitá-lo. A recepcionista me disse que ele ainda estava no
hospital, então entrei no meu carro e dirigi 57 quilômetros, apenas
para descobrir que ele tinha sido liberado algumas horas antes.
PATERNIDADE DE VERDADE
Onde encontramos os verdadeiros papéis da paternidade?
Estudando sobre Deus, o Pai de todos os pais, em relação ao seu
Filho Jesus. Na Bíblia, encontrei quatro papéis distintos de um
verdadeiro pai.
Então Ele diz, a quem amo. Essas palavras abraçam Jesus com
Segurança Emocional. Você pode imaginar o quanto significou para
Jesus ouvir aquilo no início de seu ministério na Terra?
VEM DE BAIXO
Autoridade moral não vem de cima, governando todos abaixo, mas
de baixo para cima, levantando os que estão embaixo. Autoridade
moral jamais abusa do poder. Estive nas nações da África, onde os
pais agem como pequenos reis; todos devem fazer o que ele diz e o
que ele diz é muitas vezes inconsistente. Ele se vê acima dos outros
e lida com as pessoas em sua casa como se fossem seus pequenos
escravos. Não é de admirar que o chamado para a igualdade de
gênero é tão alto na África.
Mas autoridade moral não abdica de poder também. Estive em
casas na América do Norte, onde toda a autoridade moral vem das
mães, mesmo para com os pais. Em muitos lugares do mundo, os
homens têm preguiçosamente entregado seu papel às mulheres.
Jesus demonstrou claramente como usar o poder. Ele
evidentemente exercita autoridade.
Marcos 7:36–37: Lemos que mesmo que Jesus pediu-lhes para não
falar sobre os milagres que ele fez, eles foram surpreendidos com
espanto e disse: Ele tem feito tudo bom, ele faz os surdos ouvirem e
os mudos falarem.
“Mas entre vós será diferente. Aqueles que são o maior entre vós
deve tomar o posto mais baixo, e o líder deve ser como um servo.
Quem é mais importante, aquele que se senta à mesa, ou quem
serve? A pessoa que se senta à mesa, é claro. Mas não aqui!
Porque eu estou no meio de vós como aquele que serve”.23
“Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu
coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre
elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo
caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como
um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes
das portas de sua casa e em seus portões.” (Deuteronômio 6:1-9)
Por que Deus deu-lhes as leis? Para que eles soubessem o que
fazer depois de terem atravessado o Jordão. O que está do outro
lado do Jordão? A terra prometida. Essas leis foram dadas para
permitir que nossos filhos vivessem na Terra Prometida. Não apenas
no céu algum dia, mas agora. “Na terra como no céu.”
Um pai deve ter clareza. Ele deve saber que sabe. Um pai deve ter
clareza de convicção e direção. Tal convicção não se baseia na
incerteza nem na instabilidade das próprias preferências flutuantes
ou dos modismos de seu ambiente. Isso não é clareza. Não é
arrogância que eleva o pai acima dos outros. É, antes, clareza que
testifica a estabilidade e uma base sólida no que é bom e
verdadeiro.
Em seu livro, The 8th Habit, Oitavo Hábito26 Covey escreve que
cada um tem a opção de ouvir a voz interior que nos levará da
mediocridade à grandeza. Aqueles que são determinados pelo
modismo cultural acabam na estrada abaixo da mediocridade,
enquanto aqueles que vivem de dentro para fora, da obediência à
voz interior que nos convence da nossa singularidade significativa,
acabam na estrada para a grandeza. A maioria dos pais é arrastada
pela cultura reinante e, portanto, acabam na mediocridade. Fazem o
que os outros fazem, pensam como os outros pensam e não fazem
a descoberta que o porquinho no filme Baby fez quando disse: “Aqui
fora cheira mal”.
Então Summer pensou, “Se algum dia me casar, quero que seja
com um homem como esse.” Voltando sozinha para o quarto, seus
pensamentos se voltaram do pai para o filho. Ela nunca antes tinha
visto Marcelo como alguém mais do que um amigo, mas agora,
tendo, pela primeira vez na vida, visto uma imagem clara de como
um marido deveria ser, de repente, ela começou a pensar em
Marcelo. Ele era muito parecido com o pai. Era um homem em
quem ela poderia colocar suas aspirações. Autoridade moral é
atraente. Summer está casada com Marcelo já há muitos anos.
PARTE II - A CLAREZA DE UM PROPÓSITO
CONHECENDO A MISSÃO
Precisamos de clareza de princípios e de propósito. Para isso,
necessitamos compreender alguns fatores importantes relacionados
à nossa missão na vida.
Mais que isso, soprou Seu Espírito em nós de modo que é possível
compreender essa missão, ouvir a voz que nos guia nela e
obedecer ao chamado missionário. Toda a humanidade deveria
estar nessa missão. Um autor desconhecido escreveu:
Dietrich Bonhoeffer:
Quando Cristo chama um homem, ele manda-o vir e morrer.
E: Responsabilidade verdadeira é uma manifestação de
desinteresse, que surge de ser um “vice”, que age em nome dos
outros.30
Madre Teresa:
Uma vida não vivida para os outros não é uma vida.
Liste essas coisas e marque duas ou três delas que você sente
fortemente que teriam sido abordadas por Jesus se Ele fosse
enviado novamente hoje para restaurar este mundo.
Completar a frase, de acordo com o que você pensou: Deus quer
restaurar este mundo pela____________ ____________ (a ação e
grupo-alvo - por exemplo: capacitar os marginalizados) neste
contexto de_______________________ (a condição - por exemplo,
a pobreza).
Isto pode ser feito ao preencher a seguinte frase: Deus quer mudar
____________ (o grupo alvo ou o problema) de___________ (a
condição existente) para ____________ o resultado preferido) em
minha comunidade / país.
MEU PROPÓSITO É INFLUENCIADO POR QUEM EU SOU
UNICAMENTE
As perguntas sobre as minhas preferências, formação, paixões,
dons, habilidades e assim por diante, vêm por último. As pessoas
frequentemente tentam encontrar a própria vocação, pensando nas
próprias forças ou nos próprios dons, paixões ou habilidades
primeiro e, em seguida, argumentam que Deus nos criou para uma
contribuição específica. É importante considerar isso, mas é
definitivamente secundário para o Kairós de Deus e as
necessidades do nosso tempo. (‘Kairós’ é tempo designado de
Deus). Em vez de pensar: “Eu sou bom nisso e, portanto, quero
fazer esta ou aquela diferença”, devemos pensar: “Deus quer, para
abordar essa situação num contexto de clamor por uma resposta,
usar-me devido aos meus pontos fortes, ou apesar das minhas
fraquezas”. Só quando tivermos essa sequência correta no processo
de pensamento, poderemos chegar ao terceiro fator importante: o
que Deus criou exclusivamente em mim para contribuir para este
mundo.
“Seu divino poder nos deu tudo que precisamos para vida e
piedade através do nosso conhecimento de Deus. Ele nos
deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que
por meio delas você possa participar da natureza divina e
escapar da corrupção no mundo, causada pela cobiça.”
ESPIRITO X CARNE
Agora temos dois poderes que trabalham em nós: o espírito e a
carne. Esses dois poderes estão em constante batalha (Gálatas 5:
16-18) e nós só podemos viver com autoridade moral, se
permitirmos o Espírito vencer constantemente sobre nossa carne.
Podemos estar confiantes desta vitória já que a Palavra nos lembra
em Romanos 8:11: se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos
mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo dentre os
mortos também dará vida aos vossos corpos mortais por meio do
seu Espírito, que habita em vós.
OBEDIÊNCIA X DESEJOS
Podemos ser saturados pela Palavra de Deus e podemos ter o
Espírito de Deus vivendo em nós, mas ainda cair em desobediência
e desastre. A obediência à voz da Palavra e do Espírito é essencial,
para o Pai estabelecer autoridade moral em nós.
DA FARMÁCIA OU DO LABORATÓRIO
Ir a uma farmácia e ir a um especialista são duas experiências
totalmente diferentes. Quando vou a uma farmácia eles me
perguntam o que eu quero ou qual é o problema. Quando eu
menciono o problema, eles vão diretamente a uma caixa de pílulas
pré-embaladas, tiram-na da prateleira e a entregam a mim. É um ato
generalizado, quase mecânico, para um problema que pode ter uma
variedade de causas. Às vezes, me pergunto, “É tão fácil encontrar
solução para uma questão complexa assim?”
PURIFICAR A CONSCIÊNCIA
A nossa consciência está situada em nosso homem interior. Se ela
não for constantemente revitalizada, pode crescer calejada e perder
a sensibilidade. Nossa consciência deve funcionar como um
diapasão para o nosso comportamento. Calibrada pelo o espírito
vivo, deve avisar-nos imediatamente quando desafinamos. Para
manter a consciência afinada, devemos ficar perto da Palavra e do
Espírito, e também constantemente examiná-la e permitir que
nossos mentores nos ajudem nesse processo.
Purificar a consciência significa regularmente:
O pai tem que aprender a viver da parte mais profunda de si, onde a
consciência está alinhada e essa consciência precisa ser purificada
regularmente pela Palavra e pelo Espírito.
Tendo feito isso, você agora está com pressa ainda e se esquece de
dar um beijo de despedida na sua esposa, mas na garagem você
ouve a voz pequena de novo, “Vá beijar sua esposa e se despedir
dela.” Se você ignorar a voz, o fruto da desobediência será
infelicidade, mas se você sair do carro, voltar a casa e der um bom
beijo de despedida em sua esposa, o fruto da obediência será
alegria e paz. Assim, é como treinamos a nós mesmos para agir
com consciência por meio da obediência. Precisamos entender
como purificar a nossa consciência e também como agir de acordo
com ela. As ações de um pai devem ser sincronizadas com uma
consciência purificada.
Temos que entender que, como pais vamos ter de dizer não a
coisas ao nosso redor e em torno de nossos filhos. O mundo é como
uma mistura do bem e do mal e temos de diferenciar e traçar linhas
para os nossos filhos. Eles não podem apenas receber de tudo, sem
filtro. E se o pai tem de estabelecer autoridade moral a seus filhos,
terá de demonstrar a eles como filtra a vida e ao que deve dizer não.
Isso não significa que temos uma atitude negativa em relação ao
mundo. Estamos de acordo com Paulo quando ele diz em 1Timóteo
4:4: “porque tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser
rejeitado”. Mas então, temos que saber que certas coisas têm de ser
(consagradas) por meio do filtro da Palavra e Oração. Nós somos o
sal do mundo (Mateus 5:13) e devemos preservar o mundo pela
dissolução do mal e afirmação do bem.
E ela disse:
Em seguida eu disse:
b) Ações Imorais: Uma vez que uma criança tem idade suficiente
para entender que uma ação específica é imoral, ação disciplinar
imediata deve ser tomada indicando claramente que isso nunca será
tolerado e que o autor terá que arcar com as consequências. Por
exemplo: quando uma criança de 12 anos de idade assiste
pornografia na internet, ela pode ter um aviso, mas com a próxima
transgressão ela deve ser impedida de todo o acesso à internet em
casa, por um longo período de tempo, até que haja boas evidências
de que isso nunca vai acontecer novamente.
Muito mais coisas podem ser ditas sobre a disciplina, mas não
temos espaço aqui. Para mais informações sobre este assunto,
você pode ler o apêndice D sobre o uso de castigos como forma de
disciplina, sobre como disciplinar uma criança teimosa e geniosa, e
no apêndice F técnicas que podem diminuir a agressividade em seu
filho.
