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Rio de Janeiro
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Coordenadores editoriais
Bruno Aires e Renan Peixoto
Supervisor técnico
Guilherme Sargentelli
Produção editorial
Mariana Moreira
Revisão
Everson Ferreira e Leonardo de Paula
Coordenadora de design gráfico
Danielle V. Cardoso
Capa e diagramação
Carolina Franceschi
Nogueira, Rui.
O lado desconhecido das vacinas / Rui Nogueira – Rio de Janeiro: Editora DOC, 2014. 1ª edição - 116p.
ISBN 978-85-62608-87-2
CDD 616.075
Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução ou duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa do autor.
Direitos reservados ao autor.
S obre o autor
R ui Nogueira, graduado pela Escola de Medicina e Cirurgia da atual Univer-
sidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Possui pós-graduação
e residência médica pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Teve como formação básica a Clínica
Médica e trabalhou em Brasília (DF), no Hospital Regional do Gama.
De cunho totalmente autoral, a presente obra é baseada em pesquisas
realizadas pelo autor e em experiências vividas por ele ao longo da carreira.
Bastante engajado no que concerne à saúde pública e à Medicina Social, Rui
Nogueira defende um estudo maior sobre as vacinas. O leitor encontrará,
então, um convite a reflexões sobre o uso dessa medida profilática e sobre o
mercado na qual se insere.
Nota do autor
Este livro foi publicado em virtude da consulta feita pelo autor junto ao Conselho Regional de Medicina
do Distrito Federal com protocolo geral nº: 3101/2013 e processo de consulta nº 020/2013.
Rui Nogueira
S umário
10
Descobertas que tornam o livro especial
24
Vacinas necessárias e excedentes
32
O que dizer dos noticiários?
38
Sobre as vacinas
94
Afinal, que vacinas usar?
100
Histórias ilustrativas e fatos que reforçam
as teses centrais deste livro
106
Considerações finais
Descobertas
que tornam o livro
especial
Imagem 3 - A mãe tem que ser ajudada na tarefa de formação do filho. A precaução
deve estar presente para preservá-lo de qualquer agressão desnecessária. É um mo-
mento especial, pois, ao nascer, qualquer intercorrência pode afetar toda a amplitude
da vida do recém-nascido. Por isso, exige atenção especial.
Rui Nogueira . 11
ausência de valores. Dessa forma, as pessoas estabelecem o sucesso como a
meta prioritária da vida, e o mesmo aparece intimamente ligado ao fato de
se ter dinheiro, mas com a desvalorização e o desaparecimento da ética isso
se torna muito perigoso.
Há fortes indícios de que a conduta das pessoas e das grandes empresas
voltadas para o consumo – o maior possível e com lucros exorbitantes – já
atinge o setor das vacinas. Este livro busca, então, dar guarida aos profissio-
nais de Saúde que, no seu cotidiano, sentem-se incomodados por condutas
automatizadas e protocolares.
A foto acima é uma pista. As pessoas estão sob o sol de meio-dia em aten-
ção ao chamado: “Venham todos, tragam os seus filhos de até sete anos para se
vacinar!”, o que é nitidamente semelhante às propagandas dos comerciais que
dizem “Venham todos, estamos abertos. Não percam a promoção!”.
Ao mergulhar na execução da campanha, verificamos uma enorme preo-
cupação com metas – números de vacinados. Não detectamos nem ouvimos
discussões sobre o número de usuários já imunizados (devido à rotina), nem
respeito pelos estudos epidemiológicos - avaliação séria sobre o aparecimento
de doenças com variações nas incidências que indiquem uma necessidade de
Rui Nogueira . 13
em resposta a uma “doença enfraquecida” e eles já estão prontos na hora em
que o causador verdadeiro aparecer. Isso evita a doença. Nesse caso, as crian-
ças ainda com sua imunidade em elaboração são os maiores beneficiados, pois
têm como reagir a essa agressão.
Se a vacina acarreta alterações no sistema de defesa do organismo – o sis-
tema imunológico – e há importante aceitação do seu papel, ela não pode ser
“arranhada” pelo mais leve risco à saúde de gestantes e crianças. Sua credibili-
dade não pode ser abalada. O pensamento simpático às vacinas e o fato de que
elas tendem ao consumo universal exigem a presença de muita precaução.
A formidável prevenção que uma vacina pode oferecer, o pensamento sim-
pático com relação a elas e a tendência ao consumo universal, com todas a
etapas de distribuição e aplicação sob a responsabilidade do governo numa
comercialização com vendas universais sem muito esforço, são fatores pelos
quais não podemos permitir que a vacina seja transformada em mercadoria,
ainda mais ao considerarmos o quanto ela representa para a prevenção. Ainda
assim, o mote principal dos meios de comunicação é “Ou vacina ou morre!”.
No entanto, é sempre bom lembrar que a vacina é profilaxia artificial da imunidade
– apenas complementar à imunidade natural.
Rui Nogueira . 15
do consumo têm ligações ou interesses ligados aos fabricantes? Questão séria,
pois as vacinações universais envolvem enormes faturamentos. Como avaliar
o excesso de consumo? Há vacinas aplicadas ao nascer. Serão justificáveis?
Deve-se estudar o caso sem aceitar o silêncio.
Imagem 5
Rui Nogueira . 17
leite materno. Isso acontecia na década de 1980, quando ainda não havia divul-
gação de doação de leite materno e bancos de leite.
