Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI........................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO NA UTI........................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
ABORDAGEM DO PACIENTE EM PÓS-OPERATÓRIO EM UTI....................................................... 14
CAPÍTULO 3
MONITORAMENTO DO PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO EM UTI................................................ 17
UNIDADE II
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO....................................... 24
CAPÍTULO 1
CIRURGIA CARDIOVASCULAR.................................................................................................. 24
CAPÍTULO 2
NEUROCIRURGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO........................................................... 30
CAPÍTULO 3
CIRURGIA ONCOLÓGICA....................................................................................................... 34
CAPÍTULO 4
CIRURGIA ORTOPÉDICA.......................................................................................................... 38
CAPÍTULO 5
CIRURGIA PLÁSTICA................................................................................................................. 43
CAPÍTULO 6
CIRURGIA BARIÁTRICA............................................................................................................. 48
CAPÍTULO 7
CIRURGIA GINECOLÓGICA..................................................................................................... 53
CAPÍTULO 8
CIRURGIA GERAL.................................................................................................................... 56
CAPÍTULO 9
PACIENTE TRANSPLANTADO..................................................................................................... 58
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 62
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
O atendimento ao paciente na Unidade de Terapia Intensiva é desafiador para o
profissional de enfermagem. Há necessidade de raciocínio rápido, bom embasamento
clínico, bem como capacidade para lidar com situações que podem conduzir à morte
em minutos.
Objetivos
»» Agregar conhecimentos ao profissional para prestação de assistência
adequada ao paciente em pós-operatório.
8
PÓS-OPERATÓRIO UNIDADE I
NA UTI
CAPÍTULO 1
Indicações de internação na UTI
A unidade de terapia intensiva é um local de internação que tem altos custos para manter
o paciente em constante monitorização, por este motivo foram criados protocolos e
escores de risco para guiar os casos clínicos que necessitam de internação neste setor.
A American College of Critical Care Medicine produziu um guia para internação destes
pacientes na UTI: o Guidelines for ICU Admission.
Cabe ressaltar que nos protocolos, nacionais ou internacionais, os casos clínicos que
indicam internação em terapia intensiva devem ser avaliados pelo médico responsável
pelo paciente, onde este solicitará vagas em UTIs, de acordo com o caso clínico
apresentado.
»» IAM.
»» Choque.
»» Arritmias complexas.
»» Emergências hipertensivas.
»» Recuperação pós-pcr.
9
UNIDADE I │ PÓS-OPERATÓRIO NA UTI
»» Dissecção aórtica.
»» Hemoptise maciça.
»» Intubação iminente.
»» Status epilepticus.
10
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI │ UNIDADE I
American College of Critical Care Medicine ainda em seu protocolo estabelece sinais
vitais que apontariam a necessidade de acompanhamento do paciente em terapia
intensiva, são eles:
»» FR > 35 rpm.
»» Taquicardia.
»» Parada respiratória.
»» Alterações neurológicas.
»» Hipoxemia/Hipercapnia/Hipocapnia.
»» FR > 40 ipm
»» NaHCO3 < 15
»» Ca > 15 mg%
12
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI │ UNIDADE I
Diante do exposto até este momento, concluímos que quando se trata de um paciente
em pós- operatório, ele se enquadra no caso de necessidade de internação na UTI, se
apresentar alguns dos quadros citados acima, mas principalmente:
Veja mais em: critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia intensiva
e mortalidade. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_artt
ext&pid=S0104-42302010000500012>.
13
CAPÍTULO 2
Abordagem do paciente em
pós-operatório em UTI
Figura 1. O leito da unidade de terapia intensiva deve proporcionar a monitorização adequada do paciente,
Fonte: <http://www.diariodafeira.com.br/noticia/4960/hospital-cleriston-andrade-ganhara-10-novos-leitos-de-uti>.
14
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI │ UNIDADE I
»» Aquecê-lo, se necessário.
Na UTI, a abordagem ao paciente cirúrgico inclui etapas desde o exame primário até a
instituição dos cuidados definitivos e a vigilância em tempo integral pela enfermagem.
