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ENFERMAGEM AO
PACIENTE RENAL E EM
HOME CARE
Elaboração
Chennyfer Dobbins Paes da Rosa
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................4
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................7
UNIDADE I
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)................................................................................................9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS........................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
MANEJO CLÍNICO.............................................................................................................. 25
CAPÍTULO 3
TRANSPLANTE................................................................................................................... 41
UNIDADE II
TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC).................................................................46
CAPÍTULO 1
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS.............................................................................................. 46
CAPÍTULO 2
PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR................................................................................ 64
UNIDADE III
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE................................................................................69
CAPÍTULO 1
PERFIL DO DRC EM HOME CARE......................................................................................... 69
CAPÍTULO 2
CUIDADOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM NA DRC.......................................................... 74
PARA (NÃO) FINALIZAR........................................................................................................82
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................91
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
Conselho Editorial
4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO
DE ESTUDOS E PESQUISA
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto
antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para
o autor conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma
pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em
seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas
experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para
a construção de suas conclusões.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam
para a síntese/conclusão do assunto abordado.
5
Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/
conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo,
facilitando o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
6
INTRODUÇÃO
Doença Renal Crônica (DRC) é o termo utilizado para qualquer alteração heterogênea
que afeta tanto a estrutura, quanto a função renal. Existem múltiplas causas e múltiplos
fatores de prognóstico.
Figura 1.
Trata-se de uma doença de curso prolongado, sendo que o tempo de sua evolução é
demorada e assintomática.
Existem diversos fatores relacionados tanto à etiologia quanto à progressão para perda
de função renal, logo, cabe o reconhecimento de quais são as pesoas que podem estar
em risco de desenvolver a DRC, assim pode-se fazer um diagnóstico precoce, identificar
quais os fatores de pior prognóstico, definindo e intervindo em quais deles podem ser
associados à progressão para perda de função renal.
Essa doença é classificada como Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), também
está relacionada a doença cardiovascular (DCV) pelos fatores de risco tradicionais como
hipertensão e diabetes que esses doentes apresentam.
A doença renal crônica (DRC) vem sendo descrita como um dos principais
determinantes de risco de eventos cardiovasculares. Se por um lado a DRC está
associada à DCV, e pode ser um importante fator de prognóstico, a morbidade e a
mortalidade cardiovascular entre os pacientes com DRC é bastante elevada.
Por isso, a DRC é considerada um problema de saúde pública, estima-se que cerca de
2 milhões de pessoas são afetadas por essa doença, o que eleva os custos hospitalares,
domiciliares e para a sociedade.
Neste contexto, a assistência domiciliar para esse tipo de patologia tem aumentando
no Brasil, visto que os pacientes evoluem cronicamente necessitando de algum tipo
7
Introdução
Objetivos
» Compreender o contexto do Paciente Renal Crônico (DRC) e seus cuidados
domiciliares.
8
DOENÇA RENAL
CRÔNICA (DRC)
UNIDADE I
CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS
Figura 2.
A Doença Renal (DR) ou Insuficiência Renal (IR) é definida quando os rins não
conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo ou realizar as funções
reguladoras.
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UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
No caso da Doença Renal Aguda, trata-se da perda súbita e/ou quase completa da
função renal durante um período de horas a dias. A condição clínica mais comum
nesses casos é a súbita oligúria (menos de 400 ml de urina por dia) ou anúria (menos
de 50 ml de urina por dia) e/ou uma oscilação significativa no débito urinário.
Independente do volume de urina excretado, o paciente com insuficiência renal aguda
apresenta níveis séricos crescentes de ureia e creatinina e retenção de outros produtos
metabólicos normalmente excretados pelos rins.
Figura 3.
Fonte: <http://saude.culturamix.com/blog/wp-content/uploads/2011/04/diferenca-entre-insuficiencia-
renal-aguda-e-cronica.jpg>. Acesso em: 27/5/2016.
<http://www.saudemedicina.com/tratamento-natural-para-ureia/>
<https://www.youtube.com/watch?v=J11yDlMpQ90>
<https://www.youtube.com/watch?v=ukLwwuzTc40>
<https://www.youtube.com/watch?v=Ff6QzD1dg5c>
10
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
» Produção de hormônios.
Dentre os principais mecanismos por meio dos quais os rins exercem as suas funções
são:
» filtração glomerular;
» reabsorção tubular;
» secreção tubular.
<https://www.youtube.com/watch?v=qiadHaP5FIY>.
<https://www.youtube.com/watch?v=u6UQ_8Oo9EM&list=PLvyUgRTnouCNf7w-
ro9u7QbGsICEe4-nI>.
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UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Figura 4.
Os rins são envolvidos por uma cápsula fibrosa que ao nível do hilo renal se deixa
atravessar pela artéria renal, a veia renal e a pelve coletora que se continua com o
ureter.
O parênquima renal apresenta duas regiões bastante distintas: a região periférica,
cortical ou córtex renal, e a região central, medular ou medula renal.
O rim é constituído de unidades funcionais completas, chamadas néfron, é semelhante
ao alvéolo pulmonar na fisiologia respiratória.