O Projeto Fatinha acompanhava a comunidade e tinha especial atenção com
as gestantes orientadas, inclusive com relação à alimentação, para que nenhuma
delas fosse encaminhada à maternidade, a 6km, com anemia. Moradores treina-
dos, auxiliares de saúde – hoje agentes comunitários da área – acompanhavam
passo a passo todas as atividades, como consultas, exames, reuniões, orientação
nutricional e atendimento de intercorrências, até a época do parto. Esse era um
trabalho pioneiro!
Havia um levantamento de toda a comunidade cadastrada, com progra-
mas de Atenção Integral de Saúde adequados a cada faixa etária e assistência
às alterações que o desnutrido apresentasse. Inclusive, as mães moradoras
vizinhas da casa do desnutrido incluído no programa chegavam a brigar para
amamentar mais vezes por dia. Sempre havia várias multíparas, com leite
abundante. Elas ficavam felizes em participar do rodízio para amamentar os
desnutridos, pois assim também evitavam que o leite, nos seus dizeres, “em-
pedrasse”, formasse abscesso.
Quantas consequências! A solidariedade e o estreitamento das amizades en-
tre os vizinhos e a troca de experiências e de conhecimentos numa comunidade
com pouco acesso às informações. Um surpreendente fato que estamos a per-
ceber qual a causa.
A atuação do CRI durou anos seguidos. De repente, constatou-se que em todo
o período de uso da metodologia do “Mamá Comunitário”, nenhuma criança,
mesmo desnutrida, morreu com infecção. E qual a explicação para isso?
Observa-se que as internações hospitalares do hospital que ficava a 6km
eram acompanhadas de muitos óbitos. Enquanto isso, o CRI, no meio de uma
área carente, era um sucesso. Zero óbito.
Inicialmente, julgava-se que no hospital a criança entrava num ambiente
hostil e, enfraquecida, ficava sujeita a se contaminar com gérmens resistentes.
Como gracejo, os profissionais de saúde diziam muitas vezes: “Eles vão para
um local cheio de gérmens resistentes que, ao verem um antibiótico, lambem
os beiços”. Entretanto, acabamos por descobrir o porquê da resistência extra-
ordinária das crianças do CRI. Era incrível como aquelas crianças magrinhas e
desnutridas não caíam doentes com infecção, e isso acontecia porque as mães
incluídas no “Mamá Comunitário”, voluntárias e amorosas, muito frequente-
mente estavam nos primeiros dias do pós-parto. Dessa forma, os desnutridos
recebiam colostro - os primeiros leites produzidos pela mãe, com um aspecto ralo.
Rui Nogueira . 19
para confirmar diagnósticos (e transformá-los em certezas) permitem detectar
todas as possibilidades de transmissão vertical, de mãe doente para filho. Com
isso, elas podem ser orientadas em separado, mas não com peremptória proibi-
ção de a criança ser amamentada e afastada até de uma amamentação cruzada.
Se o bebê nasceu doente, há mais uma razão para alimentá-lo com colos-
Singapura 2,31
Suécia 2,75
Japão 2,78
Irlanda 3,23
França 3,33
Islândia 3,47
Rui Nogueira . 21
Quais os cinco últimos dos 34 países avaliados?
34 - EUA
33 - Cuba
32 - San Marino
31 - Itália
30 - Grécia
É importante salientar que as cinco últimas nações acima referidas usam, no mí-
nimo, o dobro de vacinações comparadas às usadas pelos primeiros países com taxas
menores. Além disso, o Brasil não está considerado nesse estudo porque tem índices
de mortalidade infantil ainda altos, apesar de algumas melhoras nos últimos tempos.
Aqui no Brasil, nossas crianças, que podem ser imunizadas com três doses,
apresentam frequentemente de dez a 15 doses da vacina contra a poliomielite
registradas em seu cartão. Por quê? É um enorme e desnecessário desperdício
de recursos. É fundamental que se faça uma avaliação, e isso exige uma co-
missão de alto nível, sem conflitos de interesses, o que fica difícil ante o poder
econômico dos laboratórios fabricantes.
A pesquisa comparativa do índice de mortalidade infantil mostra que países
como os Estados Unidos, mais dominados pela política de consumo de vacinas com
programação semelhante à que agora foi imposta ao Brasil (35 vacinas), estão com
os índices de mortalidade infantil em alta, e os países que mantêm os seus progra-
mas de vacinação mais racionais e comedidos permanecem com índices estáveis.
Isso evidencia que o excessivo aumento da profilaxia artificial da imunidade
não é acompanhado de melhores resultados na proteção das crianças. É muito
importante ressaltar e compreender que os estudos referidos não desmerecem
o valor das vacinas, nem permitem uma conclusão de que elas provocam maior
mortalidade, mas destacam que, por si só, vacina não resolve, exigindo uma
série de outros componentes de promoção da saúde. Ela não pode ser superva-
lorizada, pois é uma imunidade artificial específica.
Rui Nogueira . 23
Vacinas
necessárias &
vacinas excedentes
Poliomielite
1
A bula das vacinas em geral não está disponível para os usuários no local de vacinação. É necessário procurar na Secre-
taria de Saúde ou na Epidemiologia, nem sempre com acessos fáceis.
2
Trabalhos feitos em São Paulo consideram suficientes para imunizar. No exterior, em geral, consideram duas doses.
H e pat i t e B
Tríplice viral
Rui Nogueira . 25
somente com comissões de alto nível e isentas de conflitos de interesse será possível
ter os dados necessários para avaliação.
