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Rui Nogueira

Rui Nogueira é médico graduado pela Universidade Federal do Es-


tado do Rio de Janeiro (Unirio) e especialista em Clínica Médica, pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Também autor do
livro Medicina Social, ele vem oferecer a sua visão sobre as questões
que envolvem as vacinas.

O Lado descon h ecido das Vac in as


Com uma perspectiva voltada à assistência de comunidades car-
entes ao longo de sua carreira, o clínico traz para o leitor – profis-
sional da saúde ou leigo – pareceres coletados durante todo o seu Rui Nogueira
estudo e experiência acerca da forma como a vacina é utilizada e
como, sob seu ponto de vista, é tratada pela indústria farmacêutica e
pelo governo brasileiro. Através da comparação do calendário nacio-
nal de vacinação e de algumas bulas, o autor questiona o uso exces-
sivo de vacinas em determinados casos, assim como seus respec-
tivos efeitos colaterais e o lucro obtido com as vendas dessa forma
de imunização. E assim, O Lado Desconhecido das Vacinas convida
os leitores a uma reflexão sobre um universo mais amplo em relação
às vacinas e não apenas aquele divulgado na mídia.
Rui Nogueira

Rio de Janeiro - 1ª ediçao - 2014


São Paulo
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Rio de Janeiro
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Revisão
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Capa e diagramação
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Nogueira, Rui.

O lado desconhecido das vacinas / Rui Nogueira – Rio de Janeiro: Editora DOC, 2014. 1ª edição - 116p.

ISBN 978-85-62608-87-2

1. O lado desconhecido das vacinas. I. Rui Nogueira.

CDD 616.075

Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução ou duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa do autor.
Direitos reservados ao autor.
S obre o autor
R ui Nogueira, graduado pela Escola de Medicina e Cirurgia da atual Univer-
sidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Possui pós-graduação
e residência médica pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Teve como formação básica a Clínica
Médica e trabalhou em Brasília (DF), no Hospital Regional do Gama.
De cunho totalmente autoral, a presente obra é baseada em pesquisas
realizadas pelo autor e em experiências vividas por ele ao longo da carreira.
Bastante engajado no que concerne à saúde pública e à Medicina Social, Rui
Nogueira defende um estudo maior sobre as vacinas. O leitor encontrará,
então, um convite a reflexões sobre o uso dessa medida profilática e sobre o
mercado na qual se insere.

Nota do autor

Este livro foi publicado em virtude da consulta feita pelo autor junto ao Conselho Regional de Medicina
do Distrito Federal com protocolo geral nº: 3101/2013 e processo de consulta nº 020/2013.

A lei posta em prática nas delegacias

Antes de darmos início ao tema que o livro propõe, é im-

portante ressaltar que nos formulários de exercício ilegal

da Medicina, nas delegacias, aparece o seguinte texto:

“Comunicação obrigatória de fato delituoso no exercí-

cio da medicina, artigo 66, II do Decreto Lei nº 3.688, de

03/10/41, LCP e artigo 112 do Código de Ética Médica.”


Imagem 1 Imagem 1’
S obre a obra
C omo médico, uma questão sempre transitou em meus pensamentos: qual
o sistema ideal para a assistência médica a uma comunidade?
De maneira geral, esse assunto está ligado ao trabalho e à preocupação de
retorno rápido. A família sempre ficou em plano secundário, por isso surgi-
ram os institutos de empregados, comerciários, industriários, bancários etc.
Uma comunidade de subúrbio não pode ver o seu morador atravessar toda a
cidade à procura de uma assistência médica. A atenção deveria estar ao alcan-
ce de uma caminhada, na busca da promoção da saúde em conjunto com a
comunidade e não voltada para o atendimento em si.
A ideia já bem difundida de que saúde depende de hospital traz muitas
distorções e, na realidade, atende aos conflitos de interesses do complexo
industrial médico-financeiro. Dessa forma, na busca por um caminho ideal
para a promoção da saúde, o autor criou um sistema personalizado de medi-
cina comunitária denominado Projeto Fatinha. Tal empreitada durou mais de
25 anos, com atuação de tamanha amplitude que, no instante de escrever sua
história, não pôde se acomodar ao conceito de Medicina Comunitária. Exigiu,
então, um termo mais amplo, como o de Medicina Social, a fim de englobar as
diversas nuances surgidas para o atendimento da comunidade, como creches
domiciliares, cuidado com idosos e adolescentes e prevenção de acidentes
com promoção da saúde.
Ao longo de sua experiência profissional, o autor observou que o tema
“vacina” nunca havia sido estudado seriamente pelos profissionais da Saúde,
confiantes na responsabilidade dos responsáveis e gestores. Neste vazio, o
estudo foi substituído por trabalhos com denunciados conflitos de interesses
que substituem credibilidade por propaganda. Assim, a vacina acabou trans-
formada em mercadoria para criar um sistema de campanha de vacinação de
uso geral e universal, atendendo aos interesses das grandes empresas. Um
exemplo disso é a propaganda do lançamento da vacina HPV, que por não
ser doença de notificação compulsória não permite criar uma ideia real de
sua incidência no país. Na Associação Médica de Brasília, assistimos a uma
reunião em que a apresentadora se declarou em um conflito de interesses.
Isso transformou algo que parecia estudo científico, objetivo da associação,
em mera reunião de propaganda. A nossa presença na ocasião permitiu a de-
claração pública de que tudo, absolutamente tudo, demonstrava o exemplo
de transformar mais uma vacina num grande negócio.
No confronto de forças entre o interesse econômico e o das comunida-
des há uma defasagem muito grande, em que estas são mais fracas e têm
dificuldades para concentrar esforços a fim de combater o poder econô-
mico e a propaganda. O autor, então, tendo transitado durante toda a sua
vida pelas questões de promoção da saúde, prevenção e vacina, sentiu-se
na obrigação de transmitir seus estudos e conhecimentos acumulados por
motivos éticos e humanos.
O conhecimento e a conscientização são sempre importantes nesta época
dominada pela propaganda. Alimentos se tornam indústria; agricultura, uma
atividade empresarial e o atendimento a necessidades essenciais, objeto de
lucros exorbitantes. Ao mesmo tempo, os países dominantes, alguns pobres
em recursos naturais, espaço, sol e água, ficam estrangulados em sua atenção
de atendimento a suas populações e alargam, cada vez mais, a colonização dos
países ricos em natureza para que estes permaneçam como meros fornecedo-
res de matérias-primas para a sua aparente riqueza.
Assim, em países ditos de terceiro mundo, ricos em matérias-primas - es-
pecialmente o Brasil - o lema econômico imposto pelos colonizadores é: sai
riqueza, fica buraco e miséria. Resistir é preciso!

Rui Nogueira
S umário
10
Descobertas que tornam o livro especial

24
Vacinas necessárias e excedentes

32
O que dizer dos noticiários?

38
Sobre as vacinas

94
Afinal, que vacinas usar?

100
Histórias ilustrativas e fatos que reforçam
as teses centrais deste livro

106
Considerações finais
Descobertas
que tornam o livro
especial

M esmo com o trabalho na área de prevenção, alguma vez nós estudamos


a vacina com profundidade? A resposta, quase unânime, é “não”. Por quê?
A área da Saúde tem, na sua história e memória, personagens benfeitores
do porte de Oswaldo Cruz, Vital Brazil e Carlos Chagas, o que formou uma
consciência coletiva de acreditar em idealismo e desprendimento dos gesto-
res. Por isso, tudo que é deliberado ao nível de direção é aceito como o ideal,
sem discussões. Entretanto, existe a descoberta, por muitos de nós, de que há
pontos estranhos na política de vacinações.
Um pouco de senso crítico contribui para a reflexão sobre a real situação
da vacina: ela é prevenção ou lucro? Surge também o absurdo contraditório
moderno em que se questiona: a vacina faz parte da promoção da saúde ou
é uma mercadoria?

Imagem 2 - O silêncio no ambiente hospitalar


deve ser respeitado. Barulho incomoda a maio-
ria dos pacientes. Entretanto, silêncio não pode
haver quando se trata de defender as nossas
crianças – sem omissão!

10 . O lado desconhecido das vacinas


Tornamos públicas, neste livro, as descobertas e os estudos sobre vacinas
e percebemos que, lamentavelmente, o idealismo está fragilizado e
os benfeitores, aqueles que estão apenas voltados para o bem-
estar da população, encontram-se em extinção. Isso abre
espaço para os ambiciosos de todos os tipos, e estes não
respeitam gestantes nem crianças, desencadeando con-
sequências para todos. A principal delas é o vazio de
informações, que possibilita a existência de ações tidas
como fato consumado sob o respaldo apenas das pro-
pagandas divulgadas pelo interesse econômico: uma falta de bom
senso muito perigosa.
Pode-se dizer que o dinheiro é o que há de mais importante
no mundo. Ele criou um quadro devastador de dominação ao
englobar mentes e ações humanas.
Na sociedade atual, o dinheiro é considerado como a pró-
pria riqueza e não uma representação dela, como instrumento
de uma valoração nas trocas de mercadorias. A consequência
disso é o deslumbramento pelos ganhos, afastando o bom sen-
so, a ética e causando o inevitável desvirtuamento dos valo-
res. Muitas vezes, o ato de ganhar dinheiro, mesmo ilícito,
é defendido até com armas, o que pode ser demonstrado
pelo exemplo dos traficantes de drogas.
O que será colocado à disposição dos leitores são
algumas sugestões críticas. Esta é uma leitura para
contribuir com o desenvolvimento do senso crítico
em todos os lançamentos, campanhas e divulga-
ções das vacinas. No capítulo “Sobre as Vaci-
nas”, por exemplo, os volumosos faturamentos
acendem muitas ambições, pois se trata de uma
comercialização com vendas universais, sem
muito esforço. O risco mora exatamente na am-
bição pelos faturamentos, na indiferença ética e na

Imagem 3 - A mãe tem que ser ajudada na tarefa de formação do filho. A precaução
deve estar presente para preservá-lo de qualquer agressão desnecessária. É um mo-
mento especial, pois, ao nascer, qualquer intercorrência pode afetar toda a amplitude
da vida do recém-nascido. Por isso, exige atenção especial.

Rui Nogueira . 11
ausência de valores. Dessa forma, as pessoas estabelecem o sucesso como a
meta prioritária da vida, e o mesmo aparece intimamente ligado ao fato de
se ter dinheiro, mas com a desvalorização e o desaparecimento da ética isso
se torna muito perigoso.
Há fortes indícios de que a conduta das pessoas e das grandes empresas
voltadas para o consumo – o maior possível e com lucros exorbitantes – já
atinge o setor das vacinas. Este livro busca, então, dar guarida aos profissio-
nais de Saúde que, no seu cotidiano, sentem-se incomodados por condutas
automatizadas e protocolares.

Imagem 4 - Fila para vacinação

A foto acima é uma pista. As pessoas estão sob o sol de meio-dia em aten-
ção ao chamado: “Venham todos, tragam os seus filhos de até sete anos para se
vacinar!”, o que é nitidamente semelhante às propagandas dos comerciais que
dizem “Venham todos, estamos abertos. Não percam a promoção!”.
Ao mergulhar na execução da campanha, verificamos uma enorme preo-
cupação com metas – números de vacinados. Não detectamos nem ouvimos
discussões sobre o número de usuários já imunizados (devido à rotina), nem
respeito pelos estudos epidemiológicos - avaliação séria sobre o aparecimento
de doenças com variações nas incidências que indiquem uma necessidade de

12 . O lado desconhecido das vacinas


vacinação em massa. Em geral, há apenas notícias de fatos isolados que ame-
drontam as populações.
No Brasil, e em todo o mundo, o caminho da prevenção não deve ser cen-
trado em profilaxia artificial de imunidade (vacina), mas no desenvolvimento
das imunidades naturais (aleitamento materno). A vacina deveria ser, na ver-
dade, um importante item no conjunto de promoção da saúde, mas cada vez
mais recebe tratamento dado a mercadorias.

Vacina mexe com a nossa imunidade;

Vacina mexe com a imunidade dos nossos filhos;

Vacina não pode ser transfomada em mercadoria;

Vacina é profilaxia artificial da imunidade, apenas


complementar à imunidade natural.

O sistema imunitário humano, que será visto melhor adiante, é extraordi-


nário. Num universo de bilhões de substâncias que são ingeridas, ele selecio-
na o que o interessa, aquilo que está em harmonia com o organismo e é útil
para o corpo se manter em equilíbrio. O que não presta ou que pode alterar
ou colocar em risco a vida é neutralizado, destruído e eliminado. Há uma
“inteligência interna” do organismo. Essa é a imunidade natural que deve ser
estimulada e preservada. Posteriormente, será visto que ela é iniciada com a
amamentação, pelos anticorpos que a mãe passa para o seu filho – magnífica
defesa natural.
Tudo que penetra no organismo, até mesmo junto com os alimentos, é “avalia-
do” pelo sistema imunitário. Caso o elemento seja estranho à estrutura do orga-
nismo, é construído um “molde” anticorpo para bloquear a substância estranha,
seja qual for a natureza dela, e o mesmo fica pronto para atuar daí em diante.
Já a vacina interfere na imunidade. A substância (proteína, vírus ou bacté-
ria atenuados) introduzida no organismo estimula a produção de anticorpos

Rui Nogueira . 13
em resposta a uma “doença enfraquecida” e eles já estão prontos na hora em
que o causador verdadeiro aparecer. Isso evita a doença. Nesse caso, as crian-
ças ainda com sua imunidade em elaboração são os maiores beneficiados, pois
têm como reagir a essa agressão.
Se a vacina acarreta alterações no sistema de defesa do organismo – o sis-
tema imunológico – e há importante aceitação do seu papel, ela não pode ser
“arranhada” pelo mais leve risco à saúde de gestantes e crianças. Sua credibili-
dade não pode ser abalada. O pensamento simpático às vacinas e o fato de que
elas tendem ao consumo universal exigem a presença de muita precaução.
A formidável prevenção que uma vacina pode oferecer, o pensamento sim-
pático com relação a elas e a tendência ao consumo universal, com todas a
etapas de distribuição e aplicação sob a responsabilidade do governo numa
comercialização com vendas universais sem muito esforço, são fatores pelos
quais não podemos permitir que a vacina seja transformada em mercadoria,
ainda mais ao considerarmos o quanto ela representa para a prevenção. Ainda
assim, o mote principal dos meios de comunicação é “Ou vacina ou morre!”.
No entanto, é sempre bom lembrar que a vacina é profilaxia artificial da imunidade
– apenas complementar à imunidade natural.

Você conhece a composição das vacinas?

Qualquer remédio é acompanhado por uma bula,


mas e as vacinas?

Você está entre os que se limitam a achar que


a vacina é suficiente e segue piamente as
recomendações dos órgãos de saúde?

As observações, preocupações, condutas no mínimo estranhas e as ações


desnecessárias estão em discussão neste livro, com o objetivo de que o profissional
de saúde e o público possam refletir e tomar uma posição mais consciente sobre
as vacinas como prevenção artificial da imunidade. Para isso, seguem, ao longo

14 . O lado desconhecido das vacinas


dos capítulos, algumas descobertas do autor e de profissionais da área da
Saúde que podem esclarecer melhor o leitor a respeito dos conhecimentos
relativos às vacinas.

Descoberta 1: excesso de vacinações


Uma experiente auxiliar de enfermagem, com 25 anos em sala de vacina-
ção, observou que estavam dando muitas vacinas nas crianças. Essa observa-
ção tem algum fundamento?
Em trabalho como médico de família, o autor acompanhou 19 pacientes
que apresentavam o diagnóstico de febre reumática, doença que surge por
complicação de infecções de garganta e que não acarreta maiores sequelas
quando tratada com penicilina – benzatina –, uma injeção dolorosa, mas pro-
filática. Nos 20 anos de acompanhamento, somente um adolescente, ao che-
gar à época do exame militar, apresentava lesão em válvula cardíaca porque
sua mãe ficou com “peninha” e não usou o medicamento indicado. Resultado:
cirurgia cardíaca que poderia ter sido evitada (a mãe também o afastou do
controle imediato). O caso ilustra o contraditório: de um lado, os choros pelas
injeções; do outro, o carinho das mães com os seus filhos.
Atualmente, os laboratórios produtores de vacina reúnem várias delas
numa só aplicação. Isso diminui o choro, mas a carga delas permanece alta,
até aumenta (tríplice, tetra, penta, hexa...). Há economia de agulhadas, mas,
se surgir alguma reação, fica mais difícil saber qual a causadora do efeito ad-
verso pós-vacinal. Há países, como por exemplo, o Japão, que não superpõem
vacinações. Além disso, existem trabalhos que defendem cautela e precaução
com a mistura de vacinas, em especial viróticas, numa mesma aplicação, o
que pode acarretar alterações no material genético.

Descoberta 2: o interesse econômico por trás das vacinas


Até os 18 meses de idade são realizadas 35 vacinações em uma criança.
Isso não traz uma impressão de exagero? Entretanto, é o que preconiza o ca-
lendário oficial de vacinação liberado no final de 2010 e aumentado em 2012.
É uma vacinação intempestiva? Está na medida correta?
A população tem dificuldades em conhecer dados para avaliar essa vacina-
ção. Há intensa divulgação para valorizar as tecnologias. As recomendações
são feitas por pessoas com muitos títulos e cargos importantes. Com isso,
surge um aspecto muito preocupante: como saber se esses devotos defensores

Rui Nogueira . 15
do consumo têm ligações ou interesses ligados aos fabricantes? Questão séria,
pois as vacinações universais envolvem enormes faturamentos. Como avaliar
o excesso de consumo? Há vacinas aplicadas ao nascer. Serão justificáveis?
Deve-se estudar o caso sem aceitar o silêncio.

Descoberta 3: educação para a amamentação

Imagem 5

Será possível colher exemplos e demonstrar a importância do aumento das


defesas naturais do organismo para uma evolução de vida mais tranquila e com
menos sofrimentos? Para isso, devemos procurar exemplos na atividade prática,
especialmente aquela realizada ao lado das comunidades atendidas. Assim, res-
ta a pergunta: em que nível anda o incentivo para a mais importante proteção
contra as doenças infantis, a amamentação?

A primeira e mais importante vacina, pela passagem


de anticorpos materno-infantil, é a amamentação

16 . O lado desconhecido das vacinas


Quantas coisas acontecem na amamentação! Entre elas:
• A inter-relação mãe-filho envolve alimentação e afeto-carinho;
• A ingestão, pelo bebê, das proteínas essenciais presentes no leite materno;
• A passagem, pelo colostro, nos primeiros leites, dos anticorpos de
que a mãe dispõe em seu organismo;
• Amamentação envolve carinho, o que é fundamental para o desenvol-
vimento psíquico da criança;
• Que formidável segurança e tranquilidade acalentada pelo bebê ao
ouvir, no ato de mamar, o “fundo musical” que o acompanhou em toda
a sua formação fetal – os batimentos cardíacos maternos (os batimentos
do paraíso);
• Na entrada no mundo, o bebê vai começar a interagir com o ambiente
e todo tipo de gérmen nele existente. Com o ato de mamar, a criança
abocanha a aréola materna com o mamilo no céu da boca, no processo
reflexo inato de sugar-mamar. Os gérmens do seu ambiente existem
na aréola e são repassados pela mãe, para que o bebê desenvolva as
próprias imunidades naturais. Os anticorpos do colostro dão o passo
inicial para a defesa.

A amamentação traz imunidade com carinho e


não profilaxia artificial específica, com alto custo e
alguns riscos. Amamente sempre!

Descoberta 4: o “Mamá Comunitário”


Uma prova prática da importância da amamentação aconteceu no Centro
de Realimentação Infantil com o “Mamá Comunitário”, uma experiência de
vários anos. O CRI, uma casinha simples em área muito pobre do município
de Luziânia (GO), foi criado para recuperar crianças desnutridas graves na
própria comunidade.
Quando descoberta uma criança desnutrida, ela era examinada de imedia-
to e encaminhada para o CRI. Independente da idade, era considerada como
nascida naquele instante. Durante 15 dias, a sua alimentação era exclusiva com

Rui Nogueira . 17
leite materno. Isso acontecia na década de 1980, quando ainda não havia divul-
gação de doação de leite materno e bancos de leite.
O Projeto Fatinha acompanhava a comunidade e tinha especial atenção com
as gestantes orientadas, inclusive com relação à alimentação, para que nenhuma
delas fosse encaminhada à maternidade, a 6km, com anemia. Moradores treina-
dos, auxiliares de saúde – hoje agentes comunitários da área – acompanhavam
passo a passo todas as atividades, como consultas, exames, reuniões, orientação
nutricional e atendimento de intercorrências, até a época do parto. Esse era um
trabalho pioneiro!
Havia um levantamento de toda a comunidade cadastrada, com progra-
mas de Atenção Integral de Saúde adequados a cada faixa etária e assistência
às alterações que o desnutrido apresentasse. Inclusive, as mães moradoras
vizinhas da casa do desnutrido incluído no programa chegavam a brigar para
amamentar mais vezes por dia. Sempre havia várias multíparas, com leite
abundante. Elas ficavam felizes em participar do rodízio para amamentar os
desnutridos, pois assim também evitavam que o leite, nos seus dizeres, “em-
pedrasse”, formasse abscesso.
Quantas consequências! A solidariedade e o estreitamento das amizades en-
tre os vizinhos e a troca de experiências e de conhecimentos numa comunidade
com pouco acesso às informações. Um surpreendente fato que estamos a per-
ceber qual a causa.
A atuação do CRI durou anos seguidos. De repente, constatou-se que em todo
o período de uso da metodologia do “Mamá Comunitário”, nenhuma criança,
mesmo desnutrida, morreu com infecção. E qual a explicação para isso?
Observa-se que as internações hospitalares do hospital que ficava a 6km
eram acompanhadas de muitos óbitos. Enquanto isso, o CRI, no meio de uma
área carente, era um sucesso. Zero óbito.
Inicialmente, julgava-se que no hospital a criança entrava num ambiente
hostil e, enfraquecida, ficava sujeita a se contaminar com gérmens resistentes.
Como gracejo, os profissionais de saúde diziam muitas vezes: “Eles vão para
um local cheio de gérmens resistentes que, ao verem um antibiótico, lambem
os beiços”. Entretanto, acabamos por descobrir o porquê da resistência extra-
ordinária das crianças do CRI. Era incrível como aquelas crianças magrinhas e
desnutridas não caíam doentes com infecção, e isso acontecia porque as mães
incluídas no “Mamá Comunitário”, voluntárias e amorosas, muito frequente-
mente estavam nos primeiros dias do pós-parto. Dessa forma, os desnutridos
recebiam colostro - os primeiros leites produzidos pela mãe, com um aspecto ralo.