Conclui-se, portanto que dentro desse panorama de atendimento sistematizado a
15
UNIDADE I │ PÓS-OPERATÓRIO NA UTI
Ao receber este paciente na UTI a equipe assistencial deve prezar para uma contínua
monitorização, avaliando o adequado suporte de oxigênio (por meio de avaliação
da gasometria seriada), bem como exame físico para identificar perfusão periférica.
O monitor deve ser continuamente observado, atentando-se aos parâmetros
hemodinâmicos por ele fornecidos.
Figura 2. Monitoração.
Fonte: <http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/7-duvidas-comuns-sobre-a-uti/502/>.
Alguns exames complementares podem ser realizados na beira do leito, outros exigem
transporte deste paciente, que só deve ser realizado após estabilização hemodinâmica,
se houver estrutura de transporte adequado com monitorização contínua.
16
CAPÍTULO 3
Monitoramento do paciente no
pós-operatório em UTI
17
UNIDADE I │ PÓS-OPERATÓRIO NA UTI
A ação de enfermagem pode ser simples como estimular o paciente a respirar fundo,
quando este não estiver em uso de ventilação mecânica. Além disso, para manter um via
aérea permeável, podem ser realizadas condutas como: mudar o paciente de decúbito;
estimular a tosse, apoiando a área da incisão cirúrgica, evitando-se o rompimento
da sutura; promover alívio para desconforto e dor; administrar oxigênio; estimular a
mobilização precoce no leito e a deambulação; verificar a consistência e o aspecto das
secreções; hidratar o paciente, se necessário; manter o nebulizador e o umidificador
com nível de água adequado.
A hipertensão neste caso pode ser definida como um aumento de 20 a 30% da pressão
basal do paciente e não é uma ocorrência incomum no pós-operatório imediato. Mais
comumente a hipertensão pós-operatória está relacionada à sobrecarga de fluidos,
aumento da atividade do sistema nervoso simpático ou hipertensão preexistente. Pode
aparecer como um episódio transitório, levando a consequências cardiovasculares e
intracranianas significantes. Após o diagnóstico, o tratamento agressivo está indicado.
Sinais e sintomas clínicos são os indicadores mais importantes da gravidade da
hipertensão: cefaleia, alterações do estado mental e dor.
A hipotensão pode ser definida neste caso como uma pressão 20% menor que a
pressão de base do paciente, que no paciente pós-operatório pode indicar
hipovolemia. Os sinais clínicos de hipotensão são: pulso rápido e filiforme, desorientação,
agitação, oligúria, pele fria e pálida. A hipotensão pós-operatória é atribuída a uma
redução da pré-carga, à contratilidade do miocárdio e à resistência vascular
18
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI │ UNIDADE I
Algumas horas após seu fechamento primário, o espaço é preenchido com exsudato
inflamatório e por volta de 48 horas, as células epiteliais marginais migram para a
superfície da ferida, isolando as estruturas profundas do meio externo. Ao término de
72 horas, o exame histológico mostra que a cobertura epitelial está intacta. Quando a
ferida cirúrgica é fechada primariamente, é recomendável que se retire o curativo da
incisão, nas primeiras 24 a 48 horas, pois nesse tempo ocorre a formação de um selo
fibrinoso que protege a ferida contra a penetração de bactérias.
20
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI │ UNIDADE I
Figura 3. Agumas das escalas possíveis de aplicar para identificar a intensidade da dor.
Fonte: A Dor como 5 o sinal vital. Registo sistemático da intensidade da Dor. Disponível em: <http://www.esscvp.eu/Portals/0/
Dor%205%C2%BA%20Sinal%20Vital%20-%20Circular%20Normativa%20DGS.pdf>.
21
UNIDADE I │ PÓS-OPERATÓRIO NA UTI
São alguns dos parâmetros obtidos quando em uso deste cateter, de acordo com Pereira
Júnior et al:
22
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI │ UNIDADE I
Quadro 1. Acompanhar o paciente em uso do cateter de swan-ganz permite a equipe multidisciplinar observar
Fonte: Pereira Júnior GA, et al. Monitorização hemodinâmica invasiva. Disponível em: <http://revista.fmrp.usp.br/1998/vol31n3/
monitorizacao_hemodinamica_invasiva.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2015.