Por que o contraste entre o que os fabricantes preconizam e o recomenda-
do pelo governo? As indicações oficiais (governo) sempre se direcionam para
um maior consumo.
Importante salientar que, quanto às vacinas excedentes, raramente se ouve
uma recomendação para não receber mais doses de vacina quando a pessoa já
recebeu o suficiente para imunizá-la.
É preocupante constatar que existem metas para os postos de saúde em
número de vacinações aplicadas, e não para a resolubilidade (população imu-
nizada). O que realmente deveria valer seria a estatística das crianças que estão
imunizadas e, portanto, têm como se defender das infecções – isso sim é uma
promoção da saúde.
Com o sarampo, há um reforço na convicção de que noticiário de jornal
não pode ser o indicativo de epidemia e provocador da vacinação em massa, de
modo indiscriminado, de toda a população.
Vale ressaltar ainda que há um precioso trabalho elaborado pelo Ministério
da Saúde – relatório da verificação dos critérios de eliminação e transmissão dos
vírus endêmicos do sarampo, rubéola e da síndrome de rubéola congênita (SRC)
no Brasil, no qual consta que o último caso de sarampo autóctone, causado por
vírus que circula no Brasil, aconteceu no ano 2000, há 14 anos.
Com os poucos casos surgidos nos anos seguintes e o desenvolvimento de
tecnologia laboratorial e molecular, foi possível provar que a infecção ocorreu
por vírus importado de outros lugares, como Europa, Japão e África do Sul.
Tudo indica que há uma intenção de apavorar a população e, nessa situação, o
aparecimento de só um caso de sarampo é anunciado como “surto” – palavra
associada à ideia de muitos doentes.
“Surto de sarampo em Santa Catarina” é a manchete em um jornal. Qual
a impressão do leitor? Surge o espanto e o amedrontamento da população.
Entretanto, foi um alemão que chegou ao Brasil com manchas exantemáticas
atribuídas ao sarampo, mas, na realidade, ele tinha o chamado “sarampo ale-
mão”, que é a rubéola!
Nessa área, um excelente trabalho foi desenvolvido pela saúde pública bra-
sileira na vigilância epidemiológica, especificamente no acompanhamento do
sarampo/rubéola, que prova que estes são inexistentes no Brasil, como detalha-
do no referido relatório.
T e t r ava l e n t e
Vacina produzida com toxinas dos agentes patogênicos. Previne contra
difteria, tétano, B. pertussis (coqueluche) e Haemophilus influenzae.
Doses excedentes 02
Rui Nogueira . 27
Em outros tempos, quando havia a vacinação dupla de difteria e tétano,
era considerado imunizado aquele que recebesse duas doses. Temos hoje nos
calendários de vacinas três doses de tetra, uma de DTP e outra de Hib. Teori-
camente, com três doses de tetra a imunidade já é alcançada. Por que há tantas
doses? Com que finalidade são feitas tantas vacinações? É difícil entender...
Isso é necessário e contribui para a imunização? Segundo informe técnico do
Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de São Paulo:
De maneira global, pode-se considerar que há pelo menos duas doses de vacina
tetravalente excedentes nos cartões de vacinas das crianças. Além disso, é importante
ressaltar que certos cartões têm uma coluna para anotar as vacinações DPT. Quadro
vago no cartão acarreta imediatamente a recomendação de vacinas. Se a rotina já foi
feita com a tetra, essa indicação provoca vacinações excedentes. Há vantagens?
Vac i n a P n e u m o c ó c i c a P o l i va l e n t e
3
Acréscimo e grifo do autor para melhor compreensão.
R otav í r u s h u m a n o at e n ua d o
Meningite C
Rui Nogueira . 29
Calendário Nacional de Vacinação
3 meses
5 meses
9 meses
12 meses Reforço
Adolescente 10 a 19 3 doses1
anos
Adulto 20 a 59 3 doses1
anos (até 49 anos)
Idoso 60 anos
ou mais
Gestante 3 doses1
1ª dose
1ª dose
2ª dose
2ª dose
Dose inicial
Dose única
3 doses3
1
Se não tiver recebido o esquema completo na infância.
2
Deverá ser avaliado o benefício/risco da vacinação para indivíduos com 60 anos ou mais
que receberão a vacina Febre Amarela pela primeira vez.
3
Respeitar esquemas anteriores.
Fonte: Portaria GM/MS n° 1.498, de 19 de julho de 2013
Rui Nogueira . 31
O que dizer dos
noticiários?
Descoberta 7: as epidemias
Rui Nogueira . 35
Topo do copo
Fundo do funil
Imagem 11 - Mosquitérica
Rui Nogueira . 37
Sobre as
Vacinas
Imagem 15
Rui Nogueira . 39
C o n t i n u a ç ã o - TABELA DE E V E N TOS ADV ERSOS
Rui Nogueira . 41
C o n t i n u a ç ã o - TABELA DE E V E N TOS ADV ERSOS
Rui Nogueira . 43
Os desenhos utilizados nesta obra são de autoria de Juarez Leite.
Quantas vacinas Não sei. Acho que
ele tomou? foram cinco...
Imagem 13
Rui Nogueira . 45
Quanto à prescrição médica, se existe um profissional (o
médico) preparado durante anos para o diagnóstico e a
prescrição, é um absurdo correr riscos por não deixá-lo
atuar ou colocá-lo no mesmo nível de consumo em
geral que qualquer um pode desencadear.
