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Botânica

BOTÂNICA

FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD


Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO 1
Botânica

GRUPO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul


do Estado do Espírito Santo, com unidades em
MULTIVIX Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória.
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.

Atualmente, a Multivix está entre o seleto


grupo de Instituições de Ensino Superior que
possuem conceito de excelência junto ao
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos
de excelência em ensino.

Estes resultados acadêmicos colocam


todas as unidades da Multivix entre as
melhores do Estado do Espírito Santo e
entre as 50 melhores do país.

MISSÃO

Formar profissionais com consciência cida-


dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a
credibilidade, segurança e modernidade, visando
à satisfação dos clientes e colaboradores.

VISÃO

Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-


da nacionalmente como referência em qualidade
educacional.

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2 SUMÁRIO
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EDITORIAL

FACULDADE CAPIXABA DA SERRA • MULTIVIX

Diretor Executivo Revisão de Língua Portuguesa


Tadeu Antônio de Oliveira Penina Leandro Siqueira Lima

Diretora Acadêmica Revisão Técnica


Eliene Maria Gava Ferrão Penina Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Diretor Administrativo Financeiro Graziela Vieira Carneiro
Fernando Bom Costalonga
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Diretor Geral Carina Sabadim Veloso
Helber Barcellos da Costa Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Diretor da Educação a Distância Aline Ximenes Fragoso
Flávio Janones Genivaldo Félix Soares

Coordenadora Acadêmica da EaD Multivix Educação a Distância


Carina Sabadim Veloso Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Conselho Editorial Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente Direção EaD
do Conselho Editorial) Coordenação Acadêmica EaD
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões

BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)

Martins, Aline Aparecida Silva.


Botânica / Aline Aparecida Silva Martins. – Serra: Multivix, 2019.

Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra


2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.

As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com

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APRESENTAÇÃO Aluno (a) Multivix,

DA DIREÇÃO Estamos muito felizes por você agora fazer parte


do maior grupo educacional de Ensino Superior do

EXECUTIVA Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a


Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.

A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-


ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia,
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999,
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de
cursos de graduação, pós-graduação e extensão
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento:
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.

Além da qualidade de ensino já comprova-


da pelo MEC, que coloca todas as unidades do
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das
Instituições de Ensino Superior de excelência no
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade
de qualidade mas que precisam superar alguns
obstáculos.
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretor Executivo do Grupo Multivix Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é:
“Formar profissionais com consciência cidadã para o
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e
colaboradores.”

Entendemos que a educação de qualidade sempre


foi a melhor resposta para um país crescer. Para a
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o
mundo à sua volta.

Seja bem-vindo!

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LISTA DE FIGURAS

>>FIGURA 1 - Células vegetal 34


>>FIGURA 2 - Estrutura de uma raiz vegetal 43
>>FIGURA 3 - Flores 58
>>FIGURA 4 - Fluxograma sequência para a montagem dos conjuntos
que serão prensados 84

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LISTA DE TABELAS

>>TABELA 1 - Variações do caule 21

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UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO À BOTÂNICA 16

INTRODUÇÃO DA UNIDADE 16
1.1 INTRODUÇÃO À BOTÂNICA 17
1.1.1 ORGANISMOS HETEROTRÓFICOS E AUTOTRÓFICOS 17
1.1.2 FOTOSSÍNTESE 18
1.1.2.1 EVOLUÇÃO DOS ORGANISMOS FOTOSSINTETIZANTES 18
1.1.2.2 VARIAÇÃO DO CAULE 20
1.1.2.3 EVOLUÇÃO E SOBREVIVÊNCIA 21
1.1.3 IMPORTÂNCIA DA BOTÂNICA 22

CONCLUSÃO 24

UNIDADE 2 2 CÉLULA VEGETAL 26

INTRODUÇÃO 26
2.1 CÉLULA VEGETAL 27
2.1.1 ESTRUTURAS ESPECÍFICAS DE UMA CÉLULA VEGETAL 27
2.1.1.1 PAREDE CELULAR 28
2.1.2 GLIOXISSOMOS 29
2.1.3 PLASTOS 29
2.1.3.1 CLOROPLASTOS 29
2.1.3.2 CROMOPLASTOS 30
2.1.3.3 LEUCOPLASTOS 30
2.1.4 VACÚOLO DE SUCO CELULAR 30
2.2 DEMAIS ESTRUTURAS CELULARES DOS VEGETAIS 31
2.2.1 NÚCLEO E RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 31
2.2.2 RIBOSSOMOS 32
2.2.3 MITOCÔNDRIAS 33
2.2.4 PEROXISSOMOS 33
2.2.5 COMPLEXO DE GOLGI 33
2.2.6 CITOESQUELETO 34

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SUMÁRIO

CONCLUSÃO 35

GLOSSÁRIO 37

UNIDADE 3 3 HISTOLOGIA DE VEGETAIS VASCULARES 40

INTRODUÇÃO 40
3.1 MERISTEMAS 41
3.1.1 TECIDOS VEGETAIS EMBRIONÁRIOS 41
3.1.2 MERISTEMA PRIMÁRIO 42
3.1.3 MERISTEMA SECUNDÁRIO 43
3.2 TECIDOS VEGETAIS ADULTOS 44
3.2.1 TECIDO DE PREENCHIMENTO, RESERVA E ARMAZENAMENTO 44
3.2.2 TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO 45
3.2.3 TECIDOS DE CONDUÇÃO 46
3.2.4 TECIDOS DE SECREÇÃO 47

CONCLUSÃO 48

UNIDADE 4 4 MORFOLOGIA DOS ÓRGÃOS VEGETAIS 51

INTRODUÇÃO DA UNIDADE 51
4.1 MORFOLOGIA DOS ÓRGÃOS VEGETAIS 52
4.1.1 ÓRGÃOS VEGETATIVOS 52
4.1.1.1 RAIZ 52
4.1.1.2 CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES 54
4.1.1.3 CAULE 55
4.1.1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CAULES 56
4.1.1.5 FOLHA 57

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SUMÁRIO

4.1.2 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS 58


4.1.2.1 FLOR 58
4.1.2.2 FRUTO E SEMENTE 59
4.1.2.3 PSEUDOFRUTOS 61

CONCLUSÃO 61

UNIDADE 5 5 PLANTAS VASCULARES SEM SEMENTES 64

INTRODUÇÃO DA UNIDADE 64
5.1 PLANTAS VASCULARES SEM SEMENTES 65
5.1.1 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 66
5.2 CRESCIMENTO 66
5.3 LOCALIZAÇÃO DOS TECIDOS VASCULARES 67
5.4 CICLOS DE VIDA – REPRODUÇÃO 68
5.4.1 PRODUÇÃO DE ESPOROS 69
5.5 DOMINÂNCIA E IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS 69
5.6 FILOS DE PLANTAS VASCULARES SEM SEMENTES 70
5.6.1 FILO RHYNIOPHYTA 70
5.6.2 FILO ZOSTEROPHYLLOPHYTA 70
5.6.3 FILO TRIMEROPHYTOPHYTA 71
5.6.4 FILO MONILOPHYTA 71
5.6.4.1 SAMAMBAIAS 71

CONCLUSÃO 72

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SUMÁRIO

UNIDADE 6 6 IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO: MÉTODOS DE


COLETA E HERBORIZAÇÃO 75

INTRODUÇÃO DA UNIDADE 75
6.1 IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL BOTÂNICO 76
6.1.1 PASSO A PASSO DA IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA 77
6.1.2 MÉTODOS DE COLETA 78
6.1.2.1 CUIDADOS DURANTE A COLETA 79
6.1.2.2 MATERIAIS DE COLETA 80
6.1.2.3 TÉCNICAS E CUIDADOS DE COLETA 82
6.1.3 HERBORIZAÇÃO 83
6.1.3.1 ARMAZENAMENTO DE FRUTOS 85
6.1.3.2 HERBÁRIOS 86

CONCLUSÃO 87

GLOSSÁRIO 89

REFERÊNCIAS 90

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ICONOGRAFIA

ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER

SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS

GLOSSÁRIO QUESTÕES

MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS

ANOTAÇÕES CITAÇÕES

EXEMPLOS DOWNLOADS

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SUMÁRIO 11
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BIODATA DA AUTORA
Aline Aparecida Silva Martins

Graduada em Biotecnologia (2011) pela Faculdade São Camilo - Minas Gerais. Licen-
ciada em Biologia (2016) pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas
Gerais. Doutora (2018) e Mestre (2014) em Genética pela Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), com ênfase em Genética Humana e Médica. Possui experiên-
cia docente na graduação, pós-graduação e no ensino básico. Autora de capítulos de
livros, artigos e trabalhos científicos.

JUSTIFICATIVA
Compreender as características das mais variadas espécies de plantas é fundamental
à formação dos profissionais de ciências, os quais estarão diariamente lidando com
assuntos relacionados à natureza e sua importância para a sociedade como um todo.

Assim, aprender sobre o reino plantae, além da importância fundamental, é extre-


mamente relevante para sua vida pessoal, pois todos nós temos contato diariamente
com plantas, nem que sejam as ornamentais. Assim, até para escolher qual espécie
fica melhor na sua casa, é necessário certo conhecimento a fim de qual se adaptará
melhor às condições específicas do meio em que sobreviverá.

ENGAJAMENTO
Antes de iniciar a disciplina, reflita e, se preferir, tome nota das suas ideias:

• Você certamente já teve contato com várias espécies de plantas, mas já parou
para pensar o porquê de ter uma disciplina específica para o estudo do reino
plantae?

• Ao pegar uma planta, seja para plantá-la ou mesmo por curiosidade, já pensou

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nas características de suas células e na sua morfologia e histologia?

• Adicionalmente, o que vem à sua mente quanto às funcionalidades e impor-


tância das plantas para a sociedade?

• Você acha que o estudo e conhecimento das peculiaridades das plantas


possuem relevância e necessidade ou tal aprendizado deve se dar apenas por
questões de curiosidade?

• Muitas questões, não é mesmo? Mas, ao longo da disciplina, você encontrará


as respostas e entenderá o porquê de ter que estudar botânica.

APRESENTAÇÃO DA
DISCIPLINA
Ao longo desta disciplina, você aprenderá o que é botânica e suas particularidades,
bem como se aprofundará sobre as características das plantas. Nesse contexto, estu-
dará sobre a evolução das plantas fotossintetizantes, verá como a célula vegetal é
constituída, aprenderá sobre a histologia e morfologia das plantas e, adicionalmente,
conhecerá as características das plantas vasculares sem sementes. Por fim, verá todas
as etapas para a utilização das plantas, desde a coleta até a utilização do material
botânico.

Compreender as características das plantas é fundamental para sua formação como


profissional de ciências e também para a sua formação social, visto que as plantas e
sua utilização estão presentes no nosso cotidiano.

Para maior aproveitamento e aprendizado da disciplina, é essencial sua participação


nos fóruns de discussão, atividades e leitura dos materiais complementares, pois é
praticando que exercemos nosso aprendizado e fixação dos conteúdos.

Espero que você tenha um excelente aprendizado e goste muito da disciplina!

Bons estudos!

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OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, espera-se que você seja capaz de:

• Registrar a importância do estudo da botânica.

• Analisar as subdivisões da botânica.

• Identificar e registrar as características gerais dos vegetais.

• Examinar as características celulares, morfológicas, histológicas e das plantas


sem sementes.

• Identificar a importância do reino plantae para a sociedade.

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UNIDADE 1

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Identificar a diferença


entre organismos
heterótrofos e
autótrofos.

> Registrar o processo


evolutivo das plantas.

> Identificar a
importância da
botânica.

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1 INTRODUÇÃO À BOTÂNICA
Ao longo de sua formação acadêmica, você já parou para refletir o que significa botâ-
nica e o porquê de se estudar detalhadamente sobre as plantas? Ao decorrer desta
unidade, você obterá essas respostas.

Adicionalmente, você estudará sobre os organismos heterotróficos e autotróficos


e aprenderá a diferença entre eles. Aprenderá também o que é fotossíntese e sua
importância para a sobrevivência das plantas.

Outro assunto importante que será apresentado é como ocorreu a evolução dos orga-
nismos fotossintetizantes de regiões costeiras e de terra firme. Dentro do processo
evolutivo, você verá as variações que foram necessárias para a evolução e sobrevivên-
cia das plantas.

Por fim, verá com detalhes a importância do estudo da botânica e sua importância
para a sociedade e sobrevivência de outros organismos.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você aprenderá o que são os organismos heterotróficos e autotróficos
e a diferença entre eles. Compreenderá o que é fotossíntese, como ela é realizada
através de reações físico-químicas e a importância desse processo para o desenvol-
vimento e sobrevivência da grande maioria de espécies de plantas. Adicionalmente,
você identificará a importância desse processo para a sobrevivência de outras espé-
cies, incluindo a humana.

Seria desleal à sua formação acadêmica e profissional não lhe apresentar a evolu-
ção dos organismos fotossintetizantes, pois, graças ao processo evolutivo ao longo de
milhares de anos, várias espécies de plantas evoluíram e adquiriram estruturas espe-
cializadas, o que lhes permitem sobreviver nos mais variados tipos de solo e clima, por
exemplo. Assim, ao longo desta unidade, você estudará a evolução dos organismos
fotossintetizantes de regiões costeiras, como algas, e de organismos fotossintetizantes
de terra firme, os quais compreendem a maioria das espécies de plantas existentes.

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Por fim, você aprenderá a importância do estudo da botânica e as diversas divisões


que existem dentro desse ramo da ciência. Ao final, você compreenderá a importân-
cia do estudo científico e a aplicação de seus resultados para a sociedade, como, por
exemplo, através de medicamentos.

Assim, compreender o que é botânica, como as espécies de plantas evoluíram e


sua importância para a sociedade é de extrema importância para o seu aprendiza-
do tanto como profissional de ciências quanto como ser humano e cidadão, pois
o conhecimento nas mais variadas áreas lhe permite o desenvolvimento de pensa-
mento crítico e racional acerca do mundo científico.