18 . O lado desconhecido das vacinas


Por conta dessa aparência, em certa época, ele foi usado pela transnacional do
leite em pó (leite de vaca é muito bom para bezerro, não para os humanos) para
divulgar a ideia de “leite fraco”. O colostro possui tudo que é fundamental para
o desenvolvimento do bebê: proteínas, anticorpos e nutrientes.

Imagem 6 - Crianças no CRI

Pelo “Mamá Comunitário”, amamentadas com o colostro, as crianças desnu-


tridas recebiam uma supervacinação natural e múltipla. É incontestável que, no
CRI, elas ganhavam a proteção dos anticorpos de cinco ou seis mães. Tal fato per-
mitia às crianças desnutridas estabelecer vacinação natural para todas as doenças
infectocontagiosas, as comuns na infância e as que circulavam no seu ambiente
de vida, a fim de recuperar o estado nutricional mais rápido e solidamente. Tudo
era feito em um período em que não havia bancos de leite materno.
Na época, a rotina era a seguinte: a criança nascia e era afastada da mãe, co-
locada em um “presídio de bebês”. Lá recebia água açucarada, que prejudicava o
reflexo inato de sugar, além do líquido inundar sua boca. Surgia, então, a história
de que o neném não pegava o peito e ficava condicionado às mamadeiras...
A divulgação do leite em pó cientificamente preparado, sem contato manu-
al, com fotos de crianças lindas e gordinhas incentivou o leite em pó em todo o
mundo e bloqueou, durante muitos anos, a amamentação.
Ante qualquer gestação surgida na família do médico, ele recebia em casa
caixas de latas de leite em pó, transformando-se em “garoto propaganda” pela
generosa distribuição das latas de leite “cientificamente preparado”. A propa-
ganda da transnacional que ainda assola o país, muito bem feita, divulgava o
leita de vaca em pó, que é muito bom para bezerros (por conta do corpo grande
e cabeça pequena), de tal forma que o leite em pó parecia melhor que o leite
materno. A melhoria do acompanhamento pré-natal e os recursos laboratoriais

Rui Nogueira . 19
para confirmar diagnósticos (e transformá-los em certezas) permitem detectar
todas as possibilidades de transmissão vertical, de mãe doente para filho. Com
isso, elas podem ser orientadas em separado, mas não com peremptória proibi-
ção de a criança ser amamentada e afastada até de uma amamentação cruzada.
Se o bebê nasceu doente, há mais uma razão para alimentá-lo com colos-

Os humanos têm que desenvolver o cérebro e as


proteínas essenciais estão no leite materno!

tro, o precioso leite materno com proteínas essenciais e anticorpos. Felizmente,


hoje, mães recém-paridas retiram o leite por extração manual ou bombas de
sucção e o colocam em mamadeiras para crianças que porventura tenham nas-
cido como consequência do descaso humano. Busca-se, assim, priorizar o leite
natural (bancos de leite).
Cabe aqui um alerta: temos que vigiar o estigma feito em relação ao leite

Imagem 7 - Com o banco de leite, não há leite de vaca industrializado.

Humanos tratados com leite humano e com


humanidade. Que delícia ver isso!

20 . O lado desconhecido das vacinas


materno. Há sinais de que desejam depreciá-lo para incrementar o comércio
do leite em pó. Criam imagem de amedrontamento, fazendo crer que o leite
materno possa transmitir doenças. No entanto, a glândula mamária filtra ele-
mentos estranhos para que eles não cheguem ao bebê.
Composto por carboidratos, gorduras, proteínas, compostos nitrogenados
não-proteicos, vitaminas, minerais, enzimas, imunoglobulinas, hormônios, vi-
taminas, fatores de crescimento e substâncias bioativas, o leite materno é o mes-
mo em todos os lugares do mundo, nos mais diversos sistemas de vida e tipos
de alimentação. Até mesmo as mães desnutridas se sacrificam organicamente
para manter uma composição saudável no leitinho que seu filho vai sorver.
Uma ode à sobrevivência!
Entretanto, há o perigo de os estudos sobre o leite materno estarem sendo
realizados sob conflitos de interesses. Tudo para atender as ambições de uma
transnacional que já bloqueou durante muitos anos a divulgação da amamenta-
ção com o intuito de vender seu leite em pó.

Descoberta 5: o excesso de vacinas


Vimos na descoberta 2, durante os anúncios da Campanha Nacional de
Vacinação, que existe a nítida sensação de excesso de vacinas. No Brasil,
não encontramos trabalhos que abordem o tema, mas trazemos à reflexão
dos leitores dados colhidos em artigos publicados no exterior. Destaque
para o que compara os 34 países do mundo com os menores índices de
mortalidade infantil.
Os seis países com os menores índices de mortalidade infantil no mundo
(número de óbitos em cada 1000 nascimentos normais) estão aqui relaciona-
dos, com a observação de que todos eles usam 12 doses de vacina no primeiro
ano de idade.

Singapura 2,31
Suécia 2,75
Japão 2,78
Irlanda 3,23
França 3,33
Islândia 3,47

Rui Nogueira . 21
Quais os cinco últimos dos 34 países avaliados?
34 - EUA
33 - Cuba
32 - San Marino
31 - Itália
30 - Grécia

É importante salientar que as cinco últimas nações acima referidas usam, no mí-
nimo, o dobro de vacinações comparadas às usadas pelos primeiros países com taxas
menores. Além disso, o Brasil não está considerado nesse estudo porque tem índices
de mortalidade infantil ainda altos, apesar de algumas melhoras nos últimos tempos.
Aqui no Brasil, nossas crianças, que podem ser imunizadas com três doses,
apresentam frequentemente de dez a 15 doses da vacina contra a poliomielite
registradas em seu cartão. Por quê? É um enorme e desnecessário desperdício
de recursos. É fundamental que se faça uma avaliação, e isso exige uma co-
missão de alto nível, sem conflitos de interesses, o que fica difícil ante o poder
econômico dos laboratórios fabricantes.
A pesquisa comparativa do índice de mortalidade infantil mostra que países
como os Estados Unidos, mais dominados pela política de consumo de vacinas com
programação semelhante à que agora foi imposta ao Brasil (35 vacinas), estão com
os índices de mortalidade infantil em alta, e os países que mantêm os seus progra-
mas de vacinação mais racionais e comedidos permanecem com índices estáveis.
Isso evidencia que o excessivo aumento da profilaxia artificial da imunidade
não é acompanhado de melhores resultados na proteção das crianças. É muito
importante ressaltar e compreender que os estudos referidos não desmerecem
o valor das vacinas, nem permitem uma conclusão de que elas provocam maior
mortalidade, mas destacam que, por si só, vacina não resolve, exigindo uma
série de outros componentes de promoção da saúde. Ela não pode ser superva-
lorizada, pois é uma imunidade artificial específica.

Isso não quer dizer que vacina causa doença,


mas que não é um procedimento absoluto na
promoção da saúde.

22 . O lado desconhecido das vacinas


A vacina tem que permanecer como agente de promoção da saúde e da
prevenção de doenças, não pode ser transformada em mercadoria de consumo,
objeto de vantagens econômicas.

Descoberta 6: informações insuficientes


Uma experiência interessante foi a que aconteceu no Projeto Fatinha de Me-
dicina Comunitária. Durante 25 anos, as gestantes comiam muita couve e eram
estimuladas a plantá-las nos seus jardins e quintais. Nunca uma gestante com
pré-natal completo foi para o parto com anemia. Nas reuniões, o lanche era
constituído por uma laranja (quinze minutos antes) e couve refogada com ovo.
Assim, o ferro era mais bem absorvido. Hoje, há muita preocupação com o sul-
fato ferroso industrial. Promoção da saúde?
Já ao ver o cartão de vacinação de seu filho, uma mãe pode perguntar: “O
cartão de vacina do meu filho tem duas partes, com um total de 60 quadrinhos.
Está quase cheio de anotações. Haverá vacinas demais?”. Não explicam à mãe
o porquê de tantas vacinas. Ela é amedrontada para aderir ao consumo. Nem
os profissionais de saúde estão devidamente esclarecidos. Ter apenas “venda
sob prescrição médica” estampado na bula das vacinas não vale nada. Qualquer
voluntário, ainda que seja com boa intenção, de modo automático ordena as
vacinações mesmo sem formação adequada.

Imagem 8 - Cartão de vacinação

Rui Nogueira . 23
Vacinas
necessárias &
vacinas excedentes

N a saída de postos de vacinação de campanha do dia 13 de agosto de


2011 no Brasil, pedimos autorização às mães ou responsáveis e foto-
grafamos um grande número de cartões de vacina das crianças de um a sete
anos. O objetivo era documentar como eles são preenchidos. Repetimos o
procedimento na vacinação de 2013.
Inicialmente, houve uma surpresa: todos têm anotado um número de doses
de vacina acima do indicado nas bulas dos laboratórios fabricantes. A partir disso,
foram estabelecidos dois critérios básicos: Primeiro, o de vacina necessária, aquela
feita com a dose recomendada que consta na bula1 do fabricante e evidentemente
ali estabelecida em função de estudos, pesquisas e bibliografia nelas citadas. Se-
gundo, o de vacina excedente, que é assinalada no cartão e foi aplicada no posto,
na rotina ou nas campanhas, ultrapassando o recomendado pelos fabricantes.
Foi avaliado o número de doses aplicadas que constam no cartão e verificou-
se que, neste exemplo pontual, as doses excedentes se repetem com mínimas
variações para cada doença infectocontagiosa, conforme segue abaixo:

Poliomielite

Vacina Sabin de vírus atenuados.

Doses necessárias (segundo a bula) 032


Doses excedentes 10 (constam no cartão-exemplo, mas
há até 15 excedentes)

1
A bula das vacinas em geral não está disponível para os usuários no local de vacinação. É necessário procurar na Secre-
taria de Saúde ou na Epidemiologia, nem sempre com acessos fáceis.
2
Trabalhos feitos em São Paulo consideram suficientes para imunizar. No exterior, em geral, consideram duas doses.

24 . O lado desconhecido das vacinas


É válido ressaltar que a vacina Salk, injetável, foi oficialmente reintroduzida.
Por quê? São duas doses injetáveis de vacina importada incluídas “na calada” e
sem nenhuma discussão. O “lobby” de vacina foi forte?

H e pat i t e B

Vacina produzida pela proteína do vírus, surgida de uma levedura modi-


ficada geneticamente.

Doses necessárias (segundo a bula) 01

Doses excedentes 02 na campanha oficial de 2010


03 na campanha oficial de 2012

Há leis obrigando a vacinação ao nascer. A hepatite B é transmitida por


contágio sexual e instrumentos cortantes contaminados. Nas maternidades, os
instrumentos são descartáveis ou então há os cuidados fundamentais de es-
terilização e preparo dos materiais. Ao que consta, não há possibilidade de
contágio sexual no berçário. Assim, ante as recomendações da ficha técnica dos
fabricantes, por que o aumento nas doses? Mais adiante, inclusive, será discuti-
da a presença do timerosal, um composto de mercúrio, considerado um metal
perigoso presente na vacina.

Tríplice viral

Vacina com vírus atenuado de sarampo, rubéola e caxumba.

Doses necessárias (segundo a bula) 01 (segundo a bula do fabricante,


produz imunização)

Doses excedentes 02 (em geral)

Um dos comentários sobre a tríplice viral nas rotinas é relativo ao fato de


existir uma vacina específica contra o sarampo que costumava ser usada, mas,
ao que parece, foi abandonada. Em alguns países, inclusive, a Tríplice não é
aplicada. No Canadá, a Triverix/Pulverix foi retirada em 1988 do país, assim
como a MMR foi excluída do Japão em 1992.
Com base no exposto, questiona-se: valem as recomendações dos estudos dos
fabricantes? Isso precisa ser discutido. Deve-se fazer valer o Princípio da Precaução, e

Rui Nogueira . 25
somente com comissões de alto nível e isentas de conflitos de interesse será possível
ter os dados necessários para avaliação.
Por que o contraste entre o que os fabricantes preconizam e o recomenda-
do pelo governo? As indicações oficiais (governo) sempre se direcionam para
um maior consumo.
Importante salientar que, quanto às vacinas excedentes, raramente se ouve
uma recomendação para não receber mais doses de vacina quando a pessoa já
recebeu o suficiente para imunizá-la.
É preocupante constatar que existem metas para os postos de saúde em
número de vacinações aplicadas, e não para a resolubilidade (população imu-
nizada). O que realmente deveria valer seria a estatística das crianças que estão
imunizadas e, portanto, têm como se defender das infecções – isso sim é uma
promoção da saúde.
Com o sarampo, há um reforço na convicção de que noticiário de jornal
não pode ser o indicativo de epidemia e provocador da vacinação em massa, de
modo indiscriminado, de toda a população.
Vale ressaltar ainda que há um precioso trabalho elaborado pelo Ministério
da Saúde – relatório da verificação dos critérios de eliminação e transmissão dos
vírus endêmicos do sarampo, rubéola e da síndrome de rubéola congênita (SRC)
no Brasil, no qual consta que o último caso de sarampo autóctone, causado por
vírus que circula no Brasil, aconteceu no ano 2000, há 14 anos.
Com os poucos casos surgidos nos anos seguintes e o desenvolvimento de
tecnologia laboratorial e molecular, foi possível provar que a infecção ocorreu
por vírus importado de outros lugares, como Europa, Japão e África do Sul.
Tudo indica que há uma intenção de apavorar a população e, nessa situação, o
aparecimento de só um caso de sarampo é anunciado como “surto” – palavra
associada à ideia de muitos doentes.
“Surto de sarampo em Santa Catarina” é a manchete em um jornal. Qual
a impressão do leitor? Surge o espanto e o amedrontamento da população.
Entretanto, foi um alemão que chegou ao Brasil com manchas exantemáticas
atribuídas ao sarampo, mas, na realidade, ele tinha o chamado “sarampo ale-
mão”, que é a rubéola!
Nessa área, um excelente trabalho foi desenvolvido pela saúde pública bra-
sileira na vigilância epidemiológica, especificamente no acompanhamento do
sarampo/rubéola, que prova que estes são inexistentes no Brasil, como detalha-
do no referido relatório.

26 . O lado desconhecido das vacinas


Agora, observe a sequência:
1. Essas são doenças de notificação compulsória (lista do Ministério da Saúde);
2. Caso a doença apareça, tem que haver notificação compulsória, ime-
diata e urgente;
3. Em 48 horas é colhido o material (sangue e urina) para o exame, nos
laboratórios de referência;
4. A presença de IGM como uma proteína específica relacionada à doen-
ça gera uma confirmação laboratorial;
5. Estudos moleculares podem identificar pequenas diferenças entre os
vírus que circulam em diversos países do mundo. Pode-se, assim, saber
a procedência do vírus no caso-fonte detectado;
6. Isso permite o bloqueio de todos os possíveis contaminados e conta-
minantes para evitar a circulação do vírus no nosso território.
No referido relatório, há a descrição do acompanhamento e a identificação do
vírus introduzido no Brasil com o excelente trabalho de bloqueio das suas dissemi-
nações. Portanto, sarampo e rubéola são considerados erradicados, faltando apenas uma
oficialização, que já deveria ter sido dada pelos órgãos internacionais OPAS e OMS.
A imprensa denuncia “surtos” de eventuais casos importados. A população, as-
sustada, crê estar sob intensas epidemias. Assim, iniciam-se campanhas de vacina-
ção, como no caso contra o sarampo, com a grande surpresa de ser uma vacinação
indiscriminada com vacina tríplice viral de vírus atenuado (sarampo, rubéola e ca-
xumba). As duas primeiras já consideradas erradicadas e a última nem mesmo con-
siderada para notificação compulsória. Por que então vacinar com tríplice viral?
Com dois componentes estudados no relatório do Ministério da Saúde e o
terceiro fora de notificação compulsória, portanto sem haver nem mesmo uma
ideia de sua epidemiologia, pode-se considerar que não é necessário vacinar in-
discriminadamente com tríplice viral, não havendo necessidade de ela estar na
programação da campanha de vacinação. Mais adiante, será analisada a absurda
situação da campanha de vacinação contra o sarampo.

T e t r ava l e n t e
Vacina produzida com toxinas dos agentes patogênicos. Previne contra
difteria, tétano, B. pertussis (coqueluche) e Haemophilus influenzae.

Doses necessárias (segundo a bula) 03 (DTP + Hib)

Doses excedentes 02

Rui Nogueira . 27
Em outros tempos, quando havia a vacinação dupla de difteria e tétano,
era considerado imunizado aquele que recebesse duas doses. Temos hoje nos
calendários de vacinas três doses de tetra, uma de DTP e outra de Hib. Teori-
camente, com três doses de tetra a imunidade já é alcançada. Por que há tantas
doses? Com que finalidade são feitas tantas vacinações? É difícil entender...
Isso é necessário e contribui para a imunização? Segundo informe técnico do
Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de São Paulo:

Crianças que receberam três doses de DTP


(difteria, tétano e B. pertussis) e três doses de
Hib (haemophilus influenzae), completando
a tetravalente, não precisam receber nenhuma
outra dose de vacina tetravalente3.

De maneira global, pode-se considerar que há pelo menos duas doses de vacina
tetravalente excedentes nos cartões de vacinas das crianças. Além disso, é importante
ressaltar que certos cartões têm uma coluna para anotar as vacinações DPT. Quadro
vago no cartão acarreta imediatamente a recomendação de vacinas. Se a rotina já foi
feita com a tetra, essa indicação provoca vacinações excedentes. Há vantagens?

Vac i n a P n e u m o c ó c i c a P o l i va l e n t e

Vacina com bactérias inativas. Previne contra pneumonia, meningite,


otite média aguda, sinusite e bacteremia.

Doses necessárias (segundo a bula) 03

Doses excedentes 01 (calendários de 2010 e 2012)

O calendário oficial recomenda pneumocócica 10. Porém, na bula da pneumo-


cócica 23, do laboratório fabricante, a posologia recomendada é a de dose única.
Recomenda-se, também, precaução com crianças menores de dois anos.

3
Acréscimo e grifo do autor para melhor compreensão.

28 . O lado desconhecido das vacinas


Já a bula da vacina pneumocócica 10, encontrada para cumprir calen-
dários de rotina de vacinação, recomenda três doses de 0,5ml da vacina
e duas doses somente em crianças com mais de 12 meses. Entretanto, na
programação oficial do calendário 2010, existe a indicação de quatro doses nas
crianças até 15 meses.

R otav í r u s h u m a n o at e n ua d o

Vacina de vírus atenuados.

Doses necessárias (segundo a bula) 02

Doses excedentes 01 na campanha de 2010.


Nenhuma excedente na campanha
de 2012.

Na bula do fabricante está indicada uma posologia para vacinação com


duas doses. No entanto, no calendário de vacinação brasileiro de 2010, a
recomendação é de três doses. Por quê? Em 2012, entretanto, esse excesso
é corrigido.

Meningite C

Vacina produzida com proteína das bactérias da doença.

Doses necessárias (segundo a bula) 02

Doses excedentes Nenhuma excedente.

O laboratório que produz a vacina indica uma posologia de duas doses


antes dos 12 meses. Após esse prazo, é indicada para adultos e adolescentes,
havendo recomendação de dose única de 0,5ml da vacina. No calendário ofi-
cial estão preconizadas uma dose com três meses e outra com 13.
O acompanhamento da epidemiologia das meningites (A, B e C) não é
divulgado, e muitas vezes os “números” estão superpostos – somados com
destaque como “surto” de meningite e insinuando vacinas contra meningite
C. As vacinações estão aí incluídas nas campanhas sem haver transparência
na divulgação das taxas de resolubilidade, inclusive com os dados de outros
tipos de meningite e suas mortalidades.