Temos que refletir sobre o que leva à avidez por excesso de doses vacinais.
Pior ainda: o que faz mudar o conceito de pandemia – quando aparecem epide-
mias em vários lugares do mundo – para tornar necessárias vacinações que não
seriam usadas com o conceito antigo – como aconteceu com a vacina contra a
gripe. Tudo leva a crer em estratégias de consumos de vacinas.
A propósito, se a doença não aparece mais, depois de quanto tempo a vaci-
nação pode ser suspensa?
Tantas coisas supérfluas ganham relevo e espaço imensos nos meios de co-
municação, porém a erradicação de uma doença grave permanece escondida
numa estranha omissão. Por quê? Será que a descoberta da real situação da
poliomielite atrapalharia os sonhos de faturamentos e lucros?
Rui Nogueira . 47
Imagem 15 - Com a varíola isso aconte-
ceu com 10 anos
Onde está a promoção da saúde? Ela termina pela transformação das ações
de saúde em mercadorias (commodities) que viram lucro?
Com vacinas, a visão é nítida. A varíola morreu, mas o complexo industrial
médico financeiro provavelmente busca voltar com a vacinação. No Brasil, a
Rui Nogueira . 49
Imagem 16 - Bula da vacina contra hepatite b
Imagem 17
Rui Nogueira . 51
A Lei 2623/2009, que consolida várias leis ordinárias e versa sobre carteira
de saúde para criança, diz em seu Art. 10: “Caberá aos estabelecimentos
de ensino verificar a atualização das cadernetas de vacinas que são expe-
didas pelos órgãos oficiais de saúde”. Agora temos a absurda situação de
a criança chegar para fazer matrícula na escola e apresentar o cartão de
vacina, avaliado então por profissional não ligado à área da Saúde, que
obriga a mãe a fazer a criança tomar todas as vacinas!
Com isso, a pessoa alheia à área da Saúde tem condições de decidir o
assunto com segurança? Qual o critério? Encontrar quadrículos vazios?
Já vimos os abusos das doses excedentes. Isso é feito baseado em
estudo ou pesquisa, e é muito estranho o uso das vacinas ser levado para
a obrigatoriedade por legislação. Tal decisão é baseada em que estudo ou
pesquisa?
Será visto mais adiante que a justificativa para o decreto aprovado no
Senado Federal não é consistente. Assim, é possível perguntar: qual a ori-
gem do projeto de lei?
Quanto aos órgãos de saúde, não se pode abandonar a desconfiança de
atuação de lobby do laboratório farmacêutico para conseguir essa formidá-
vel “reserva de mercado” ao seu produto. A obrigatoriedade de vacinação
tem que ser muito bem estudada e discutida.
Rui Nogueira . 53
Porém, legislações genéricas e decisões jurídicas estão sendo caminhos
cada vez mais trilhados. Tais atitudes são seguidas em uma rota muito
perigosa, mas por quê?
São condutas que tornam as decisões obrigatórias e exigem uma avalia-
ção clínica individual, baseadas no conhecimento médico e com o envol-
vimento de prioridades que não podem ser estabelecidas somente para os
que alcançam o sistema judiciário.
Imagem 20
Na figura acima, só existe uma vaga e uma vasta fila de necessitados. Neste
exemplo, obrigar uma internação pode atender um problema individual de
quem teve acesso à Justiça e gerar uma distorção por não levar em conta os
outros pacientes no mesmo anseio de internação em serviços sobrecarrega-
dos, que teriam uma visão geral da situação, critérios éticos e clínicos para
determinar o atendimento prioritário, e não serem forçados a isso por fatores
externos. Assim, pergunta-se: o que representa vacinação em massa obrigató-
ria, que se desdobra e multiplica, além de um aumento de faturamento?
Imagem 21
Rui Nogueira . 55
Nem nas canelas de menino, raladas em jogo de futebol, o mercúrio (timero-
sal, mertiolate) pode mais ser usado! E assim o foi por muitos e muitos anos!
Entretanto, pode ser injetado como componente de vacina como, por
exemplo, a vacina contra a hepatite B. Como entender?
Primeiramente, a incidência de hepatite B na população em geral é
baixa. Por outro lado, a incidência é restrita a determinadas regiões (AM),
não preenche critérios epidemiológicos e, portanto, deveria, quando mui-
to, ficar restrita aos grupos e áreas de risco. Além disso, a contaminação
com o vírus da hepatite B não é ampla – transmite-se por contágio sexual
(portanto seria risco em comunidades promíscuas) e por sangue conta-
minado em instrumentos cirúrgicos ou cortantes (os descartáveis, hoje,
diminuíram esse perigo).
Conclusão: a vacina deveria ficar restrita aos grupos e áreas de risco.
Nunca em um esquema amplo e irrestrito. Assim, é urgente que se faça
uma comissão de alto nível para estudar o assunto.
Rui Nogueira . 57
planeta! Comparativamente à perspectiva da morte de milhões de pessoas
em muitos lugares do mundo, houve a compra de grandes quantidades de
antigripais, mesmo sem a existência de trabalhos e pesquisas confiáveis quanto
ao seu efeito. Portanto, como avaliar um medicamento para gripe, se é uma
doença autorresolutiva, que evolui e se resolve de 10 a 15 dias?
Há toda uma crença, constatada na prática diária, de que a gripe como doença
virótica não tem cura, o que leva a soluções caseiras: repouso, limão, cítricos e alho.