Vamos lá!

1.1 INTRODUÇÃO À BOTÂNICA

1.1.1 ORGANISMOS HETEROTRÓFICOS E


AUTOTRÓFICOS

O termo botânica deriva do grego botané, que significa planta. Assim, a botânica é o
estudo universal de todas as espécies de plantas existentes.

Os organismos denominados heterotróficos – do termos gregos héteros (outro) e


trophos (alimentar-se) – são aqueles que não produzem sua própria fonte de alimen-
to. Portanto, esses organismos dependem de fontes externas de alimento. Como
exemplos, podem-se citar os animais, fungos, seres humanos e organismos unicelu-
lares, como algumas bactérias.

A evolução deu origem aos organismos capazes de produzir seu próprio alimento: os
autótrofos – dos termos gregos auto (próprio) e trofein (alimentar-se). Esses organis-
mos são capazes de utilizar a energia solar para a produção de seu próprio alimento,
através de um processo denominado fotossíntese. Como exemplos, podem-se citar
vários tipos de plantas existentes e células microscópicas.

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1.1.2 FOTOSSÍNTESE

Durante o processo de fotossíntese, as plantas clorofiladas absorvem a luz solar e o


gás carbônico (CO2) do ambiente. Através de uma série de reações físico-químicas,
nas quais ocorre a quebra da molécula de água (H2O), as plantas produzem a glicose
(C6H12O6), necessária para seu desenvolvimento, e liberam oxigênio (O2) para a atmos-
fera, contribuindo assim para a qualidade do ar atmosférico.

1.1.2.1 EVOLUÇÃO DOS ORGANISMOS


FOTOSSINTETIZANTES

No início da evolução, os principais organismos que produziam fotossíntese eram as


células microscópicas, as quais flutuavam abaixo de superfícies aquáticas que rece-
biam luz solar.

O principal local de desenvolvimento desses organismos eram as áreas costeiras,


onde as águas eram ricas em minerais e nitratos removidos de montanhas através
dos movimentos das ondas.

Contudo, ao longo da evolução, os organismos evoluíram em organismos pluricelula-


res, ou seja, em organismos formados por milhares de células.

Como exemplos de organismos pluricelulares, há as plantas, fungos, animais


e seres humanos.

Em ambientes costeiros, os organismos pluricelulares fotossintetizantes foram mais


bem-sucedidos contra ações de ventanias e ondas do que as células microscópicas
pelo fato de serem capazes de desenvolver paredes celulares fortes e estruturas espe-
cializadas que possibilitam suporte e ancoramento às superfícies rochosas.

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Com o aumento do tamanho desses organismos, tecidos especializados foram desen-


volvidos com o objetivo de permitir a condução de alimento por toda a extensão do
corpo celular. Essas estruturas conectam as partes superiores fotossintetizantes às
estruturas inferiores não fotossintetizantes.

As vegetações que ficam grudadas em rochas à beira-mar são espécies de


plantas fotossintetizantes costeiras, as quais evoluíram sua composição para
sobreviver às ventanias e movimento das ondas.

1.1.2.1.1 ORGANISMOS FOTOSSINTETIZANTES DE


TERRA FIRME

O corpo de todas as plantas existentes é resultado de milhões de ano de evolução.


As plantas foram evoluindo sua constituição corporal de acordo com as necessidades
de sobrevivência que foram surgindo, como a adaptação a determinados ambientes,
diferentes tipos de solo, minerais disponíveis, condições climáticas, como calor e frio,
entre outras condições.

Contudo, os organismos fotossintetizantes possuem alguns requisitos básicos para


seu desenvolvimento e sobrevivência, como luz solar, água e gás carbônico para a
fotossíntese, oxigênio para a respiração, e minerais, como o nitrogênio.

Em ambientes terrestres, luz, oxigênio e gás carbônico são elementos abundantes, e


o solo é, na maioria das vezes, rico em nutrientes minerais necessários ao desenvolvi-
mento da maioria das espécies de plantas. Esses fatores explicam o motivo das diver-
sas espécies de plantas existentes.

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Ao contrário de animais e fungos, que vão em busca de alimentos necessários à sua


sobrevivência, as plantas utilizam uma estratégia evolutiva alternativa: a utilização de
suas raízes.

Raiz, de acordo com o dicionário Houaiss, é o “eixo de uma planta vascular, que se
desenvolve a partir da radícula, ger. descendente e subterrâneo, freq. com ramifica-
ções secundárias, e que serve para fixá-la a um substrato, além de absorver e conduzir
água e minerais”.

Em outras palavras, trata-se da porção inferior responsável pelo ancoramento e absor-


ção de água necessária para o desenvolvimento, sobrevivência e fotossíntese.

Caule é a estrutura responsável pela estrutura da planta e suporte das folhas. Portan-
to, a água alcança as partes superiores das plantas através das raízes, caule e pelas
folhas e é eliminada como vapor d’água.

As plantas possuem ainda uma camada mais externa, denominada epiderme, a qual
reveste todas as porções envolvidas com a fotossíntese, como as folhas.

Uma cutícula envolve a epiderme, sendo responsável pelo retardamento da perda


de água, possibilitando assim hidratação e água suficientes para a manutenção das
plantas.

Os estômatos são constituídos de um par de células epidérmicas especializadas com


uma pequena abertura entre elas. Essas estruturas abrem e fecham em resposta a
sinais ambientais e fisiológicos, permitindo que a planta mantenha o equilíbrio entre
a perda de água, oxigênio e gás carbônico necessários ao seu desenvolvimento e
sobrevivência.

1.1.2.2 VARIAÇÃO DO CAULE

De acordo com o tipo de planta, o caule possui características específicas, como visto
na tabela a seguir:

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TABELA 1 - VARIAÇÕES DO CAULE

TIPO DE PLANTA CAULE


Jovens e anuais (expectativa de 1 ano de vida) Órgão fotossintetizante
Perenes (vivem por longos períodos) Espesso e lenhoso
Fonte: Elaborada pela autora.

Contudo, em plantas anuais ou perenes, o sistema vascular, conhecido também como


sistema condutor do caule, tem a função de fazer o transporte de substâncias entre
as estruturas fotossintetizantes e não fotossintetizantes do corpo de uma planta.

É importante salientar que o sistema vascular de uma planta possui dois componen-
tes principais:

• Xilema: a água passa em direção ascendente no corpo da planta.

• Floema: o alimento produzido pelas folhas e demais partes fotossintetizantes


da planta é transportado no corpo da planta.

1.1.2.3 EVOLUÇÃO E SOBREVIVÊNCIA

Várias adaptações foram necessárias para que as plantas pudessem se reproduzir em


ambientes terrestres. Uma dessas adaptações foi a produção de esporos resistentes
a ambientes secos, como caatinga e desertos, onde os embriões ficavam protegidos
contra agressões externas.

Estruturas como raízes, caule e folhas são responsáveis pela sobrevivência dessas
espécies em inúmeros e diversificados ambientes terrestres.

Assim, pode-se definir que as plantas são organismos pluricelulares evolutivamente


complexas, as quais evoluíram de acordo com as necessidades de adaptação e sobre-
vivência.

Pode-se concluir que, a partir da evolução e fixação das várias espécies de plantas
distribuídas por todos os continentes, sobre as mais diversas condições de clima,
solo, nutrientes e luminosidade, o planeta é composto por uma diversidade enor-
me de plantas, as quais conferem especificidade e características peculiares para
regiões do mundo.

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Botânica

Devido à evolução e adaptação de plantas em locais específicos, é comum


que determinadas espécies sejam encontradas apenas em alguns locais.
Podem-se citar os cactos, presentes em regiões de sertão e deserto, que
possuem estruturas específicas com o objetivo de acumular água por longos
períodos, sobrevivendo assim aos grandes períodos de seca.

1.1.3 IMPORTÂNCIA DA BOTÂNICA

O conhecimento da evolução das estruturas e espécies de uma planta só foi possível


graças ao estudo científico das diversas espécies de plantas ao longo da história da
humanidade.

Contudo, o estudo do reino plantae é recente. Até o fim do século XIX, a botânica
pertencia a uma área específica da medicina na qual os médicos estudavam as espé-
cies que lhes interessavam no contexto medicinal.

Atualmente, esse cenário se modificou, e a biologia vegetal, incluindo a botânica,


é uma disciplina importante nos cursos de graduação em ciências naturais, como
biologia, agronomia, engenharia ambiental, entre outros. Adicionalmente, devido à
sua importância, é uma área de pesquisa científica em instituições de pesquisa.

Há várias subdivisões no estudo das espécies de plantas, as quais se diferem de acor-


do com seu objeto de estudo/investigação, como:

• Fisiologia vegetal – estuda funcionamento das plantas.

• Morfologia vegetal – estuda os diversos formatos e constituição das plantas.

• Anatomia vegetal – estuda a estrutura interna das plantas.

• Taxonomia e sistemática ambiental – estuda a classificação e nomenclatura


das plantas, além de suas relações entre espécies.

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Botânica

• Citologia vegetal – estuda a estrutura e função das células.

• Genética – estudo da composição genética, variabilidade e hereditariedade.

• Genômica vegetal – estuda o conteúdo, organização e função dos genomas.

• Biologia molecular vegetal – estuda a estrutura e função das moléculas, como


genes, proteínas e aminoácidos.

• Botânica econômica – estuda o uso das plantas pela humanidade.

• Etnobotânica – estuda o uso de plantas como objetos medicinais.

• Ecologia vegetal – estuda a relação entre os organismos e o ambiente que


habitam.

• Paleobotânica – estuda a evolução de plantas fósseis.

O estudo e compreensão não só da composição e características dos diversos tipos


de plantas, como também de suas funções ambientais e ecológicas, são de extrema
importância à sobrevivência do planeta.

Os diversos tipos de plantas, além de algas e bactérias, constituem fontes renováveis


de energia para atividades humanas, além de outros produtos essenciais para ativi-
dades humanas, como gás, óleo e carvão.

Outra função crucial é o fato de os organismos fotossintetizantes, como as plantas,


serem responsáveis pela produção de energia e oxigênio, essenciais à sobrevivência
de outras espécies, como os seres humanos e animais.

As plantas transgênicas resultam-se da manipulação genética de genomas de plan-


tas, ou seja, da transferência de genes de interesse de determinada espécie de planta
para outra espécie diversa. O objetivo é produzir e perpetuar características espe-
cíficas e desejáveis na planta que recebeu o gene, como aumento de frutos, folhas,
caules, tempo de sobrevivência, tempo de floração, entre outros objetivos.

Explorar a botânica é de extrema importância e necessidade para a compreensão e


manutenção de questões ecológicas e ambientais atuais, além de abrir espaços para
a utilização de plantas em diversas necessidades ambientais e humanitárias, como
produção de medicamentos.

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SUMÁRIO 23
Botânica

CONCLUSÃO
Nesta unidade, você aprendeu o conceito da palavra botânica, bem como os assun-
tos que fazem parte dessa ciência.

Não poderíamos começar a unidade sem lhe apresentar os organismos heterotró-


ficos, aqueles que não são capazes de produzir seu próprio alimento, e os organis-
mos autotróficos, os quais são capazes de sintetizar seu próprio alimento através do
processo denominado fotossíntese.

Assim, você aprendeu que fotossíntese é o processo pelo qual as plantas utilizam a
energia obtida através do sol, do gás carbônico do ar atmosférico e da água absorvida
por suas raízes para produzirem glicose, que serve como sua fonte de alimento, e oxigê-
nio, o qual é essencial para a sobrevivência de várias espécies, incluindo nós, humanos.
Portanto, a fotossíntese produzida pelas plantas é essencial não só para a sobrevivência
da própria espécie, mas para as demais espécies, como animais e seres humanos.

Você aprendeu também sobre os processos evolutivos que ocorreram ao longo de


milhares de anos e que possibilitaram a adaptação, desenvolvimento e sobrevivência
de plantas nos mais variados locais do planeta. Caso alguém lhe pergunte por que
existem plantas no deserto do Saara – por exemplo, os cactos –, você saberá que é
resultado de vários processos evolutivos que permitiram às plantas o desenvolvimen-
to de estruturas, como raiz, caule, estômatos e folhas, além do sistema vascular, que
possibilita a condução de nutrientes essenciais à sobrevivência das plantas e de capa-
cidades fisiológicas específicas. Assim, todas essas especialidades das mais variadas
espécies de planas permitem que não só os cactos sobrevivam ao deserto, mas possi-
bilitam a vida das espécies de plantas em todos os locais do planeta.

Por último e não menos importante, você aprendeu a importância da botânica para
melhor conhecimento sobre as plantas nos mais diversos aspectos, desde a sua estru-
tura, material genético até o uso ativo das propriedades medicinais, por exemplo.

Assim, a botânica, além de permitir o conhecimento sobre diversas espécies de plan-


tas, possibilita o conhecimento sobre os princípios ativos e propriedades que permi-
tem a utilização de plantas em vários segmentos da sociedade, como alimentação e
produção de medicamentos.

Espero que você tenha gostado dos assuntos apresentados aqui e compreendido a
importância de cada um dos tópicos!

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Botânica

UNIDADE 2

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Registrar as
características da
célula vegetal.

> Identificar e registrar


as organelas que
compõem a célula
vegetal.

> Explicar a importância


das células vegetais.

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Botânica

2 CÉLULA VEGETAL
Nesta unidade, você aprenderá sobre as células vegetais. Importante salientar que
todos os organismos, sem exceção, são constituídos de células. Contudo, de acor-
do com o organismo e espécie, as células apresentam organelas e características
específicas.

As células vegetais apresentam algumas estruturas comuns às células animais, como


núcleo, retículo endoplasmático, citoplasma, complexo de Golgi, ribossomos, mito-
côndrias, peroxissomos e citoesqueleto. Entretanto, possuem algumas organelas que
são específicas das células vegetais, como parede celular, glioxissomos, plastos e suas
variações, além dos vacúolos de suco celular.