Rui Nogueira . 29
Calendário Nacional de Vacinação

Grupo alvo Idade BCG Hepatite B Penta VIP* e VOP** Pneumo 10

Ao nascer Dose única Dose ao


nascer
2 meses 1ª dose 1ª dose 1ª dose
( com VIP)

3 meses

Criança 4 meses 2ª dose 2ª dose 2ª dose


( com VIP)

5 meses

6 meses 3ª dose 3ª dose 3ª dose


( com VOP)

9 meses

12 meses Reforço

15 meses 1° reforço Reforço


(com DTP) (com VOP)

4 anos 2° reforço Reforço


( com DTP) (com VOP)

Adolescente 10 a 19 3 doses1
anos

Adulto 20 a 59 3 doses1
anos (até 49 anos)

Idoso 60 anos
ou mais

Gestante 3 doses1

*VIP - Vacina Injetável de Poliomielite


**VOP - Vacina Oral de Poliomielite

30 . O lado desconhecido das vacinas


Rotavírus Meningo C Febre amarela Tríplice viral Tetra viral Dupla adulto

1ª dose

1ª dose

2ª dose

2ª dose

Dose inicial

Dose única

Reforço Dose única

Dose a cada 2 doses1 Reforço a cada


10 anos 10 anos

Dose a cada 1 dose1 Reforço a cada


10 anos (até 49 anos) 10 anos

Dose2 a cada Reforço a cada


10 anos 10 anos

3 doses3

1
Se não tiver recebido o esquema completo na infância.
2
Deverá ser avaliado o benefício/risco da vacinação para indivíduos com 60 anos ou mais
que receberão a vacina Febre Amarela pela primeira vez.
3
Respeitar esquemas anteriores.
Fonte: Portaria GM/MS n° 1.498, de 19 de julho de 2013

Rui Nogueira . 31
O que dizer dos
noticiários?

Descoberta 7: as epidemias

Epidemia não é o aparecimento de alguns casos


de determinada doença nos noticiários dos jornais

É de suma relevância observar os noticiários com muita reserva e senso


crítico. Os meios de comunicação são veículos de informação e propaganda,
e não de dimensões “científicas”. Vale o escrito do anunciante, nem sempre a
opinião do estudioso. Com base nisso, pergunta-se: como se caracteriza uma
epidemia?
É um conceito estatístico: epidemia se caracteriza quando ocorre um au-
mento maior do que duas vezes – no caso das doenças – acima do desvio
padrão sobre a média da incidência da enfermidade nos últimos anos. Ou
seja, de posse da estatística de incidência há um cálculo que avalia o que está
fora do desvio padrão e o que ainda pode ser considerado aceitável. Pensar
em epidemia, com as providências consequentes, só deve ocorrer após, no
mínimo, uma diferença de duas vezes o valor do desvio padrão.
Existe, entretanto, uma grande dificuldade. Mesmo com o trabalho “in-
sano” dos funcionários dos órgãos de saúde, dos epidemiologistas, e até dos

32 . O lado desconhecido das vacinas


professores e autores sobre o assunto, todos se queixam da carência de dados
consolidados e fidedignos nos números da epidemiologia. Corre uma sensa-
ção estranha de que os dados não são confiáveis. Agora, de forma imperiosa,
insistimos que, ante tal quadro de necessidades e descrédito, é fundamental
que haja uma comissão de alto nível sem nenhum conflito de interesses para
estudar a questão acima e indicar providências frente aos descalabros eviden-
ciados.
Os programas de vacinação continuam sendo estabelecidos com milhões
de vacinações aplicadas em massa. Há inoculações desnecessárias.
Por que há vacinação em massa mesmo com certificados emitidos pela Or-
ganização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite em 1994?
E por que há vacinação em massa contra sarampo e rubéola quando existe
relatório do Ministério da Saúde que afirma que desde 2000 tais doenças não
existem no Brasil?
Classicamente, surgem casos isolados, comprovadamente vindos de outros
ambientes, e a conduta adotada era a do bloqueio regional. Por que não vale-
ria mais? Há interesses interferindo na direção de vender mais vacinas?
Vale uma reflexão inclusive no sentido de se questionar a existência das
epidemias. É válido vacinar em massa ou somente nas áreas de risco? Qual é
a conduta mais segura e sem desperdícios? Quais etapas são realmente necessá-
rias? Seguem no quadro abaixo:

1. Notificação compulsória das doenças;


2. Acompanhamento nosológico e de mortalidade;
3. Avaliação de epidemia;
4. Estabelecimento de grupos de risco;
5. Política de vacinação;
6. Segurança e eficácia vacinal;
7. Acompanhamento de efeitos adversos.

Um caso interessante é o da febre amarela, uma doença grave que produz


lesões hepáticas e anemia severa. A febre amarela é uma doença silvestre.
É importante avaliar se há necessidade de vacinação em massa fora das áreas de
risco evidente, pois o número de casos notificados é muito baixo. Desde a década de
1940 não há febre amarela urbana. O último caso foi registrado no Acre, em 1942.

Rui Nogueira . 33
Estatística dos últimos anos no Brasil:
1996 15 casos
1997 3 casos
1998 34 casos
1999 76 casos
2000 85 casos e 42 mortes
2001 41 casos e 22 mortes
2002 15 casos e 6 mortes
2003 64 casos e 22 mortes
2004 5 casos e 3 mortes
2005 3 casos e 3 mortes
2006 2 casos e 2 mortes
2007 6 casos e 5 mortes
Febre amarela – Dr. Pedro Saraiva, 2008, Fonte: Ministério da Saúde

Observação: 58 dos casos foram diagnosticados na Região Sudeste, prin-


cipalmente em MG.
Com a febre amarela há notificação, mas o número de casos é irrisório em
relação à população brasileira e não evidencia ocorrências acima do desvio
padrão. Ainda vale salientar que o mosquito transmissor da febre amarela
silvestre não é o mesmo da urbana, e que os casos acima são todos de febre
amarela silvestre.

Imagem 9 - Mosquito silvestre


(Anopheles darlingi)

34 . O lado desconhecido das vacinas


Imagem 10 - Mosquito urbano
(Aedes aegypti)

Haverá indicação para a vacinação desenfreada que atinge locais com-


pletamente afastados das áreas silvestres que poderiam ser locais de risco?
Se alguém vai trabalhar ou viajar pela Amazônia ou em determinadas áreas
de Minas Gerais, a vacinação ainda poderia ser justificada. Mas em crian-
ças de áreas urbanas? Por quê?
No Brasil, a malária, dengue, febre amarela e leishmaniose visceral são
doenças que ainda incomodam e dependem de um mosquito transmissor
,cuja eliminação não é tarefa fácil. Ele procria em pequenas porções de
água e sobrevive vários meses à espera de condições para continuar sua
evolução. Os focos que podem ser diminuídos existem por todos os lados
e frequentemente são difíceis de se detectar.
O mosquito fêmea adulto precisa de sangue para continuar a produção
de ovos e o ciclo próprio de sua vida, além de água para a sua procriação.
Assim, para diminuir as populações dos mosquitos, têm sido usados de
maneira descuidada e abusiva os inseticidas.
Existe uma armadilha, chamada “mosquitoeira”, idealizada e paten-
teada por Antônio Carlos Gonçalves Pereira, funcionário contratado da
COPPE-UFRJ, junto com o engenheiro Hermano César M. Jambo. Como
o produto não teve sucesso comercial e a população estava à mercê da
dengue, a equipe do professor Malouri Cabral, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, criou, usando garrafas PET, a versão genérica da mos-
quitoeira, chamada “mosquitérica”, uma armadilha eficiente, porém de
custo quase zero.

Rui Nogueira . 35
Topo do copo

Meio (Nível d’água)

Fundo do funil

Imagem 11 - Mosquitérica

36 . O lado desconhecido das vacinas


O mosquito se orienta, na busca do humano que vai ser picado, pelo
dióxido de carbono eliminado pela expiração (existem trabalhos experi-
mentais científicos provando essa afirmação). O cheiro do corpo humano
pouco influencia nisso. Existem armadilhas que podem atrair os mosqui-
tos em grande quantidade e que, colocadas em casa, podem eliminar os
que lá se encontram.
Antes de ir para a água e depositar os seus ovos, o mosquito pode ser
atraído pelo dióxido de carbono, em sua tarefa de colher o sangue. É a
instintiva necessidade urgente de manter a continuidade da espécie. Por
isso esses insetos se concentram, nessa fase, onde há humanos.
Criou-se a cultura do veneno para atender a interesses financeiros. No
instante da aplicação, ele protege. Depois, as substâncias básicas se espa-
lham e, levadas pelas chuvas, chegam até os rios, arrastadas pelas enxurradas.
As reclamações não prosperam por conta da força que têm os poderosos
com elevada influência nos meios de comunicação e órgãos controladores.
Dentre as substâncias tóxicas, está a dioxina desfolhante lançada no Vietnã
(agente laranja), alvo de muitas críticas. Isso demonstra o objetivo finan-
ceiro sem se importar com as consequências para a saúde. Essas atitudes
nos levam ao alerta quanto às vacinas também.

Não há escrúpulos quando o assunto é


ganhar dinheiro...

Rui Nogueira . 37
Sobre as
Vacinas

Descoberta 8: relação entre vacinas e reações ditas adversas


As próprias bulas falam muito em alergia, principalmente alergia a ovo (que
não se vê na vida prática), e quase sempre coisas esquisitas, mal definidas, são
rotuladas como alergia. Que medo! Vacina pode dar alergia? Apresenta reações?
Pode fazer mal?
Não se deve ficar automatizado, sem observar o que acontece com relação às
vacinas. Os filhos, os parentes, os amigos sentem alguma coisa com as vacinas?
Não cabe aqui assustar ninguém, mas acompanhar o melhor possível, para
usar o Princípio da Precaução ante qualquer risco à população. Para isso, há um
bom esquema burocrático estabelecido pelo Ministério da Saúde a fim de acom-
panhar os efeitos adversos das vacinas. No entanto, lá na ponta, na prática da
sua aplicação, ainda há falta de um melhor empenho.
Um bom percentual das mães nota alterações nos vacinados, mas não re-
passa as informações para o sistema. Inclusive, no programa oficial de vaci-
nação, no 4º mês, há programação que acumula cinco vacinações na mesma
hora. Com isso, uma mãe pode pensar: “Meu filho recebeu as vacinações e
teve dois dias de febre alta, moleza no corpo, dificuldade para andar (por
causa de dor na perna?) e chorou muito, praticamente o tempo todo, nada o
acalmava. Fui ao posto avisar a funcionária e ela disse que era assim mesmo.
Não anotou nada”.
Há municípios, e talvez estados, que apresentam baixos índices de efeitos
adversos, porque há uma prática de não anotar nada sobre as vacinas após a sua
aplicação. Seria ótimo se houvesse uma melhor participação e colaboração no

38 . O lado desconhecido das vacinas


acompanhamento, para ser possível usar, se necessário, o Princípio da Precaução,
e aumentar a sua credibilidade e segurança.
Com base nisso, é relevante salientar também que o acúmulo de várias vaci-
nas em uma só aplicação dificulta localizar a causadora de algum efeito adverso
que surja. Essa é a razão para alguns países com fiscalização mais severa não
permitirem vacinação simultânea.

Imagem 15

TABELA DE E V E N TOS ADV ERSOS

Código Nome do Evento Adverso Descrição

3 Abscesso frio Tumoração no local de aplicação


com flutuação, SEM sinais infla-
matórios evidentes.

2 Abscesso quente Tumoração no local de aplicação


com flutuação, COM sinais inflama-
tórios (edema, calor, rubor e dor).

23 Artralgia Dor nas articulações.

39 Ataxia Alteração da marcha. Deve ser


avaliada por um profissional
habilitado.

57 Atrofia no local da apli- Retração da pele no local da


cação aplicação.

50 Cefaleia Dor de cabeça.

54 Cefaleia e vômito Dor de cabeça e vômito.

28 Choque anafilático Hipotensão ou choque associado


à urticária, edema de face, larin-
goespasmo.

12 Convulsão afebril Alteração do nível de consciência


acompanhado de contrações
musculares involuntárias. Em
crianças menores podem ocorrer
sem contrações evidentes. Sem
associação com febre.

Rui Nogueira . 39
C o n t i n u a ç ã o - TABELA DE E V E N TOS ADV ERSOS

Código Nome do Evento Adverso Descrição

11 Convulsão febril Alteração do nível de consciência


acompanhado de contrações mus-
culares involuntárias. Em crianças
menores podem ocorrer sem con-
trações evidentes. Sempre acontece
após período febril.

52 Dificuldade de deambular Dificuldade para caminhar. Deve


ser avaliada por profissional
habilitado.

29 Dor, rubor e calor Tipo de reação no local de aplicação.

35 Encefalite Inflamação do encéfalo (cérebro)


diagnosticada por profissional
habilitado, sendo afastadas ou-
tras causas conhecidas através
de exames complementares.

36 Encefalopatia Distúrbio do sistema nervoso cen-


tral não explicado por outra causa
além da vacinação ocorrida nos
primeiros 7 dias (geralmente nas
primeiras 72h) após aplicação da
DTP. Assemelha-se clinicamente
à encefalite, mas sem evidência
de reação inflamatória.

9 Enduração Tipo de ração com endurecimen-


to no local de aplicação.

13 Episódio hipotônico hi- Palidez ou cianose perioral, hi-


porresponsivo potonia (“flacidez”) e diminuição
de resposta a estímulos de curta
duração.

17 Exantema Erupção cutânea generalizada


com ou sem prurido.

10 Febre maior ou igual a Verificada com termômetro.


39,5oC

40 . O lado desconhecido das vacinas


C o n t i n u a ç ã o - TABELA DE E V E N TOS ADV ERSOS

Código Nome do Evento Adverso Descrição

58 Granuloma Tipo de reação com formação de


“caroço” no local de aplicação
(diagnóstico histopatológico).

56 Icterícia Coloração amarelada da pele e


mucosa, mais evidente nos olhos.

41 Lesões generalizadas Lesões semelhantes às da tuber-


culose decorrentes da dissemi-
nação do BCG nos órgãos.

6 Linfadenomegalia maior Aumento dos gânglios linfáticos


que 3cm não supurada (“ínguas”) SEM flutuação ou su-
puração.

5 Linfadenomegalia maior Aumento dos gânglios linfáticos


que 3cm supurada (“ínguas”) COM flutuação ou su-
puração.

7 Linfadenomegalia não Aumento dos gânglios linfáticos


supurada (“ínguas”) SEM flutuação ou su-
puração.

8 Linfadenomegalia su- Aumento dos gânglios linfáticos


purada (“ínguas”) COM flutuação ou su-
puração.

22 Meningite asséptica Inflamação das meninges com


culturas do LCR negativas.

53 Mialgia Dor muscular.

42 Mielite Inflamação da medula espinhal


com diagnostico por profissional
habilitado e realização de exa-
mes complementares.

14 Nódulo Tipo de reação com caroço pal-


pável no local da aplicação.

46 Orquite Inflamação dos testículos.

Rui Nogueira . 41
C o n t i n u a ç ã o - TABELA DE E V E N TOS ADV ERSOS

Código Nome do Evento Adverso Descrição

49 Osteomielite Infecção do aparelho osteoarti-


cular.

47 Outros eventos Sem definição. Usar campo de


resumo clínico para especificar
o evento.

43 Pancreatite Inflamação do pâncreas diagnos-


ticada por profissional habilitado
e realização de exames comple-
mentares.

26 Paralisia de membros in- Paralisação das pernas. Deve ser


feriores avaliada por profissional habilitado.

55 Paresia Diminuição da força de membros


ou de um grupo muscular. Deve ser
avaliada por profissional habilitado.

15 Parestesia Alteração de sensibilidade na


pele (formigamento, dormência).
Deve ser avaliada por profissio-
nal habilitado.

21 Parotidite Inflamação das parótidas – região


submandibular – normalmente
acompanhada de febre e mal-estar.

38 Poliomielite associada Paralisia flácida aguda que ocorre


a vacina entre 4 e 40 dias após aplicação da
vacina, sendo constatada sequela
após 60 dias do inicio do quando.
Nos casos de comunicantes dos va-
cinados o período é de 4 a 85 dias.

48 Polirradiculite (Síndrome Inflamação das raízes nervosas


de Guilain-Barré) da medula espinhal caracteriza-
do por dor nos MMII e paralisia
ascendente. Deve ser diagnosti-
cada por profissional habilitado
e realização de exames comple-
mentares.

42 . O lado desconhecido das vacinas


C o n t i n u a ç ã o - TABELA DE E V E N TOS ADV ERSOS

Código Nome do Evento Adverso Descrição

18 Púrpura trombocitopênica Presença de manchas violáce-


as na pele de tamanhos varia-
dos (puntiformes a equimoses)
acompanhada da diminuição do
número de plaquetas no san-
gue.

27 Queloide Cicatriz elevada e disforme no


local da aplicação.

32 Reação de Arthus Reação de hipersensibilidade lo-


cal importante.

51 Reação de hipersensi- Urticária localizada ou dissemi-


bilidade após 2h nada, edema de face, laringoes-
pasmo.

20 Reação de hipersensi- Urticária localizada ou dissemi-


bilidade até 2h nada, edema de face, laringoes-
pasmo.

4 Úlcera maior que 1cm Formação de lesão ulcerada maior


que 1cm no local da aplicação.

24 Visceralização Quadro de disseminação do vírus


vacinal da FA com quadro seme-
lhante à doença por vírus selva-
gem. Deve ser avaliada por profis-
sional habilitado e realização de
exames complementares.

1 Outras reações locais Sem definição. Usar campo de


resumo clínico para especificar
exemplo.

25 Febre menor que 39,5oC Verificada com termômetro.

Fonte: Ministério da Saúde.

Rui Nogueira . 43
Os desenhos utilizados nesta obra são de autoria de Juarez Leite.
Quantas vacinas Não sei. Acho que
ele tomou? foram cinco...

Imagem 13

Descoberta número 9: a conscientização das mães


Primeiro vem a constatação da falta de consciência dos usuários, que ficam
sem ter a certeza de quais vacinas foram aplicadas em seus filhos. A campanha faz
o chamado e são acrescentadas várias intercorrências para aproveitar a ocasião.
A anotação no cartão com um número enorme de “quadrículos” para preen-
cher não caracteriza bem o que foi feito. Criou-se uma mentalidade de que a
propaganda de vacinas e as campanhas são suficientes. Foi cultivada uma falsa
impressão de que não há necessidade de preocupação ou questionamento sobre
as vacinas. O acesso à informação não é facilitado.
De fato, não é fácil ter acesso às bulas. Por que todo medicamento tem
bula, mas a vacina, considerada tão importante na prevenção de diversas
doenças, não?
No Brasil, em especial nas vacinações contra a gripe, há bulas somente em
línguas estrangeiras. Inaceitável! Ademais, frequentemente não estão à mão no
local da vacinação. Experimente: peça a bula. Colecione as bulas das vacinas
aplicadas no seu filho.

Descoberta 10: o exemplo do Japão


Na prática, várias vacinas têm a recomendação de avaliação médica para sua
aplicação. Quase sempre há essa indicação para o uso das vacinas pelas gestan-
tes, mas na vacinação em massa isso não é levado em conta.

44 . O lado desconhecido das vacinas


É gratificante ver o controle da vacinação no Japão, por exemplo. Eles não
misturam vacinações. O dia para vacinar é marcado e existe um formulário
para ser preenchido pelo pai ou responsável. Só então o médico examina e
libera a vacinação.
Lá, os efeitos adversos são muito controlados e o Princípio da Precaução ante
um problema na pós-vacinação é muito respeitado. O exemplo apareceu quan-
do a vacinação contra encefalite japonesa (não existe no Brasil) apresentou pro-
blemas e ela foi imediatamente suspensa. Hoje, somente é aplicada com muita
exigência e concordância de pais e responsáveis.

Imagem 14 - Trecho da bula da vacina contra o HPV (tipos 6, 11, 16 e 18)

Rui Nogueira . 45
Quanto à prescrição médica, se existe um profissional (o
médico) preparado durante anos para o diagnóstico e a
prescrição, é um absurdo correr riscos por não deixá-lo
atuar ou colocá-lo no mesmo nível de consumo em
geral que qualquer um pode desencadear.

Descoberta número 10: as doenças erradicadas

- Ouvi falar que, há muitos anos, não aparecem notificações de


brasileiros vitimados pela poliomielite. É verdade?
- Sim, isso não acontece há 22 anos.
- Por que fazem tantas campanhas de vacina? São necessárias
todas essas vacinações?
- Já vimos que bastam no máximo três doses para se desenvol-
ver a imunização.
- Se o objetivo é imunizar as crianças, por que o excesso de do-
ses e, agora, ainda reintroduziram a vacina Salk?
- Boa pergunta... esta cai naquilo que a minha avó dizia: “Vá per-
guntar ao bispo, que serve para coisas que não têm lógica e não
são explicadas por ‘autoridades competentes’”.

Temos que refletir sobre o que leva à avidez por excesso de doses vacinais.
Pior ainda: o que faz mudar o conceito de pandemia – quando aparecem epide-
mias em vários lugares do mundo – para tornar necessárias vacinações que não
seriam usadas com o conceito antigo – como aconteceu com a vacina contra a
gripe. Tudo leva a crer em estratégias de consumos de vacinas.
A propósito, se a doença não aparece mais, depois de quanto tempo a vaci-
nação pode ser suspensa?