Existe, ainda, a observação de que nos EUA e em vários países da Europa é
proibido o uso de vacina sob a alegação (e com a precaução) de que ainda
não há estudos suficientes para atestar a sua segurança.
Já no Brasil, as vacinas em frascos com multidoses contêm adjuvantes,
e na prática geral, não existem nas de monodose disponíveis. Com isso, há
que se fazer prevalecer o Princípio da Precaução:
Rui Nogueira . 59
Existe uma crença comum de que vacina é importante. São aforismos que
abrem caminho como facilitadores na aceitação das vacinas e do papel que elas
representam na prevenção de doenças. Isso se traduz numa credibilidade que
não pode ser conspurcada pelo mercantilismo vil do cartel. É coisa moderna!
Será mesmo?
Existe um relato, que remonta a 5.000 a.C., de que os chineses já usavam
cascas das lesões trituradas para soprar nas narinas e obter defesa contra a va-
ríola. Há indicações mais bem documentadas desta prática, que surgem mais
próximas do início da Era Cristã.
Rui Nogueira . 61
Desse modo, a população é induzida a pensar que, com as compras e o con-
sumo, cria-se o mercado e os produtos são fabricados para atender às necessi-
dades de consumo do indivíduo. Que ilusão! Houve o controle dos desejos de
consumo e a perda do livre-arbítrio. Perdeu-se a liberdade de escolha!
Os complexos produtores industriais financeiros e os sistemas de comuni-
cação e propaganda dirigem o consumo para o uso dos produtos que trarão
maiores lucros e que atendam aos seus interesses de negócios. Mas será que essa
questão pode ser comprovada?
Há um livro chamado A Economia das Fraudes Inocentes, do economista ame-
ricano Galbraith. Ele joga por terra a falácia de mercado junto com alguns con-
ceitos divulgados, que podem ser incorporados nos comportamentos e hábitos
de cada um, sem um mínimo de avaliação crítica por parte do indivíduo.
Observe um exemplo de modificação de hábitos: a água é um bem difuso ou
disseminado, que exige um atendimento universal ao alcance de todos. Não há
vida sem água. Porém, difundem a ideia errônea de que somente a água indus-
trializada pode ser pura (potável).
Nos restaurantes, não se encontra água filtrada e gelada para beber. Peça água e
vem a pergunta: com gás ou sem gás? Só preocupação de venda. São criados novos
e maus hábitos e um gigantesco consumo de produtos com sérias consequências
ecológicas e para a saúde individual e coletiva a pretexto de matar a sede.
Não divulgam que a água engarrafada em frascos plásticos não pode ser con-
gelada (o plástico libera substâncias nocivas). Fala-se pouco que os plásticos le-
vam mais de 200 anos para desaparecer na natureza. Surgem as águas coloridas
em embalagens atraentes, cheias de tintas e adoçantes que exploram o hábito
criado e condicionado ao sabor doce, sem vantagem para a saúde e relacionadas
apenas ao fato de ganhar dinheiro com muita exploração.
O exemplo do cartel busca controlar a água sem levar em conta que ela é
um direito fundamental, pois não vivemos três dias sem tal líquido. Do mesmo
modo, é possível avaliar como o cartel das vacinas age em muitas situações com
o beneplácito das gestões governamentais.
Na prática, as campanhas de vacinação são muito bem feitas, amplamen-
te divulgadas pelos meios de comunicação, sob a assunção de que estão
preocupados com a saúde da população. Porém, estão firmemente direcio-
nados para metas, que disfarçam a preocupação com volume de vendas e
consequente faturamento.
As inserções frequentes mais parecem “campanhas de vendas” do que pro-
moção de saúde. E ainda existe um aspecto interessante: não é o fabricante que
Rui Nogueira . 63
“Venham todos! Vacinem!”
“O seu filho vai receber vacina de pólio, meningite e sarampo”. Ordens são
dadas assim, sem qualquer explicação. Não é feita nenhuma pergunta sobre
antecedentes (alergia, por exemplo). Nenhuma verificação sobre a imunidade
já estabelecida por vacinações anteriores. Números, quantidade de vacinas e
vacinados, essa é a preocupação.
Profissionais de saúde e agentes comunitários vivem o encantamento de que
estão numa efetiva ação para conservar a saúde dos seus vizinhos e demais
moradores. Uma situação de prestígio, que acalenta a alma.
Surpresa!
Há uma intensa propaganda de divulgação através de cartazes e nos meios
de comunicação. Veja o caso da vacinação infantil contra o sarampo: qual vaci-
na foi aplicada?
Eis a bula da vacina que não é específica contra o sarampo e foi aplicada
na campanha.
Rui Nogueira . 65
Imagem 26 - Bula da tríplice viral
Imagem 27
Rui Nogueira . 67
Imagem 28
Vacinas atenuadas
O antígeno é um agente inteiro, micro-organismo vivo e enfraquecido. A
imunidade é vitalícia, principalmente com os vírus. Exemplos: poliomie-
lite (Sabin), sarampo, caxumba, rubéola, tifoides (orais) e tuberculose.
Vacinas toxicoides
São aquelas produzidas contra as toxinas de um gérmen patogê-
nico. Exemplos: tétano e difteria.
Vacinas de subunidades
Estas vacinas contêm fragmentos de um micro-organismo capaz de
estimular uma resposta imunológica. As mais recentes são produzi-
das pelo avanço das tecnologias por técnicas de engenharia genética.