O néfron representa a menor unidade do rim; cada néfron é capaz de filtrar e
formar a urina independentemente dos demais. A função renal pode, portanto, ser
compreendida estudando-se a função de um único néfron. Existem aproximadamente
1.200.000 néfrons em cada rim, que funcionam alternadamente, conforme as
necessidades do organismo a cada momento. O néfron é constituído basicamente por
um glomérulo e um longo túbulo que desemboca nos tubos coletores de urina.
A função do Néfron
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Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Figura 5.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-xcNaqBrON40/TnuPAWVDuZI/AAAAAAAAAak/3ndB3XKqq8E/
s1600/2.jpg>. Acesso em: 27/5/2016.
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UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
capaz de manter um fluxo renal relativamente constante com pressões arteriais que
variam entre 80 e 180 mmHg. Sob determinadas condições, como por exemplo, na
depleção líquida ou no baixo débito cardíaco, quando o fluxo renal não pode ser
mantido, o mecanismo autorregulador preserva a filtração glomerular, produzindo
vasoconstrição da arteríola eferente, que mantém o gradiente transglomerular de
pressão.
Filtração Glomerular
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Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Envolvendo cada glomérulo existe uma cápsula, chamada cápsula de Bowman, que se
continua com o túbulo proximal.
15
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Do túbulo proximal, o líquido penetra na alça de Henle, que tem uma porção com
parede muito fina, chamada segmento fino da alça de Henle.
Da alça de Henle, o líquido penetra no túbulo distal que se insere num canal coletor,
juntamente com os túbulos distais de diversos outros glomérulos.
Figura 6.
O canal coletor acumula a urina proveniente de vários néfrons e se lança na pelve renal.
As artérias renais são ramos da aorta abdominal. Ao penetrar no hilo do rim, a artéria
renal dá origem a diversos ramos, chamados ramos interlobares, que mergulham na
profundidade do parênquima renal.
16
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
e são conhecidos como vasos retos, que após formarem as alças na medula renal, se
lançam nas veias.
Figura 7.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/_bH_Avg7s_LQ/Sw9KehrqS6I/AAAAAAAAAC4/FLVP92zTAv4/s1600/
RIM.JPG>. Acesso em: 30/5/2016.
Existem diversas formas de aferir as funções renais, mas, do ponto de vista clínico, a
função excretora é aquela que tem maior correlação com os desfechos clínicos.
Todas as funções renais costumam declinar de forma paralela com a sua função
excretora.
Na prática clínica, a função excretora renal pode ser medida pela Taxa de Filtração
Glomerular (TFG).
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UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
A National Kidney Foundation sugere que todas as pessoas conheçam sua taxa de
filtração glomerular. Recomenda-se que os resultados sejam interpretados com
base no quadro a seguir.
Quadro 1.
GRAU DE
DESCRIÇÃO TFG* OUTROS ACHADOS
LESÃO RENAL
1 Normal ou lesão renal mínima 90 ou Proteínas ou albumina aumentadas na urina;
com TFG normal. mais. presença de células ou cilindros.
2 Pequena diminuição da TFG. 60-89.
3 Diminuição moderada da TFG. 30-59.
4 Diminuição grave da TFG. 15-29.
5 Insuficiência renal. <15.
» TFG alterada.
É portador de DRC qualquer indivíduo que, independente da causa, apresente por pelo
menos três meses consecutivos uma TFG < 60ml/min/1,73m2.
› Rins policísticos.
18
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Figura 8.
Figura 10.
19
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Figura 11.
Figura 12.
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Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
» Alterações detectadas por histologia, por meio de biópsia renal. A biópsia renal
é utilizada para investigação de anormalidades na função renal de etiologia não
esclarecida, em casos de proteinúria ou de suspeita de doenças glomerulares.
» Hipertensos.
» Idosos.
» Tabagismo.
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UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
» Tabagismo.
O Diagnóstico
Figura 13.
Fonte: <http://www.webconsultas.com/sites/default/files/styles/encabezado_articulo/public/articulos/
diagnostico-insuficiencia-renal.jpg?itok=K3VSBElL>. Acesso em: 30/5/2016.
Inicia-se pela clínica, ou seja, sinais e sintomas. Os sinais de doença renal aparecem
gradualmente e podem nem notar o início. Porém, quando a função renal já está
comprometida, inferior a 50%, podem aparecer os sinais e sintomas:
» Falta de ar.
» Dificuldades em dormir.
» Hipertensão.
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Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Para diagnosticar um paciente com DRC, faz-se necessário investigar dos exames
laboratoriais (elevação dos níveis de creatinina e ureia no sangue); albuminúria,
proteinúria, urina de 24h no intuito de analisar a Taxa de Filtração Glomerular e os
exames de imagem como ultrassom rins e vias urinárias, Raio X, no qual a evidência da
existência de rins pequenos e com perda de diferenciação cortico-medular na ecografia
renal são sinais sugestivos da doença. Lembrar que: presença de rins assimétricos
podem ser causa de agenesia renal, pielonefrite crônica e nefropatia isquémica por
estenose da artéria renal unilateral.