23
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NO UNIDADE II
PÓS-OPERATÓRIO DO
PACIENTE CRÍTICO
CAPÍTULO 1
Cirurgia cardiovascular
24
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
25
UNIDADE I │ PÓS-OPERATÓRIO NA UTI
Diante do exposto acima, as complicações inerentes ao uso da CEC são bem conhecidas.
Ela produz uma resposta inflamatória sistêmica liberando substâncias que prejudicam
a coagulação e a resposta imune; além de aumentar o tônus venoso; produzem grande
liberação de catecolaminas, alterações no fluído sanguíneo e estado eletrolítico; podem
acarretar também uma disfunção, lesão ou necrose celular do miocárdio. Essa resposta
inflamatória acarreta uma movimentação de fluídos do espaço intravascular para
o intersticial em razão das alterações na permeabilidade vascular e a diminuição na
pressão oncótica.
26
PÓS-OPERATÓRIO NA UTI │ UNIDADE I
27
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
Cabe ressaltar que diante das possíveis complicações deste paciente, avaliando as
alterações fisiológicas que o indivíduo submetido à cirurgia cardíaca pode sofrer, o
enfermeiro deve traçar os diagnósticos de enfermagem pertinentes para desenvolver as
intervenções necessárias.
»» Hipotermia.
»» Hipertermia.
»» Dor aguda.
»» Insônia.
»» Ansiedade.
28
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
»» Risco de infecção.
29
CAPÍTULO 2
Neurocirurgia e cirurgia de cabeça e
pescoço
A circulação cerebral é mantida pelo sistema carotídeo, que é responsável pela “irrigação
dos três quartos anteriores dos hemisférios cerebrais, através das artérias cerebrais
anterior”; e o sistema vertebrobasiliar, “que vasculariza o tronco cerebrais por meio da
artéria cerebral posterior (ACP)”. A apresentação clínica e a evolução de pacientes com
lesões nos territórios destes dois sistemas diferem substancialmente, sendo importante
sua distinção precoce. Temos uma grande variedade de apresentações clínicas quando
se trata de uma lesão isquêmica secundária a oclusão de uma artéria cerebral ou seus
ramos. O tamanho do vaso afetado vai definir a existência e o grau de fluxo sanguíneo
colateral na área afetada, portanto a extensão da lesão final.
30
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
Figura 9. Identificação do sio frontal, obliterado e sem parâmetros anatômicos pelas cirurgias prévias.
Fonte: Stamm AC, et al. Cirurgia Endoscópica Nasossinusal e da Base do Crânio Guiada por Computador. Rev. Bras.
Otorrinolaringol. vol.68 n o 4 São Paulo July/Aug. 2002
Nesse contexto cabe ressaltar que a circulação cerebral recebe aproximadamente 15%
do débito cardíaco ou 750 mL por minuto. O cérebro não armazena nutrientes e possui
uma elevada demanda metabólica que exige o alto fluxo sanguíneo. O trajeto sanguíneo
do cérebro é o único porque ele flui contra a gravidade; suas artérias se enchem de
baixo para cima e suas veias drenam de cima para baixo.
Com este breve texto acima é possível mensurar que a neurocirurgia é possivelmente a
especialidade mais diversa, complexa e desafiadora em cirurgia. A cirurgia do cérebro
é realizada para traumatismos cranianos, tumores, distúrbios vasculares, hidrocefalia,
epilepsia e Parkinson. Além disso, trata distúrbios da coluna e distúrbios dos nervos
periféricos.
31
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
»» Risco de hipotermia.
32
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
A obstrução das vias aéreas é uma das mais sérias complicações no pós-operatório.
Sintomas de inquietação ou dispneia, taquicardia e taquipneia indicam que as vias
aéreas estão obstruídas. Esta pode ser uma resposta ao edema ou hemorragia. Deve-se
manter nebulização contínua para facilitar a respiração e fluidificação das secreções,
realizar aspiração do estoma, nariz e boca, com sondas maleáveis e não traumáticas.
Quando em uso de ventilação mecânica, avaliar os valores de gasometria para identificar
eficácia da ventilação.
