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Institito Superior Politécnico Evangélico do Lubango

Departamento de Saúde
Enfermagem Geral

RELATÓRIO DE INTEGRAÇÃO

Nome: Ana B. F. Cawindima


Ano: 5º
Turma: A
Local do estágio: Hospital Central Dr. António Agostinho Neto

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Huíla-2023
Introdução
O presente relatório, surge no âmbito da Unidade Curricular –Estágio
Hospitalar curso de Enfermagem – da Escola Superior de Saúde, do Instituto
Superior Politécnico Evangélico do Lubango, no decorrente ano letivo
2022/2023, para que então descreva-se o processo de integração pessoal
como estudante de Enfermagem no local supracitado.
O estágio decorre no Hospital Central Dr. António Agostinho Neto do Lubango–
Unidade de III Nível de Atenção, localizada na Rua Dr. António Agostinho Neto.
Teve início no dia 16 de janeiro e tem a previsão de terminar dia 16 de Abril, o
que perfaz um período de 13 semanas, com um total de 390 horas, tempo este
que está dividido entre ensino clínico e orientação tutorial.
Segundo o Instituto Superior de Saúde o principal objetivo deste estágio
Hospitalar é proporcionar ao estudante a aquisição de conhecimentos para
conciliação entre a teoria e aquilo que são práticas fundamentais para o ramo
e finalização do curso e para a integração ao exercício da vida profissional,
capacitando-o para intervir junto do individuo, da família, dos grupos e
comunidade na área de cuidados de saúde e gestão de serviços de
enfermagem.
O mesmo consiste, como o próprio título indica, num relatório crítico e individual
que expressa de forma sucinta o meu percurso de integração nos primeiros 8
dias de estágio, de forma a identificar os contributos, constrangimentos e a
importância do desempenho, tendo assim a oportunidade de expressar os meus
sentimentos, receios, preocupações e questionamentos, relatar as experiências
vividas (gratificantes/constrangedoras), tipo de orientação pedagógica e outros
aspetos que considere de interesse.
1-Actividades Desenvolvidas
Neste primeiro capitulo estará descrito aquilo que foi o início do processo de
integração hospitalar, de forma resumida e descrita por fases, desde o
momento de recepção ao momento da divisão por áreas específicas na
unidade, para então explanar sobre o processo de trabalho como estagiária de
Enfermagem nos primeiros dias de alocação especifica.
1.1- Recepção de estudantes
A turma de estagiários composta por 30 estudantes, foi recepcionada pelo
Chefe da Área de Formação Permanente, o qual serviu-nos como orientador
inicial, o mesmo elaborou as seguintes actividades:
 Organização da turma: explanou sobre aquilo que é a conduta de
vestimenta hospitalar, comportamentos aceitáveis para um estudante;
 Guia: para identificação da estrutura física, orgânica e funcional do
Hospital Central Dr. António Agostinho Neto
Durante a nossa visita guiada à unidade, tivemos o privilégio de conhecer e
entender de forma resumida um pouco de algumas secções hospitalares, a
citar:
 Centro de Hemodialise
 Centro de Psicologia
 Central de Urgência
 Centro de Oncologia
 Anatomia Patológica
 Cuidados Intensivos
A concretização desta visita em questão foi bastante fulcral para uma
integração apropriada no HCAAN, pois garante uma melhor inclusão na equipa
multidisciplinar e, consequentemente, caucionando uma prestação de cuidados
com qualidade. Para epilogar, considero que atingi o objetivo com êxito uma
vez que, adquiri um bom conhecimento acerca da estrutura física, orgânica e
funcional do Hospital Central, processo este que facilitou bastante, a quando
após a minha integração a uma equipa, pois momentos de verificar uma outra
secção aconteceria, e conhecer antecipadamente a estrutura física garante
maior aproveitamento de Enfermeiro e maior eficácia de trabalho. O único
ponto negativo a citar foi não poder conhecer o restante das outras secções.
1.2- Reunião de integração: Chefe de Enfermagem, Orientadores de
estágio e estudantes
Após a visita guiada, tivemos um momento de apresentação dos estudantes a
Chefe de Enfermagem e vice-versa, e momentos depois apresentação de cada
orientador de estágio, divididos por secções.
Após a apresentação, foi-nos devidamente explicado como seria o nosso
processo de ensino, objectivos do estágio hospitalar, da unidade em si, bem
como o modo operandi da mesma instituição.
Uma vez devidamente apresentados, fomos divididos em grupos de cinco (5),
cada grupo com um Orientador, e assim divididos por secção, que será a nossa
área de actuação durante o estágio numa primeira instância que tem a previsão
de 10 dias ou mais, ou seja, cada grupo permanecerá um tempo determinado
em uma secção e depois transferido para outra, de forma a cumprir o circuito
interno clínico de estágio.