GRUPO DE INTERESSE SOBRE A DISCIPLINA POSITIVA
Os pais têm pouca formação sobre como disciplinar as crianças e,
na maioria dos casos, os exemplos de disciplina de seus próprios
pais não ajudam muito. Isso muitas vezes cria muita tensão entre o
pai e mãe e deixa muitas incertezas sobre como ter uma boa
execução de disciplina. Acreditamos que a melhor cura para essa
situação reside na seguinte sugestão: reúna um grupo de interesse
com pais de crianças com mais ou menos a mesma idade e leve-os
a discutir questões relativas à disciplina. Essas perguntas podem
ser sobre temas como “o que eu faço quando o meu filho ...” ou
“qual é a melhor hora de voltar para casa?” ou “devo dar palmadas
no meu filho?” e assim por diante.
Os resultados pretendidos em discussões sobre este tema são:
“Um mensageiro veio para a fazenda com uma história para contar.
Era uma história sobre a progressão da “primeira guerra mundial”
(WWI) na África Oriental Alemã e sobre um jovem homem alto, que
foi morto na guerra.”
Suponho que ele não era mais alto do que a maioria dos
que foram mortos lá e também não era melhor que os
outros. Era uma história comum, mas para Kibii e eu, que o
conhecia bem, achávamos que não havia nenhuma história
mais triste que aquela, e nós ainda pensamos assim.
Arab Maina sabia quem ele era, mas perdeu sua identidade, a sua
lança, como uma doença vista tantas vezes hoje em nossa cultura.
Mas ele tinha afirmado sua identidade, mesmo em seu filho mais
novo, porque Kibii sabia que ele seria um Murani e ser um homem
naquela cultura, era viver por sua lança.42
O CHOQUE DE CULTURAS
Identidade é um enorme problema para os nossos filhos, hoje.
Visitar o país Ocidental Africano de Mali em 2002 abriu meus olhos
para o problema da identidade global. As crianças de Mali, que era
considerado o país mais pobre do mundo, foram confrontadas com
duas realidades em contraste. Naquela época, havia apenas uma
televisão para cada 40 ou mais casas. As pessoas que tinham TV
as colocavam na porta da frente voltada para a rua e as crianças do
bairro vinham e se sentavam sobre pedras ou pedaços de madeira,
como se fosse um teatro, para assistir a programas de TV. Dois
mundos diferentes colidiram muito obviamente: o mundo na tela da
TV, onde viam carros chamativos e o estilo de vida californiano, e o
mundo em que viviam, um mundo onde só possuíam uma panela,
um prato e dois conjuntos de roupas se fossem afortunados. Na
maioria dos casos, eles nem sequer tinham camas. Como você
concilia esses dois mundos em sua mente? À medida que cresciam
na busca por uma identidade, onde ancoravam a sua identidade?
Quem eles queriam ser? Aspiravam a quê?
Foi ainda mais difícil para os meus filhos. Não foi fácil para eles
crescerem, lidando com a cultura predominante do Apartheid, mas
suas dificuldades começaram muito antes disso. Quando eu tinha
19 anos, apaixonei-me por uma menina de raízes inglesas. Eu
venho de origem estritamente africana. Quando digo estritamente
africana, quero dizer, estritamente no sentido superlativo. Meu avô,
Casparus Johannes Brink (do lado da minha mãe) lutou contra o
bisavô do meu novo amor na guerra Anglo-Boer no início do século
XIX. Essa menina Inglesa se tornou minha esposa, a mãe dos meus
filhos. Então onde é que isso deixa as crianças sobre a questão da
identidade? Quem seriam eles? Britânicos ou africanos? Eles
podem se parecer com qualquer outra pessoa branca, mas eles são
de duas tribos tão distintas como qualquer outra na África.
Cada país, cada cultura, cada indivíduo tem de lidar com esta
questão da identidade: Quem sou eu? A questão da identidade é
profunda e vai aparecer ao longo da vida de uma criança. Ela terá
que ter uma justa compreensão de sua identidade, aprendida em
casa, antes de entrar na adolescência, de modo que não vai ser
completamente engolida pela identidade de grupo na fase de grupos
e aventura. Ela terá de descobrir a própria identidade social na
adolescência, ao interagir com seus pares. Isso vai determinar muito
de como vai funcionar como cônjuge, mais tarde no casamento. Ela
vai novamente recalibrar sua identidade na fase do “mover-se para
fora e para cima”. A cultura do ambiente de trabalho molda bastante
a identidade das pessoas também. Todas as profissões carregam
uma subcultura original dentro da cultura maior. Então, quando a
fase dos 43 a 48 anos chega, mais uma vez haverá uma oscilação
de identidade.
ORIENTAÇÃO DE CONTRACULTURA
Por definição, os cristãos vivem um conflito de identidade, uma vez
que são “nascidos de cima” e estão “neste mundo, mas não são
deste mundo.” Portanto, devem compreender sua identidade
definida de forma muito clara, de modo a não ficar confusos. Manuel
Castells diz no livro, “The Power of Identity - O poder da identidade”,
que temos três origens e formas de identidade.43
A AUTOSSEGREGAÇÃO
Há outro fator sútil, mas muito pertinente e determinante no
estabelecimento de nossa identidade: integridade. A integridade tem
de estar enraizada em nós, de modo que o que nós pensamos,
dizemos e fazemos sejam sincronizados com ela. É ali que a vida
privada e pública são as mesmas; o ponto em que estamos em
contato com o nosso verdadeiro eu, confiante para expressá-lo e
não dissuadido por expectativas do público. Em suma, a integridade
é para ser real, para ser genuína e autêntica.
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal,
vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo
o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que
detesto.Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é
boa.Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que
habita em mim.Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne,
não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não,
porém, o efetuá-lo.Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal
que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não
sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.
1. Acredite que o mundo precisa de sua voz interior mais que seu
desempenho exterior.
2. Enfrente e lide com os medos de ser quem você é.
3. Aprenda a ouvir a sua consciência.
4. Aja com obediência imediata à voz de sua consciência.
5. Não fuja da intimidade ou confronto de uma vida verdadeiramente
vivida.
Uma das razões pelas quais Jesus disse que temos de nos tornar
como crianças (Lucas 18:17), pode ser porque em crianças as
lacunas entre o “Eu verdadeiro”, o “Eu atual” e o “Eu apresentado”
sejam muito menores. Elas são incrivelmente espontâneas. Quando
a vida continua, sua identidade torna-se dispersa. Temos, portanto,
que nos tornar como crianças. Temos que ser verdadeiros, mesmo
sobre os nossos pecados e defeitos. A nossa intenção nunca deve
ser ter boa aparência, mas devemos nos esforçar para ser bons no
nosso núcleo. Devemos nos esforçar para realmente amar as
pessoas sinceramente, de coração, de modo que não precisaremos
fingir que amamos. Jesus disse para amarmos uns os outros como
amamos a nós mesmos. Com isso, ele queria dizer que, já que
amamos a nós mesmos espontaneamente, com cuidado interior e
autopreocupação, devemos amar os outros da mesma forma. A
solução real para o “eu disperso” é que devemos ser transformados
a partir do nosso núcleo (Jesus disse: “você deve renascer” - João
3: 6). Então, quando o meu “Eu verdadeiro” ama e busca o benefício
de outras pessoas, podemos amar com sinceridade. Não há
fingimento e o “Eu verdadeiro”, o “Eu atual” e o “Eu apresentado” se
tornam um.
O pai deve não só ensinar aos filhos quem são; deve usar situações
que demonstrem o contrário do que quer que seus filhos sejam ao
afirmar claramente o que a sua família não é. Em um mundo de
contrastes, as crianças devem ver isso claramente.
Quando você é um príncipe, você deve agir como futuro rei. Quando
você é uma estrela nacional do esporte, deve agir em conformidade
com isso no campo. Já que minha esposa é muito mais do que uma
cozinheira e uma empregada doméstica, ela deve agir assim. O pai
deve certificar-se de que todos na casa sejam bem fundamentados,
conheçam e ajam de acordo com a própria identidade e vocação
primária.
CHAMADOS: FILHOS DE DEUS!
A declaração mais surpreendente é feita em 2 Crônicas 7:14: “Se o
meu povo que se chama pelo meu nome...” Aquele que criou as
galáxias e as estrelas nos chama pelo Seu nome. É fenomenal
pensar que esta é a nossa identidade primária.
Quando meu filho George foi para a faculdade nos Estados Unidos
para jogar tênis eu o ajudei a se lembrar de que ele não deveria ser
conhecido como George, o tenista; mas George, o filho de Deus que
joga tênis. Nós ensinamos isso para atletas de elite também.
Lembramos-lhes de que primeiro são filhos de Deus. Ou seja, a sua
identidade primária. Apenas em segundo lugar, são atletas. “Viva a
sua identidade criada por Deus. Viva generosamente e
graciosamente para com os outros, assim como Deus vive para com
você.”44
De acordo com a cultura Xhosa, da qual ela faz parte, o novo marido
pode decidir se as crianças devem ficar ou ir, e ele disse:
Alguns anos mais tarde a avó Kwena morreu e ela teve de sair de
casa novamente, dessa vez para a tia Ntombi. Logo depois que ela
se mudou, titia Ntombi adoeceu, e a doença simplesmente não ia
embora. Ela morreu aos 45 anos. Alguns sabiam que ela tinha “a
doença”. Outros simplesmente disseram que era tuberculose.
Para onde agora? O veredito veio. Ela foi para a casa da tia Thoko.
Dois anos mais tarde, ela foi enviada para a casa de uma amiga de
sua mãe. Ela tinha apenas 12 anos, e ficou lá por um ano. “Esse foi
um ano difícil. Eu não conhecia as crianças. Muitas vezes me sentia
como se eu fosse apenas tolerada por lá. Fui levada de volta para a
tia Thoko.”
Aos 14 anos, ela era uma das seis pessoas que moravam em um
pequeno barraco no município de Kayamandi. “Quatro de nós
dormíamos em um colchão. Um casal de namorados dormia no
quarto ao lado de nós.”
Isso não era bom. Tia Thoko não podia alimentar todos, e um dia
disse:
- Abongile, você terá que sair de casa e encontrar o seu próprio
lugar.
Ela teve que ir. Mas para onde?
- Há uma criança, uma das minhas crianças Kuyasa (membros do
coro), em busca de uma casa. Ela não tem onde ficar - minha
esposa Jenny me disse um dia.
- Mas, certamente, deve haver um lugar para onde ela possa ir - eu
respondi.
- Ela esgotou todas as possibilidades com os seus familiares e
amigos. Não há nenhum.
- Isto é impossível. Toda a família?
- Cassie, estamos procurando uma casa para ela há mais de duas
semanas. Essa criança vai dormir na rua e eu não posso permitir
que isso aconteça. Eu não sei o que fazer.
- Você deve se esforçar mais. Eu realmente não posso imaginar que
não exista ninguém que possa ajudá-la.
Uma semana mais tarde, Jenny tocou no assunto novamente.
- Nossa filha vai se casar em duas semanas, e vamos ter um quarto
vazio na casa. Eu não posso dizer que não temos quarto disponível.
Ela é a minha favorita entre todos os outros membros do coral. Eu
adoro o jeito dela. Parecia que minha esposa já estava com a ideia
pronta na cabeça.
- Podemos levá-la para nossa casa? - Jenny foi cautelosa.
- Quer dizer, a nossa casa?
- Sim.
- Você quer dizer, que ela vai morar com a gente?
- Sim.
Havia uma certeza em sua voz que não me agradava. Ela tinha me
dado uma escolha, eu precisava de tempo para tomar essa decisão.
“Eu vou orar sobre isso”, foi o que eu disse, quando na verdade o
que eu estava pensando era: “Essa é uma boa maneira de ganhar
tempo para sair dessa situação difícil”. Mas eu tinha de orar, porque
eu sabia que minha esposa iria voltar com o mesmo problema e eu
queria sair dessa. Isso poderia complicar nossa vida. Isso poderia
realmente complicar muitas coisas.