Nesse sistema, outros micróbios são programados para produzir a fra-
ção com a ação antigênica desejada. Exemplo: vacina contra o vírus da
hepatite B (chamada vacina recombinante). Trata-se de uma proteína
do vírus produzida por uma levedura modificada geneticamente.
Rui Nogueira . 69
Vistas as variadas formas da sua composição, vamos ao estudo do que
efetivamente está na ampola de vacina, baseados nas bulas do fabricante
(ficha técnica) e tendo em mente o Princípio da Precaução.
Não se pode usar nada que tenha a possibilidade de representar risco para a po-
pulação. Portanto, nos tempos modernos, em que o dinheiro é confundido com a
própria riqueza, faz-se necessária uma vigilância para impedir os deslumbramentos
pelos grandes faturamentos que a vacinação, se estimulada ao uso universal, permi-
te. A seguir, confira as demais substâncias que constituem as vacinas:
C o m p o s i ç ão pa r a c a da 1 m l da vac i n a
Rui Nogueira . 71
Urgente! Precisamos usar o Princípio da
Precaução, além da presença de cientistas e
pesquisadores para, sem conflito de interesses,
estudaremos o assunto.
2. Vacina Tetravalente
Apresentação: é uma vacina adsorvida com proposta de prevenir a dif-
teria, o tétano, a B.B. pertussis (DTP) e a Haemophylus influenzae tipo B
(conjugado) - (Hib). É formada pela vacina adsorvida contra DTP e pela
vacina conjugada contra Hib e apresentada com frequência em frascos
contendo 5 e 10 doses.
C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l da vac i n a r ec o n s t i t u í da
Vacina Hib
• No mínimo 10µg de polissacarídeo capsular purificado (PRRP) de haemo-
phylus influenzae tipo B (Hib) conjugada com aproximadamente 30µg de
toxoide tetânico;
Rui Nogueira . 73
em cobaia em relação ao ser humano? É uma maneira de padronizar, mas
o que isso representa em efeito antigênico humano?
Por um lado, milhões são gastos para fabricar uma arma que, sem risco
para o combatente, vai com frequência atingir civis, mulheres e crianças;
por outro, nem poucas moedas são aplicadas para usar uma vacina mais
segura, sem adjuvantes e aditivos perigosos.
Aqui aparece novamente a questão do alumínio e do mercúrio. Quanto
a este último, existem trabalhos que fazem restrições, mas ainda faltam me-
lhores avaliações em pesquisas que envolvam os dois componentes juntos.
Afinal, se há necessidade das vacinas, por que não aplicá-las em mono-
dose, sem os adjuvantes que podem ser perigosos? A multidose diminui
os custos para quem?
3. Vacina Pneumocócica
Existem vários tipos, em geral identificados pelo número de cepas do
Streptococcus pneumoniae (polissacarídeos capsulares) utilizados nas vaci-
nas pneumo 10, pneumo 13 e pneumo 23.
C o m p o s i ç ão da vac i n a P n e u m o 1 0
C o m p o s i ç ão pa r a c a da d o s e d e 0,1 m l da vac i n a
Rui Nogueira . 75
É interessante observar que a poliomielite é o carro-chefe das cam-
panhas de vacinação, e o personagem Zé Gotinha, muito simpático, foi
responsável por boa parte da aceitação das vacinas.
Como se diz: é politicamente correto aplicar vacinas na população por-
que elas criam uma impressão de muita preocupação dos gestores com a
saúde das pessoas. Aos laboratórios produtores sempre interessa a grande
produção e vendas com a utilização universal das vacinas.
Entretanto, sob o entusiasmo vacinal, ficam ocultas algumas questões,
como:
Rui Nogueira . 77
C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l da vac i n a
A bula assinala que a vacina não tem conservante e ainda afirma que “apesar
de a vacina conter a proteína diftérica CRM197, tal substância não é eficaz con-
tra a difteria”. Assim, fica sempre aquela pergunta de quem não é especialista:
o que faz esta proteína na vacina? Se não tem efeito antigênico, talvez tenha
somente o objetivo de encarecê-la.
Além disso, consta na bula um item denominado Precauções Gerais que diz:
“Antes da administração da vacina adsorvida conjugada CRM197 – meningocó-
cica C, deve-se perguntar aos pais ou responsável a história clínica do paciente,
da sua família e suas condições de saúde”. Isso raramente é feito na vacinação
brasileira, apesar da rede de postos e da aplicação, que podem ser feitas dentro
da rotina da promoção da saúde.
Antes da instituição de uma campanha de vacinação em larga escala, deve-
riam ser avaliados os benefícios da vacinação com a vacina adsorvida meningo-
cócica C (conjugada CRM197), de acordo com a incidência da infecção por N.
meningiditis do soro grupo C em determinada população.
Qual é a real situação brasileira? Misturam os dados dos sorogrupos (o C é
o de menor incidência) e percebe-se nitidamente uma distorção para criar uma
necessidade de vacinação em massa.
A bula informa que não existem, realizados, ensaios prospectivos de eficácia
da imunogenicidade. Desse modo, se não há imunogenicidade garantida e não
existem dados epidemiológicos consolidados, concretos e confiáveis, como va-
cinarmos em massa? Isto é promoção de saúde? Trata-se de vacina fabricada e
embalada no exterior. Não há informações sobre a cultura dos antígenos para a
produção da mesma.