Pode ser necessária em alguns casos a imobilização da cabeça e pescoço para evitar a
flexão e hiperextensão, com resultante tensão e edema na linha de sutura. O paciente
deve ser posicionado em semi-fowler baixa, com a cabeça elevada cerca de 3° graus.
Esta posição promove a drenagem das secreções, reduz o edema, evita a compressão
nas linhas de sutura e facilita as respirações. Mobilizar, estimular a tosse e respiração
profunda são essenciais para evitar atelectasias e pneumonia hipostática.
A troca de curativos deve ser diária ou sempre que necessário para manutenção da ferida
operatória seca e limpa, com intuito de evitar infecções, o que complicaria o quadro
clínico postergando alta hospitalar, deixando o paciente sujeito a outras complicações
em decorrência da internação prolongada.
33
CAPÍTULO 3
Cirurgia oncológica
De acordo com o apontado pelo Hospital Albert Einstein, cirurgia oncológica é uma das
ferramentas mais importantes no tratamento do câncer. É definido neste caso como a
retirada do tumor, obedecendo a todos os princípios oncológicos que envolvem: desde
o conhecimento sobre a doença e seu desenvolvimento, a retirada do tumor com os
cuidados necessários para não deixar que a doença se espalhe durante o ato cirúrgico,
a retirada de todos os locais para onde a doença possa ter se espalhado – incluindo
linfonodos e, em alguns casos, outros órgãos, decisão que pode ser tomada durante o
procedimento cirúrgico.
34
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
Figura 10. O produto de esofagectomia (retirada do esôfago) para tratamento de metástase de melanoma.
Figura 11. O produto de esofagectomia (retirada do esôfago) para tratamento de metástase de melanoma.
Fonte: <http://www.ricorhp.com.br/artigos-detalhe.php?idArtigo=4183>
35
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
36
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
37
CAPÍTULO 4
Cirurgia ortopédica
A cirurgia ortopédica vem se tornando mais frequente e mais complexa nos últimos
anos. A evolução tecnológica de próteses, equipamento e procedimentos anestésicos,
associada ao envelhecimento populacional, fez que com ocorresse um aumento
significativo no número de cirurgias ortopédicas.
38
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
»» Alterações nutricionais.
Figura 12. Duas Incisões foram usadas para reduzir a fratura fibular e sindesmose; a sindesmo foi acessada
Figura 13. Dissecção para visualizar interrompido tibiofibular interior e anterior. O resíduo do ligamento anterior
tibiofibular inferior é refletido medialmente e todo o tecido fibroso interposto na articulação distaltibiofibular é
extirpado (A). O fragmento distal da fíbula é tirado distalmente e girado internamente usando-se uma pinça
39
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
Figura 14. Radiografia AP e lateral (A) mostrando uma fratura da fíbula fragmentada combinada com fratura
medial maleolar e avulsão da sindesmose. A exploração da estabilização de sindesmose foi obtida por um
parafuso pequeno arame K e sutura de ATiFL (B, C). Nesses casos os maléolos mediais e laterais são fixados aos
sindesmos e então é testada. Doze semanas após a operação, as fraturas foram curadas (D) e o paciente podia
Fonte: Yang Y, et al. Exploração operatória e redução de sindesmose em lesão de tornozelo de Weber tipo C. Acta ortop.
bras. vol.21 n o2 São Paulo Mar./Apr. 2013.
Ao receber este paciente na unidade de terapia intensiva, são alguns dos cuidados no
pós- operatório ortopédico:
40
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
4. Aliviando a dor.
5. Prevenindo infecção.
41
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
42
CAPÍTULO 5
Cirurgia plástica
São alguns dos fatores de risco para complicações anestésicas, não só para a cirurgia
plástica, como para qualquer procedimento cirúrgico: o estado físico, comorbidades
respiratórias, tabagistas e/ou ex-tabagistas, além da duração da anestesia.
Fonte: Souza SC, et al. Lipoabdominoplastia no tratamento de anormalidades estéticas do abdome. Revista Brasileira de
cirurgia plástica. v24. n o 3. 2009. Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/detalhe_artigo.asp?id=501>
43
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
»» Controlar a dor.
»» Promover conforto.
44
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
Quanto ao período pós-operatório tardio, sabe-se que é difícil sua determinação precisa.