Você ora: “Senhor, dê uma boa razão para não adotá-la.” Isso me
pareceu bom, porque isso era o que eu realmente queria saber,
mas, de uma forma ou de outra, eu sentia que Deus não se
impressionaria com um pedido assim. E agora, como devo orar
então? O que você ora antes de dizer, “Que a sua vontade seja
feita”?
De repente, percebi que a busca por um lar para esta criança órfã
tinha chegado ao fim. Não há mais necessidade de discutir ou falar
ou mesmo orar. A resposta era óbvia, “Abongile, pode vir!”
Ela veio de um barraco muito pequeno, de dois quartos ocupados
por seis pessoas, e agora está em uma casa muito maior ocupada
por cinco pessoas. Ela se mudou para um espaço totalmente novo,
um ambiente totalmente novo, toda uma nova maneira de pensar,
uma forma totalmente nova de fazer as coisas, toda uma nova
maneira de viver, e um modo de ser família, que ela nunca
experimentou antes.
Isso foi o que Abongile me ensinou. Sua adoção foi tanto para mim
como foi para ela. Eu estava impressionado com a descoberta de
que Deus queria me atrair para a sua própria reputação. Deus,
Aquele que tem tudo, que começou e mantém tudo o que acontece,
que é a origem e o destino, a razão do porque tudo existe. Deus,
Aquele que é o benevolente, que tem o poder sobrenatural,
merecedor de todo o respeito, aquele que é a manifestação do
poder caracterizado pela glória, que não somente exerce a glória,
mas é Glória. O Deus único não quer aproveitar da sua própria
glória Ele mesmo. Ele quer levar você e eu para dentro dela. O que
é uma verdade impressionante. Deus quer celebrar, manifestar, e
exercer a sua glória em nós!
Ele quer fazer isso de uma forma muito íntima. Não da mesma
maneira que um acionista obtém ou possui uma parte de alguma
coisa. Não, quando Deus declara Sua intenção de nos atrair para a
Sua glória (Hebreus 2:10), Ele quer fazer isso como um pai faz para
com seus filhos. Sendo pai, eu sei quanto minha vida é ocupada
pelos meus filhos. Toda a minha intenção é criar um ambiente em
que as suas capacidades possam ser alimentadas, criar um
ambiente no qual o seu caráter possa ser moldado e para criar um
ambiente no qual possamos compartilhar e desfrutar juntos. Isto é o
que Deus quer - uma partilha íntima da Sua glória.
ESCOLHA INCULCAR OS
VALORES FAMILIARES CORRETOS
Os nossos valores são formados a partir de uma idade muito jovem.
Alguém disse bem: “Pessoas sem um sistema organizado de
pensamento estarão sempre à mercê de pessoas que têm um, ou à
mercê dos valores reinantes da sociedade.”
EXEMPLO
Se queremos que nossos filhos adotem um determinado conjunto de
valores, temos de lembrar da observação de Albert Schweitzer: “o
exemplo é a única coisa que realmente influencia os outros. Nossos
filhos são engolidos por diferentes sistemas de valores, muitos dos
quais vêm do que veem na televisão. Esses programas muitas
vezes têm a influência mais forte, uma vez que é um meio visual.”
Para combater essa forte influência, teremos de fazer melhor, por
meio da aplicação de todos os cinco fatores da inculcação de
caráter que Ryan fala a respeito.
Quando meu filho tinha 6 anos de idade, senti-me levado a lhe dizer:
“George, se você quer saber com o que um homem de verdade se
parece e como um homem deve amar a sua esposa, olha para mim
e eu vou lhe mostrar.” Por que eu tive o desejo de dizer isso a ele,
eu não sei, mas o que eu sei é que, quando me virei e sai do quarto
onde estávamos, uma enorme carga de responsabilidade caiu em
meus ombros. Era como se uma aliança com Deus e meu filho
tivesse sido selada. Daquele dia em diante, era como se meu filho
estivesse me olhando o tempo todo, mesmo quando eu estava
sozinho.
EXPLICAÇÃO
Depois de definir o exemplo, temos de acreditar que as crianças
podem copiar o que veem, temos de explicar a elas, porque esses
valores são escolhidos acima de outros valores. Temos de estar
convencidos de que os valores que escolhemos são melhores que
outras combinações de valores e devemos saber explicar o porquê
de termos dito isso. Os filhos devem saber que todas as escolhas
são feitas a partir da base de um sistema de valores, consciente ou
subconscientemente. Nossas explicações os ajudam a serem mais
conscientes, de modo que o sistema de valores contaminado pela
cultura reinante, não domine sua vida.
EXORTAÇÃO (INCENTIVO)
Com exortação acreditamos que a afirmação positiva (incentivo) do
bom comportamento é sempre muito mais forte do que a correção
do comportamento errado. As crianças devem ser encorajadas a
expressarem claramente seus valores no comportamento que
adotam e devem ser recompensadas com uma forte afirmação,
cada vez que fazem isso. Ouvi meu avô dizendo para minha mãe,
quando eu tinha apenas cinco anos de idade que, quando eu fazia
algo, eu fazia bem feito. Isso ficou comigo por toda a minha vida,
como inspiração enorme para continuar a tentar fazer tudo da
melhor forma.
Por que tudo isso? Você pode perguntar. Foi para ensinar para o
meu filho que eu não permitiria que os sistemas de valores da
cultura reinante determinassem as nossas decisões. Gostaríamos
de tomar nossas decisões, nós mesmos. E os nossos valores vão
determinar nossas decisões. Nesse caso, foi o valor de comprar o
melhor produto que podíamos e não permitir que a moda ditasse
nossas escolhas. A correção é muito importante.
AMBIENTE
Eu acredito que certos valores só podem influenciar nossos filhos
em ambientes específicos. Portanto, o pai deve expor
intencionalmente seus filhos a esses ambientes. Isso é
especialmente importante pouco antes de as crianças passarem da
fase “da casa” para a fase de “aventuras em grupo”.
Saí da viagem acreditando que todo pai que têm crianças que
crescem em uma zona de conforto, de afluência privilegiada deve
levar seus filhos, quando eles tiverem cerca de 10 anos, para um
ambiente extremamente oposto, para que possam aprender e serem
transformados no seu modo de pensar. Isso é essencial, antes de
entrar na adolescência, tempo em que vão encontrar o impacto do
sistema de valores que um ambiente rodeado de amigos causa.
EXPERIÊNCIA
Em outubro, eu acho que de 1995, meus filhos começaram a falar
sobre presentes de Natal. Fiquei chocado quando começaram essa
discussão, dois meses antes do Natal. Meu segundo incômodo foi a
maneira como eles se envolveram nessa conversa. Eles começaram
assim:
Minha esperança para nos tirar desse dilema estava em meu filho
George. Ele era o mais sensato de todos eles. Suas emoções não
determinavam suas decisões, e este não era o momento para
sentimentalismo.
- Por que você fez essa pergunta tola? Jesus, nos tira dessa.
Eu estava tão assustado quanto ela; eu só fiquei pensando se eu
tinha o direito de veto nessa situação. Então minha esposa respirou
fundo e com os olhos inabaláveis respondeu:
O pai precisa guiar sua família na escolha de seus valores. Mais que
qualquer outra coisa, os valores que você escolher vão determinar a
identidade de cada membro da família, se esses valores forem
seguidos.
Seguem dois conjuntos de valores. O primeiro poderia ser descrito
como um conjunto de valores cristãos e o segundo poderia ser
descrito como um conjunto de valores não cristãos. É sempre bom
não somente escolher os valores específicos, mas formular o valor
de contrapartida também. Isso define o valor que você escolhe, mais
especificamente. Se você, por exemplo, escolher simplicidade,
então você rejeita a acumulação de riqueza. Dessa forma, você tem
uma visão diferente. Há uma nuance diferente em seu significado.
Use os conjuntos de valores abaixo como indicadores de quais
valores você e sua família vão escolher juntos. Faça isso em uma
“reunião oficial em casa.” Anote os valores e os contra valores.
CONJUNTO DE VALORES 1 CONJUNTO DE VALORES 2
Verdade absoluta Verdade relativa
Integridade Imagem
Interdependência Individualismo
Envolvimento social Isolamento Social
Serviço Autosobrevivência
Participação energética Observação passiva
Originalidade/Criatividade Imitação
Reorientação constante Ações sem pensar
Habilidade e cuidado Apressado e descuidado
Autocontrole Impulsividade
Perspectiva de longo alcance Gratificação instantânea
Produtividade Procrastinação
Ocupação por vocação/chamado Ocupação por sobrevivência
Lucro como um meio de
Lucro como o objetivo principal
segurança
Honestidade Desonestidade
Sem responsabilidades
Laços familiares importantes
familiares
Então, quem você tem perto de você? Abaixo está uma tabela de
apoio que indica o tipo de pessoas que você deve ter a seu lado
para terem um impacto real sobre a sua vida e por meio do qual
você pode ter um impacto real sobre as outras pessoas.
ESCOLHAS IMPLEMENTADAS
DETERMINAM A NOSSA IDENTIDADE
Nós realmente trabalhamos nossa identidade em uma base diária.
Confirmamos nossa identidade escolhendo como moldá-la ou violá-
la. Cada escolha que fazemos, faz uma coisa ou outra. É por isso
que as escolhas são tão vitais.
5. IMPLEMENTAR ESCOLHAS
Scott Belsky escreve em seu livro, Making Ideas Happen - Fazendo
ideias acontecerem, que diz que implementar é mais importante do
que ter a idéia. Ele usa esta equação:
IDENTIDADE NO FUTURO:
VIVER A MISSÃO CERTA
Claire tinha três irmãos mais velhos, e o pai tinha grande orgulho
deles por causa de suas realizações atléticas. Quando os filhos
tratavam a mãe como seu pai fazia, ele não percebia. Como
poderia? Claire, que tinha um talento natural para a arte, era tratada
como se sempre estivesse atrapalhando. Seus projetos de arte
eram um inconveniente, não importando onde ela decidisse fazê-los.
Ela foi muitas vezes disciplinada pelo pai, simplesmente por estar no
meio do caminho e apanhava da mãe, pois ela queria agradar ao
marido. Na adolescência, veio à tona que seu pai teve vários casos
com jovens estudantes de Direito e Claire observava a mãe ser
humilhada e culpada por esse comportamento. O ar da casa sempre
foi pesado e tenso, e Claire saiu de lá assim que foi possível.
Dizer que, sem uma fundação segura, uma criança vai ser insegura
parece afirmar o óbvio, mas nós o vemos com tanta frequência que
isso não deve ser tão evidente como pensamos. Dá para fazer um
experimento social simples sobre esse assunto. À próxima festa
para a qual você for convidado, observe as interações. Quem na
multidão parece confiante e relaxado? Não apenas animado, mas
confiante. Os que são a “luz” da festa estão muitas vezes
mascarando inseguranças e escondendo a vergonha. Quando
alguém parece confortável em sua própria pele, normalmente tem
uma história para contar de um pai afetuoso e amoroso.
PATERNIDADE QUE IMPULSIONA
O DESEMPENHO
Stellenbosch, cidade universitária em que eu cresci, é sem dúvida
uma das mais belas cidades do mundo, mas por trás do ambiente
de excelência, residem sete “irmãos da destruição”, cujos nomes
são: expectativa, performance, frustração, rejeição, vergonha, culpa
e medo. Eles são um bando de ladrões que vão para a guerra juntos
e atacam em sequência.
Ele estava tão furioso que quase me bateu. Tive de negociar com
lágrimas e promessas, de melhores performances no futuro.
Eu pedi a ele que me aceitasse como pai, não apenas como sogro.