C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l d e vac i n a r ec o n s t i t u í da
Rui Nogueira . 79
• Não é imperioso usar o Princípio da Precaução?
C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l d e vac i n a r ec o n s t i t u í da
Para cuidar dos perigos que rondam, é necessário que se resgate o Princípio da Pre-
caução. Então, pergunta-se: o que fazer com os excessos de doses aplicadas? Como
evitar as vacinações desnecessárias? O provável caminho é o de conscientizar as pessoas
sobre as gigantescas repercussões econômico-financeiras que os excessos acarretam.
0,0% 0,0%
Rui Nogueira . 81
Baseado no gráfico do Censo de 2010, segue exemplo da vacina
contra hepatite B, usada já ao nascer, por força de lei:
• População-alvo – 0 a 7 anos.
H e pat i t e B
Poliomielite
Rui Nogueira . 83
Pneumocócica 10
Meningite C
Vac i n a T e t r a
Rui Nogueira . 85
Tetra R$4.885.480.296,00
Pneumo 10 R$2.964.056.643,00
Rotavírus R$1.787.370.840
Meningite C R$3.425.794.110,00
Custos totais – R$22.603.936.778,00
At e n ç ão à vac i n a H P V
HPV só se transmite por contágio sexual, e a faixa etária indicada para o uso
da vacina é de 9 a 24 anos.
Homens e Mulheres
10 a 14 – 8.725 / 8.441.348
(subtraindo-se do total as parcelas das faixas de 15 a 19 e de 20 a 24, temos
a quantidade certa da faixa de 10 a 14)
15 a 19 – 8.558.868 / 8.432.002
20 a 24 – 8.630.227 / 8.614.963
Rui Nogueira . 87
hematófagos (portadores do vírus sem manifestarem a doença). Se os animais
domésticos são vacinados, quebra-se o elo que permite atingir os humanos.
No caso do HPV, o vírus somente se transmite entre humanos pelo contato
sexual. Esse tipo de relação é o elo de transmissão, portanto é uma doença da
fase sexualmente ativa da vida humana.
Em outubro de 2011, o Congresso Nacional (Senado Federal) decretou a
Lei de n. 238, cujo Art. 2º diz que: “A vacinação contra o papiloma vírus hu-
mano (HPV) fará parte, obrigatoriamente, do calendário de vacinação do Pro-
grama Nacional de Imunizações para meninas entre nove e treze anos de ida-
de”. Vale salientar que essa faixa etária, envolvida e indicada para vacinação,
não aparece nos trabalhos sobre o início da atividade sexual, considerada para
as mulheres como a faixa acima de catorze anos nas pesquisas divulgadas.
A justificativa como foi apresentada para aprovação do projeto é primária. Não
se encontra à altura do Senado Brasileiro e da importância do assunto. Por quê?
A princípio, apresenta como argumento o sucesso do SUS (Sistema Único de
Saúde) na erradicação da varíola, fato que ocorreu numa época em que nem se
cogitava a existência de tal sistema. É uma argumentação irreal, que enfraquece
a justificação.
A eliminação do sarampo também é citada, ignorando o fato de que é uma
doença que não aparece no Brasil desde 2000: um sucesso na área. Entretanto,
persiste a vacinação em massa com muitas doses desnecessárias, além do uso
da vacina tríplice viral, enquanto esquecem o processo de certificação interna-
cional da eliminação da doença. Os estudos completos ficam paralisados, o que
provoca imensos gastos e riscos de efeitos adversos sem necessidade, conforme
foi mostrado anteriormente ao tratarmos do sarampo. Agora, é divulgada em
todo o país, por meio de material para todos os médicos, uma atenção com
relação à gripe, que recomenda imediatamente o remédio de um laboratório,
dizendo que há vantagem em usá-lo. Como estudar o efeito de um medicamento
numa doença que é autorresolutiva?
A vacinação contra a gripe sofre muitas críticas, principalmente porque é
feita a partir de frascos multidose preparados com adjuvantes. Vários países
não os aceitam, por não haver estudos que garantam isenção de perigo – usam
o Princípio da Precaução.
Aqui no Brasil, ela continua a ser usada. Por quê? E que lacuna há com re-
lação ao HPV?
Uma doença que se transmite exclusivamente por contágio sexual não pode
depender, para o seu controle, somente do uso de vacina, sem todos os cuidados
Rui Nogueira . 89
preços para uma dose que oscilaram entre R$330 (DF, Clínica de Imunologia)
e R$847 (RS).
É preciso levar em conta que, nas compras governamentais, há preocupação
com o preço de mercado, e que no caso das vacinas, há um cartel que controla
sua produção e venda, além de impor preços convenientes aos seus interesses.
Com essa justificativa, o Congresso Nacional decreta, no artigo primeiro,
que fica assegurado às mulheres na faixa etária de nove a quarenta anos o di-
reito de receber todas as doses necessárias da vacina para imunização contra
o Papiloma Vírus Humano (HPV) na rede pública do Sistema Único de Saúde
(SUS) dos estados e municípios brasileiros.
Observações do autor
1. A justificativa apresentada ao Congresso preconiza vacinação entre nove e treze anos (meninas),
mas a lei aprovada estabelece de nove a quarenta anos. Por quê?