46 . O lado desconhecido das vacinas


A suspensão da aplicação das vacinas não acontece em um prazo de-
terminado. Para isso, a OMS faz o acompanhamento e recebe relatórios
dos países, quando então pode emitir um certificado de erradicação da
doença. Um exemplo disso é o caso da poliomielite: em 1994, em ceri-
mônia pública proporcionada pelo Rotary Internacional, Carlile Macedo,
sanitarista cearense, presidente da Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS), entregou o certificado de erradicação da poliomielite ao Presiden-
te da República, Itamar Franco.
Nos anos 70, o Rotary Internacional guiou o seu quadro social rumo ao
século XXI.
Em 1979, iniciou programas de imunização piloto de cinco anos junto com
a Organização Mundial de Saúde.
Em 1985, o Rotary instituiu o “Polioplus”: um programa que objetivava
imunizar todas as crianças do mundo até o ano 2005 - ano do centenário do
Rotary. Um ambicioso empreendimento humanitário.
Trabalho prático: junto com sua rede internacional voltada à comunidade, o
Rotary age de forma voluntária, prestando inestimável contribuição a favor da
erradicação mundial da poliomielite.
Em 1989, o Brasil foi oficialmente declarado pela Organização Mundial
de Saúde como o primeiro país da América latina a ficar livre do vírus da
poliomielite.
Em cerimônia realizada em 29 de setembro de 1994, em Washington, EUA,
a Organização Pan-americana de Saúde declarou oficialmente a vitória contra o
vírus nas Américas. A poliomielite fora erradicada.

Observação: o autor tentou em vários locais conseguir uma cópia


do importante documento, mas não obteve retorno algum. Erra-
dicar uma doença é uma vitória importante para ser comemorada
e muito divulgada, inclusive porque aumenta a credibilidade e a
importância do trabalho de prevenção e promoção da saúde.

Tantas coisas supérfluas ganham relevo e espaço imensos nos meios de co-
municação, porém a erradicação de uma doença grave permanece escondida
numa estranha omissão. Por quê? Será que a descoberta da real situação da
poliomielite atrapalharia os sonhos de faturamentos e lucros?

Rui Nogueira . 47
Imagem 15 - Com a varíola isso aconte-
ceu com 10 anos

Em 2010 e 2011, os casos notificados no mundo não chegam a 200. Desse


modo, torna-se necessário que haja mais transparência e divulgação dos casos
de paralisia flácida relatados na pós-vacinação de poliomielite. O volume de
vacinações feitas no Brasil cria uma forte desconfiança de que o efeito adverso
supera a incidência total de poliomielite no mundo. Não cabe, nesse instante,
o Princípio de Precaução?

Sarampo, rubéola e síndrome de rubéola


congênita (SRC) estão erradicados desde 2000,
segundo relatório do Ministério da Saúde.

Onde está a promoção da saúde? Ela termina pela transformação das ações
de saúde em mercadorias (commodities) que viram lucro?
Com vacinas, a visão é nítida. A varíola morreu, mas o complexo industrial
médico financeiro provavelmente busca voltar com a vacinação. No Brasil, a

48 . O lado desconhecido das vacinas


poliomielite está fora das notificações desde 1989, há 25 anos. A rigor, não há
mais necessidade de vacinar contra ela.
Nesses anos, quantas vacinas foram vendidas? Há um consumo desnecessário.
Sarampo, rubéola e SRC estão desaparecidos desde 2000 (faz 14 anos). Com
visão de mercadoria, quantas vacinas foram comercializadas?
A vacina, encarada como mercadoria, é submetida a um cartel. Sofre
muitas interferências no seu uso, que foge do âmbito de discussões em
termos técnicos para resvalar no nebuloso caminho dos atendimentos de
metas de vendas e resultados financeiros.
As transnacionais usam um esquema de propaganda para criar uma
falsa imagem de preocupação com a população e sua saúde, quando no
fundo há interesse de vendas para atender milhões de pessoas, o que en-
volve faturamentos muito grandes. Dessa forma, os estudos epidemioló-
gicos ficam esquecidos, não são divulgados, e a prevenção com as vacinas
torna-se exagerada nas metas de vendas.
A solução para restabelecer a promoção da saúde e bloquear a ganância
das transnacionais seria criar uma comissão de alto nível, sem conflitos
de interesses, para reavaliar até mesmo as doenças que têm certificados de
erradicação, mas constituem objeto de vacinações em massa.

Descoberta 12: a vacinação em massa e a legislação


Por que focalizar vacinações em grupos de risco, nas pessoas que es-
tão sujeitas a contrair doenças infectocontagiosas e podem, de repente,
desencadear vacinação em todo o país? E a tal vacinação em massa, qual
o critério?
Vacinação de grupos de risco e a de toda população podem ser vistas
na vacinação contra a hepatite B. Primeiro, havia o chamado grupo de
risco – pessoas que em sua atividade normal podem se contaminar ao usar
instrumentos cortantes num paciente portador de hepatite B. O exem-
plo clássico é o do cirurgião médico: os profissionais da Saúde conhecem
exemplos dessa situação. É obvio que eles, em especial os que lidam com
sangue, estão em grupo de risco e devem se vacinar contra hepatite B, com
uma posição crítica quanto à dose de vacina a ser usada. O fabricante pre-
coniza dose única (vide bula a seguir). Nessa situação, existe a evidência
da transmissão por objetos contaminados por sangue.

Rui Nogueira . 49
Imagem 16 - Bula da vacina contra hepatite b

A outra maneira conhecida para a transmissão da Hepatite B é a do contágio


sexual, o que entra no quesito da prescrição médica de vacinação em fun-
ção do grau de atividade sexual do paciente, para então ser indicada a
prevenção da vacina (com a dose indicada pelo fabricante, por que não?),
como será visto mais adiante.

50 . O lado desconhecido das vacinas


Como uma criança recém-nascida, ainda muito longe do contato sexual
e na era dos berçários que funcionam com produtos descartáveis, pode
contrair hepatite B? Através de transmissão vertical pela mãe doente? E
será que os pré-natais bem realizados já não seriam uma medida eficiente
de controle? Incrível aprovarem leis para vacinar recém-nascidos contra
hepatite B. Não seria isso um lobby de vendas das vacinas?
Apesar das evidências mais representativas se limitarem a algumas regiões
do Paraná e do Amazonas, surge a vacinação em massa amplamente divulgada
inclusive pela televisão, em que o anúncio dizia: “são três doses”. Na cam-
panha de 2012 foram quatro doses, sendo que a bula do fabricante preconiza
apenas uma. Por que contrariar a ficha técnica? Que explicação podemos en-
contrar senão o consumo de quatro vezes mais doses de vacina?
Isso representa muito dinheiro! E há também uma forte suspeita da chegada do
“conflito de interesses” ao Legislativo. Vacina obrigatória, mercado garantido, sem
prescrição médica, uso universal do produto: qual transnacional não deseja?

Imagem 17

Rui Nogueira . 51
A Lei 2623/2009, que consolida várias leis ordinárias e versa sobre carteira
de saúde para criança, diz em seu Art. 10: “Caberá aos estabelecimentos
de ensino verificar a atualização das cadernetas de vacinas que são expe-
didas pelos órgãos oficiais de saúde”. Agora temos a absurda situação de
a criança chegar para fazer matrícula na escola e apresentar o cartão de
vacina, avaliado então por profissional não ligado à área da Saúde, que
obriga a mãe a fazer a criança tomar todas as vacinas!
Com isso, a pessoa alheia à área da Saúde tem condições de decidir o
assunto com segurança? Qual o critério? Encontrar quadrículos vazios?
Já vimos os abusos das doses excedentes. Isso é feito baseado em
estudo ou pesquisa, e é muito estranho o uso das vacinas ser levado para
a obrigatoriedade por legislação. Tal decisão é baseada em que estudo ou
pesquisa?
Será visto mais adiante que a justificativa para o decreto aprovado no
Senado Federal não é consistente. Assim, é possível perguntar: qual a ori-
gem do projeto de lei?
Quanto aos órgãos de saúde, não se pode abandonar a desconfiança de
atuação de lobby do laboratório farmacêutico para conseguir essa formidá-
vel “reserva de mercado” ao seu produto. A obrigatoriedade de vacinação
tem que ser muito bem estudada e discutida.

Alerta! A vacina tem muitos componentes


que são estranhos ao organismo. Não são
elementos naturais para circular no interior do
nosso corpo!

52 . O lado desconhecido das vacinas


Imagem 18 Imagem 19

Nenhuma proteína, nenhum alimento, nada de qualquer origem circula no


interior do organismo sem ser transformado. A proteína é uma estrutura de
aminoácidos. Quando ingerimos qualquer uma delas, seja animal ou vegetal, o
maravilhoso sistema do nosso tubo digestivo a divide e segura os seus compo-
nentes básicos. Não são incorporadas proteínas inteiras. Agora, inclusive, leva-
mos um susto quando surgiram trabalhos de pesquisas que relatam a presença
de DNA inteiro de vegetais no sangue humano. A desculpa dos produtores de
transgênicos tem sido a de não haver perigo, porque as proteínas são degrada-
das antes de serem absorvidas. E agora?
O organismo absorve os aminoácidos da sua composição e, a partir
deles, constrói as proteínas do corpo. Dessa forma, há que se deixar claro
que proteína de boi é de boi e proteína de gente é de gente.
São conhecidos os aminoácidos chamados essenciais, que precisam ser
incluídos na nossa alimentação para a construção das nossas proteínas es-
pecíficas. No início da vida, isto redobra a importância da amamentação.
Leite em pó com proteína de leite de vaca nunca será igual ao leite materno com
as proteínas humanas.
Injetar no interior do organismo substâncias estranhas é algo muito sério,
e não pode ficar à mercê de interesses financeiros voltados para o lucro.
Mexer com seres humanos não é como estabelecer uso obrigatório para
extintores de incêndio nos carros, pois os componentes que agem num ser
vivo são muito diversificados e exigem, portanto, uma avaliação técnica e
profissional, não imposições autoritárias e automáticas.

Rui Nogueira . 53
Porém, legislações genéricas e decisões jurídicas estão sendo caminhos
cada vez mais trilhados. Tais atitudes são seguidas em uma rota muito
perigosa, mas por quê?
São condutas que tornam as decisões obrigatórias e exigem uma avalia-
ção clínica individual, baseadas no conhecimento médico e com o envol-
vimento de prioridades que não podem ser estabelecidas somente para os
que alcançam o sistema judiciário.

As imagens escaneadas que constituem desenhos são de autoria


de Juarez Leite.

Imagem 20

Na figura acima, só existe uma vaga e uma vasta fila de necessitados. Neste
exemplo, obrigar uma internação pode atender um problema individual de
quem teve acesso à Justiça e gerar uma distorção por não levar em conta os
outros pacientes no mesmo anseio de internação em serviços sobrecarrega-
dos, que teriam uma visão geral da situação, critérios éticos e clínicos para
determinar o atendimento prioritário, e não serem forçados a isso por fatores
externos. Assim, pergunta-se: o que representa vacinação em massa obrigató-
ria, que se desdobra e multiplica, além de um aumento de faturamento?

Descoberta 13: o mercúrio nas vacinas


Os perigosos efeitos para os usuários das vacinas são abordados de
maneira superficial, porém merecem um estudo profundo do motivo pelo
qual acontecem e as suas possíveis consequências.

54 . O lado desconhecido das vacinas


Questões que precisam ser abordadas:
1. Já questionadas no livro, as doses excessivas de vacinas;
2. A presença na formulação das vacinas de substâncias como mercúrio,
considerado perigoso e proibido em outros usos pela Anvisa desde 2001;

Em abril de 2001, a Anvisa proibiu o uso e a comercialização de


medicamentos derivados do mercúrio, como o timerosal. A me-
dida teve como objetivo diminuir a exposição da população aos
produtos à base desse metal, que pode causar danos às vísce-
ras e ao sistema nervoso humano. Os derivados do mercúrio são
usados no Brasil em antissépticos, soluções nasais, oftálmicas e
alguns medicamentos de uso ginecológico.

O nível de mercúrio em produto medicinal não representa grande


risco à saúde da população, mas o efeito cumulativo proveniente de
várias fontes (alimentos, medicamentos, ambiente) pode provocar
danos à saúde devido a seu acúmulo em alguns órgãos.

Resolução RE nº 528 de abril de 2001 – diário oficial (DO de 08/06/2001)

Imagem 21

Rui Nogueira . 55
Nem nas canelas de menino, raladas em jogo de futebol, o mercúrio (timero-
sal, mertiolate) pode mais ser usado! E assim o foi por muitos e muitos anos!
Entretanto, pode ser injetado como componente de vacina como, por
exemplo, a vacina contra a hepatite B. Como entender?
Primeiramente, a incidência de hepatite B na população em geral é
baixa. Por outro lado, a incidência é restrita a determinadas regiões (AM),
não preenche critérios epidemiológicos e, portanto, deveria, quando mui-
to, ficar restrita aos grupos e áreas de risco. Além disso, a contaminação
com o vírus da hepatite B não é ampla – transmite-se por contágio sexual
(portanto seria risco em comunidades promíscuas) e por sangue conta-
minado em instrumentos cirúrgicos ou cortantes (os descartáveis, hoje,
diminuíram esse perigo).
Conclusão: a vacina deveria ficar restrita aos grupos e áreas de risco.
Nunca em um esquema amplo e irrestrito. Assim, é urgente que se faça
uma comissão de alto nível para estudar o assunto.

Descoberta 14: as patentes das vacinas


Se a vacina é um fator importante na prevenção de doenças infecciosas,
por que suas patentes ficam limitadas a pequenos grupos? É preocupante!
Os benfeitores estão rareando e os estudos sendo distorcidos.
As ações sob a perspectiva de prevenção e das promoções em saúde de-
monstram nítida preocupação com os lucros. Há preocupação financeira
e não prestação de serviços. Desse modo, a vacina, sendo tão importante,
não deveria ter patente livre e estudos rígidos sobre o tema? Não é adequa-
do que tenha custo crescente e lucros exorbitantes.

Descoberta 15: o cartel


A “grande imprensa”, com artigos e noticiários, avisa que a campanha
de vacina de 2010 no Brasil foi um grande marco, pois as vacinas estariam
em produção aqui no país.
A impressão de que são feitas no Brasil, como vemos pela bula, logo se
desvanece, pois temos apenas o trabalho de embalagem. Ficamos afasta-
dos da tecnologia (aliás, isso acontece cada vez mais em mais setores). Tal
fato revela que há um cartel na produção de vacinas e, ao concentrar em
suas mãos suas patentes, poucas empresas têm a chance de dominar sua
fabricação e o seu fornecimento.

56 . O lado desconhecido das vacinas


Duas empresas farmacêuticas dominam boa parte da comercialização das
vacinas. Aqui, os funcionários apenas embalam as vacinas. A produção precisa
ser brasileira. Por que não? Temos tradição como pesquisadores e estudiosos.

Descoberta 16: os custos


Agora, imagine quanto o Brasil gasta para ter as vacinas em suas cam-
panhas feitas em massa, com a vacinação obrigatória e universal?
Empresas industriais e fabricantes são extremamente cientes dos custos.
Ficam no exterior, o que torna mais difícil obter essas informações. São
um cartel que, dominando o mercado, não vão divulgar informações de
forma a dizer se ganham muito ou pouco. Com isso, há uma enorme difi-
culdade para se obter informações do tipo “Qual o custo dessas vacinas?”.
Há milhões de pessoas vacinadas e manchetes com vitoriosas campanhas
que atingem as metas estabelecidas. Porém, qual o custo?
Ao pensar em prevenção e em evitar sofrimentos, muitos podem achar que
até vale o custo, seja ele qual for. Há desperdícios? Há superfaturamentos?
Para uma avaliação dos preços das vacinas, tem-se que recorrer aos dados
da rede particular, mesmo na posição de consumidor final. No entanto, não há
divulgação dos gastos de governo nas empreitadas e campanhas de vacinas.
As escassas informações divulgam apenas o gasto com a vacina contra
gripe em 2010, que chegou a um bilhão e quinhentos milhões, segundo o
Tribunal de Contas da União.

Um bilhão e quinhentos milhões!

Qual empresa não ambiciona um faturamento desse porte?


Há notícias, também, de que o prazo de validade das vacinas teria sido
reduzido de um ano para seis meses, o que acarretaria mais compras.
Como confirmar isso?
Nessa gigantesca despesa não estão computados os gastos adicionais
com rede de frio para conservar as vacinas, transportes ou as folgas com-
pensatórias para os que trabalham no dia da campanha.
Essa foi uma campanha influenciada por forte e alarmante noticiário, com
modificações no critério de pandemia (epidemias muito disseminadas). Foi
realizada numa época em que não houve epidemia de gripe em local algum do

Rui Nogueira . 57
planeta! Comparativamente à perspectiva da morte de milhões de pessoas
em muitos lugares do mundo, houve a compra de grandes quantidades de
antigripais, mesmo sem a existência de trabalhos e pesquisas confiáveis quanto
ao seu efeito. Portanto, como avaliar um medicamento para gripe, se é uma
doença autorresolutiva, que evolui e se resolve de 10 a 15 dias?
Há toda uma crença, constatada na prática diária, de que a gripe como doença
virótica não tem cura, o que leva a soluções caseiras: repouso, limão, cítricos e alho.
Existe, ainda, a observação de que nos EUA e em vários países da Europa é
proibido o uso de vacina sob a alegação (e com a precaução) de que ainda
não há estudos suficientes para atestar a sua segurança.
Já no Brasil, as vacinas em frascos com multidoses contêm adjuvantes,
e na prática geral, não existem nas de monodose disponíveis. Com isso, há
que se fazer prevalecer o Princípio da Precaução:

Aquele em que se leva em conta que a existência de dúvida deve


sempre trazer a precaução para evitar dano ou ameaça à integri-
dade das pessoas.
Isto é especialmente relevante para gestantes e crianças.

Descoberta 17: a indiferença


Não podemos ficar indiferentes ao que está acontecendo. A vacina não pode
deixar de ser destacada como importante para a prevenção de doenças, quando
levada ao uso universal. Deve-se aceitar tudo sem nenhuma reflexão? Não se
deve discutir o que é justo, certo e traz bem-estar para a comunidade?
As pessoas não devem continuar absorvidas pelas distrações: o futebol,
a promiscuidade e a TV, dominados pelas propagandas, indiferentes ao
que é importante aos homens, seus filhos e netos.
Não pode persistir o hoje de prazeres supérfluos, anestésicos da nossa von-
tade, gozo que não cria vida e impede que busquemos conquistar uma comuni-
dade como um lugar bom de se viver e criar os nossos filhos com dignidade.
Divulgam muito o inacreditável “gol” perdido, mas omitem e escondem
o cartel que controla as vacinas; as tecnologias sabidamente guardadas; a
sistemática busca de lucros abusivos; a indiferença com a promoção da
saúde. Há segregação entre os que se acham “escolhidos” e aqueles que são
escravizados... Isso é justo? Tem alguma ética?

58 . O lado desconhecido das vacinas


Descoberta 18: os valores e a ética alterados pelo dinheiro
Por que tamanha desfaçatez com crianças, gestantes e a saúde das pessoas?
A ideia dominante no século XX, e que pode ser percebida também no
século XXI, é a de que o dinheiro é a própria riqueza. Ele altera os valores
e a ética e faz imperar o “levar vantagem” e os lucros a qualquer preço,
com o “bloqueio” dos idealistas e o minguar dos benfeitores.
Bens discriminados e difusos que exigem atenção universal não podem
ficar com patentes em poucas mãos privilegiadas sob a primazia dos lucros
absurdos, num desrespeito flagrante à promoção da saúde do ser humano.
A maioria dos médicos acredita e confia nas orientações estabelecidas
pela gestão da saúde, mas agora, em função das características das vacinas
como um produto que todos têm que usar e que conta com incentivos e
ajudas dos governos nas suas compras, há a necessidade de um maior sen-
so crítico dos profissionais de saúde para evitar que os fabricantes fiquem
deslumbrados pelos faturamentos e resultados financeiros.

A promoção da saúde não pode ser abandonada, engolida pela


ganância do sistema financeiro

Descoberta 19: como a população enxerga as vacinas


Afinal, o que é vacina? O que existe propagado na mente das populações
sobre as vacinas?

Imagem 22 - Só é usada depois de muito estudo. Por que per-


siste, se a poliomielite já foi erradicada há mais de 23 anos?

Rui Nogueira . 59
Existe uma crença comum de que vacina é importante. São aforismos que
abrem caminho como facilitadores na aceitação das vacinas e do papel que elas
representam na prevenção de doenças. Isso se traduz numa credibilidade que
não pode ser conspurcada pelo mercantilismo vil do cartel. É coisa moderna!
Será mesmo?
Existe um relato, que remonta a 5.000 a.C., de que os chineses já usavam
cascas das lesões trituradas para soprar nas narinas e obter defesa contra a va-
ríola. Há indicações mais bem documentadas desta prática, que surgem mais
próximas do início da Era Cristã.

As imagens escaneadas que constituem desenhos


são de autoria de Juarez Leite.