Sendo seu pai eu iria libertá-lo de todas as condicionalidades. Ele
então, seria livre para arriscar e falhar. Ele estaria livre para cometer
erros sem medo ou vergonha, e continuar tentando fazer o seu
melhor, sabendo que seus erros não colocaria o nosso
relacionamento em risco. Ele estaria livre para viver com a
segurança de que seriamos pai e filho para sempre; perdão e
aceitação seriam sempre a rede de segurança por baixo do nosso
relacionamento. Nós estaríamos unidos para lidar com a vida e os
desafios dela; desafios não iriam nos separar, mas nos unir. Em
lágrimas, ele me aceitou como pai e sua profunda necessidade de
pertencer e ser aceito incondicionalmente foi atendida.
Por mais que pareça, não está certo e poderia ser chamado de
“amor idólatra” pelos estudiosos da Bíblia. Quando amamos assim,
temos dado a outras pessoas ou coisas (esposa, filhos, trabalho,
coisas recreativas, etc.) o direito que só deveria pertencer a Deus.
Somente Deus deve ser a fonte que nos dá felicidade, realização e
significado. Quando os outros, em vez de Deus, tornam-se o centro
da nossa orientação de vida, colocamos uma pressão indevida
sobre eles. Eles não são livres no nosso amor. Eles devem, em
seguida, fornecer coisas que só Deus pode fornecer de forma
completa e permanente. Temos de amar a partir de uma fonte que é
constante e permanente e que vem de Deus e somente Deus.
Bem, deveria! Eles sentem que seu amor merece mais. Minha
resposta é: “amores verdadeiros não merecem nada, mas o amor
falso sempre merece tudo.” E mais, parece uma troca na qual o
comerciante está sempre querendo o melhor negócio.
Uma criança é livre do medo se ela souber “que ela nunca precisará
pagar nada de volta para a mamãe e o papai, porque a graça que
lhe deram foi um presente, e não um empréstimo.”
Sabendo que o papai nunca vai deixar a mamãe (no melhor ou no,
pior até que a morte os separe), por bem ou por mal, eles vão
encontrar uma maneira de resolver seus conflitos e que eles têm um
compromisso total de respeitar, confortar e apoiar um ao outro, isso
fornece um “complexo de segurança” para as crianças.
Malaquias 2:
10 Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo
Deus? Por que agimos aleivosamente cada um contra seu irmão,
profanando a aliança de nossos pais?
11 Judá tem sido desleal, e abominação se cometeu em Israel e em
Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele
ama, e se casou com a filha de deus estranho.
12 O Senhor destruirá das tendas de Jacó o homem que fizer isto, o
que vela, e o que responde, e o que apresenta uma oferta ao
Senhor dos Exércitos.
13 Ainda fazeis isto outra vez, cobrindo o altar do Senhor de
lágrimas, com choro e com gemidos; de sorte que ele não olha mais
para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.
14 E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a
mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a
tua companheira, e a mulher da tua aliança.
15 E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E
por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus.
Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para
com a mulher da sua mocidade.
16 Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e
aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos
Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais
desleais..54
Certa vez, falei com um homem que fez exatamente isso. Ele e sua
esposa haviam “se afastado.” Ele admitiu que eles tinham se
concentrado tanto nas realizações de seus filhos que eles “não
sabiam mais quem eles eram como um casal.” No entanto, em vez
de dar o passo lógico de reintroduzir a si mesmo, este homem
deixou sua esposa e filhos, dizendo: “não tenho o direito de ser
feliz?” Você podia ouvir a autopiedade no tom da voz dele.
A busca pela felicidade destruiu a felicidade de sua esposa e filhos.
Ele revogou as suas responsabilidades por um estado ilusório em
sua mente. Ele se casou com a mulher com quem tinha tido um
caso - o dano foi feito em seus filhos também - e depois de alguns
anos ele ainda está perseguindo sua felicidade. Ele não tem ideia de
que perdeu a alegria duradoura e contentamento, quando ele
escolheu perseguir essa miragem.
Muitos argumentam que não se pode simplesmente ficar junto por
causa das crianças; que tipo de ambiente é esse para as elas? Eles
têm razão, claro. Devemos ficar juntos e amar uns aos outros.
Temos de aprender a fazer isso. É possível.
Brinque com seus filhos durante uma hora, com dedicação integral.
Brinque de “lutinha” com seu filho e brinque de bonecas com sua
filha, em seu mundo da fantasia, que por sinal descreve muito bem
como ela sonha a respeito da realidade. A importância de brincar
não pode ser menosprezada. As crianças aprendem muito com
brincadeiras. E nós aprendemos sobre nossos filhos durante as
brincadeiras; o brincar revela o caráter e desejo deles. Platão disse:
“Você pode aprender mais sobre uma pessoa em uma hora de
brincadeira, do que em um ano de conversa.”
Por exemplo, “Era uma vez um gato bem grande (este é o seu
chefe), e havia este pequeno ratinho (este é você), que estava com
muito medo do gato grande. Então, um dia, este gato grande
confrontou o pequeno ratinho. Vocês acham que o ratinho ficou com
medo?” “Sim, papai”, eles diziam. “E o que o rato fez quando ficou
com medo? Ele se lembrou de que foi criado por Deus para um
propósito poderoso. Um diam ele iria levar as pessoas a mudarem o
mundo, até mesmo o mundo do gato grande.”
Você vê o que estamos fazendo com isso? O pai dá a si mesmo
tempo para trabalhar por meio de suas tensões daquele dia (seria
bom se mamãe ouvisse essa história também) e ele ensina a seus
filhos lições valiosas sobre como um cristão (neste caso,
rato”cristão”) deve reagir nas circunstâncias. E se o papai ficar preso
em sua história, porque o ratinho não sabe o que fazer, ele pode
pedir conselhos para as crianças ou simplesmente dizer: “Esta noite
o ratinho vai ler a Bíblia e orar, e amanhã ele vai saber o que fazer.”
Este é o céu na terra para as crianças – atenção, amizade, conforto
e sabedoria de seu paizinho. Ouvir o coração de seu pai é o que
toda criança anseia.
Às 22h, o pai pode ter uma hora para si próprio e se relaxar. Para os
homens o que normalmente funciona melhor são coisas onde ele
possa ficar em silêncio, por exemplo: vídeos de esporte na TV ou
algum hobbie. Em seu livro, Influência Sagrada, Gary Thomas diz o
seguinte sobre o cérebro masculino:
Portanto, se o pai quer assumir o papel dado por Deus como cabeça
(principal iniciador) da casa (Efésios 5: 23-24), ele tem de se tornar
o “ingrediente mais dominante da sopa emocional.” Se não, é
melhor abdicar do papel de líder para a mãe e, assim, transferir as
suas responsabilidades dadas por Deus.
O pai é o termostato. Ele não só faz a coisa certa; ele está criando o
ambiente certo. Segurança emocional vem quando você transforma
a casa em um lugar seguro. Seus filhos precisam de um refúgio em
sua casa, um lugar onde estejam relaxados, a desfrutar, a se
divertir, a viver abertamente. O lar deve ser um abrigo para voltar,
porque há um pai que os ama, ama sua mãe, ama a vida e ama a
Deus.
Qual ambiente que o pai deve criar? Todos devem formular isso no
caminho escolhido, mas aqui é o exemplo de um pai:
INVESTIGANDO E ESCUTANDO
Na comunicação, muitas coisas são importantes: fazer contato
visual apropriado, expressar-se facialmente de forma correta, usar
gestos certos, manter a distância correta do receptor, controlar o
tom de voz, etc., mas dois dos mais importantes sub-habilidades da
comunicação são:
• Ouvir bem.
• Ser sensível aos sentimentos que são comunicados.
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Na imagem anterior, o remetente (fonte) tem uma ideia ou
sentimento para compartilhar com o receptor. No processo de
escolher as palavras certas (codificação) para compartilhar a ideia
ou sentimento, o conceito passa por um filtro na mente do
remetente. Esse filtro pode ser manchado por experiências
passadas que criaram inseguranças, inferioridades, fingimentos,
etc.; condições atuais de vida (estresse, pressa, raiva, medos,
desmotivação, etc.), ou padrões comportamentais adotados
(manipulação, força, agradar as pessoas, cinismo, etc.). O efeito
desses filtros contaminados sobre a comunicação é que eles
mudam as palavras pretendidas para palavras faladas e estas
palavras pretendidas e faladas não carregam a mesma mensagem.
O remetente, em si mesmo, pode nem estar consciente disso. Por
exemplo, uma criança pode dizer para o pai: “Estou cansado”,
enquanto que na verdade ela está profundamente frustrada ou
desiludida. Quando o pai reage as palavras ditas em vez de
esclarecer as palavras pretendidas, ele pode responder de forma
inadequada.
Criança: - Sim.
Pai: - Não é bom se sentir tão só (Este é o lugar onde o pai fica no
quarto do sentimento.)
Criança: - É terrível.
Se você fizer tudo que vimos anteriormente, logo vai descobrir como
a criança o valoriza como uma “alma gêmea” e total transparência o
seguirá. Assim, o pai faz a coisa mais importante, o título de
representação, que é inaugurar “um Deus que se preocupa” com a
vida do seu filho.
A Bíblia não nos deixa qualquer rota de fuga sobre esse assunto.
Mateus 18:10 diz: Cuidado para não desprezarem um só destes
pequeninos! Pois eu digo que os anjos deles nos céus, estão
sempre vendo a face de meu Pai celeste. Os anjos dos nossos
filhos regularmente nos mantêm responsáveis perante o Pai sobre a
forma como nós os tratamos ou os negligenciamos, com
repreensões fortes ligadas a Ele. Como Deus Pai é o Provedor, nós
homens, no papel de pais O representamos, por meio da provisão
para nossos filhos, se vivem conosco ou não. A ideia de ser
responsável por outros não é um conceito amplamente aceito em
algumas culturas individualistas, mas é fundamental na cultura do
Reino.
RESPONSABILIDADES FINANCEIRAS
COMPARTILHADAS ENTRE PAI E MÃE
Principalmente, devido a padrões de vida que têm subido tão
drasticamente, a disparidade entre os ricos e os pobres e o
desemprego, muitas mulheres estão também trabalhando fora de
casa. Esses são problemas que ocorrem em muitos países; o pai
tem que compartilhar a carga da responsabilidade financeira para
proporcionar renda para a família. Nos Estados Unidos, quarenta
por cento das famílias com crianças, têm a mãe como o principal
provedor.62
Dito tudo isso, queremos enfatizar fortemente que o pai nunca deve
negligenciar a responsabilidade de ser o provedor de segurança
financeira. O trabalho é valorizado (em termos monetários) de uma
forma desequilibrada (professores, por exemplo, não ganham o
suficiente em comparação com os que estão envolvidos em
tecnologia da informação), e isso pode muito bem significar que a
provisão financeira do pai será menor do que a da mãe. E não há
problema nisso; nós nunca devemos avaliar uma pessoa por sua
situação financeira ou por sua fraqueza, mas isso não dá permissão
para o homem tornar-se preguiçoso e negligente no trabalho.
O TESTE DA SEGURANÇA
O jeito que os nossos filhos dizem, “O papai chegou!” É muito
revelador. É uma exclamação de alegria e emoção ou é momento
de insegurança e pavor? Se elas correm para a porta, isso que dizer
que elas se sentem seguras em nosso amor, mas se elas se
escondem, isso significa que estão vivendo em um ambiente
baseado na vergonha e no medo, que vai produzir um conceito de
um Deus perpetuamente irritado. A reação externa mais comum
para esse conceito de Deus é a rebelião, o que é mais pronunciado
na adolescência.
Dos 19 aos 21 anos, eles devem ser elogiados por causa de seus
bons valores, boas escolhas e sobre certos traços de sua
identidade.
