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1) A partir de que momento surgem as teorias de administração e como isso se relaciona com

a organização burocrática?

R= A criação de Teorias de Administração, desde Taylor até os dias atuais, surge a partir de
um determinado cenário para solução de um problema que se subsidia no aumento da
lucratividade ou da qualidade ou em ambos cenários. Tais estudos compreendem opiniões
colegiadas (não isoladas) abrangendo estudos, elaboração e verificações de hipóteses,
comprovação de fatos, até o consenso científico. O segundo passo, após a criação da Teoria,
é a sua implantação por meio de processos, planos estratégicos e mensuração de resultados.
Processos de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos.
Explicações, interpretações ou proposições sobre a realidade. A teoria burocrática da
administração determina que, para obter resultados ótimos, toda empresa deve incluir a
divisão do trabalho, uma estrutura hierárquica, relações impessoais entre os membros e
regras que regulam sua operação.

2) Explique, resumidamente, as contribuições de Taylor e Fayol e tente identificar a principal


diferença entre elas.
R= Na época de Taylor e Fayol a administração científica preocupava-se em:
Estudar o tempo padrão de produção.
Supervisionar a funcionalidade da linha de produção.
Uso de ferramentas e equipamentos padronizados.
Planejamento dos processos de trabalho.
Definição de cargos e atribuições.
Premiação de funcionários.
Os elementos principais da Teoria Clássica da Administração são:
Administração: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Comercial: compra, venda e troca.
Contábil: registros, balanços, custos e estatística.
Segurança: proteção da propriedade e das pessoas.
Técnica: produção de bens ou de serviços.
Primeira fase de Taylor:
De acordo com Frederick Taylor, a empresa deveria pagar altos salários aos funcionários e
conhecer os custos unitários de produção. Para isso, a Taylor destaca que seria necessário:
Aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos para padronizar os processos
produtivos e controlar as operações realizadas pelos operários.
Selecionar operários para funções específicas, garantindo condições adequadas de trabalho,
materiais e equipamentos padronizados para a execução das tarefas, também padronizadas.
Harmonizar o clima organizacional a fim de facilitar a comunicação, cooperação e assimilação
de técnicas aplicadas aos processos de produção.
Segunda fase de Taylor
A segunda fase da teoria de Taylor foi marcada pela edição, em 1911, do livro Princípios da
Administração Científica. Assim, ele concluiu que, para racionalizar os processos de produção,
a empresa deveria ser reestruturada. Embora tenha se concentrado em estudos sobre
Administração Científica, Taylor não deixou de destacar a importância do desempenho dos
operários para o sucesso do empreendimento.
Segundo Taylor, as indústrias daquela época apresentavam três problemas sérios:
baixa produtividade.
falta de padronização técnica.
métodos empíricos de gestão.
Então, em seus estudos, ele conclui que a produtividade dos operários correspondia a um
terço do que realmente poderiam produzir, sendo que o alto nível de ociosidade decorria do
temor que os próprios funcionários tinham do desemprego à medida que a produção
executada parcialmente por máquinas aumentasse.
Ao mesmo tempo, os próprios gestores das indústrias não enxergavam as deficiências do
sistema de administração que resultava em alto nível de ociosidade. Também não faziam um
