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Sumário
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 25
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NOSSA HISTÓRIA
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Desenvolvimento Infantil da Criança Autista
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área. Segundo Bosa e Callis (2000) apontam que há dois grandes blocos de teorias
que se opõem, sendo essas as teorias psicogenéticas e biológicas.
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3) desde modo, os autores defenderam a ideia de que “sujeitos autistas apresentam
um funcionamento cerebral essencialmente sistematizante”.
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Segundo Lorna Wing (1979) as pessoas autistas possuem três grandes
grupos de perturbações, as quais se manifestam em três diferentes áreas de domínio,
vindo a prejudicá-las. São elas: a Área Social, a da Linguagem e Comunicação e a
do Comportamento e Pensamento. No entanto Baptista e Bosa (2002, p.34,)
ressaltam que apesar de Lorna Wing, distingui a tríade não são separáveis como leva
a crer o termo “tríade”, “a expressão resultou de mensurações estatísticas,
demonstrando que os comprometimentos que apareciam nessas áreas não ocorriam
“ao acaso”; apresentavam-se juntos, embora com intensidade e qualidades variadas.”
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Este campo estaria relacionado à dificuldade do autista de entender o que os
outros pensam, sentem e reagem, pois sua capacidade de compartilhar sentimentos
é comprometida, haveria uma enorme dificuldade em discriminar pessoas e entender
o ponto de vista alheio, compreendendo que as outras pessoas apresentam
sentimentos, ideias e pensamentos diferentes. Baptista e Bosa, afirmam que:
A ecolalia mediata, a criança demora certo tempo para repetir o que escutou.
Segundo Fay (1980, in: Lamônica, 1992, p.4), a ecolalia poderia representar a
intenção da criança autista em manter certa interação social em faces as falhas para
compreender uma mensagem. Desta forma a ecolalia seria um esforço do autista para
participar da interação social, levando em consideração seu repertorio verbal ser
limitado.
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faladas pelos outros, porém somente palavras como substantivos e verbos. A esse
fato Gillberg define que:
Estima-se que cerca de cinquenta por cento dos autistas não desenvolvem a
linguagem durante toda a vida. Podemos então observar que a comunicação da
criança autista é caracterizado por falta de verbalização ou por ecolalia, sendo,
segundo Lamônica (1992) raro encontrar autistas que falam normalmente. O que
preconiza os cinemas, divulgando a noção de que indivíduos com autismo
apresentam talentos especiais, de modo que Pring, Hermelin, Buhler e Walker
afirmam:
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facilita a adaptação e a aprendizagem de indivíduos com autismo e tem implicações
para intervenção.” Surgindo assim, os métodos de aprendizagem hoje conhecidos.
Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos
outros - fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de
gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.
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Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) representam uma
categoria na qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do
desenvolvimento afetadas (BRASIL, 2010). Posto isso, é importante compreender
que nem todos os estudantes diagnosticados com algum tipo de transtorno mental
são estudantes da Educação Especial – área dos Transtornos Globais do
Desenvolvimento. Nessa categoria, estão incluídos os alunos com diagnóstico de
autismo, Síndrome do Espectro Autista (Asperger), Transtorno Desintegrativo da
Infância (psicose) e Transtorno Invasivo de Desenvolvimento - sem outra
especificação.
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Autores como Klin (2006), Mercadante e Rosário (2009) ressaltam que embora
existam critérios para o diagnóstico do autismo e da Síndrome de Asperger é visível
a variabilidade de apresentações clínicas. De acordo com essas afirmações, pode-se
presumir que não exista um único padrão de autismo ou de Síndrome de Asperger,
mas há “variações no desenho do cérebro social que implicam modos de funcionar
distintos, ainda que tenham sempre em comum uma desadaptação precoce dos
processos de sociabilidade” (MERCADANTE; ROSÁRIO, 2009, p. 19).
Síndrome de rett
A Síndrome de Rett foi identificada em 1966 por Andréas Rett, tendo ficado
mais conhecida após o trabalho de Hagberg. É uma desordem do desenvolvimento
neurológico, acometendo em sua maioria crianças do sexo feminino,
aproximadamente 1 em cada 10.000 a
20.000, mas também atinge criança do sexo
masculino meninas nascidas vivas (os
meninos normalmente não resistem e
morrem precocemente).
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padrão de desenvolvimento. Ocorre uma regressão dos ganhos psicomotores, a
criança torna-se isolada e deixa de responder e brincar. O crescimento craniano, até
então normal, demonstra clara tendência para o desenvolvimento mais lento,
ocorrendo microcefalia adquirida. Aos poucos, deixa de manipular objetos, surgem
movimentos estereotipados das mãos (contorções, aperto, bater de palmas, levar as
mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las), culminando na perda das habilidades
manuais e estagnação do desenvolvimento neuropsicomotor.