A filha, da mesma forma, deve ouvir o pai dizendo quão linda ela é,
que vai crescer e ser uma grande mulher, e possivelmente futura
esposa de um homem abençoado. As crianças devem entender
que, predominantemente, extraímos nosso valor dos dons que Deus
nos deu. Para isso, temos de celebrar o nosso talento físico com
eles. Se excedermos os limites sobre isso, podemos cair na
armadilha da beleza física ser elevada acima da beleza interior.
Também não devemos destacar a beleza física como uma
mercadoria exclusivamente feminina. A beleza interior e força são
valorizados como valores do Reino.
O PODER DA AFIRMAÇÃO
LIBERADO PARA O DESTINO - O DIREITO DA
PASSAGEM
O Bar Mitzvah é a cerimônia de iniciação religiosa do menino judeu
que tenha atingido a idade de 13 anos; está considerado pronto
para observar preceitos religiosos. “Bar” significa “filho”, “mitzvah”
significa “mandamento”. O Bat Mitzvah é o equivalente para as
meninas.
De acordo com a lei judaica, o menino ou menina, em seguida,
torna-se responsável por suas ações, é permitido fazer certos rituais
religiosos, é capaz de participar em todas as áreas da vida da
comunidade judaica. Atingir a idade de Bar Mitzvah significa se
tornar um membro de pleno direito da comunidade judaica, com os
privilégios e responsabilidades que vêm com isso. Muitas
congregações exigem que crianças que vão entrar na idade do bar
mitzvah? , participem de um número mínimo de cultos de oração de
Shabat na sinagoga, estudem em uma escola hebraica, assumam
um projeto de caridade ou serviço comunitário, sejam membros e
tenham bom relacionamento com a sinagoga.
Como seu filho está chegando ao fim dos anos de impacto do pai (6-
11), ele está deixando de ser menino para se tornar homem. Esse
processo vai demorar dez anos; oito anos em que ele vai,
principalmente, aprender a se socializar e de dois a três anos em
busca de identidade, nos quais vai aprender principalmente a fazer
escolhas certas.
Isto foi o que fiz: convidei alguns homens para representarem cada
década da vida de um homem, a partir dos anos 20 aos anos 70.
Esses homens eram pessoas que meu filho sabia que eu tinha
algum tipo de relacionamento com eles. Em outras palavras, eles
eram representantes críveis. Ambos os avôs de George estavam
presentes e, com uma permissão especial para esta reunião de
homens, minha esposa.
Isso foi tudo completamente novo para todos nós. Eu não sabia
como o meu filho se sentia sobre essa única, mas estranha
experiência. No dia seguinte, ele pendurou a espada na parede de
seu quarto. Ficou claro, pelo menos, que havia apreciado.
Mais tarde naquele dia, o seu melhor amigo veio visitá-lo e, quando
George disse a ele o que aconteceu, percebia em seus olhos um
desejo em sua alma: “Eu queria que meu pai tivesse feito isso
comigo.” Desde esse dia, temos feito numerosos ritos de passagem
e celebrações. Cada ocasião é muito especial e tem sido mesmo
uma experiência divisora de águas na vida de muitos.
Não há nada mais valioso para uma criança do que ouvir de seu pai,
“Você é filho amado meu e de Deus, sobre os quais o meu agrado.
Você foi concebido, escolhido e designado para algo especial. Você
é valioso e vale a pena. Deus sabia que o mundo precisaria do
potencial que Ele lhe deu. Agora vá e faça!”
POR FAVOR, ME DESCULPE
Antes mesmo de começar um treinamento sobre paternidade, é
levantada e uma voz desanimada pergunta: “E se eu errei? Existe
alguma esperança de restauração? Posso consertar o que eu fiz de
errado? Ou meus filhos serão obrigados a colher os frutos amargos
dos meus erros?”
CONFISSÃO
Admitir nossos erros e impasses é o primeiro passo. Confessar e
pedir perdão é o segundo. Quando quiser resolver o passado com
seu filho, você tem que mostrar a ele que este é um passo sério que
você toma. Sugiro que estabeleça um compromisso específico para
isso, em um lugar especial, para que a pessoa se lembre da
ocasião. Para se certificar de que a confissão é levada a sério,
sugiro o seguinte processo prático, que inclui os princípios mais
importantes.
Com isso, você mostra ao seu filho como construiu uma estrutura de
responsabilidade em torno de você para garantir a fidelidade ao seu
compromisso.
MELHORIA INTENCIONAL
Depois da confissão, e esperançosamente, o perdão, o pai agora
deve provar seu compromisso em melhorar por meio da aplicação
de tudo o que aprendeu sobre paternidade. Esse treinamento lhe
dará conhecimento suficiente em relação ao que você precisa saber
e fazer. É muito importante que a família seja mantida informada
sobre o processo (metas, etapas e avaliações). A validação da mãe
também é essencial aqui. Se a mãe apoia as intenções honestas do
pai, e funciona como uma consultora, não só o pai será motivado,
mas os filhos também irão apreciar o esforço sincero.
QUERIDAS ESPOSAS
Você pode ser uma das mulheres afortunadas cujo marido participou
de um treinamento e recebeu um homem radicalmente novo em
casa, ou você pode ter acabado de receber este livro no tom das
palavras acima. De qualquer forma, se você é uma esposa ou mãe,
este capítulo é especificamente para você.
Se você já trabalhou nos capítulos anteriores, deve ter uma
compreensão muito melhor do propósito e das funções do marido
como homem, marido e pai. Se esta é a primeira vez que você vê
este livro, ou se você pulou direto para este capítulo, há uma visão
geral do livro na introdução, mas eu recomendo fortemente que
você volte e leia o resto do livro antes deste capítulo, porque fornece
um contexto importante para o que é discutido aqui.
VALIDAÇÃO
Devido ao alto valor que a sociedade coloca no papel do líder
posicional, o impacto do segundo no comando, ou primeiro seguidor,
é frequentemente subestimado. Enquanto o líder, que também é
conhecido como o iniciador, deve estabelecer o padrão ou iniciar a
visão, é o entusiasmo com o qual o primeiro seguidor apoia a
direção do líder que determina se o terceiro, quarto e o resto
seguirão.
BRILHO PURO
Quando Cassie tinha 11 anos, descobriu o brilho puro de sua mãe.
Ele a ouviu conversando com seu pai no quarto, discutindo uma
decisão que eles tinham que tomar para a família. Mesmo que o pai
tenha sido muito brusco em suas declarações, a mãe respondeu de
maneira educada e gentil:
Cassie percebeu imediatamente que não era ideia do pai dele, mas
da mãe. Ele olhou para a mãe, esperando que ela reivindicasse
algum crédito, mas sua resposta foi simplesmente genial:
Ele também descobriu quão forte poderia ser a influência unida dos
pais se houvesse um forte validador conectando a ideia do iniciador
com o resto da equipe familiar. Ele percebeu porque Deus criou
homens e mulheres com papéis diferentes. Como chefe da família, o
homem deve trazer autoridade moral para dentro do lar e a mãe
deve fazer eco a um poder influente que move toda a família a
dançar ao ritmo dessa música celestial!
Cassie ficou surpreso por sua mãe não se importar em permitir que
outra pessoa alcançasse o reconhecimento que merecia. Refletindo
agora, ele percebeu que sua mãe estava pensando na imagem mais
ampla; no sacrifício do ganho pessoal para o lucro da família. A mãe
entendeu que como o aspecto mais essencial da liderança, a
influência é mais importante do que a posição. Deus deu às mães o
papel crítico de influenciar a família.
Você pode sentir que não há nada em seu marido que possa validar,
mas deve haver pelo menos uma coisa que ele faz e que vale a
pena validar. Comece afirmando-o para isso e faça-o com
convicção. Muitas vezes a esposa está preocupada demais com a
razão pela qual não pode ou não deve validar o marido. O foco deve
estar em trazer o céu para o lar, não em quantas maneiras o marido
falha. Se você acha que é o líder em casa, pratique a liderança pela
retaguarda. Chamamos isso de “manter a coroa na cabeça dele”. Na
história da mãe do Cassie, ela manteve a coroa na cabeça do
marido porque sabia que era o melhor para a família.
Como mulheres, devemos ter muito cuidado para não ir contra a
ordem de Deus para a família; todos nós nos submetemos a Deus e
uns aos outros; o marido se submete a Deus, a esposa se submete
a seu marido e os filhos se submetem aos pais. A maneira como um
marido trata sua esposa deve capacitá-la e nutrir seu crescimento
em Cristo. Ele nunca deveria fazê-la inferior! Se ele tentar fazê-la
inferior, ele não está se submetendo a Deus, como não é a intenção
de Deus de fazer as mulheres inferiores. Quando a ordem de Deus
para a vida familiar não é seguida, experimentamos o inferno. A
Bíblia é o manual de Deus para a vida celestial.
AMOR E RESPEITO
Os primeiros cinco anos da vida de uma criança são os “anos de
impacto da mãe”. O papel principal do pai durante este estágio é
apoiar e validar a mãe e, especificamente, ajudá-la com disciplina.
Nesse estágio de mãe dominante, é bom que a mãe comunique à
criança que papai é o chefe da família. Ela deve coroá-lo, por assim
dizer, e certificar-se de manter a coroa em sua cabeça. Isso é
especificamente importante para a sua formação espiritual, uma vez
que aos seis anos de idade, o pai é a principal influência no conceito
que a criança tem de Deus. Manter a coroa na cabeça do pai não é
uma questão de igualdade ou posição, mas de simples honra,
respeito e validação.
CRÍTICA
Nunca devemos minar ou desonrar o pai de nossos filhos criticando-
o na frente deles. Isso lhes causa confusão. Diferenças de opinião
sobre decisões são mais bem resolvidas a portas fechadas. Uma
família que eu conheço tem sete filhos, os três mais velhos são
meninas. As filhas entraram na tumultuada adolescência em rápida
sucessão. O pai notou que a esposa estava como que andando na
montanha russa da emoção com as filhas. Quando ele tentou
sutilmente falar com ela, ela o acusou de não entender. Isso não foi
bom; ele se deparou com muita crítica e sentiu-se encurralado em
um canto.
Minha querida mãe brilhante, tal é o poder de uma mulher que ela
pode edificar ou destruir sua casa (Provérbios 14:1). Uma das
maneiras mais seguras de destruí-lo é minando ou criticando o
marido diante dos filhos. A autoridade moral do pai é quebrada. As
crianças ficam confusas, imaginando qual dos pais está certo e a
quem devem seguir? Isso abre a porta para que os filhos manipulem
os pais. Uma mãe dominadora e agressiva também abre caminho
para a confusão de gênero em seus filhos. O pai deve ser o modelo
que seus filhos desejam. Eles devem admirar o papai e querer ser
como o papai, mas isso é difícil quando a mamãe não permite que o
pai desempenhe seu papel.
Devemos formar uma frente unida para as crianças, para que elas
possam se sentir seguras. As crianças se sentem seguras porque
conhecem os limites em que podem agir. Essas fronteiras devem
ser identificadas na política de disciplina que os pais decidiram
(discutidas no capítulo 6).
Eles sabem se todos são igualmente amados pelo modo como são
olhados pelos diferentes membros da família. Eles percebem se os
olhos que se conectam a eles são diferentes dos olhos que se
conectam ao pai. Eles leem intimidade em nossos olhos. Eles
precisam ver a intimidade entre pai e mãe para capacitá-los a
cultivar a intimidade no próprio casamento, ou pelo menos o desejo
por isso. Se eles não veem ou experimentam conexão e intimidade
em casa, anseiam por isso, mas não sabem como realmente é.
INTIMIDADE PROTEGE
É muito importante que as mães nutram relação de confiança,
transparência e intimidade com o filho. Não só ajuda a criança a
construir relacionamentos saudáveis com os outros, mas também
mantém as linhas de comunicação abertas quando a criança se
depara com situações difíceis. Conflitos com outras crianças e
adultos, a experiência de perda com a morte de um avô ou mesmo
de um animal de estimação da família, todos precisam ser
discutidos. É bom que as crianças falem sobre mágoas emocionais.