2. Citamos aqui a bula (ficha técnica) da vacina contra HPV, encontrada na íntegra neste livro, do
laboratório fabricante: vacina quadrivalente recombinante contra papiloma vírus humano (tipos 6,
11, 16 e 18) e afirma no item uso em idosos “a vacina quadrivalente recombinante contra papiloma
vírus humano (6, 11, 16, 18) não foi avaliada em adultos com mais de 26 anos”.
Imagem 29
Rui Nogueira . 91
Temos que observar que somente o instinto de sobrevivência tem mais
força que o sexual. Os meios de comunicação e propaganda têm consciência
disso e sabem direcionar com muita habilidade as divulgações com apelos
sexuais.
Os seres vivos mais evoluídos desenvolveram um sistema de reprodução
mais complexo que a simples divisão por bipartição das amebas, por exem-
plo. Ele permite extrapolar em muito o simples partir em iguais e repetitivos
estáticos quanto à evolução. A reprodução sexuada abre um campo infinito de
combinações de elementos fisiológicos das suas estruturas básicas (proteínas),
que trocam segmentos a fim de criar novas consequências para as estruturas
proteicas (DNA). A reprodução sexuada calcada intensamente no princípio do
gozo e dissabor estimula as parcerias a criar novas estruturas biológicas. Atração
e repulsão, prazer e desprazer estimulam a descendência, já de modo instintivo,
com muitas combinações.
Partindo do exposto, é de extrema valia ressaltar a beleza do organismo fe-
minino: o útero tem aproximadamente o tamanho da mão fechada, o formato
de uma pera, possui um orifício que comunica o ambiente interno com a vagina
e tem a incrível elasticidade de se dilatar para permitir, no trabalho de parto,
a passagem do bebê com um diâmetro encefálico de 11cm. O colo uterino é
visível num exame indolor, que pode ser feito com respeito à privacidade e em
um atendimento humanizado.
A coleta do material fixado numa lâmina permite ter certeza de normalida-
de, inflamações, infecções e lesões pré-cancerosas e cancerosas. Essa visibilida-
de permite também o acompanhamento da evolução do tratamento.
Rui Nogueira . 93
Afinal,
que vacinas
usar?
Imagem 31
N a busca por uma conduta racional e responsável dos pais com relação à va-
cinação dos filhos, surgem algumas dificuldades, como seguem abaixo:
Rui Nogueira . 95
Vacina = Mercadoria.
Controle de tecnologias e patentes.
Custos não divulgados.
Preços sem parâmetros.
Comercialização quase automática e com os custos minimizados.
Consumo universal.
Rui Nogueira . 97
7) Rotavírus - Vírus ligados a roedores, causando doença diarreica
em áreas rurais, mas com baixa incidência (como se observa em da-
dos epidemiológicos do DF rural e urbano). A vacina tem relatos de
efeitos adversos graves. Por que e como o rotavírus agora é humano?
Não há justificativas para a vacinação em massa nas áreas urbanas.
Sugere-se não vacinar.
8) Febre amarela – Desde 1942, não há caso urbano de febre ama-
rela no Brasil. Não se justifica a vacinação em massa em todas as
cidades. Não vacinar. Somente fazê-lo quando for para área de risco
(Amazônia).
9) Tríplice viral – É composta por duas vacinas de vírus conside-
rados erradicados no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, e
outra (caxumba) em que não se conhece a estatística epidemiológi-
ca, porque nem mesmo é de notificação obrigatória. Sugere-se não
vacinar, como já acontece em alguns países.
Rui Nogueira . 99
Histórias ilustrativas
e fatos que reforçam
as teses centrais
deste livro
Teses centrais
1 – A transformação da vacina em mercadoria.
2 - A busca de grandes faturamentos (pelo cartel) sem nenhuma
preocupação com a promoção da saúde.
3 - Vacina divulgada com propaganda e/ou promoção de vendas no
lugar de estudos sérios e sem conflitos de interesses.
4 – A burocracia da epidemiologia é, teoricamente, bem estrutura-
da, mas com execução pífia – não se conseguem as bulas e os efeitos
adversos são mal acompanhados. Frequentemente, as aplicações são
feitas em situações de exercício ilegal da Medicina.
5 - Os benfeitores escasseiam e os contaminados pela perturbadora
ideia de que o dinheiro é a própria riqueza e de que obtê-lo é a meta
prioritária da vida se multiplicam e se infiltram inclusive em setores
administrativos que deveriam ser isentos.
6 - São nítidos os sinais de que não há interesse pela presença de
profissionais competentes e bem formados, mas em submissos exe-
cutores das políticas de vendas que são implantadas com leis, pro-
tocolos e metas numéricas, sob falsas perspectivas de “preocupados
com a saúde”.
MARKETING MÉDICO
Criando valor para o paciente
Renato Gregório
Com uma abordagem direta, este livro esclarece os conceitos e a aplicação do
marketing à prática médica. Guia o leitor em como agregar valor aos pacien-
tes e desenvolver ações de comunicação e orientação para os clientes.
Administração em Saúde
Marinho Jorge Scarpi (Org.)
Organizado por Marinho Jorge Scarpi, este livro é um guia completo para
gestão em saúde, tanto de pequenos consultórios quanto em clínicas de
maior porte.
w w w. e d i t o r a d o c . c o m . b r
Rui Nogueira
Rui Nogueira é médico graduado pela Universidade Federal do Es-
tado do Rio de Janeiro (Unirio) e especialista em Clínica Médica, pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Também autor do
livro Medicina Social, ele vem oferecer a sua visão sobre as questões
que envolvem as vacinas.