Imagem 23 - Antigo método chinês de defesa contra a varíola

No ocidente, em 1776, Edward Jenner (1744-1823) extraiu pus da mão de uma


ordenhadeira que estava com varíola bovina e inoculou em um menino saudável
de oito anos, que apresentou a doença de forma branda e ficou logo curado. Meses
depois, extraiu de uma pústula de varíola humana o líquido e o inoculou no mesmo
menino. Ele não contraiu a doença. Isso prova que ele desenvolveu imunidade contra a
varíola! Formar anticorpos contra a doença. Isso é formidável!
A profilaxia da varíola com a erradicação do temido e mortífero vírus é uma
das mais exaltadas narrativas de sucesso e poder da medicina moderna. Isso
foi obtido na década de 80 com o programa mundial de vacinação promovido
pela Organização Mundial de Saúde. Ela foi erradicada em 10 anos. Da mesma
forma, desde 1989, não há nenhuma notificação da poliomielite. Ou seja, há 24
anos não se tem informação sobre um aparecimento dessa doença. Assim, qual
a razão de a doença continuar sob intensa campanha?
É interessante notar que vacina possui uma característica de credibilidade.
Em boa parte da população e mesmo entre os profissionais de saúde brasileiros

60 . O lado desconhecido das vacinas


há uma imagem, criada pelo desempenho dos cientistas e benfeitores brasileiros
do século passado como Oswaldo Cruz, Vital Brasil e vários outros, de uma
aura de muita seriedade no trato da saúde coletiva. Então, as iniciativas dos
órgãos de saúde, de maneira geral, são aceitas automaticamente, sem discus-
sões, o que estabelece inclusive uma despreocupação em estudar vacinas e a
necessidade de um maior senso crítico quanto às diretrizes estabelecidas pelos
gestores da saúde.
Porém, não se pode mais acreditar que vacina somente é usada depois de
muito estudo. Por quê?
Os tempos mudaram. Os institutos não tinham fins lucrativos, dotados do
espírito de benfeitoria, sem terceirizações e com visão de bem-estar geral e pro-
moção da saúde. Afinal, o que foi modificado?
Não é difícil responder: surgiram empresas gigantescas sob a égide de que o
dinheiro é a própria riqueza, cartéis com faturamentos astronômicos e preocu-
pação só com metas de resultados econômicos. Soma-se a isso o aparecimento
do desprezo pelos valores éticos e uma acomodação ante os ilícitos, desde que
se faça crescer os lucros abusivos.
Na obtenção dos absurdos lucros, a principal tática das grandes empresas fi-
nanceiras é a omissão de informações. Sem elas, não há discussões, não se criam
contraditórios e, assim, não é possível formar opiniões conscientes. Isto facilita a
formação de uma falsa opinião delineada pela propaganda. Tudo passa a acontecer
como fato consumado, propagado como se fosse bom para a população, porém
atendendo à totalidade dos interesses financeiros.
De repente, você acorda e a água do seu município, apesar de ser um
bem fundamental humano, que precisa ficar com a comunidade, foi entre-
gue com vantagens e isenções de impostos a uma empresa privada estran-
geira, sem nenhuma discussão e nada de informações. A população fica im-
potente para reagir à exploração e aturdida ante a conivência da má gestão
político-administrativa.
Hoje, as empresas, engolfadas pelo espírito de que o dinheiro é a própria
riqueza, cresceram muito e dominaram inclusive os meios de comunicação,
pelo fato de serem grandes anunciantes ou donas dos complexos de comuni-
cações. Elas voltaram os seus olhos para as vacinas como mercadorias de uso
obrigatório por todos.
A consequência disso vem da crença no mercado. Há uma convicção,
estratificada e reforçada pela propaganda, para que se acredite em “mercado”.
Passam a ideia de que ele se equilibra no jogo de compras e vendas.

Rui Nogueira . 61
Desse modo, a população é induzida a pensar que, com as compras e o con-
sumo, cria-se o mercado e os produtos são fabricados para atender às necessi-
dades de consumo do indivíduo. Que ilusão! Houve o controle dos desejos de
consumo e a perda do livre-arbítrio. Perdeu-se a liberdade de escolha!
Os complexos produtores industriais financeiros e os sistemas de comuni-
cação e propaganda dirigem o consumo para o uso dos produtos que trarão
maiores lucros e que atendam aos seus interesses de negócios. Mas será que essa
questão pode ser comprovada?
Há um livro chamado A Economia das Fraudes Inocentes, do economista ame-
ricano Galbraith. Ele joga por terra a falácia de mercado junto com alguns con-
ceitos divulgados, que podem ser incorporados nos comportamentos e hábitos
de cada um, sem um mínimo de avaliação crítica por parte do indivíduo.
Observe um exemplo de modificação de hábitos: a água é um bem difuso ou
disseminado, que exige um atendimento universal ao alcance de todos. Não há
vida sem água. Porém, difundem a ideia errônea de que somente a água indus-
trializada pode ser pura (potável).
Nos restaurantes, não se encontra água filtrada e gelada para beber. Peça água e
vem a pergunta: com gás ou sem gás? Só preocupação de venda. São criados novos
e maus hábitos e um gigantesco consumo de produtos com sérias consequências
ecológicas e para a saúde individual e coletiva a pretexto de matar a sede.
Não divulgam que a água engarrafada em frascos plásticos não pode ser con-
gelada (o plástico libera substâncias nocivas). Fala-se pouco que os plásticos le-
vam mais de 200 anos para desaparecer na natureza. Surgem as águas coloridas
em embalagens atraentes, cheias de tintas e adoçantes que exploram o hábito
criado e condicionado ao sabor doce, sem vantagem para a saúde e relacionadas
apenas ao fato de ganhar dinheiro com muita exploração.
O exemplo do cartel busca controlar a água sem levar em conta que ela é
um direito fundamental, pois não vivemos três dias sem tal líquido. Do mesmo
modo, é possível avaliar como o cartel das vacinas age em muitas situações com
o beneplácito das gestões governamentais.
Na prática, as campanhas de vacinação são muito bem feitas, amplamen-
te divulgadas pelos meios de comunicação, sob a assunção de que estão
preocupados com a saúde da população. Porém, estão firmemente direcio-
nados para metas, que disfarçam a preocupação com volume de vendas e
consequente faturamento.
As inserções frequentes mais parecem “campanhas de vendas” do que pro-
moção de saúde. E ainda existe um aspecto interessante: não é o fabricante que

62 . O lado desconhecido das vacinas


anuncia o seu produto, mas o próprio governo. Isto representa um crédito junto ao
povo garantindo vendas e maior lucro para o fabricante.
A mobilização emocional da população se inicia com a proliferação de cha-
madas escandalosas para situações pontuais. Há quem diga: “é uma doença
grave, pode matar” ou “há receio de que seja um gérmen novo muito resisten-
te”. O amedrontamento da população cresce e induz a busca de vacinas e medi-
das terapêuticas. Se for o sarampo, por exemplo, não se lembram de alertar que
desde 2000 não há casos de sarampo no Brasil. É preciso estabelecer o clima
para uma vasta campanha de vacinação.
Com a rubéola, apesar do relatório do Ministério da Saúde dizendo que ela está
erradicada desde 2000, o estado do Rio de Janeiro lançou uma campanha de vacinação
com argumentos de que, se a pessoa não se vacinar, haveria sérias consequências, como
não poder receber pagamentos ou financiamentos. Para assegurar isso, um compro-
vante foi entregue para os amedrontados usuários, um adesivo para ser pregado na
carteira de identidade. Não explicaram nada, somente ameaçaram.
Algumas vezes, como no caso do sarampo, aparece um grande destaque para
o surgimento de uma ocorrência da doença. Isso acontece, muitas vezes, sem um
melhor relato que informe se ela aconteceu no exterior ou se é um caso importado.
Logo após, surgem os cartazes em todo o país.

Imagem 24 - É um convite específico e claro


para vacinação contra o sarampo.

Rui Nogueira . 63
“Venham todos! Vacinem!”

“Aproveitem a grande promoção de vacinações,


não percam!”

Isto parece promoção de saúde?

É preciso estudar os fundamentos desse incremento de vacinação com


uma comissão de alto nível, sem conflito de interesses.
Há uma convocação geral de todas as crianças: “Leve as crianças de um
ano e menores de sete anos ao posto de vacinação”, sem levar em conta se a
criança já foi vacinada.
Desprezam as memórias imunológicas. Se foi produzido um anticorpo
contra sarampo, ele está na memória molecular do sistema imunológico
para defender a criança.
Nem mesmo há preocupação se, por exemplo, a criança foi vacinada com
nove meses. Já com um ano de idade a aplicação da vacina é repetida.
Ao que tudo indica, não há observação rigorosa do acompanhamento
epidemiológico. Desde 2000 não há casos de sarampo no Brasil, a não ser
esporádicos, causados por vírus importados.
Não levam em conta o fato de que a OPAS e a OMS têm em mãos o re-
latório elaborado pelo Ministério da Saúde, no qual é pedido o certificado
oficial de erradicação do sarampo e da rubéola. Desde 2000, não surge um
caso de sarampo no Brasil.
A população responde aos apelos publicitários e busca os postos de
vacinação. Há uma espera no sol, o ar seco e mau tempo. As mães ficam
com crianças pequenas no colo em busca de promover a saúde dos seus
filhos. Há o acolhimento.

64 . O lado desconhecido das vacinas


As imagens escaneadas que constituem desenhos são de autoria de Juarez Leite.
Imagem 25

“O seu filho vai receber vacina de pólio, meningite e sarampo”. Ordens são
dadas assim, sem qualquer explicação. Não é feita nenhuma pergunta sobre
antecedentes (alergia, por exemplo). Nenhuma verificação sobre a imunidade
já estabelecida por vacinações anteriores. Números, quantidade de vacinas e
vacinados, essa é a preocupação.
Profissionais de saúde e agentes comunitários vivem o encantamento de que
estão numa efetiva ação para conservar a saúde dos seus vizinhos e demais
moradores. Uma situação de prestígio, que acalenta a alma.
Surpresa!
Há uma intensa propaganda de divulgação através de cartazes e nos meios
de comunicação. Veja o caso da vacinação infantil contra o sarampo: qual vaci-
na foi aplicada?
Eis a bula da vacina que não é específica contra o sarampo e foi aplicada
na campanha.

Rui Nogueira . 65
Imagem 26 - Bula da tríplice viral

66 . O lado desconhecido das vacinas


Uai! Chamam para uma vacina e aplicam outra? Isso é certo? Realmente anunciaram
sarampo, porém aplicaram rubéola, sarampo e caxumba. Se a intenção era aplicar a va-
cina tríplice viral, por que não anunciaram? Isso não adquire ar de propaganda enganosa?
Não há divulgação: a rubéola tem processo oficial do Ministério da Saúde para ser
considerada erradicada pelos órgãos internacionais. Qual a incidência de rubéola no
Brasil? nenhuma. Assim, pergunta-se: a vacinação tríplice foi aplicada na rotina?
Nesse caso, as crianças estão imunizadas, teoricamente, pois o fabricante preconi-
za uma dose, que realiza o efeito imunizante. Por que a nova dose, se a primeira foi
suficiente? A campanha faz extrapolar desnecessariamente o seu uso. Por quê?
A ação publicitária foi feita e a busca pelas vacinas se instalou. Sem maiores ques-
tionamentos, as metas foram atingidas. Que tal, então, fazer um levantamento da
situação dos cartões de vacinação para observar concreta e diretamente nos próprios
a realidade quanto às vacinações realizadas?
O melhor é comparar o cartão em branco com o preenchido, fazendo uma análise.

Imagem 27

Rui Nogueira . 67
Imagem 28

Este cartão traduz a situação mais frequente de preenchimento – ca-


rimbado, assinado e anotado ao menos por um profissional no posto. E o
que encontramos?
Catorze doses de vacinação contra poliomielite foram anotadas; teoricamen-
te, onze excedentes. A tríplice viral possui três anotadas com duas exceden-
tes. Salta aos olhos que alguma coisa está sem controle. Por que o excesso? O
objetivo de toda vacinação é induzir imunidade específica que evite a invasão
bacteriana com a neutralização das suas toxinas. É necessário que haja uma
imunidade de longa duração. Como ela vai funcionar no sistema imunológico?
O nosso sangue tem células especiais no grupo dos glóbulos brancos – linfóci-
tos, uma delas especial chamada linfócito T, que é a guardiã do nosso corpo e de-
tecta toda substância que penetre no organismo, envolvendo o que é estranho.
Os linfócitos T constroem um complexo químico capaz de neutralizar,
adaptar ou eliminar o corpo estranho. O formidável neste sistema é que
existe uma célula (“O”) que guarda este molde para produzir anticorpos,
caso o mesmo corpo estranho volte a aparecer, em qualquer época, no
organismo. Este é o funcionamento da memória imunológica.
Em outras palavras, há no sistema imunológico uma célula muito inte-
ressante, que recebe diversas denominações em função do seu nome original
em outras línguas. Ela possui a missão específica de destruir as células anor-
mais. O ser humano, então, não é um ser inerte, à mercê das coisas estranhas.
Ele tem um extraordinário sistema de defesas e, portanto, as doenças não
são consequência de um fator etiológico isolado, mas de um desequilíbrio

68 . O lado desconhecido das vacinas


que permite que ele se desenvolva, reproduza e invada o organismo em
múltiplas condições. Assim, é importante que as pessoas aprendam a pro-
mover a saúde com o fortalecimento das defesas naturais.

Descoberta 20: o que há nas ampolas das vacinas


Para maior esclarecimento do leitor, é extremamente importante saber
de que são feitas as vacinas e quais são os seus tipos.
Vírus e bactérias atenuadas ou mortas, frações deles e complexos pro-
teicos, obtidos por recombinação e anexados às vacinas, penetram no cor-
po e desencadeiam os mecanismos imunológicos. A partir dos antígenos
inoculados, criam-se os anticorpos, que darão proteção específica. Abai-
xo, seguem os tipos de vacinas segundo sua composição básica:

Vacinas atenuadas
O antígeno é um agente inteiro, micro-organismo vivo e enfraquecido. A
imunidade é vitalícia, principalmente com os vírus. Exemplos: poliomie-
lite (Sabin), sarampo, caxumba, rubéola, tifoides (orais) e tuberculose.

Vacinas reativadas com vírus ou bactérias inativos


São inativadas com formaldeído ou fenol. Exemplos: raiva, gripe,
poliomielite, pneumocócicas e cólera.

Vacinas toxicoides
São aquelas produzidas contra as toxinas de um gérmen patogê-
nico. Exemplos: tétano e difteria.

Vacinas de subunidades
Estas vacinas contêm fragmentos de um micro-organismo capaz de
estimular uma resposta imunológica. As mais recentes são produzi-
das pelo avanço das tecnologias por técnicas de engenharia genética.
Nesse sistema, outros micróbios são programados para produzir a fra-
ção com a ação antigênica desejada. Exemplo: vacina contra o vírus da
hepatite B (chamada vacina recombinante). Trata-se de uma proteína
do vírus produzida por uma levedura modificada geneticamente.

Vacina de ácido nucleico (DNA)


Ainda está em estudo.

Rui Nogueira . 69
Vistas as variadas formas da sua composição, vamos ao estudo do que
efetivamente está na ampola de vacina, baseados nas bulas do fabricante
(ficha técnica) e tendo em mente o Princípio da Precaução.
Não se pode usar nada que tenha a possibilidade de representar risco para a po-
pulação. Portanto, nos tempos modernos, em que o dinheiro é confundido com a
própria riqueza, faz-se necessária uma vigilância para impedir os deslumbramentos
pelos grandes faturamentos que a vacinação, se estimulada ao uso universal, permi-
te. A seguir, confira as demais substâncias que constituem as vacinas:

1. Vacina recombinante contra hepatite B


A vacina recombinante contra hepatite B é apresentada em frasco-ampola
contendo 5ml (multidose) de suspensão injetável do antígeno de superfície
do vírus (ABsAg). É produzida através de expressão do antígeno na cepa de
levedura modificada geneticamente. O antígeno recombinante de superfície
(rHBsAg) é purificado por vários métodos físico-químicos, absorvido por
hidróxido de alumínio e adicionado de timerosal como conservante.

C o m p o s i ç ão pa r a c a da 1 m l da vac i n a

• Proteína de superfície do vírus da hepatite B recombinada e purificada -


25,00µg;

• Hidróxido de alumínio - até 1,25mg (em Al);

• Timerosal - até 0,20mg;

• Solução fisiológica tamponada pH 7,0qsp - 1ml.

O que seria expressão “do antígeno na cepa de levedura modificada geneti-


camente”? Não há especificação quanto ao método para obter o antígeno (em
quantidade suficiente) para a produção de vacinas. A própria levedura é o meio
de cultura? Ou o vírus é multiplicado em algum tipo de cultura para a levedura
fazer o papel de separar o antígeno de superfície? E, num “separado, espremido
e purificado”, existe tal purificação para ser aplicada em recém-nascido?
Há dificuldade para produzir purificados a fim de serem aplicados,
pois sempre existe a possibilidade da permanência de vestígios. Isso traz a
questão: injetar vestígios de levedura transgênica tem consequências?

70 . O lado desconhecido das vacinas


O Hidróxido de alumínio é composto por até 2,25mg de Al em algumas va-
cinas, um valor considerado acima do tolerável. Somando-se as doses desneces-
sárias que aplicam, são 6,75mg de Al injetados em poucos meses. Há discussões
sobre o uso do alumínio em vacinas e, nesse caso, levando-se em conta que é
uma doença somente transmitida por relação sexual e instrumentos cortantes
contaminados, é imperativo o uso do Princípio de Precaução.
No caso do timerosal até 0,20mg, a substância tem mercúrio, metal pesado
que possui ampla fama de ser perigoso. Alegam os fabricantes que a quantidade é
pequena, mas quantos medicamentos existem que atuam em doses mínimas?
Se não há problema, por que a Anvisa, em 2001, publicou portaria proi-
bindo-o no Brasil sob todas as formas e baniu o seu uso até nas raladuras
de canelas de meninos, em uso externo? Como é possível admitir o seu uso
em vacinas injetáveis para recém-nascidos, crianças e até em gestantes, que
têm no seu útero um feto absolutamente indefeso? E ainda fazem leis para
obrigar uma vacinação universal. Negócio ou promoção de saúde?
Comparação entre a concentração dos componentes da vacina contra
hepatite B no bebê e num adulto sadio com 80kg.
Considere a aplicação de 0,5ml da suspensão vacinal contra a hepatite B
num bebê que, ao nascer, tenha 3kg e um volume sanguíneo teórico (7%) de
210ml de sangue.
Para haver a mesma concentração de timerosal do sangue do bebê vaci-
nado num adulto sadio com 80kg, com 7% de volume de sangue, ou seja,
5.000g ou 5.000ml, ele precisaria receber uma aplicação de 14 ampolas da
mesma vacina contra hepatite B.
Quem se habilita? Quem se disporia a tomar tal dose para ver se acontece al-
guma reação? Certa entidade ofereceu prêmio para quem se habilitasse a tal em-
preitada. Ninguém se animou. Ninguém teve coragem para correr esse risco. No
entanto, todos permanecem indiferentes quando filhos e netos, recém-chegados
ao mundo e com seu sistema imunológico não amadurecido em um corpinho de
três quilos e 210ml de sangue, são brutalmente agredidos por corpos estranhos,
até mesmo de forma obrigatória pela força de leis! O timo no início da vida está
muito desenvolvido, no afã de preparar os linfócitos T para a sua missão de
reconhecer o que é inerente: diferenciar entre o que lhe é próprio e o que não é.
Chegam, então, antigênicos recombinantes, como o alumínio e mercúrio, sendo
que esse último metal , nas diversas literaturas a seu respeito, é considerado
perigoso e o sistema imunológico inato não é capaz de processar.

Rui Nogueira . 71
Urgente! Precisamos usar o Princípio da
Precaução, além da presença de cientistas e
pesquisadores para, sem conflito de interesses,
estudaremos o assunto.

Cabe, neste instante, incluir algumas informações importantes extraí-


das do trabalho sob o título: “Responsabilidade do Estado pelos atos de
seus órgãos: Ministério da Saúde, Subsecretaria de Saúde, Instituto de
Saúde Pública e o timerosal” de Carmem Maria da Gloria Chaigneau.

O trabalho foi criado e é explicado desde a dedicatória: “Ao nosso ama-


do e aguardado filho, Domingo, que chegou saudável e perfeito neste
planeta. Por sua personalidade brilhante, de que pudemos desfrutar até
os 22 meses, exatamente até o dia 02 de janeiro de 2006, quando rea-
giu à vacina DTP de célula inteira contendo quantidades fora do limite
aceitável de mercúrio, que se acumulou em seu pequeno corpo junta-
mente com as imunizações anteriores que tinha recebido aos 2, 4 e 6
meses. Nosso compromisso com ele é trabalhar incessantemente na
sua recuperação para devolver a vida que deveria viver.”

A autora conseguiu reunir listas de prejudicados, sentiu as dificuldades


para conseguir chegar à raiz dos problemas, pôde reunir um sem nú-
mero de estudiosos e médicos que estavam apenas presos às reações
colaterais comuns nas vacinas – vermelhidão e dor no local. Todos, pais
e profissionais de saúde, ficam numa posição difícil, pois as autoridades
da saúde não os informam sobre os possíveis efeitos adversos das vaci-
nas e muito menos que algumas delas contêm mercúrio.

O trabalho define e apresenta composição e características do time-


rosal, fala da vacina DTP, autismo e intoxicação mercurial. Comenta a
situação no Chile (terra da autora), descreve a demanda com as autori-
dades locais de saúde e sobre a lei que remove o timerosal das vacinas
no país, votada por unanimidade no Congresso em nove de agosto de

72 . O lado desconhecido das vacinas


2011, após ter sido aprovada, também por unanimidade, na Comissão de
Saúde do Senado em 12 de julho de 2011. Mesmo assim, foi vetada pela
Presidência da República.

O trabalho mostra, também, o intrincado jogo que se estabelece pelas


manobras dos conflitos de interesses.

Destaca que as vacinas sem mercúrio usadas em vários países “desen-


volvidos” existem, sem muita divulgação, em clínicas particulares. Dis-
criminação?