2- Unidade de Cuidados Intensivos


Neste relatório irei cingir mais sobre esta unidade em particular por ser o local
que me encontro.
Fui recebida no dia 17 de Janeiro, na Unidade de Cuidados Intensivos pela
Enfermeira Orientadora, que explanou aquilo que esperava do meu ensino
clínico. Após esta primeira troca de impressões, a enfermeira fez uma
apresentação à equipa presente nessa manhã, na unidade, e elucidou-me
acerca da estrutura e do funcionamento da mesma.
Antes de mais a Enfermeira Orientadora descreveu-nos a estrutura física da
área, pois é importante proceder à identificação da estrutura física, orgânica e
funcional, uma vez que facilita a integração na mesma. Em relação à estrutura
física da UCI, constatou-se:
 (1) farmácia, (1) área de limpos, (1) sala técnica, (1) secretaria, (1) copa,
(1) área de manutenção
 (2) balneários e (2) casas de banho
 1 sala do Director em Serviço, (1) sala para a Enfermeira Chefe, (1) sala
de reuniões
 (2) leitos para pacientes intermédios
 (11) leitos para cuidados intensivos para adultos
 (1) leito com duas incubadoras e uma cama para atendimento neonatal
 (2) leitos na zona de isolamento
No que diz respeito à estrutura orgânica, esta é constituída por um (1)
enfermeiro especialista, oito (8) enfermeiros, (33) técnicos de Enfermagem,
(10) vigilantes e (2) secretárias. A extensão da UCI funciona por equipa
multidisciplinar, englobando um enfermeiro e um médico, as assistentes
operacionais e técnicas colaboram com ambas as equipas.
Os utentes são distribuídos por médico e enfermeiro intensivista, e desta forma,
o trabalho é realizado em equipa partilhando assim o mesmo ficheiro de
utentes, no que diz respeito ao ficheiro da enfermeira orientadora comporta um
total de 17 utentes, os quais eram divididos por enfermeiras, algumas
comportavam um total de 3 ou 2 pacientes por intensivista para prestação de
cuidados de enfermagem.
Quanto a estrutura funcional, a UCI apresenta um horário de funcionamento
24/24h, por ser uma unidade de internação a pacientes que requerem uma
monitorização intensiva e intervenções de suporte de vida, por albergar
pacientes críticos, semicríticos ou potencialmente críticos. A troca de turno é
feita todas as manhãs pelas oito (8) horas, por ser uma unidade de serviços
interruptos a troca é de facto indispensável.
No que concerne à gestão para que esta seja eficaz é importante uma
utilização adequada dos materiais para que a prestação de cuidados de saúde
não sofra alterações, nem prejudique a qualidade dos cuidados prestados. A
gestão de materiais é executada pela enfermeira chefe intensivista, de acordo
a necessidade, a terapêutica do paciente também influencia bastante. Existe
um stock de material e um de medicamentos, o qual tive o privilégio de ver de
perto as salas de farmácia da UCI e de Limpos onde continha os outos
matérias essências para a prestação de serviços nesta unidade.
Em relação à gestão dos cuidados de enfermagem, esta é concretizada,
evidentemente, pela enfermeira. É elaborado o plano de enfermagem
personalizado de acordo com as necessidades específicas de cada utente,
uma vez durante a entrega de turno , é lida o prontuário do paciente, elabora-
se o plano de cuidados de enfermagem tendo uma duração de 72h, mudando
de acordo ao quadro do paciente.
Para resumir, considero que atingi o objetivo com êxito uma vez que, adquiri
um bom conhecimento acerca da estrutura física, orgânica e funcional da UCI –
unidade de Cuidados Intensivos.