Cada organela desempenha uma função específica que juntas ou separadamen-


te exercem funções essenciais ao desenvolvimento e manutenção dos organismos
celulares.

INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você estudará a célula vegetal e aprenderá sobre todas as estruturas
que compõem cada célula das espécies vegetais.

Também verá as organelas específicas de uma célula vegetal, como a parede celular,
os glioxisomos, os plastos e suas variações, a exemplo de cloroplastos, cromoplastos
e leucoplastos, além dos vacúolos de suco celular. Assim, essas estruturas diferem
as células vegetais das células animais e conferem as características específicas dos
vegetais.

Contudo, além das organelas específicas das células vegetais, algumas organelas
são comuns às células animais, como núcleo contendo o material genético, retícu-
lo endoplasmático, ribossomos, mitocôndrias, peroxissomos, complexo de Golgi e
citoesqueleto.

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Você verá que cada organela desempenha um papel fundamental à estrutura, funcio-
namento e desenvolvimento das plantas.

Ao final desta unidade, você terá uma ótima compreensão sobre todas as organelas
e sua importância para as células vegetais.

2.1 CÉLULA VEGETAL

2.1.1 ESTRUTURAS ESPECÍFICAS DE UMA CÉLULA


VEGETAL

Todos os organismos que pertencem aos reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e
Animalia apresentam uma característica em comum: são formados por células. Entre-
tanto, cada célula possui particularidades de acordo aos organismos que compõe.

É importante salientar que as células de protozoários, algas, fungos, animais e as


células vegetais são células eucariontes, ou seja, possuem o núcleo definido por uma
carioteca.

Embora muitos processos biológicos sejam semelhantes em todas as células euca-


riontes, algumas características são específicas das células vegetais.

Algumas estruturas são características específicas de uma célula vegetal, como:

• parede celular;

• glioxissomos;

• plastos;

• vacúolo de suco celular.

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Botânica

2.1.1.1 PAREDE CELULAR

A parede celular é responsável pela formação do esqueleto das células vegetais, deter-
minando a forma das células vegetais. Adicionalmente, representa um reforço exter-
no da membrana plasmática. Também apresenta uma estrutura rígida e permeável,
ou seja, permite a passagem de água através de sua estrutura.

Formada por uma lamela média, a parede celular é constituída de pectatos de cálcio
e magnésio, e é responsável pela separação de duas células vizinhas.

A célula vegetal jovem é formada por uma parede celulósica primária, constituída por
hemicelulose, pectina e glicoproteínas. Essa estrutura é responsável pelo crescimen-
to celular. À medida que ocorre o processo de diferenciação celular, ocorre a depo-
sição de uma parede celulósica secundária, a qual é constituída por celulose sobre a
parede celulósica primária.

Assim, torna-se importante salientar que a parede celular é composta por:

• lamela média;

• parede celulósica primária;

• parede celulósica secundária.

Outra característica da parede celular é a sua descontinuidade, o que possi-


bilita a comunicação entre as células vegetais.

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2.1.2 GLIOXISSOMOS

Os glioxissomos são estruturas presentes nas células das folhas e das sementes que
estão em processo de germinação. Nas folhas, os glioxissomos participam de reações
de fixação do gás carbônico (CO2) pela fotossíntese. Já nas sementes, os glioxissomos
atuam na conversão dos ácidos graxos em moléculas menores, que serão converti-
das em glicose e como fonte de energia necessária no processo de germinação.

2.1.3 PLASTOS

Os plastos são estruturas exclusivas das células vegetais. São formados por uma dupla
membrana e contêm internamente uma matriz ou estroma, onde se situam os tila-
coides: sistema de membranas saculiformes achatadas.

Existem três diferentes tipos de plastos:

• cloroplastos;
• cromoplastos;
• leucoplastos.

Essas organelas são originadas dos proplastídeos, que são pequenas estruturas
presentes nos sacos embrionários e nos tecidos meristemáticos.

2.1.3.1 CLOROPLASTOS

Os cloroplastos são organelas que possuem DNA, RNA e ribossomos, podendo assim
codificar algumas proteínas específicas.

Nas células, os cloroplastos variam em número e forma. São estruturas visíveis ao


microscópio eletrônico e apresentam três componentes fundamentais:

1. envelope;
2. estroma;
3. tilacoides.

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Os cloroplastos são estruturas visíveis no microscópio. Assim, é muito comum


em aulas práticas os professores apresentarem aos alunos as estruturas dos
cloroplastos.

2.1.3.2 CROMOPLASTOS

Os cromoplastos são constituídos por pigmentos amarelos, alaranjados ou averme-


lhados, sendo encontrados nas estruturas coloridas das plantas, como pétalas, frutos
e algumas raízes.

Essas organelas são responsáveis pela atração dos animais, permitindo a polinização
e a dispersão das sementes de várias espécies vegetais.

2.1.3.3 LEUCOPLASTOS

Ao contrário dos cromoplastos, os leucoplastos são organelas incolores. Essas organe-


las são responsáveis pelo armazenamento de substâncias, como amido, proteínas e
lipídeos. São, portanto, presentes em espécies, como batata inglesa, que armazenam
amida e abacates que armazenam lipídeos.

2.1.4 VACÚOLO DE SUCO CELULAR

Os vacúolos de suco celular são organelas envolvidas por uma membrana lipoprotei-
ca denominada tonoplasto. Nas células vegetais adultas, os vacúolos estão centrali-
zados, ocupando quase todo o espaço intracelular. Nessas células, como os vacúolos
ocupam grande parte das células, o núcleo fica mais na periferia celular. Já as células
vegetais jovens são formadas por vários pequenos vacúolos, os quais estão espalha-
dos pelo citoplasma.

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No interior dos vacúolos, estão presentes carboidratos, proteínas e sais. Pode-se


encontrar pigmentos, como as antocianinas, que são pigmentos responsáveis pelas
cores dos azul, violeta, púrpura e vermelha das flores e folhas.

Os vacúolos são também responsáveis pelo armazenamento de substâncias e equilí-


brio osmótico das células vegetais.

Quando você tempera a salada com sal e vinagre, o meio externo da célu-
la fica hipertônico, e a célula vegetal perde água, ficando plasmolisada. Por
esse motivo, as folhas de alface ficam com o aspecto de murcha.

2.2 DEMAIS ESTRUTURAS CELULARES DOS


VEGETAIS

Além das estruturas celulares que são específicas das células vegetais, há outras orga-
nelas comuns entre as células vegetais e animais.

2.2.1 NÚCLEO E RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

O núcleo é a organela que difere os organismos procariotos e eucariotos. Os organis-


mos eucariotos têm como característica o núcleo envolvido por uma carioteca. Já os
organismos procariotos não possuem o núcleo definido pela carioteca.

O núcleo representa uma das organelas mais importantes e desempenha importan-


tes funções celulares, como:

• controlar as atividades que ocorrem dentro das células;

• determina quando e quais moléculas proteicas serão produzidas;

• armazena o DNA, responsável pela informação genética da célula; a informa-


ção genética no núcleo é definida como genoma nuclear.

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A membrana externa da carioteca, membrana que envolve o núcleo, pode ser contí-
nua com o retículo endoplasmático, um complexo sistema de membranas o qual
apresenta um papel fundamental na biossíntese celular.

Quando as células são coradas com corantes específicos, pode ser visualizada a croma-
tina: estrutura constituída de DNA, responsável por carregar a informação genética.
Quando a cromatina se condensa, é possível ver os cromossomos individualizados
dispostos dentro do núcleo.

Além do núcleo, a informação genética é presente no DNA dos plastídios


e no DNA das mitocôndrias das células vegetais. Adicionalmente, o mate-
rial genético (DNA) nas células dos eucariotas é muito maior que o material
genético das bactérias.

2.2.2 RIBOSSOMOS

Os ribossomos são organelas pequenas, formados por uma subunidade grande


e uma pequena, que contém proteínas e RNA. Os ribossomos são produzidos no
nucléolo e exportadas para o citoplasma, onde ocorre a união das subunidades gran-
de e pequena.

São abundantes no citoplasma celular, podendo ser encontrados tanto livres no cito-
plasma como associados ao retículo endoplasmático. Os ribossomos são fundamen-
tais no processo de formação de aminoácidos. Essas organelas representam os locais
onde os aminoácidos se unem para ocorrer a formação das proteínas.

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2.2.3 MITOCÔNDRIAS

As mitocôndrias são organelas envolvidas por duas membranas. As membranas


internas são denominadas cristas, as quais são essenciais para aumentar a superfície
disponível para as proteínas e para as reações associadas às proteínas.

As mitocôndrias são o local onde ocorre a respiração celular, a qual é um proces-


so que envolve a liberação de energia através das moléculas de adenosina trifosfato
conhecidas como ATP. A energia produzida pelas mitocôndrias representa a princi-
pal fonte de energia química para todas as células eucarióticas.

Adicionalmente, as mitocôndrias também estão envolvidas em outros processos meta-


bólicos, como a biossíntese de aminoácidos, cofatores vitamínicos e ácidos graxos.

2.2.4 PEROXISSOMOS

Os peroxissomos são organelas esféricas com uma única membrana e diâmetro entre
0,5 a 1,5 micrômetro. Contêm um conteúdo granular, podendo também ser consti-
tuídos de proteína. Essas organelas apresentam movimento dentro das células.

Diferentemente dos plastídios e mitocôndrias, os peroxissomos não possuem DNA e


ribossomos, portanto necessitam adquirir substâncias externas necessárias para a sua
replicação e de as suas proteínas.

Apresentam um papel importante na fotorrespiração, processo que consome oxigênio


e libera dióxido de carbono, o que é exatamente inverso do processo de fotossíntese.

Alguns peroxissomos, denominados glioxissomos, contêm enzimas necessárias para


a conversão dos lipídios durante a germinação das sementes.

2.2.5 COMPLEXO DE GOLGI

O complexo de Golgi, também denominado aparelho de Golgi, é composto por cinco


ou oito empilhamentos de sacos achatados, em formato de discos, que são frequen-
temente ramificados em túbulos.

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Ao contrário do complexo de Golgi das células de mamíferos, os empilhamentos


separados permanecem ativos durante a mitose e a citocinese.

O complexo de Golgi está envolvido na secreção. Em vegetais, estão envolvidos na


síntese e secreção dos polissacarídios não celulósicos da parede celular. Adicio-
nalmente, glicoproteínas também são processadas e secretadas pelo complexo de
Golgi. Assim, o complexo de Golgi pode processar simultaneamente os polissacarí-
dios e glicoproteínas.

2.2.6 CITOESQUELETO

Os citoesqueletos estão presentes em células eucarióticas. Essas estruturas são forma-


das por filamentos proteínicos que permeiam o citosol. Os citoesqueletos estão
envolvidos em muitos processos, como:

• divisão celular;

• crescimento celular;

• diferenciação celular;

• movimento de organelas de um local para outro na própria célula.

Nas células vegetais, o citoesqueleto consiste em dois tipos de filamentos: microtú-


bulos e filamentos de actina. Contudo, a estrutura e o papel dos filamentos interme-
diários nas células vegetais ainda são pouco conhecidos.

FIGURA 1 - CÉLULAS VEGETAL

Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.

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CONCLUSÃO
Ao longo desta unidade, você aprendeu sobre as características das células vegetais.

Você aprendeu que todos os organismos são formados por células e estas apresen-
tam características específicas de cada organismo e espécie os quais constituem.

As células vegetais contêm organelas específicas que as diferem das células animais,
por exemplo. Entre essas organelas, estão a parede celular, a qual é responsável pela
forma do esqueleto, e um reforço externo da membrana plasmática. A membrana
plasmática é uma estrutura funciona como um filtro, selecionando o que entra e sai
das células.

Os glioxissomos estão presentes nas células das folhas e das sementes em processo
de germinação e apresentam um papel essencial na fixação do gás carbônico (CO2)
pela fotossíntese e na conversão dos ácidos graxos em moléculas menores, como a
glicose.

Os plastos, também exclusivos das células vegetais, representam um sistema de


membranas saculiformes achatadas. Apresentam várias variações, como cloroplas-
tos, cromoplastos e leucoplastos, que desempenham funções específicas e neces-
sárias aos vegetais, como absorção de nutrientes, produção de proteínas, atração de
animais e semeadores de sementes e absorção de nutrientes.

Os vacúolos representam uma das mais importantes organelas vegetais e ocupam


um grande espaço intracelular. Também são responsáveis pelo armazenamento de
substâncias e equilíbrio osmótico.

Além dessas organelas que são específicas das células vegetais, esses organismos
apresentam outras estruturas comuns às células vegetais, como o núcleo, onde estão
presentes o material genético da planta: DNA e RNA.

Além do núcleo, outras organelas como retículo endoplasmático, ribossomos, mito-


côndrias, peroxissomos, complexo de Golgi e citoesqueleto, são organelas presentes
em células animais.

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Importante salientar que, como em humanos, qualquer alteração na formação,


composição e, consequentemente, na função desempenhada por qualquer uma
dessas organelas, desencadeia alterações celulares as quais podem comprometer a
viabilidade e a saúde dos vegetais.

Assim, perceba que as células vegetais são estruturas complexas e essenciais para a
formação e desenvolvimento dos vegetais.

Espera-se que você tenha gostado da unidade e aprendido um pouco mais sobre
esse extenso e importante universo dos vegetais.

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GLOSSÁRIO
Caatinga: bioma brasileiro de clima semiárido com vegetação pouco
folhosa e adaptada para períodos de secas. Esse bioma apresenta grande
biodiversidade.

Nitratos: minerais que fazem parte do ciclo do nitrogênio.

Plantas clorofiladas: plantas verdes que possuem clorofila e realizam


fotossíntese.

Plantas fósseis: restos ou vestígios preservados de plantas.

Reino plantae: reino que agrupa todas as espécies de plantas.

Ácidos graxos: os ácidos graxos representam um tipo de lipídio formado por


cadeias longas de carbonos (C) com um grupamento carboxila (–COOH).

