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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): DEFINIÇÃO,
CARACTERÍSTICAS E ATENDIMENTO EDUCACIONAL ....................................... 3
INCLUSÃO ESCOLAR ................................................................................... 5
INCLUSAO DO ESTUDANTE COM TEA .......................................................... 6
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO .................................... 7
INTERVENÇÕES PSICOEDUCACIONAIS ....................................................... 9
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ................................................................. 14
RECURSOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS QUE FAVORECEM A INCLUSÃO DE
ALUNOS COM TEA......................................................................................... 16
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 19
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NOSSA HISTÓRIA
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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA):
DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E ATENDIMENTO
EDUCACIONAL
O público alvo a ser atendido pela educação especial é extenso, principalmente
ao pensarmos que esta deve auxiliar todos os alunos, com suas diferentes
peculiaridades. Em se tratando do aluno com Transtorno Global do Desenvolvimento,
mais especificamente o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), foco da nossa
pesquisa, Belisário Filho (2010) indica que esse transtorno se caracteriza pela
presença de um desenvolvimento acentuadamente prejudicado na interação social e
comunicação, além de um repertório marcantemente restrito de atividades e
interesses. As manifestações desse transtorno variam imensamente, a depender do
nível de desenvolvimento e idade. Os alunos com TEA apresentam diversas formas
de ser e agir, com respostas diferentes entre si.
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descobertas na área oferecem a possibilidade de avanços na descoberta da real
causa do autismo e dos demais transtornos do espectro (SCHWARTZMAN, 2011).
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INCLUSÃO ESCOLAR
A inclusão escolar diz respeito às novas atitudes em relação às ações que
permeiam o ambiente escolar, tendo como um dos pontos norteadores o acesso à
educação para todos os indivíduos, independentemente de este ser ou não do
público-alvo da educação especial (BARBOSA; FUMES, 2012). A inclusão escolar
traz o pressuposto de que a escola é que tem que se ajustar aos educandos, ao invés
destes se ajustarem àquela. O espaço escolar deve ser pensado de maneira flexível,
a fim de atender cada educando de forma particularizada (PACHECO, 2007). Nessa
perspectiva, entendemos a educação inclusiva como um processo que inclui todas as
pessoas, tendo por base a partilha de responsabilidades por todos os agentes da
comunidade escolar, e não uma luta de reivindicações travada por alguns
profissionais. Não é apenas o professor que transformará a escola em inclusiva, mas
sim a união entre coordenadores, professores, demais funcionários e família (PIRES,
2006).
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indivíduos, por sua transformação e, consequentemente, por sua atuação no sentido
de transformar a realidade em que estão inseridos”, possui papel importante no
desenvolvimento dos indivíduos.
Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola regular, em
uma sala regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens significativas,
investindo em suas potencialidades, constituindo, assim, o sujeito como um ser que
aprende, pensa, sente, participa de um grupo social e se desenvolve com ele e a
partir dele, com toda sua singularidade.
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será punido com multa de 03 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos. § 1º Em caso de
reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado o contraditório e a
ampla defesa, haverá a perda do cargo (BRASIL, 2012, p. 3).
De acordo com a Lei, a instituição escolar deverá matricular, bem como ofertar,
quando comprovada a necessidade, um acompanhante especializado (BRASIL,
2012). Este, segundo a Nota Técnica nº 24 do Ministério da Educação, deverá ser
“[...] disponibilizado sempre que identificada a necessidade individual do estudante,
visando à acessibilidade às comunicações e à atenção aos cuidados pessoais de
alimentação, higiene e locomoção” (BRASIL, 2013, p. 4). A intervenção do
acompanhante necessita ser articulada a todas as atividades realizadas no contexto
escolar: atividades da sala de aula, atividades do atendimento educacional
especializado e demais atividades escolares.
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deficiência (BRAUN; VIANNA, 2011; BARBOSA; FUMES, 2012). O plano do AEE
deve contemplar:
Em se tratando do Plano do AEE, a Resolução n.º 4/2009 indica que este deve
ser elaborado e executado pelo professor do AEE em articulação com os professores
do ensino regular, da família e de diversos outros profissionais, como terapeutas
ocupacionais e fisioterapeutas, entre outros. “Este plano deve ter o objetivo de
eliminar barreiras de aprendizagem” (BRASIL, 2013, p. 3).