Isso não é encontrar soluções, mas elas aprendem a verbalizar seus
sentimentos em seu nível de compreensão.
DEFINIR SENTIMENTOS
A mãe, geralmente, é melhor em definir sentimentos do que o pai.
Devemos assumir a liderança, definindo nossos próprios
sentimentos, especialmente com nossos filhos. Nossas filhas vão
pegar isso mais facilmente. Tire um tempo com seus filhos. Se você
ainda não estabeleceu isso com seus filhos em tenra idade, suas
primeiras tentativas podem ser atendidas com: “Dá um tempo, mãe.”
Não se acanhe. Persevere! Vai valer a pena.
Quando seu filho tiver 12 anos, ele definitivamente deve imitar o pai
mais do que a mãe. É importante encontrar interesses que eles
compartilhem e incentivá-los a gastar tempo fazendo-os juntos.
Acampar é um excelente exemplo, e seu marido pode até convidar
os amigos de seu filho ocasionalmente. A mãe brilhante deve ser
proativa nesse processo, encontrando maneiras criativas de
organizar essas atividades, se necessário.
INTIMIDADE E A ADOLESCENTE
Se você decidir ter reuniões familiares, será uma boa ideia dar a ele
oportunidade de definir a agenda e liderar a reunião. Isso irá
transmitir confiança nas suas capacidades e encorajá-lo a participar.
Por volta dos 16 anos, seu filho deve começar a se acalmar, mas
ainda precisará de orientação sobre a conexão e a verbalização de
seus sentimentos. Lembre-se de que nós, mães, costumamos estar
mais bem equipadas para isso.
AMOR E CARINHO
A maioria das mães concorda que nossa principal função é amar o
marido e os filhos. Como mãe cristã, significa amá-los como Cristo
fez; significa colocar as necessidades e o bem-estar de nossos
filhos antes dos nossos.
SUFOCAR
O instinto protetor de uma mãe é uma força poderosa e vital da
natureza, mas quando é fica muito forte torna-se sufocante. Isso,
geralmente, acontece por causa de uma reação exagerada a
experiências passadas, como a perda de entes queridos, uma mãe
dominadora ou totalmente indiferente, ou a experiência de perda de
controle.
Meus dois primeiros bebês morreram de causas muito raras: a
primeira como resultado de cardiopatia e a segunda como resultado
de uma constrição do cordão umbilical. Por causa disso, eu tomei
muito cuidado com meu terceiro bebê, tanto que se ela pegasse um
resfriado, eu não a levava para fora. No entanto, quando tinha 14
anos, sentiu-se chamada a ir para o norte de Moçambique, uma
área muito remota e anteriormente devastada pela guerra. Ela seria
a mais nova do grupo e viajariam primeiro em um pequeno avião e
depois de ônibus. Isso significava nenhum contato por pelo menos
14 dias, mas o Senhor me disse para deixá-la ir. Lembrei-me com
lágrimas que foi a coisa mais difícil que já fiz.
CUIDAR É CONECTAR
A mãe, muitas vezes, tem que desempenhar um papel
complementar para compensar as deficiências na personalidade do
pai, particularmente quando se trata de emoções. Pais introvertidos,
às vezes, lutam para se conectar com seus filhos. Como mães,
devemos interpretar o comportamento de ambas as partes e, sem
prejudicar o pai, encorajá-lo a se conectar com seu filho, apoiando
seus esforços mesmo quando pareçam triviais se comparados aos
nossos. Mantenha-o atualizado sobre a jornada emocional de seu
filho e torne isso uma prioridade para manter os canais de
comunicação abertos entre eles. (Veja a página 247 para mais
informações sobre comunicação.)
CUIDADO ESPECIAL
A mãe brilhante deve tentar identificar os dons e habilidades
especiais de cada criança. Isso é fácil quando o presente é muito
óbvio, mas para as crianças menos dotadas a tarefa é muito difícil,
ainda mais importante, pois identificar as coisas em que elas se
saem bem é crucial para sua autoestima e valor próprio. Minha filha
mais velha encontrou-se na posição de ter dois irmãos mais jovens
muito talentosos. “Mamãe, eu não posso fazer nada realmente
bem”, ela reclamava. Eu, constantemente, lhe assegurava que
descobriríamos a coisa especial em que ela era boa, e depois de
uma busca minuciosa, percebemos que ela se destacava em
mímica. Ela frequentou as aulas e ficou em primeiro lugar no
concurso regional de mímica! É tão importante que cada criança se
sinta afirmada. Mesmo que eles nunca sejam “os melhores” em
alguma coisa, faça de tudo para descobrir o que eles gostam e no
que são competentes, e afirme suas habilidades nesse campo. O
ponto não é comparação, mas maestria. Se o seu filho perceber que
pode dominar algo, ele fará maravilhas pela sua autoestima e
fortalecerá a crença de que também pode fazer outras coisas.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
A questão da comida pode ser séria para os nossos adolescentes,
para ambos os sexos. Mesmo quando vem de lares felizes e
saudáveis, a pressão social pode levar à anorexia, bulimia e outros
transtornos alimentares em todas as culturas. É fundamental que
você fale abertamente sobre essas coisas com sua filha, e nunca
banalize-as ou trate-as como estupidez ou desobediência.
Transtornos alimentares são questões psicológicas enraizadas em
feridas emocionais e precisam ser levadas a sério e tratadas com
cuidado. Se sua criança tiver um distúrbio alimentar, consulte um
terapeuta ou um conselheiro o mais rápido possível.
OUVIDO SELETIVO
Os adolescentes não são conhecidos por suas habilidades
auditivas. Eles são frequentemente acusados de ter “audição
seletiva”, pois parece que eles só ouvem o que escolhem ouvir.
Embora isso às vezes seja verdade, também pode ser que eles
estejam tão concentrados no que estão fazendo que simplesmente
não estão cientes de qualquer outra coisa. Você não deve perder
seu tempo incomodando ou gritando com eles. Em vez disso, toque
o seu filho de leve no braço, e depois de ter feito contato visual e
tiver certeza de que tem a atenção dele, diga o que precisa dizer-
lhe. Missão cumprida! Ele provavelmente não pretende ignorar ou
irritar você. Ele está simplesmente tão absorvido em seu próprio
mundo que não a ouve.
4. DESENVOLVER CONECTIVIDADE E
COMPAIXÃO: MANTENDO OS CONTATOS SOCIAIS
EU PERTENÇO!
Somos seres sociais e, para a maioria de nós, o isolamento traz um
medo profundo. Desejamos e nos esforçamos por relacionamentos
significativos baseados no amor real, porque todos nós temos
necessidade de amar e ser amados. Deus nos criou dessa maneira;
uma das maiores marcas registradas de ser Dele é nossa
capacidade e desejo de demonstrar amor. Nossas necessidades
mais fundamentais, como seres humanos, são amar e pertencer.
MODELAR O ALTRUÍSMO
A maioria das mães tem um instinto de cuidado que as leva mais
naturalmente ao altruísmo. Nós havíamos escolhido o serviço como
um dos principais valores de nossa família, e minha expressão disso
era cuidar dos doentes e dos que estavam morrendo no hospital da
nossa cidade. Meus filhos aprenderam a minha atitude e paixão por
isso, assim como eu havia aprendido com a minha mãe. Lembro-me
muito da prática e carinho da minha mãe em cuidar de parentes
mais velhos. Eu aprendi com ela pelo seu exemplo. Mesmo que
tenhamos menos tempo disponível para nós quando nossos filhos
são pequenos, seja proativa no ensino e na maneira de cuidar dos
outros.
BONS ADMINISTRADORES
O instinto natural e atencioso das mães é uma das expressões da
imagem de Deus. Como suas portadoras de imagem, devemos
modelar o amor e o respeito pela criação de Deus. Quase todas as
crianças querem um tipo de animal de estimação, e é uma grande
ocasião para escolher um. O pai pode comprar o animal de
estimação e pagar pela ração, mas geralmente é a mãe que precisa
lembrar e iniciar a alimentação e o cuidado com o animal de
estimação, além de fazer os arranjos de acomodação relevantes
quando a família sai. Essas são tarefas que as mães devem
companhar, e sua atitude ao delegar ou realizar essas tarefas irá
claramente servir de modelo para as crianças o quanto elas são
importantes.
BEM-VINDO A CASA!
Um lar é um espaço de pertencimento e nem sempre está ligado a
um lugar específico. Lar é onde eu posso ser eu mesmo, onde
posso me recarregar e onde me sinto segura e aceita. O lar deve
ser um lugar para onde todos nós queremos voltar, onde podemos
respirar pacificamente. Todos nós, independentemente da idade,
precisamos de um lugar que possamos chamar de lar.
“Mamãe e papai”, ela disse, “Eu não mencionei isso para você no
ano passado na festa de aniversário de 21 anos que você me deu,
já que foi muito emocionante, mas eu realmente considero minha
casa aqui com todos vocês. Eu só queria que você soubesse que eu
te amo e aprecio tudo o que você faz por mim”. Isso foi maravilhoso
de ouvir, e foi especialmente significativo quando planejávamos nos
mudar naquele tempo, o que a afastaria de seus amigos e da igreja.
O lar não é apenas um lugar físico, mas um lugar no qual estamos
juntos.
Uma casa é um lugar para relaxar, brincar, rir, gritar, pular, correr e
lutar. Precisei de coragem para me acostumar com isso, já que eu
não havia sido criada assim, mas meu marido muitas vezes lutava
com meus filhos no tapete da sala de jantar, e as almofadas dos
sofás da sala eram usadas como trampolins e sacos de mergulho. .
Tivemos crises de caos sagrado quando todos nós lutávamos com o
meu marido em ataques de grupo. Que grande experiência de
diversão e união! Lar era um lugar onde meu marido mal podia
esperar para voltar depois do trabalho, um lugar que o chamava, um
lugar onde ele celebrava a riqueza da vida com as crianças e eu.
Era um lugar de descanso, recarga e união. (Ainda são essas
coisas, e agora que as crianças são adultas, a união tem um
significado ainda mais rico.)
Dito isso, você deve ter em mente que as crianças são incrivelmente
rápidas em detectar inconsistências entre palavras e ações. Quando
você apoia seu marido com suas palavras, sua atitude e ações
precisam ser congruentes. Caso vocês orem juntos e leiam a Bíblia,
mas não vivam os valores sobre os quais leram e oraram, isso
confundirá seus filhos. A congruência entre palavras e ações é o
aspecto mais importante na modelagem de sua fé para seus filhos.
A mãe, geralmente, está em uma boa posição para saber quais são
as necessidades espirituais de seus filhos. Por volta dos oito anos,
nossos filhos começam a pensar de maneira abstrata, momento
ideal para apresentar o Evangelho a eles, pois poderão entendê-lo
melhor.
MODELOS DE PAPEL
Nossos filhos sabem quando somos reais e quando temos um
relacionamento genuíno com Cristo. Eles nos observam bem de
perto e perceberão se amamos a Jesus ou não. Eles devem ver
Jesus em nós e devem estar seguros de nosso amor e fé em Deus.
Eles devem saber quais são as prioridades para a própria vida.
Repetidamente, disse o seguinte para meus filhos: “Mamãe ama
muito a Jesus. Para a mamãe, a coisa mais importante do mundo é
que você conheça e sirva a Jesus ”. Eu também costumava
compartilhar com meus filhos o que Deus estava dizendo para mim
no meu tempo a sós com Ele.