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Mesmo com a identificação do gene, os mecanismos envolvidos na Síndrome
de Rett ainda são desconhecidos. Reduções significativas no lobo frontal, no núcleo
caudato e no mesencéfalo têm sido descritas, havendo também algumas evidências
de desenvolvimento sináptico.
Síndrome de Asperger
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transtorno de múltiplas funções do psiquismo, com afetação principal nas áreas do
relacionamento interpessoal e da comunicação, embora a fala seja relativamente
normal.
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quais ocorre uma ruptura nos processos fundamentais de socialização, comunicação
e aprendizado.
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Existem muitos conceitos diferentes para o termo psicose, tais como perda do
contato com a realidade de forma temporária ou definitiva; perturbação psíquica grave
(podendo gerar uma desintegração das estruturas da personalidade); e personalidade
que se fragmenta (ASSUMPÇÃO, 1993; TENGAN; MAIA, 2004).
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Transtorno invasivo do desenvolvimento - sem outra especificação
Novos delineamentos
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conseguinte, estudantes com diagnóstico de Síndrome de Asperger, atualmente,
receberiam o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista sem comprometimento
linguístico ou intelectual.
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Segundo o DMS-V o Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes
quadros marcados por perturbações do desenvolvimento neurológico com três
características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou
isoladamente. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da
linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de
socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
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Concepção psicomotora de desenvolvimento
Ao nascer a criança se depara com um universo complexo, regido por leis que
orientam o comportamento das pessoas e objetos. Ela terá, portanto, que descobrir e
assimilar a forma como o seu ambiente está organizado para atender de forma
satisfatória às solicitações que lhe são dirigidas.
Nas suas interações mais primitivas o bebê dispõe apenas do seu próprio
corpo como instrumento de comunicação e é através de um diálogo não verbal, mas
essencialmente corporal que ele desenvolverá suas habilidades físicas, cognitivas e
afetivas cujo aperfeiçoamento progressivo facilita a integração e comunicação do
indivíduo com o seu ambiente.
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Vayer, 1985 e Fonseca, 1983) e se mostra especialmente fecunda na medida em que
abre um leque de perspectivas educativas com objetivos preventivos, e reeducativas
cujos objetivos são terapêuticos. Isto porque as proposições de caráter psicomotor se
mostram igualmente úteis ao desenvolvimento das crianças tidas como normais, bem
como daquelas com dificuldades específicas de adaptação ao mundo, as quais
Destrooper-Vayer (1986) chamam esclerose do diálogo.
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Considerações sobre o desenvolvimento nos primeiros meses de vida
Ao nascer o bebê vive uma fase essencialmente autista que faz parte do
desenvolvimento infantil normal. Segundo Mahler,
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satisfatório por circunstâncias diversas que envolvem, fatores de ordem psicoafetiva
e/ou orgânica e que tornam o crescimento psicológico um processo doloroso.
Algumas crianças superam esta fase naturalmente; outras a vivem como algo
extremamente doloroso, gerando um estado caracterizado por Mahler como de
"profundo desgosto e luto interno" ao qual Winnicott chamou depressão psicótica ou
depressão primitiva como preferem denominar Rank e Putnam (em Tustin, 1972).
Para estes autores é este estado, que se traduz por uma incapacidade extrema de
tolerar as frustrações mais primitivas como o afastamento da mãe ou substituta ou do
seio/mamadeira que alimenta, que pode determinar alterações no curso do
desenvolvimento psicológico da criança, levando algumas vezes ao não uso das
faculdades cognitivas com o objetivo de evitar o reconhecimento da própria
individualidade que confronta a criança com a situação, anteriormente mencionada,
de não-eu.
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facilitem a aquisição de novos conceitos e formas de atuação cada vez mais eficiente
e autônoma.
Esta análise preliminar mostra-se essencial quando se lida com crianças que
apresentam dificuldades de comunicação e relação com o mundo.
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REFERÊNCIAS
KLIN, Ami. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Rev. Bras.
Psiquiatr. São Paulo, 2006.
MELLO, Ana Maria S. Ros. Autismo: guia prático. 2ª ed. São Paulo,
Corde,2001.
TAMANAHA, Ana Carina; Perissinoto ,JACY, Chiari, Brasilia Maria. Uma breve
revisão histórica sobre a construção dos conceitos do Autismo Infantil e da síndrome
de Asperger. Rev. soc. bras. fonoaudiol. V.13 n.3 São Paulo 2008.
25
LE BOULCH, J. (1985). Educação psicomotora - a psicocinética na idade
escolar. Porto Alegre: Editora Artes Médicas.
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BRASIL. Decreto n.º 8368, de 02 de dezembro de 2014. Dispõe sobre a
regulamentação da Lei n.º 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
KLIN, Ami. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Rev. Bras.
Psiquiatr. [online]. 2006, v. 28, suppl.1, pp.s3-s11.
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desintegrativo da infância e transtornos invasivos do desenvolvimento sem outra
especificação. São Paulo, 2007.
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