As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) estão cada vez mais
presentes na sociedade e isso se deve a uma combinação de fatores, por exemplo,
fisiológicos, genéticos, comportamentais e ambientais. Os principais tipos de DCNTs são diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias e doenças respiratórias crônicas. Crianças, adultos e idosos são vulneráveis aos fatores de risco que contribuem para as DCNTs, e dentre os contribuintes para tal está dietas não saudáveis, sedentarismo, entre outros. Fica evidente a prática de atividades físicas e/ou esportes e uma alimentação adequada são as principais maneiras de prevenção das DCNTs, porque podem diminuir o risco de o indivíduo sofrer com doenças epidemiológicas. Entre os fatores de risco modificáveis cerca de 1.6 milhões de mortes anualmente no mundo podem ser atribuídas à atividade física insuficiente. No Brasil, como iniciativa de redução da carga das DCNTs foi desenvolvido o Plano de Ações Estratégicas para diminuir as DCNTs. Nas orientações, é possível notar que a atividade física é um dos pilares de ação- isso significa que os profissionais que atuam na saúde coletiva devem seguir e saber esses planos. Dentre as estratégias usadas foram implantadas ações de promoção de práticas corporais/atividade física e modos de vida saudáveis para a população, em parceria com o Ministério do Esporte. Dentre as principais ações do Plano de DCNT em Promoção da Saúde direcionadas à atividade física são: Programa Academia da Saúde: Construção de espaços saudáveis que promovam ações de promoção da saúde e estimulem a atividade física/ práticas corporais, o lazer e modos de vida saudáveis articulados com a Atenção Básica em Saúde. Reformulação de espaços urbanos saudáveis: Criação do Programa Nacional de Calçadas Saudáveis e construção e reativação de ciclovias, parques, praças e pistas de caminhadas. Um dos principais itens do plano é o envelhecimento ativo incentivando os idosos para a prática da atividade física regular. A prevenção primária de DCNTs pode ser alcançada por meio de intervenções de promoção da saúde que podem empoderar as pessoas para aumentar o controle sobre sua própria saúde e ambiente. A educação para a promoção da saúde pode melhorar os comportamentos de estilo de vida dos indivíduos e seus conhecimentos e atitudes em relação à adoção de comportamentos saudáveis, notando – se que a atividade física e o esporte são excelentes ferramentas para atuar neste processo, principalmente na atenção primária à saúde.