Cintra, Jesuino e Proença (2010) esclarecem que o AEE não deve ser
confundido com reforço escolar ou mera repetição dos conteúdos curriculares
desenvolvidos na sala de aula. Seu objetivo é constituir um conjunto de
procedimentos específicos que auxiliem no processo de ensino e aprendizagem.
Lazzeri (2010, p. 33) afirma que as atividades do AEE para estudantes com TEA “[...]
devem ser diversificadas, criativas e instigadoras de outras possibilidades de
aprendizado diferentes das utilizadas em sala regular”. Tendo por objetivo de otimizar
a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes que favoreçam a inclusão
escolar do indivíduo.
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participação no sistema escolar (BRASIL, 2009; 2010; 2013). A parceria, conforme a
Resolução nº 4/2010, é uma obrigação da escola, devendo ela:
INTERVENÇÕES PSICOEDUCACIONAIS
Método Son-Rise
O método:
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Para a aplicação do método, é criado um espaço na casa da família projetado
para diminuir os estímulos ambientais que poderiam distrair a criança.
TEACCH
Esta abordagem, segundo Williams e Wright (2008), tem por objetivo ajudar
indivíduos com TEA a cultivar a independência dentro de seu potencial máximo, entre
os principais direcionamentos estão o foco no indivíduo, visto que cada programa é
individualizado, reconhecendo que todos são diferentes.
Orrú (2012) afirma que o TEACCH é eficaz no trabalho com crianças com TEA,
principalmente por possuir uma metodologia que produz o efeito esperado na
modificação dos comportamentos. O treino das habilidades é eficaz em ambientes
controlados, com estímulos direcionados para a resposta esperada.
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ABA
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Integração Sensorial
A teoria da integração sensorial foi fundada pela Dra. A. Jean Ayres, nos
Estados Unidos, nos anos de 1960, cuja investigação lhe possibilitou criar uma
avaliação e intervenção para as desordens sensoriais. Em seu estudo, investigou a
natureza da forma do cérebro processar a informação sensorial de forma a usá-la
para a aprendizagem, para as emoções e o comportamento. Sua teoria propõe que a
integração sensorial atue no cérebro de forma que este organize a sensação do nosso
corpo e do ambiente para que seja possível usar o corpo de forma eficaz no ambiente
(MAILLOUX; ROLEY; BRIAN, 2012).
Está indicada para crianças em idade escolar sem desordens motoras severas
ou mentais e é comumente usada com crianças diagnosticadas com TEA. A teoria de
integração sensorial de Ayres fundamenta-se em alguns testes (Sensory Integration
Praxis Tests – SIPT) e muitas observações que contribuíram para a identificação de
muitos dos distúrbios sensoriais. Baseia-se em princípios considerados essenciais
para a condução das intervenções, alguns deles são:
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compostos de atividades corporais completas por meio de diferentes tipos de
equipamentos (balanço, salto etc.).
Equoterapia
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cavalo, aliado ao fato de se praticar uma atividade física/esportiva, lúdica e divertida
ao ar livre e em contato com a natureza, despertam um sentimento extremamente
prazeroso. O prazer provoca mudanças biológicas e favorece o armazenamento de
quaisquer informações, uma vez que estão sendo adquiridos em momentos
extremamente agradáveis, o que impulsiona a tentar repetir. Essas boas sensações
carregadas de novas informações têm como resultado final o aprendizado.
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
No documento Saberes e Práticas da Inclusão voltado para a Educação
Infantil, é indicado que o professor não deve expor o aluno com TEA aos demais da
turma. A prática de preparar a turma com informações antecipadas pode prejudicar o
processo educacional, uma vez que o social pode ser influenciar neste. Assim, o
documento indica que se deve apresentar as informações a partir dos
questionamentos dos alunos da turma, permitindo espontaneidade para a condução
das informações e da sensibilização dos demais alunos (BRASIL, 2004).