Citocinese: processo que ocorre no fim da divisão celular em que ocorre a


separação das células após a formação dos núcleos.

Citosol: líquido responsável pelo preenchimento do interior do citoplasma.

Equilíbrio osmótico: distribuição uniforme da água em locais diferentes, os


quais são separados por uma membrana semipermeável.

Glicoproteínas: proteínas que têm um ou mais açucares ligados à sua


estrutura peptídica.

Membrana plasmática: estrutura que delimita todas as células procarióticas


e as eucarióticas. Estabelece uma barreira entre o meio intracelular, o
citoplasma e o ambiente extracelular.

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SUMÁRIO 37
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Mitose: processo de divisão celular em que uma célula dá origem a duas


outras células iguais.

Polissacarídios não celulósicos: polissacarídeos sem celulose.

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UNIDADE 3

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Registrar as
características da
histologia das plantas
vasculares.

> Identificar e registrar


as características dos
tecidos vegetais.

> Examinar a
importância dessas
estruturas para a
sobrevivência dos
vegetais vasculares.

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SUMÁRIO 39
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3 HISTOLOGIA DE VEGETAIS
VASCULARES
Ao observar uma planta você já parou para pensar na complexibilidade de seu
organismo, ou se um simples vegetal necessita de formações específicas para
sobreviver? Ou essas questões nunca lhe vieram à mente?

Nesta unidade você irá aprender sobre a histologia dos vegetais vasculares, ou seja,
das plantas que possuem vasos condutores de seivas.

Ao longo da unidade você irá aprender sobre os dois tipos de tecido que compõem
esses vegetais: os tecidos vegetais embrionários e os tecidos vegetais adultos.
Assim, aprenderá as subdivisões desses tecidos e a importância de cada um deles
para a constituição e desenvolvimento dos vegetais.

Detalhadamente, você aprenderá sobre os meristemas primário e secundário, os


tecidos vegetais adultos que estão envolvidos em várias funções essenciais para o
desenvolvimento e manutenção vegetal, como sustentação, condução e secreção,
além de aprender sobre os parênquimas.

Você verá que todas essas estruturas são relevantes e importantes para o desenvol-
vimento e manutenção vital desses organismos.

INTRODUÇÃO
Nesta unidade você estudará a histologia dos vegetais vasculares e aprenderá sobre
os tipos de tecido que compõem esses vegetais, suas subdivisões e a importância
para o funcionamento de atividades vitais dos vegetais vasculares.

Você verá sobre os tecidos embrionários ou meristemáticos e os tecidos adultos


ou fundamentais e aprenderá a diferença entre os meristemas primários e secun-
dários, além dos tipos de tecidos adultos, os quais têm como responsabilidade
manter as funções vitais das plantas vasculares.

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Assim, aprenderá a importância dos parênquimas, tecidos de sustentação e teci-


dos de condução, os quais são divididos entre xilema e floema, além dos tecidos de
secreção, os quais apresentam inúmeras características e funções diversas, sendo
responsáveis não só pela sobrevivência dos vegetais, como também por possibili-
tarem a utilização das substâncias produzidas pelas plantas para agentes poliniza-
dores e humanos, por exemplo.

Não se assuste, ao longo da unidade você compreenderá melhor cada um desses


termos e questões, e verá como uma simples planta apresenta uma constituição
complexa e diversificada.

3.1 MERISTEMAS

A histologia vegetal é a área da Botânica responsável pelo estudo dos tecidos vege-
tais embrionários, ou meristemáticos, e os tecidos vegetais adultos, ou fundamen-
tais.

Os tecidos vegetais adultos são responsáveis por várias funções, como:

• Reserva

• Secreção

• Condução

• Sustentação

• Revestimento

• Preenchimento de espaços

3.1.1 TECIDOS VEGETAIS EMBRIONÁRIOS

A palavra meristema deriva do grego merismós, que significa divisão. Os meriste-


mas são um conjunto de células indiferenciadas, com paredes celulares delgadas,
pequenos vacúolos no interior do citoplasma e um núcleo central.

Essas células se multiplicam ativamente por mitose. Assim, devido à sua capacidade

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SUMÁRIO 41
Botânica

de divisão celular, as células meristemáticas são responsáveis pelo crescimento e


pela origem dos demais tecidos vegetais através da diferenciação.

Os meristemas, ou tecidos vegetais embrionários, podem ser classificados em:

• Meristema primário

• Meristema secundário

3.1.2 MERISTEMA PRIMÁRIO

O meristema primário se localiza no embrião e na região apical do caule e da raiz,


promovendo o crescimento longitudinal, ou primário. Este tecido é constituído por
várias estruturas, como:

• Protoderme: região em que se origina a epiderme vegetal.

• Meristema fundamental: onde se originam parênquimas, colênquima e escle-


rênquima.

• Procâmbio: local em que se origina o sistema vascular primário, constituído


por xilema e floema.

• Caliptrogênio: considerado um quarto tipo de tecido meristemático primário,


este tecido está localizado na raiz e é responsável pela formação da coifa, ou
caliptra, a qual tem a função de proteger a extremidade da raiz.

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FIGURA 2 - ESTRUTURA DE UMA RAIZ VEGETAL

ESTRUTURA DA RAIZ

Pelo Xilema Tecido


Floema Vascular

Epiderme

Área de
divisão celular Capa ou
proteção da raiz

Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.

3.1.3 MERISTEMA SECUNDÁRIO

O meristema secundário se origina de células que já se diferenciaram através de um


processo denominado desdiferenciação celular.

Este tipo de meristema é responsável pelo crescimento vegetal em espessura, ou seja,


pelo engrossamento dos vegetais, também conhecido como crescimento secun-
dário.

O crescimento secundário ocorre em plantas do tipo gimnospermas (plantas que

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Botânica

não produzem frutos, como os pinheiros) e na maioria das plantas do tipo angiosper-
mas (plantas com frutos).

O meristema secundário é composto por:

• Felogênio: onde se origina o súber, para fora, e a feloderme, para dentro.

• Epiderme: conjunto de súber, felogênio e feloderme.

• Câmbio interfascicular: responsável pela formação do cilindro central onde


estão localizados os vasos condutores de seiva:

• Floema, para fora, e xilema, para dentro.

3.2 TECIDOS VEGETAIS ADULTOS

São tecidos que sofreram diferenciação celular. Esses tecidos são classificados de
acordo com a função que exercem no vegetal.

3.2.1 TECIDO DE PREENCHIMENTO, RESERVA E


ARMAZENAMENTO

O tecido parenquimático, denominado parênquima, é constituído por células vivas


que possuem grande vacúolo, parede celular delgada e plasmodesmos, os quais são
responsáveis pelo contato entre os protoplasmas de células vizinhas.

Os parênquimas são responsáveis pelo preenchimento de espaços, funcionando


também como um tecido de reserva e armazenamento de substâncias.

De acordo com a função que exercem, os parênquimas são classificados em:

• Parênquima de preenchimento: parênquima cortical e medular

• Parênquima de assimilação: tecido rico em cloroplastos

• Responsável pela fotossíntese. Esse tecido é encontrado nas folhas e


nos caules finos e verdes.

• Denominado parênquima clorofiliano, ou clorênquima

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• Parênquima de reserva, ou armazenamento:

• Amilífero: armazena amido que confere reserva energética vegetal

• Aquífero: armazena água

• Aerífero, ou aerênquima: armazena ar nas plantas aquáticas, permitin-


do sua flutuação

• Essa função é essencial para o fluxo de oxigênio para o interior


do vegetal.

• Oleoso: acumula lipídios, principalmente nas sementes, servindo como


reserva energética.

O tecido parenquimático corresponde ao tecido conjuntivo presente nos


animais.

3.2.2 TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO

Como em todos os organismos, a sustentação do corpo vegetal é indispensável para


seu desenvolvimento e manutenção dos vasos condutores de seiva.

Há dois tipos de tecidos especializados na sustentação vegetal:

1. Colênquima: constituído por células vivas, alongadas e com parede celular


formada de celulose e pectina. Nessas células ocorre espessamento de celu-
lose com o objetivo de aumentar a resistência e não interferir na flexibilidade
do tecido. Esse tipo de tecido é encontrado em pecíolos foliares, caules jovens
e herbáceos.

2. Esclerênquima: constituído por células alongadas e mortas devido à deposi-


ção de lignina. Esse tecido é responsável pela rigidez do caule.

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Botânica

As fibras do tecido esclerênquima possuem grande importância comercial na


indústria têxtil, por exemplo, na produção dos tecidos de linho.

3.2.3 TECIDOS DE CONDUÇÃO

O tecido de condução vegetal, também conhecido como tecido ou sistema vascular,


é formado por Xilema e Floema.

O xilema é conhecido como lenho – estrutura responsável pelo transporte da seiva


bruta ou inorgânica, composta por água e sais minerais – e composto por células
mortas ricas em depósito de lignina. Este tecido é o principal tecido de sustentação
em plantas com crescimento secundário.

As estruturas características deste tecido são as fibras esclerenquimáticas, o parênqui-


ma lenhoso e os elementos dos vasos, constituídos por células lignificadas e mortas,
as quais se comunicam entre si, formando assim um canal por onde trafega a seiva
bruta.

Os vasos lenhosos do xilema podem ser de dois tipos:

• Abertos ou traqueias: tubos longos constituídos de numerosas células. Nesse


tipo de vaso as membranas transversais desapareceram.

• Encontrados nas angiospermas.

• Fechados ou traqueídes: tubos longos tubos constituídos por numerosas célu-


las com membranas transversais com perfurações.

• Encontrados em pteridófitas e gimnospermas.

O floema é também conhecido como líber: responsável pelo transporte da seiva


elaborada ou orgânica, rica em substâncias orgânicas – responsável pela condução
da seiva elaborada, a qual é rica em compostos orgânicos, desde as folhas até todas

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as partes vegetais. O floema é constituído por células vivas e sem núcleo (anucleadas)
contendo orifícios que permitem a circulação da seiva elaborada.

3.2.4 TECIDOS DE SECREÇÃO

Os tecidos secretores vegetais são constituídos por células responsáveis pela elimina-
ção de substâncias resultantes do seu metabolismo.

Dentre os elementos secretores estão:

• Pelos secretores ou tricomas: são responsáveis pela produção de substâncias:

• urticantes com a função de conferir defesa à planta.

• adesivas que auxiliam na auxiliam na captura da presa.

São encontradas em plantas carnívoras, acumulam de óleos ou substâncias aromáti-


cas e, por exemplo, são encontrados no tomateiro.

• Nectários: responsáveis pela produção de néctar, uma substância açucarada,


com a função de atrair os agentes polinizadores.

• O néctar é encontrado nas flores

• Glândulas digestivas: estruturas compostas de células secretoras de enzimas


digestivas.

• Presente em plantas carnívoras

• Tubos lactíferos: tubos longos, contínuos e ramificados. Essa estrutura não


possui paredes celulares. O interior do citoplasma contém o látex, substância
de aspecto leitoso, com a função de obstruir o ferimento da planta, quando o
tubo é rompido.

• Presente em seringueira e na planta coroa-de-cristo

• Vasos resiníferos: constituídos de canais que acumulam as resinas elaboradas


por células secretoras.

• Presentes em pinheiros e pinhos

• Bolsas secretoras: delimitam uma cavidade em que são depositados óleos,


sais, dentre outras substâncias.

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• Presente nos eucaliptos

• Células secretoras: ocorrem na epiderme de folhas e caules, ou internamente


à planta.

• Presente em quase todas as espécies de vegetais

CONCLUSÃO
Caro aluno, ao longo desta unidade você aprendeu sobre a histologia dos vegetais
vasculares. É importante você lembrar que a histologia é a ciência que estuda a
composição, estrutura e função dos tecidos. E plantas vasculares são plantas que
possuem vasos condutores de seiva. Assim, resumindo, ao longo desta unidade você
aprendeu sobre a composição, estrutura e função dos tecidos das plantas vasculares.

Você aprendeu, também, que essas plantas são compostas por dois tipos de tecidos:
os tecidos embrionários, ou meristemáticos, e os tecidos adultos, ou fundamentais.

Os tecidos embrionários, ou meristemáticos, são tecidos presentes desde o desenvol-


vimento desses vegetais. Devido à capacidade desses tecidos de fazer mitose, ou seja,
de fazer a divisão celular gerando novas células idênticas, esses tecidos são responsá-
veis pelo crescimento e pela origem de todos os tecidos vegetais, através da diferen-
ciação celular.

O meristema primário se localiza no embrião, na região do caule e da raiz, permi-


tindo o crescimento primário. Já o meristema secundário se origina de células que
sofreram a diferenciação celular do meristema primário e são responsáveis pelo cres-
cimento secundário, ou seja, o engrossamento dos vegetais.

Os tecidos vegetais adultos são tecidos que passaram pelo processo de diferenciação
celular e são classificados de acordo com a função que exercem nos vegetais vascu-
lares.

O parênquima é um tecido constituído por células vivas, com a função de preenchi-


mento de espaços, reserva e armazenamento de substâncias.

Os tecidos de sustentação são responsáveis pela sustentação e pelo desenvolvimento

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e manutenção dos vasos condutores de seiva. São formados por colênquima e escle-
rênquima.

Os tecidos de condução são responsáveis pela condução de substâncias vitais ao


organismo vegetal. São constituídos pelo xilema, que transporta a seiva bruta, e o
floema, que transporta a seiva elaborada.

Finalmente, e não menos importantes, os tecidos de secreção são responsáveis pela


eliminação de substâncias resultantes do metabolismo vegetal e são classificados de
acordo com a substância que secretam.

Assim, caro aluno, ao longo desta unidade você teve a oportunidade de aprender e
compreender a importância da diferenciação celular dos tecidos embrionários para
a formação de diferentes tecidos adultos com funções diversificadas, as quais são
essenciais para a manutenção de funções vitais dos vegetais vasculares.

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SUMÁRIO 49
Botânica

UNIDADE 4

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Registrar as
características da
composição dos
vegetais.