controle de produção, incluindo os procedimentos e o tempo necessário para a execução das
tarefas.
Os serviços eram administrados de forma empírica e, por esta razão, havia um grande
desperdício de tempo e recursos (humanos, materiais e financeiros). Assim, as indústrias não
possuíam rotinas de trabalho, não empregavam técnicas de produção e os processos não
eram padronizados.
Taylor defendia a implantação da Administração Científica, porém, de forma gradual. Ele
acreditava que as mudanças deveriam ocorrer em cinco anos para que fossem melhor
assimiladas pelos integrantes da organização, evitando-se, assim, conflitos internos e
insatisfação. Nesse contexto, surge a Organização Racional do Trabalho.
Elementos da Administração Científica de Taylor
A Administração Científica, proposta por Taylor, compreende os seguintes elementos:
Produção padronizada.
Estudo e controle de tempo.
Produção supervisionada.
Instrumentos e ferramentas padronizados.
Planejamento da rotina de produção.
Uso de instrumentos, como a régua de cálculo para economizar tempo.
Fichas de procedimentos para cada serviço.
Premiação de operários pela eficiência e produtividade.
Métodos de classificação de materiais e produtos manufaturados.
Princípios de Taylor:
Princípio do Planejamento: Métodos empíricos e o improviso devem ser substituídos por
procedimentos técnicos e científicos.
Princípio da Preparação: A mão de obra deve ser capacitada e treinada para melhor executar
as tarefas padronizadas. Assim, o arranjo físico das indústrias, máquinas, equipamentos e
materiais devem atender às necessidades de produção.
Princípio do Controle: Controlar a execução de todas as tarefas a fim de assegurar que as
mesmas sejam realizadas conforme o padrão estabelecido.
Princípio da Execução: A empresa deve definir cargos, atribuições e responsabilidades
relacionadas aos mesmos, e alocar os operários conforme suas aptidões profissionais.
Henri Fayol: Teoria Clássica da Administração
Segundo Henri Fayol, a empresa possui seis funções básicas:
Técnica: abrange a produção e/ou prestação de serviços.
Comercial: engloba as atividades de venda, compra e troca.
Contábil: abrange a escrituração contábil (balanços, demonstrativos, inventários, custos,
dados estatísticos.
Financeira: gerenciamento das finanças e busca por capital.
Segurança: ações que objetivam a conservação e proteção de bens.
Administrativa: responsável pelo planejamento, direção e controle das demais funções da
empresa.
Para Henri Fayol, as funções universais da administração são as seguintes:
Prever: estabelecer um plano de ação para atender as demandas futuras.
Organizar: definir rotinas de trabalho, de modo a otimizar o tempo, evitar os desperdícios,
eliminando ações que não agregam valor.
Comandar: fazer com que todos os setores da empresa funcionem e levem a empresa a atingir
seus objetivos e metas de produção, vendas e lucro.
Coordenar: sincronizar e harmonizar os processos interdependentes para que todo o trabalho
seja executado com mais facilidade e efetividade.
Controlar: verificar se todos os procedimentos são executados conforme as normas, detectar
falhas e corrigi-las a tempo, antes que ocorram graves prejuízos à empresa.
Os princípios gerais da administração, segundo Henri Fayol:
Divisão de trabalho: os cargos devem ser ocupados por pessoas capacitadas para exercer as
funções a fim de se obter maior eficiência no trabalho.
Autoridade: a alta direção tem o direito de dar ordens, às quais devem ser obedecidas pelos
subalternos, sendo que o direito e o poder inerentes à alta direção deve ser exercidos com
total responsabilidade.