Para a avaliação da TFG, deve-se evitar o uso da depuração de creatinina medida pela
coleta de urina de 24 horas, pelo potencial de erro de coleta, além dos inconvenientes
da coleta temporal. Deve-se utilizar fórmulas baseadas na creatinina sérica.
A sua avaliação pelo método clássico carece de uma colheita de urina de 24 horas,
sendo, por isso, sujeito a erros, pelo que atualmente são mais utilizadas fórmulas
validadas, sendo as mais importantes as de Cockcroft-Gault, cuja utilização se faz com
uma simples máquina de calcular e a MDRD, mais complexa.
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UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Quadro 2.
Classificação da RAC
Categoria RAC (mg/g)
Normal < 30
Microalbuminúria 30 – 300
Macroalbuminúria > 300
Nos indivíduos com fatores de risco nos quais a DRC não foi identificada na primeira
avaliação, recomenda-se a reavaliação da TFG e dos exames laboratoriais anualmente.
<https://www.youtube.com/watch?v=32GbHGBC4gw>.
24
CAPÍTULO 2
MANEJO CLÍNICO
Figura 14.
Fonte: <http://blog.medportal.com.br/wp-content/uploads/2015/07/iStock_000010975701_Full-
940x500.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
Nos pacientes com doença renal crônica, o estágio da doença deve ser determinado
com base no nível de função renal, independentemente do diagnóstico.
Figura 15.
25
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Figura 16.
Fonte: <http://clinicaenne.com.br/images/fotos-nefrologia/sintomas-da-insuficiencia-renal-cronica.
png>. Acesso em: 30/5/2016.
A Doença Renal Crônica é dividida em seis estágios funcionais, conforme a função renal
do paciente.
» Fase de função renal normal sem lesão renal – importante do ponto de vista
epidemiológico, pois inclui pessoas integrantes dos chamados grupos de risco
para o desenvolvimento da doença renal crônica (hipertensos, diabéticos,
parentes de hipertensos, diabéticos e portadores de DRC etc.), que ainda não
desenvolveram lesão renal.
» Fase de lesão com função renal normal – corresponde às fases iniciais de lesão
renal com filtração glomerular preservada, ou seja, o ritmo de filtração glomerular
está acima de 90 ml/min/1,73m2.
26
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Figura 17.
Fonte: <http://www.especialista24.com/wp-content/uploads/2013/10/sintomas-de-doen%C3%A7as-
dos-rins.png>. Acesso em: 30/5/2016.
27
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Figura 18.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-iXndhNpUfsM/VitdbiH9GGI/AAAAAAAACC4/YU448BFcCKM/s1600/
prescription_drugs1.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
Recomendações – Estágio 1
» Diminuir a ingestão de sódio (menor que 2 g/dia) correspondente a 5 g de cloreto
de sódio, em adultos.
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Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
» Abandono do tabagismo.
Figura 19.
Fonte: <http://www.ccns.com.br/cartilha/wp-content/uploads/2011/07/dia-mundial-do-rim1.jpg>.
Acesso em: 30/5/2016.
Figura 20.
29
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Recomendações – Estágio 2
As mesmas do Estágio 1.
» Abandono do tabagismo.
Atentar-se as alterações clínicas como: RAC acima de 1 g/g, se não diabético, e perda
de 30% de TFG com Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) ou
Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina (BRA).
Deverá ser realizada sorologia para hepatite B (AgHbs, Anti-HBc IgG e Anti-HBs) no
início do acompanhamento.
30
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Figura 21.
Fonte:<http://portaldocoracao.uol.com.br/media/k2/items/cache/3899dfe821816fbcb3db3e3b2
3f81585_XL.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
Recomendações – Estágio 3A
» Diminuir a ingestão de sódio (menor que 2 g/dia) correspondente a 5 g de
cloreto
de sódio, em adultos.
» Abandono do tabagismo.
Figura 22.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-V9oX3WI2OZw/Ul6ZJ3nLNDI/AAAAAAAAHyo/sIFK-qC6Pec/s1600/
Diabetes.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
31
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
A avaliação da TFG, do EAS, RAC e da dosagem de potássio sérico deverá ser realizada
semestralmente. Os demais exames deverão ser realizados anualmente como cálcio,
fósforo, PTH e Proteínas totais e frações, em pacientes com diagnóstico de anemia (Hb
<13g/Dl, para homens e Hb<12, para mulheres), hematócrito e hemoglobina, ferritina
e índice de saturação de transferrina (IST).
Figura 23.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-dezVWaGt_GM/UaaJXTQFnoI/AAAAAAAACrk/DRPwHhlQbXs/s1600/
RIM+NA+NEFROPATIA+DIAB%C3%89TICA.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
Recomendações – Estágio 3B
» Mesmos do Estágio 3A.
Nos casos de hemodiálise, deverá ser feita a fístula arteriovenosa quando a TFG for
menor do que 20 ml/min. Em casos de diálise peritoneal, deverá ser feito treinamento
pela equipe multidisciplinar. Será discutido no capítulo de indicações terapêuticas desta
apostila.