Se você está lendo e é mãe solteira, tenha certeza de que Deus lhe
vê. Quaisquer que sejam as circunstâncias que lhe trouxeram para
este deserto particular, Deus lhe vê. Ele vê os seus pecados e vê os
pecados cometidos contra você. Ele traz esperança em situações
difíceis. É o primeiro pai do seu filho. Quando os caminhos que
tomamos nos levam para longe Dele, Deus tem um mapa de volta
para Suas boas intenções para os nossos filhos.
DEVEMOS VÊ-LOS
Alguém disse uma vez que Deus criou Eva para que Adão pudesse
ter só metade do egoísmo que ele tinha quando estava sem ela. E
para terminar o trabalho mortificante do egoísmo dos dois, ele os fez
três; deu-lhes filhos. Como crentes, nós oramos pelos nossos filhos
enquanto eles ainda estão no útero para que conheçam ao Senhor e
possam servir a Ele.
Uma vez que uma criança nasce, a realidade do que queremos para
ela e como alcançá-la, torna-se ou deve tornar-se, um dos nossos
principais objetivos. Sejam quais forem as circunstâncias do
nascimento dessa criança, a primeira decisão de uma mulher é, “eu
vou encaixar esta criança no meu estilo de vida com o mínimo
possível de esforço” (a escolha egoísta) ou “eu vou fazer os
sacrifícios pessoais que a criação dos filhos exige” (a escolha que
leva ao melhor de Deus).
Se você perceber que sua mesa está um pouco vazia agora ore
sobre isso e procure por mais apoio em potencial. O papel do
mentor, treinador e outros é o de lhe manter responsabilizada de
acordo com os valores que você escolheu para a sua família. Isso é
de vital importância quando as circunstâncias e as emoções se
tornam difíceis. Você deve sonhar alto ao preencher sua mesa de
apoio. Deve procurar por pessoas íntegras.
Felizmente para Ana, ela havia confiado em Lupe antes de ela ter
conhecido o seu namorado. Em um momento de clara intenção, Ana
havia contado para Lupe as esperanças que tinha para sua filha,
como ela esperava quebrar o ciclo de sua família de serem mães
solteiras. Ela queria mais para a sua filha. Como acontece em
cidades menores, Lupe ouviu algo de outras pessoas sobre o
namorado de Ana e interveio. Lupe foi capaz de lembrar a Ana o
que ela valorizava, antes que estivesse na névoa da atração
romântica.
Você precisa de pessoas ao seu redor que possam lhe ajudar a ser
fiel aos seus valores e prioridades. Da mesma forma, é importante
cercar seus filhos com adultos significativos, que possam orientá-los
de formas diferentes e em diferentes momentos. Um treinador de
esporte, um professor da escola dominical ou um líder de jovens
podem ter relacionamentos significativos com o seu filho. (Se você
não consegue encontrar uma família mentora, essas pessoas
podem servir como a família mentora.) Seja intencional na seleção
de seus próprios amigos. Selecione amigos com os valores corretos,
cultura e visão de mundo. Seus filhos vão observá-los e aprender
com seu exemplo.
Quando você olhar em volta da sua mesa de apoio, seu mentor, seu
treinador e seus companheiros de alma (amigos próximos como
Lupe), todos serão mulheres por razões óbvias. Mas é importante
para ambos, tanto meninos quanto meninas, terem uma figura
paterna na vida. Se, estrategicamente, você não prever isso, eles
vão procurá-los por conta própria.
A FAMÍLIA MENTORA
É amplamente aceito que as crianças de famílias monoparentais
que tenham sido expostas a uma família mentora se mostraram
mais ajustadas do que as que não tiveram tal oportunidade. Alguns
pais solteiros podem aproveitar o apoio de seus pais ou outros
membros da família, mas alguns não são tão afortunados. É aqui
que você vai ter que ser mais estratégico e mais intencional. Quais
famílias você conhece, cujos pais e filhos carregam os mesmos
valores e fé? Será que eles têm um bom relacionamento com os
filhos?
O PRIMEIRO COMPROMISSO
COM A FAMÍLIA MENTORA
O pastor de Jackie, Pr. Edward, deu-lhe um livro sobre pais
solteiros. O livro sublinhou a importância de ter o apoio de uma
família mentora, como escolher os valores da família e como realizar
reuniões de família, o que as crianças precisam em determinadas
idades e muitas outras coisas. Jackie estava muito animada sobre o
livro, porque ela realmente queria o melhor para seus filhos e sabia
que não poderia fazer isso sozinha. Então, onde ela poderia
encontrar uma família mentora? Leo e Cheryl foram a escolha óbvia.
Como mãe solteira, você pode agir somente até certo ponto em
relação ao desenvolvimento de seus filhos, mas está empenhada
em fazer tudo o que puder. Até agora, tem feito tudo e vai continuar
independentemente, mas há certas coisas que têm efeito mais
profundo quando feito por uma figura paterna. Um jovem rapaz
precisa de um homem para dizer a ele que ele está fazendo um bom
trabalho na escola, no esporte ou em casa. Um homem precisa de
outro homem para lhe dizer que ele tem o que é preciso para ser um
homem. Uma jovem precisa de uma figura paterna para dizer que
ela é uma mulher bonita e que ela merece respeito e amor. Todas as
crianças precisam de uma boa figura paterna que representa Deus
Pai. Como pode a sua fé crescer sem Ele? Meninos jovens
precisam ver como um bom pai age, e como um bom marido age.
Uma jovem precisa saber o que uma boa esposa faz. Cada um
deles precisam desesperadamente ter um bom ponto de referência
para ser capaz de tornar-se bom pai, marido e esposa, um dia.
“Eu sempre pude confiar no Leo”, disse Peter, “Ele nunca nos
decepcionou. Está sempre lá por nós. Estava lá quando tive
problemas com a polícia.”
DIVÓRCIO E EX-MARIDOS
O divórcio é uma questão muito sensível e muito difícil, quase
sempre dolorosa e devastadora para todos os envolvidos. Na vida
dos filhos é traumático. Muitas crianças carregam cicatrizes e
feridas ao longo da vida como resultado do divórcio de seus pais.
1. A REGRA PEQUENA
Ao dar a propriedade local à comunidade de prática, descentralizada
em todo o mundo, nós aplicamos a regra pequena.
3. O PODER DA CRIATIVIDADE
É essencial a troca constante de conhecimento e ideias.
4. CONHECIMENTO DIFUNDIDO
Como diferentes membros das comunidades de prática alimentam o
grupo com suas ideias, as melhores práticas devem ser transmitidas
para o corpo mundial.
5. TODOS QUEREM CONTRIBUIR
Coisas, tais como diversidade, parcerias, inclusão, equipes e
partilha, devem ser sempre valores essenciais.
7. A REGRA CATALISADORA
Um catalisador é por definição alguém que fornece uma rota
alternativa para que uma ação ocorra, assim como a ativação de
energia necessária para tanto. As pessoas que treinamos devem
cumprir esse papel e, fazendo isso, devem lembrar que
questionamentos estimulam o efeito catalisador mais do que
afirmações. Isso mantém a comunidade de prática viva e pulsando.
Quando um catalizador
(O facilitador do grupo, a quem chamamos de iniciador)
junta-se com um campeão
(o organizador da comunidade praticante,
a quem chamamos de validador)
para ser arquitetos de um movimento,
e criar círculos de autocapacitação,
(a comunidade de praticantes)
que trabalham com uma ideologia cuja hora chegou
(o novo conceito de paternidade)
e baseia-se em uma rede preexistente,
(escola, igreja ou mesquita, etc.)
eles podem mudar o curso da história.70
MULTIPLICAÇÃO
O flagelo da orfandade é tão grande que a velocidade com a qual
temos de retaliar deve ser equivalente ao ataque. Passamos da fase
de baixa dosagem. O tamanho da solução deve ser contrariado pelo
tamanho do problema. Não se trata de querer grandes números;
trata-se de encontrar uma solução! Precisamos de um grande
exército de homens a ser treinado para assumir a vanguarda dessa
nova cultura da paternidade.
PATERNIDADE
“Se você quiser ir rápido, vá sozinho; se você quiser ir longe, vá
junto” é um provérbio africano bem conhecido. Queremos ir longe e,
portanto, nos é vendido o conceito de parcerias inclusivas. Cada
pessoa ou ministério, ao trabalhar com a questão da orfandade, tem
uma valiosa contribuição a dar, e uma polinização cruzada de ideias
de todos irá aperfeiçoar e fortalecer o movimento. Nós, portanto,
estendemos a mão para esses parceiros e dizemos: “Como
podemos ser mais eficazes juntos do que quando estamos
sozinhos?” (Para maiores informações, o apêndice N enumera uma
série de outros ministérios e movimentos que também lidam com o
flagelo da orfandade.)
Crianças cujo pai está envolvido nos seus cuidados são mais
propensas a serem firmemente ligadas a ele, serão mais capazes
de lidar com situações estranhas, de ser mais adaptáveis perante
situações estressantes, mais curiosas e interessadas em explorar o
ambiente, terão relacionamentos mais maduros com as pessoas,
reagirão mais competentemente a estímulos complexos e
inovadores e serão mais confiantes em suas explorações.
Além disso, crianças que se sentem perto do pai também são mais
propensas a terem casamentos bem-sucedidos, a estarem
satisfeitas com os seus parceiros românticos, têm relacionamentos
íntimos mais bem-sucedidos, e são menos propensas ao divórcio.
Feridas da mãe
Negligência da concessão de intimidade
- Eu me esforço para me abrir emocionalmente.
- Quando as pessoas ficam muito perto de mim emocionalmente eu
me retraio.
- Muitas vezes me sinto sozinha, mesmo quando estou cercada de
pessoas.
- Eu me retiro para um lugar solitário para criar espaço entre mim e
os outros.
- Eu fico à porta da vida das pessoas, mas raramente entro nas
câmaras internas emocionalmente.
- Eu mostro sinais de um espírito órfão, freqüentemente sentindo
como se eu não pertencesse.
Por isso, vamos começar por completar a frase: Deus está ocupado
com
............................................ no mundo de hoje.
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
• As cinco oportunidades mais urgentes para o avanço do Reino
de Cristo, no meu contexto são:
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
Depois de ter uma ideia sobre com o que Deus está ocupado, e
como nosso contexto afeta isso, precisamos descobrir como nos
encaixamos na missão de Deus. As seguintes perguntas podem nos
ajudar a descobrir isso.
Se você olhar para a lista a seguir como uma diretriz, qual grupo de
pessoas atrai mais o seu interesse? (Não marque mais de três.)
Meio
ambiente Cuidado com
crianças Homossexualidade
Discipulado AIDS Politica
Violência Injustiça Racismo
Educação Vícios Internacional
Economia Alcançar o perdido Corrupção
Sem teto Crime Saúde
Pobreza Família Aborto
Fome Literatura Igreja
Esporte Cuidados médicos Artes
Abuso domestico Tecnologia
Outros
Qual foi a “coisa mais importante que você já fez para tornar este
mundo um lugar melhor”? Pode ter sido algo muito pequeno, mas,
naquele momento você soube: ‘Agora eu fiz o que eu fui criado para
fazer ‘. O que foi?
Dons/Talentos:
Administração Iniciativas pioneiras Sabedoria
Determinação Comunicação criativa Esporte
Discernimento Encorajamento Organização
Influenciar Escrever Conectar pessoas
Compartilhar Serviço Treinamento
Hospitalidade Motivação Aconselhamento
Conhecimento Liderança Compaixão
Outros
Habilidades:
Analise Escrever Criar
Influenciar as pessoas Treinamento Trabalho manual
Implementação Liderar times Organizar
Marketing Persuasivo Artístico (drama, musica, etc.)
Recrutamento Pesquisa Artes visuais (design, pintura etc.)