3-Conhecimentos Adquiridos
Durante os primeiros dias de permanência na UCI, vários conhecimentos tanto
teóricos como práticos forma passados pelas Enfermeiras e pela Orientadora.
De início aprendeu-se como a troca de turno funciona, todos os dias pelas oito
(8) horas cada enfermeira em exercício pontualizava sobre o estado clínico do
paciente, uma visita em cada leito é feita, onde cada uma explanava sobre o
paciente que a mesma cuidou durante a noite, durante este breve resumo, que
faz parte do processo de enfermagem, pontualizava-se o seguinte:
 Informação pessoal do paciente
 Tempo de permanência na UCI
 Diagnóstico Clínico
 SSVV
 Acessos existentes, sondas inseridas no paciente, cateteres, caso o
paciente esteja sob ventilação mecânica, bem como o tempo que os
mesmos foram introduzidos.
 Balanço hídrico
 Apresentação de qualquer outro sinal físico ou psicológico, reações
medicamentosas, que o paciente apresenta e a enfermeira achar
necessário pontualizar a quem irá substituí-la
Depois da entrega do turno, a Enfermeira faz a divisão da equipa por
leitos, os estagiários também foram divididos por leitos, e assim cada 1
acompanhava uma enfermeira intensivista durante as seis (6) horas de
permanência na UCI. Uma vez distribuídos, o papel do enfermeiro
consistia:
 Avaliação dos sinais vitais
 Avaliação do perfil glicémico
 Administração medicamentosa
 Assistência continua, de acordo ao plano e quadro do paciente
3.1- Técnicas aprendidas
Após uma explicação teórica e prática, fui capaz de desenvolver diversas
técnicas que as enfermeiras em exercício muito solenemente explicaram
detalhadamente, desde a leitura de sinais vitais à aplicação de intervenções de
enfermagem imprescindíveis para um intensivista, a citar:
 Leitura do monitor multiparamétrico;
 Leitura do electrocardiógrafo
 Funcionamento do ventilador pulmonar e como fazer a leitura do monitor
de controlo
 Avaliação dos sinais vitais, do perfil glicêmico e como descreve-los no
prontuário do paciente
 Preparação e administração de medicamentosa, elaboração de uma
nebulização
 Administração de uma sonda nasogástrica e como é feita a alimentação
através da mesma
 Funcionamento e administração de medicamentos através da bomba de
infusão continua
 Desmame ventilatório
 Aspiração de secreções pela cânula de Gender e no túbulo de
entubação
 Assistência ao médico durante o acesso venoso central
 Preparação de um cadáver para transferência
Pontos positivos:
 Disponibilidade de todos integrantes da equipe de Enfermagem em
passar detalhadamente cada procedimento a realizar
 Conforto em executar alguma técnica ou procedimento de enfermagem,
pois os mesmos depositavam confiança em nós para realizá-las, com o
devido supervisionamento
 Enfermeiros capazes de tirar qualquer dúvida apresentada com a
máxima eficiência
 Explicação detalhada de como o processo de atendimento ao paciente
funciona

Pontos negativos:
 A não visita completa de todas secções hospitalares

Recomendações
Como recomendação para futuros estágios, recomendo que:
 Após a inserção seja apresentada no primeiro dia a estrutura física do
local inserido, por área, assim durante o exercício de enfermagem como
tal para que não ocorra uma falha do estudante por não saber onde
encontrar o quê.
 Um dia para explicar onde fica e o que é cada medicamento e material
no local
 Criação de protocolos de inserção de estudantes estagiários, uma
espécie de lista detalhada daquilo que são procedimentos que os
estudantes deverão aprender até o final no estágio.
Conclusão
Este relatório surge como um documento esclarecedor do meu processo de
integração a unidade hospitalar, especificamente na UCI. Este me fez, não só,
constatar e refletir um pouco sobre todas as experiências que tenho vivenciado
desde o primeiro dia, como também, ter uma perceção geral da minha
prestação ao longo destes oito dias. Trata-se do culminar de mais uma etapa
no meu longo percurso de aprendizagem, apresentou-se como um
enriquecimento pessoal e profissional, permitindo-me dia após dia com um
melhor entendimento da prática de enfermagem. Considero que progredi
bastante apesar dos poucos dias, não só como estudante e como futura
enfermeira, mas também como pessoa, pois a realidade com que nos
deparamos dia após dia sensibiliza-nos e faz-nos orgulhar por querermos
pertencer a esta área. Com esforço, trabalho e dedicação seremos bons
profissionais e contribuiremos para a saúde de cada pessoa. Com este estágio
tenho a oportunidade de aprender e aperfeiçoar não só os conhecimentos
teóricos associados à prática como vivenciar várias situações que até aqui
nunca tinha presenciado, consegui adquirir uma enorme variedade de
conhecimentos e desenvolver competências, através de novas experiências e
do melhoramento de outras. Percebi também que a teoria é subjetiva, é
importante para possuirmos bases, mas o confronto com a prática torna-se
muito importante. Este processo de integração não teria sido possível se não
tivesse tido um bom acolhimento na unidade e uma boa integração junto deles,
toda a equipa multidisciplinar sempre se mostraram disponíveis para ajudar e
apoiar, concebendo-me imensas oportunidades, estimulando-me para a
realização de diversas atividades e para o desenvolvimento do meu
conhecimento, possibilitando-me obter a confiança imprescindível para um bom
desempenho e autonomia.
Um campo extremamente enriquecedor, pois há oportunidade de lidar com
inúmeros casos, bem como realizar diversos procedimentos. Relativamente
aos pontos positivos, posso dar uma ênfase especial ao apoio incondicional da
enfermeira orientadora que sempre se mostra disponível, ajudou e colaborou
para que todas dúvidas fossem sanadas durante este período, deixando-me
desde inicio à vontade para colocar questões que me fossem surgindo,
depositando desde o início confiança, dando-me liberdade e autonomia para
realizar diversas técnicas sozinha, embora estivesse sempre supervisionando.
No que concerne aos objetivos delineados inicialmente para a realização deste
documento, foram alcançados, com sucesso..

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