Quem salvará os nossos netos?

2. Vacina Tetravalente
Apresentação: é uma vacina adsorvida com proposta de prevenir a dif-
teria, o tétano, a B.B. pertussis (DTP) e a Haemophylus influenzae tipo B
(conjugado) - (Hib). É formada pela vacina adsorvida contra DTP e pela
vacina conjugada contra Hib e apresentada com frequência em frascos
contendo 5 e 10 doses.

C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l da vac i n a r ec o n s t i t u í da

Vacina Hib
• No mínimo 10µg de polissacarídeo capsular purificado (PRRP) de haemo-
phylus influenzae tipo B (Hib) conjugada com aproximadamente 30µg de
toxoide tetânico;

Vacina adsorvida DTP


• Toxoide diftérico suficiente para a indução de 2UI de antitoxina em cobaia;
• Toxoide tetânico suficiente para indução de 2UI de antitoxina em cobaia;
• Vacina B. pertussis (coqueluche), mínimo de 8UI de dose individual humana;
• Excipiente: hidróxido de alumínio, timerosal e solução fisiológica tamponada.

É interessante notar que não há indicação das quantidades de hidró-


xido de alumínio e timerosal. Por quê? Além disso, o que representa 2UI

Rui Nogueira . 73
em cobaia em relação ao ser humano? É uma maneira de padronizar, mas
o que isso representa em efeito antigênico humano?
Por um lado, milhões são gastos para fabricar uma arma que, sem risco
para o combatente, vai com frequência atingir civis, mulheres e crianças;
por outro, nem poucas moedas são aplicadas para usar uma vacina mais
segura, sem adjuvantes e aditivos perigosos.
Aqui aparece novamente a questão do alumínio e do mercúrio. Quanto
a este último, existem trabalhos que fazem restrições, mas ainda faltam me-
lhores avaliações em pesquisas que envolvam os dois componentes juntos.
Afinal, se há necessidade das vacinas, por que não aplicá-las em mono-
dose, sem os adjuvantes que podem ser perigosos? A multidose diminui
os custos para quem?

3. Vacina Pneumocócica
Existem vários tipos, em geral identificados pelo número de cepas do
Streptococcus pneumoniae (polissacarídeos capsulares) utilizados nas vaci-
nas pneumo 10, pneumo 13 e pneumo 23.

C o m p o s i ç ão da vac i n a P n e u m o 1 0

• Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 1 e proteína D de Haemo-


philus influenza (proporção média PD/OS: 16 - 1mcg 1 1,6 mcg PD);

• Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 4 e proteína D de Haemo-


philus influenza (proporção média OS/OS: 1,7 - 3 mcg PS4 5,1 mcg PD);

• Conjugado de Streptococcus pneumoniae tipo 5 e proteína de Haemophi-


lus influenza.

Está escrito na bula que “a vacina pneumocócica 10 – valente (conjuga-


da) apenas protege contra infecções causadas pelos grupos de Streptococ-
cus pneumoniae para os quais foi desenvolvida”.
Sendo vacina fabricada e embalada (na Bélgica) e importada pelo Brasil, já
encontramos bula indicando que as cepas usadas são americanas, portanto a
imunidade é mais garantida para imunizados expostos às cepas originárias.
A bula é controversa, pois ainda afirma que “a administração profilá-
tica de antipiréticos (remédios para febre) antes ou imediatamente após

74 . O lado desconhecido das vacinas


a administração de vacinas pode reduzir a incidência e intensidade das
reações febris pós-vacinação”.
No entanto, logo após: “há dados que sugerem que o uso profilático do pa-
racetamol pode reduzir a resposta imune às vacinas pneumocócicas”. Na bula,
dizem que em pneumocócicas a relevância é desconhecida – ora vejam!
A composição da vacina mostra que existe conjugado com toxoide te-
tânico e toxoide diftérico, mas está assinalado na ficha técnica (bula) que
esses toxoides não têm ação antigênica nessa interação e que a vacina difté-
rica e tetânica normais têm que ser feitas.
O que estes toxoides estão fazendo na vacina? É difícil encontrar resposta.
Somente há anotações quanto à presença de alumínio, sem especificar
sua quantidade. Não informam sobre a presença de conservante (timero-
sal?) nas embalagens de multidose.
Na prática clínica, até mesmo os especialistas não se aprofundam na
busca da etiologia, que exige exames incômodos. O gérmen mais frequen-
te é o pneumococo, tratado sem maiores problemas com penicilina. O
teórico afastamento dos pneumococos pelas vacinas leva ao uso de outros
antibióticos (mesmo sem saber a etiologia) muito mais caros, e que não
são isentos de mais efeitos colaterais. Isso não nos parece vantajoso.

4. Vacina contra poliomielite oral trivalente

C o m p o s i ç ão pa r a c a da d o s e d e 0,1 m l da vac i n a

• Poliovírus atenuados tipo I – 1.000.000 CCID50;

• Poliovírus atenuados tipo II – 100.000 CCID50;

• Poliovírus tipo III – 6000.000 CCID50;

• Excipientes: cloreto de magnésio, estreptomicina, eritromicina, polissor-


bato 80, 1-arginina, vermelho de fenol e água purificada.

Volta a questão: como é obtido o vírus atenuado para a produção da


vacina? Em que tipo de cultura?
Eritromicina e estreptomicina são antibióticos, polissorbato 80 é um
emulsificante de largo uso em diversos produtos e fenol é o agente que
atenua o poliovírus.

Rui Nogueira . 75
É interessante observar que a poliomielite é o carro-chefe das cam-
panhas de vacinação, e o personagem Zé Gotinha, muito simpático, foi
responsável por boa parte da aceitação das vacinas.
Como se diz: é politicamente correto aplicar vacinas na população por-
que elas criam uma impressão de muita preocupação dos gestores com a
saúde das pessoas. Aos laboratórios produtores sempre interessa a grande
produção e vendas com a utilização universal das vacinas.
Entretanto, sob o entusiasmo vacinal, ficam ocultas algumas questões,
como:

• Não há notificações (poliomielite é doença de notificação com-


pulsória) de pólio há 22 anos;

• Em 1994, o presidente da República Itamar Franco recebeu o cer-


tificado oficial de erradicação da poliomielite no território nacio-
nal, expedido por organizações internacionais (OPAS, OMS). Mais
de 10 anos depois, por que continuar a vacinação com tanta in-
tensidade e excesso de aplicações?

• A doença está erradicada, mas há notícias sobre a importação


de vacina Salk – injetável, para aplicação nas crianças brasileiras.
ainda por cima, permanece o uso da vacina oral, ou melhor, já co-
locaram no calendário de vacina atual. Por que tanta pressa com
uma doença já erradicada?

• Veremos o que isso representa nos orçamentos nacionais em re-


percussão financeira para imunizar contra uma doença que não
existe há 22 anos e é considerada erradicada no capítulo seguinte.

5. Vacina de rotavírus humano vivo atenuado


A vacina de rotavírus humano vivo atenuado é apresentada em emba-
lagens contendo uma ou dez seringas para administração oral, com uma
dose cada.

76 . O lado desconhecido das vacinas


C o m p o s i ç ão pa r a c a da 1 , 5 m l da vac i n a

• Rotavírus humano vivo atenuado;

• Cepa RIX4414 na concentração mínima de 10 elevado a 6.0 potência


CCID50;

• Excipientes: sacarose, adipato dissódico, meio Eagle modicado Dulbecco;

• Diluente: água estéril.

É incrível como não informam como é obtida a cepa RIX4414 do vírus


humano. Inicialmente, era hantavírus ou rotavírus, doença ligada a roedo-
res silvestres. Agora já existe até mesmo o vírus humano! Os poucos casos
que aparecem de rotavírus estão ligados à área rural (no DF, em um ano,
1972, confirmamos doze, sendo nove deles rurais). Entretanto, há vacina-
ção em massa nas áreas urbanas.
Entre os 34 países com os mais baixos índices de mortalidade no mun-
do, apenas quatro têm programas de vacinação incluindo o rotavírus. As
primeiras vacinas fabricadas apresentaram intuscepção entre os seus efei-
tos adversos e foram recolhidas.
Vale novamente aqui, o Princípio da Precaução. Por que correr riscos
ante uma incidência tão baixa da doença, que pode ser controlada por
bloqueio local e inegavelmente sofre influência, quando existem melhores
condições de higiene e saneamento?
Mais uma vez, surge a necessidade de estudos isentos sobre essa vacina,
objeto de atenções recentes. As vacinações intensas e em massa, inclusive e
principalmente em áreas urbanas a partir de surtos focais (rurais), a rigor,
não se justificam. Seria melhor investir em saneamento básico e higiene.

6. Vacina adsorvida meningocócica C (conjugada CRM197)


É uma vacina constituída de oligossacarídeo meningocócico C conjuga-
do com proteína 197 de corynebacterium diphteriae.

Rui Nogueira . 77
C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l da vac i n a

• Oligossacarídeo meningocócico C - 10µg;

• Conjugado com proteína CRM 197 de corynebacterium diphteriae – de 12,5 a


25,0µg;

• Hidróxido de alumínio - 0,3 a 0,4mg Al;

• Excipientes: manitol, fosfato de sódio monobásico, mono-hidratado,


fosfato de sódio dibásico hepta-hidratado, cloreto de sódio e água para
injeção.

A bula assinala que a vacina não tem conservante e ainda afirma que “apesar
de a vacina conter a proteína diftérica CRM197, tal substância não é eficaz con-
tra a difteria”. Assim, fica sempre aquela pergunta de quem não é especialista:
o que faz esta proteína na vacina? Se não tem efeito antigênico, talvez tenha
somente o objetivo de encarecê-la.
Além disso, consta na bula um item denominado Precauções Gerais que diz:
“Antes da administração da vacina adsorvida conjugada CRM197 – meningocó-
cica C, deve-se perguntar aos pais ou responsável a história clínica do paciente,
da sua família e suas condições de saúde”. Isso raramente é feito na vacinação
brasileira, apesar da rede de postos e da aplicação, que podem ser feitas dentro
da rotina da promoção da saúde.
Antes da instituição de uma campanha de vacinação em larga escala, deve-
riam ser avaliados os benefícios da vacinação com a vacina adsorvida meningo-
cócica C (conjugada CRM197), de acordo com a incidência da infecção por N.
meningiditis do soro grupo C em determinada população.
Qual é a real situação brasileira? Misturam os dados dos sorogrupos (o C é
o de menor incidência) e percebe-se nitidamente uma distorção para criar uma
necessidade de vacinação em massa.
A bula informa que não existem, realizados, ensaios prospectivos de eficácia
da imunogenicidade. Desse modo, se não há imunogenicidade garantida e não
existem dados epidemiológicos consolidados, concretos e confiáveis, como va-
cinarmos em massa? Isto é promoção de saúde? Trata-se de vacina fabricada e
embalada no exterior. Não há informações sobre a cultura dos antígenos para a
produção da mesma.

78 . O lado desconhecido das vacinas


7. Vacina contra rubéola, sarampo e caxumba

C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l d e vac i n a r ec o n s t i t u í da

• No mínimo 1.000 CCID50 do vírus da rubéola, cepa Wnt RA 27/3;

• No mínimo 1.000 CCID50 do vírus de sarampo cepa Schwana;

• No mínimo 5.000 CCID50 do vírus de caxumba cepa RIT 4385 derivado da


cepa Jeryl Lynn;

• Excipiente: albumina humana, lactose, sorbitol, manitol, sulfato de neo-


micina e aminoácidos;

• Diluente: água para injeção.

A cepa Jeryl Lynn do vírus da caxumba é de origem americana e produzida


em meio à cultura de células humanas (MRC5). Existe substância pura? Se nos
processos de purificação, por alguma razão, permanecerem vestígios de células
humanas incorporados na vacina, que anticorpos se formarão? Isso não acarreta
doença autoimune?
Também o vírus da rubéola é obtido para algumas preparações vacinais a
partir de cultura de células humanas.
As grandes questões que deveriam ser estudadas por uma comissão de alto nível:

• Caxumba é doença infantil de pouca relevância, o que é provado por


não ser nem mesmo doença de notificação compulsória. É difícil até
mesmo saber a sua incidência no Brasil;

• Rubéola e sarampo são doenças erradicadas, com os relatórios do


Ministério da Saúde encaminhados para a organização pan-americana
de saúde. Falta apenas a festa de oficialização;

• São vacinas com vírus atenuados, portanto, não totalmente isentas


de riscos;

• A vacina está sendo aplicada em excesso, substituindo a campanha


do sarampo, o que resvala para a propaganda enganosa.

Rui Nogueira . 79
• Não é imperioso usar o Princípio da Precaução?

• Justifica-se a vacinação em massa?

8. Vacina febre amarela (atenuada)

C o m p o s i ç ão pa r a c a da 0, 5 m l d e vac i n a r ec o n s t i t u í da

• No mínimo 1.000 ID50 do vírus atenuado da febre amarela, de cepa 17 DD


ou o equivalente em PFU (unidade formadora de placa);

• Excipientes: sacarosa, glutamato de sódio, sorbitol, gelatina bovina hidro-


lisada, eritromicina e canamicina;

• Diluente: água para injeções.

Que maus augúrios sobrevoam as vacinações?


a. A transformação de vacina em mercadoria - o dinheiro sendo a própria
riqueza transforma tudo em mercadoria, até em relação às vacinas os valores
desaparecem (como visto no capítulo anterior);
b. Alumínio - o metal usado para adsorver os componentes da vacina, os com-
ponentes se colam à superfície da substância adsorvente e isso evita “grumos”.
Há trabalhos que discutem efeitos adversos do alumínio, principalmente no
sistema nervoso;
c. Multidoses - o uso de multidoses, que é uma economia para os fabri-
cantes, obriga a utilização de conservantes, alguns perigosos. Isto não é
repassado para os usuários;
d. Conservantes - conservante timerosal, 53% de mercúrio, proibido nos
mais diversos usos, mas admitido nas vacinas;
e. O meio de cultura - para a produção de antígenos em grandes quantidades
nas produções industriais, os fabricantes passaram a buscar novos meios de
produção. Dentre eles, surgiu o meio da cultura de células diploides humanas,
um deles sendo o MRC5, talvez o mais usado, que produz vírus e antigênicos
num meio a partir de células diploides humanas de fetos masculinos de 28 se-
manas. É possível separar totalmente (com 100% de pureza) os antígenos dos
restos de cultura onde foram produzidos? Qual a origem dos fetos?

80 . O lado desconhecido das vacinas


Nesse caso, é importante frisar que são necessários muitos fetos para a produ-
ção da enorme quantidade de vacinas. Provavelmente, a origem dos pulmões
do feto vem das clínicas oficiais de aborto nos países que o autorizam. Aborto
e pulmões de fetos legalizados.
f. Adjuvantes usados no preparo dos antígenos - substâncias adicionadas
aos antígenos produtores de anticorpos, que multiplicariam as suas ações
com a mesma dose de antígeno, gerando economia e maior produção de va-
cinas. Foram desenvolvidos para as vacinas contra gripe, pela maior necessi-
dade de mais rapidez na obtenção dos antígenos. Entretanto, os EUA e vários
países da Europa fazem restrições, porque não há provas consistentes, além
de eles terem apresentado efeitos colaterais importantes. O principal deles é
o esqualeno, das vacinas multidose, ainda sem restrições no Brasil.

Para cuidar dos perigos que rondam, é necessário que se resgate o Princípio da Pre-
caução. Então, pergunta-se: o que fazer com os excessos de doses aplicadas? Como
evitar as vacinações desnecessárias? O provável caminho é o de conscientizar as pessoas
sobre as gigantescas repercussões econômico-financeiras que os excessos acarretam.

Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade


Brasil 2010

0,0% 0,0%

Mais de 100 anos 7.247 0,0% 0,0% 16.989


95 a 99 anos 31.529 0,1% 0,1% 66.806
90 a 94 anos 114.964 0,2% 0,3% 211.595
85 a 89 anos 310.759 0,4% 0,5% 508.724
80 a 84 anos 668.623 0,6% 0,8% 998.349
75 a 79 anos 1.090.518 0,9% 1,1% 1.472.930
70 a 74 anos 1.667.373 1,2% 1,4% 2.074.264
65 a 69 anos 2.224.065 1,6% 1,8% 2.616.745
55 a 59 anos 3.041.034 2,0% 2,3% 3.468.085
50 a 54 anos 3.902.344 2,5% 2,8% 4.373.875
45 a 49 anos 4.834.995 3,0% 3,2% 5.305.407
40 a 44 anos 5.692.013 3,3% 3,5% 6.141.338
35 a 39 anos 6.766.665 3,5% 3,7% 6.688.797
30 a 34 anos 7.717.657 4,0% 4,2% 7.121.916
25 a 29 anos 8.460.995 4,4% 4,5% 8.026.855
20 a 24 anos 8.630.227 4,5% 4,5% 8.643.963
15 a 19 anos 8.558.868 4,5% 4,4% 8.432.002
10 a 14 anos 8.725.413 4,6% 4,4% 8.441.348
5 a 9 anos 7.624.144 4,0% 3,9% 7.345.231
0 a 4 anos 7.016.987 3,7% 3,6% 6.779.172
Homens Mulheres

Rui Nogueira . 81
Baseado no gráfico do Censo de 2010, segue exemplo da vacina
contra hepatite B, usada já ao nascer, por força de lei:

• Uma dose é considerada necessária pelo fabricante, pois já oferece imunização;


• População-alvo: 0 a 7 anos.

Na pirâmide, em um bloco de 0 a 4 anos, teríamos:


• Homens – 7.016.987.
• Mulheres – 6.779.172.
• Total de homens e mulheres 1º bloco (0 a 4 anos) – 13.796.159.
Na pirâmide, há o 2º bloco, de 5 a 9 anos. Como queremos somente de 5 a
7 anos, vamos considerar a metade dos blocos Homem e Mulher.
• Homem – 7.624.144 ÷ 2 = 3.812.072.
• Mulher – 7.345.231 ÷ 2 = 3.672.620.

A soma dos dois pode ser considerada, por aproximação, a população-alvo


do 2º bloco (5 a 7 anos).

• Total 2º bloco (5 a 7 anos) – 7.484.692.

• População-alvo – 0 a 7 anos.

• Total 1º bloco + 2º bloco – 13.796.159 + 7.484.692 = 21.280.851.

Com os recursos da propaganda e divulgação, pode-se considerar


70% como índice de vacinação conseguido no Brasil.
• 14.894.757 – quatorze milhões de pessoas vacinadas com uma dose, dita
necessária pelo fabricante.
• Necessárias – 14.894.757.
• Custo do necessário: 14.894.757 x 70 = R$1.041.731.990 (custo atribuído pelas
clínicas particulares).
• 1ª dose: R$1.041.731.990 (mais de um bilhão?) a dose que, pela indicação do
fabricante, seria necessária.
• 2ª e 3ª doses (excedentes): R$ 2.083.463.980.

O público principal das metas de vacinação está representado pela faixa de 0


a 7 anos, homens e mulheres, da pirâmide demográfica do Censo 2010 – Brasil.
Temos que publicar os custos das vacinas a partir de preços que são praticados
pelos laboratórios privados, já que não há transparência em relação aos

82 . O lado desconhecido das vacinas


praticados pelo governo. Essa é uma forma de protestar contra a falta de
transparência dos custos das campanhas e rotinas do uso de vacina no ser-
viço público. Afinal, quanto custa uma vacina? Não dizem.
Quanto custou a campanha de vacinação em massa para uma vacina que só
deveria ser usada em situações de alto risco? Já que se trata de recursos públi-
cos, os postos deveriam divulgar os preços. Na realidade, esta é a única maneira
de provocar alguma informação, pois há um cartel denominado “sistema de
vacinas”. Esse é um grande mercado, composto por milhões de produtos com
venda garantida e em diversas doses, que maravilha! Os preços são controlados,
e quem mais os estabelece, se não o próprio cartel?

Descoberta 21: os reflexos no orçamento, segundo as vacinas


necessárias e excedentes

H e pat i t e B

Doses necessárias (segundo a bula) 01 R$1.041.731.990

Doses excedentes 02 R$R$2.083.463.980

Reflexo no orçamento R$3.125.195.970

Consideram-se excessivas as três doses, porque é uma vacina que a rigor


não é necessária. Além disso, com o atual calendário, há mais uma dose, que no
total soma um valor de R$4.166.927.960 ao orçamento.