Disciplina: cabe aos membros da organização respeitar, colaborar e cumprir suas obrigações
e os acordos estabelecidos.
Unidade de comando: as ordens devem partir de apenas um superior.
Unidade de direção: as atividades de cada setor devem ser comandadas por uma pessoa.
Subordinação: os interesses individuais devem ficar em segundo plano; em primeiro lugar
estão os interesses da alta direção e os coletivos.
Remuneração: empregados devem receber uma remuneração justa, condizente com as
tarefas que executam.
Centralização: a autoridade concentra-se no topo da hierarquia.
Escala de comando: a autoridade é definida do alto ao mais baixo escalão da empresa.
Ordem: recursos humanos e materiais devem ser alocados nos locais adequados, onde
realmente são necessários.
Equidade: os funcionários devem ser tratados com justiça e respeito para que seja possível
fortalecer os laços de lealdade.
Estabilidade: quanto menor for a rotatividade de mão de obra melhor para a empresa, que
contará com pessoal capacitado, treinado e experiente.
Iniciativa: visão sistêmica e a capacidade para definir plano estratégico.
Espírito de equipe: uma organização ganha força quando existe união entre seus integrantes
e comprometimento com a cultura organizacional.

Principais diferenças entre Fayol e a teoria da administração de Taylor:


A diferença entre Fayol e Theory of Management, de Taylor, é explicada nos pontos
apresentados abaixo:
Henry Fayol é um pai da administração moderna que enunciou quatorze princípios de
administração para melhorar a administração geral. Por outro lado, FW Taylor é um pai da
administração científica que desenvolveu quatro princípios de gerenciamento para aumentar
a produtividade geral.
Henry Fayol introduziu o conceito de teoria geral da administração. FW Taylor estabeleceu o
conceito de Gestão Científica.
Henry Fayol enfatizou o trabalho de gerenciamento de nível superior, enquanto FW Taylor
enfatizou o trabalho de gerenciamento do nível de produção.
A teoria gerencial de Fayol tem aplicabilidade universal. Ao contrário de Taylor, cuja teoria
gerencial aplica-se apenas a várias organizações.
A base da formação da teoria de Fayol é a experiência pessoal. Por outro lado, os princípios
de Taylor se baseiam em observação e experimentação.
Fayol é orientado para a função gerencial. Pelo contrário, Taylor concentrou-se na produção
e engenharia.
O sistema de pagamento de salários determinado por Taylor é um sistema diferenciado de
taxa por peça, enquanto Fayol enfatizou a divisão de lucros com os gerentes.
A abordagem de Taylor é denominada como abordagem do engenheiro. Em contraste, a
abordagem de Fayol é aceita como abordagem do gerente.
3) Após assistir o vídeo sugerido, explique a principal contribuição de Ford para a produção
em massa.
R= Henry Ford (1863-1947) talvez seja uma das pessoas mais conhecidas do mundo da
Administração moderna, iniciou sua vida com um simples mecânico chegando a ocupar o
cargo de engenheiro chefe de uma fábrica, porem o seu maior feito foi ter constituído a Ford
Motor Company cujo um dos maiores sucesso foi o Ford Modelo T, que no Brasil ficou
conhecido como Ford de Bigode, foi o produto que popularizou o automóvel e revolucionou
a indústria automobilística, foi produzido por 19 anos entre os anos de 1908 e 1927 era um
veículo um veículo confiável, robusto, seguro e principalmente barato qualquer um era capaz
de dirigi-lo ou consertá-lo.
Em 1913 a fábrica já produzia 800 carros por dia, com a implantação da linha de montagem
Henry Ford criou um sistema de esteira, que movimentava o carro de forma que cada operário
executasse a sua operação, isto aumentou em muito a produtividade, um carro ficava pronto
a cada 98 minutos, a produção em série, revolucionou a indústria automobilística. Em 1926
já tinha 88 usinas e produzia 2.000.000 de carros por ano.
Além de ser um grande empresário e ter projetado o sistema de linha de montagem também
conhecido Fordismo quais as outras contribuições?
Criou a assistência técnica de grande alcance;
Repartiu em 1914, parte do controle acionário da empresa com os funcionários;
Estabeleceu jornada de 8 horas e salário mínimo de U$5,00/dia;
Utilizou um sistema de concentração horizontal e vertical onde produzia desde a matéria
prima inicial ao produto acabado criando até a distribuição através de agencias própria.
Ford também adotou três princípios básicos na sua carreira de homem de negócios:
Princípio de intensificação: diminuição do tempo de produção e rápida colocação do produto
no mercado.
Princípio de economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria prima em
transformação para assim recuperar rapidamente custos com matérias primas e salários por
exemplo.
Princípio da produtividade: aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo
período (produtividade) por meio da especialização.
A partir da década de 1970, a doutrina de Ford passou por uma revisão, o chamado pós-
fordismo, as características desse novo modelo foi à adoção da flexibilização das relações de
trabalho as de consumo, as empresas partiram para a conquista de mercados externos
buscando outros continentes e desenvolveu-se o conceito de "Just in time", que determina
que as empresas devem produzir de forma rápida, eficiente, enxuta e somente para atender
demandas, sem a manutenção de grandes estoques permitindo assim que as empresas se
adaptem melhor e com menos custos a novas tendências do mercado, para alguns autores o
Toyotismo, é considerado um dos expoentes do pós-fordismo.

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