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vestem o seu uniforme, pegam a sua mochila e vão para o seu deserto. Todos os dias os nossos
filhos ligam a televisão e dão de frente com o tentador.
No deserto, nossos filhos também recebem propostas sedutoras como as que Jesus recebeu.
Muitas vezes, esse tentador aproxima-se deles com um cigarro de maconha em sua mão, oferecendo
“alívio para as pressões” ou mesmo “pura diversão”. Noutros casos, o tentador chega até eles
apresentando o mundo de possibilidades da homossexualidade, de “serem compreendidos”, de “se
realizarem como são” e “serem amados”, ou ainda a possibilidade de entrarem para um mundo onde
os desejos sem controle e o sexo sem compromisso não são proibidos. A verdade é que todos os
dias os nossos filhos são enviados para esse deserto a fim de serem tentados. Nós os enviamos para
que estudem e sejam alguém na vida, mas o tentador vê a situação com outros olhos.
A pergunta que precisamos fazer é: Será que os nossos filhos estão famintos quando vão para
esse deserto? Será que eles estão bem nutridos quando se deparam com a batalha? Temos dado a
eles alimento e nutrição suficientes pra que rejeitem os pratos oferecidos?
Quando olhamos para a situação de Jesus ao ir para o deserto, não penso haver dúvidas: ele
tinha fome. Afinal de contas, Jesus estava ali também como homem. Embora fosse o Filho amado de
Deus, ele não abriu mão de sua humanidade e esteve sujeito a ela. Jesus teve fome fisicamente, mas
emocionalmente ele estava muito bem alimentado porque, antes de ir para essa batalha, o Pai o
chamou e disse: “Filho, saiba disto, o Pai te ama muito e tem muito prazer em você”. “Filho, você vai
passar por algo terrível, o tentador vai visitar você, mas nunca se esqueça de que você é o meu Filho,
eu o amo muito e tenho muito prazer em você”. O Pai alimentou antes de permitir que fosse para o
deserto.
Observe que a frase dita por Deus não contém um “se”, que submete o seu amor a uma
situação ou a uma condição específica. O Pai não disse “Filho, eu o amo muito se você tirar boas
notas” ou “Filho, eu o amo muito se você for um bom filho”. Não há condicionantes para o amor de
Deus. Não há uma partícula “se” que limite o amor de Deus a uma situação específica. Seu amor é do
tipo “Filho, eu o amo muito como você é”, “Quer você vença ou não, eu o amo muito”, “Quer você erre
ou não, eu o amo muito” e “Eu tenho muito prazer em você”. É assim o amor de Deus para com Jesus
e para com cada um de nós.
Será que nós também temos amado os nossos filhos com esse tipo de amor? E será que
quando nós os amamos dessa maneira, eles têm percebido esse nosso amor em relação a eles? As
melhores expressões de nosso amor têm chegado até eles ou a comunicação tem falhado? Eles têm
percebido e recebido as mais fortes e intensas manifestações do nosso amor? Nossos filhos vão
para o deserto todos os dias, a cada manhã, e o tentador está lá, à sua espera. Será que eles têm ido
famintos para o deserto?
A fome física, provavelmente, foi saciada logo cedo, no café da manhã. A fome física é real.
Mais tarde, eles tomam um lanche no intervalo das aulas, levado de casa ou comprado na própria
escola. Mas nós temos de prestar atenção à necessidade de alimentar os nossos filhos
mandamentos que constroem
emocionalmente, não deixando que paire qualquer sombra de dúvida de que eles são amados e
aceitos, e que são aceitos da forma como são. Lá fora, na escola, os amigos colocam condições para
que eles sejam aceitos.
modelo.
Se a sua filha não pode falar sobre os “namorados” com você, como ela falará com Deus sobre
seu namorado? Se a sua filha não pode contar a você que está triste por algum motivo, por que ela
irá à presença de Deus falar sobre a sua tristeza? Na cabeça dos filhos há uma compreensão de que
aquilo que é irrelevante para os pais será certamente irrelevante para Deus e, portanto, deve ser
evitado. Você percebe como os pais são uma representação de Deus para seus filhos? Veja o que
Jesus disse sobre isso: “Eu falo do que ouvi de meu Pai” (João 8.40; 15.15). Eu só falo o que eu ouvi
o meu pai falar. Eu só ando quando eu sinto que o meu pai está me movendo. Eu só creio quando sei
que o meu pai apoia o que irei fazer.