Poliomielite

Custo de uma dose de Sabin Não há informação na rede priva-


da, nem pública

Custo de uma dose de Salk Entre R$115 e R$175 (vários estados)

Reflexo no orçamento (conside- R$3.192.127.650


rando o valor de R$150 para um
público de 0 a 7 anos)

Rui Nogueira . 83
Pneumocócica 10

População-alvo de 0 a 7 anos 21.280.851 usuários da vacina

Atingindo a meta de 70% da po- 14.894.757 usuários da vacina


pulação

Total de doses necessárias 44.684.271 doses

Total do custo das vacinas necessárias R$8.892.169.929

Doses desnecessárias aplicadas 14.894.757

Reflexo no orçamento R$2.964.056.643

Rotavírus humano atenuado (considerando calendário de 2010)

População-alvo 21.280.851 usuários da vacina

Atingindo a meta de 70% da popu- 14.894.757 usuários da vacina


lação

Total de doses necessárias 29.789.514 doses

Doses desnecessárias aplicadas 14.894.757

Reflexo no orçamento R$1.787.370.840

Meningite C

População-alvo 21.280.851 usuários da vacina

Atingindo a meta de 70% da po- 14.894.757 usuários da vacina


pulação

Total de doses necessárias 29.789.514 doses

Reflexo no orçamento R$1.787.370.840

84 . O lado desconhecido das vacinas


Tríplice Viral

População-alvo do 1º e 2º blocos 21.280.851 usuários da vacina


(considerando a faixa de 0 a 7 anos
e o recenseamento de 2010)

Atingindo a meta de 70% da po- 14.894.757 usuários da vacina


pulação

Doses excedentes (considerando 03 doses


que duas das doenças abrangidas
pela tríplice viral estão erradicadas)

Valor de cada dose (mercado privado) R$49

Reflexo no orçamento R$2.182.179.279

Vac i n a T e t r a

População-alvo 21.280.851 usuários da vacina

Atingindo a meta de 70% da população 14.894.757 usuários da vacina

Total de doses necessárias 44.684.271 doses

Valor do gasto sem Hib R$4.423.742.829

Valor total da Hib (cada dose custa R$2.904.477.615


R$65,00)

Valor das doses de DTP R$99

Gasto com a Tetra R$7.328.220,44

Reflexo no orçamento R$4.885.480.296

Soma dos gastos com excessos:


Hepatite B R$ 4.166.927.960,00
Pólio Salk R$3.192.127.650,00
Tríplice Viral R$2.182.179.279,00

Rui Nogueira . 85
Tetra R$4.885.480.296,00
Pneumo 10 R$2.964.056.643,00
Rotavírus R$1.787.370.840
Meningite C R$3.425.794.110,00
Custos totais – R$22.603.936.778,00

Há uma omissão de informações. De maneira geral, não se tem a menor


ideia dos preços das vacinas e nunca se viu discussão alguma sobre os seus
componentes. Nem mesmo é divulgado se existem reações importantes após
sua aplicação. Não se pode aceitar a quantidade de doses em excesso, e é im-
portante que não haja riscos para os usuários dentro das ampolas.
Afinal, qual é a cultura em que se produzem os antígenos? Os adjuvantes ou
conservantes são o alumínio, mercúrio e esqualeno. O primeiro e o segundo são
utilizados em vacinas de doenças erradicadas.
Além disso, não correm pelos meios de comunicação os preços das vacinas.
Com isso, acostumados com o viver micro do dia a dia, não imaginamos o mundo
dos grandes números que envolve, por exemplo, vacinar todas as crianças.
Os estudos deste livro revelam muitas vacinas aplicadas excedentes às indica-
das pelos próprios fabricantes, acima do que é necessário para a imunização. Um
incrível desperdício. Mostram, também, o que isso representa nos orçamentos.
Em sete vacinas usadas no conjunto da vacinação há expressivo uso de doses
que acarretam gastos por volta de 22 bilhões, o que está longe de ser desprezível.

At e n ç ão à vac i n a H P V

HPV só se transmite por contágio sexual, e a faixa etária indicada para o uso
da vacina é de 9 a 24 anos.

Com base na pirâmide demográfica do Censo de 2010:

Homens e Mulheres
10 a 14 – 8.725 / 8.441.348
(subtraindo-se do total as parcelas das faixas de 15 a 19 e de 20 a 24, temos
a quantidade certa da faixa de 10 a 14)
15 a 19 – 8.558.868 / 8.432.002
20 a 24 – 8.630.227 / 8.614.963

86 . O lado desconhecido das vacinas


Total – 25.914.508 / 25.488.313
Total da população-alvo: 51.402.821
70% - total da meta admitida: 35.981.975
Vacinas aplicadas – 3 doses / Total de doses: 107.945.925
Preço de uma dose de vacina – entre R$320 e R$840
Valor médio uma dose – R$740

Total do custo: R$ 107.945.925 x 740 = R$79.879.984.500

Mesmo incluído no capítulo das Doenças Sexualmente Transmissíveis


(DST), o HPV é praticamente ignorado pela população e nunca foi objeto de
maiores atenções ou teve preocupações mais profundas divulgadas sobre a
sua prevenção.
Em 2012, no entanto, foi divulgada a campanha de vacinação de HPV, ainda
com a incoerência já denunciada na vacinação contra hepatite B, que estabelece
três doses na programação oficial para obter a imunização e contraria o estabe-
lecido pela bula do fabricante de apenas uma dose.
Já foi discutido o problema do mercúrio, proibido pela Anvisa, porém colo-
cado em vacinas (inclusive na hepatite B) e que agora aparece nesta campanha
com o uso de quatro doses. Causa espanto que mesmo nos meios acadêmicos
não existam discussões sobre o assunto.
Teoricamente, a vacinação é uma ação de promoção da saúde para criar
uma imunidade artificial específica, a partir do antígeno da vacina (e só
para ele). Assim, a vacinação só deveria ser desencadeada em função de
dados epidemiológicos, nunca por notícias espalhafatosas que assustam a
população.
Para ser correto, uma vacinação universal exige estudos epidemiológi-
cos com dados organizados a partir da incidência da doença, e a condição
essencial é que haja notificação compulsória bem feita para alimentar as
estatísticas epidemiológicas.
Há que se observar a virulência e a disseminação dos casos surgidos (noti-
ficados) para avaliar a necessidade de vacinação e a sua amplitude. O agente
etiológico da doença tem que estar bem caracterizado. Sabendo, inclusive, se é
autóctone ou importado. Nas doenças infectocontagiosas, há uma causa defini-
da, que contribui para o surgimento da doença.
Considere como exemplo a raiva humana, doença causada por vírus específi-
co, transmitido em geral por cães e gatos, sendo depositários deles os morcegos

Rui Nogueira . 87
hematófagos (portadores do vírus sem manifestarem a doença). Se os animais
domésticos são vacinados, quebra-se o elo que permite atingir os humanos.
No caso do HPV, o vírus somente se transmite entre humanos pelo contato
sexual. Esse tipo de relação é o elo de transmissão, portanto é uma doença da
fase sexualmente ativa da vida humana.
Em outubro de 2011, o Congresso Nacional (Senado Federal) decretou a
Lei de n. 238, cujo Art. 2º diz que: “A vacinação contra o papiloma vírus hu-
mano (HPV) fará parte, obrigatoriamente, do calendário de vacinação do Pro-
grama Nacional de Imunizações para meninas entre nove e treze anos de ida-
de”. Vale salientar que essa faixa etária, envolvida e indicada para vacinação,
não aparece nos trabalhos sobre o início da atividade sexual, considerada para
as mulheres como a faixa acima de catorze anos nas pesquisas divulgadas.
A justificativa como foi apresentada para aprovação do projeto é primária. Não
se encontra à altura do Senado Brasileiro e da importância do assunto. Por quê?
A princípio, apresenta como argumento o sucesso do SUS (Sistema Único de
Saúde) na erradicação da varíola, fato que ocorreu numa época em que nem se
cogitava a existência de tal sistema. É uma argumentação irreal, que enfraquece
a justificação.
A eliminação do sarampo também é citada, ignorando o fato de que é uma
doença que não aparece no Brasil desde 2000: um sucesso na área. Entretanto,
persiste a vacinação em massa com muitas doses desnecessárias, além do uso
da vacina tríplice viral, enquanto esquecem o processo de certificação interna-
cional da eliminação da doença. Os estudos completos ficam paralisados, o que
provoca imensos gastos e riscos de efeitos adversos sem necessidade, conforme
foi mostrado anteriormente ao tratarmos do sarampo. Agora, é divulgada em
todo o país, por meio de material para todos os médicos, uma atenção com
relação à gripe, que recomenda imediatamente o remédio de um laboratório,
dizendo que há vantagem em usá-lo. Como estudar o efeito de um medicamento
numa doença que é autorresolutiva?
A vacinação contra a gripe sofre muitas críticas, principalmente porque é
feita a partir de frascos multidose preparados com adjuvantes. Vários países
não os aceitam, por não haver estudos que garantam isenção de perigo – usam
o Princípio da Precaução.
Aqui no Brasil, ela continua a ser usada. Por quê? E que lacuna há com re-
lação ao HPV?
Uma doença que se transmite exclusivamente por contágio sexual não pode
depender, para o seu controle, somente do uso de vacina, sem todos os cuidados

88 . O lado desconhecido das vacinas


de higiene, como o uso de preservativos e, na mulher, o sistemático exame pre-
ventivo que acompanha as alterações ginecológicas e permite tratamentos preco-
ces de todos os problemas.
Lavar é fundamental. As antigas profissionais do sexo sabiam disso, e sem-
pre se preocupavam em lavar-se e ao descuidado parceiro, antes e depois do
relacionamento.
A justificação para uso da vacina HPV informa que 90% dos casos de câncer
de colo de útero (principalmente dos subtipos 16 e 18) são causados pelo HPV.
É bom lembrar que são tipos encontrados em populações estrangeiras, e que
a vacina induz uma imunidade artificial específica (só para o tipo de antígeno
aplicado). Além disso, não é fácil encontrar trabalhos sem conflitos de interesses
e que provem, com certeza, a relação entre HPV e câncer.
Por que na bula (ficha técnica) a informação é a de que o percentual de
câncer é de 70%? A justificativa informa que o câncer de colo de útero é o
segundo tumor maligno entre as mulheres brasileiras. Esta mortalidade pre-
ocupa os médicos, e há colegas que afirmam: “Tudo justifica a diminuição
destes índices”. Será?
Não podemos incorrer aqui no mesmo erro e desvio de atenção ao centrar
tudo nas vacinas e esquecer as medidas gerais de higiene e saneamento como
fatores poderosos para diminuir os índices epidemiológicos, como muitos estu-
diosos afirmam, quando ressaltam que essas condições já estavam diminuindo
os índices antes do advento da intensificação das vacinas.
“A lesão inicial do HPV, que conduz ao câncer do colo uterino, pode ser de-
tectada precocemente pelo teste Papanicolau, exame que não vem sendo feito
pelas mulheres brasileiras”. A informação foi retirada de um folheto de divul-
gação da vacina contra o HPV, entretanto, na mesma justificativa, a seguir, está
anotado que 70% das mulheres brasileiras referem ter realizado preventivo nos
últimos três anos. É notável o trabalho de divulgação do preventivo.
A justificativa é de que “a eficácia da proteção contra o HPV, tão segura,
protege por nove anos ou mais (após três doses aplicadas no intervalo de seis
meses), e são custo-efetivas (inicialmente custavam US$150 por dose, mas atu-
almente custam US$14 por dose)”.
Nessa linha de argumento, a menina receberá a vacina com nove ou onze
anos e, ao chegar à fase adulta, vai ser levada a uma nova aplicação da vacina!
O custo apresentado na justificativa é totalmente desligado da realidade,
pois o autor, fazendo o papel de usuário, procurou a vacina HPV em quatro
estados (Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul) e encontrou

Rui Nogueira . 89
preços para uma dose que oscilaram entre R$330 (DF, Clínica de Imunologia)
e R$847 (RS).
É preciso levar em conta que, nas compras governamentais, há preocupação
com o preço de mercado, e que no caso das vacinas, há um cartel que controla
sua produção e venda, além de impor preços convenientes aos seus interesses.
Com essa justificativa, o Congresso Nacional decreta, no artigo primeiro,
que fica assegurado às mulheres na faixa etária de nove a quarenta anos o di-
reito de receber todas as doses necessárias da vacina para imunização contra
o Papiloma Vírus Humano (HPV) na rede pública do Sistema Único de Saúde
(SUS) dos estados e municípios brasileiros.

Observações do autor

1. A justificativa apresentada ao Congresso preconiza vacinação entre nove e treze anos (meninas),
mas a lei aprovada estabelece de nove a quarenta anos. Por quê?

2. Citamos aqui a bula (ficha técnica) da vacina contra HPV, encontrada na íntegra neste livro, do
laboratório fabricante: vacina quadrivalente recombinante contra papiloma vírus humano (tipos 6,
11, 16 e 18) e afirma no item uso em idosos “a vacina quadrivalente recombinante contra papiloma
vírus humano (6, 11, 16, 18) não foi avaliada em adultos com mais de 26 anos”.

Num documento do Senado Federal fica difícil compreender o enorme alar-


gamento da faixa etária para vacinar sem nenhuma linha que o explique. Au-
mento de mercado? Vacina não pode ter o tratamento de mercadoria.
O decreto ainda postula, no artigo quarto, que o Poder Executivo destinará
recursos orçamentários para a estruturação de manutenção efetiva eficiente e
eficaz de uma rede de serviços que atenda à saúde da mulher no que se refere à
prevenção e ao controle do câncer de colo de útero. Inclui, também, um pará-
grafo único, dizendo que as despesas decorrentes da aplicação do disposto
no caput correrão por conta de dotação orçamentária específica, prevista
na lei orçamentária anual, ficando o Poder Executivo autorizado a abrir
crédito suplementar para esse fim.
A impressão é de que a lei garante o mercado da vacina-mercadoria vinda
do exterior sem repasse de tecnologia, com toda a despesa de divulgação,
armazenagem, distribuição e aplicação assumidas pelo governo e com o

90 . O lado desconhecido das vacinas


Executivo já liberado para, sem satisfações ou discussões, suplementar re-
cursos a fim de atingir vacinações universais, seja lá a que custo for, com
ausência de estudos em comissões ou organizações sem conflitos de interesse.
Tudo isso num setor cartelizado.
Há ainda a imperdoável distorção de colocar a saúde em segmentações –
saúde da mulher, da criança, dos adolescentes, dos grupos de hipertensos, dos
diabéticos etc., que têm que ser enfocadas na promoção da saúde da comunida-
de, num atendimento comum da medicina familiar.
A segmentação e os rótulos atribuídos aos doentes usuários dos centros de
saúde possibilitam a criação dos nichos de mercado para produtos farmacêuti-
cos específicos, como anti-hipertensivos e antidiabéticos, estabelecendo a ten-
dência ao excesso de medicações e ao uso dos medicamentos caros, com apa-
rência de coisa “politicamente correta”.
Isto é a derrocada da busca de um sistema de promoção da saúde com trata-
mento simples, ao alcance de uma caminhada hipertrofia do sistema de realiza-
ção de consultas, sem uma visão global da promoção da saúde, com preocu-
pações estatísticas e de resultados políticos e financeiros.
Tal política acaba com o posto de saúde como entrada para o sistema, e faz
a população acreditar que se resolvem problemas de saúde só em hospital, o
que não é verdade.
Está omitido na justificativa o maravilhoso instrumento de promoção da
saúde que representa o exame preventivo – Papanicolau – utilizado desde
1940, quando foi inventado. Essa poderosa ferramenta para a promoção da
saúde da mulher permite diagnosticar tudo que pode acontecer no colo do
útero feminino, com ampla possibilidade de monitorar a evolução e o resultado
dos tratamentos.

Imagem 29

Rui Nogueira . 91
Temos que observar que somente o instinto de sobrevivência tem mais
força que o sexual. Os meios de comunicação e propaganda têm consciência
disso e sabem direcionar com muita habilidade as divulgações com apelos
sexuais.
Os seres vivos mais evoluídos desenvolveram um sistema de reprodução
mais complexo que a simples divisão por bipartição das amebas, por exem-
plo. Ele permite extrapolar em muito o simples partir em iguais e repetitivos
estáticos quanto à evolução. A reprodução sexuada abre um campo infinito de
combinações de elementos fisiológicos das suas estruturas básicas (proteínas),
que trocam segmentos a fim de criar novas consequências para as estruturas
proteicas (DNA). A reprodução sexuada calcada intensamente no princípio do
gozo e dissabor estimula as parcerias a criar novas estruturas biológicas. Atração
e repulsão, prazer e desprazer estimulam a descendência, já de modo instintivo,
com muitas combinações.
Partindo do exposto, é de extrema valia ressaltar a beleza do organismo fe-
minino: o útero tem aproximadamente o tamanho da mão fechada, o formato
de uma pera, possui um orifício que comunica o ambiente interno com a vagina
e tem a incrível elasticidade de se dilatar para permitir, no trabalho de parto,
a passagem do bebê com um diâmetro encefálico de 11cm. O colo uterino é
visível num exame indolor, que pode ser feito com respeito à privacidade e em
um atendimento humanizado.
A coleta do material fixado numa lâmina permite ter certeza de normalida-
de, inflamações, infecções e lesões pré-cancerosas e cancerosas. Essa visibilida-
de permite também o acompanhamento da evolução do tratamento.

Imagem 30 - Bacilo de Döderlein

92 . O lado desconhecido das vacinas


É excepcionalmente importante que não se modifique o ambiente natural da
vagina. É um conceito universal que os bacilos de Döderlein protegem a vagina
contra vírus, bactérias e germes patogênicos.
Mulher não tem mais perfume de mulher. Os sabonetes líquidos íntimos
proliferam, e ficam disponíveis no mercado com o amparo da divulgação de que
trazem bem-estar geral e previnem infecções na região genital. Quanto mais se
altera o ambiente vaginal, mais se facilitam as infecções e inflamações. O odor e
o incômodo resultantes das infecções (trichonomas e fungos) exigem tratamento
e não disfarce ou mesmo cosméticos perfumados para mascará-los.
Já mostramos que na vagina há bacilos de Döderlein – lactobacilos da flora
vaginal normal. Eles produzem ácido lático, que mantém baixo o PH vaginal e
inibe o crescimento de bactérias patogênicas. Os lactobacilos liberam também
peróxido de hidrogênio, que inibe a propagação de vírus e o crescimento de
bactérias e fungos. O esquema natural é muito mais eficiente do que a vacina-
ção específica, pelo largo espectro de proteção muito acima da limitada prote-
ção artificial específica. Contra o HPV e várias contaminações, o fator básico
é a higiene – água e sabão. Nada de substâncias estranhas como cosméticos,
antibióticos aleatórios, perfumes ou mesmo “sabores artificiais”, que alteram
a flora vaginal e os mecanismos naturais de defesa.

Rui Nogueira . 93
Afinal,
que vacinas
usar?

As imagens escaneadas que constituem desenhos são de autoria


de Juarez Leite.

Imagem 31

N a busca por uma conduta racional e responsável dos pais com relação à va-
cinação dos filhos, surgem algumas dificuldades, como seguem abaixo:

1. A omissão de informações. Os estudos, principalmente os isentos, que


não têm conflitos de interesses e não são escritos a pedido dos laborató-
rios fabricantes, não conseguem divulgação. Como obter uma conscien-
tização, se as vacinas são tratadas como mercadorias, com uso universal
e enormes faturamentos? Nesta situação, até fazer valer o Princípio da
Precaução fica difícil quando, em certas horas, exercê-lo permitiria pelo
menos um tempo de espera por melhores estudos.

94 . O lado desconhecido das vacinas


2. A força econômica do cartel permite contratar profissionais com alto
grau de conhecimentos (e sem ética) para atuar até em órgãos gestores
sob conflito de interesses nem sempre revelado. Há, pelo menos, um
exemplo de tal afirmação na hora em que a Associação Médica de Bra-
sília convidou os profissionais de Saúde para uma conferência sobre o
HPV e, numa honestidade rara, a palestrante se declarou em conflito
de interesses. Saltou, então, a realidade. A reunião de gestores e re-
presentantes do laboratório era destinada à propaganda comercial de
uma vacina. A doença, objeto de tal atenção, era o HPV, que não é de
notificação obrigatória e por isso não se tem conhecimento sobre a sua
incidência na população.
Quem lida no dia a dia com o atendimento médico, em contato direto
com a população, pode constatar que é mínimo o aparecimento das
lesões que a palestrante destacou. Impossível pensar em surtos graves.
3. O sistema comercial do cartel conseguiu retirar do usuário, pais, res-
ponsáveis e até dos médicos a decisão sobre o ato de prescrever e de vaci-
nar. A promoção da saúde desapareceu para prevalecer intenso trabalho
de “vendas” da mercadoria vacina. O descalabro na indicação da vacina
é demonstrado pela figura recente do “triador”, alguém colocado para
pura e simplesmente receber o usuário e dizer que vacinas serão aplica-
das. Aproveitam o instinto de generosidade e de prestador de serviços
de muitas pessoas para, numa posição simpática, induzir mais vacina-
ções, contribuindo para atingir metas e números de vacinas aplicadas
sem qualquer preocupação sobre se existe ou não imunização. A meta
numérica é sinônimo de faturamento.
4. A situação mercadológica das vacinas é incrível. Há um cartel mui-
to restrito, que controla e domina toda a tecnologia, além de estabe-
lecer com todo o rigor os preços do “mercado”. A divulgação, arma-
zenagem, distribuição, rede de frio, locais de aplicação e o pessoal
executivo são fornecidos pelo governo. É só uma questão de apurar
as vendas e faturar!
5. Sendo um cartel com o controle absoluto da tecnologia, ele impõe
todos os preços e não divulga os seus custos. Cria até leis que obrigam o
uso universal (aparentemente com princípios humanísticos) e com isso
tem faturamentos elevados e automáticos.

Rui Nogueira . 95
Vacina = Mercadoria.
Controle de tecnologias e patentes.
Custos não divulgados.
Preços sem parâmetros.
Comercialização quase automática e com os custos minimizados.
Consumo universal.