Geralmente se relaciona com o desaparecimento dos achados clínicos (dor, mal-estar,
instabilidade dos sistemas orgânicos) relacionados com o procedimento cirúrgico
realizado. As condições de evolução do processo de cicatrização da ferida cirúrgica,
bem como o restabelecimento da função orgânica proporcionada pelo tratamento
cirúrgico, poderão ser utilizadas didaticamente para determinar o início desse período
pós-operatório.
A maioria dos pacientes submetidos à cirurgia plástica chega à UTI com drenos, estes
têm a finalidade de transferir conteúdos entre o meio interno (subcutâneo) e o exterior
para prevenção de acúmulo de líquido após a cirurgia ou da remoção de pus, sangue,
serosidade e outros fluidos.
45
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
Figura 15. Drenagem abdominal com dreno de Penrose No 3. Pós-operatório imediato da LAP, resultando em
contorno abdominal harmonioso, depressão umbilical mediana, equimose em flanco direito e sutura suprapúbica
Fonte: Souza SC, et al. Lipoabdominoplastia no tratamento de anormalidades estéticas do abdome. Revista Brasileira de
cirurgia plástica. v24. n3. 2009. Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/detalhe_artigo.asp?id=501>
Na maioria dos casos, os drenos utilizados para este tipo de cirurgia são o de penrose e
o tubular.
Já os drenos tubulares:
46
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
»» Remoção: quando volume drenado for < 30 ml/dia (4o - 5o dia pós-
operatório).
47
CAPÍTULO 6
Cirurgia bariátrica
Considera-se a obesidade como uma doença crônica, que tem como principal
característica o aumento do peso corporal, em decorrência do acúmulo excessivo de
tecido adiposo. Hoje é considerada uma epidemia afetando mais de 300 milhões de
pessoas em todo mundo.
Alguns tratamentos são destinados aos pacientes obesos, como reeducação alimentar,
uso de medicamentos para inibir o apetite, e por fim, o tratamento definitivo que seria
a redução do estômago, denominado gastroplastia.
48
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
ByPass gástrico
O paciente submetido a este tipo de cirurgia perde de 40% a 45% do peso inicial. Nesse
procedimento é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para
o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que
dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos
e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e
outras doenças, como a hipertensão arterial.
Figura 16.
Fonte: <https://gastroplastianossavitoria.wordpress.com/2014/02/12/tipos-e-tecnicas-de-cirurgia-bariatrica/>
Utilizada em uma proporção bem menor do que o bypass gástrico, e apesar de não
promover mudanças na produção de hormônios como o bypass, essa técnica é bastante
eficaz quando o objetivo é a perda de peso (20% a 30% do peso inicial). Instala-se um
anel de silicone inflável ajustável ao redor do estômago, que aperta mais ou menos o
órgão, tornando possível controlar o esvaziamento deste.
49
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
Figura 17.
Fonte: <https://gastroplastianossavitoria.wordpress.com/2014/02/12/tipos-e-tecnicas-de-cirurgia-bariatrica/>
Gastrectomia vertical
Figura 18.
Fonte: <https://gastroplastianossavitoria.wordpress.com/2014/02/12/tipos-e-tecnicas-de-cirurgia-bariatrica/>
50
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
Cabe destacar que quando o paciente se submete a uma gastroplastia, não significa
remover o tecido adiposo por sucção ou excisão, visa reduzir o reservatório gástrico,
conseguindo com isso diminuir sua capacidade, associando ou não métodos que
provocam diminuição na absorção dos nutrientes.
Uma das principais complicações inerentes ao paciente que se submeteu a uma cirurgia
bariátrica é a infecção da ferida, que pode ocorrer principalmente devido ao suprimento
inadequado de tecido adiposo, e outros fatores que contribuem para infecção como de
umidade na pele em excesso, acúmulo de bactéria nas dobras cutâneas próximo à ferida
e deiscência da sutura. Sendo assim, é imperiosa a troca de curativos pela equipe de
enfermagem a cada 24 horas ou quando necessário, com intuito de evitar acúmulo de
umidade e bactérias para evitar a infecção da ferida operatória.