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Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Recomendações – Estágio 4
» Diminuir a ingestão de sódio (menor que 2 g/dia) correspondente a 5 g de cloreto
de sódio, em adultos, a não ser se contraindicado.;
» Abandono do tabagismo.
Acredita-se que a acidose seja o principal fator responsável pelo coma, visto que
a acidose causada por outras condições também resulta em coma.
O paciente com DRC grave quase sempre desenvolve anemia grave, a causa mais
provável dessa anemia é o fato de, em condições normais, os rins secretarem a
eritropoetina que estimula a medula óssea a produzir eritrócitos. Assim, se os rins
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UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
<https://www.youtube.com/watch?v=SQweQ9q5bhw>.
<https://www.youtube.com/watch?v=_f2o-T6o5zA>.
<https://www.youtube.com/watch?v=qrZANwbxwDE>.
» Estágio 5-ND (não dialítico) – TFG <15 mL/min/1,73m2, em paciente que não está
em Terapia Renal Substitutiva (TRS).
Nesse estágio, deverá ser realizado o treinamento e preparo para a modalidade de TRS
escolhida pelo paciente, por uma equipe multiprofissional da atenção especializada.
Deverá ser realizada sorologia para hepatite B (AgHbs, Anti-HBc IgG e Anti-HBs) no
início do acompanhamento.
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Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
» Estágio 5-D (em diálise) – deve-se indicar TRS para pacientes com TFG inferior a
10 mL/min/1,73m2.
Deve-se destacar que menos de 10% dos pacientes terá contraindicação para realizar a
diálise peritoneal. Entretanto, para os casos indicados, cabe uma visita domiciliar prévia
para avaliar condições de higiene e demais ambientais que podem ocasionar risco de
infecção.
Figura 25.
Em pacientes diabéticos e com idade inferior à 18 anos, pode-se indicar o início da TRS,
quando a TFG for menor do que 15 mL/min/1,73m2.
35
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Fonte:<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/atm_racional/modulo4/image/
hemodialise.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
Figura 27.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-6Uw-EIfhsPU/UhwTVG3FcXI/AAAAAAAADgQ/c-AwAhWkA7c/s1600/
Exame-Beta-HCG+(1).jpg>
36
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Figura 28.
Figura 29.
Fonte:<http://assets3.exame.abril.com.br/assets/images/2013/2/117127/size_810_16_9_pedra-no-rim.
jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
37
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
Figura 30.
Fonte: <http://www.institutoendovascular.com.br/wp-content/uploads/2013/08/fistula-para-
hemodiaalise-02.jpg>. Acesso em: 30/5/2016.
38
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Figura 31.
Quando houver elevação de TGP, deve-se solicitar: AntiHBc IgM, HbsAg e AntiHCV.
Figura 32.
39
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
» Abandono do tabagismo.
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CAPÍTULO 3
TRANSPLANTE
Figura 33.
Para além de, por meios naturais, regular o metabolismo de diversas substâncias (água,
sódio, potássio etc.) e de eliminar outras que são tóxicas, também produz hormônios
que regulam funções designadamente, entre outras, as que promovem a formação dos
glóbulos vermelhos do sangue e as que regulam regeneração dos ossos.
Por isso, e por permitir que o doente se liberte de algumas das restrições impostas
pela diálise, a transplantação renal é a modalidade terapêutica que faculta uma melhor
qualidade de vida e uma maior esperança de vida.
41
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
» doador vivo – deve ser maior de idade, manifestar espontaneamente sua vontade
de doar, ter compatibilidade sanguínea e imunológica com o receptor, ter boas
condições de saúde.
Nem todos os doentes renais são candidatos aptos para transplante renal. Existem
certas condições clínicas que não permitem a realização de um transplante.
Pós-transplante
Independentemente da origem do rim que receber, o procedimento cirúrgico é o
mesmo. Na colocação do novo rim, não será necessário retirar os outros.
42
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
Figura 34.
Ao fim de algumas horas, começará a urinar e para isso irá permanecer uma sonda
vesical durante alguns dias. Em raras circunstâncias, pode mesmo não chegar a
funcionar.
Poderá precisar de alguma diálise enquanto espera que o rim transplantado comece
a funcionar corretamente.
As primeiras horas são as mais importantes na evolução
do rim.
Estes medicamentos podem ter efeitos adversos indesejáveis – os mais comum são a
fragilização do sistema imunitário (menor capacidade de combater infeções, aumento
de peso, hipertensão, aumento do colesterol.
Figura 35.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-hJXO3z-EZ4Y/UUXFqB08Y0I/AAAAAAAAAb8/9FkU8RSyBJg/s1600/
Transplante_Renal_16.jpg>. Acesso em: 1/6/2016.
43
UNIDADE i | Doença Renal Crônica (DRC)
O período de hospitalização é de uma ou duas semanas. Após a alta, terá que voltar
regularmente à unidade de transplante para consultas de acompanhamento é de uma
ou duas semanas.
Fonte: <http://www.portaldadialise.com/portal/o-que-e-o-transplante-renal>.
Perda do transplante
Figura 36.