Há necessidade de se observar a busca de atingir metas numéricas,


inclusive com ameaças de não liberação de verbas para os municípios
quando as mesmas não são atingidas. A resolubilidade, importante, é des-
prezada! Nesta última campanha inventaram a figura do “triador”, com a
função de indicar que vacinas devem ser aplicadas. Imaginem o desespero
das secretarias de saúde de municípios pobres para cumprir metas e rece-
ber os repasses. De repente, descobrimos municípios que atingem 120 ou
130% de meta. É incrível!
Sob a égide das bulas, fichas técnicas, artigos e respeitando-se as re-
comendações de prescrição médica, há diversos estudos de pesquisadores
preocupados com doenças que têm aumentado muito nos últimos tempos:
diligências a respeito das doenças autoimunes, como diabetes e doenças
reumáticas (que normalmente ocorrem em pessoas idosas, mas têm apare-
cido em crianças); sobre o crescimento brutal do índice de autismo, que
não pode ser atribuído exclusivamente ao diagnóstico precoce; acerca da
preocupação a respeito da presença de mercúrio (proibido em todo o tipo
de medicamento, exceto nas vacinas!) além de análises relativas ao fato de
a presença do alumínio nas vacinas ser um aspecto muito pouco divulga-
do e à produção de antígenos em culturas de células humanas. Tudo isso
precisa ser estudado e nos leva a defender uma vacinação mais segura, sob
absoluto respeito ao Princípio da Precaução.

Importante constatação: algo está errado!

O autor pede permissão para uma recordação da época de juventude,


ainda estudante e interno na Santa Casa De Misericórdia do Rio Janeiro

96 . O lado desconhecido das vacinas


quando um grupo de estudantes percorria as 33 enfermarias buscando exa-
minar pacientes com doenças que ainda não tinham visto. Que dificuldade
para encontrar pacientes com osteoporose, doença de mulheres muito ido-
sas. Hoje, há trabalhos falando de crianças com osteoporose ou câncer. Que
raridade! Uma doença degenerativa de velho surgindo em abundância na
infância. As estatísticas confirmam ou estamos chocados com tal doença em
pacientes com tão pouca idade? A diabetes autoimune aumenta em infantes
até cinco anos. Por quê? Sem falar no autismo, cada vez mais diagnosticado,
fora as alterações que envolvem a atividade mental das crianças.
Alguma coisa está errada! Não nascemos para sermos doentes, muito
menos com doenças degenerativas.

QUE VACINAS USAR


1) BCG – Há necessidade de haver estudos divulgados sobre a idade
mais conveniente para a sua aplicação.
2) DTP - Três doses sem mercúrio.
3) Hepatite B – O fato de a barreira hematoencefálica na criança
ao nascer ainda não estar bem definida e a presença do mercúrio na
composição recomendam a precaução. Sugere-se não vacinar; o uso
deveria ser restrito à aplicação em monodose nos grupos de risco.
4) Pentavalente – É de lançamento recente e, na realidade, é a vaci-
na Tetra acrescida da hepatite B, o que implica serem usadas quatro
doses da vacina contra hepatite B. Por que extrapolar ou dar refor-
ços? Conclusão: a pentavalente não é recomendável. Deveriam ser
recomendadas e aplicadas três doses da vacina tetravalente.
5) VIP – Vacina injetável contra poliomielite – não encontramos
nenhuma lógica no retorno da vacina injetável (SALK) para uma
doença em que o Brasil possui o certificado de erradicação interna-
cional desde 1994. Sugere-se não vacinar.
6) VOP – Vacina oral de Poliomielite – Por aproveitar a riqueza imu-
nológica do tubo digestivo, com três doses se obtém a imunização.
Nunca receba 10/15 doses como se vê nos cartões. A vacina Sabin
deve ser aplicada em três doses, tendo em conta rigoroso e isento
estudo sobre a incidência de paralisia flácida como efeito adverso,
além do fato de que é uma doença erradicada.

Rui Nogueira . 97
7) Rotavírus - Vírus ligados a roedores, causando doença diarreica
em áreas rurais, mas com baixa incidência (como se observa em da-
dos epidemiológicos do DF rural e urbano). A vacina tem relatos de
efeitos adversos graves. Por que e como o rotavírus agora é humano?
Não há justificativas para a vacinação em massa nas áreas urbanas.
Sugere-se não vacinar.
8) Febre amarela – Desde 1942, não há caso urbano de febre ama-
rela no Brasil. Não se justifica a vacinação em massa em todas as
cidades. Não vacinar. Somente fazê-lo quando for para área de risco
(Amazônia).
9) Tríplice viral – É composta por duas vacinas de vírus conside-
rados erradicados no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, e
outra (caxumba) em que não se conhece a estatística epidemiológi-
ca, porque nem mesmo é de notificação obrigatória. Sugere-se não
vacinar, como já acontece em alguns países.

Qual seria o quadro vacinal?


BCG - Com estudo de forma a estipular a melhor faixa etária para
vacinação.
TETRA - Três doses, revendo a presença de mercúrio.
Poliomielite - VOP e no máximo três doses.
Hepatite B - uma dose com embalagens de monodose, aplicada
em atividades de risco.
Febre amarela - somente para os frequentadores de locais de ris-
co (Amazônia).

Há sempre a necessidade de se rever leis, programações e cam-


panhas que tornam obrigatórias as vacinações, principalmente no
instante em que há vacinas desnecessárias, com excesso de do-
ses e com uso sem indicação até em doenças erradicadas. O des-
necessário representa uma despesa de 21 Bilhões! A programação
de vacinar contra o HPV, cuja real incidência no Brasl é desconhe-
cida, porque não é de notificação obrigatória, poderá representar
um custo de mais de 50 Bilhões!

98 . O lado desconhecido das vacinas


É inaceitável não termos o direito, como pais ou responsáveis, de
evitar que injetem nos nossos filhos e até nos recém-nascidos
indefesos substâncias que contêm mercúrio, tido universalmente
como uma substância perigosa, quando existe até portaria da An-
visa dizendo que ele não deve ser usado.
Quem salvará nossos filhos?

Rui Nogueira . 99
Histórias ilustrativas
e fatos que reforçam
as teses centrais
deste livro

Teses centrais
1 – A transformação da vacina em mercadoria.
2 - A busca de grandes faturamentos (pelo cartel) sem nenhuma
preocupação com a promoção da saúde.
3 - Vacina divulgada com propaganda e/ou promoção de vendas no
lugar de estudos sérios e sem conflitos de interesses.
4 – A burocracia da epidemiologia é, teoricamente, bem estrutura-
da, mas com execução pífia – não se conseguem as bulas e os efeitos
adversos são mal acompanhados. Frequentemente, as aplicações são
feitas em situações de exercício ilegal da Medicina.
5 - Os benfeitores escasseiam e os contaminados pela perturbadora
ideia de que o dinheiro é a própria riqueza e de que obtê-lo é a meta
prioritária da vida se multiplicam e se infiltram inclusive em setores
administrativos que deveriam ser isentos.
6 - São nítidos os sinais de que não há interesse pela presença de
profissionais competentes e bem formados, mas em submissos exe-
cutores das políticas de vendas que são implantadas com leis, pro-
tocolos e metas numéricas, sob falsas perspectivas de “preocupados
com a saúde”.

100 . O lado desconhecido das vacinas


7 – Boa parte da estrutura administrativa está ocupada por profissio-
nais recém-formados, sem experiência e frequentemente terceiriza-
dos para serem executores da extensa rede de “vendas” das vacinas e
desenvolverem o proselitismo político que no Brasil é, em boa parte,
feito com a saúde.
“Venham todos, venham todos. Estamos atendendo! Sacie o seu desejo de
consumo de exames, especialidades e muito remédio!”
8 - A mais importante tese do livro O Lado Desconhecido das Vacinas,
com assuntos e temas nunca antes revelados. O escondido, omitido
e desconhecido precisa ser revelado!

É imperiosa a existência de uma comissão de alto nível, composta por


membros isentos e sem conflitos de interesses, para estudar vacinas e esta-
belecer o que realmente representa prevenção e promoção da saúde sob a
égide do Princípio da Precaução, com respeito aos estudos técnicos e exclu-
são de ações em doenças que estão comprovadamente erradicadas.

Histórias e Fatos Ilustrativos


• Fatos ilustrativos
Oferecemos uma visão do folheto distribuído no DF.
O que temos? Promoção da saúde? Nunca! Ele é apenas uma propagan-
da de lançamento de um produto que visa venda volumosa e um consumo
universal, contando até com lei para ajudá-lo nesse propósito.

1. De repente, o Governo do DF se desliga do sistema de aquisições


de vacinas importadas pelo Ministério da Saúde e resolve estabele-
cer entendimentos diretos com os laboratórios produtores da vacina
contra o HPV (cartel de duas empresas). Após as negociações de
aquisição, o DF resolve fazer as vacinações pelas escolas. Por quê?
As alunas, em conjunto com as colegas ciosas e crentes de que é uma
situação de “promoção da saúde”, ajudam a exercer pressão social
para aceitar a vacinação intempestiva sem nenhum questionamento
e nem ao menos conhecer a incidência da doença, pois não há

Rui Nogueira . 101


notificação obrigatória. Há somente dados evasivos difíceis de
serem comprovados em papeis gerados e com conflitos de interesses.
Faturamento de quantos milhares de vacinas a que custo?
2. Em qualquer posto de saúde do Brasil, seja em cidade grande ou
no interior, como é feita a aplicação das vacinas? Frequentemente
sob o desespero de atingir metas numéricas que vêm das instâncias
superiores e são aceitas sem nenhuma discussão local, até porque
as gestões locais não são muito qualificadas. Assim, não há análise
da epidemiologia do município ou qualquer verificação da situação
de imunidade dos usuários ao menos para confirmar se já usaram as
doses recomendadas para haver imunização.

As metas têm que atingir as vendas (consumo) de vacinas desejadas


pelos fabricantes. Isso representa faturamento, não promoção de saúde,
tudo feito sob ameaça de cortes de verbas com uma aparência de busca de
“produtividade” e “qualidade”. Não há qualquer análise sobre a situação
de imunidade dos usuários ou da conveniência da aplicação de vacina.
Em quase todas as vacinas há a recomendação de ser aplicada com
prescrição médica, porém é raro isso acontecer. Agora até oficializaram a
figura do “triador” que, voluntário ou do sistema (em geral agentes comu-
nitários), dizem que vacinas vão ser aplicadas com base em quadrinhos
vazios nos cartões e preenchimento de metas.
Muita coisa é feita sob um mal disfarçado exercício ilegal da Medicina e
uma discriminação dos mais pobres frequentadores dos serviços públicos,
que são enganados com atendimentos que os gestores não admitiriam para
os seus parentes.
Gestantes com um feto indefeso no seu abdômen são vacinadas auto-
maticamente, só por estarem grávidas e existir meta de vacinação para
elas. A preocupação com efeitos adversos é nula. Se for descoberto algum,
vai ser difícil conseguir o formulário para notificar.
Após algumas reclamações, foi anunciada a existência de vacinas mo-
nodose para campanhas de vacinação, mas uma procura realizada pelo au-
tor em pelo menos cinco estados não encontrou nada além das multidoses
para uso geral.

102 . O lado desconhecido das vacinas


• Histórias ilustrativas

1. A.A. 78 anos, sexo feminino


História da doença atual: chegou transportada por ambulância do
Samu ao hospital municipal, apresentando grave insuficiência respiratória
aguda. No mesmo dia, 9/9/2013, uma segunda-feira, foram a sua casa e
aplicaram uma vacina pneumocócica. Segundo relato da família, em 15
minutos ela passou mal e chamaram a ambulância.
História antecedente: Há mais de 30 anos, teve um AVC. Ficou por 22
anos em um asilo. Há 12 anos, a família assumiu seus cuidados e ela está
com uma sobrinha. Há muito tempo esteve em cadeira de rodas, mas, com
a família, consegue se arrastar, mover o corpo, come sozinha e se senta
[sic]. Não apresenta nenhuma lesão ou escara.
Com insuficiência respiratória aguda, num hospital do interior sem
UTI, foi medicada intensivamente e saiu do quadro agudo. Chegou a se
comunicar com os parentes e a se alimentar. Após dias, entretanto, teve
um agravamento e veio a falecer com múltipla falência dos órgãos. Pode-
mos considerar o evento um efeito adverso da vacina e exercício ilegal da
Medicina?

2. História ilustrativa da vacinação contra hepatite B


S.C.F.A, sexo feminino, nasceu em 6/9/2013, num pequeno hospital
do interior, após a mãe viajar 61km de estrada de terra com muita poeira.
O parto foi normal e a mãe apresentou o pré-natal completo, sem altera-
ções. Saiu do hospital dia 7 e, no dia seguinte, a mãe notou que ela estava
amarela e relatou urina escura na fralda. Observou também as fezes mais
amolecidas e mais claras. S. tem alimentação exclusiva com leite materno.
No dia oito, foi vacinada com BCG e hepatite B. Não houve nenhuma ava-
liação médica nem observação sobre a icterícia. A vacinação foi realizada
no PSF sem indicação, executada por agente de saúde ou técnico de enfer-
magem (não foi o próximo à sua moradia). Não fez exames ao nascer, mas
fez o teste do pezinho. no dia 13, ainda ictérica.
Mãe relata ida à capital com fraqueza, quando disseram que tinha hepatite
[sic], sem possuir documentos ou maiores informações. Exame físico de S.:
icterícia, mesmo sem luz natural para o exame. Ausências de sinais neurológicos.

Rui Nogueira . 103


Aparelhos circulatório e respiratório normais. Abdômen: fígado palpável de 1
a 2cm da reborda costal, com a sua consistência normal. À percussão, o baço
parece aumentado.
A impressão diagnóstica ao ser examinada no dia 20 (ainda ictérica) foi
de icterícia neonatal confirmada pelo aumento da bilirrubina total à custa
da indireta. Nessa história, fica a questão: pode um recém-nascido com
icterícia ser vacinado sem prescrição médica? Ressalte-se o fato de que é
uma vacina contra doença de incidência muito baixa, que se transmite por
contágio sexual (em criança recém-nascida?) ou por instrumentos contami-
nados (descartáveis evitam). Além disso, a vacina contém mercúrio (está
na bula), que é considerado um metal perigoso.
Não deveria prevalecer o Princípio da Precaução?

3. Senhora idosa que tomou vacina pneumocócica e teve grave


insuficiência respiratória.

4. Recém-nascido com icterícia. Aplicaram vacina contra hepatite B.

5. Em cidade do interior, mãe zelosa chega para matricular o filho e


a funcionária escolar pede o cartão de vacina da responsável, além
de inspecionar os quadrinhos vazios de anotações no cartão de
vacina da criança:
- Mãe, cadê o seu cartão de vacina? - Interroga a diligente
funcionária.
- Não tenho mais, não sei onde está.
- Então a senhora tem que tomar todas as vacinas para o seu
filho se matricular.

Nem a palavra da mãe ao afirmar que tomou todas as vacinas valeu


alguma coisa.
Viva! Mais consumo de vacinas para engrossar o faturamento de
commodities, mercadoria – vacina.

6. Casal muito zeloso no processo de criação dos filhos, conseguin-


do acesso a trabalhos e estudos sobre vacinas, percebendo a precau-
ção existente em vários países - não evidenciada no Brasil -, resolveu
não vacinar os seus filhos.

104 . O lado desconhecido das vacinas


Estão sendo processados pelo Conselho Tutelar até com ameaças de
perda do pátrio poder. Ora vejam! Para os filhos ficarem onde? Em que se
baseiam para tal atitude? De que vale a orientação dos pais?
Na proteção das crianças, por que não se preocupam com as injeções
vacinais que contêm mercúrio? Por que não fiscalizam as escolas ditas de
tempo integral, que têm dois turnos com apenas um lanche às 10 horas
da manhã e outro com lanche às 15 horas? Frequentemente há um lanche
ridículo colocado numa pequena cuia, que cabe em uma mão da criança,
com uma mistura de macarrão com salsicha! A quem reclamar? Ao bispo,
como diziam os antigos para as coisas sem gestão?

Rui Nogueira . 105


Considerações
finais

A vacina é uma invenção formidável para a profilaxia artificial pela


imunidade. É uma incrível maneira complementar para desenvolver
as imunidades naturais do organismo humano. Entretanto, não se pode
aceitar o lema divulgado “vacinar ou morrer”.
Tem-se que desenvolver a promoção da saúde da melhor forma possível,
pois as pessoas não nascem para ser doentes. Existe uma inteligência interna
no organismo humano, vigilante e sempre pronta para separar o que pode
do que não pode integrar a estrutura do corpo – o sistema imunológico, que
não pode ser lesado! Todo ser humano deve ser atendido em seu anseio e
destino de plenitude de vida. Deve haver bem-estar físico, mental e social.
É bom sempre lembrar que não se compra saúde. Por quê? A saúde e a
doença dependem muito mais daquilo que você faz por si próprio do que
daquilo que as instituições de saúde podem fazer por você. Teste agora:

Como anda a sua atenção com a saúde?


• Na alimentação equilibrada;
• Na água que bebe;
• Nos cuidados pessoais de higiene;
• Na prevenção de acidentes caseiros;
• Na prevenção de acidentes no trabalho;

106 . O lado desconhecido das vacinas


• Na prevenção de acidentes na rua;
• Na utilização de vacinas;
• No uso de remédios sem orientação médica;
• Nos hábitos prejudiciais, como fumo e álcool;
• Na nutrição e bem-estar do seu filho.

A vacina é um complemento artificial para aumentar alguma imunidade


específica. Não substitui a imunidade natural, amplamente diversificada.
Se for algo inoculado no organismo, que interfere no sistema imunológico,
o uso da vacina deve ser feito após estudos isentos de conflitos de interesse
e com muita precaução.
Que produto simpático! Aparece num contexto de preocupação com a saúde
do povo. As atribuições da vida atual, com os pais absorvidos pela sobrevivência
econômica, quando não pela ambição, colocam a vacinação como uma ostensi-
va atitude: “vejam como me preocupo com a saúde do meu filho!”. Isso é algo
que a propaganda transformou em atitude universal.
É também uma bandeira popular usada pelos políticos, pois o proseli-
tismo político-religioso é feito em cima de saúde com as consultas e cirur-
gias, realizadas ou não, e os milagres que aconteceram ou não.
Vacina é um complemento para desenvolver a prevenção. É alçada a
uma importância excessiva e ganha caráter de consumo universal, com
amplo apoio de políticos e gestores. Aí mora o perigo, afinal, qual empresa
não deseja produzir algo que todos têm que consumir? A meta de vacina-
ção é de 100% e, assim, ela é transformada em mercadoria de consumo
universal, massificada e com faturamentos gigantescos.
A vacina mexe com a nossa imunidade, com a imunidade das crianças e
não pode ser transformada em mercadoria. Ela é apenas profilaxia artificial
para a imunização, complementar à imunidade natural. Tal importância
exige de todos uma precaução e atenção constantes em relação às vacinas,
já que elas têm uma importância relevante na promoção da saúde por par-
ticipar da prevenção das doenças. É um produto de aceitação universal,
por isso atrai o interesse das grandes empresas, o que propicia atenção
excessiva aos faturamentos e a sua transformação em mercadoria.

Rui Nogueira . 107


Bibliografia
O livro possui cunho totalmente autoral, baseado em estudos, pesqui-
sas e experiências profissionais do autor enquanto médico.
Quanto às bulas incluídas nesta obra, estas foram obtidas em alguns
estados brasileiros, entre eles o Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Rio
de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, seja nas capitais ou nas cidades
do interior.
É bom ressaltar, também, que todas elas aqui citadas estão publicadas
na íntegra no livro Medicina Social, do mesmo autor, editado no final do
ano de 2011. A única exceção é a bula da da vacina contra o HPV (tipos
6, 11, 16 e 18), coletada pelo autor e digitalizada exclusivamente para a
presente obra.

BULAS PRESENTES NO LIVRO

• Vacina Recombinante contra Hepatite B, no livro Medicina Social


pág. 431, 1ª edição, 2011, Brasília – DF.
• Vacina contra Poliomielite Oral, trivalente, idem – pág. 446.
• Vacina Tríplice Viral (rubéola, caxumba e sarampo), ib. – pág. 462.

108 . O lado desconhecido das vacinas


Imagem 33 - Bula da vacina contra a poliomielite

Rui Nogueira . 109


110 . O lado desconhecido das vacinas
Imagem 34 - Bula da vacina contra o HPV (tipos 6, 11, 16 e 18)

Rui Nogueira . 111


112 . O lado desconhecido das vacinas
Rui Nogueira . 113
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Rui Nogueira é médico graduado pela Universidade Federal do Es-
tado do Rio de Janeiro (Unirio) e especialista em Clínica Médica, pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Também autor do
livro Medicina Social, ele vem oferecer a sua visão sobre as questões
que envolvem as vacinas.

O Lado descon h ecido das Vac in as


Com uma perspectiva voltada à assistência de comunidades car-
entes ao longo de sua carreira, o clínico traz para o leitor – profis-
sional da saúde ou leigo – pareceres coletados durante todo o seu Rui Nogueira
estudo e experiência acerca da forma como a vacina é utilizada e
como, sob seu ponto de vista, é tratada pela indústria farmacêutica e
pelo governo brasileiro. Através da comparação do calendário nacio-
nal de vacinação e de algumas bulas, o autor questiona o uso exces-
sivo de vacinas em determinados casos, assim como seus respec-
tivos efeitos colaterais e o lucro obtido com as vendas dessa forma
de imunização. E assim, O Lado Desconhecido das Vacinas convida
os leitores a uma reflexão sobre um universo mais amplo em relação
às vacinas e não apenas aquele divulgado na mídia.

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