Falar em publico Ensino Design estratégico
Administrar pessoas Administrar projetos Administrar
dinheiro
Habilidade com computadores Habilidade técnica Habilidades
manuais
Outros
• Outros
Depois de saber o seu grupo alvo, e seu objetivo com ele, descreva
a condição atual que precisa mudar (por exemplo, jovens de 18 a 21
anos de idade do Sri Lanka não têm nenhuma esperança para o
futuro), então descreva a nova situação transformadora em que
você deseja vê-los (por exemplo, cheios de propósito e paixão pela
vida). Pode ser uma condição espiritual, emocional, social, mental,
física ou ambiental que deseja ver mudar e acontecer com esses
jovens, contanto que seja um movimento do negativo para o
positivo. Pode ajudar pensar na história dos israelitas, em que Deus
os tirou do Egito (um lugar de escravidão) para a Terra Prometida
(local de liberdade e realização). Embora nós não sejamos Deus,
estamos agindo como seus representantes na Terra.
Agora complete:
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
Situação atual:
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
Estado desejado:
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………
Para isso:
• Leia a passagem da Bíblia em silêncio.
• O que você deve fazer nas próximas 48 horas, com o que você
aprendeu na passagem?
• Seu filho precisa saber que tem sua atenção, assim olhe em
seus olhos quando você falar com ele.
• Não permita que seu filho tire vantagem por você estar
cansado ou ocupado ao testar os limites.
1. Desmascarar
A Janela johari
Comportamento conhecido para si Comportamento
desconhecido para si
Comportamento
conhecido pelos outros Arena Ponto cego
Comportamento desconhecido pelos outros Escondido (Máscara)
Desconhecido
1. A autoconsciência:
Há três aspectos fundamentais para a autoconsciência:
autoconhecimento emocional, autoavaliação e autoconfiança.
3. Consciência social:
Conhecer a si mesmo lhe permite fazer muito mais; consciência
social lhe permite fazer muito mais para os outros. Uma boa
indicação de o quão socialmente consciente você é, são as
seguintes características:
4. Gestão de relacionamento:
Embora as relações individuais seja o coração dessa habilidade,
alguém com uma alta capacidade de gestão de relacionamento não
é apenas bom em se conectar com indivíduos, mas também se
destaca na avaliação e respostas precisas em dinâmicas de grupo.
• Liderança inspiradora: As pessoas naturalmente vão seguir
você quando liderar dessa maneira. Você orienta e motiva os seus
seguidores com uma visão convincente, e frequentemente coloca a
mão na massa com as pessoas que você lidera.
Introdução
http://www.psychologytoday.com/basics/emotional-intelligence
http://psychology.about.com/od/personalitydevelopment/a/emotionali
ntell.htm
http://www.helpguide.org/mental/eq5_raising_emotional_intelligence.
htm
Compreensão
http://www.danielgoleman.info/topics/ecological-intelligence/
http://eq.org/
http://en.wikipedia.org/wiki/Emotional_intelligence
• As regras da família.
• Feedback positivo.
Uma escola bem conhecida na África do Sul enviou esta carta para
os pais de meninos de 13 anos de idade:
• Se você não puder fazer isso e quiser criar o seu próprio rito de
passagem, entre em contato com a escola para alguma
documentação que possa fornecer orientações nesta matéria?
Africa
Fatherhood Foundation of South Africa:
http://www.fatherhoodsa.com
African Fatherhood Initiative:
http://www.africafatherhood.co.za
Engage:
http://engageschools.org/about-us/visionmission
Fathers.co.za:
http://fathers.co.za
Modern Fatherhood:
http://www.modernfatherhood.org/themes/father-and-families
European Fatherhood:
http://www.european-fatherhood.com/knowledge.php
Asia
Dads for Life Singapore:
https://www.facebook.com/DadsforLife
Centre for Fathering:
http://fathers.com.sg
Austrália
Australian Research Alliance for Children and Youth:
http://www.aracy.org.au
Americas
Family Foundations:
http://www.familyfoundations.com
Ken Ta Mi Tata:
www.kentamitata.com
Notas do capítulo 1:
Notas do capítulo 2:
2 Robert Lewis, Raising a Modern-Day Knight: A Father’s Role in
Guiding His Son to Authentic Manhood, Tyndale House (2007)
3 www.fathersforlife.org
4 Relatório FIRA: The Effects of Father Involvement: An Updated
Research Summary of the Evidence Inventory, Sarah Allan, PhD and
Kerry Daly, PhD (2007)
5 Ibid.
6 Warren Bennis, On Becoming a Leader, Basic Books (2009)
7 Relatorio FIRA
8 Dr. Frans Cronje (personal communication, 2013)
Notas do capítulo 3:
9 Erik H. Erikson, Childhood and Society, W.W. Norton &
Company (1963) and Identity and the Life Cycle, W.W. Norton &
Company (1980)
10 Bob Buford, Half Time: Moving from Success to Significance,
Zondervan (2008)
11 Dr. J. Robert Clinton, The Making of a Leader, NavPress (1988)
12 Stephen R. Covey, The 8th Habit, Free Press (2005)
Notas do capítulo 4:
13 Mac Davis, “In the Ghetto,” RCA Records (1969)
14 Frederick Buechner, The Magnificent Defeat, HarperCollins
(1985)
15 Fr. Richard Rohr, como citado em:
http://anunhurriedlife.org/2011/02/28/richard-rohr-healing-the-father-
wound-pt-1/ by Alan Fadling
16 Dr. Richard Fitzgibbons, entrevista com Fathers For Good:
http://www.fathersforgood.org/ffg/en/month/archive/march10.html
17 Lewis B. Smedes, The Art Of Forgiving, Random House
Publishing Group (1997)
Notas do capítulo 5:
18 Robert Lewis, Raising a Modern-Day Knight: A Father’s Role in
Guiding His Son to Authentic Manhood, Tyndale House (2007)
19 Myles Monroe, Applying the Kingdom: Rediscovering the
Priority of God for Mankind, Destiny Image (2007)
20 Donald Capps, Deadly Sins and Saving Virtues, Wipf & Stock
(2000)
21 http://www.architectsofpeace.org/architects-of-peace/elie-
wiesel
Notas do capítulo 6:
22 Sermão de Martin Luther King, Jr., A Christmas Sermon for
Peace(1967)
23 Tyndale Charitable Trust, The New Living Translation, Tyndale
House (2007)
24 Martin Luther King, Jr., A Knock at Midnight, sermon (1958)
25 Joseph S. Excell, The Bible Illustrator, Nesbit Edition (2011)
26 Steven Covey, The 8th Habit: From Effectiveness to Greatness,
Free Press (2004)
27 Myles Munroe, Rediscovering The Kingdom, Destiny Image
(2010)
28 Eugene H. Petersen, The Message, NavPress (2002)
29 Ibid.
30 Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship, SCM Press
(2001), Ethics, Touchstone (1995)
31 Discurso deMartin Luther King, Jr. Beyond Vietnam: A Time to
Break Silence,(1967)
32 Soren Kierkegaard, paraphrased version in letter to Peter
Wilhelm Lund (31 August 1835) of journal entry, Gilleleie (1 August
1835) Journals 1A:
http://en.wikiquote.org/wiki/S%C3%B8ren_Kierkegaard
33 George Bernard Shaw, Man and Superman, BiblioBazaar
(2007)
34 Tyndale Charitable Trust, The Living Bible, Tyndale House
(2004)
35 Watchman Nee, The Release of the Spirit, Christian Fellowship
Publishers (2000)
36 Richard Foster, Prayer, Hachette (2012)
37 Andrew Murray, With Christ in the School of Prayer,
ReadaClassic.com (2010)
38 Juan Carlos Ortiz, Living With Jesus Today Creation House
(1982)
39 Martin Luther King, Jr., Strength to Love, Fortress Press (2010)
40 Albert Schweitzer, Thoughts For Our Times, The Peter Pauper
Press (1975)
41 Reuben Hill’s research as presented by Dr. Richard Meier in a
seminar on parenting, MinirthMeier Clinic, Dallas, Texas, 1988
Notas do capítulo 7:
42 Beryl Markham, West with the Night, North Point Press (1983)
43 Manuel Castells, The Power of Identity, Blackwell (2010)
44 Eugene H. Peterson, The Message, NavPress (2002)
45 William Kilpatrick, Why Johnny Can’t Tell Right from Wrong,
Simon & Schuster (1992)
46 Joseph S. Excell, The Bible Illustrator, Nesbit Edition (2011)
47 http://ezinearticles.com/?Becoming-a-Godly-
Father&id=6532159
48 Scott Belsky, Making Ideas Happen: Overcoming the Obstacles
Between Vision and Reality, Portfolio Press (2010)
49 John Schaar, Legitimacy In The Modern State, Transaction
Publishers (1981)
50 John Ortberg, The Life You Always Wanted: Spiritual
Disciplines for Ordinary People, Zondervan (2010)
Notas do capítulo 8:
51 Tyndale Charitable Trust, The Living Bible, Tyndale House
(2004)
52 Gary Chapman, The 5 Languages of Love, Zondervan (2010)
53 Norm Wakefield, Equipped to Love: Idolatry-Free Relationships,
Spirit of Elijah Ministries (2001)
54 Malaquias 2:10-16, Versão revisada, Harper-Collins (1952)
55 Malaquias 2:16, Tyndale Charitable Trust, A bíblia viva, Tyndale
House (2004)
56 http://www.howdoyoufeeltoday.com
57 Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, 2004. Para o
novo website visite http://archpedi.jamanetwork.com/journal.aspx
58 Gary L. Tomas, Sacred Influence: How God Uses Wives to
Shape the Souls of Their Husbands, Zondervan (2006)
59 Daniel Goleman, The New Leaders: Transforming the Art of
Leadership into the Science of results, Time Warner Books (2003)
60 Ibid.
61 Dr. Mario Denton (personal communication, 2013)
62 Pew Research, 2011
63 See Chapter 12, section on intimacy.
64 Aaron Barker, Love Without End, Amen, MCA Records (1990)
Notas do capítulo 9:
65 A partir do relatório: O Instituto Nacional de Estatística olhou
para cerca de 4.950 pessoas com mais de 16 anos na Grã-Bretanha
para descobrir o que eles fazem durante todo o dia. Os resultados
fazem uma leitura desagradável para os pais que já se preocupam
porque passam muito tempo no trabalho - e muito pouco em casa.
Os pais que trabalham em tempo integral gastam apenas 19
minutos todos os dias “cuidando de [suas] próprias crianças”,
segundo a “Time Use Survey” da ONS, publicado ontem. Mais 16
minutos é gasto cuidando de seus filhos como uma “atividade
secundária”, mas isso significa que eles estão fazendo algo mais -
como uma ida semanal ao supermercado -, ao mesmo tempo que
estão cuidando dos seus filhos.
Leia mais em: http://www.dailymail.co.uk/news/article-
396609/19-minutes--long-working-parents-
children.html#ixzz2XDnHFRV2
66 www.betterhealth.vic.gov.au
67 Kenneth Blanchard, Ph.D., Spencer Johnson, M.D., The One
Minute Manager, William Morrow & Co. (1982)
68 Este gráfico e o gráfico a seguir é um resumo de um número de
diferentes fontes em linha relacionadas com as análises DISC. Para
mais informações sobre a história das análises DISC, consulte
http://en.wikipedia.org/wiki/DISC_assessment
Notas do apêndice:
72 Relatório FIRA: The Effects of Father Involvement: An Updated
Research Summary of the Evidence Inventory, Sarah Allan, PhD and
Kerry Daly, PhD (2007)
73 Dr. Etienne van der Walt (Comunicação pessoal, 2013)
74 Relatório FIRA
75 Ibid.
76 Ibid.
77 Etienne Wenger, Richard McDermott, and William M. Snyder
Harvard Business School Press (2002).