Alguns pacientes permanecem com os rins transplantados funcionando por vários anos
(mais de 10 anos), mas em alguns casos o tempo de duração de funcionamento do
órgão não é tão longa.
» Rejeição crônica.
» Recidiva de glomerulopatias.
» Glomerulopatia do transplante.
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S0101-28002
011000400015>.
44
Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE i
» O rim transplantado também pode ser acometido com algumas doenças que
poderão alterar sua função, como as infecções urinárias, obstruções na via de
saída de urina e rejeições aguda ou crônica (nesta situação, o organismo do
paciente passa a reconhecer o rim recebido como estranho). Cada uma dessas
situações tem um tratamento específico e, quanto mais cedo for iniciado, maiores
as chances de manter o funcionamento do rim.
45
TRATAMENTO DA
DOENÇA RENAL UNIDADE II
CRÔNICA (DRC)
CAPÍTULO 1
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Figura 37.
Existem as Terapias Renais Substitutivas (TRS) que auxiliam nesse gerenciamento; são
os tratamentos que exercem as funções dos rins que, quando doentes, não conseguem
mais executar.
» Transplante renal.
» Diálise peritoneal:
46
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
» Hemoperfusão.
» Hemodiálise.
Figura 39.
47
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
Diálise peritoneal
Indicações:
48
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
Tipos de diálise
» Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD) – não precisa de máquina,
podendo ser feita em casa. O sangue é depurado de maneira contínua, a solução
dialisadora passa de um compartimento plástico (extracorpóreo) para o peritônio
através do catéter previamente instalado cirurgicamente. O paciente precisa trocar
de 4 a 5 vezes por dia o compartimento plástico contendo o líquido escoado
(“impurezas”), reenchendo com a solução dialisadora.
Cuidados
49
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
Para que isto não aconteça, faz-se necessário o perfeito cuidado do profissional
(geralmente o enfermeiro) que realiza os procedimentos de troca de compartimentos
plásticos etc.
Quadro 3.
Hemodiálise (HD)
Figura 40.
50
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
É o tratamento dialítico que consiste, na remoção das escórias sanguíneas por meio de
uma via de acesso vascular e uma membrana dialisadora artificial.
Figura 41.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-o3nc2o_6DGA/T57CqOUbwZI/AAAAAAAAAAs/806qfoevsx8/s1600/
hd.png>. Acesso em: 1/6/2016.
O procedimento ocorre, em geral, três vezes por semana, durante quatro horas cada
sessão.
Indicações:
Diversas alterações funcionais e orgânicas dos rins tem sido detectadas em relação à
circulação extracorpórea. Esta pode afetar a função renal por diversos mecanismos, tais
como:
51
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
» Hemólise e hemoglobinúria.
52
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
A proteção da hipotermia é menos eficaz para os rins, em relação aos demais órgãos.
A vasoconstrição renal é precoce e ocorre antes que o órgão esteja uniformemente
resfriado. Além da vasoconstrição, a hipotermia produz o aumento da viscosidade do
sangue, que favorece a aglutinação intravascular que, contudo, pode ser minimizada
pelo uso criterioso da hemodiluição.
53
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
Vias de acesso
As vias de acesso utilizadas em hemodiálise são: Catéter Duplo Lúmen (CDL), permcath,
fístula arteriovenosa e próteses.
› Fístula Arteriovenosa.
› P.T.F.E. – Teflon.
Figura 42.
54
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
Figura 43.
Politetrafluoretileno (P.T.F.E. )
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/_ixFs2U1OSLo/TRpjPw0ZHII/AAAAAAAAADA/tBjBJU-Yh_I/s1600/
cateter.jpg>. Acesso em: 1/6/2016.
55
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
Figura 45.
Fonte:<http://3.bp.blogspot.com/_ixFs2U1OSLo/TRnVq6j9t0I/AAAAAAAAAC8/LjQH1W3W17s/s1600/
PTFE44.jpg>. Acesso em: 1/6/2016.
› hematomas;
› sangramento;
› pneumotorax;
› hemotorax.
» Tardias
› infecção;
› exteriorização;
56
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
› dobras ou quebras;
› obstrução.
Complicações hemodinâmicas
» Ruptura intravascular.
» Trombose.
» Bacteriemia.
» Sepsis.
» Embolia gasosa.
» Sangramento.
» Hiperemia.
» Flebite.
» Tromboflebite.
» Aneurisma.
Complicações gerais
» De ordem técnica.
» Reação de hipersensibilidade.
» Hemólise.
» Coagulação do sistema.
» Calafrios/tremores/febre.
» Embolia gasosa.
De ordem metabólica
» Hipotensão arterial – severa.
» Hipertensão arterial.
» Caimbras.
57
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
Para melhor escolha da TRS, cabe ao profissional junto com o paciente e a família,
pensar em algumas questões como:
» O paciente tem mais alguma doença associada à doença renal crônica? (como
diabetes ou problemas cardíacos).
Embora todas as opções de terapia enteral e parenteral possam ser indicadas, o reforço
da alimentação convencional via oral e, quando necessário, o uso de suplementos,
parecem ser as opções mais efetivas e bem toleradas para a prevenção e a recuperação
nutricional dos pacientes em HD.