> Identificar e registrar a


morfologia dos órgãos
vegetais.

> Demonstrar a
importância da
morfologia das
estruturas vegetais.

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4 MORFOLOGIA DOS ÓRGÃOS


VEGETAIS
Ao ver um vegetal, como árvores, flores e até mesmo os mais diferentes tipos de
frutos, você já parou para pensar como é a sua composição, ou seja, quais estrutu-
ras são responsáveis pela sua constituição e funções? Então, ao longo desta unida-
de, vamos perpassar por essas e outras dúvidas quanto à morfologia dos vegetais.

Ao longo desta unidade, você irá aprender a diferença entre os órgãos vegetativos,
como a raiz, caule e folhas; e os órgãos reprodutivos de um vegetal, compostos pela
flor, fruto e semente.

Você verá que cada uma dessas estruturas possui constituições e funções diferen-
tes e que juntas são responsáveis por toda a formação e funções dos vegetais.

Ainda, nesse contexto, você irá aprender sobre a classificação dos diversos tipos de
frutos existentes, além de aprender o que são os pseudofrutos.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, estudaremos os órgãos de um vegetal. Independentemente da
função de quem trabalha com vegetais, o entendimento e a compreensão dos
órgãos e de suas funções são essenciais para o exercício de seu trabalho com êxito
por meio da utilização adequada de um vegetal de acordo com suas característi-
cas. Assim, o estudo sobre a morfologia dos vegetais é de suma importância dentro
do estudo de Botânica.

Um vegetal, por mais básico que se pareça, não é tão simples assim. Cada tipo é
constituído pelos órgãos vegetativos, os quais são responsáveis pelas funções vitais
e básicas, como raiz, caule e folhas. É constituído também pelos órgãos reproduti-
vos, os quais são responsáveis pela reprodução e propagação das espécies de vege-
tais. Esses órgãos incluem flor, fruto e semente.

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Botânica

Os frutos representam a parte comestível dos vegetais, desempenhando um forte


papel à sobrevivência das espécies, inclusive aos seres humanos, pelo fato de serem
responsáveis pela alimentação e nutrição das espécies, além de possuírem uma
importância econômica na comercialização das mais variadas espécies. Assim, não
há como aprender botânica sem compreender a morfologia dos vegetais.

4.1 MORFOLOGIA DOS ÓRGÃOS VEGETAIS

A morfologia dos vegetais subdivide os órgãos vegetativos, ou seja, os órgãos dos


vegetais em dois grupos:

1. Órgãos vegetativos - raiz, caule e folha.

2. Órgãos reprodutivos - flor, fruto e semente.

4.1.1 ÓRGÃOS VEGETATIVOS

São aqueles responsáveis pelas funções básicas para a sobrevivência de um vege-


tal.

4.1.1.1 RAIZ

A raiz é um órgão vegetativo subterrâneo e aclorofilado, responsável pelas funções


de:

• Condução da seiva.

• Fixação dos vegetais.

• Absorção de nutrientes e água.

• Armazenamento de substâncias.

Esse órgão pode ter duas origens: uma onde a raiz principal se origina a partir da
radícula embrionária e a outra são as raízes secundárias, também denominadas
radicelas, em que se originam a partir de ramificações de uma raiz principal.

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A morfologia de uma raiz é complexa, sendo composta de cinco regiões, e cada


uma dessas regiões possuem características e funções especializadas.

1. Coifa: estrutura vegetal que envolve o ápice da raiz com a função de proteger
a região embrionária de agressões do solo, além de abrir espaço entre as partí-
culas do solo na medida em que vai penetrando.

De acordo com o tipo de raiz, a coifa apresenta características diversas:

• Em raízes aéreas: protege contra a falta de umidade do ar.

• Em raízes aquáticas: é inexistente ou é dupla e desenvolvida, pelo fato de


não ser desgastada pelo atrito com o solo.

2. Zona lisa: responsável pelo crescimento longitudinal. Essa estrutura é compos-


ta pelas seguintes partes:

• Parte embrionária: formada por células com grande potencial de realizar


mitose.

• Parte de alongamento: formada por células que promovem o crescimento


vegetal.

• Parte de maturação: formada por células em fase de maturação.

3. Zona de absorção: composta por uma vasta quantidade de pelos, os quais


aumentam a superfície de absorção da raiz.

4. Zona de ramificação: região em que ocorre o crescimento secundário da raiz


(a partir da raiz principal). Nessa região, surgem as raízes secundárias, as quais
possuem a função de aumentar a fixação da planta. Essa região é desprovida
de pelos, o que não permite, portanto, a absorção de água.

5. Colo: região de transição entre a raiz e o caule. Essa região é um centro de


adequação dos tecidos de condução da raiz até os tecidos condutores do
caule.

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Botânica

4.1.1.2 CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES

As raízes podem ser classificadas em terrestres, aéreas e aquáticas.

• Raízes terrestres: encontradas de três tipos diversos.

1. Axial ou pivotante: possui um eixo principal de onde nascem as raízes


secundárias (típicas em gimnospermas e dicotiledôneas).

2. Fasciculada: não possuem um eixo principal e nem raízes secundárias


(encontradas em monocotiledôneas).

3. Tuberosa: esse tipo especial de raiz acumula substâncias de reserva: esse


acúmulo de reservas pode ocorrer em raízes axiais e em raízes fascicula-
das. Assim podem ser denominadas:

• Tuberosas axiais: encontradas na cenoura, nabo, na beterraba e raba-


nete.

• Tuberosas fasciculadas: encontradas na batata-doce e na mandioca.

As raízes fasciculadas possuem grande importância para a contenção de encos-


tas, possuindo, assim, uma importância ecológica.

• Raízes aéreas: estão localizadas fora do solo, ou seja, são aquelas raízes que
são visíveis. Esse tipo de raiz possui várias denominações.

• Adventícias (raízes de escoras ou suporte): formadas a partir de uma


região aérea - aumentam a área de fixação da planta (encontradas
em vegetais como o milho e a planta de mangue).

• Cintura: ocorrem nas plantas que se desenvolvem sobre árvores,


como as bromélias e orquídeas (absorvem água da chuva).

• Estrangulantes: raízes típicas de vegetais que se desenvolvem sobre


outras plantas (podem comprimir o caule da planta suporte, o que

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dificulta a circulação da seiva orgânica, provocando assim a morte da


planta suporte. Um exemplo é o cipó-mata-pau).

• Tabulares: estendem-se pela superfície do solo até fundirem-se ao


caule, aumentando a capacidade de fixação do caule na superfí-
cie (encontradas em árvores de grande porte em florestas tropicais,
como a figueira e mangueiras).

• Raízes aquáticas: não possuem pelos e coifa, mas são formadas por uma
estrutura que possibilita sua flutuação e circulação denominada parênquima
aerífero.

4.1.1.3 CAULE

É a estrutura aérea dos vegetais de grande porte, como as árvores. É originado a partir
do caulículo e da gêmula dos embriões vegetais. Suas ramificações são originadas a
partir do meristema apical dos vegetais.

O caule possui várias funções como:

• Produção de sustentação das folhas.

• Condução de seiva.

• Responsabilidade pela interligação de raízes e folhas.

• Sustentação as plantas aéreas.

• Armazenamento de nutrientes, água e ar.

Possui uma estrutura primária resultante do meristema primário e uma estrutura


secundária o qual é resultante do meristema secundário.

Os caules são formados por três estruturas:

1. Gemas: botão vegetativo responsável pelo crescimento caulinar. Constituída


pelo tecido embrionário possuindo intensa atividade de multiplicação celular.

As gemas possuem diferentes classificações:

• Posição: laterais ou axilares e terminais.

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• Estado funcional: ativas ou dormentes.

• Gemas vegetativas: responsáveis pela produção de ramos.

• Gemas reprodutoras: responsáveis pela formação das flores.

2. Nós: região mais espessa de onde se originam folhas, ramos e galhos.

3. Internós: região entre dois nós.

4.1.1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CAULES

Os caules podem ser classificados em aéreos e subterrâneos.

Caules aéreos

São classificados em:

• Aéreos eretos: os caules aéreos eretos são classificados como:

• Tronco: caule aéreo desenvolvido e lenhoso, ramificado, apresentando


crescimento secundário - encontrado em árvores e arbustos.

• Estipe: esse tipo de caule não possui crescimento secundário e ramifica-


ções. Possui um tufo de folhas em seu ápice - característico de palmeiras.

• Hastes: possuem caules pouco desenvolvidos - encontrados em ervas e


arbustos.

• Colmo: possui caule característico das gramíneas.

• Trepadores: os caules aéreos trepadores não se sustentam sozinhos, neces-


sitam de outras estruturas para sua sustentação. São classificados como:

• Volúvel: necessita de suporte para se enrolar - encontrado nas trepa-


deiras.

• Sarmentoso ou ecandescente: necessita de uma estrutura para sua fixa-


ção - encontrado nas uvas.

• Estolão: caule rastejante - encontrado na grama e morangos.

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Caules subterrâneos

São classificados em:

• Rizoma: caule rastejante rico em substâncias de reserva - encontrado nas


samambaias e bananeiras.

• Tubérculo: rico em substâncias de reserva (batata-inglesa).

• Aquáticos: caules verdes e adaptados a ambientes aquáticos, sendo ricos em


parênquima aerífero - encontrado na vitória-régia.

4.1.1.5 FOLHA

As folhas são estruturas laminares e, na maioria das vezes, verdes. São originadas a
partir das extremidades dos ramos e dos caules.

As folhas possuem importantes funções como realização de trocas gasosas entre os


vegetais e o meio externo. Elas são responsáveis por funções básicas como:

• Respiração: ocorre nas folhas na ausência de luz

• Transpiração: passagem de água por toda a estrutura do vegetal, desde sua


absorção pelas raízes até a evaporação pelas folhas, através da respiração.

• Gutação: processo onde a planta elimina água em estado líquido através das
folhas.

• Fotossíntese: produção de oxigênio e energia vegetal.

Uma folha completa é composta pelas seguintes estruturas:

• Pecíolo: haste que prende a folha ao caule.

• Bainha: parte basal do pecíolo responsável por envolver a folha no ramo ou no


caule.

• Estípulas: pequenas projeções foliares que protegem a gema axilar da folha.


Quando não desenvolvidas, podem ser transformadas em espinhos.

• Limbo: é a principal parte da folha, pois representa a lâmina, sendo responsá-


vel pela realização da fotossíntese.

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4.1.2 ÓRGÃOS REPRODUTIVOS

Confira como funciona e quais são os órgãos responsáveis pela reprodução.

4.1.2.1 FLOR

As flores são as porções coloridas e, muitas vezes, perfumadas dos vegetais. Essas
estruturas se localizam nas extremidades dos ramos e são originadas das gemas ou
dos botões florais.

FIGURA 3 - FLORES

Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.

Uma flor é composta por várias estruturas:

• Receptáculo floral: base dilatada do pedúnculo onde se encaixam as demais


estruturas florais.

• Verticilos forais: formados por peças iguais e classificados como verticilos de


proteção e reprodução.

• Verticilos de proteção:

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• Cálice: conjunto de sépalas, folhas modificadas e estéreis, na maioria


das vezes de coloração verde, e confere proteção à flor.

• Corola: conjunto de pétalas, folhas modificadas e estéreis, na maioria


das vezes, coloridas e perfumadas. Apresenta função de proteção aos
órgãos reprodutores e atração dos agentes polinizadores, como os
insetos, por exemplo.

• Perianto: conjunto de cálice e corola.

• Verticilos de reprodução:

• Androceu: sistema reprodutor masculino formado por um conjun-


to de estames, que são folhas modificadas para executar o papel de
órgãos reprodutores masculinos. Essas estruturas produzem os grãos
de pólen. O androceu é composto pelos estames que constituem
os órgãos reprodutores masculinos da flor: filete, conectivo e antera,
onde estão localizados os grãos de pólen.

• Gineceu ou pistilo: sistema reprodutor feminino formado por um


conjunto de carpelos que representam as folhas modificadas em
órgãos de reprodução femininos da planta. Cada carpelo é constituí-
do por: estigma, estilete e ovário, onde são produzidos os óvulos.

A flor é o órgão vegetal responsável pela fecundação. Após a polinização atra-


vés dos agentes polinizadores, como insetos e o vento, ocorre a fecundação na
genitália feminina.

4.1.2.2 FRUTO E SEMENTE

O desenvolvimento do ovário origina a parte externa do fruto, e o desenvolvimento


dos óvulos dá origem às sementes.

Um fruto é constituído por duas partes:

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1. Pericarpo: conjunto das três partes que caracterizam um fruto.

• Epicarpo: região mais externa do fruto resultante do espessamento da


porção externa do ovário. Exemplos: são as cascas dos frutos.

• Mesocarpo: é a porção comestível e a parte média do fruto, resultante


do engrossamento do parênquima entre as porções externa e interna do
ovário. Exemplos: mamão, tomate e abóbora.

• Endocarpo: é a porção comestível dos frutos cítricos e a região que envolve


a semente. Exemplos: laranja, limão e mexerica.

2. Semente: o desenvolvimento do óvulo, após a fecundação, dá origem às


sementes. Elas são constituídas por:

• Tegumento ou casca - estrutura formada pela testa ou tégmen, que confe-


re proteção e disseminação. Alguns tipos de sementes possuem anexos e
cicatrizes, os quais são vestígios do óvulo.

• Anexos: expansão dos tegumentos.

• Cicatrizes: local da semente que se insere no fruto.

Os frutos são classificados de acordo com o acúmulo de substâncias de reserva e libe-


ração das sementes:

• Frutos carnosos: acumulam substâncias de reserva e água. Estes frutos


possuem o pericarpo suculento. Podem ser classificados em:

• Baga: possuem as sementes soltas, não ligadas ao endocarpo. Exemplos:


uva, tomate, mamão, pepino, laranja, abóbora, melancia.

• Drupas: ocorre na fusão do endocarpo com a semente, que endurece para


formar o caroço. Exemplos: pêssego, manga, ameixa, cereja, coco, azeitona
e amêndoa.