Uma complicação rara que pode comprometer este paciente é a rabdomiólise, causada
pela compressão prolongada dos músculos durante a cirurgia. Os fatores de risco são o
tempo de cirurgia e a posição do paciente durante a cirurgia.
Segundo Barth e Jenson, chama atenção que muitos pacientes que se submetem
a cirurgia bariátrica estão sendo admitidos na Unidade de Terapia Intensiva para
fazer o pós-operatório, porque já têm comorbidades prévias como apneia do sono,
asma, congestão cardíaca. Nestes casos, os principais cuidados de enfermagem estão
voltados para o cuidado com vias aéreas, respiração e circulação e além dos cuidados
individualizados.
51
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
dos grupos em nosso meio adota a drenagem seletiva em casos mais difíceis ou mais
propícios ao sangramento ou às fístulas das anastomoses. Diversos autores têm
demonstrado que o uso de drenos é indicado e tem vantagens, principalmente quando
ocorre o aparecimento de fístula da anastomose gastro-jejunal. Os autores ressaltam
ainda que mesmo aqueles que adotam o dreno como conduta habitual, reconhecem
que quando ocorre a fístula, se a cavidade estiver drenada isto evita a reoperação na
maioria das vezes, pois o dreno se constitui no tratamento dessa fístula mantendo o seu
pertuito para o exterior, evitando assim o acúmulo de coleções intra-abdominais até o
fechamento desta.
52
CAPÍTULO 7
Cirurgia ginecológica
Neste intuito, podemos destacar que no Brasil as complicações nas gestantes que
ganham destaque são aquelas provenientes da hipertensão gestacional, hemorragias
no pós-parto, além das infecções. Entretanto, problemas pré-existentes podem
desenvolver-se ao longo da gravidez ou durante o trabalho de parto de forma
53
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
Mais uma vez, podemos apontar que os objetivos da assistência de enfermagem consistem
em identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e
cirúrgicos, tais como dor, laringite pós-entubação traqueal, náuseas, vômitos, retenção
urinária, flebite pós-venóclise e outros, com a finalidade de restabelecer o seu equilíbrio.
Diante do exposto, percebe-se que monitorização contínua, avaliação dos sinais vitais
e troca diária de curativos em feridas operatórias são algumas das condutas dos
profissionais da equipe de enfermagem nesta unidade de terapia intensiva que atende
a pacientes em pós-operatórios gineco-obstétricos.
54
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
Veja mais em: CIRURGIA GINECOLÓGICA POR VIA ENDOSCÓPICA. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=FzXOxeEviMU>.
55
CAPÍTULO 8
Cirurgia geral
56
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
57
CAPÍTULO 9
Paciente transplantado
Com o avanço da tecnologia, o transplante passou a ser realizado com maior segurança,
com meta de tratamento definitivo para muitos pacientes. Podemos nos restringir à
assistência de enfermagem no pós-operatório de transplante cardíaco, acreditando que
se trata de um procedimento complexo, um pós-operatório que exige uma assistência
precisa e adequada para garantir sobrevida do indivíduo.
Tabela 1. O objetivo da atuação da enfermagem nesse período é avaliar, detectar e intervir precocemente nas
58
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
Tabela 2.
Tabela 3.
Fonte: II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco. Arq. Bras. Cardiol. vol. 94 n o 1 supl.1 São Paulo, 2010.
59
UNIDADE II │ ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO
60
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DO PACIENTE CRÍTICO │ UNIDADE II
61
Referências
62
REFERÊNCIAS
63
REFERÊNCIAS
JATENE, Paulo Roberto de Sousa.; JATENE, Maria Cristina Vargas.; BARBOSA, André
Luiz de Miranda. Abdominoplastia: Experiência clínica e revisão da literatura. Rev.
Soc. Bras. Cir. Plástica, 2005. Disponível em: <www.rbcp.org.br>. Acesso em: 5 mar.
2015.
64
REFERÊNCIAS
Rev. Assoc. Med. Bras. 2010; 56(5): 528-34. Task force of the american college of
critical care medicine. Guidelines for intensive care unit admission, discharge, and
triage. Crit Care Med, 1999;27:633-8.
65
REFERÊNCIAS
66
REFERÊNCIAS
67