58
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
Essa cadeia é acompanhada por aumento no gasto de energia durante e até duas horas
após a sessão de diálise.
Recomendações
59
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
A avaliação global subjetiva (AGS), que associa dados da história e do exame físico, tem
se destacado por apresentar bom poder de prognóstico, ser simples e apresentar baixo
custo. Recentemente, a AGS modificada de sete pontos foi validada para pacientes em
HD crônica.
Nos testes laboratoriais, destaca-se a albumina sérica, devendo ser usada com cautela
para essa finalidade, uma vez que a DRC e o procedimento dialítico per se podem
desencadear processo inflamatório subclínico. Porém, independente da causa, os
valores reduzidos de albumina plasmática merecem atenção por se associarem com
piora das taxas de mortalidade.
A ureia e a creatinina séricas baixas podem refletir ingestão proteica deficiente, sendo
que a concentração sérica baixa de creatinina pode refletir massa muscular reduzida.
O equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio (PNA) pode ser calculado para
avaliar a ingestão proteica.
Uma vez que vários estudos reportam associação entre piora de indicadores
nutricionais corporais com a diminuição da ingestão de energia e de nutrientes,
acredita-se que a terapia nutricional (TN), independente da via de acesso, seja aspecto
60
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
» Melhorar o prognóstico.
Pacientes com volume urinário igual ou maior que 1.000 mL/dia, em geral, não
necessitam de restrição de potássio na dieta. Os níveis séricos de potássio e o
volume urinário determinam a necessidade de restrição e devem ser monitorados
regularmente. O volume de excreção urinária é, também, um bom guia para a
recomendação da ingestão de líquidos.
61
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
Por outro lado, é recomendada a restrição de fósforo, sendo ideal, no máximo, 800
mg ao dia. Porém, como as proteínas são recomendadas em quantidades elevadas,
é impossível grande restrição de fósforo na dieta, podendo ser necessário o uso
dos quelantes. Estes se ligam ao fósforo da dieta e são excretados via intestinal. A
vitamina D pode ser recomendada em sua forma ativa (1,25-diidroxicolecalciferol)
para aumentar a absorção intestinal do cálcio, prevenir e tratar o hipertireoidismo
e melhorar o metabolismo ósseo.
Recomendação
Pacientes em HD necessitam de dietas hiperproteicas, normocalóricas e restritas
em líquido, sódio, potássio e fósforo. Devido às perdas significativas durante
o procedimento hemodialítico, existe indicação de suplementação diária de
vitaminas hidrossolúveis para pacientes em HD. Com a exceção da vitamina D, a
suplementação de vitaminas lipossolúveis não é recomendada, particularmente de
vitamina A, que pode se acumular no organismo.
62
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
63
CAPÍTULO 2
PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Figura 46.
As pessoas com DRC devem ser acompanhadas por uma equipe multiprofissional, para
orientações e educação como:
» avaliação nutricional;
Os doentes renais crônicos são vistos pela equipe multidisciplinar de saúde como
rebeldes e não aderentes ao tratamento, por isso, a atenção deve ser redobrada,
a falta de aderência ao tratamento pode ser devido a dificuldade de aceitação e
enfrentamento da doença.
Outro fator que exerce influencia na forma como as pessoas vivenciam a experiência de
estar doente é a autonomia, pois como já demonstrado a doença aumenta o número
64
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
Isto é uma realidade vivenciada na prática clínica dos pacientes renais crônicos quando
convidados a participar do tratamento e estimulados ao autocuidado por meio da
educação para saúde experimentam a sensação de maior autonomia, fato que pode
colaborar com o sucesso do tratamento.
Figura 47.
65
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
É necessário trazer o doente renal crônico próximo, pois este sofre alterações em sua
rotina justamente por necessitar realizar seu tratamento, necessitando do suporte
formal de atenção à saúde, vivendo dependente da máquina, da equipe multidisciplinar
de saúde e do suporte informal para ter o seu cuidado.
Este apoio social pode ajudar a prevenir, minimizar ou ser utilizado pelo doente renal
como uma forma de defesa emocional contra as repercussões negativas durante o
decorrer do tratamento e declínio das funções físicas ao longo da doença.
Figura 48.
66
Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC) | UNIDADE ii
Figura 49.
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-rx2aVs6nw9k/UeMi0KD5tsI/AAAAAAAAAD4/mtifURNxWr8/s1600/
piramide-alimentar-tradicional-1277245417585_540x420.jpg>. Acesso em: 1/6/2016.
67
UNIDADE ii | Tratamento da Doença Renal Crônica (DRC)
Figura 50.
Deste modo é que se pretende contribuir para uma assistência mais humanizada ao
doente renal crônico, estimulando a participação dos familiares ou até mesmo do seu
grupo social no tratamento do paciente para que assim este não se sinta isolado.
Figura 51.
68
DOENÇA RENAL
CRÔNICA E HOME CARE
UNIDADE III
CAPÍTULO 1
PERFIL DO DRC EM HOME CARE
Figura 52.