• Frutos secos: não acumulam substâncias de reserva.

• Frutos deiscentes: o pericarpo se abre para liberar as sementes. Exemplos:


feijão, ervilha, soja.

• Frutos indeiscentes: a semente está fixada no interior dos frutos quando madu-
ros. Assim, as sementes são liberadas apenas com a deterioração do fruto ou
através de animais que tenham se alimentado dos frutos. Exemplo: avelã.

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4.1.2.3 PSEUDOFRUTOS

Representam os frutos em que a parte comestível não é derivada do ovário, mas de


outras partes da flor.

Os pseudofrutos são classificados em:

• Simples: parte comestível proveniente do pedúnculo ou do receptáculo floral.

• Parte comestível derivada do receptáculo floral desenvolvido: Exemplos:


maçã, marmelo e pera.

• Parte comestível derivada do pedúnculo floral desenvolvido. Exemplo: caju.

• Compostos: partes comestíveis provenientes do receptáculo floral desenvolvi-


do de uma flor com muitos carpelos separados. Exemplos: morango e fram-
boesa.

• Múltiplos ou infrutescências: cada tipo de infrutescência é resultante de uma


inflorescência. Exemplos: abacaxi, figo e amora.

CONCLUSÃO
Ao longo desta unidade, você aprendeu sobre a morfologia dos vegetais, a qual é
subdividida em órgãos vegetativos, que são responsáveis pelas funções vitais dos
vegetais e em órgãos reprodutores, sendo estes responsáveis pela fecundação e
produção dos frutos.

Os órgãos vegetativos são compostos por estruturas básicas, como a raiz, caule e
folhas. As raízes são as estruturas responsáveis por inúmeras funções, incluindo a
fixação e absorção de nutrientes, como sais minerais e água, imprescindíveis para
a sobrevivência de TODAS as espécies vegetais. Quanto à sua morfologia, as raízes
podem ter uma raiz principal e as secundárias, que se originaram da raiz principal.

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Botânica

Assim, de acordo com a sua formação, as raízes possuem inúmeras classificações,


como terrestres, aéreas e aquáticas.

O caule representa a estrutura aérea dos vegetais, sendo a estrutura responsável por
inúmeras funções, como sustentação das plantas e das folhas, condução da seiva
bruta e elaborada, além de armazenar nutrientes, água e ar. De acordo com suas
características, o caule pode ser classificado como eretos, trepadores e subterrâneos.

As folhas são estruturas verdes dos vegetais, em algumas espécies podendo aparecer
com outra tonalidade. As folhas também exercem inúmeras funções, incluindo uma
função primordial para a sobrevivência vegetal: realização da fotossíntese.

Os órgãos reprodutivos são as estruturas responsáveis pela reprodução dos vegetais.


Esses órgãos incluem as flores, os frutos e as sementes.

As flores, além de ser a parte responsável pelo embelezamento e pelo perfume dos
vegetais, são responsáveis pela produção das espécies. Essa estrutura possui os órgãos
reprodutores masculinos e femininos. Adicionalmente, por suas características orna-
mentais, possuem uma grande importância econômica.

Os frutos representam a parte comestível dos vegetais, sendo originados pelo desen-
volvimento do ovário. Possuem três camadas fundamentais: o epicarpo, que repre-
senta a casca dos frutos; o mesocarpo, que é a parte comestível, e o endocarpo, que
representa a porção mais interna, envolvendo as sementes. Os frutos são classifica-
dos de acordo com sua capacidade de armazenar substância e liberação ou não das
sementes, as quais são originadas do desenvolvimento dos ovários vegetais. Os frutos
ainda são classificados em pseudofrutos, de acordo com a região em que se originam.

Assim, espero que você tenha aprendido e compreendido a importância e caracterís-


ticas da morfologia dos vegetais.

Bons estudos!

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Botânica

UNIDADE 5

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Registrar as
características das
plantas vasculares sem
sementes.

> Identificar e registrar


a constituição e
reprodução dessas
espécies.

> Identificar os filos e


a evolução dessas
espécies.

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SUMÁRIO 63
Botânica

5 PLANTAS VASCULARES SEM


SEMENTES
Você já parou para pensar na diversidade de espécies de plantas que existem ao
nosso redor e distribuídas ao longo de todo o planeta?

Pois bem, existem inúmeras espécies e classificações de plantas de acordo com suas
características morfológicas, suas funções, formas de reprodução, entre tantas outras
características.

Nesta unidade, você irá estudar sobre as plantas vasculares sem sementes, que
compreendem, no geral, espécies como samambaiais e musgos. Você verá que essas
plantas possuem uma organização em sua estrutura, bem como uma forma de repro-
dução específica.

Dentre as principais características desse grupo de plantas está o fato de elas possuí-
rem um sistema condutor de fluídos e não produzir sementes.

Este conteúdo é de extrema importância no estudo da Botânica e em seu aprendiza-


do sobre os mais diversos tipos de plantas e suas características.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, estudaremos as plantas vasculares sem sementes, ou seja, as plantas
que possuem vasos condutores de seiva bruta e elaborada (xilema e floema) e não
produzem sementes. Você irá aprender como é a organização do corpo dessas plan-
tas, além dos dois tipos de crescimento: primário e secundário.

Como uma das características fundamentais desses vegetais é a presença do sistema


vascular, você também irá aprender detalhadamente sobre a localização dos tecidos
vasculares.

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A reprodução dessas plantas é um ponto crucial para a diferenciação entre outras


espécies, pelo fato de possuírem alternância entre as gerações e a produção de espo-
ros, através da esporogênese.

A dominância das plantas é um tema importante para o estudo de Botânica e que


sempre está aliado à evolução dos vegetais.

No segmento das plantas vasculares sem sementes há vários filos de plantas, os quais
são organizados de acordo com as características das espécies que os compõem.

Assim, todo este conteúdo é fundamental para sua formação e compreensão sobre a
diversidade e especificidade das plantas.

Bons estudos!

5.1 PLANTAS VASCULARES SEM SEMENTES

As plantas, como todos os seres vivos, possuem ancestrais aquáticos. A evolução das
espécies vegetais está relacionada com a ocupação do ambiente terrestre e a inde-
pendência da água para a reprodução.

As plantas vasculares sem sementes têm características bem definidas:

• Possuem vasos condutores de fluidos: xilema e floema.

• Possuem esporófitos de vida livre os quais são mais proeminentes que os


gametófitos.

Dessa forma, a ocupação do ambiente terrestre por essas espécies de plantas ocorre
devido à geração produtora de gametas e a necessidade de água para a fecundação.

O surgimento do sistema condutor de fluido (xilema e floema) resolveu o problema


do transporte de água e de substâncias nutritivas na planta.

Adicionalmente, a capacidade de produzir lignina, uma substância presente nas


células vegetais, permitiu a sustentação das paredes vegetais e das células conduto-
ras de água, o que foi um passo fundamental para a evolução das plantas.

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Botânica

Assim, devido às adaptações para sua existência no ambiente terrestre, as plantas


vasculares são bem-sucedidas e representam as plantas dominantes nos habitats
terrestres.

Como exemplo desse tipo de plantas temos as samambaias.

5.1.1 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

Os vegetais vasculares sem sementes possuem um conjunto de raízes que formam o


sistema radicular, responsável pela fixação e absorção de água e sais minerais do solo.

O caule, juntamente com as folhas, forma o sistema caulinar. No caule se originam


os órgãos fotossintetizantes especializados: as folhas, as quais são dispostas para a
captura da luz solar.

O sistema vascular dos vegetais vasculares sem sementes é responsável pela condu-
ção de água e minerais para as folhas. As folhas, por sua vez, produzem fotossíntese,
quando os produtos resultantes partem das folhas para outras partes da planta.

Nas plantas vasculares, os diferentes tipos de células que formam seu corpo estão
organizados em tecidos, e os tecidos, por sua vez, estão organizados em unidades
maiores denominadas sistemas de tecidos.

As plantas vasculares possuem vários sistemas de tecidos:

1. Tecido dérmico: responsável pelo revestimento externo de proteção da planta.

2. Tecido vascular: é formado pelos tecidos condutores de fluídos: o xilema e floema.


Esse tecido está imerso no tecido fundamental.

5.2 CRESCIMENTO

As plantas vasculares sem sementes possuem dois tipos de crescimento:

1. Crescimento primário.

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2. Crescimento secundário.

O crescimento primário ocorre próximo às extremidades da raiz e do caule. Esse tipo


de crescimento está envolvido com o crescimento vertical da planta, ou seja, com o
aumento em comprimento do corpo da planta.

Os tecidos que são formados durante o crescimento primário são denominados teci-
dos primários; consequentemente, a parte do corpo da planta formada por esses
tecidos é denominada corpo primário da planta.

Plantas vasculares primitivas são formadas inteiramente de tecidos primários.

Após o crescimento primário, ocorre a segunda forma de crescimento: o crescimento


secundário. Esse tipo de crescimento é responsável pelo aumento em espessura do
caule e da raiz. Através desse crescimento, as espécies vegetais conseguem terminar
sua maturação, atingindo a fase adulta. Adicionalmente, esse crescimento favorece
o desenvolvimento vegetal e os movimentos dos fluídos pelos vasos condutores: o
xilema e floema.

O crescimento secundário, por sua vez, é responsável pelo aumento em espessura


do caule e raiz.

5.3 LOCALIZAÇÃO DOS TECIDOS VASCULARES

Os tecidos vasculares primários, denominados xilema primário e floema primário,


juntamente com a medula, a qual é uma coluna central de tecido fundamental,
formam o cilindro central, ou estelo, localizado na raiz e/ou no caule no corpo primá-
rio da planta.

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Existem vários tipos de estelos:

• Protostelo: representa o mais simples e primitivo tipo de estelo. Esse tipo de


estelo é formado por um cilindro sólido de tecidos vasculares, onde o floema
ou circunda o xilema ou está disperso dentro dele. É encontrado em grupos
extintos de plantas vasculares sem sementes e nos caules jovens de algumas
espécies atuais. Adicionalmente, esse tipo de estelo é encontrado na maioria
das raízes.

• Sifonostelo: encontrado nos caules da maioria das espécies de plantas vascula-


res sem sementes. Esse tipo de estelo é caracterizado por uma medula central
circundada por um tecido vascular. O floema pode ser formado apenas na
parte externa do cilindro de xilema ou em ambos os lados. Em samambaias, o
tecido vascular parte do caule em direção às folhas.

• Eustelo: constituído por um sistema de feixes isolados ao redor de uma


medula.

5.4 CICLOS DE VIDA – REPRODUÇÃO

Todas as plantas vasculares são oogâmicas, ou seja, possuem grandes oosferas, as


quais são os gametas femininos, e pequenos anterozoides, gametas masculinos.
Durante a fecundação, os anterozoides nadam ou são conduzidos até a oosfera.

Outra característica importante é que as plantas vasculares possuem uma alternân-


cia de gerações heteromórficas, ou seja, nesse tipo de ciclo de vida, há uma geração
haploide seguida por uma geração diploide.

Na fase haploide (n), o gametófito irá produzir gametas através da mitose. Logo após
a fecundação dos gametas, o zigoto passará por inúmeras divisões mitóticas, as quais
originarão a fase diploide (2n) do ciclo de vida, o esporófito.

Já esporófito irá produzir os esporos através da meiose. Os esporos, por sua vez, irão
germinar e dar origem a novos gametófitos.

Esse ciclo de vida é denominado alternância de gerações heteromórficas, pelo fato


de a geração gametofítica ser morfologicamente distinta da geração esporofítica.

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5.4.1 PRODUÇÃO DE ESPOROS

As primeiras plantas vasculares produziam apenas um tipo de esporo através da


meiose, e elas são denominadas homosporadas. Atualmente, a homosporia é encon-
trada em quase todos os tipos de samambaias, cavalinhas e algumas espécies das
licófitas. Os esporos desse tipo de plantas podem produzir gametófitos bissexuados.

Ao contrário das homosporia, a heterosporia consiste na produção de dois tipos de


esporos, sendo encontrada em algumas poucas samambaias e todas as plantas com
sementes.

A heterosporia originou-se durante a evolução das plantas vasculares.

Os dois tipos de esporos são denominados:

1. Micrósporos: dão origem a gametófitos masculinos.

2. Megásporos: dão origem a gametófitos femininos.

Há algumas diferenças entre os esporos das plantas vasculares homosporadas e os


esporos das plantas vasculares heterosporadas:

• Os micrósporos e megásporos são muito menores do que os esporos das plan-


tas homosporadas.

• Nas plantas heterosporadas, o gametófito se desenvolve no interior da parede


do esporo e nas plantas homosporadas – os gametófitos se desenvolvem fora
do envoltório do esporo.

5.5 DOMINÂNCIA E IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS

A diversificação das plantas pode ser interpretada de acordo com o aumento de sua
dominância nos ambientes terrestres, o que as levou a substituírem as espécies de
plantas que anteriormente eram dominantes. A evolução também apresenta um
papel crucial no desenvolvimento e dominância dessas espécies.

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Dentre as plantas dominantes, os maiores grupos são os seguintes:

• As primeiras plantas vasculares são caracterizadas por terem uma estatura


pequena e morfologia simples. Essas plantas incluem as riniófitas, zosterofi-
lófitas e trimerófitas, que foram dominantes há cerca de 425 até 370 milhões
de anos.

• As plantas com sementes surgiram há pelo menos 380 milhões de anos.


Incluem-se as plantas gimnospermas, como os pinheiros, as quais domina-
ram as floras terrestres durante a maior parte da era Mesozoica até cerca de
100 milhões de anos.

• Já as plantas com flores são espécies que apareceram há cerca de 135 milhões
de anos. É o filo mais abundante na maior parte do mundo em 30 a 40 milhões
de anos e apresenta dominância até os dias atuais.

5.6 FILOS DE PLANTAS VASCULARES SEM


SEMENTES

As plantas vasculares sem sementes possuem filos distintos. A seguir, você verá alguns
dos filos dessas plantas.