Se necessária uma conversa com a turma, o aluno com TEA pode ser
encarregado de uma tarefa externa, evitando que se sinta constrangido. Nessa
situação, a atitude do professor deve considerar uma conversa coletiva que se paute
na discussão da diferença do aluno no aspecto específico ao levantado pela turma e
nos pontos positivos da personalidade e potencialidades da criança com TEA
(BRASIL, 2004).
(e) o ensino deve ser baseado não só na exposição verbal, mas em outros
recursos também; (f) apresentar tarefas curtas e uma por vez e aumentá-las
gradualmente; elaborar regras de convivência e utilizá-las; (g) observar o que
desencadeia as situações de comportamento inadequado e interferir antes da
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situação, mudando a tarefa. Gradualmente, a exposição da criança com TEA às
situações pode ser trabalhada, a fim de não mais desencadear um comportamento
inadequado; reforçar sempre o comportamento adequado e nunca o inadequado. (h)
Na situação do comportamento inadequado (gritar, autolesionar-se, jogar objetos), o
professor deve considerar os riscos à integridade física do aluno e o melhor ambiente
para acalmá-lo; (i) não permitir que o aluno não realize tarefa alguma: professor pode
solucionar isso por meio de reestruturação das atividades, da rotina, do número de
tarefa; e, (j) criar um meio de comunicação, a depender da necessidade do aluno.
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RECURSOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS QUE
FAVORECEM A INCLUSÃO DE ALUNOS COM TEA
Quanto aos recursos e materiais pedagógicos que fazem parte da prática
docente, cabe ao professor saber utilizá-los para maximizar a aprendizagem de seus
alunos. Partindo desse pressuposto, segundo Merch (1996, p. 123):
[...] os jogos e materiais pedagógicos não são objetos que trazem em seu bojo
um saber pronto e acabado. Ao contrário, eles são objetos que trazem um saber em
potencial. Este saber potencial pode ou não ser ativado pelo aluno. Em segundo lugar,
o material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para
todos os sujeitos. O material pedagógico é um objeto dinâmico que se altera em
função da cadeia simbólica e imaginária do aluno. Em terceiro lugar, o material
pedagógico traz em seu bojo um potencial relacional, que pode ou não desencadear
relações entre as pessoas. Assim, o objeto que desencadeou relações muito positivas
em uma classe pode ser o mesmo que paralisará outra. Em quarto lugar, o material
pedagógico são objetos que trazem em seu bojo uma historicidade própria. Além de
portar a historicidade de cada aluno e professor, eles apresentam também a
historicidade da cultura de uma dada época.
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mobilidade, locomoção e comunicação. Portanto, pode ser classificado como sendo
qualquer item, produto ou equipamento, adquirido e produzido comercialmente ou
personalizado, com o intuito de manter, melhorar ou incrementar as habilidades
funcionais de indivíduos com deficiência.
Assim, é preciso pensar em quais tecnologias o aluno com TEA necessita para
sua maior autonomia e participação nas atividades dentro e fora da escola. Bersch
(2006, p. 283), com base na California State University Northridge – Center on
Disabilities, propõe a organização de dez passos necessários para a implementação
e acompanhamento da Tecnologia Assistiva para alunos com deficiência:
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envolvem sistemas computadorizados, como softwares e em como funções o uso por
alunos com dificuldade de fala, de aprendizagem e necessitam de instrução
individualizada, ou de alunos com dificuldades motoras. Geralmente, representam a
única alternativa para acesso ao currículo, como escrita, leitura, sistemas de
comunicação.
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REFERÊNCIAS
APA (American Psychiatric Association). Transtornos mentais. DSM-V. In:
______. Manual diagnóstico e estatísticos de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014. p. 50-59.
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CHIOTE, F. A. B. Inclusão da criança com autismo na educação infantil:
trabalhando a mediação pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2013.
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NUNES, D. R. P. Autismo e inclusão: entre realidade e mito. In: MENDES, E.
G.; ALMEIDA M. A. Dimensões pedagógicas nas práticas de inclusão escolar. Marília:
ABPEE, 2012. p. 279-292.
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