O doente renal crônico sofre uma intensa transformação no seu cotidiano, passa a ter
que conviver com limitações e constantemente com o pensamento da morte iminente,
69
UNIDADE iii | DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
Como as duas principais causas de insuficiência renal crônica são a hipertensão arterial
e o diabetes mellitus, são os médicos clínicos gerais que trabalham na área de atenção
básica à saúde que cuidam destes pacientes.
Figura 53.
Figura 54.
Fonte: <https://carreiras.bayer.com.br/export/sites/career_br/.content/images/Logo-Qualidade-de-Vida.
png>. Acesso em: 1/6/2016.
70
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE | UNIDADE iii
As atenções quanto o tratamento das pessoas com doença renal crônica se voltaram
para a questão da qualidade de vida do doente. Isto seria possível por meio do estado
de bem-estar físico e mental, resultante da recuperação da autonomia do paciente, das
atividades de trabalho e lazer, da preservação da esperança e do senso de utilidade
destes indivíduos.
Figura 55.
Fonte: <http://i0.wp.com/conexaohomecare.com/wp-content/uploads/2014/04/an%C3%A1lise-de-
custos-home-care.jpg?fit=400%2C267>. Acesso em: 1/6/2016.
A doença renal crônica associada aos tratamentos hemodialíticos gera uma série de
situações, que desencadeiam sofrimento físico e acima de tudo sofrimento psíquico,
que repercutem na vida social, familiar e pessoal do indivíduo doente.
O perfil do DRC em Home Care requer que se faça um conjunto de ações que viabilizam
a promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, com visitas
periódicas de equipes multidisciplinares.
71
UNIDADE iii | DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
É necessário que o portador de doença crônica aceite a sua limitação e, mesmo com
seu sofrimento físico e psíquico, encontre um sentido para que assim consiga atingir a
superação da melhor maneira possível.
Figura 56.
O tratamento conservador pode ser considerado uma opção para pacientes que
escolham não serem mantidos em TRS devendo ser criado um programa de suporte
para estes casos.
Todo o programa de DRC deve estar apto para fornecer e planejar cuidados para
as necessidades e suportes adequados para o fim de vida, incluindo pacientes em
tratamento conservador por opção.
72
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE | UNIDADE iii
Suporte coordenado para o fim de vida deve ser avaliado e mantido para pacientes e
familiares, utilizando tanto a atenção primária como especialistas na área específica, de
acordo com o sistema de saúde local.
73
CAPÍTULO 2
CUIDADOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM NA DRC
Figura 57.
Uma grande parcela de apoio emocional é necessária ao paciente e familiares por causa
das inúmeras alterações experimentadas fisicamente
A enfermagem deve a cada instante estar atenta as suas ações e ter em mente que
elas devem estar sempre fundamentadas cientificamente, os procedimentos técnicos
deverão seguir a sistematização de enfermagem, proporcionando segurança, meios de
avaliação e qualidade no tratamento.
74
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE | UNIDADE iii
Figura 58.
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/-KSXr4hXopPM/UfRL2yoZLlI/AAAAAAAAAEI/_vokTJFywxI/s400/sae-
enfermagem.png>. Acesso em: 1/6/2016.
» pesar;
» conversar com o paciente e família sobre qualquer sintoma que ele tenha sentido.
Para que o plano de cuidados seja implementado pelo cuidador familiar, faz-se
necessário o treinamento quanto aos procedimentos simples necessários ao cuidado.
75
UNIDADE iii | DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
Figura 59.
76
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE | UNIDADE iii
Figura 60.
Figura 61.
77
UNIDADE iii | DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
A ação educativa com os pacientes renais crônicos se faz essencial, pois por meio desta,
os pacientes estarão aptos para apreenderem a viver dentro de suas limitações, de uma
maneira que não seja controvérsia ao modo de vida, conseguindo assim atingir uma
convivência com a doença e com o seu tratamento.
Figura 62.
O enfermeiro deve ensinar, cuidar ensinando e ensinar a cuidar. Não pode se esquecer
de:
78
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE | UNIDADE iii
79
UNIDADE iii | DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE
Responsabilidades:
Figura 63.
80
DOENÇA RENAL CRÔNICA E HOME CARE | UNIDADE iii
O vínculo terapêutico funciona desde que haja atenção desde o primeiro contato com
o paciente. Ruídos de comunicação; as barreiras pessoais de diferenças de linguagem;
as possíveis limitações físicas; os bloqueios psicológicos criados devem ser levados em
consideração pela enfermagem, no intuito de minimizar essas questões e garantir o
plano terapêutico previsto.
81
PARA (NÃO) FINALIZAR
Proposta de cuidado domiciliar a crianças portadoras
de doença renal crônica
Na infância a doença crônica apresenta implicações para o desenvolvimento físico,
mental e emocional da criança, a qual tem seu cotidiano modificado por restrições
provocadas pela patologia, terapêutica e controle clínico, além das frequentes
internações separando-a da sua família e ambiente. As reações da criança diante dessa
experiência desconhecida, que é a doença, podem lhe trazer sentimentos de culpa,
medo, angústia, depressão e apatia, e ameaçar a rotina do seu dia-a-dia.