5.6.1 FILO RHYNIOPHYTA

Esse filo compreende as primeiras plantas vasculares conhecidas. Esse grupo de plan-
tas se extinguiu há cerca de 380 milhões de anos.

As plantas riniófitas eram plantas sem sementes, homosporadas, e consistiam em


caules, simples e ramificados com esporângios terminais. Assim, o corpo dessas plan-
tas não era diferenciado em raiz, caule e folha.

5.6.2 FILO ZOSTEROPHYLLOPHYTA

Esse grupo de plantas vasculares sem sementes também está extinto. Assim como
as riniófitas, essas plantas não possuíam folhas e eram dicotomicamente ramifica-
das. Possuíam caules aéreos, os quais eram revestidos por uma cutícula. Os ramos

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inferiores desse tipo de plantas poderiam estar imersos na lama e frequentemente


produziam ramos laterais, os quais se dividiam em dois eixos. As zosterofilófitas se
assemelham superficialmente às gramíneas.

5.6.3 FILO TRIMEROPHYTOPHYTA

O filo Trimerophytophyta possui em sua maioria plantas de diversas linhagens evolu-


tivas. Esse filo representa o grupo ancestral das samambaias e das progimnospermas,
formando um grupo diversificado.

Essas espécies possuíam uma ramificação mais complexa. O eixo principal forma
sistemas de ramos laterais, os quais se dicotomizavam várias vezes. Alguns de seus
ramos menores terminavam em esporângios alongados.

5.6.4 FILO MONILOPHYTA

Esse filo representa a maioria das samambaias. Assim, esse filo compreende as
samambaias e as cavalinhas. Essas espécies eram consideradas filos separados; contu-
do, análises recentes das características morfológicas, genes nucleares e cloroplastos
indicam que samambaias e cavalinhas podem ser agrupadas em um único filo devi-
do às suas características.

5.6.4.1 SAMAMBAIAS

Há mais de 12.000 espécies de samambaias. Essas plantas representam o maior e


mais diverso grupo de plantas, ficando atrás apenas das angiospermas: plantas que
produzem frutos. A diversidade das samambaias é maior nos trópicos, onde apro-
ximadamente cerca de 3/4 das espécies são encontradas. Nesses locais, além das
muitas espécies de samambaias, há abundância em muitas comunidades vegetais.

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Nos Estados Unidos da América e Canadá, há cerca de 380 espécies de


samambaias. Já na Costa Rica cerca de 1.000 são encontradas. Importante
também salientar que cerca de 1/3 de todas as espécies de samambaias
tropicais crescem em troncos ou ramos de árvores.

As samambaias representam as espécies de vegetais vasculares sem sementes mais


comuns.

CONCLUSÃO
Nesta unidade, você estudou sobre as plantas vasculares sem sementes. Ou seja, as
plantas que possuem vasos condutores de fluídos necessários à sua sobrevivência,
como água e sais minerais, e não possuem sementes.

Essas plantas são espécies evoluídas de plantas aquáticas e incluem as pteridofitas,


que possuem como espécie mais conhecida as samambaias.

A organização do corpo dessas plantas é constituída por: sistema radicular responsá-


vel pela fixação e absorção de água e sais minerais do solo; sistema caulinar, onde se
originam os órgãos fotossintetizantes especializados, que são as folhas.

Essas plantas possuem diferentes tecidos, como o tecido dérmico, que é responsável
pelo revestimento externo de proteção da planta, e tecido vascular que é formado
pelos tecidos condutores de fluídos, o xilema e floema. Importante salientar que o
tecido vascular está imerso no tecido fundamental.

O crescimento das plantas vasculares sem sementes ocorre em duas etapas.


O primeiro tipo é o crescimento primário, próximo às extremidades da raiz e do caule
e envolvido com o aumento em comprimento do corpo da planta. O crescimento
secundário é responsável pelo aumento em espessura do caule e raiz.

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Outra característica importante é a localização dos vasos condutores. Esses tecidos


estão localizados nos estelos, que estão localizados na raiz e/ou no caule no corpo
primário da planta.

A reprodução dessas plantas ocorre através da alternância de gerações, ou seja, alter-


nância da fase haploide e diploide, tendo como fundamental característica a produ-
ção de esporos. Assim, caro aluno, aqueles pontinhos amarelados ou amarronzados
que você vê nas folhas das samambaias nada mais são que os esporos, os quais serão
utilizados na reprodução dessas plantas.

Ainda de acordo com o tipo de produção de esporos, as plantas vasculares sem


sementes são classificadas em homosporadas e heterosporadas. E a dominância
das plantas, ocorre de acordo com a diversificação e a evolução, que permitiram
que as espécies adquirissem características favoráveis à ocupação dos mais diferen-
tes habitats.

Por fim, há vários filos que agrupam às mais diferentes espécies de plantas vasculares
sem sementes de acordo com suas características.

Assim, nesta unidade, você aprendeu os conceitos e os pontos fundamentais para a


compreensão e estudo desse tipo de plantas. Compreenda que é muito importante
para a sua formação aprender e registrar as características dos mais diversos tipos de
plantas existentes.

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Botânica

UNIDADE 6

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Registrar a importância


e características da
identificação botânica.

> Identificar e registrar


as etapas da coleta de
material botânico.

> Identificar e aplicar a


função da herborização
e dos herbários.

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6 IDENTIFICAÇÃO DE
MATERIAL BOTÂNICO:
MÉTODOS DE COLETA E
HERBORIZAÇÃO
Sabemos que há diversas espécies de vegetais identificadas, e toda essa diversidade
de espécies compõe a biodiversidade ao redor do mundo.

Mas, você já se perguntou quais são os métodos necessários para a identificação de


uma espécie vegetal? Se nunca pensou nessa pergunta e nunca leu a respeito, não se
preocupe, pois ao longo desta unidade você obterá as respostas.

Assim, nesta unidade você compreenderá a importância da identificação do material


botânico e como é realizado passo a passo. Dentro desse contexto, você irá aprender
sobre os métodos de coleta e todas as características do processo de coleta.

Por fim, você irá aprender sobre a herborização e as características de um herbário.

Este conteúdo é de extrema importância. Saiba que tudo que você aprendeu sobre
botânica é devido aos procedimentos de coleta, herborização e identificação do
material botânico.

INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, estudaremos a identificação do material Botânico. Você verá que a
identificação desse material é apenas a “ponta do iceberg” de trabalhos extensos e
criteriosos, como a coleta e herborização.

Ao longo desta unidade, você estudará sobre a identificação botânica e os méto-


dos necessários para sua realização, como a coleta de material botânico, incluindo
os critérios necessários para sua execução, além de todos os cuidados necessários,
materiais utilizados e indispensáveis, e as técnicas e os cuidados da coleta.

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Ao fim da unidade, você verá como é realizada a herborização do material coletado e


as características de um herbário. Mas não se assuste, porque até chegar a esse ponto
você verá o conceito e aplicação de um herbário.

Espero que você goste da unidade, pois foi preparada com muito zelo e carinho, e
que compreenda a importância dessas ações para o conhecimento da biodiversida-
de vegetal do planeta!

Bons estudos!

6.1 IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL BOTÂNICO

A identificação botânica representa o ato de identificar todas as características de


uma espécie vegetal.

Para tanto, requer métodos específicos, como:

• Coleta: representa o trabalho de campo em que profissionais, como biólogos


e pesquisadores, vão a campo para coletar amostras vegetais.

• Herborização: representa a deposição das amostras coletadas em herbários.

Uma identificação botânica de qualidade é extremamente importante e necessária,


para servir como base para várias aplicações, por exemplo:

• Estudos taxonômicos das espécies vegetais.

• Elaboração de trabalhos científicos sobre a flora de uma determinada locali-


dade.

• Determinação de espécies vegetais de um inventário.

• Facilitação do conhecimento de plantas medicinais e tóxicas, a fim de melho-


rar sua utilização e seu controle.

• Armazenamento de exemplares de todas as espécies possíveis, com o objetivo


de servir como base para a identificação de outras espécies por comparação.

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É importante salientar que uma identificação botânica de qualidade requer uma


coleta muito bem-feita e que obedeça a algumas regras básicas de coleta. Contudo,
o processo de identificação botânica é muito complexo, pelo fato de exigir do identi-
ficador conhecimentos específicos sobre a morfologia vegetal, pois apenas por meio
de uma combinação das diferentes características das plantas pode-se chegar a sua
correta identificação.

A identificação botânica representa o primeiro passo para o manejo dos


recursos vegetais.

6.1.1 PASSO A PASSO DA IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA

Para a identificação correta das espécies vegetais, várias medidas devem ser tomadas
no ato da coleta, como:

Descrição detalhada e minuciosa de todas as estruturas vegetativas da planta

Essa descrição está relacionada a raízes, flores, caule e frutos. É importante salientar
que a descrição envolve as mínimas características das estruturas. Essas estruturas
devem evidenciar as particularidades de cada planta, a fim de facilitar a diferencia-
ção entre as espécies.

As características de uma planta, como seu tamanho, coloração, disposição e arran-


jo, são específicas e individuais de cada espécie e aos grupos taxonômicos de cada
espécie, o que possibilita ao identificador obter, ainda no campo, uma identificação
prévia da espécie vegetal.

As amostras devem ser encaminhadas a um herbário que esteja de acordo com as


Normas do Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB).

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Botânica

Essas amostras devem ser encaminhadas para obter sua identificação confirmada
por um especialista.

No herbário, o processo de identificação mais comum é por meio de comparação,


pelo qual a amostra recém coletada é comparada com outra já coletada anterior-
mente e identificada.

Quando a amostra nova não coincide suas características com nenhuma


outra do herbário, recebe o título de “espécie nova”. Portanto, neste caso, o
correto é encaminhá-la a um especialista da família ou grupo taxonômico
com o qual a amostra apresente mais afinidade. Apenas este especialista
providenciará a descrição e publicação da nova espécie de acordo com as
normas do CINB.

6.1.2 MÉTODOS DE COLETA

A coleta representa o processo em que profissionais vão a campo para coletar as


amostras. É importante salientar que cada coleta possui um objetivo específico.
Assim, um dos passos para uma coleta de qualidade é a definição da área a ser estu-
dada.

É de extrema importância e necessidade que essa área seja representativa de sua


localidade e que permita atender todos objetivos propostos por cada estudo. Nesse
contexto, deve-se ser realizada uma análise prévia do local onde se deseja realizar a
coleta.

Após a definição da área, é necessário estabelecer a época e o horário em que serão


feitas as idas ao campo, o que irá depender da fisionomia da vegetação. Alguns cuida-
dos devem ser tomados, como:

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• Evitar períodos de chuvas.

• Optar por épocas que antecedam as perdas das folhas.

• Optar por coletas no período da manhã.

• Coletar em estações como primavera e verão.

• Contudo, na maioria das vezes é necessário monitorar alguns indivíduos ao


longo do ano, a fim de obter material de qualidade.

6.1.2.1 CUIDADOS DURANTE A COLETA

Os profissionais que vão a campo devem contar, se possível, com um bom conhece-
dor da flora local. Assim, recomenda-se, avaliar com cautela se essa pessoa, na maioria
das vezes chamada “mateiro”, identifica, por exemplo, espécies iguais com o mesmo
nome popular, a fim de evitar o levantamento de resultados duvidosos.

Além do mateiro, a equipe de coleta deve contar com um coletor experiente, pois é
muito comum encontrar, por exemplo, cipós no meio da vegetação.

Outro ponto importante é dar preferência para coletas de ramos completos, procu-
rando, por exemplo, coletar exemplares com flores e frutos.

No caso de plantas dioicas, plantas em que as estruturas reprodutivas masculinas e


femininas são formadas em indivíduos diferentes, é importante coletar amostras do
indivíduo feminino e do indivíduo masculino. Normalmente, esses indivíduos estão
localizados próximos um do outro, o que facilita sua coleta.

Um exemplo de planta dioica é a espécie Cannabis sativa, popularmente conhecida


como planta da maconha.

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Botânica

As variações morfológicas de uma mesma espécie, como coloração das


flores e folhas, espessura comprimento do caule e raízes e comprimento das
folhas, por exemplo, são comumente encontradas em campo. Neste caso, é
necessário coletar os diversos tipos de variação encontradas, tomando-se o
cuidado de coletar todas as variações morfológicas encontradas e registrar
que se trata de variações da mesma espécie.

6.1.2.2 MATERIAIS DE COLETA

Para o trabalho de campo, é necessário levar o maior número possível de material


utilizado na coleta. É importante lembrar que podem ser encontradas, por exemplo,
de árvores de grande porte até arbustos e gramíneas.

A quantidade de material irá variar de acordo com o objetivo de cada coleta, tempo
de duração, acesso a área, entre outros fatores.

Alguns equipamentos são essenciais para qualquer coleta em campo, como:

• Botas, luvas e óculos de proteção: auxiliam na proteção dos profissionais em


campo.

• Binóculo: auxilia na localização de material fértil e na identificação das espé-


cies em campo.

• Tesoura de poda: ajuda na redução do tamanho do material coletado, a fim de


que fique do tamanho e número necessários para montagem das exsicatas.
A maioria das espécies vegetais armazenadas nos herbários está em forma de
excicatas.

• Caderno de coleta: permite fazer anotações que irão facilitar a posterior identi-
ficação dos materiais botânicos coletados. Sempre devem ser anotados dados
como: local, data de coleta, coletor, tipo de vegetação, hábito de crescimento,

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o número do indivíduo (se for o caso), nome vulgar regional e todas as carac-
terísticas do indivíduo, por exemplo: tipo de tronco, cheiro, presença de látex,
cor da flor, etc.

• Caneta: utilizada para anotação e para marcar os materiais vegetativos cole-


tados.

• Fita crepe: todo material botânico coletado deve ser identificado com auxílio
de uma fita crepe, contendo o número do indivíduo.

• Fita métrica: utilizada para medir altura, circunferência e diâmetro do material


coletado.