Porém, o que temos observado é que o conhecimento que a família de crianças com
doença crônica possuem acerca da doença do filho e dos cuidados domiciliares, na
maioria das vezes, não lhes dão embasamento para a continuação da terapêutica,
tampouco para a prevenção de recidivas ou mesmo criar estratégias de enfrentamento.
82
Para (não) Finalizar
Nível psicobiológico
Cada família possui uma maneira singular de lidar com essa situação, algumas
conseguem visualizam a cura e agarram-se a essa esperança. No entanto, outras
reagem com descrença e despreparo para o enfrentamento da doença, sendo incapazes
de compreender a necessidade da criança frente à condição crônica.
83
Para (não) Finalizar
Nível psicossocial
84
Para (não) Finalizar
As mudanças provocadas na rotina familiar foi uma das falas de destaque nas
entrevistas, pois, todas as famílias realizaram inúmeros esforços para superar as
dificuldades provocadas por essas mudanças a fim de manter o tratamento adequado
para o filho. Porém, as exigências imposta, assim como retornos ao hospital, muitas
vezes, ocasiona afastamento temporário ou prolongado da criança/adolescente
da escola, os familiares também vivenciam esse processo de quebra de relações,
distanciam-se dos amigos, do trabalho e do companheiro.
85
Para (não) Finalizar
de necessidades básicas de cidadãos que não conseguem prover sozinho seu sustento.
O benefício possui caráter provisório, sendo sua concessão revisada a cada dois anos,
devendo ser cancelado caso seu titular venha a superar a situação de deficiência ou
vulnerabilidade social em que se encontra.
Para tanto, as pessoas com doenças crônicas precisam de informações e apoio para
poderem ter autônomas na produção do cuidado em seus cotidianos e para reivindicar
seus direitos. A interação terapêutica da equipe com a família é uma ferramenta
indispensável para a superação das lacunas que obstaculizam a autonomia desses
sujeitos(20). Disseram que era probema renal... É quando a pessoa num fica com o rim
né? (M. E., 61 anos, avó de E. com 10 anos de idade, seu único neto, tem uma filha com
problemas de saúde). Desconheço a doença renal, tenho apenas uma pequena noção
dos cuidados com o LUPUS (M. mãe e apena acompanha P. 15 anos nas internações).
Conhecimento sobre a doença e tratamento diminuído: Déficit da cognição em
reconhecimento da informação.
86
Para (não) Finalizar
Nível psicoespiritual
87
Para (não) Finalizar
Conversar com a família sobre as mudanças que ocorrerá na rotina da criança e família;
dialogar sobre os cuidados no domicílio e os arranjos necessários para a reorganização
da dinâmica familiar; estimular os familiares a expressarem seus sentimentos acerca
das mudanças ocorridas e apoiá-los em suas escolhas; apoiar a família e estimular a
identificação da rede de apoio na comunidade foram intervenções selecionadas para o
diagnóstico de Rotina familiar prejudicada.
88
Para (não) Finalizar
Considerações finais
A doença crônica afeta a condição de vida da criança fazendo surgir desequilíbrio
no sistema familiar e no modo como os menores vivem e se relacionam no âmbito
biopsicossocial e espiritual. A reação da família diante desta situação varia de acordo
com a severidade da condição de saúde da criança, das demandas no seu manejo e da
rede de apoio disponível.
89
Para (não) Finalizar
As intervenções traçadas nesse estudo são sugestões que precisam ser validadas,
contudo, são ações de suma importância para os profissionais, em especial os de
enfermagem, estabelecer uma interação dialógica com a família para que a mesma
tenha compreensão do processo saúde-doença do filho e os cuidados necessários no
domicílio para prevenção de complicações.
90
REFERÊNCIAS
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2006.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 82, de 3 de janeiro de 2000. Estabelece o Regulamento Técnico
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crônica e tratamento de reposição e manutenção de estoques de ferro.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 639, de 21 de junho de 2000. Protocolo clínico e diretrizes
terapêuticas para hepatite C.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 845, de 6 de novembro de 2002. Protocolo clínico e diretrizes
terapêuticas para o tratamento da hiperfosfatemia na IRC.
BRASIL. Lei no 10.211, de 23 de março de 2001. Dispõe sobre a Remoção de Órgãos, Tecidos e Partes do
Corpo Humano para fins de Transplante e Tratamento.
BRASIL. Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do
corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências.
BARBOSA, D.A et al. Enfermagem em nefrologia: atualização e preparatório para o título de especialista.
Barueri: Editora Manole, 2010.
DAUGIRDAS, J.T.; ING, T.S. Manual de diálise. 4a ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2013.
KNOBEL, E. Terapia Intensiva: nefrologia e distúrbios do equilíbrio ácido-base. São Paulo: Atheneu.
LIMA, E. X. ; SANTOS, I. Atualização de enfermagem em nefrologia. Ed. Escola Anna Nery-UFRJ, Rio
de Janeiro, 2004.
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Referências
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