• Canivete: auxilia na constatação de determinadas características em campo,


por exemplo, a retirada de casca para averiguação de cor e odores.

• Altímetro: auxilia na identificação da altitude do local de coleta.

• Bússola, mapas e GPS: auxiliam na orientação, facilitando assim a correta


determinação e anotação dos pontos de coleta.

• Corda de sisal ou cintos de lona: auxiliam a amarração do material prensado.

Após a coleta do material, são necessários vários materiais para o acondicionamento


correto das mais diversas espécies, como:

• Saco de plástico e envelopes: utilizados para acondicionar o material coletado.

• Folhas de alumínio enrugado: utilizadas a fim de proporcionar maior aeração.


Devem ser colocadas entre as folhas de papelão, durante a prensagem.

• Folhas de papelão: utilizadas para separar as amostras do alumínio enrugado.

• Jornal: utilizado para acondicionar as amostras. Deve ser cortado no sentido


longitudinal e depois dobrado ao meio.

• Prensa de madeira: utilizada para prensar o material botânico.

• Lupa: utilizada para aumentar a área e observar detalhes, por exemplo, a cor
de flores muito pequenas.

• Saco de papel: utilizado para o acondicionamento de briófitas, líquens, fungos


e frutos.

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Botânica

• Sílica e saco hermético: utilizados para o acondicionamento de amostras desti-


nadas ao estudo e análise de DNA.

• Vidros: utilizados para conservação, em álcool a 70% ou formol, de flores e


frutos carnosos

• Álcool 70%: utilizado para conservar as amostras em sacos plásticos, frutos e


flores em vidros.

• Solução de formol, álcool e água: utilizada para conservação dos frutos e flores
em vidros.

Durante as coletas devem ser coletadas, no mínimo, cinco amostras de cada


espécie, preferencialmente fértil, ou seja, com flores e/ou frutos, pois esses
órgãos são imprescindíveis para a classificação dos vegetais.

6.1.2.3 TÉCNICAS E CUIDADOS DE COLETA

De acordo com a espécie a ser coletada, devem ser tomados alguns cuidados especí-
ficos no momento da coleta, a fim de garantir a estabilidade e qualidade do material
coletado:

• Plantas aquáticas: deve-se fazer uso de uma folha de papel, colocando-a


submersa sob o indivíduo. O objetivo é retirar toda água para que a amostra
fique presa à folha de papel.

• Plantas ramifloras ou caulifloras: é importante destacar os frutos e flores junto


com a área de suporte do tronco.

• Bromélias: as espécies pequenas devem ser coletadas inteiras, e as grandes


devem ser coletadas com algumas folhas.

• Palmeira: deve-se cortar cada folha em três partes e especificar a base com a
letra B, o meio com a letra M e o ápice com a letra A.

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• Briófitas: pelo fato de serem vegetais avasculares, não devem ser prensadas,
mas sim acondicionadas em sacos de papel.

• Algas: devem ser conservadas em água proveniente do mesmo local da coleta,


ou em formol a 4%.

• Árvores e arbustos: há vários métodos de coleta como utilização de tesoura de


poda, escalada, esporão, escada de alumínio e espingardas.

6.1.3 HERBORIZAÇÃO

A herborização consiste no processo de preparo do material botânico coletado para a


preservação e armazenamento deste material nos herbários. Esse processo de inicia-
-se através da coleta do material, em que a maioria das espécies vegetais são coloca-
das entre folhas de papel, como jornais.

Após a coleta é necessário realizar a prensagem, a fim de manter a estabilidade e as


características das estruturas vegetais.

Para o preparo do conjunto que será prensado, são utilizados papelões e folha de
alumínio enrugada entre os jornais, que contém as espécies coletadas. A utilização
desses materiais é importante por permitirem a passagem de ar entre quente duran-
te o processo de desidratação.

Após a montagem das folhas de jornais com os papelões, estes conjuntos são dispos-
tos entre duas lâminas de madeira e amarrados com barbantes ou cordas.

A função das prensas de madeira é manter o material apertado entre os


jornais e papelões, de maneira que, ao secarem, todas as estruturas como
caules, folhas e flores mantenham suas características.

A sequência para a montagem dos conjuntos que serão prensados pelas lâminas de
madeira está apresentada no fluxograma a seguir.

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Botânica

FIGURA 4 - FLUXOGRAMA SEQUÊNCIA PARA A MONTAGEM DOS CONJUNTOS


QUE SERÃO PRENSADOS

Folha de
Folha de jornal com Folha de
Folha de Folha de Folha de Folha de
alumínio material alumínio
papelão papelão papelão papelão
enrugada botânico enrugada
coletado

Fonte: Elaborado pela autora, 2019.

É importante salientar que essa sequência pode ser repetida inúmeras vezes, de
acordo com a disponibilidade da prensa de madeira. Ou seja, vários materiais podem
ser prensados de uma vez. Contudo, os conjuntos devem ser muito bem montados
e organizados.

A próxima etapa da herborização consiste na desidratação do material através de


uma fonte de calor, sendo utilizadas geralmente estufas. A temperatura de seca-
gem fica geralmente entre 45 e 60 ºC, levando aproximadamente 72 horas para a
secagem.

O objetivo da secagem do material coletado é eliminar a umidade. Além das


estufas, outras fontes de calor podem ser utilizadas, como lâmpadas dispos-
tas no fundo de uma caixa. É importante salientar que cada espécie vegetal
apresenta um tempo de secagem característico, de acordo com o nível de
água presente em cada planta.

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Após todos o processo de prensagem e secagem, é realizado o processo de preparo


das excicatas, que, como mencionado, consiste na fixação das espécies vegetais em
cartolina com uma etiqueta ou rótulo de identificação. Posteriormente, cada exsicata
será armazenada em herbários.

Onde Pesquisar

Se você tiver interesse em visualizar o processo de herborização, acesse a


internet e pesquise o vídeo: Aprenda a fazer Identificação de Plantas do
Rodrigo Polisel. O botânico apresenta a importância de um herbário e como
realizar a coleta de material botânico para a identificação de plantas. Adicio-
nalmente, alguns aspectos importantes, como o que é importante observar
e o que registrar, são demonstrados neste vídeo.

6.1.3.1 ARMAZENAMENTO DE FRUTOS

Todo o processo de herborização é realizado para espécies vegetais coletadas em


jornais, como a maioria das plantas e flores. Contudo, alguns materiais, como frutos
carnosos e sementes, que não podem ser prensados e desidratados, devem ser arma-
zenados em recipientes fechados, como vidros, contendo uma solução de armazena-
mento, geralmente álcool ou formol.

Dessa forma, os herbários consistem em um centro de informações ativo e atualiza-


do, devido à permutação de materiais e/ou devido às coletas periódicas, que aumen-
tam a coleção.

Essas espécies coletadas e armazenadas em soluções conservantes constituem as


carpotecas dos herbários, que consistem em coleções de frutos dessecados ou manti-
dos em líquido conservador.

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Assim, nesse contexto é importante observar que os herbários armazenam todas as


espécies e estruturas vegetais coletadas e identificadas, como frutos, raízes e semen-
tes, e não apenas plantas e flores.

6.1.3.2 HERBÁRIOS

Os herbários podem ser definidos representantes da composição flora local, regional,


nacional e mundial.

Todos os exemplares, antes de serem incorporados ao acervo de um herbário, devem


ser registrados no “Livro de registros” e organizados em numeração arábica crescente,
contendo as seguintes informações:

• Família

• Gênero

• Espécie

• Nome(s) do coletor(es)

• Data e local de coleta

Assim, em todos os herbários existe um fichário, no qual consta todas as espécies que
compõem o acervo do herbário.

É importante também salientar que os herbários possuem laboratórios equipados


com equipamentos, como: estufa para secagem de plantas, microscópio e estereos-
cópio para observação detalhada, e aparelhos para reidratação do material botânico
que são utilizados para o estudo das estruturas vegetais.

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BIBLIOGRAFIA COMENTADA
A identificação botânica, que abre margem e fundamentação para estudos aprofun-
dados e pesquisas, permite o conhecimento sobre as espécies vegetais, incluindo
suas funções e características específicas.

O livro “Características Plásticas e Botânicas das Plantas Ornamentais”, de Aselmo


Augusto de Castro, publicado em 2014, em todo seu conteúdo apresenta as defini-
ções e características das plantas utilizadas para o paisagismo. Assim, esse livro abor-
da, além das características, as formas de utilização de cada espécie vegetal.

Outra bibliografia interessante e que aborda o potencial medicinal das espécies vege-
tais é o livro intitulado “Farmacobotânica: aspectos teóricos e aplicação”, de Sioma-
ra da Cruz Monteiro e Clara Lia Costa Brandelli, publicado em2017. Este livro abor-
da tanto as características como o potencial medicinal/farmacológico das espécies
vegetais.

Assim, as respectivas bibliografias permitem o conhecimento e aprofundamento da


utilização diversificada do conhecimento botânico. Recomendo a leitura!

CONCLUSÃO
Ao longo desta unidade você aprendeu termos e técnicas aplicadas em Botânica.

Você estudou sobre a identificação do material botânico e aprendeu que, para se


chegar à identificação botânica, é preciso de duas técnicas específicas: a coleta e
herborização.

A identificação botânica é uma etapa muito minuciosa, criteriosa e detalhista. É


necessário avaliar cada microestrutura e compará-las com espécies já identificadas,
em herbários, com o objetivo de identificar se trata-se de uma espécie já identificada
ou uma nova espécie.

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A identificação botânica apresenta inúmeras aplicações, como: estudos taxonômi-


cos, trabalhos científicos, determinação de espécies de inventário, conhecimento de
plantas medicinais e tóxicas, além do armazenamento de exemplares de todas as
espécies possíveis com a finalidade de ser a base para a identificação de outras espé-
cies através do método de comparação nos herbários.

Os herbários podem ser denominados como uma “coleção de plantas dessecadas,


conservadas e organizadas segundo uma sistemática, para fins de pesquisa científica;
ervário, fitoteca.” Assim, um herbário representa um local onde são dispostas todas as
espécies identificadas.

As coletas botânicas são processos longos, desgastantes e trabalhosos. Requerem


profissionais qualificados e que compreendem bem de botânica e características
vegetais, pois no ambiente de coleta são esses profissionais que avaliarão minuciosa-
mente cada estrutura vegetal e irão decidir o que coletar ou não. Na grande maioria
das coletas, esses profissionais são acompanhados por um guia que conhece bem o
local da coleta.

Ainda, o trabalho de coleta começa bem antes da ida ao campo, pois é primordial
definir os objetivos da coleta e área a ser estudada. Vários cuidados e materiais de
coleta são necessários para garantir o sucesso da “expedição”.

Diante das várias espécies de vegetais, existem inúmeras técnicas de coleta, que irão
depender do tipo de vegetal que será coletado.

Após a coleta, as amostras passam pelo processo de herborização, que irá preparar
as amostras para sua conservação e armazenamento ideais. A grande maioria das
espécies vegetais passa pelo processo de desidratação e prensagem, sendo então
armazenadas em cartolinas, na forma de excicatas. Frutos carnosos, por exemplo, são
armazenados em soluções conservantes.

Por fim, os herbários servem como “casa”, onde essas espécies serão identificadas,
armazenadas e registradas.

Assim, diante de tudo que você aprendeu, espero que tenha compreendido a impor-
tância e riqueza dessa unidade para seu aprendizado e para a Botânica.

Desejo sucesso em sua caminhada!

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GLOSSÁRIO
Herbário: de acordo com o dicionário Houaiss, o conceito de herbário é
coleção de plantas dessecadas, conservadas e organizadas segundo uma
sistemática, para fins de pesquisa científica; ervário, fitoteca.

Exsicata: é uma amostra de planta desidratada e prensada (herborização).


Esse material encontra-se fixado em uma cartolina com etiqueta ou rótulo de
identificação da espécie vegetal. As exsicatas são normalmente armazenadas
em herbários e são utilizadas em estudos botânicos.

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REFERÊNCIAS
FONSECA, L. R. da; RAMOS, P. O ensino de botânica na licenciatura em ciências biológi-
cas: uma revisão de literatura. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO
EM CIÊNCIAS. 11., 2017, Florianópolis, SC. Anais... Universidade Federal de Santa Catarina,
2017. Disponível em: <http://abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/R1127-1.
pdf>. Acesso em: 08 maio 2019.

EVERT, Ray F. et al. Biologia vegetal. 8. ed. Reimpr. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2018.

RAIZ. In: DICIONÁRIO Houaiss. Versão monousuário 3.0. Rio de Janeiro: Editora Objeti-
va,2009.

Ray F. E. et al. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

SCHWAMBACH, C.; SOBRINHO, G. C. Fisiologia vegetal: introdução às características, funcio-


namento e estruturas das plantas e interação com a natureza. São Paulo: Erica,2014. 192 p.

RAY, F. E. et al. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

SCHWAMBACH, C.; SOBRINHO, G. C. Fisiologia vegetal: introdução às características,


funcionamento e estruturas das plantas e interação com a natureza. São Paulo: Érica,
2014.

FERREIRA, G. C. Diretrizes para coleta, herborização e identificação de material botâ-


nico nas parcelas permanentes em florestas naturais da Amazônia brasileira. Ministé-
rio do Meio Ambiente, Brasília (Brasil) Pro Manejo-Projeto de Apoio ao Manejo Florestal
Sustentável na Amazônia, Manaus/AM, Brasil, 2006. Disponível em: <https://profloresta.
agro.ufg.br/up/417/o/manual_diretrizes_coletas_botanicas.pdf?1494003886>.

COTA, Ana Patrícia. Técnicas de coletas, herborização e inventário florístico de arbóreas.


Universidade Federal de Viçosa. Disponível em: file:///C:/Users/Optiplex3020/Downloads/
Apostila-ManFlo.pdf

HOUAISS. Instituto Antonio Houaiss. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa.


Versão monousuário, 3.0. CD-ROM. Objetiva: junho de 2009.

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